ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Gabinete de Consultoria Legislativa
Faço saber, que a Assembléia Legislativa decretou e eu, no uso das atribuições que me
confere o art. 64 da Constituição do Estado, promulgo a seguinte Lei:
LIVRO I
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
Introdução
Art. 1º - Êste Código regula a instituição dos Tribunais, Juízes, Ministério Público,
Assistência Judiciária e Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul, com exceção da Justiça
Militar Estadual; e estabelece a competência dos órgãos jurisdicionais, as atribuições dos órgãos
auxiliares e dos servidores judiciais.
CAPÍTULO II
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Da Divisão Judiciária
§ 3º - Sempre que fôr criado nôvo município, a expensas de áreas de comarcas distintas,
o Tribunal de Justiça encaminhará proposta à Assembléia Legislativa, indicando a que comarca
passará aquêle a pertencer. Enquanto não promulgada a respectiva lei, o nôvo município, com
suas diversas áreas, continuará integrado para os efeitos da organização judiciária, nas comarcas
de onde foi desmembrado.
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS
CAPÍTULO I
Da Organização
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VIII - os juízes municipais vitalícios;
IX - os pretores;
X - os juízes de paz.
CAPÍTULO II
Da Composição e Competência
SEÇÃO I
Do Tribunal de Justiça
Art. 12 - O Tribunal de Justiça é dividido em duas seções, uma cível e outra criminal,
constituída a primeira de quatro e a segunda de três câmaras.
Art. 15 - Só pelo voto da maioria absoluta de seus membros, poderá o Tribunal declarar
a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público.
Art. 16 - Nos casos de vaga, licença ou férias de desembargador, até quarenta e cinco
dias, a substituição será exercida, facultativamente, por outro desembargador.
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Parágrafo único - A substituição no Tribunal Pleno nos grupos, nas câmaras reunidas e
separadas far-se-á de acôrdo com o Regimento Interno, observadas as prescrições dêste Código.
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§ 2º - A sua eleição importará, se anuir na passagem para o cargo de substituto de
desembargador e, quando dispensado das funções, a pedido ou de ofício, por motivo justo, a
critério do Tribunal de Justiça, terá preferência para o provimento de vaga ocorrida em quarta
entrância; enquanto não aproveitado ou não estiver em pleno exercício, ficará à disposição da
Corregedoria Geral da Justiça.
Art. 20 - No Tribunal Pleno, nas câmaras reunidas, nos grupos e câmaras separadas, a
substituição do relator e do revisor far-se-á na forma estabelecida no Regimento Interno.
SEÇÃO II
Do Tribunal Pleno
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e) os conflitos de jurisdição entre câmaras do Tribunal ou entre autoridades judiciárias e
administrativas, quando nêles forem interessados o Governador, secretários de Estado,
magistrados ou Procurador Geral;
f) as habilitações incidentes, nas causas sujeitas a seu conhecimento;
g) as ações rescisórias de seus acórdãos, bem como a execução de suas decisões;
h) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos de sua competência;
i) os pedidos de revisão e reabilitação, quanto às condenações que houver proferido;
III - julgar:
a) os crimes contra a honra em que forem querelantes as pessoas enumeradas nas letras
a e b, do inciso II, bem como avocar o processo de outros indiciados, quando oposta e admitida a
exceção da verdade;
b) a suspeição não reconhecida de desembargadores e do Procurador Geral do Estado,
ou contra êles argüida, salvo se fôr de natureza íntima;
c) o recurso previsto em lei para os despachos nos processos criminais da competência
privativa do Tribunal;
d) os embargos de declaração, os de nulidade ou infringentes de seus julgados, e os
opostos na execução de seus acórdãos;
e) os recursos das decisões do relator, que indeferir, liminarmente o pedido de revisão
criminal de condenações que houver proferido;
f) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal, proferidos em autos ou papéis
judiciários, salvo quando seu conhecimento couber a outro órgão;
g) os recursos das decisões do Conselho Superior da Magistratura, quando
expressamente previstos;
h) os recursos interpostos das decisões das comissões examinadoras sôbre concurso para
juiz de direito ou pretor;
IV - conhecer:
a) dos incidentes de falsidade de documentos ou insanidade mental do acusado, nos
processos de sua competência;
b) do pedido de revogação das medidas de segurança que tiver aplicado;
V - sortear, dentre seus membros, o relator, e, dentre os procuradores da Justiça o órgão
do Ministério Público que deva funcionar nos processos por crimes comuns ou de
responsabilidade do Governador, dos secretários de Estado e do Chefe de Polícia;
VI - decretar medidas assecuratórias e de segurança, nos feitos de sua competência
originária, cabendo ao relator processá-las e agir de ofício nos casos previstos em lei;
VII - elaborar o Regimento Interno do Tribunal de Justiça, e resolver as dúvidas que se
suscitarem na sua aplicação;
VIII - escolher os juízes substitutos de desembargador de que trata o art. 19;
IX - impor penas disciplinares, na forma da lei, ou representar aos Conselhos Superior
do Ministério Público e da Ordem dos Advogados;
X - encaminhar à Assembléia Legislativa a proposta de que trata o art. 6º, § 3º;
XI - apreciar em segrêdo de justiça os motivos de suspeição de natureza íntima
declarada na hipótese do art. 35, inciso IV;
XII - exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas em lei e no Regimento
Interno.
SEÇÃO III
Das Câmaras Reunidas
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Art. 24 - Às Câmaras Cíveis Reunidas compete:
I - processar e julgar:
a) os mandados de segurança contra atos dos Secretários de Estado, do Procurador
Geral do Estado e do Conselho Superior do Ministério Público;
b) os recursos de revista;
c) os embargos infringentes e de nulidade opostos às suas e as decisões dos grupos
cíveis;
d) as ações rescisórias de seus acórdãos;
e) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos de sua competência;
f) a execução de sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência;
II - julgar:
a) os embargos de declaração;
b) o agravo do despacho denegatório de revista ou de embargo, de nulidade ou
infringentes de sua competência;
c) os recursos das decisões do Presidente das Câmaras Reunidas em matéria cível, salvo
quando seu conhecimento couber a outro tribunal, ao Tribunal Pleno, aos grupos cíveis ou às
câmaras separadas;
d) os agravos das decisões do relator nos casos previstos em lei ou no Regimento
Interno;
e) as suspeições nos casos pendentes de suas decisões;
III - assentar prejulgados.
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SEÇÃO IV
Dos Grupos Cíveis
SEÇÃO V
Das Câmaras Separadas
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IV - exercer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei ou no Regimento
Interno.
SEÇÃO V
Da Presidência e da Vice-Presidência do Tribunal de Justiça
e da Presidência das Câmaras
Art. 31 - A presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis será exercida
pelo Vice-Presidente; a das Câmaras Criminais Reunidas e das câmaras separadas, pelo mais
antigo de seus membros, que conservará as mesmas atribuições conferidas nos demais casos.
§ 1º - O presidente das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis não será relator
nem revisor a não ser nos casos do parágrafo seguinte, mas terá voto nos julgamentos.
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Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal de Justiça compete:
I - dirigir-lhe os trabalhos, observando e fazendo cumprir o Regimento Interno;
II - votar nos julgamentos administrativos do Tribunal Pleno e nas questões de
inconstitucionalidade, tendo voto apenas de desempate nos demais processos;
III - relatar:
a) os processos de remoção compulsória dos juízes de primeira instância;
b) os pedidos ou recursos de "habeas-corpus", que lhe forem distribuídos em período de
férias;
IV - tomar parte no julgamento das causas em cujos autos, antes de empossar-se no
cargo de presidente, houver pôsto seu visto, como revisor ou como relator, lançado o relatório;
V - decidir da admissibilidade ou não do recurso extraordinário;
VI - julgar a renúncia e a deserção dos recursos interpostos para o Tribunal, quando não
preparados oportunamente;
VII - julgar o recurso da decisão que incluir o jurado na lista geral, ou dela o excluir;
VIII - homologar desistências requeridas antes da distribuição do feito às câmaras e
após sua entrada na Secretaria;
IX - conceder licença para casamento, nos têrmos da lei civil;
X - prover sôbre a execução das decisões do Tribunal, nos casos de sua competência
originária;
XI - providenciar para o cumprimento e execução das sentenças de tribunais
estrangeiros;
XII - encaminhar ao juiz competente, para cumprimento, as cartas rogatórias, remetidas
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, mandando completar qualquer diligência ou sanar
nulidade, antes de devolvê-las;
XIII - prestar informações nos pedidos de "habeas-corpus" ao Supremo Tribunal
Federal;
XIV - expedir ordens de pagamento e seqüestro, em execução de sentença judiciária
proferida contra a Fazenda Estadual ou Municipal;
XV - convocar os juízes de direito, em todos os casos previstos neste Código,
ressalvadas as competências privativas;
XVI - aplicar a multa prevista para a parte vencida que não preparar a baixa dos autos;
XVII - cumprir as atribuições administrativas constantes dos Livros II e IV dêste
Código;
XVIII - conhecer das reclamações referentes às custas e salários, quanto aos servidores
do Tribunal e, nos casos submetidos à sua decisão relativos a quaisquer servidores de justiça;
XIX - impor a pena de suspensão, prevista no art. 642 do Código de Processo Penal,
com recurso para o Conselho Superior da Magistratura;
XX - interpretar o Regimento Interno, com recurso para o Tribunal Pleno;
XXI - presidir o Conselho Superior da Magistratura;
XXII - representar o Tribunal de Justiça em suas relações externas;
XXIII - fazer publicar as decisões do Tribunal;
XXIV - expedir atos administrativos, inclusive quanto aos magistrados inativados;
XXV - presidir o Tribunal Pleno e o Conselho Superior da Magistratura;
XXVI - dar posse aos juízes de direito;
XXVII - organizar anualmente a lista de antigüidade dos magistrados, por ordem
decrescente, na entrância e na carreira;
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XXVIII - propor ao Tribunal, dentro de dez dias contados da verificação da vaga, a
abertura de concurso para juiz de direito;
XXIX - designar e dispensar os estagiários de defesa;
XXX - indicar para promoção por antigüidade na primeira entrância, o juiz mais antigo;
XXXI - nomear o diretor geral do Tribunal;
XXXII - atestar a efetividade dos desembargadores;
XXXIII - conceder aumento de ajuda de custo aos juízes nomeados promovidos ou
removidos compulsoriamente;
XXXIV - organizar a escala de férias anuais dos magistrados e pretores, ouvido o
Corregedor Geral da Justiça;
XXXV - conceder licença para tratamento de saúde, por motivo de doença em pessoa da
família e para tratar de interêsses particulares;
XXXVI - conceder licença-prêmio ou autorizar a contagem em dôbro do tempo de
serviço;
XXXVII - requisitar, em objeto de serviço, passagens, leitos, e transporte aéreo ou
marítimo, para si e para os membros do Poder Judiciário e pessoal da Secretaria do Tribunal;
XXXVIII - promover, a requerimento ou de ofício, o processo para verificação da
incapacidade dos juízes;
XXXIX - interpretar o Regimento Interno do Tribunal de Justiça e sugerir sua reforma;
XL - justificar faltas dos magistrados e pretores;
XLI - conceder prorrogação de prazo para os juízes de direito assumirem seus cargos,
em caso de nomeação ou promoção;
XLII - elaborar anualmente a proposta orçamentária do Poder Judiciário e das leis
financeiras especiais;
XLIII - designar o juiz de que tratam os art. 40 e §§ 2º dos arts. 53 e 69;
XLIV - nomear e dar posse aos servidores da Secretaria do Tribunal;
XLV - fiscalizar e disciplinar os serviços da Secretaria e organizar as escalas de férias e
substituição do pessoal;
XLVI - propor ao Tribunal Pleno a organização das varas especializadas;
XLVII - encaminhar proposta sôbre a criação e extinção de cargos e funções do Poder
Judiciário, bem como a fixação e alteração dos respectivos estipêndios;
XLVIII - abrir e presidir concursos para provimento de vagas na Secretaria do Tribunal
de Justiça;
XLIX - dar parecer sôbre o estágio probatório dos servidores da Secretaria do Tribunal;
L - conceder licenças aos servidores da Justiça e aos funcionários da Secretaria;
LI - impor multas;
LII - providenciar para a execução das decisões definitivas sôbre demissão de
servidores;
LIII - propor ao Tribunal Pleno a organização ou reforma e o provimento dos cargos da
Secretaria, cartórios e demais serviços do Tribunal;
LIV - exercer outras atribuições decorrentes de disposições legais, regulamentares ou
regimentais;
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III - relatar os conflitos de jurisdição entre os grupos ou entre as câmaras ou grupos e
câmaras, ou entre autoridades judiciárias e administrativas, quando forem da competência do
Tribunal Pleno;
IV - decidir da admissibilidade do recurso de revista;
V - fiscalizar o andamento dos processos na Secretaria e tomar as providências
convenientes para a sua tramitação;
VI - relatar os processos de suspeição de desembargadores;
VII - colaborar com o Presidente na representação do Tribunal e na Administração da
Secretaria;
VIII - substituir o Presidente nas faltas e impedimentos e suceder-lhe no caso de vaga;
Parágrafo único - Na presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos grupos cíveis,
não será relator nem revisor, a não ser nos casos do inciso III dêste artigo, mas terá voto nos
julgamentos.
SEÇÃO VII
Do Conselho Superior da Magistratura
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XI - elaborar o seu Regimento Interno;
XII - exercer ampla inspeção e manter a disciplina na Magistratura e nos serviços da
justiça, como órgão administrativo de segunda instância;
XIII - propor a remoção compulsória dos juízes;
XIV - organizar o prontuário dos juízes e servidores da justiça com a consignação dos
elementos que interessam à sua vida funcional;
XV - remeter em caráter secreto ao Tribunal Pleno, sempre que houver vaga a ser
preenchida pelo critério de merecimento, uma relação classificada de juízes em condições de
integrar a lista tríplice;
XVI - enviar ao Tribunal Pleno as fichas individuais dos juízes de direito da última
entrância, quando se tratar de promoção ao cargo de desembargador, pelo critério de antigüidade;
XVII - aprovar o quadro de substituições dos juízes de direito, organizado pelo
Presidente;
XVIII - apreciar os relatórios remetidos pelos juízes;
XIX - opinar nos pedidos de recondução de pretores;
XX - cassar licença para tratamento de interêsses particulares;
XXI - conceder licença para freqüência de cursos ou seminários de aperfeiçoamento
jurídico;
XXII - determinar sindicância e a instauração de processo administrativo;
XXIII - impor penas disciplinares;
XXIV - deliberar sôbre a demissão de juiz temporário, com recurso voluntário para o
Tribunal de Justiça;
XXV - conhecer dos recursos de penas disciplinares impostas originariamente pelo
Corregedor Geral;
XXVI - designar o juiz de que trata o art. 37;
XXVII - opinar sôbre o pedido de remoção e permuta de servidor da justiça;
XXVIII - agir de ofício para a punição dos juízes que não aplicarem penas disciplinares
aos servidores faltosos;
XXIX - decidir sôbre a remoção de juízes da mesma comarca;
XXX - julgar recursos das decisões administrativas do Presidente do Tribunal referentes
ao pessoal da Secretaria ou aos serviços da mesma;
XXXI - propor ao Presidente providências administrativas para a Secretaria;
XXXII - julgar as inscrições aos concursos para cargos da Secretaria;
XXXIII - julgar os recursos interpostos das decisões das comissões de concursos para
cargos da Secretaria;
XXXIV - decidir sôbre a confirmação dos funcionários da Secretaria sujeitos a estágio
probatório;
XXXV - resolver sôbre propostas do Presidente para reorganização ou reforma da
Secretaria e provimento de cargos;
XXXVI - declarar qualquer comarca ou vara em regimento de exceção;
XXXVII - conhecer dos recursos interpostos pelos servidores, das decisões originárias
do Corregedor Geral ou, quando fôr o caso, dos juízes de primeira instância;
XXXVIII - mandar executar o prontuário dos servidores da justiça, com a ficha
funcional de cada um;
XXXIX - elaborar o programa e questões dos concursos e provas de habilitação, para
provimento de cargos e funções nos serviços da Justiça;
XL - arbitrar o valor da garantia real ou fideijussória ou seguro de fidelidade, que
devam apresentar os depositários públicos e seus fiéis;
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XLI - organizar, anualmente, a relação das comarcas e escrivanias distritais
consideradas de difícil provimento;
XLII - determinar sindicâncias e instauração de processo administrativo na primeira
instância;
XLIII - julgar recursos de candidatos concursados para serviços da Justiça;
XLIV - decidir sôbre pedido de remoção, permuta, transferência ou readaptação;
XLV - dar parecer sôbre a readmissão, a reversão e aproveitamento do servidor;
XLVI - julgar da conveniência de tornar estável o servidor em estágio probatório;
XLVII - providenciar na demissão do servidor com penas acumuladas na ficha
funcional;
XLVIII - admitir a opção declarada por servidor, no caso de desmembramento de
serviço de que seja titular;
XLIX - exercer quaisquer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei,
regimento ou regulamento;
SEÇÃO VIII
Da Corregedoria Geral da Justiça
Art. 39 - Juntamente com o Corregedor Geral será eleito o seu substituto, sem prejuízo
das respectivas funções ordinárias, sendo o mandato de ambos obrigatório.
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Art. 40 - Os juízes corregedores serão designados pelo Presidente do Tribunal,
mediante indicação do Corregedor Geral, dentre os juízes de direito da Capital, e, uma vez aceita
a designação, será declarada a vacância da vara respectiva.
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XXII - requisitar, para si e para os servidores que acompanharem em objeto de serviço,
passagem e frete nas emprêsas de transporte;
XXIII - emitir parecer sôbre os relatórios dos juízes e submetê-los à apreciação do
Conselho Superior da Magistratura, que mandará consignar nas fichas individuais as suas
impressões;
XXIV - convocar os juízes municipais vitalícios ou estáveis, para servir na comarca de
Pôrto Alegre;
XXV - inspecionar ou mandar inspecionar, anualmente, metade, pelo menos, das
comarcas do Estado;
XXVI - impor penas disciplinares;
XXVII - expedir normas sôbre o aperfeiçoamento e orientação dos juízes recém
nomeados, de acôrdo com o art. 318;
XXVIII - aplicar penas disciplinares e, quando fôr o caso, conhecer dos recursos das
que forem impostas pelos juízes;
XXIX - determinar a realização de sindicância ou de processo administrativo, na forma
desta lei;
XXX - comunicar ao Conselho Superior da Magistratura as penas que impuser ao
servidor;
XXXI - julgar o resultado da sindicância e de processo administrativo, determinando as
medidas necessárias ao cumprimento da decisão;
XXXII - remeter ao juiz diretor do fôro os processos administrativos, definitivamente
julgados, quando houver prova de infração penal, cometida por serventuário, que possa implicar
demissão;
XXXIII - proceder à correição na comarca de Pôrto Alegre;
XXXIV - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
Parágrafo único - Nenhum livro ou processo findo será recolhido ao Arquivo Público,
antes de examinada em correição.
SEÇÃO IX
Do Tribunal do Júri
§ 1º - Quando, por motivo de fôrça maior, não fôr convocado o júri na época
determinada, a reunião efetuar-se-á no mês seguinte.
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§ 2º - No caso do parágrafo anterior, o juiz mandará notificar as partes e tornará público
por edital, a não realização da reunião, na época prevista.
§ 3º - O sorteio dos jurados far-se-á, pelo menos, quinze dias antes da data designada
para a instalação dos trabalhos do júri.
SEÇÃO X
Do Tribunal de Imprensa
SEÇÃO XI
Do Tribunal de Economia Popular
SEÇÃO XII
Dos Juízes de Direito
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b) resolver sôbre os pedidos de concessão de serviço externo a condenados e cassar-lhes
o benefício;
c) remeter mensalmente à Vara das Execuções Criminais, na Capital do Estado, fichas
individuais dos apenados, sempre que possível com fotografia, após trânsito em julgado de
sentenças criminais;
d) proceder ou mandar proceder a exame de corpo de delito, sem prejuízo das
atribuições da autoridade policial;
III - processar e julgar:
a) a justificação de casamento nuncupativo; as impugnações à habilitação e celebração
do casamento; o suprimento de licença para sua realização, bem como o pedido de autorização
para o casamento, na hipótese do art. 214 do Código Civil;
b) as causas de nulidade e anulação de casamento, desquite, e as demais relativas ao
estado civil;
c) as ações de investigações de paternidade;
d) as causas de interdição e quaisquer outras relativas ao estado e capacidade das
pessoas;
e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento, ao dote, aos bens parafernais
e às doações antenupciais;
f) as causas de alimentos e as relativas à posse e guarda de filhos menores, quer entre
pais, quer entre êste e terceiros, e as de suspensão, ou perda do pátrio poder, nos casos previstos
em lei;
g) a nomeação de curadores, administradores provisórios e tutores, nos casos previstos
nas letras d e f dêste inciso; exigir-lhes garantias legais; conceder-lhes autorização quando
necessário; tomar-lhes contas, removê-los ou destituí-los; suprir consentimento;
h) as causas de extinção do pátrio poder, nos casos previstos em lei;
i) o suprimento de outorga de cônjuges e a licença para alienação ou oneração de bens;
j) as questões relativas à instituição e a extinção do bem de família;
l) todos os atos de jurisdição voluntária e necessários à proteção da pessoa dos
incapazes ou a administração de seus bens;
m) os processos acessórios referentes às ações principais especificadas neste inciso, e
todos os feitos que delas derivarem ou forem dependentes;
IV - processar e julgar:
a) os inventários e arrolamentos; as arrecadações de herança jacente, de resíduos, de
bens de ausentes e vagos; a declaração de ausência; a posse em nome do nascituro; a abertura, a
homologação e registro de testamentos ou codicilos; as contas dos inventariantes e
testamenteiros; a extinção de usufruto e de fideicomisso, instituídos por disposição
testamentária;
b) as ações de petição de herança, as de partilha e de sua nulidade; as de sonegados, de
doação inoficiosa, de colação, e quaisquer outras oriundas de sucessão ou referentes a
cumprimento de disposições de última vontade;
c) os processos acessórios relativos às ações principais especificadas neste inciso, e
todos os efeitos que delas derivarem ou forem dependentes;
V - processar e julgar:
a) os feitos resultantes de acidentes de trabalho;
b) os feitos atribuídos pela legislação do trabalho às juntas de conciliação e julgamento,
nas comarcas em que não existirem ou não tiverem jurisdição;
VI - processar e julgar os pedidos de restauração, suprimento, retificação, anulação e
cancelamento de registros públicos, contenciosos ou não; as especificações de bens em hipotecas
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legais e judiciais de qualquer espécie; os processos acessórios relativos às ações constantes dêste
inciso e todos os efeitos que delas derivarem ou forem dependentes;
VII - resolver, por despacho ou por medida de caráter administrativo, as dúvidas
cuscitadas pelos servidores da Justiça nas matérias referentes às suas atribuições, e tudo quanto
disser respeito aos servidores dos registros públicos, inclusive do Registro Torrens;
VIII - ordenar as inscrições e averbações que não possam ser feitas de ofício, e conhecer
das causas sôbre fundações;
IX - exercer as atribuições constantes da legislação especial de proteção e assistência
aos menores, assegurando-lhes a proteção de seus direitos individuais e, especialmente:
1º) processar e julgar:
a) os menores de dezoito anos, pela prática de fatos considerados infrações penais,
aplicando as medidas adequadas;
b) de ofício ou a requerimento, o abandono de menores de dezoito anos, ordenando as
medidas concernentes à sua guarda, internamento, tratamento, vigilância, educação e colocação;
c) vetado;
d) vetado;
e) vetado;
f) em conformidade aos artigos 59 e 60 do Código de Menores, as ações referentes à
violação de qualquer dispositivo legal ou regulamentar de proteção e assistência a menores;
g) os pedidos de "habeas-corpus", em favor de menores de dezoito anos;
h) os feitos acessórios dos processos acima indicados;
2º) inquirir os menores sob sua jurisdição, examinar-lhes o estado físico, mental e
moral, bem como a situação social, moral e econômica dos pais, tutores e responsáveis por sua
guarda, para o que se utilizará dos serviços de técnicos e peritos;
3º) vetado;
4º) vetado;
5º) vetado;
6º) conceder permissão de trabalho, na forma e nos casos estabelecidos na legislação
especial;
7º) fiscalizar o trabalho dos menores de dezoito anos, tomando ou impondo as medidas
de proteção e assistência;
8º) estabelecer normas para a classificação de espetáculos para menores e literatura
infanto-juvenil, bem como regular a respectiva execução;
9º) fiscalizar a freqüência de menores aos teatros, cinemas, estúdios, auditórios e
quaisquer outros locais de diversão e espetáculos fazendo cumprir as leis e regulamentos de
proteção e assistência;
10) determinar o registro de nascimento dos expostos e dos menores abandonados;
11) declarar cessada a periculosidade de menores internados em virtude de processo
especial, desligá-los dos estabelecimentos em que se encontrem, submetê-los à vigilância ou à
orientação psico-pedagógica, bem como negar ou revogar tais benefícios;
12) submeter a regime de orientação psico-pedagógica os menores de dezoito anos que,
em virtude de processo regular, forem considerados em perigo de transvio, bem como quando o
internamento fôr contra-indicado ou inexeqüível;
13) determinar aos órgãos assistenciais do Estado a colocação familiar e o internamento
de menores sob sua jurisdição, nos têrmos da legislação especial, fixando o respectivo regime
médico-pedagógico;
14) inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos de preservação e reforma, mantidos ou
subvencionados pelo Estado, e quaisquer outros em que se achem menores, tomando as
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providências que lhe parecerem necessárias, inclusive o fechamento ou interdição dos
estabelecimentos;
15) nomear e empossar comissários de menores voluntários e gratuítos, onde não
houver comissários efetivos;
16) praticar quaisquer atos de jurisdição voluntária e exercer as demais atribuições
conferidas por lei ou regulamento especial, expedindo provimentos ou tomando quaisquer
providências de caráter geral, para proteção e assistência a menores, embora não abandonados;
X - processar e julgar:
a) as falências e concordatas;
b) os feitos de natureza civil e comercial, não especificados nos incisos anteriores;
XI - requisitar, quando necessário, autos e livros findos, recolhidos ao Arquivo Público;
XII - desempenhar nas comarcas que não forem sede de subseção da Ordem dos
Advogados, as funções atribuídas ao presidente da subseção;
XIII - exercer, salvo em Pôrto Alegre, as atribuições definidas na legislação federal,
atinentes ao registro da firmas e razões comerciais, e ao de comércio de estrangeiros;
XIV - cumprir as cartas precatórias da Justiça Militar, nas comarcas onde esta não tenha
órgão próprio, bem como cartas rogatórias em geral;
XV - propor motivadamente ao Presidente do Tribunal a dispensa dos estagiários de
defesa e representar ao Procurador Geral contra os estagiários do Ministério Público;
XVI - aplicar as penas de que tratam os §§ 1º e 2º, do art. 252;
XVII - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
Parágrafo único - Nas comarcas onde houver mais de uma vara, qualquer juiz criminal
tem competência para conhecer de pedidos de "habeas-corpus" fora das horas de expediente,
fazendo-se oportunamente a compensação na distribuição.
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XI - cumprir as diligências solicitadas pelas comissões parlamentares de inquérito;
XII - designar, como defensor dativo, sempre que possível, o estagiário de defesa e
atribuir-lhe outros encargos compatíveis com sua função;
XIII - atender ao expediente forense, e, no despacho dêle:
a) mandar distribuir-lhes petições iniciais, inquéritos, denúncias, autos, precatórias,
rogatórias e quaisquer outros papéis que lhe forem encaminhados e dar-lhes o destino que a lei
indicar;
b) rubricar os balanços comerciais, na forma da lei de falências;
c) conceder alvará de fôlha corrida à vista de certidões negativas passadas pelo
distribuidor e pelo escrivão das execuções criminais, ao pé do requerimento do interessado;
d) praticar os atos a que se referem as leis e regulamentos sôbre serviços de estatística;
e) cumprir as atribuições constantes dos Livros II e IV dêste Código;
XIV - processar e julgar os pedidos de assistência judiciária, formulados antes de
proposta a ação;
XV - designar serventuário para conferir e consertar translados de autos para fins de
recurso quando a comarca dispuser de um só escrivão;
XVI - dar posse, deferindo o compromisso, aos pretores, juízes de paz e suplentes,
estagiários de defesa e servidores da Justiça da comarca, fazendo lavrar ata no livro de que trata
o § 2º do art. 6º;
XVII - atestar, para efeito de percepção de vencimentos, a efetividade própria e dos
juízes de direito da circunscrição e das demais varas, dos juízes municipais, dos pretores e dos
servidores da Justiça da comarca;
XVIII - decidir sôbre pedido de benefício de justiça gratuita quando requerido por
advogado a serviço da Assistência Judiciária do Estado;
XIX - indicar juízes de paz e suplentes;
XX - conceder férias aos servidores da Justiça, justificar-lhes as faltas, decidir quanto
aos pedidos de licença até trinta dias por ano, e informar as de maior período;
XXI - expedir provimentos administrativos para a comarca;
XXII - requisitar do Estado o fornecimento de material de expediente, móveis e
utensílios necessários ao serviço judiciário;
XXIII - determinar o inventário dos objetivos destinados aos serviços da Justiça na
comarca, fazendo descarregar os imprestáveis e irrecuperáveis com a necessária comunicação ao
órgão incumbido do tombamento dos bens do Estado;
XXIV - promover a aposentadoria compulsória dos pretores e juízes de paz;
XXV - atender ao expediente administrativo;
XXVI - requisitar franquia postal, telegráfica, radiográfica e fonográfica, nos casos
previstos em lei e, por conta da Fazenda Estadual, passagens e fretes nas emprêsas de transporte,
para servidores da Justiça, em objeto de serviço;
XXVII - apresentar, anualmente, no primeiro trimestre, ao Conselho Superior da
Magistratura, relatório do movimento forense e da vida funcional dos servidores da Justiça na
comarca, instruindo-o com mapas fornecidos pelos cartórios;
XXVIII - dar posse aos servidores classificados na comarca;
XXIX - abrir concursos, presidindo-os quando não fôr designado juiz corregedor;
XXX - nomear servidores "ad-hoc", nos casos expressos em lei;
XXXI - provocar a declaração da vacância nos cargos de Justiça;
XXXII - opinar sôbre o estágio probatório dos servidores sob sua direção;
XXXIII - dar parecer sôbre pedido de licença para tratar de interêsses particulares e
concedê-la até trinta dias;
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XXXIV - cassar a licença que haja concedido;
XXXV - impor multas;
XXXVI - verificar e rubricar, mensalmente, o balanço do livro de movimento de
mandatos;
XXXVII - aplicar penas disciplinares;
XXXVIII - comunicar ao Conselho Superior da Magistratura, quando impuser punição
a servidor;
XXXIX - determinar sindicâncias, nos casos de sua competência;
XL - exercer fiscalização permanente em todos os serviços de Justiça, sôbre a atividade
dos servidores e seus deveres funcionais, cumprindo-lhe evitar que:
a) residam fora do lugar designado para a sede de seu ofício, nos termos do art. 747;
b) se ausentem, nos casos permitidos em lei, sem prévia transmissão do exercício do
cargo ao substituto legal;
c) se afastem do serviço durante as horas do expediente;
d) descurem a guarda, conservação e boa ordem, que devem manter com relação aos
autos, livros e papéis a seu cargo, onde não deverão existir borrões, rasuras, emendas e
entrelinhas não ressalvados;
e) deixem de tratar com urbanidade as partes, ou de atendê-las com presteza, e a
qualquer hora, em caso de urgência;
f) recusem aos interessados, quando o solicitarem, informações sôbre o estado e
andamento dos feitos, salvo nos casos em que não lhes possam fornecer certidões,
independentemente de despacho;
g) violem o sigilo a que estiverem sujeitas decisões ou providências;
h) omitam a cota de custas ou emolumentos à margem dos atos que praticarem, nos
próprios livros ou processos e nos papéis que expedirem;
i) cobrem emolumentos excessivos, ou deixem de dar recibos às partes, ainda que estas
não o exijam, para o que devem manter um talão de recibo, com cópia a carbono e fôlhas
numeradas, nome da pessoa que efetuou o pagamento e discriminação de parcelas;
j) excedam os prazos para a realização de ato ou diligência;
l) deixem de recolher ao Arquivo Público os livros e autos findos que tenham sido
visados para tal fim;
m) neguem informações estatísticas que lhe forem solicitadas pelos órgãos competentes,
e não remetam, nos prazos regulamentares, os mapas do movimento de seus cartórios;
n) deixem de lançar em carga, no protocolo, os autos entregues a juiz, promotor ou
advogado;
o) freqüentem lugares onde sua presença possa diminuir a confiança pública na Justiça;
p) pratiquem, no exercício das funções ou fora delas, ações ou omissões que
comprometam a dignidade do cargo;
q) negligenciem, por qualquer forma no cumprimento dos deveres do cargo;
XLI - aplicar as penas de que trata o art. 756, I a V;
XLII - proceder semestralmente a inspeção sumária nos cartórios, verificando se estão
em uso regular todos os livros obrigatórios;
XLIII - efetuar de ofício ou por determinação do Corregedor Geral, a correição dos
serviços da comarca remetendo àquele relatório, juntamente com os provimentos deixados,
depois de lavrar no livro de que trata o art. 6º, § 2º a súmula de suas observações;
XLIV - realizar correição parcial nos serviços de Justiça sempre que tenha
conhecimento de irregularidades ou transgressões da disciplina judicial praticadas pelos
respectivos servidores;
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XLV - propor ao Conselho Superior da Magistratura a criação de oficial de justiça;
XLVI - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas em lei ou regulamento.
Art. 53 - Nos casos de vaga, licença ou férias de juiz de direito, a substituição será
exercida por juiz de direito de circunscrição, e, na falta, dêste, sucessivamente, por outros três
juízes de direito, segundo escala organizada pelo Corregedor Geral da Justiça e aprovada pelo
Conselho Superior da Magistratura.
§ 3º - Nenhum juiz poderá exercer, ao mesmo tempo, mais de uma substituição plena,
salvo a de circunscrição ou em caso de absoluta necessidade, a critério do Presidente do Tribunal
de Justiça;
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Art. 54 - O juiz de direito da circunscrição permanecerá na comarca em que estiver
substituindo, a menos que esteja jurisdicionando mais de uma, caso em que dividirá o tempo
entre elas.
Parágrafo único - Sempre que não esteja com a substituição plena em uma comarca ou
vara, ou participando de regime de exceção, exercerá na sua sede as atribuições que lhe forem
conferidas pela Corregedoria.
Art. 55 - O juiz de direito integrante da escala de que trata o art. 53 deverá transportar-
se, ao menos uma vez por quinzena, para a comarca que estiver sob sua jurisdição plena,
comunicando ao Corregedor Geral o número de dias que na mesma houver permanecido e
remetendo-lhe, ao fim da substituição, um relatório dos trabalhos realizados, no qual
mencionará, obrigatoriamente, os feitos cíveis a que ficou vinculado, fixando, quanto possível, o
prazo para sua ultimação.
Art. 56 - Nas comarcas providas de duas varas, entre elas serão distribuídos todos os
feitos, cabendo, privativamente:
I - ao juiz da 1ª vara:
a) a direção do fôro, com as atribuições do art. 50;
b) as atribuições do inciso VI do art. 49;
c) as execuções criminais, com as atribuições das letras a, b, c, e d do inciso II do art.
49, e a letra b do inciso XI, do art. 60;
II - ao juiz da 2ª vara:
a) a jurisdição do júri, com as atribuições do art. 49, inciso I;
b) as atribuições do inciso IX, do art. 49.
Art. 57 - Nas comarcas providas de três varas, observado o disposto no artigo anterior,
cabe, privativamente:
I - ao juiz de 1ª vara a direção do fôro, com as atribuições do art. 51, e as atribuições do
art. 49, inciso VI;
II - ao juiz da 2ª vara a jurisdição do júri, com as atribuições do art. 49, inciso I, e as
execuções criminais, com as atribuições das letras a, b, c e d, do inciso II do artigo 49 e da letra
b do inciso XI do artigo 60;
III - ao juiz de 3ª vara as atribuições do art. 49, inciso IX.
Art. 60 - Na comarca de Pôrto Alegre, haverá cinqüenta e quatro juízes de direito assim
distribuídos:
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I - um, na vara da Direção do Fôro, com as atribuições dos incisos VI, VII e VIII do art.
49 e II e XLVI inclusive, do art. 50, a de cumprir cartas rogatórias e precatórias para inquirições
de pessoas enumeradas no art. 221 do Código de Processo Penal;
II - doze, nas seis varas cíveis, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª, sendo dois em cada
vara, com a designação de 1º e 2º juiz, todos com as atribuições do art. 49, inciso X, letra b;
III - um, na vara de Falências e Concordatas, com as atribuições do art. 49, X, a, e ainda
processar e julgar as ações de liquidação e dissolução de sociedades comerciais;
IV - três, nas varas de Família e Sucessões, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, com as atribuições
constantes no art. 49, incisos III e IV, salvo o processo e julgamento de inventários e partilhas
entre maiores e capazes, se não houver testamento;
V - um, na vara de Acidentes do Trabalho, a quem competirá, privativamente, os feitos
desta natureza, na forma prevista neste Código;
VI - quatro, nas varas dos Feitos da Fazenda, denominadas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª, com as
atribuições especificadas nos artigos 49, inciso XV e art. 52;
VII - três na vara de Menores, com as atribuições do art. 49, inciso IX, designados 1º,
2º, 3º, observado o seguinte:
1º) as atribuições constantes do art. 49, inciso IX, itens 7º, 8º, 9º, 14º e 15º serão
privativas do 1º juiz da vara de Menores;
2º) as demais atribuições serão distribuídas entre os três juízes, na proporção de um
feito para o 1º juiz e dois feitos para cada um dos outros dois;
3º) ao 1º Juiz da vara de Menores competirá privativamente:
a) vetado;
b) executar as sentenças proferidas por juízes de direito do interior do Estado, referentes
a menores de dezoito anos, quando o respectivo internamento ocorrer em estabelecimento
situado na Capital;
d) vetado;
e) abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros destinados ao uso da vara de Menores,
permitido o uso de chancela, salvo nas dez primeiras e nas dez últimas fôlhas; a chancela não
poderá ser utilizada nos livros de fôlhas sôltas;
f) requisitar licença para porte de armas para os servidores do Quadro Único e expedir
carteiras de identidade funcional;
g) vetado;
h) reorganizar e reformar, sempre que lhe parecer necessário, os serviços da vara de
Menores, mediante provimento, o qual será submetido ao Conselho Superior da Magistratura;
i) vetado;
j) requisitar adiantamentos de verbas e encaminhar as respectivas prestações de contas;
k) inspecionar, ao menos trimestralmente, todos os serviços da vara de Menores e fazer,
anualmente, uma correição sumária das inspeções e correições, enviará relatórios ao Conselho
Superior da Magistratura;
l) exercer as demais atribuições administrativas conferidas por lei ou regulamento.
VIII - seis, nas varas criminais, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª com competência
criminal em geral, exceto as atribuições privativas estabelecidas neste Código;
IX - dois, na vara de Acidente de Trânsito, designados 1º e 2º juiz, com competência
criminal privativa;
X - um, na vara do Júri, com as atribuições do inciso I, do art. 49;
XI - um, na vara das Execuções Criminais, competindo-lhe:
a) exercer as atribuições previstas no art. 49, inciso II letra b, dêste Código, e no Livro
IV do Código de Processo Penal, com relação aos sentenciados da Capital e aos do interior
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recolhidos a estabelecimentos nesta localizados e na Penitenciária Agrícola, ressalvada a
competência do Presidente do Tribunal de Justiça;
b) manter a inspeção permanente dos mencionados estabelecimentos para observar e
fiscalizar o cumprimento das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança;
c) organizar o fichário de todos os sentenciados do Estado e mantê-lo atualizado;
d) realizar pelo menos uma vez por mês, audiências em cada um dos estabelecimentos
penitenciários sujeitos à sua jurisdição, nêles dispondo de gabinete apropriado e tendo a seu
serviço condução própria.
XI - seis juízes substitutos de desembargador;
XII - seis juízes corregedores, de que trata o art. 38;
XIII - sete juízes de direito da circunscrição de Pôrto Alegre.
§ 1º - Os feitos da competência das varas a que se referem os incisos II, IV, VI e VII
serão distribuídos respectivamente entre seus titulares.
SEÇÃO XIII
Dos Juízes Municipais Vitalícios
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III - nos processos de sua competência, exercer a disciplina dos serviços judiciais, na
forma da lei.
Art. 64 - Os juízes municipais vitalícios terão suplentes, conforme estabelece o Livro II,
dêste Código, e, na Capital, no caso de falta ou impedimento dêstes, o primeiro juiz municipal
substituirá o segundo, e vice-versa.
§ 1º - Enquanto não fôr dado substituto ao suplente, êste se conservará no exercício das
funções.
SEÇÃO XIV
Dos Pretores
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XII - aceitar a interposição de recursos na ausência eventual do juiz de direito, para
ulterior conhecimento dêste.
Art. 67 - Aos pretores, com exercício nos municípios que não sejam sede de comarca,
competirá além de atribuições especificadas no art. 66, mais as seguintes:
I - preparar os processos criminais de competência do júri, até a pronúncia exclusiva, e
os de julgamento pelos juízes de direito, salvo aquêles cuja instrução criminal, por lei, fôr
privativo dêstes;
II - exercer, na qualidade de auxiliar do juiz de direito, excluída a expedição de
provimento e decisões que possam aguardar o pronunciamento do magistrado, as funções
especificadas no art. 49, inciso IX e suas alíneas, exceto as letras a e c;
III - retirar, provisoriamente, menores da companhia dos pais ou tutores, até que o juiz
de direito resolva sôbre suspensão, perda do pátrio poder, ou remoção do tutor;
IV - ordenar a distribuição dos feitos da competência dos juízes de direito;
V - cumprir precatórias;
VI - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros dos cartórios, conforme o previsto no
inciso V, do art. 50;
VII - exercer, nos casos de comprovada urgência, nos municípios em que não houver
juiz de direito, as atribuições administrativas reservadas ao diretor do fôro comunicando-lhe as
providências adotadas;
VIII - exercer a disciplina dos serviços judiciais, nos processos de sua competência, na
forma da lei.
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§ 1º - No caso do artigo anterior, as atribuições excluídas da competência do suplente
serão exercidas pelo juiz de direito.
§ 3º - VETADO.
SEÇÃO XV
Dos Juízes de Paz
Art. 70 - Nos distritos dos Municípios haverá um juiz de paz a quem competirá presidir
a solenidade do casamento.
Art. 71 - Serão também desempenhados pelo juiz de paz da sede da comarca, nos casos
urgentes quando não estiver presente o órgão do Ministério Público, as atribuições constantes do
inciso IV do artigo anterior.
TÍTULO III
Dos Órgãos do Ministério Público
CAPÍTULO I
Da Organização
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III - o Corregedor do Ministério Público;
IV - os procuradores da Justiça;
V - os curadores e promotores de Justiça.
CAPÍTULO II
Da Composição e Atribuições
SEÇÃO I
Do Procurador Geral
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b) quando discordar do arquivamento, requerido pelo promotor de justiça e não cometer
o encargo a outro agente do Ministério Público;
XIII - insistir nos pedidos de arquivamento formulados por promotores de justiça;
XIV - receber citações nos feitos contra o Estado, suas autarquias e departamentos,
providenciando na defesa pelos órgãos especificados em lei;
XV - representar ao Tribunal de Justiça, ao Conselho Superior da Magistratura e à
Corregedoria Geral da Justiça sôbre faltas disciplinares das autoridades judiciárias;
XVI - requerer medidas necessárias à verificação da incapacidade física, mental ou
moral dos magistrados e servidores, e promover, nos têrmos da lei seu afastamento dos cargos;
XVII - requerer remoção de juízes na forma da lei;
XVIII - aprovar os estatutos das fundações, ou as alterações nêles introduzidas, bem
como promover as modificações que entender convenientes;
XIX - autorizar a venda de bens imóveis da fundações e a constituição de ônus reais
sôbre êles;
XX - homologar a aprovação das contas das fundações;
XXI - resolver conflitos de atribuições que se estabelecer entre agentes do Ministério
Público;
XXII - organizar os serviços administrativos da Procuradoria Geral, que serão dirigidos
por um secretário, nomeado em comissão dentre agentes do Ministério Público de quarta
entrância;
XXIII - elaborar o Regimento Interno da Secretaria da Procuradoria Geral e constituir
seus quadros respectivos com funcionários providos na forma estabelecida pela legislação
ordinária sôbre servidores públicos;
XXIV - designar, por portaria, os membros da Comissão Disciplinar que o Conselho
Superior do Ministério Público eleger;
XXV - propor a nomeação do secretário da Procuradoria Geral;
XXVI - tomar o compromisso e dar posse aos agentes do Ministério Público e ao
secretário da Procuradoria Geral;
XXVII - prorrogar o período de trânsito dos promotores removidos;
XXVIII - propor ao Conselho Superior, dentro de dez dias, contados da verificação da
vaga, a abertura de concurso para promotor de justiça;
XXIX - propor motivadamente a remoção compulsória de agente do Ministério Público,
com fundamento em conveniência do serviço, ouvida a Comissão Disciplinar;
XXX - prover sôbre substituições e designar os promotores substitutos nos têrmos da
lei;
XXXI - promover a reversão de ofício de agente do Ministério Público aposentado, bem
como a interrupção de licença para tratamento de interêsses particulares por conveniência do
serviço;
XXXII - dispensar o estagiário do Ministério Público, de ofício ou por proposta
motivada do promotor junto ao qual serve, ou do diretor do fôro;
XXXIII - conceder aumento de ajuda de custo, mediante proposta do Conselho
Superior;
XXXIV - conceder férias nos têrmos dêste Código;
XXXV - conceder licença para tratamento de saúde ou por motivo de doença em pessoa
da família;
XXXVI - deferir licença até seis meses, para tratar de intêresses particulares bem como
licença-prêmio;
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XXXVII - dar licença até doze meses ao agente do Ministério Público, para
aperfeiçoamento jurídico;
XXXVIII - autorizar a utilização de automóvel e aeronave;
XXXIX - presidir o Conselho Superior e a Comissão Disciplinar;
XL - atender às requisições do Conselho Superior;
XLI - apresentar, anualmente, até trinta de janeiro ao Governador do Estado, minucioso
relatório dos trabalhos do Ministério Público;
XLII - requisitar transporte de qualquer natureza inclusive leito, para si ou para os
funcionários da Procuradoria Geral quando em objeto de serviço;
XLIII - expedir instruções ou provimentos aos agentes do Ministério Público sôbre o
exercício das respectivas funções;
XLIV - elaborar provimentos para regular as obrigações e disciplina dos estagiários do
Ministério Público;
XLV - indicar os representantes do Ministério Público e respectivos suplentes, para o
Conselho Penitenciário e outros órgãos do Estado que deva integrar;
XLVI - requisitar das autoridades policiais licença para porte de arma, destinada aos
agentes do Ministério Público e funcionários da Procuradoria;
XLVII - regular, quando entender necessário, a distribuição de serviço dos agentes do
Ministério Público, nas comarcas onde houver mais de um;
XLVIII - elaborar a lista de antigüidade do Ministério Público;
XLIX - propor ao Governador do Estado ouvido o Conselho Superior, a tabela de
diárias para fora do Estado;
L - exercer as demais atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
SEÇÃO II
Do Conselho Superior do Ministério Público e sua Comissão Disciplinar
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VIII - eleger em sessão secreta, com a presença mínima de três quartos de seus
membros, os três procuradores da Comissão Disciplinar;
IX - elaborar o regimento interno;
X - conhecer, com a presença mínima de três quartos de seus membros, dos recursos de
imposição de pena pela Comissão Disciplinar;
XI - opinar, nos casos dos itens V e VI do art. 572;
XII - opinar sôbre a tabela de diárias dos agentes do Ministério Público;
XIII - pronunciar-se, propondo ou opinando, sôbre os casos de concessão de licença
para agente do Ministério Público freqüentar curso ou seminário de aperfeiçoamento jurídico;
XIV - elaborar a lista tríplice para a escolha do Corregedor do Ministério Público e seu
suplente;
XV - opinar sôbre a conveniência de permanecer em atividade o agente do Ministério
Público que tenha completado o tempo para a aposentadoria voluntária;
XVI - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
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XIII - ordenar a suspensão preventiva do agente do Ministério Público sujeito a
processo administrativo e prorrogá-la nos têrmos dêste Estatuto;
XIV - impor as penas disciplinares previstas no art. 566, inciso I e IV, encaminhando ao
Conselho Superior os casos dos incisos V e VI;
XV - estabelecer anualmente a relação das promotorias de difícil provimento, fixando a
respectiva gratificação;
XVI - apreciar os requisitos de que trata o art. 519;
XVII - elaborar o seu regimento interno;
XVIII - resolver sôbre o aumento da ajuda de custo;
XIX - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
SEÇÃO III
Da Corregedoria do Ministério Público
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IX - trazer atualizados os prontuários da vida funcional dos agentes e estagiários do
Ministério Público;
X - propor ao Procurador Geral, ao Conselho Superior ou à Comissão Disciplinar
medidas de caráter administrativo, visando à correção de falhas e deficiências nos serviços;
XI - requisitar de qualquer autoridade inclusive judicial, certidões, diligências, exames e
informações necessárias ao bom andamento de suas funções;
XII - requisitar passagens, exceto o transporte aéreo que dependerá de autorização do
Procurados Geral;
XIII - realizar, por delegação expressa da Procuradoria Geral, do Conselho Superior ou
da Comissão Disciplinar, atos ou diligências da competência dêstes órgãos;
XIV - propor, anualmente, até o mês de agôsto, as promotorias que devam ser
classificadas como de difícil provimento, justificando, em todos os casos, as propostas que fizer;
XV - organizar, em forma de cadastro, as reclamações de agentes do Ministério Público
a respeito de quaisquer órgãos da administração que tenham relação, de algum modo, com
serviços do Ministério Público encaminhando-as ao Procurador Geral, para providências;
XVI - receber e examinar os relatórios dos agentes e dos estagiários do Ministério
Público, adotando, de ofício, ou sugerindo ao Procurador Geral, as medidas que julgar
convenientes;
XVII - receber dos promotores em estágio probatório os trabalhos que produzirem no
exercício das funções, fazer concluso o respectivo expediente à Comissão Disciplinar nos prazos
previstos no Regulamento e prestar a informação de que trata o art. 513;
XVIII - visitar, a seu critério, comarcas do interior e realizar anualmente, reuniões em
tôdas as regiões do Estado, para uniformização de normas de serviço;
XIX - organizar, até o mês de novembro de cada ano, as escalas de férias e substituições
para aprovação do Procurador Geral;
XX - opinar nos pedidos de férias que importarem na alteração da respectiva escala;
XXI - opinar em matéria de fundações, fiscalizá-las, com a assessoria do curador de
Registros Públicos e Fundações da comarca da Capital, e requisitar peritos do Estado para
procederem a exames de escrita e balanço, se fôr necessário;
XXII - apresentar, anualmente, até 15 de janeiro à Procuradoria Geral e ao Conselho
Superior, relatório de suas atividades.
SEÇÃO IV
Dos Procuradores da Justiça
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V - apresentar anualmente, ao Procurador Geral, relatório dos trabalhos a seu cargo,
sugerindo as providências que lhe parecerem convenientes;
VI - exercer outras atribuições que lhe sejam delegadas pelo Procurador Geral ou
conferidas em lei ou regulamento.
Parágrafo único - Junto às câmaras reunidas e grupos, bem como junto a cada câmara
separada e em cada vara dos Feitos da Fazenda Pública oficiará um Procurador da Justiça.
SUBSEÇÃO I
Dos Procuradores da Justiça Adjuntos
SUBSEÇÃO II
Da Defesa Judicial do Estado
Art. 86 - A Defesa Judicial será chefiada por um dos procuradores da Justiça, mediante
designação do Procurador Geral do Estado.
Art. 88 - Nas comarcas do interior o patrocínio dos interêsses do Estado ficará a cargo
dos promotores de justiça, facultada sempre que necessária a participação conjunta da Defesa
Judicial do Estado.
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Art. 89 - O Procurador Geral poderá designar curadores ou promotores de justiça para
servirem na Defesa Judicial do Estado.
SEÇÃO V
Dos Curadores e Promotores de Justiça
SUBSEÇÃO I
Da Curadoria de Menores
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VII - visitar fábricas, oficinas, emprêsas, estabelecimentos comerciais e agrícolas, para
verificar se nêles trabalham menores e em que condições, representando à autoridade
competente, quanto às providências que julgar necessárias;
VIII - exercer fiscalização nos locais de diversões de qualquer natureza, onde terá livre
ingresso, reclamando da autoridade competente as providências cabíveis;
IX - inspecionar estabelecimentos de preservação e reforma, ou qualquer outro de
administração pública ou privada, onde se encontrarem recolhidos menores, promovendo as
medidas convenientes à sua proteção;
X - acompanhar a execução das sentenças proferidas por juízes de direito, em processos
especiais de menores acusados da prática de atos considerados infrações penais, requerendo as
medidas que entender necessárias a cada caso, bem como acompanhar a execução das sentenças
referentes aos casos de abandono de menores, com a mesma finalidade;
XI - providenciar, onde não houver serviço administrativo especializado, na admissão
de menores desamparados em orfanatos, abrigos ou estabelecimentos similares, subvencionados
pelos cofres do Estado;
XII - oficiar nos processos de colocação de menores em lares remunerados e exercer
quaisquer outras atribuições conferidas em lei ou em regulamento.
SUBSEÇÃO II
Da Curadoria de Família e Sucessões
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VIII - oficiar nos processos de suspensão, perda ou extinção do pátrio poder, nas
hipóteses dos arts. 392, inciso II e IV, e 393 a 395 do Código Civil, e promovê-los quando fôr o
caso;
IX - promover a nomeação de curadores, administradores provisórios e tutores, nos
casos previstos nos incisos VI, VII e VIII dêste artigo;
X - requerer especialização e inscrição de hipoteca legal em favor de incapazes, a
prestação de contas e a remoção ou destituição de curadores, administradores provisórios e
tutores;
XI - oficiar:
a) nas ações concernentes ao regime de bens do casamento, ao dote, aos bens
parafernais e às doações antenupciais;
b) no suprimento de outorga a cônjuge, para alienação ou oneração de bens;
c) nas questões relativas à instituição ou extinção de bem de família;
d) nos pedidos de alienação, locação e constituição de direitos reais, relativos a bens de
incapazes;
e) nas ações de alimentos, ou promovê-las, quando se tratar de pessoa miserável, e
sempre mediante solicitação do interessado ou de seu representante legal do incapaz, desde que
não haja serviço de assistência judiciária;
f) nas ações relativas à posse e guarda de filhos menores quer entre os pais, quer entre
êstes e terceiros;
g) nas demais ações onde houver interêsse de menores e interditos;
XII - requerer a nomeação de curador especial aos incapazes, quando os interêsses
dêstes colidirem com os dos pais, tutores ou curadores;
XIII - promover ou argüir a nulidade dos atos jurídicos praticados por pessoa
absolutamente incapaz;
XIV - requerer o início ou andamento do inventário e partilha de bens, quando houver
interessados incapazes, e as providências sôbre a efetiva arrecadação, aplicação e destino dos
bens e dinheiro das mesmas pessoas;
XV - promover a execução contra o inventariante ou testamenteiro que não pagar, no
prazo legal, o alcance verificado em suas contas;
XVI - promover ações e medidas preventivas, tendentes a salvaguardar e fiscalizar a
administração dos bens dos incapazes e ausentes;
XVII - inspecionar os estabelecimentos onde se achem recolhidos interditos, menores e
órfãos, promovendo as medidas reclamadas pelos interêsses destas pessoas;
XVIII - emitir parecer nas medidas e garantias dos direitos do nascituro;
XIX - opinar nos pedidos de emancipação;
XX - requerer abertura de sucessão provisória ou definitiva de ausentes, e promover o
respectivo processo;
XXI - promover a arrecadação de bens de ausentes, assistindo pessoalmente às
diligências e a conversão em imóveis ou títulos da dívida pública, dos bens móveis arrecadados;
XXII - oficiar na arrecadação de herança jacente, e promover a devolução dos bens
vacantes e o respectivo registro, dando ciência dêste à Corregedoria do Ministério Público;
XXIII - oficiar em todos os processos relativos a testamentos;
XXIV - requerer a intimação dos depositários de testamentos, para que os exibam, a fim
de serem abertos e cumpridos, e a dos testamenteiros para que prestem o compromisso legal;
XXV - intervir na homologação dos testamentos nuncupativos;
XXVI - dar parecer nos processos de registro, inscrição e cumprimento de testamento;
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XXVII - promover a remoção de inventariantes e testamenteiros, e exigir-lhes prestação
de contas;
XXVIII - funcionar nos processos de sub-rogação de bens gravados ou inalienáveis e
nos de extinção de usufruto e fideicomisso;
XXIX - promover a arrecadação dos resíduos, para a entrega à Fazenda Pública, ou para
cumprimento de testamento;
XXX - oficiar em todos os atos de jurisdição voluntária, necessários à proteção da
pessoa dos incapazes e à administração de seus bens;
XXXI - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
SUBSEÇÃO III
Da Curadoria de Massas Falidas
SUBSEÇÃO IV
Da Curadoria de Registros Públicos e Fundações
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f) elaborar os estatutos das fundações, submetendo-se à aprovação do Procurador Geral
se não o fizerem aquêles a quem o instituidor cometeu êsse encargo;
g) zelar pelas fundações, promovendo a providência a que se refere o art. 30, parágrafo
único, do Código Civil, e oficiar nos processos que lhes digam respeito;
h) dar ciência ao Procurador Geral das medidas que tiver tomado no interêsse das
fundações, remetendo as respectivas peças de informação;
i) exercer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei ou regulamento.
Art. 96 - Ao curador de registros públicos e fundações incumbe ainda:
I - assessorar o Corregedor Geral opinando nos pedidos de aprovação de fundações;
II - dar assistência aos promotores de justiça no interior, em matéria de fundações,
sempre que fôr solicitado;
III - opinar nos demais feitos da competência da vara da Direção do Fôro, bem como
nos da vara de Execuções Criminais, em que deva intervir o Ministério Público.
SUBSEÇÃO V
Da Curadoria de Acidentes do Trabalho
SUBSEÇÃO VI
Dos Promotores de Justiça
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X - promover o andamento dos processos criminais e a execução das respectivas
sentenças, requerendo, quando fôr o caso, livramento condicional e opinar sempre nos pedidos
de concessão dêsse benefício;
XI - requerer nos crimes de ação privada, a nomeação de curador especial que exerça o
direito de queixa, quando o ofendido fôr menor de dezoito anos, retardo ou enfêrmo mental e não
tiver representante legal, ou colidirem os interêsses dêste com os daquêle;
XII - aditar a queixa, quando a ação penal fôr privativa do ofendido;
XIII - opinar sôbre a admissão do assistente;
XIV - requisitar da autoridade policial ou requerer ao juiz a instauração dos processos
de contravenção;
XV - assistir a todos os atos e diligências em que a lei exigir sua presença;
XVI - comparecer diariamente ao fôro, durante uma hora ao menos previamente fixada,
dentro do expediente forense;
XVII - oficiar nos pedidos de fianças e outros incidentes dos processos criminais;
XVIII - zelar pela regularidade dos processos, evitando nulidades e retardamentos
prejudiciais aos interêsses da Justiça;
XIX - zelar pelo cumprimento dos mandados de prisão;
XX - diligenciar na remoção dos sentenciados, dos estabelecimentos de prisão
provisória para o de cumprimento de pena, logo que passe em julgado a sentença condenatória;
XXI - diligenciar na remoção, para o Manicômio judicial ou instituto equivalente, dos
delinqüentes que apresentam sinais de enfermidade mental;
XXII - inspecionar mensalmente, pelo menos, os estabelecimentos presidiários da
comarca, fazendo constar do livro próprio e o têrmo de visita e as providências que entender
necessárias;
XXIII - promover ou acompanhar os pedidos de concessão de auxílio-reclusão;
XXIV - compor os Conselhos arbitrais, previstos no Estatuto do Trabalhador Rural;
XXV - impetrar "habeas-corpus";
XXVI - remeter à Procuradoria Geral do Estado, logo após o encerramento de cada
sessão do júri, relação dos processos submetidos a julgamento, com indicação do nome dos réus,
natureza dos crimes, lugar e data em que foram praticados, e fundamento das sentenças,
absolutórias ou condenatórias, especificando os recursos interpostos;
XXVII - cumprir as ordens e instruções do Procurador Geral e da Corregedoria do
Ministério Público;
XXVIII - promover, no caso da justiça manifesta ou de boa política criminal, a
concessão da graça, na forma da lei;
XXIX - emitir parecer sôbre os pedidos de extinção da punibilidade ou requerê-la;
XXX - requerer, relativamente aos bens dos indiciados, a medida indicada no art. 127,
do Código de Processo Penal;
XXXI - oficiar nas precatórias da Justiça Militar;
XXXII - examinar, nos estabelecimentos penitenciários, quando se tornar convenientes,
a escrita relativa a dinheiro e valores dos sentenciados, e promover a responsabilidade do
funcionário que não a fizer com a necessária regularidade e presteza;
XXXIII - promover ou acompanhar a ação cível, nos casos do parágrafo único do art.
92, e § 3º do art. 93 do Código de Processo Penal;
XXXIV - estimular ou tomar iniciativas para possibilitar trabalho interno ou externo aos
presos e cumprimento do art. 30 do Código Penal;
http://www.al.rs.gov.br/legis 42
XXXV - requerer o benefício do serviço externo de utilidade pública para os apenados
que o mereçam, na forma da lei especial, e oficiar nos pedidos que não sejam do Ministério
Público;
XXXVI - fiscalizar a execução das penas de âmbito penitenciário, evitando distribuição
de privilégios, condescendência, abuso ou rigor excessivo, e representar diretamente às
autoridades competentes contra tôdas as irregularidades que observar;
XXXVII - representar ao Departamento de Institutos Penais sôbre as deficiências
materiais e pessoais observadas nas cadeias;
XXXVIII - providenciar na criação do Conselho Social Penitenciário, previsto no art. 5º
do Decerto nº 4820 de 31 de dezembro de 1953, participando de suas reuniões e iniciativas;
XXXIX - requerer a medida indicada no art. 127 do Código de Processo Penal e as
providências cabíveis para fazer cumprir o art. 74, inciso II, do Código Penal;
XL - visitar periodicamente as delegacias de polícia da comarca, inteirando-se dos
inqüéritos em andamento e evitando sejam infringidos os artigos 10 e 17 do Código de Processo
Penal;
XLI - exercer quaisquer outras funções que a legislação vigente lhes atribuir.
SEÇÃO VI
Das Substituições
Art. 100 - O Procurador Geral, em suas faltas e impedimentos será substituído por
procurador da Justiça, observada a ordem de antigüidade.
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Art. 103 - Na primeira instância, em caso de ausência momentânea, suspeição ou
incompatibilidade, falta ou outro impedimento de agente do Ministério Público, a substituição
quando não operada nos têrmos dêste Código, se fará por promotor "ad-hoc", nomeado pelo juiz
perante o qual haja de funcionar.
SEÇÃO VII
Dos Estagiários do Ministério Público
§ 2º - Cessará a designação a pedido do estagiário, sem prejuízo de sua dispensa por ato
do Procurador Geral, de ofício ou por representação do diretor do fôro ou do órgão do Ministério
Público, cabendo pedido de reconsideração à autoridade que decidiu o afastamento.
CAPÍTULO III
Disposições Especiais
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§ 5º - Sempre que o exigir o volume de serviço, nas comarcas do interior providas com
mais de um promotor, o Procurador Geral poderá designar um dêles para as funções privativas
de curador mediante o desdobramento e especialização das atribuições conferidas aos agentes do
Ministério Público.
Art. 106 - Sempre que o Procurador Geral julgar conveniente aos interêsses da Justiça,
poderá designar mais de um agente do Ministério Público para participar dos trabalhos de uma
mesma reunião do Tribunal do júri.
§ 2º - Os promotores junto aos juízes municipais vitalícios, à medida que forem extintos
os juizados, passarão a substitutos, enquanto não forem promovidos ou aproveitados nas vagas
ocorrentes na quarta entrância.
Art. 110 - Nas comarcas do interior com mais de um promotor, a cobrança de dívida
ativa estadual será feita mediante distribuição, excluído aquêle que tenha sido designado para a
cobrança das executivas federais.
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Art. 111 - Os agentes do Ministério Público é assegurado:
I - examinar, em qualquer repartição policial autos de flagrante e de inquérito, findos ou
em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;
II - ingressar livremente em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição
judicial, policial ou outro serviço público, onde devam praticar ato ou colhêr prova ou
informação útil ao exercício da atividade funcional, dentro do expediente regulamentar ou fora
dêle, desde que se ache presente qualquer funcionário;
III - pedir a palavra, pela ordem, durante o julgamento, em qualquer juízo ou tribunal
para, mediante intervenção sumária e se esta lhe fôr permitida, a critério do julgador, esclarecer
equivoco ou dúvida sugerida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influem ou
possam influir no julgamento.
TÍTULO IV
DOS ADVOGADOS, DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA E DOS ESTAGIÁRIOS
CAPÍTULO I
Dos Advogados
Art. 112 - A advocacia é exercida na forma das leis especiais que a regulam:
I - pelos advogados;
II - pelos estagiários;
III - pelos provisionados.
Art. 113 - É lícito à parte defender seus direitos, por si mesma, ou por procurador apto,
mediante licença do juiz competente:
I - não havendo ou não se encontrando presente na sede do juízo advogado ou
provisionado;
II - não aceitando patrocínio da causa ou estando impedidos os advogados e
provisionados presentes na sede do juízo, desde que previamente ouvidos;
III - não sendo da confiança os profissionais referidos no inciso anterior por motivo
relevante, aceito pelo juiz.
Parágrafo único - Nas hipóteses previstas neste artigo, tratando-se de matéria criminal,
qualquer cidadão apto poderá ser nomeado defensor do réu.
Art. 116 - Os advogados poderão, na forma da lei, retirar autos de cartórios, mediante
carga.
http://www.al.rs.gov.br/legis 46
Parágrafo único - O acusado que não fôr pobre deverá pagar os honorários do defensor
dativo, arbitrado pelo juiz.
CAPÍTULO II
SEÇÃO I
Da Assistência Judiciária do Estado
Parágrafo único - Será preferido para a defesa da causa o advogado que o interessado
indicar, com declaração de que aceita o encargo.
Art. 120 - A assistência judiciária poderá ser auxiliada por assistentes sociais do
Quadro Geral dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Art. 121 - A assistência judiciária será prestada pela Consultoria Geral do Estado, órgão
subordinado diretamente ao Governador.
SEÇÃO II
Dos Advogados de Ofício
Art. 122 - Os advogados de ofício atuarão perante a justiça civil, penal e do trabalho,
competindo-lhe:
I - no cível:
a) representar em juízo, com todos os poderes para o fôro em geral, os beneficiados de
justiça gratuita, sejam autores, réus, assistentes ou oponentes;
b) acompanhar os atos do processo até decisão final do litígio, em tôdas as instâncias;
c) promover justificações avulsas, vistorias, arbitramentos e outras medidas cautelares;
d) requerer mandato de segurança;
e) desempenhar as funções de curador à lide e defender revéis quando fôr o caso;
f) orientar e esclarecer às partes, conciliar e compor interêsses, preparar e encaminhar os
pedidos de concessão de justiça gratuita;
II - no crime:
a) promover a ação penal privada quando a parte fôr beneficiada de justiça gratuita;
b) contradizer obrigatoriamente, as queixas ou denúncias;
c) assistir a todos os atos do processo;
d) arrazoar o feito, interpor e fundamentar recursos;
e) defender, em plenário, nos crimes da competência do júri em geral;
f) requerer revisão criminal, suspensão da pena, livramento condicional, graça e indulto,
unificação da pena, reabilitação e decretação da cessão de periculosidade;
g) servir de curador ao acusado menor, inclusive na fase de inquérito policial;
http://www.al.rs.gov.br/legis 47
h) requerer "habeas-corpus";
i) visitar, mensalmente, os estabelecimentos penitenciários, os presídios municipais, as
prisões e abrigos de menores, prestando assistência profissional aos condenados, aos presos
preventivos e aos demais recolhidos;
j) preparar e encaminhar os pedidos de concessão de benefícios da justiça gratuíta;
l) requerer desaforamento;
m) enviar ao chefe do serviço, no prazo de cinco dias, após cada reunião do júri,
relatório contendo o rol dos processos nas quais tenha oficiado com indicação do nome dos réus,
natureza dos crimes, local e data em que foram praticados, fundamento dos vereditos,
especificando os recursos interpostos;
III - na jurisdição trabalhista em geral:
a) representar, defender e acompanhar, junto aos órgãos da Justiça do Trabalho, dos
conselhos arbitrais e dos juízes de direito, as reclamações de empregados, inclusive rurais, bem
como ações de acidentes do trabalho, interpondo os recursos cabíveis e promovendo a execução
da sentença;
b) representar, defender e acompanhar as reclamações de mensalistas e diaristas da
União do Estado, dos municípios e das entidades autárquicas, fundadas na legislação que lhes
estende dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho;
c) assistir os associados das instituições de previdência social junto aos respectivos
institutos, e aos trabalhadores junto à Delegacia e postos do Ministério do Trabalho.
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Art. 129 - Os estagiários habilitados na forma do Estatuto da Ordem dos Advogados do
Brasil, poderão ser indicados pelo Serviço e nomeados pelo juiz, para auxiliar o patrocínio das
causas dos necessitados.
CAPÍTULO III
Dos Estagiários de Defesa
Art. 131 - O estagiário de defesa poderá ser afastado de suas funções, mediante
representação motivada do diretor do fôro ao Presidente do Tribunal de Justiça, cabendo o
pedido de reconsideração à autoridade que decidiu o afastamento.
Art. 132 - Os estagiários contarão como tempo de serviço público e profissional aquêle
em que estiverem no exercício de suas funções.
Art. 133 - A designação de estagiário não impedirá, no que fôr compatível o exercício
da advocacia.
TÍTULO V
Dos Ofícios e dos Servidores da Justiça
CAPÍTULO I
Das Categorias e Classes dos Ofícios de Justiça
Art. 135 - Na comarca da Capital, as varas terão cartório privativo, assim denominados:
I - da Direção do Fôro;
II - do Júri;
III - do Crime;
X - de Acidentes de Trabalho;
V - de Execuções criminais;
http://www.al.rs.gov.br/legis 49
VI - de Menores;
VII - de Família e Sucessões;
VIII - do Cível;
IX - dos Feitos da Fazenda;
X - de Acidentes do Trabalho;
XI - de Falências e Concordatas;
XII - da Provedoria.
Art. 136 - Nas comarcas em que houver dois cartórios judiciais, distribuir-se-ão entre
ambos os feitos, ressalvando-se as matéria atinentes à direção do fôro, registros públicos e
execuções criminais, que caberão, privativamente, ao 1º cartório, e as matérias do júri e menores,
que serão atribuídas ao 2º.
Art. 137 - Nas comarcas em que houver três cartórios judiciais, observada a regra do
artigo anterior, caberão, privativamente, ao 1º cartório a matéria da direção do fôro e os registros
públicos; ao 2º, a do júri e execuções criminais; e, ao 3º, a referente a menores.
Art. 138 - Nas comarcas em que houver mais de três cartórios judiciais, exceto nas que
tiverem quatro varas, serão extintos, à medida que vagarem, os excedentes àquele número.
Art. 141 - Os cartórios dos distritos que forem elevados a sede de município, passarão a
denominar-se cartórios extrajudiciais, abrangendo o tabelionato e o registro civil das pessoas
naturais, enquanto não forem desdobrados.
CAPÍTULO II
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Das Categorias e Classes de Servidores
CAPÍTULO III
Dos Servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça
SEÇÃO I
Dos Escrivães Judiciais
http://www.al.rs.gov.br/legis 51
I - escrever, em devida forma e legivelmente, todos os têrmos dos processos e demais
atos praticados no juízo em que servirem;
II - lavrar procuração mediante têrmo nos autos;
III - comparecer, com antecedência, às audiências marcadas pelo juiz, e acompanhá-lo
nas diligências de seu ofício;
IV - executar as notificações e intimações, e praticar os demais atos que lhe forem
atribuídos pelas leis processuais;
V - elaborar, na comarca da Capital, a nota de expediente que deve ser publicada no
Diário da Justiça, e afixar uma cópia em local visível no cartório;
VI - zelar pela arrecadação da taxa judiciária e do sêlo, e pelo cumprimento das demais
exigências fiscais;
VII - reparar o expediente do juiz;
VIII - ter em boa guarda os autos, livros e papéis a seu cargo, dêles dando conta, a todo
o tempo;
IX - recolher ao Arquivo Público, depois do visto resultante da correição, os autos,
livros e papéis findos;
X - dispor e manter em classe e pôr em ordem cronológica todos os autos, livros e
papéis a seu cargo, dos quais organizarão e manterão em dia índice ou fichário;
XI - realizar, a sua custa, as diligências que forem renovadas por êrro ou culpa, cuja
responsabilidade lhes caiba;
XII - entregar, com carga no protocolo, a juiz, promotor ou advogado, autos conclusos
ou com vista;
XIII - atender com presteza e de preferência, ouvido o juiz da causa, às requisições de
informação ou certidão, feitas por autoridades;
XIV - remeter à Corregedoria Geral da Justiça, ao fim de cada bimestre, mapas do
movimento forense de seu cartório;
XV - dar certidões, sem dependência de despacho, do que constar nos autos, livros e
papéis de seu cartório, salvo quando a certidão se referir a processo:
a) de interdição, antes de publicada a sentença;
b) de arresto ou seqüestro, antes de realizado;
c) de desquite, nulidade ou anulação de casamento;
d) formado em segrêdo de justiça;
e) penal, antes da pronúncia ou sentença definitiva;
f) especial, contra menor acusado da prática de ato definido como infração penal;
XVI - extrair mensalmente certidão da conta dos processos penais findos, para
fornecimento aos oficiais de justiça e peritos;
XVII - conferir e consertar os translados de autos, por outro escrivão extraídos, para fins
de recurso;
XVIII - autenticar cópias e fotocópias de quaisquer peças ou documentos de processos.
§ 1º - Nos casos das letras do inciso XV, os escrivães não poderão fornecer informações
verbais sôbre o estado e andamento dos feitos, salvo às partes e seus procuradores;
§ 2º - As certidões nos casos enumerados nas letras do inciso XV, somente serão
fornecidas mediante despacho escrito do juiz competente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 52
Art. 149 - Em caso de urgência, não podendo realizar a diligência fora do cartório e nos
limites urbanos, sem prejuízo do serviço, o escrivão extrairá o competente mandato para que as
notificações ou intimações sejam feitas pelo oficial de justiça, a quem tocar por distribuição.
Art. 151 - As atribuições dos servidores da Justiça, quando não definidas em lei, e a
relação dos livros necessários ao seu expediente serão especificados no provimento da
Corregedoria Geral da Justiça.
SEÇÃO II
Dos Escrivães Distritais
Art. 152 - Em cada distrito, salvo nos casos de reduzido movimento judicial, haverá um
cartório distrital, que poderá ser desdobrado por lei, mediante proposta do Tribunal de Justiça.
Art. 153 - Os escrivães distritais exercerão, dentro da circunscrição para que forem
nomeados, as funções próprias dos oficiais de registro civil das pessoas naturais e as dos
tabeliães.
SEÇÃO III
Dos Oficiais Extrajudiciais
Art. 154 - Aos oficiais extrajudiciais incumbem as funções que são atribuídas aos
tabeliães e aos oficiais dos registros públicos, exceto o de imóveis.
SEÇÃO IV
Dos Tabeliães
Art. 155 - Aos tabeliães, que serão sempre titulares privativos, incumbe:
I - escrever em seus livros de notas quaisquer declarações de vontade não defesas em
lei;
II - extrair translados e certidões de livros ou documentos existentes em seu cartório e
tirar ou autenticar fotocópias;
III - usar sinal público e com êle autenticar os atos que expedir em razão do ofício;
IV - reconhecer letra, firma e sinais, mantendo atualizado seu registro, em livro próprio
ou fichário;
V - fiscalizar o pagamento dos impostos devidos nos atos e contratos que tiverem de
lançar em suas notas, não os podendo praticar antes do referido pagamento;
VI - aprovar testamentos cerrados;
VII - consignar por certidão, em seu livro de transmissões ou de testamentos, se houver,
as aprovações de testamentos cerrados;
http://www.al.rs.gov.br/legis 53
VIII - remeter ao agente do Ministério Público e ao mesmo tempo, ao escrivão do
respectivo ofício súmula das escrituras de doação que houverem lavrado em favor do órfão ou
interdito;
IX - encaminhar mensalmente ao Diretor do Fôro uma lista dos testamentos públicos e
autos de aprovação de testamentos cerrados lavrados em seu cartório;
X - remeter, logo após sua investidura, ao Tribunal de Justiça, à Corregedoria Geral ao
Registro de Imóveis de sua comarca e à Secretaria da Fazenda, uma ficha com a sua assinatura e
sinal público, incumbindo igual obrigação ao ajudante substituto;
XI - registrar em livro próprio as procurações referidas nas escrituras que lavrarem,
deixando de transcrevê-las no texto destas, onde vão constar apenas o número do registro, salvo
se alguma das partes o exigir;
XII - organizar pelo nome das partes e manter em dia índice alfabético ou fichário dos
atos lançados em suas notas;
XIII - recolher ao Arquivo Público os livros findos, após o visto do juiz corregedor e do
juiz diretor do fôro;
XIV - comunicar, de ofício, ao oficial do registro de imóveis competente, a escritura de
dote que lavrar ou a relação dos bens particulares da mulher casada, que lançar em suas notas;
XV - tirar, conferir, consertar e autenticar públicas-formas.
Art. 156 - Os livros dos tabeliães, cujas fôlhas devem ser previamente numeradas e
rubricadas pelo juiz competente (art. 50, V), serão encadernados em sua classe, obedecendo, em
todos os cartórios a modelos uniformes, estabelecidos pelo Corregedor Geral da Justiça.
http://www.al.rs.gov.br/legis 54
§ 5º - Os desdobramentos de que trata o § 3º dêste artigo dependerão de autorização do
Corregedor Geral da Justiça.
§ 6º - Exceto para testamentos, poderão ser usados livros de fôlhas pautadas sôltas, cujo
modêlo, encadernação e número de páginas serão regulados por normas baixadas pelo
Corregedor Geral.
§ 1º - As ressalvas deverão ser feitas antes do ato ser subscrito pelas partes e
testemunhas.
Art. 159 - Cumpre aos tabeliães indagar da identidade e capacidade das partes, e instruí-
las sôbre a natureza e conseqüência do ato que pretendam realizar.
Art. 160 - Os tabeliães não poderão tomar declarações de pessoas que não saibam falar
o vernáculo, salvo se êles e as testemunhas do ato conhecerem o idioma do declarante caso em
que o serventuário portará por fé esta circunstância e a afirmação das testemunhas de estar a
intenção do mesmo traduzida com exatidão no texto lavrado em língua nacional.
Art. 161 - As declarações das pessoas cujo idioma não fôr conhecido do tabelião e das
testemunhas só serão tomadas depois de traduzidas por tradutor público e, se não houver, por
intérprete nomeado por diretor do fôro.
Art. 162 - O tabelião poderá praticar os atos de seu ofício em todo o território do
município.
SEÇÃO V
Dos Oficiais dos Registros Públicos
Art. 163 - Aos oficiais dos registros públicos incumbem as funções que são atribuídas
aos oficiais do registro civil das pessoas naturais e jurídicas, de títulos e documentos e de
protestos mercantis.
SEÇÃO VI
Dos Oficiais dos Registros Especiais
http://www.al.rs.gov.br/legis 55
Art. 164 - Aos oficiais dos registros especiais incumbem as funções que são atribuídas
aos oficiais de registro civil das pessoas jurídicas, de títulos e documentos e de protestos
mercantis.
SEÇÃO VII
Dos Oficiais do Registro de Imóveis
Art. 165 - Aos oficiais do Registro de Imóveis, que serão sempre titulares privativos
compete:
I - exercer as atribuições que lhe são conferidas pela legislação sôbre registros públicos
e outras leis especiais;
II - praticar atos referentes ao registro de transmissão de imóveis pelo sistema Torrens,
em cujo processo lhes caberá funcionar como escrivão.
SEÇÃO VIII
Dos Oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais
Art. 167 - Aos oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais incumbem as funções
que lhe são atribuídas pela legislação sôbre registros públicos.
SEÇÃO IX
Dos Oficiais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas
Art. 168 - Aos oficiais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas incumbem as funções
que lhes são atribuídas pela legislação sôbre registros públicos.
SEÇÃO X
Dos Oficiais do Registro de Títulos e Documentos e de Protestos Mercantis
http://www.al.rs.gov.br/legis 56
III - intimar os interessados a tirar o respectivo instrumento;
IV - dar certidões e executar os demais atos do ofício, segundo a legislação vigente.
CAPÍTULO IV
Das Atribuições dos Funcionários da Justiça
SEÇÃO I
Dos Distribuidores
Art. 171 - Aos distribuidores incumbe a distribuição dos feitos inclusive trabalhistas, na
conformidade das leis respectivas.
§ 3º - A cada um dêles incumbe fazer esbôço de partilhas, nos feitos que houverem
distribuído.
Art. 173 - Onde não houver serviço de distribuidor, suas funções serão exercidas pelo
contador e, na falta dêste, por outro servidor que o diretor do Fôro designar.
SEÇÃO II
Dos Contadores
http://www.al.rs.gov.br/legis 57
V - remeter, mensalmente, à Caixa da Assistência dos Advogados e ao Instituto da
Ordem dos Advogados do Rio Grande do Sul, mapa demonstrativo, conferido pelos escrivães
respectivos, de todos os processos findos, com a discriminação da natureza, nome do requerente
e do requerido, custas vencidas, pagas e recolhidas, ou o motivo por que não o foram.
Art. 175 - Aos contadores incumbe, ainda, lançar em quaisquer feitos, salvo nos
arrolamentos, os esboços de partilha.
Art. 176 - A conta de custas será verificada pelo juiz que sentenciar no feito, o qual fará
sempre a declaração expressa do exame, glosando as excessivas ou indevidas, e tomando as
medidas disciplinares cabíveis, na forma do livro IV.
SEÇÃO III
Dos Avaliadores
Art. 177 - Aos avaliadores incumbem as atribuições que lhe são conferidas pelas leis
processuais;
§ 1º - Nas comarcas em que não houver avaliador Judicial o juiz do feito nomeará
livremente, em cada caso pessoa idônea;
SEÇÃO IV
Dos Depósitos Públicos
Art. 179 - O depositário providenciará imediatamente na locação dos imóveis sob sua
administração, que se acharem desocupados.
Art. 180 - Deverá o depositário manter segurados contra fogo os imóveis que tenha sob
sua guarda e com renda dêles mediante autorização judicial, promoverá as reparações exigidas
pelas autoridades administrativas e pagará os tributos a que estiverem sujeitos.
Art. 181 - O depositário poderá promover, nos casos legais, o despejo dos prédios
confiados à sua guarda a cobrança judicial de alugueres de inquilinos e fiadores e a execução de
penhor dos móveis e utensílios que os guarnecerem.
http://www.al.rs.gov.br/legis 58
§ 1º - Para êste efeito constituirá advogado, cujos honorários, previamente aprovados
pelo juiz da causa, serão levados à conta dos autos.
§ 2º - Quando, nas ações propostas pelo depositário, não houver numerário para sua
prévia satisfação, as exigências fiscais para o ingresso em juízo e os emolumentos serão
atendidos a final.
§ 2º - O depositário, até o dia dez de cada mês, deverá levantar o balanço mensal da
escrituração e submetê-lo, acompanhado dos documentos comprobatórios, a exame e aprovação
do juiz competente.
Parágrafo único - O levantamento de qualquer soma dêsse depósito será feito, sempre,
mediante cheque, que, quando a quantia fôr superior a dez mil cruzeiros, será nominal, emitido
pelo depositário e visado pelo juiz da causa.
Art. 185 - Os direitos, obrigações e vantagens que êste código estabelece, no que forem
aplicáveis, entendem-se aos depositários nomeados pelos juízes, onde não haja depositário
público.
Art. 186 - Os depositários públicos, como seus fiéis, antes de entrarem no exercício de
suas respectivas funções, prestarão garantia real, fidejussória ou seguro de fidelidade, em valor
arbitrado pelo Conselho Superior da Magistratura.
SEÇÃO V
Dos Taquígrafos
http://www.al.rs.gov.br/legis 59
I - taquigrafar as sessões e audiências e elaborar a decifração das notas taquigráficas,
dentro das 48 horas seguintes ao término das sessões;
II - usar, quando necessário ou convincente, aparelhos gravadores para acompanhar o
registro taquigráfico;
III - manter sob sua guarda cópia dos registros taquigráficos arquivados em ordem
cronológica;
IV - orientar e controlar o uso do serviço de gravação;
V - manter sob sua guarda e ordem cópia de tôdas as decisões lidas.
SEÇÃO VI
Dos Assistentes Sociais
SEÇÃO VII
Dos Auxiliares-Datilógrafos
SEÇÃO VIII
Dos Oficiais de Justiça
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Art. 190 - Haverá em cada vara ou pretoria três oficiais de justiça, no máximo
preenchidos ou não os cargos, mediante prévia proposta do diretor do fôro e aprovação do
Conselho Superior da Magistratura.
Art. 192 - Nos casos de urgência, o juiz a quem tocar o feito designará o oficial de
justiça para o serviço, compensando-se oportunamente a distribuição.
Art. 193 - Em suas faltas e impedimentos, os oficiais de justiça serão substituídos uns
pelos outros, segundo escala ou designação do diretor do fôro e, não sendo possível, por quem o
juiz do feito nomear "ad-hoc".
SEÇÃO IX
Dos Porteiros dos Auditórios
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I - estar presente às audiências nas quais tenham de funcionar, e executar as ordens do
juiz;
II - permanecer no edifício dos auditórios durante o expediente do fôro;
III - apregoar, exclusivamente, em praça ou leilão, os bens que devam ser arrematados,
assinando os respectivos autos;
IV - afixar e desafixar editais;
V - receber e distribuir a correspondência e papéis dos órgãos do Poder Judiciário, na
comarca;
VI - auxiliar os juízes na manutenção da ordem, disciplina e fiscalização do fôro;
VII - passar certidões de atos de suas funções;
VIII - organizar, com aprovação do diretor do fôro, a escala dos contínuos e serventes
para o serviço administrativo e de asseio dos edifícios forenses.
Art. 195 - O porteiro efetivo dos auditórios, em suas faltas e impedimentos, será
substituído pelo oficial de justiça que o diretor do fôro designar.
Art. 196 - Onde não existir porteiro dos auditórios, as funções serão exercidas por um
dos oficiais de justiça, designado semanalmente pelo diretor do fôro.
Parágrafo único - Não havendo prejuízo para o serviço da portaria, a critério do juiz, o
oficial de justiça designado para porteiro, poderá exercer, cumulativamente, as funções de seu
próprio cargo.
Art. 197 - As funções dos porteiros do Tribunal de Justiça serão definidas em seu
Regimento Interno.
SEÇÃO X
Dos Comissários de Menores
SEÇÃO XI
Dos Comissários de Vigilância
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CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES DOS AUXILIARES DE JUSTIÇA
SEÇÃO I
Dos Ajudantes Substitutos
Art. 200 - Os servidores mencionados no art. 143 e no art. 144, letra a e b poderão ter
ajudantes substitutos.
Art. 201 - Os titulares dos serviços de justiça são solidariamente responsáveis pelos
atos praticados por seus ajudantes substitutos e escreventes autorizados.
Art. 203 - No caso de vaga, até nomeação do nôvo titular ou em suas faltas e
impedimentos, o servidor do ofício será substituído pelo ajudante substituto, e, não havendo ou
estando êste impedido, por outro servidor, designado pela direção do fôro sob o compromisso do
cargo.
Art. 204 - Na substituição dos servidores que tiverem mais de um ajudante substituto
será observada a ordem numérica indicada pelo titular, a qual será afixada, permanentemente, em
lugar ostensivo, no respectivo cartório e no edifício onde se realizam as audiências do juízo.
CAPÍTULO VI
Dos Demais Auxiliares da Justiça
CAPÍTULO VII
Disposições Diversas
Art. 206 - O servidor da Justiça que ultrapassar qualquer prazo será punido
disciplinarmente nos têrmos desta lei, e perderá tantos dias de vencimentos quantos forem os
excedidos.
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Parágrafo único - Na contagem do tempo de serviço, para todos os efeitos, a perda será
do dôbro dos dias excedidos.
Art. 209 - Nos ofícios judiciais, cujo movimento, no último triênio, tenha alcançado
média superior a 120 processos anuais, resultantes de denúncias, será criado, por solicitação do
titular, um cargo de auxiliar-datilógrafo, a ser provido por concurso público.
Art. 210 - Constitui motivo de demissão a bem do serviço público o fato de o servidor
da Justiça receber de quem quer que seja, qualquer valor, em dinheiro ou não, além de
remuneração expressamente fixada em lei.
Art. 211 - Da decisão do juiz que resolver dúvidas suscitadas pelos oficiais de Registro
de Imóveis, cabe agravo de petição para o Tribunal de Justiça.
Art. 212 - Os autos das justificações a que se refere o inciso VI do art. 49, serão
arquivados no cartório em que foram processados.
TÍTULO VI
DOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES
CAPÍTULO I
Quanto aos Juízes
Art. 213 - O magistrado que por motivo de incompatibilidade, fôr privado do exercício
de suas funções, ficará em disponibilidade, com as vantagens a que tenha direito, até ser
aproveitado, observando-se o disposto na Seção VIII, do Capítulo I, Título, do livro II.
Art. 214 - Nenhum juiz poderá oficiar em causa ou intervindo em ato judicial em que
tenham funcionado ou intervido cônjuge, parente ou afim seu, em linha reta ou colateral, até
terceiro grau, salvo se tiver apenas proferido despacho ordenatório ou interlocutório simples.
Art. 215 - Na mesma comarca, município ou distrito, não poderão funcionar como
juízes, conjuntamente, cônjuges, ascendentes e descendentes, consangüíneos ou afins, irmãos ou
cunhados durante o cunhadio.
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§ 2º - Exceto em atos de mera administração ou de jurisdição graciosa do Tribunal, não
poderão funcionar conjuntamente como juízes em Tribunal Pleno, em câmaras reunidas ou
separadas e em grupos cíveis, cônjuges, parentes ou afins, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, ficando excluído aquêle que não tiver participado do acórdão recorrido ou o menos
antigo, se nenhum houver funcionado no feito.
Art. 216 - Verificada a coexistência de juízes na situação prevista neste capítulo, terá
procedência em relação aos demais:
I - o vitalício;
II - se ambos vitalícios, o que tiver mais tempo de serviço na comarca ou distrito;
III - se igual o tempo, o mais antigo no serviço público em geral.
Parágrafo único - A precedência estabelecida nos casos dos incisos II e III não
aproveitará àquele que tiver dado causa à incompatibilidade.
Art. 217 - Em todos os casos previstos neste capítulo e nos códigos de processo, o juiz
deverá dar-se de suspeito ou impedido e, se não o fizer, poderá, como tal, ser recusado por
qualquer das partes.
Art. 218 - Poderá o juiz dar-se por suspeito, se afirmar a existência de motivo de ordem
íntima que, em conseqüência, o iniba de julgar e que diga respeito às partes ou a seus
procuradores.
CAPÍTULO II
Quanto ao Ministério Público
Art. 219 - Os agentes do Ministério Público não podem transigir, desistir, ou fazer
composições, sem prévia autorização do Procurador Geral, salvo desistência de prazo nos
processos de jurisdição graciosa.
CAPÍTULO III
Quanto aos Servidores da Justiça
Art. 221 - Nenhum servidor da Justiça poderá funcionar juntamente com o cônjuge,
parente ou afim seu, em linha reta ou colateral até o terceiro grau.
I - no mesmo feito ou ato judicial;
II - na mesma comarca ou distrito, quando entre as funções dos respectivos cargos
existir dependência hierárquica.
http://www.al.rs.gov.br/legis 65
Parágrafo único - As incompatibilidades previstas neste artigo não se observam entre
servidores da Justiça e seus auxiliares e empregados.
Parágrafo único - A procedência estabelecida nos incisos I e III não aproveitará àquêle
que tiver dado causa à incompatibilidade.
TÍTULO VII
DO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS
CAPÍTULO I
Do Expediente
Art. 224 - Os juízes são obrigados a despachar o expediente na sala onde fizerem suas
audiências durante uma hora pelo menos, nos dias úteis e dentro do período de funcionamento do
fôro.
Art. 225 - O expediente do fôro decorrerá das nove às onze e trinta e das treze e trinta
às dezoito horas; durante êles, salvo prática de diligência, não podem os serventuários da Justiça
afastar-se dos respectivos cartórios, que devem permanecer abertos, ou de lugar onde
desempenham suas funções, sob pena de multa de um têrço do vencimento diário, elevada ao
dôbro na reincidência.
http://www.al.rs.gov.br/legis 66
§ 2º - Aos sábados, com exceção do Registro Civil das Pessoas Naturais, o expediente
será encerrado ao meio dia; nos cartórios de Protesto de Títulos Mercantis será somente interno.
§ 3º - O Registro Civil das Pessoas Naturais, funcionará, aos domingos, até o meio-dia
afixando o serventuário, após esta hora, indicação externa do local onde poderá ser encontrado.
Art. 226 - A precatória transmitida por telefone será lançada, imediatamente, no livro
de protocolo das audiências, pelo escrivão; certificando no mesmo livro a confirmação, extrairá,
êle o respectivo instrumento, que submeterá a despacho do juiz deprecado ou daquele a quem
caiba mandar distribuí-la, caso haja mais de um competente para fazê-la cumprir.
CAPÍTULO II
Da Distribuição
Art. 228 - A distribuição tem por finalidade precípua a igualdade do serviço forense e
dos proventos oriundos dos processos, entre as pessoas do juízo e seus auxiliares e,
subsidiariamente, o registro cronológico, metódico e ordenado de todos os feitos ingressados no
fôro.
Art. 229 - A classificação dos feitos cíveis e criminais, para fins de distribuição, será
feita através de provimento da Corregedoria Geral da Justiça, observadas tanto quanto possível
as discriminações das leis processuais e a natureza e valor das causas.
Art. 230 - A distribuição será obrigatória, alternada e rigorosamente igual, entre juízes,
agentes do Ministério Público, escrivães de ofício da mesma natureza, avaliadores e oficiais de
Justiça.
§ 1º - No despacho que proferir na petição inicial ou em outro papel a ela sujeito deve o
juiz determinar a distribuição.
http://www.al.rs.gov.br/legis 67
§ 2º - O despacho ordenatório da distribuição será proferido por qualquer juiz
competente para conhecer da causa, cabendo essa distribuição, na jurisdição criminal,
privativamente, ao diretor do fôro.
Art. 231 - Em caso de manifesta urgência, poderá o juiz receber e despachar a petição
inicial, e, mandando que funcione na causa qualquer escrivão determinará que a distribuição se
faça posteriormente.
§ 1º - O juiz somente despachará petição inicial na forma dêste artigo quando provável
que pela demora na distribuição a medida pretendida se torne ineficaz ou de difícil e incerta
efetivação.
Art. 232 - A distribuição por dependência, nos têrmos da lei processual, não quebrará a
igualdade perdendo a próxima vaga a pessoa ou cartório por ela beneficiado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 68
Art. 234 - Quando o juiz se declarar incompetente, em matéria penal, para conhecer do
feito, determinará à remessa dêste ao diretor do fôro, para que ordene a redistribuição.
Art. 235 - Uma vez distribuído o processo, só terá baixa quando se verificar qualquer da
seguintes ocorrências:
I - se fôr reconhecida a procedência das execuções de incompetência, de litispendência,
de coisa julgada e de suspeição ou se do julgamento do conflito de jurisdição, suscitado antes da
contestação, resultar a remessa do feito para outro cartório;
II - se cessar a instância ou dela fôr o réu absolvido;
III - se, por qualquer outro motivo, findar a causa.
§ 2º - Não dará direito a compensação a baixa que não fôr realizada dentro de dez dias,
contados do despacho que a determinou.
Art. 236 - Será fornecida pelo distribuidor certidão negativa, sempre que não constar
lançamento contra a pessoa de que se trata, ou das averbações se verifique ter sido esta isenta de
culpa.
Parágrafo único - O alvará de fôlha corrida será fornecido à vista de certidões dos
cartórios criminais exaradas no mesmo expediente.
Art. 237 - A ação proposta nos têrmos do art. 243, gozará isenção prévia das taxas e
emolumentos, para efeitos de distribuição, até decisão do juiz sôbre o pedido do benefício da
justiça gratuita.
CAPÍTULO III
Das Audiências
Parágrafo único - A presença das partes e seus procuradores será assegurado, exceto
quando houver expressa proibição legal.
Art. 239 - As audiências realizar-se-ão nos edifícios ou locais para êsse fim destinados,
salvo designação motivada do juiz competente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 69
§ 2° - O juiz que, sem motivo justificado, deixar de realizar audiência designada, ficará
sujeito à pena de censura, além das sanções das leis processuais.
Art. 240 - Sem permissão do juiz nenhum menor de dezoito anos poderá assistir às
audiências ou sessões dos Tribunais.
Art. 241 - As audiências dos juízes e tribunais efetuar-se-ão durante todo o ano, sem
outra interrupção que a resultante das férias forense, salvo os casos do art. 256.
Art. 244 - Lida a sentença cível noutra audiência que não a dos debates orais, as fôlhas
em que a mesma vier lançada serão sempre juntadas ao processo, fazendo-se constar da ata as
suas conclusões.
Art. 246 - O início e o fim das audiências serão anunciadas em voz alta, pelo porteiro
ou oficial de justiça.
Art. 247 - Os lugares existentes no recinto dos tribunais destinar-se-ão às partes, seus
patronos e mais pessoas obrigadas a comparecer às sessões ou audiências.
Art. 248 - Durante as audiências, sentará à direita do juiz o órgão do Ministério Público
e o advogado do autor, e à esquerda, após o escrivão, o réu, ao lado dos patronos terão assento as
partes, ficando a testemunha à frente do juiz.
http://www.al.rs.gov.br/legis 70
Parágrafo único - Os espectadores poderão permanecer sentados, devendo levantar-se,
sempre que o juiz o fizer em ato de ofício.
Art. 253 - Sem expresso consentimento do juiz ou escrivão, quando ausente aquêle,
ninguém, salvo o órgão do Ministério Público ou advogado, poderá transpor os cancelos
privativos do pessoal do tribunal ou juízo.
Art. 254 - Compete aos juízes a polícia das audiências ou sessões e, no exercício dessa
atribuição, tomar tôdas as medidas necessárias à manutenção da ordem e segurança no serviço da
Justiça, inclusive requisitar fôrça armada.
CAPÍTULO IV
Das Férias
Art. 255 - São férias forenses em todo o Estado do Rio Grande do Sul, tanto em
primeira como em segunda instância, o período de sessenta dias a contar de 2 de janeiro.
§ 3º - Os pretores gozarão trinta dias de férias, no período das férias forenses, a critério
do Conselho Superior da Magistratura.
http://www.al.rs.gov.br/legis 71
I - os feitos criminais com réu prêso ou na iminência de prescrição, os pedidos de prisão
preventiva e os "habeas-corpus";
II - os arrestos, seqüestros, execuções até a penhora, hipotecas e penhores legais,
falências, concordatas, depósitos, nunciações de obra nova, interdições, arrecadações de bens e
suspeições nas causas em andamento;
III - os mandatos de segurança;
IV - a ação de anulação de casamento, no caso do art. 219 do Código Civil;
V - as consignações em pagamento até o depósito;
VI - os inventários e arrolamentos, são litigiosos;
VII - todos os atos em matéria cível que se tornem necessários à conservação de
direitos, ou que fiquem prejudicados se não forem realizados durante as férias;
VIII - quaisquer ações ou processos cuja tramitação nas férias forenses seja determinada
em lei especial.
CAPÍTULO V
Disposições Diversas
Art. 257 - O prazo de interposição de recurso admitido nesta lei quando não fixado
expressamente, será de quinze dias.
Art. 260 - Os titulares dos ofícios de Justiça, enumeradas nos artigos 143 e 144, letras a,
b e g, escriturarão a receita e a despesa em livro próprio, devidamente visado pelo diretor do
fôro, encaminhando à Corregedoria Geral da Justiça extrato mensal do movimento até o mês
seguinte ao término do semestre anterior.
Art. 261 - As custas de preparo e de baixa, devidas na segunda instância, serão contadas
na comarca de origem e pagas por cheque, que subirá nos autos, devendo o escrivão do feito
certificar o respectivo recebimento.
http://www.al.rs.gov.br/legis 72
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Disposições Gerais
http://www.al.rs.gov.br/legis 73
b) um cargo de oficial de justiça;
c) as escrivanias e os respectivos cargos para os distritos de Jaboticaba, São José e
Cêrro Grande;
VII - na comarca de Santa Maria:
a) um cartório de Registros Especiais e o respectivo cargo;
b) os cartórios distritais de Itaara e Santa Flora;
VIII - nas comarcas de Nonoai, Farroupilha, Garibaldi e Tenente Portela, em cada uma
os cargos de juiz de direito e de promotor de justiça, de primeira entrância;
IX - dezessete cargos de juiz de direito de circunscrição, todos de segunda entrância,
com sede nas comarcas de Nôvo Hamburgo, Taquara, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul,
Cachoeira do Sul, Passo Fundo, Caràzinho, Erechim, Cruz Alta, Santo Ângelo, Santa Rosa,
Alegrete, Santa Maria, Livramento, Bagé, Pelotas e Rio Grande, os quais terão jurisdição sôbre
as comarcas e municípios discriminados no quadro anexo nº 1;
X - os cargos de pretor e respectivos suplentes, no Município de Flôres da Cunha, tão
logo vaguem os cargos de juiz de direito;
XI - o cargo de pretor e respectivo suplente, bem como os de escrivão judicial e de
oficial de justiça, no Município de Seberi;
XII - um cargo de assistente social em cada comarca de terceira entrância;
XIII - na comarca de Taquara:
a 2ª vara e o respectivo cargo de juiz de direito;
XIV - na comarca de Cruz Alta:
o juizado de paz;
XV - na comarca de Alegrete:
a escrivania distrital de Itapororó, 2º subdistrito;
XVI - na comarca de Três Passos;
o cargo de contador;
XVII - na comarca de Passo Fundo:
a 3ª vara, compreendendo um cargo de juiz de direito e um de promotor de justiça,
ambos de terceira entrância;
XVIII - na comarca de Santo Antônio da Patrulha:
um cartório de Registros Públicos e o respectivo cargo;
XIX - nas comarcas de General Vargas, Herval, Itaqui, Piratini, São José do Norte e
Triunfo:
um cargo extrajudicial e o respectivo cargo;
XX - no Município de Esmeralda;
as escrivanias distritais e os respectivos cargos, para os distritos de São Sebastião do
Gregório e Estrela;
XXI - no Município de Arroio dos Ratos:
a pretoria e o respectivo cargo de pretor;
XXII - no Município de Campo Nôvo:
o cartório distrital de Braga e o respectivo cargo de escrivão distrital;
XXIII - no Município de Carlos Barbosa;
a pretoria e o respectivo cargo de pretor e seu suplente, o cargo de escrivão e o cargo de
oficial da justiça;
XXIV - no Município de Paim Filho:
o cargo de pretor e seu suplente, o cargo de escrivão e o cargo de oficial de justiça;
XXV - no Município de Mostardas:
a pretoria e o respectivo cargo de pretor, o cargo de oficial do cartório Judicial;
http://www.al.rs.gov.br/legis 74
XXVI - nos Municípios de Salvador do Sul, Nova Bréscia, Muçum, Catuipe, Nova
Palma, Restinga Sêca:
a pretoria;
XXVII - nos Municípios de Panambi, Ibirubá, Gaurama, São Marcos e Herval do Sul:
a comarca e o respectivo cargo;
XXVIII - no Município de Serafina Corrêa:
a pretoria e o respectivo cargo;
XXIX - no Município de Cambará do Sul:
a escrivania distrital de Ouro Verde, distrito de Oswaldo Kroeff.
Art. 263 - São transformados:
a) em juízes de direito do cível, na forma do art. 60, II, "in-fine" os atuais juízes de
direito substitutos com exercício nas varas cíveis;
b) em vara privativa dos feitos criminais oriundos de acidentes de trânsito, a 7ª vara
criminal.
Art. 264 - Serão extintos os cargos de pretor, nas comarcas de Santa Cruz do Sul, Ijuí,
São Borja, Palmeira das Missões, São Gabriel, Garibaldi, Farroupilha, Tenente Portela e Nonoai,
tão logo sejam instalados nas cinco primeiras, a 2ª vara e nas demais os respectivos juizados de
direito.
Parágrafo único - Na sede de cada uma das comarcas de que trata êste artigo, é criado
um cargo de juiz de paz com o respectivo suplente, a ser provido logo que se verifique a extinção
da correspondente pretoria.
Art. 265 - Será extinto o cargo de juiz de paz e respectivo suplente no Município de
Seberi.
Art. 269 - Para os efeitos do Registro Civil das Pessoas Naturais, a cidade de Pôrto
Alegre divide-se em oito zonas, denominadas 1ª a 8ª, com as delimitações territoriais seguintes:
1ª zona: à direita da linha que, partindo do Rio Guaíba, segue pela Rua Almirante
Barroso e pela Rua Cristóvão Colombo até encontrar a Estrada da Pedreira, por esta até a
Avenida Carlos Gomes, por onde segue até encontrar a Avenida Protásio Alves, segue por esta
até a Rua Miguel Tostes, até alcançar a Rua Mostardeiro, seguindo por esta e pela Avenida
Independência, Rua Prof. Annes Dias, Praça Argentina e Avenida João Pessoa até a Avenida
http://www.al.rs.gov.br/legis 75
André da Rocha, de onde segue a Rua General Lima e Silva e Coronel Genuíno, até as águas do
Rio Guaíba, e por estas águas ao ponto de partida;
2ª zona: a área compreendida entre as sétima, sexta e quarta e oitava zonas e o
Município de Viamão, sendo o limite com a oitava zona fixado pela Avenida Ipiranga e Arroio
Dilúvio até encontrar o Município de Viamão;
3ª zona: compreendendo as linhas fronteiras e o Território entre as primeiras, oitava e
quinta zonas e o Município de Canoas.
4ª zona: à direita da linha que, partindo do Rio Guaíba, pela rua Coronel Genuíno, segue
pela divisa da primeira zona até encontrar a Avenida Carlos Gomes, seguindo por esta e pela Rua
Salvador França até a Avenida Ipiranga, por onde segue até encontrar a Rua Santana até
encontrar a Rua Venâncio Aires, por onde segue à Avenida Getúlio Vargas e Rua Baroneza do
Gravataí até a Avenida Praia de Belas, seguindo por esta até a Rua Coronel Genuíno, ponto de
partida;
5ª zona: partindo do Rio Gravataí, à esquerda da linha reta que tem continuação na
Avenida Carneiro da Fontoura e por esta até a Avenida Assis Brasil, por onde segue para a
Avenida Plínio Brasil Milano e por esta à Rua Frei Caneca, Avenida Nilo Peçanha, Rua Doutor
Alberto Barbosa e Rua Dom Luiz Guanella e em seguimento a esta em linha reta a divisa do
Município de Viamão, com êste até o Rio Gravataí por onde segue até o ponto de partida;
6ª zona: à esquerda da linha que, partido do Rio Guaíba, pela Avenida Araranguá, segue
para a Estrada da Serraria, Juca Batista, Estrada Cristino Kraemer até o entroncamento da
Estrada das Três Meninas, João Salamoni, Avenida Vicente Monteggia, Avenida Nonoai, Rua
Otávio de Souza até a Rua Erechim, desta para a Rua Dona Malvina, Estrada Rio Branco, Rua
Silveiro e Miguel Couto até a Avenida Padre Cacíque, Avenida Praia de Belas, até o limite da
quarta com a primeira zona, dêste ao Rio Guaíba, e, pelas águas dêste até o ponto de partida;
7ª zona: à direita da linha que, partindo do Rio Guaíba pela Avenida Araranguá,
estabelece a divisa com a sexta zona até a Estrada das Três Meninas, e por esta em linha reta à
uma estrada vicinal que liga a Estrada Costa Gama e Estrada do Rincão, por onde alcança a
Estrada da Restinga e por esta à Estrada João de Oliveira Remião, por onde segue até a divisa do
Município de Viamão, seguindo por esta e pelas águas do Rio Guaíba até o ponto de partida;
8ª zona: compreende o território entre as quinta e terceira, primeira, quarta e segunda
zonas e divisa do Município de Viamão.
Art. 270 - Em cada zona de Registro Civil da Capital haverá, pelo menos, um
tabelionato, funcionando dentro dos limites daquela.
http://www.al.rs.gov.br/legis 76
Art. 272 - VETADO.
§ 1º - VETADO.
§ 2º - VETADO.
Art. 275 - A escrivania distrital de Niterói, na comarca de Canoas, será, quando vagar,
desmembrada em 2º tabelionato e com o 2º ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais.
Parágrafo único - Os cartórios deverão ser instalados nos limites da respectiva zona,
com as delimitações territoriais seguintes:
2ª zona: à direita da linha que, partindo do Arroio das Garças, segue pelos fundos dos
terrenos situados no lado ímpar da Rua Butenkender, até atingir a faixa Federal; daí, pelos
fundos dos terrenos situados no lado par da Rua Almirante Tamandaré, até encontrar a Rua
Pedro II; a partir desta, pelos fundos dos terrenos situados no lado par da Rua Sapucaia, até a rua
Itália; desta, sempre na mesma direção em linha reta, até chegar ao Arroio da Brigadeira, na
divisa com o Município de Gravataí; por esta, até o Rio Gravataí, divisa com o Município de
Pôrto Alegre e, descendo por êste, até o Arroio das Garças.
Art. 276 - São desanexados para distribuição dos serviços, segundo o critério de
competência previsto no art. 134, a, os seguintes ofícios:
I - do cartório do Júri e Execuções Criminais da comarca de São Jerônimo, o Registro
Civil das Pessoas Naturais e Provedoria e o de Órfãos e Ausentes;
II - do cartório do Júri e Execuções Criminais, da comarca de Santo Antônio da
Patrulha, o do Registro Civil das Pessoas Naturais e Provedoria;
III - do cartório do Júri e Execuções Criminais, das comarcas e municípios de Cacequi,
Espumoso, Herval do Sul e São Lourenço do Sul e de Órfãos e Ausentes;
IV - do cartório de Órfãos e Ausentes, das comarcas e Municípios de Bom Jesus,
Veranópolis, General Câmara, General Vargas, Guaíba, Iraí, Pinheiro Machado e Triunfo, o de
Registro Civil das Pessoas Naturais e Provedoria;
V - do cartório de Órfãos e Ausentes, da comarca de São Sepé e do Júri e Execuções
Criminais;
VI - do cartório do Júri e Execuções Criminais, de Dom Pedrito, os do Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos e Protestos de Títulos Mercantis;
VII - do cartório do Júri e Execuções Criminais das comarcas de Caçapava do Sul,
Canguçu, Santiago, Jaguari e Osório, o do Registro Civil de Pessoas Naturais e Provedoria.
Parágrafo único - Nos casos dos incisos I, II, IV e VI o atual titular do cartório
desanexado optará por um dos novos cartórios.
http://www.al.rs.gov.br/legis 77
Art. 277 - São transformados em cartórios judiciais:
a) os do Júri e Execuções Criminais nas comarcas e municípios de São Jerônimo,
Cacequi, Espumoso, Herval do Sul, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul, Três de
Maio, Santo Ângelo e Santa Rosa;
b) respectivamente os cartórios do Júri e Execuções Criminais, o de Órfãos e Ausentes,
das comarcas de Bagé, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Cruz Alta, Dom Pedrito, Erechim,
Passo Fundo, Rio Grande, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Caçapava do Sul, Canguçu,
Caràzinho, Lagoa Vermelha, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santa Vitória do Palmar, Santiago, São
Borja, Soledade, Jaguari, Osório e Tapes.
Art. 279 - São transformados em cartórios judiciais, os do Cível e Crime, das comarcas
de São Jerônimo, Cacequi, Espumoso, Herval, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul,
Três de Maio, Bagé, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Cruz Alta, Dom Pedrito, Erechim, Passo
Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Caçapava do Sul, Canguçu,
Carazinho, Lagoa Vermelha, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santa Vitória do Palmar, Santiago, São
Borja, Soledade, Jaguari, Osório, Tapes, Alegrete, Ijuí, Livramento, Rio Pardo, Santa Cruz do
Sul, São Gabriel, São Leopoldo, Uruguaiana, Bento Gonçalves, São Sebastião do Caí, Camaquã,
Canoas, Encruzilhada do Sul, Guaporé, Itaqui, Jaguarão, Júlio de Castilhos, Lajeado,
Montenegro, Palmeira das Missões, Quaraí, São Francisco de Paula, Taquara, Viamão, Antônio
Prado, Arroio Grande, Bom Jesus, Encantado, Estrêla, Gen. Vargas, Getúlio Vargas, Gravataí,
Guaíba, Iraí, Marcelino Ramos, Nova Prata, Pinheiro Machado, Piratini, São Francisco de Assis,
São Sepé, Sarandi, Sobradinho, Taquari, Tupanciretã, Venâncio Aires, Veranópolis, Farroupilha,
Garibaldi, General Câmara, Lavras do Sul, São José do Norte, Triunfo, Nôvo Hamburgo, Três
Passos, Vacaria, Candelária, Canela, Cêrro Largo, Criciumal, Esteio, Flores da Cunha, Frederico
Westphalen, Marau, Nonoai, Sananduva, São Pedro do Sul, Tapejara, Ten. Portela, Tôrres,
Aratiba, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Campo Bom, Campo Nôvo, Casca, Faxinal do
Soturno, Gaurama, Giruá, Gramado, Horizontina, Ibirubá, Machadinho, Não-Me-Toque, Nova
Petrópolis, Panambi, Pôrto Lucena, Roca Sales, Rolante, Pedro Osório, Santo Augusto, Santo
Cristo, São José do Ouro, Sapiranga e Tapera.
http://www.al.rs.gov.br/legis 78
Arroios das Tropas e Ferreira, segue a direção norte, até encontrar, por linha sêca e reta, a Rua
24 de Fevereiro, pela qual segue até a Rua Floriano Peixoto, em tôda a sua extensão seguindo
por linha sêca e reta até atingir o limite norte do distrito. A 2ª zona compreenderá a parte sul do
distrito, abrangendo a área remanescente na qual está localizado o Hospital de Caridade Dr.
Astrogildo de Azevedo.
Art. 282 - São desanexados, passando a se constituir segundo o critério previsto no art.
139, os seguintes ofícios, nas comarcas abaixo indicadas:
I - O Registro de Títulos e Documentos, do Tabelionato nas comarcas de Estrêla, Nova
Prata, Nôvo Hamburgo, São Sepé, e Santa Vitória do Palmar;
II - O Registro das Pessoas Jurídicas, do Tabelionato, na comarca de Soledade;
III - O Registro de Títulos e Documentos, do Registro de Imóveis, nas comarcas de
Bom Jesus, Iraí, Tôrres, Caràzinho, Itaqui, Jaguarão, Quaraí, Viamão;
IV - O Registro de Títulos e Documentos e Registro de Imóveis, do Tabelionato, na
comarca de Antônio Prado;
V - O Registro de Títulos e Documentos e Protestos de Títulos Mercantis, do
Tabelionato, nas comarcas de Santa Maria e Santo Ângelo;
VI - O Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas, do Tabelionato, nas
comarcas de São Francisco de Assis, Lajeado e São Leopoldo;
VII - O Registro de Pessoas Jurídicas, de Títulos e Documentos e Protestos de Títulos
Mercantis, do Tabelionato, nas comarcas de Arroio Grande, Cacequi, Candelária, Santo Antônio
da Patrulha, São Lourenço do Sul, Sarandi, Tapes, Venâncio Aires, Veranópolis, Caçapava do
Sul, Canoas, Palmeira das Missões, Rosário do Sul, Santa Rosa, Três Passos, Alegrete e Rio
Pardo;
VIII - O Registro de Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, do Tabelionato, e o
Registro de Protestos de Títulos Mercantis, do Registro de Imóveis na comarca de Pinheiro
Machado;
IX - O Registro de Títulos e Documentos, do Registro de Imóveis e o Registro de
Imóveis, do Tabelionato, nas comarcas de Canela e Marcelino Ramos;
X - O Registro de Títulos e Documentos e o Registro de Protestos de Títulos Mercantis,
do Registro de Imóveis, nas comarcas de Jaguari e São Sebastião do Caí;
XI - O Registro de Pessoas Jurídicas, do Registro de Imóveis e o Registro de Títulos e
Documentos do Tabelionato, na comarca de Guaporé;
XII - O Registro de Pessoas Jurídicas, do Registro de Imóveis e o Registro de Títulos e
Documentos e Protestos de Títulos Mercantis, do Tabelionato, nas comarcas de Getúlio Vargas,
e Júlio de Castilhos;
XIII - O Registro de Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, do Registro de
Imóveis, nas comarcas de Encantado, Espumoso, Sananduva, Taquari, Três de Maio, São Borja e
Vacaria;
XIV - O Registro de Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, do Registro de
Imóveis, e o Registro de Imóveis do Tabelionato, nas comarcas de General Vargas, Triunfo,
Herval e Itaqui;
http://www.al.rs.gov.br/legis 79
XV - O Registro de Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, do Registro de
Imóveis e Registro de Protestos de Títulos Mercantis, do Tabelionato, na comarca de Lagoa
Vermelha;
XVI - O Registro de Pessoas Jurídicas, de Títulos e Documentos, e de Protestos de
Títulos, do Registro de Imóveis, nas comarcas de Cêrro Largo, Criciumal, Gravataí, Guaíba,
Marau, Osório, Piratini, São Pedro do Sul, Tupanciretã, São Francisco de Paula, Santiago e São
Jerônimo;
XVII - O Registro de Pessoas Jurídicas, do Registro de Imóveis, e o Tabelionato, do
Registro Civil da comarca de Frederico Westphalen;
XVIII - Do cartório do Registro de Imóveis da comarca de Tapejara, o Tabelionato.
Art. 284 - As circunscrições e as comarcas são classificadas nas formas dos quadros
anexos 1 e 2, que constituem parte integrante dêste Código.
Art. 285 - São extintos todos os cartórios da Provedoria anexados, passando a matéria
de sua competência a ser distribuída segundo o critério previsto neste Código.
Art. 286 - São extintos, à medida que vagarem, um dentre os cartórios judiciais de
Erechim, Cruz Alta, Jaguari, Tapes, Lagoa Vermelha e, em Pelotas, um dos Órfãos e Ausentes.
Art. 287 - Serão extintos, à medida que vagarem, os cartórios da 2ª instância, passando
suas atribuições a serem desempenhadas pela Secretaria do Tribunal de Justiça.
Art. 289 - Todos os feitos relativos e sucessões serão processados perante as respectivas
varas e cartórios privativos, à medida que vagarem os ofícios privativos do cível.
Art. 290 - Tôdas as opções aludidas no presente Código, serão manifestadas no prazo
de trinta dias da data de sua vigência, salvo disposição especial em contrário.
CAPÍTULO II
Disposições Transitórias
Art. 292 - O Tribunal de Justiça proverá novas comarcas, à medida que julgar oportuno
e na ordem que entender mais conveniente aos interêsses da Justiça.
Art. 293 - O preenchimento dos cargos de pretor, criados neste Código, será feito à
medida que houver candidatos aprovados em concurso, e de acôrdo com a ordem estabelecida
pelo Conselho Superior da Magistratura, assegurada preferência às pretorias localizadas em
comarcas não providas por magistrado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 80
Parágrafo único - Por proposta do Tribunal de Justiça, poderão ser nomeados suplentes
de pretor, independentemente do provimento do cargo pelo titular da pretoria.
Art. 294 - Nas comarcas onde forem criadas pretorias, as respectivas funções, enquanto
não forem providos os cargos, continuarão a ser exercidas pelos juízes de direito.
Art. 296 - Os cargos de depositário público e de avaliador serão extintos à medida que
vagarem.
Art. 297 - O regime de férias estabelecido neste Código terá vigência a partir de 2 de
janeiro de 1967.
Art. 298 - Dentro de noventa dias, contados, da promulgação dêste Código, deverá ser
atualizada a organização administrativa da vara de Menores e reestruturado seu Quadro Único,
de maneira a que fique ela habilitada ao cabal desempenho de suas atribuições e apta a se
entrosar com as organizações federais, estaduais e municipais de proteção e assistência a
menores.
LIVRO II
ESTATUTO DA MAGISTRATURA
Disposições Preliminares
Art. 299 - Êste estatuto regula o provimento, vacância, situação funcionais, direitos,
deveres e responsabilidades, bem como vencimentos e vantagens da magistratura e dos juízes
temporários do Rio Grande do Sul.
http://www.al.rs.gov.br/legis 81
Art. 305 - É vedado ao juiz:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo o
magistério secundário, ou superior e os casos previstos na Constituição sob pena de perda do
cargo judiciário;
II - receber, sob qualquer pretexto, percentagens ou emolumentos, nas causas sujeitas a
seu despacho ou julgamento, inclusive na Justiça do Trabalho;
III - exercer atividade político-partidária;
IV - explorar, dirigir ou fiscalizar quaisquer emprêsas, ou a elas associar-se, podendo,
no entanto, ser acionista de sociedade anônima.
Parágrafo único - Aos juízes de paz aplica-se apenas a proibição contida no inciso III.
TÍTULO I
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA E EXERCÍCIO
CAPÍTULO I
Do Provimento e da Vacância
SEÇÃO I
Da Nomeação
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Art. 309 - Os cargos iniciais de juiz de direito são providos por nomeação do
Governador do Estado, mediante concurso de provas, organizado pelo Tribunal de Justiça, com
colaboração do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 1º - O prazo para inscrição será de trinta dias, incluindo-se a matéria sôbre que
versarão as provas, no edital que deverá ser publicado pelo menos três vêzes; uma, na íntegra, no
Diário da Justiça, e duas, em diário da Capital de larga circulação;
§ 4º - O requerente poderá apresentar outros documentos que atestem sua aptidão moral
ou intelectual para o exercício da magistratura.
Art. 311 - O concurso, constante de prova escrita e oral, será prestado perante a
comissão examinadora constituída de seis desembargadores, eleitos pelo Tribunal de Justiça, e
de um advogado indicado pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, cabendo
a presidência ao desembargador mais antigo.
Art. 312 - O Tribunal de Justiça, em sessão plena e secreta, com base no parecer da
comissão examinadora, julgará o concurso, enviando ao Governador a lista tríplice do candidatos
aprovados, em rigorosa ordem de classificação.
§ 2º - Havendo empate entre os candidatos, será preferido aquêle que tiver melhor nota
na prova prática e, se persistir, o que tiver melhor nota nas provas escrita e oral, sucessivamente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 83
§ 3º - Os juízes municipais, promotores de justiça, pretores e estagiários, em igualdade
de condições com outros candidatos, terão preferência na nomeação e, dentre êles, os que
contarem maior tempo de serviço judiciário.
Art. 313 - O concurso será válido por dois anos, contados de seu julgamento e
caducará, antes dêsse prazo, para o candidato que, havendo vaga, recusar indicação.
Art. 314 - O cargo de pretor será provido por nomeação do Governador do Estado, pelo
prazo de dois anos, admitida sòmente uma recondução, por igual período, e vedada inscrição em
nôvo concurso, salvo se o candidato a uma segunda recondução solicitar e obtiver do Conselho
Superior da Magistratura parecer favorável.
Art. 317 - A nomeação será tornada sem efeito se a posse não se verificar dentro do
prazo de quinze dias, a contar da data de publicação do ato de nomeação no Diário da Justiça.
§ 2º - A data inicial do prazo a que alude êste artigo, quando se tratar de magistrado ou
juiz temporário que seja servidor público e se encontrar em férias ou licenciado, exceto no caso
de licença para tratamento de interêsses particulares, será contada do dia em que deveria voltar
ao serviço.
http://www.al.rs.gov.br/legis 84
Art. 318 - Os juízes de direito, no dia imediato ao da posse, ficarão adidos à
Corregedoria Geral da Justiça pelo prazo de trinta dias, para fins de aperfeiçoamento e
orientação.
Parágrafo único - Findo êsse prazo, salvo motivo de fôrça maior devidamente
comprovado, deverão os juízes entrar em exercício dentro de quinze dias.
Art. 319 - Os juízes de paz e seus suplentes são nomeados pelo Governador do Estado,
por três anos, mediante indicação do diretor do fôro, facultada a recondução nas mesmas
condições.
§ 2º - Não podem ser nomeados para o triênio, no mesmo distrito, parentes ou afins em
linha reta.
SEÇÃO II
Da Promoção
Art. 320 - A promoção dos juízes de direito operar-se-á de entrância para entrância, por
antigüidade e por merecimento, alternadamente.
§ 3º - A promoção por antigüidade será feita à vista da simples indicação do juiz mais
antigo da entrância e a por merecimento dependerá de lista tríplice, escolhida pelo Tribunal de
Justiça em sessão e escrutínios secretos, e organizada em rigorosa ordem alfabética.
Art. 321 - Sòmente após dois anos de efetivo exercício na entrância poderá o juiz ser
promovido.
http://www.al.rs.gov.br/legis 85
Parágrafo único - Sempre que não houver juizes com interstício ou que não aceitarem
a promoção os que o tiverem, far-se-á esta com dispensa dêsse requisito.
Art. 323 - O juiz terá quinze dias de trânsito, prorrogáveis por mais quinze, a critério do
Presidente do Tribunal de Justiça, para assumir a nova comarca, sob pena de ficar sem efeito a
promoção.
http://www.al.rs.gov.br/legis 86
Art. 326 - Sempre que o Tribunal de Justiça enviar ao Governo, lista de promoção por
merecimento, comunicar-lhe-á o número de votos obtidos pelos escolhidos e as vêzes que
tenham entrado em lista.
Art. 327 - A organização da lista tríplice de que trata o art. 325, § 3º, bem como a
indicação de juiz mais antigo nas promoções a desembargador, será feita pelo Tribunal de Justiça
em sessão e escrutínio secretos.
SEÇÃO III
Da Remoção
§ 2º - Se nenhum dos juízes da mesma entrância pedir remoção, êsse direito se transmite
aos titulares das entrâncias superiores, observada neste caso a ordem de antigüidade na
magistratura.
§ 3º - Com a remoção a pedido, para entrância inferior, o juiz passará a ocupar, na lista
de antigüidade, a posição relativa ao tempo de anterior exercício na mesma entrância,
percebendo os vencimentos a ela correspondentes, mas contará, tempo de serviço já prestado na
entrância para a qual fôr novamente promovido.
§ 4º - Onde houver mais de uma vara, a remoção de juiz de igual entrância com
exercício na mesma sede dependerá da decisão do Conselho Superior da Magistratura.
Art. 329 - A remoção compulsória, sempre motivada por interêsse público, poderá ser
decretada pelo voto de dois têrços dos membros efetivos do Tribunal de Justiça, mediante
proposta escrita do Conselho Superior da Magistratura de Procurador Geral do Estado ou de
qualquer desembargador ouvido prèviamente o juiz em causa, no prazo de dez dias.
§ 1º - Enquanto a remoção não se tornar efetiva, por falta de vaga, o juiz ficará em
disponibilidade com as vantagens integrais do cargo.
http://www.al.rs.gov.br/legis 87
§ 3º - Se o juiz recusar a remoção decretada, será pôsto em disponibilidade não
remunerada, deixando de contar tempo de serviço, para qualquer efeito legal.
Art. 331 - A remoção por permuta, admissível entre juízes de direito da mesma
entrância e entre pretores, dependerá de aprovação prévia do Conselho Superior da Magistratura.
SEÇÃO IV
Da Reintegração
SEÇÃO V
Da Readmissão
Art. 334 - A readmissão é o ato pelo qual o magistrado exonerado reingressa nos
quadros da magistratura, assegurada a contagem de tempo de serviço anterior, apenas para efeito
de promoção, gratificação adicional e aposentadoria.
Art. 335 - A readmissão sòmente será concedida, no grau inicial da carreira, quando
não houver candidato aprovado em concurso em condições de nomeação.
SEÇÃO VI
Da Reversão
http://www.al.rs.gov.br/legis 88
Art. 336 - A reversão é o reingresso do magistrado aposentado nos quadros da
magistratura, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.
SEÇÃO VII
Do Aproveitamento
SEÇÃO VIII
Da Disponibilidade
SEÇÃO IX
Da Aposentadoria
http://www.al.rs.gov.br/legis 89
Art. 345 - A aposentadoria será compulsória aos setenta anos de idade ou por invalidez
comprovada, e facultativa após trinta anos de serviço, computados na forma dêste Código, dos
quais, no mínimo dez prestados à judicatura, ou no caso do § 2º do art. 325.
Art. 347 - O magistrado que contar trinta anos de serviço público, dos quais vinte
prestados à judicatura ou Ministério Público, e no mínimo sessenta anos de idade, será
aposentado com proventos correspondentes ao vencimento da classe imediatamente superior, e,
caso ocupante do último grau da carreira, com os seus proventos acrescidos de vinte por cento.
SEÇÃO X
Da Exoneração
SEÇÃO XI
Da Demissão
http://www.al.rs.gov.br/legis 90
Art. 351 - A demissão do magistrado ocorrerá quando, por sentença judicial passada em
julgado, fôr decretada a perda do cargo.
CAPÍTULO II
Do Exercício
Art. 352 - A apuração do tempo de serviço, na entrância como na carreira, será feita em
dias.
Art. 353 - São considerados como de efetivo exercício os dias em que o juiz estiver
afastado de suas funções em virtude de:
I - férias;
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença por motivo de doença em pessoa da família;
IV - licença-prêmio;
V - afastamento para aperfeiçoamento;
VI - casamento, até oito dias;
VII - luto por falecimento de cônjuge, ascendente, descendentes, sogros ou irmãos, até
oito dias;
VIII - convocação para serviço militar, ou serviços por lei obrigatórios;
IX - prestação de concurso ou prova de habilitação para concorrer a cargo estadual, à
cátedra ou livre docência de escola oficial, superior ou secundária;
X - disponibilidade remunerada;
XI - realização de tarefa relevante do interêsse da Justiça.
XII - período de trânsito.
Art. 354 - O juiz poderá acumular cargo público no magistério secundário ou superior,
sendo vedada a acumulação do tempo de serviço concorrente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 91
Art. 356 - Ao advogado nomeado desembargador computar-se-á, para todos os efeitos
legais, o tempo de exercício da advocacia, comprovado por certidões de cartórios, da Ordem dos
Advogados, do pagamento do impôsto de indústria e profissões ou por qualquer outro meio de
prova em direito admitido.
TÍTULO II
Dos Vencimentos e Vantagens
CAPÍTULO I
Dos Vencimentos
Art. 358 - Os juízes municipais vitalícios perceberão vencimentos inferiores aos do juiz
de direito e superiores aos do promotor de justiça da mesma entrância.
Art. 359 - Os pretores constituem categoria única e têm vencimentos uniformes, não
inferiores a dois têrços dos atribuídos aos juízes de direito da entrância inicial.
Art. 360 - Os vencimentos são devidos pelo efetivo exercício do cargo, salvo as
exceções previstas neste Código.
CAPÍTULO II
Das Vantagens Pecuniárias
SEÇÃO I
Da Representação e das Gratificações
Art. 364 - Aos juízes de direito de circunscrição é atribuída a gratificação de cinco por
cento, calculada sôbre o vencimento básico da entrância.
http://www.al.rs.gov.br/legis 92
Art. 365 - A gratificação de comarca é atribuída ao juiz de direito classificado em
comarca considerada de difícil provimento.
Art. 366 - A gratificação adicional será concedida nos têrmos dos artigos 110 e 112 do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, calculada sôbre o vencimento básico ou
sôbre os proventos da aposentadoria, acompanhando-lhes as oscilações.
Parágrafo único - A gratificação adicional de vinte e cinco por cento será concedida
acrescentando-se mais dez por cento aos quinze por cento já percebidos.
SEÇÃO II
Dos Acréscimos Qüinqüenais
http://www.al.rs.gov.br/legis 93
venha a ser transferido ao Estado, ou transferido para a União e arrendado ao Estado, desde que
dita transferência tenha encontrado o funcionário em exercício.
Art. 369 - O acréscimo qüinqüenal será sempre proporcional aos vencimentos ou aos
proventos e acompanhar-lhes-á as oscilações.
SEÇÃO II
Da Ajuda de Custo
§ 1º - A ajuda de custo poderá ser aumentada até o dôbro, pelo presidente do Tribunal
de Justiça, tendo em conta as condições da nova sede, bem como a distância a ser percorrida e o
tempo de viagem.
§ 3º - Não terá direito a ajuda de custo o juiz com residência no lugar onde passar a
exercer o cargo.
§ 4º - O pagamento da ajuda de custo será feito pela exatoria da comarca em que o juiz
tiver exercício, mediante apresentação do ato respectivo.
SEÇÃO III
Das Diárias
SEÇÃO IV
Do Abono Familiar
http://www.al.rs.gov.br/legis 94
Art. 373 - O abono familiar será concedido ao magistrado ou pretor nas mesmas
condições previstas para os funcionários públicos civis do Estado.
SEÇÃO V
Do Auxílio Funeral
SEÇÃO VI
Da Pensão
Art. 375 - Ao conjunto dos dependentes, viúva e filhos do magistrado que falecer, após
ter contribuído para o Instituto da Previdência do Estado, é assegurada uma pensão, constituída
de uma parcela familiar, igual a quarenta e cinco por cento do valor da remuneração ou provento
e mais tantas parcelas iguais a cinco por cento do valor da mesma remuneração ou provento,
quantos forem os dependentes do magistrado, até o máximo de onze.
Art. 376 - A importância assim obtida, em hipótese alguma inferior a cinqüenta por
cento do valor da remuneração ou provento, será rateada em quotas iguais entre os dependentes
com direito a pensão, existentes ao tempo da morte do magistrado.
Art. 378 - Tôda a vez que se extinguir uma quota da pensão proceder-se-á o nôvo
cálculo e a nôvo rateio de benefício na forma do disposto nos artigos 375 e 376 considerados,
porém, apenas os pensionistas remanescentes.
http://www.al.rs.gov.br/legis 95
Art. 379 - A pensão será revisada sempre que forem aumentados os vencimentos da
magistratura.
CAPÍTULO III
Das Vantagens não Pecuniárias
SEÇÃO I
Das Férias
Art. 384 - Ao juiz, antes de entrar em férias, serão pagos os vencimentos a elas
correspondentes.
SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 385 - A licença para tratamento de saúde será concedida aos magistrados e
pretores, por portaria do presidente do Tribunal de Justiça, à vista de laudo de inspeção,
expedido pela Diretoria do Serviço de Biometria Médica, pelas unidades sanitárias, ou por
facultativo credenciado pelo Conselho Superior da Magistratura.
Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, o disposto nos artigos 126 a 145,
inclusive, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
http://www.al.rs.gov.br/legis 96
Art. 386 - O juiz poderá obter licença por motivo de doença em pessoa de ascendente,
descendente, cônjuge ou irmão, mesmo que não viva às suas expensas, provando, porém, ser
indispensável sua assistência pessoal e permanente ao enfêrmo.
Art. 388 - A licença de que trata o art. 386 será concedida com vencimentos integrais
até três meses; excedendo êsse prazo, com desconto de um têrço, até seis meses; de seis até doze
meses, com desconto de dois têrços; e sem vencimentos quando por tempo superior.
SEÇÃO IV
Da Licença para Tratar de Interêsses Particulares
Art. 389 - Após dois anos de efetivo exercício, poderá o magistrado obter licença, sem
vencimentos, para tratar de interêsses particulares.
§ 1º - A licença não poderá ultrapassar vinte e quatro meses e nem ser repetida antes de
dois anos de sua terminação.
§ 2º - Sempre que a licença fôr por prazo superior a seis meses, ocorrerá a vaga que será
provida na forma dêste estatuto.
Art. 390 - Quando o interêsse da Justiça o exigir, a licença será cassada, a juízo do
Conselho Superior da Magistratura.
SEÇÃO V
Da Licença-Prêmio
Art. 392 - A licença-prêmio será concedida ao juiz, nas mesmas condições previstas
para os funcionários públicos do Estado.
SEÇÃO VI
Do Afastamento para Aperfeiçoamento
http://www.al.rs.gov.br/legis 97
Art. 393 - O Conselho Superior da Magistratura poderá conceder ao magistrado ou
pretor licença por tempo não superior a doze meses, para afastar-se da função, a fim de
freqüentar, no país ou no exterior, cursos ou seminários de aperfeiçoamento jurídico, sem
prejuízo de seus vencimentos.
Parágrafo único - O ato que conceder licença fixará o prazo, bem como a forma da
substituição.
SEÇÃO VII
Do Transporte
Art. 394 - O juiz que, em objeto de serviço, se afastar de sua sede, terá direito de
requisitar, por conta do Estado, transporte em veículo coletivo de primeira classe.
Parágrafo único - Quando as despesas de que trata êste artigo forem feitas às expensas
do juiz, será por êle reembolsado pelo Estado, mediante requerimento devidamente comprovado.
TÍTULO III
Dos Deveres, Órgãos Administrativos e Disciplinares
CAPÍTULO I
Dos Deveres dos Juízes
Art. 396 - São deveres dos juízes cumprir e fazer cumprir, com seriedade,
independência e exatidão, as disposições legais vigentes; adotar as decisões e recomendações dos
órgãos judiciais superiores; manter ilibada conduta nas atividades públicas e na vida particular,
pugnando pelo prestígio da Justiça, zelando pela dignidade de sua função e respeitando a do
Ministério Público e a dos advogados.
CAPÍTULO II
Dos Órgãos Administrativos e Disciplinares
Parágrafo único - Os órgãos judiciários, quando fôr o caso, representarão aos Conselhos
Superior da Magistratura, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados e Superior da
Polícia.
http://www.al.rs.gov.br/legis 98
TÍTULO IV
Da Ação Disciplinar
CAPÍTULO I
Das Penas
§ 2º - A pena da demissão só será aplicada aos magistrados nos casos de perda de cargo,
em virtude de sentença judiciária, e aos demais juízes, com fundamento em inquérito
administrativo ou em virtude de sentença judicial.
§ 3º - Deverão constar do assentamento individual dos juízes as penas que lhe forem
impostas, vedada a publicação das mesmas, exceto aos casos de demissão, e proibido o
fornecimento de certidão a terceiros.
http://www.al.rs.gov.br/legis 99
Art. 400 - Os juízes que, sem justa causa, deixarem de atender a qualquer exigência
para cujo cumprimento seja marcado prazo certo, ficarão sujeitos às penas dos incisos I e II do
art. 398 e, no caso de reincidência, as do inciso IV do mesmo artigo.
Art. 402 - Os juízes e tribunais, sempre que à vista dos autos ou papéis forenses,
verificarem a existência de falta ou infração cometida pelos juízes, representarão ao Conselho
Superior da Magistratura, para a devida apuração da responsabilidade.
CAPÍTULO II
Da Apuração da Responsabilidade
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 405 - Nos casos dos incisos I e II do art. 398, quando confessada,
documentadamente provada, ou manifestamente evidente a falta, a pena poderá ser aplicada,
independente de sindicância ou processo administrativo.
http://www.al.rs.gov.br/legis 100
Parágrafo único - A sindicância será realizada pelo Corregedor Geral quando se tratar
de juiz de quarta entrância, ou por juiz corregedor nos demais casos.
§ 1º - O processo será realizado pelo Corregedor Geral quando o indiciado fôr juiz de
quarta entrância, e por juiz corregedor nos demais casos.
Art. 409 - Quando o fato contrário à disciplina constituir, em tese, violação à lei penal,
o procedimento administrativo será enviado ao Ministério Público, podendo o juiz ser suspenso,
preventivamente, pelo Tribunal Pleno ou pelo Conselho Superior da Magistratura, conforme se
tratar de desembargador ou magistrado de primeira instância e juiz temporário, se tal medida fôr
aconselhável ao decôro da função.
http://www.al.rs.gov.br/legis 101
SEÇÃO II
Da Sindicância
SEÇÃO III
Do Processo Administrativo
Art. 418 - Nos casos omissos, a juízo da autoridade processante, serão aplicáveis ao
processo administrativo as regras gerais do Código do Processo Penal.
http://www.al.rs.gov.br/legis 102
Art. 419 - Autuada a portaria, com as peças que a acompanharem, serão designados dia
e hora para audiência inicial, citado o indiciado e intimado o denunciante, se fôr o caso, e a
pessoa ofendida, se houver, e as testemunhas.
§ 1º - A citação será feita pessoalmente, com o prazo mínimo de vinte e quatro horas,
sendo acompanhada de extrato da portaria, de modo que permita conhecer o motivo do processo.
Art. 420 - O indiciado, depois de citado, não poderá, sob pena de prosseguir o processo
à revelia, mudar de residência ou dela ausentar-se, por mais de três dias, sem comunicar à
autoridade processante, o lugar onde poderá ser encontrado.
Art. 421 - Feita a citação, sem que compareça o indiciado, prosseguir-se-á no processo,
à sua revelia, dando-se-lhe defensor.
Art. 422 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de advogado,
assistir aos atos probatórios que se realizarem perante a autoridade processante, requerendo o
que julgar conveniente à sua defesa.
Art. 425 - O indiciado, dentro do prazo de cinco dias, após o interrogatório, poderá
produzir prova documental, requerer diligências e arrolar testemunhas, até o máximo de oito, as
quais serão notificadas.
http://www.al.rs.gov.br/legis 103
§ 1º - Havendo mais de um indiciado no processo, o número de testemunhas de cada um
não excederá de cinco.
Art. 426 - A testemunha não poderá eximir-se de obrigação de depôr, salvo o caso de
proibição legal, nos têrmos do art. 207, do Código de Processo Penal, ou quando se tratar das
pessoas mencionadas no art. 206 do mesmo diploma.
Art. 427 - Aos respectivos chefes serão requisitados os servidores públicos, civis ou
militares arrolados como testemunhas.
Art. 428 - Durante o processo, poderá a autoridade processante ordenar tôda e qualquer
diligência que seja requerida ou se afigure necessária ao esclarecimento do fato.
Art. 430 - A fôlha de serviço do indiciado constará sempre dos autos do processo.
Art. 431 - Encerrada a instrução, o indiciado, dentro de dois dias, terá vistas dos autos,
em mãos do secretário, para apresentar razões no prazo de dez dias.
http://www.al.rs.gov.br/legis 104
§ 1º - Um e outro poderão determinar a realização de diligências, a serem cumpridas
pela autoridade processante, dentro do prazo mencionado neste artigo.
SEÇÃO IV
Do Processo por Abandono de Cargo
SEÇÃO V
Do Processo por Acumulação Proibida
Art. 436 - Verificada a acumulação proibida e provada a boa fé, o juiz optará por um
dos cargos.
SEÇÃO VI
Da Suspensão Preventiva
http://www.al.rs.gov.br/legis 105
Art. 437 - A pedido do Corregedor Geral ou de ofício, poderá o Conselho Superior
ordenar a suspensão preventiva do magistrado ou juiz temporário até trinta dias, desde que sua
permanência no cargo seja reputada inconveniente ao decôro das funções, ao serviço público ou
à apuração dos fatos.
Parágrafo único - A suspensão poderá ser prorrogada até sessenta dias, findos os quais
cessarão seus efeitos, embora ainda não concluído o processo administrativo.
CAPÍTULO III
Dos Recursos das Penas Disciplinares
Art. 439 - Da aplicação da pena disciplinar caberá recurso, com efeito suspensivo, à
autoridade imediatamente superior à que impôs a sanção.
Art. 440 - Quando a pena fôr aplicada pelo Tribunal Pleno, o interessado, dentro do
mesmo prazo previsto no § 1º do artigo anterior, poderá pedir reconsideração.
Art. 441 - Da deliberação do Conselho Superior que concluir pela demissão de juiz
temporário, caberá recurso para o Tribunal Pleno, dentro do prazo de trinta dias.
CAPÍTULO IV
Da Revisão do Processo Administrativo
Art. 442 - A revisão de processo findo será admitida após seis meses da punição do
magistrado ou juiz temporário:
I - quando a decisão fôr contrária ao texto expresso de lei ou à evidência dos autos;
II - quando a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos falsos ou
viciados;
III - quando, após a decisão, se descobrirem novas provas de inocência do interessado
ou de circunstâncias que autorizem diminuição da pena.
Parágrafo único - Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados neste artigo
serão indeferidos liminarmente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 106
Art. 443 - Da revisão não poderá resultar a agravação da pena.
Art. 444 - A revisão poderá ser pedida pelo próprio interessado ou seu procurador e,
quando falecido, pelo cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.
Art. 445 - A revisão será processada pelo próprio órgão que proferiu a decisão, na
forma de seu regimento.
Art. 447 - Concluída assim a instrução do processo, dar-se-á vista dos autos ao
recorrente, em mãos do secretário, para razões finais.
Art. 448 - Decorrido êsse prazo, com as razões ou sem elas, o processo entrará em
pauta no Conselho para relatório e decisão ou parecer, conforme o caso, dentro dos quinze dias
seguintes.
TÍTULO V
Do Direito de Petição e do Recurso dos Atos Administrativos
CAPÍTULO I
Do Direito de Petição
Parágrafo único - Sempre que êsse direito fôr exercitado fora do Judiciário, o autor
enviará cópia de sua reclamatória à Corregedoria Geral ou ao Tribunal de Justiça.
CAPÍTULO II
Dos Recursos dos Atos Administrativos
Art. 451 - Cabe recurso para o Tribunal Pleno das decisões do Conselho Superior da
Magistratura:
I - contrárias:
a) à permuta de juízes;
b) à readmissão de juiz vitalício exonerado;
c) à reversão de magistrado aposentado;
http://www.al.rs.gov.br/legis 107
II - que cassarem licença para tratamento de interêsses particulares.
Art. 453 - Os recursos previstos neste capítulo não têm efeito suspensivo e, salvo
disposição em contrário, serão interpostos no prazo de quinze dias, contados da ciência da
decisão, pelo interessado, ou publicação do ato administrativo no Diário da Justiça.
Art. 454 - Para o Tribunal Pleno, no prazo de trinta dias da publicação no Diário da
Justiça caberá pedido de reexame e conseqüentes retificações e modificações na lista de
antigüidade.
Parágrafo único - Por igual prazo, caberá para o Conselho Superior, pedido de
reexame e conseqüentes retificações e modificações no quadro de substituição dos juízes.
Art. 455 - O direito de pleitear se exaure na esfera administrativa com o pagamento dos
recursos previstos neste estatuto e a decisão das revisões.
TÍTULO I
Disposições Finais e Transitórias
CAPÍTULO I
Das Disposições Finais
Art. 457 - Os casos omissos neste estatuto serão regulados, no que couber, pelo Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 108
Parágrafo único - Os juízes de paz deverão residir nas sedes dos distritos, salvo casos
especiais, a juízo do diretor do fôro.
Art. 460 - Não havendo disposição especial aplicam-se aos juízes temporários as
normas estatutárias contidas neste livro e atribuídas aos magistrados, observada a natureza
especial da investidura.
Art. 461 - Os juízes de paz com mais de trinta anos de serviço público ou aos setenta
anos de idade, contando no mínimo vinte anos de serviço público, terão direito a se aposentar
com dois têrços dos proventos conferidos aos escrivães distritais.
Art. 462 - Será removida ou designada para a sede onde residir o marido, a funcionária
casada com magistrado, sem prejuízo de quaisquer direito ou vantagens.
Parágrafo único - Não havendo vaga nos quadros da respectiva secretaria, será adida
ou posta à disposição de qualquer serviço público estadual, e, inexistindo êste, de serviço público
municipal.
Art. 463 - Parentes e afins, até terceiro grau, não podem ser nomeados suplentes de
pretor para o mesmo biênio.
Art. 464 - No caso do art. 37, o Conselho Superior da Magistratura ouvirá o juiz e, se o
considerar responsável pelo atraso, mandará anotar a negligência em sua ficha funcional.
Parágrafo único - O Tribunal de Justiça, por proposta do Conselho e pelo voto de dois
têrços de seus membros efetivos, poderá ainda decretar a remoção do juiz faltoso, assegurado a
êste o direito de defesa.
Art. 465 - Mensalmente, deverá ser publicado no Diário Oficial da Justiça o quadro dos
processos em tramitação no Tribunal de Justiça, em que constem as datas de entrada e
distribuição para a Câmara, bem como os nomes dos relatores e revisores em poder dos quais
estiverem os feitos.
Art. 466 - São estendidas aos magistrados já aposentados as vantagens do art. 347,
desde que por ocasião da aposentadoria, tenham preenchido as condições exigidas no referido
artigo.
CAPÍTULO II
Das Disposições Transitórias
Art. 467 - Os juízes municipais vitalícios têm dois suplentes, denominados 1º e 2º,
nomeados pelo Governador do Estado, por indicação do diretor do fôro pelo prazo de dois anos.
§ 1º - À medida que vagarem os cargos de juiz municipal vitalício, serão extintos por
ato do Governador do Estado, em face de comunicação do Tribunal de Justiça.
http://www.al.rs.gov.br/legis 109
§ 2º - O Tribunal poderá determinar a remoção de outro juiz municipal vitalício, de
igual ou inferior entrância, para cargo vago, extinguindo-se, neste caso, aquêle do qual foi
removido.
§ 4º - Parentes ou afins, até o terceiro grau, não podem ser nomeados suplentes para o
mesmo biênio.
Art. 468 - Os juízes de direito que, até a data da promulgação da vigente Constituição
Estadual, tenham sido preteridos por magistrados com menor tempo de judicatura, em virtude de
primeiras nomeações ou promoções, quaisquer que hajam sido os critérios de acesso, poderão
requerer sua aposentadoria ao complementarem vinte e cinco anos de serviço público,
independentemente de qualquer exigência, com direito a vencimentos integrais da entrância ou
grau imediatamente superior e sem prejuízo das gratificações que estiverem percebendo.
Art. 469 - Estendem-se as vantagens do artigo anterior aos juízes de direito que,
ingressado na magistratura antes da promulgação da Constituição Estadual vigente, vierem a ser
posteriormente classificados para fins de promoção por antigüidade, como mais novos que
outros, não obstante mais antigos na carreira, em virtude da mudança constitucional do critério
de antigüidade.
Art. 473 - O disposto no art. 367 se aplica ao magistrado que tenha exercido
substituição em comarca não instalada, sendo devido o pagamento da gratificação a partir de 1º
de janeiro de 1964.
LIVRO III
ESTATUTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Disposições Preliminares
http://www.al.rs.gov.br/legis 110
Art. 474 - Este estatuto regula o provimento, vacância e exercício dos cargos do
Ministério Público, os vencimentos e vantagens, direitos, deveres e responsabilidades de seus
agentes.
Art. 478 - Os agentes do Ministério Público, com exceção do Procurador Geral, são
efetivos desde a posse e gozam das seguintes garantias:
I - estabilidade, após dois dias de exercício, não podendo ser demitidos senão mediante
decisão condenatória, proferida em processo judicial ou administrativo, em que se lhes assegure
ampla defesa;
II - irredutibilidade dos vencimentos, que todavia ficarão sujeitos aos impostos gerais;
III - inamovibilidade, salvo representação motivada do Procurador Geral, com
fundamento na conveniência do serviço, ouvido o Conselho Superior do Ministério Público.
TÍTULO I
Do Provimento, Vacância, Tempo de Serviço e Exercício
CAPÍTULO I
Do Provimento e da Vacância
http://www.al.rs.gov.br/legis 111
III - remoção;
IV - reintegração;
V - readmissão;
VI - reversão;
VII - aproveitamento.
Art. 481 - Além dos casos de promoção e remoção, a vacância no Ministério Público
decorrerá de:
I - exercício de cargo eletivo, função gratificada ou cargo de provimento em comissão;
II - disponibilidade, no caso do art. 552;
III - aposentadoria;
IV - exoneração;
V - demissão;
VI - morte.
Da Nomeação
Art. 482 - O procurador Geral será nomeado pelo Governador do Estado, depois de
aprovada a escolha pela Assembléia Legislativa, dentre bacharéis em direito, de notório
merecimento e reputação ilibada.
Art. 483 - Os cargos iniciais da carreira serão providos por nomeação do Governador
do Estado, mediante concurso de provas e títulos, organizado pelo Conselho Superior do
Ministério Público.
Art. 484 - O concurso, constante de prova escrita, oral e de tribuna, será prestado em
dia, hora e local designados no edital de chamamento, perante a Comissão Examinadora,
constituída de três membros do Conselho Superior do Ministério Público, por êste escolhidos, e
de um advogado indicado pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
http://www.al.rs.gov.br/legis 112
§ 1º - A prova escrita, só identificável no ato do julgamento do concurso, com a duração
máxima de três horas, versará questões teórico-práticas de direito penal, civil e processual civil e
penal, sorteadas no momento do exame.
§ 3º - A prova de tribuna, com a duração de vinte minutos, versará sôbre tese de direito
civil ou penal, constante do programa e sorteada no momento.
Art. 485 - O concurso, depois de apreciada sua regularidade será homologado pelo
Conselho Superior do Ministério Público, em sessão secreta, com base no julgamento da
comissão examinadora; dos candidatos aprovados, enviar-se-á ao Governador do Estado lista em
rigorosa ordem de classificação, segundo número de vagas.
§ 1º - Se houver mais de uma vaga a prover, será atendida a preferência dos candidatos,
de acôrdo com a ordem de classificação obtida no concurso.
§ 2º - Havendo empate entre os candidatos, será preferido aquêle que houver obtido
melhores notas nas questões práticas, salvo se um dêles tiver sido estagiário do Ministério
Público ou de defesa, caso em que terá preferência.
Art. 486 - O concurso será válido por dois anos contados de sua homologação,
ocorrendo a caducidade, antes dêste prazo, para o candidato que recusar a indicação, havendo
vaga.
Art. 488 - O Governador do Estado dará posse ao Procurador Geral e êste, perante o
Conselho Superior, aos demais agentes do Ministério Público, lavrando-se o têrmo respectivo.
Art. 489 - A posse verificar-se-á até quinze dias após a publicação do ato de nomeação
no Diário da Justiça.
http://www.al.rs.gov.br/legis 113
particulares, o início do prazo a que se refere êste artigo será contado da data em que deveria
voltar ao serviço.
§ 3º - A nomeação será tornada sem efeito, se a posse não se der dentro dos prazos
previstos neste artigo.
Art. 490 - Os agentes do Ministério Público, salvo motivo de fôrça maior devidamente
comprovada, deverão entrar em exercício dentro do prazo de quinze dias, contados da posse.
SEÇÃO II
Da Promoção
§ 4º - A promoção por antigüidade será feita à vista da simples indicação do agente mais
antigo na entrância, e a por merecimento dependerá de lista tríplice, organizada em ordem
alfabética pelo Conselho Superior, em sessão e escrutínio secretos, sòmente podendo concorrer
os que tiverem atingido o primeiro têrço da respectiva lista de antigüidade.
Art. 492 - Sòmente poderá ser promovido o agente do Ministério Público, após dois
anos de efetivo exercício na entrância.
Parágrafo único - Será dispensado o interstício, sempre que não houver curadores ou
promotores de justiça que o tenham, ou quando os que o tiverem não aceitarem a promoção.
http://www.al.rs.gov.br/legis 114
Art. 494 - O Conselho Superior, quando enviar ao Governador do Estado lista de
promoção por merecimento, comunicar-lhe-á o número de votos obtidos e quantas vêzes tenham
entrado em listas anteriores os indicados.
Art. 495 - O promotor terá quinze dias de trânsito, com prorrogação por mais quinze, a
critério do Procurador Geral, para assumir a nova promotoria, sob pena de a promoção ficar sem
efeito.
§ 1º - O promotor da comarca cuja entrância fôr elevada, continuará à exercer ali suas
funções, querendo, e, quando promovido, nela será classificado, se o requerer.
SEÇÃO III
Da Remoção
http://www.al.rs.gov.br/legis 115
§ 6º - O prazo previsto neste artigo, no caso de criação de promotoria, começará a fluir
da data da publicação do edital que determinar a sua instalação.
§ 1º - Enquanto a remoção não se tornar efetiva, por falta de vaga em qualquer outra
comarca, o promotor ficará à disposição do Procurador Geral do Estado.
Art. 499 - A remoção por permuta, admissível entre membros do Ministério Público da
mesma entrância, dependerá de parecer prévio da Comissão Disciplinar, que apreciará o pedido
em função da conveniência do serviço e da posição ocupada pelos interessados no quadro de
antigüidade.
Art. 500 - Aplicar-se aos casos de remoção voluntária o disposto no art. 495.
SEÇÃO IV
Da Reintegração
§ 2º - Extinto o cargo, e não existindo vaga na entrância a ser ocupada pelo reintegrado,
será êle pôsto em disponibilidade remunerada, ou aproveitado nos têrmos dos §§ 1º e 2º do art.
505, facultando-se-lhe a escolha da sede, onde aguardará o aproveitamento.
SEÇÃO V
Da Readmissão
Art. 502 - A readmissão é o fato pelo qual o agente do Ministério Público exonerado
reingressa na carreira, assegurada a contagem de tempo de serviço anterior apenas para efeito de
estabilidade, acréscimos qüinqüenais e aposentadoria.
http://www.al.rs.gov.br/legis 116
Art. 503 - A readmissão sòmente será concedida no grau inicial da carreira, e quando
não houver candidato aprovado em concurso, em condições de nomeação.
SEÇÃO VI
Da Reversão
§ 6º - O agente do Ministério Público que tenha revertido não poderá ser aposentado
novamente, salvo por motivo de saúde, sem que tenham decorrido cinco anos de efetivo
exercício.
SEÇÃO VII
Do Aproveitamento
http://www.al.rs.gov.br/legis 117
SEÇÃO VIII
Do Quadro Especial
Art. 506 - O agente do Ministério Público afastado para exercer cargo ou função
estranha à carreira, deixará de perceber seus vencimentos e contará tempo de serviço apenas para
promoção por antigüidade, aposentadoria ou percepção de vantagens que decorram
exclusivamente da efetividade, sendo classificado em quadro à parte.
Parágrafo único - A promoção por antigüidade nos têrmos dêste artigo não prejudicará
o provimento, pelo mesmo critério, da vaga ocorrida.
SEÇÃO IX
Da Aposentadoria
§ 2º - Nos casos do inciso III dêste artigo, o agente do Ministério Público será afastado
do cargo com os respectivos vencimentos, até o prazo máximo de quatro anos, findando êste
prazo, se perdurar a incapacidade, será aposentado com vencimentos integrais.
Art. 509 - A aposentadoria compulsória por defeito moral, deverá ser declarada pelo
Conselho do Ministério Público, na forma estabelecida pelo Regimento Interno, assegurada a
mais ampla defesa ao interessado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 118
prestado a entidades autárquicas, emprêsas ou instituições que tenham passado para a
responsabilidade do Estado.
SEÇÃO X
Da Exoneração
CAPÍTULO II
Do Estágio Probatório e do Tempo de Serviço
SEÇÃO I
Do Estágio Probatório
Art. 513 - A contar do dia da entrada em exercício, durante o período de dois anos, será
apurada a conveniência da confirmação do agente do Ministério Público na carreira, mediante a
verificação dos seguintes requisitos:
a) idoneidade moral;
b) disciplina;
c) contração ao trabalho;
d) eficiência.
http://www.al.rs.gov.br/legis 119
§ 3º - Contrário o parecer final, o expediente será encaminhado à decisão do
Governador do Estado.
Art. 514 - Após dois anos de exercício, o agente do Ministério Público goza de
estabilidade, e não poderá ser demitido, senão mediante decisão condenatória proferida em
processo judicial ou administrativo em que se lhe assegure ampla defesa.
EÇÃO II
Do Tempo de Serviço
Art. 516 - Serão considerados de efetivo exercício, para efeitos do artigo anterior, os
dias em que o agente do Ministério Público estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - licença-prêmio;
III - casamento, até oito dias;
IV - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge, ascendentes, descendentes, sogros
ou irmãos;
V - exercício de função gratificada ou cargo em comissão;
VI - desempenho de função pública eletiva;
VII - licença para tratamento de saúde;
VIII - licença por motivo de doença em pessoa da família;
IX - convocação para serviço militar, ou outros serviços por lei obrigatórios;
X - afastamento para aperfeiçoamento;
XI - prestação de concurso ou prova de habilitação para concorrer a cargo estadual,
cátedra ou livre docência de escola superior ou secundária;
XII - sessão de órgão público colegiado;
XIII - licença para concorrer à função pública eletiva;
XIV - disponibilidade remunerada;
XV - período de trânsito.
TÍTULO II
Do Vencimento e das Vantagens
CAPÍTULO I
Dos Vencimentos
Art. 518 - O Procurador Geral do Estado terá vencimentos iguais aos dos
desembargadores, e os procuradores da Justiça não menos de quatro quintos dos daquele.
http://www.al.rs.gov.br/legis 120
Art. 519 - Os curadores e os promotores de justiça terão vencimentos não menores que
os dos juízes de direito de entrância imediatamente inferior, atribuindo-se aos do grau inicial da
carreira não menos de dois têrços dos vencimentos do juiz de direito da entrância
correspondente.
Art. 521 - Os vencimentos, salvo as exceções previstas em lei, são devidos pelo efetivo
exercício do cargo.
CAPÍTULO II
Das Vantagens Pecuniárias
SEÇÃO I
Da Representação e das Gratificações
Art. 524 - Aos membros da Comissão Disciplinar, com exceção do Procurador Geral,
será atribuída, por sessão a que comparecerem, a gratificação de um trinta avos do vencimento
básico, até o limite máximo de cinco sessões.
Art. 525 - A gratificação adicional será concedida nos têrmos dos artigos 110 e 112 do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, calculada sôbre o vencimento básico ou
sôbre os proventos da aposentadoria, acompanhando-lhes as oscilações.
Parágrafo único - A gratificação adicional de vinte e cinco por cento será concedida
acrescentado-se mais dez por cento aos quinze por cento já concedidos.
Art. 527 - Na primeira instância, será atribuída ao substituto que exercer a substituição
plena cumulativamente com suas funções, uma gratificação correspondente ao têrço do
vencimento básico.
http://www.al.rs.gov.br/legis 121
Parágrafo único - São excluídos das vantagens dêste artigo os promotores substitutos,
salvo quando exercerem a substituição plena em duas ou mais comarcas ou varas.
Art. 528 - O agente do Ministério Público com exercício em mais de uma comarca ou
vara terá direito à vantagem do art. 527, vedado o recebimento de mais de uma gratificação.
SEÇÃO II
Dos Acréscimos Qüinqüenais
Art. 530 - O acréscimo qüinqüenal será sempre proporcional aos vencimentos ou aos
proventos e acompanhar-lhes-á as oscilações.
SEÇÃO III
Da Ajuda de Custo
http://www.al.rs.gov.br/legis 122
§ 2º - A ajuda de custo será paga independentemente de o agente do Ministério Público
haver assumido o nôvo cargo, e restituída caso o ato venha a se tornar sem efeito.
§ 3º - Não terá direito a ajuda de custo o promotor com residência no lugar onde passar
a exercer o cargo.
SEÇÃO IV
Das Diárias
Art. 533 - O agente do Ministério Público que se deslocar temporàriamente de sua sede,
em objeto de serviço, terá direito a diárias, antecipadamente pagas pela exatoria da localidade,
mediante requisição.
SEÇÃO V
Do Abono Familiar
Art. 534 - O abono familiar será concedido ao agente do Ministério Público nas
mesmas condições previstas para os funcionários públicos civis do Estado.
SEÇÃO VI
Do Auxílio Funeral
Art. 535 - Ao cônjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros necessários do agente
do Ministério Público, será concedida importância equivalente a um mês do vencimento que
percebia, para atender às despesas de funeral e de luto.
SEÇÃO VII
http://www.al.rs.gov.br/legis 123
Da Pensão
Art. 536 - Aos dependentes, viúva e filhos do agente do Mistério Público que falecer,
após ter contribuído para o Instituto da Previdência do Estado, é assegurada uma pensão,
constituída de uma parcela familiar, igual a quarenta e cinco por cento do valor da remuneração
ou provento e mais tantas parcelas iguais a cinco por cento do valor da mesma remuneração ou
provento, quantos forem os dependentes do agente do Ministério Público, até o máximo de 11
(onze).
Art. 537 - A importância total assim obtida, em hipótese alguma inferior a cinqüenta
por cento do valor da remuneração ou provento, será rateada em quotas iguais entre todos os
dependentes com direito a pensão, existentes ao tempo da morte do agente do Ministério
Público.
Art. 539 - Tôda a vez que se extinguir uma quota da pensão, proceder-se-á a nôvo
cálculo e a nôvo rateio do benefício na forma do disposto nos artigos 342 e seguintes,
considerados, porém, apenas os pensionistas remanescentes.
Art. 541 - A pensão será revisada sempre que sejam aumentados os vencimentos dos
agentes do Ministério Público.
CAPÍTULO III
Das Vantagens não Pecuniárias
http://www.al.rs.gov.br/legis 124
II - licença para tratamento de saúde;
III - licença por motivo de doença em pessoa da família;
IV - licença para tratar de interêsses particulares;
V - licença-prêmio;
VI - afastamento para aperfeiçoamento;
VII - transporte.
SEÇÃO I
Das Férias
Art. 545 - O Governador do Estado concederá férias ao Procurador Geral e êste aos
demais agentes do Ministério Público, no caso do art. 255.
SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 547 - A licença para tratamento de saúde será concedida ao Procurador Geral pelo
Governador do Estado, e aos demais agentes do Ministério Público por aquêle, à vista de laudo
de inspeção expedido pela Diretoria do Serviço de Biometria Médica, na Capital, e pelas
unidades sanitárias, no interior do Estado.
Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, as normas previstas nos artigos 126
e145, inclusive, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 548 - O agente do Ministério Público poderá obter licença por motivo de doença
em pessoa de ascendentes, descendente, cônjuge ou irmão, mesmo que não viva às suas
expensas, desde que indispensável sua assistência pessoal e permanente ao entêrro.
Art. 549 - O Procurador Geral fará expedir a competente portaria, à vista do laudo de
inspeção de saúde e das informações prestadas pelo agente do Ministério Público.
Art. 550 - A licença de que trata esta seção será concedida com vencimentos integrais
até três meses; excedendo êste prazo, com desconto de um têrço, até seis meses; depois de seis
até doze meses, com desconto de dois têrços, e, sem vencimentos, do décimo terceiro mês em
diante.
http://www.al.rs.gov.br/legis 125
SEÇÃO IV
Da Licença para Tratar de Interêsses Particulares
Art. 551 - Após dois anos de efetivo exercício, o agente do Ministério Público poderá
obter licença, sem vencimentos, para tratar de interêsses particulares.
§ 1º - A licença não poderá ultrapassar vinte e quatro meses, nem ser repetida antes de
dois anos de sua terminação.
Art. 552 - Sempre que a licença fôr por prazo superior a seis meses, o agente do
Ministério Público ficará em disponibilidade não remunerada, provendo-se na forma dêste
estatuto a vaga que ocorrer.
Art. 553 - Quando o interêsse do serviço público o exigir, a licença poderá ser cassada,
a juízo do Procurador Geral.
Art. 554 - A qualquer tempo o agente do Ministério Público poderá desistir da licença.
SEÇÃO V
Da Licença-Prêmio
SEÇÃO VI
Do Afastamento para Aperfeiçoamento
Art. 556 - O Procurador Geral, ouvido o Conselho Superior e diante proposta dêste,
poderá conceder ao agente do Ministério Público com mais de dois anos de exercício, licença por
tempo não superior a doze meses para afastar-se do Estado, a fim de freqüentar, no país ou no
exterior cursos ou seminários de aperfeiçoamento jurídico, sem prejuízo de seus vencimentos.
SEÇÃO VII
Do Transporte
Art. 557 - O agente do Ministério Público que se afastar de sua sede em objeto de
serviço, terá direito de requisitar, por conta do Estado, transporte de primeira classe, em veículo
coletivo.
http://www.al.rs.gov.br/legis 126
§ 2º - A requisição de passagem incluirá leito, se necessário.
Parágrafo único - Quando as despesas de que trata o artigo forem feitas às expensas do
agente do Ministério Público, será êle reembolsado pelo Estado, mediante requerimento
devidamente comprovado.
TÍTULO III
Dos Deveres, Chefia do Ministério Público e Órgão Disciplinar
CAPÍTULO I
Dos Deveres
Art. 559 - Além das obrigações comuns aos servidores públicos estaduais, deverá o
agente do Ministério Público manter ilibada conduta pública e privada, exercer com equilíbrio,
exação, e independência as atribuições de seu cargo, cumprir e fazer cumprir as decisões dos
órgãos judiciários, e as recomendações de seus superiores hierárquicos.
CAPÍTULO II
Da Chefia do Ministério Público
SEÇÃO I
Da Secretaria da Procuradoria Geral
CAPÍTULO III
Dos Órgãos Disciplinares
SEÇÃO I
Do Conselho Superior do Ministério Público
sua Constituição e Funcionamento
http://www.al.rs.gov.br/legis 127
Art. 564 - O Conselho Superior e o Ministério Público compõe-se do Procurador Geral,
seu presidente nato, e dos procuradores da Justiça em efetivo exercício na carreira.
Art. 566 - O Conselho Superior funcionará com a presença mínima de metade mais um
de seus membros.
SUBSEÇÃO I
Da Comissão Disciplinar do Ministério Público
Art. 568 - A Comissão Disciplinar funcionará com a presença mínima de metade mais
um de seus membros.
§ 1º - Suas decisões serão tomadas por maioria de votos e, em caso de empate, terá o
Presidente voto de qualidade.
SEÇÃO II
Da Presidência
SEÇÃO III
Da Corregedoria
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Art. 570 - Integram a Corregedoria do Ministério Público:
I - o Corregedor e seu respectivo suplente;
II - um promotor de justiça de quarta entrância, adjunto do Corregedor, por êste
escolhido e designado pelo Procurador Geral.
TÍTULO IV
Da Ação Disciplinar
CAPÍTULO I
Das Penas
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§ 2º - Quando o serviço público o exigir, a pena de suspensão poderá ser convertida em
multa, até o máximo de um têrço do vencimento, que deverá ser descontada em três prestações
mensais.
Art. 573 - O agente do Ministério Público que, sem causa justa, deixar de atender a
qualquer exigência para cujo cumprimento seja marcado prazo certo, ficará sujeito às penas dos
incisos I e II do art. 572 e, no caso de reincidência, as do inciso IV do mesmo artigo.
Art. 574 - Para aplicação disciplinar das penas do art. 572, são competentes:
I - a Comissão Disciplinar, nos casos dos incisos I a IV;
II - o Governador do Estado, nos casos dos incisos V e VI.
CAPÍTULO II
Da Apuração da Responsabilidade
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 577 - Nos casos dos incisos I e II art. 572, quando a falta fôr confessada,
documentalmente provada, ou evidente, a pena poderá ser aplicada independentemente de
sindicância ou processo administrativo.
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§ 2º - O agente do Ministério Público incumbido da sindicância não poderá ser de
categoria inferior à do indiciado.
Parágrafo único - Havendo necessidade, idêntica providência poderá ser tomada pelo
agente do Ministério Público encarregado da sindicância.
§ 1º - A representação feita por quem não fôr autoridade deverá trazer firma
reconhecida e não poderá ser arquivada de plano, salvo se manifestamente graciosa.
http://www.al.rs.gov.br/legis 131
Art. 585 - Na sindicância, como no processo administrativo, poderá ser argüida
suspeição, que se regerá pelas normas da legislação comum.
SEÇÃO II
Da Sindicância
SEÇÃO III
Do Processo Administrativo
Art. 590 - O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo improrrogável
de cinco dias, contados da data de designação da comissão, e concluído no de sessenta dias, a
partir da citação do indiciado.
§ 3º - Se algum dos componentes da comissão não puder, por motivo de fôrça maior,
continuar no desempenho do encargo, a Comissão Disciplinar escolherá outro para substituí-lo.
Art. 591 - A instrução do processo, que será realizada em segrêdo de justiça, guardará
forma processual, resumidos, quando possível, os têrmos lavrados pelo secretário.
Art. 592 - Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver
influído na apuração da verdade substancial ou na decisão do processo.
http://www.al.rs.gov.br/legis 132
Art. 593 - Nos casos omissos, e a juízo da comissão processante, são aplicáveis ao
processo administrativo as regras gerais do Código de Processo Penal.
§ 1º - A citação será feita pessoalmente, com o prazo mínimo de vinte e quatro horas,
sendo acompanhada de extrato da portaria e de cópia da representação, quando houver.
Art. 597 - O indiciado, depois de citado não poderá sob pena de prosseguir o processo à
sua revelia, mudar de residência ou dela ausentar-se por mais de oito dias, sem comunicar à
comissão processante o lugar onde passará a ser encontrado.
Art. 598 - Feita a citação sem que compareça o indiciado, prosseguir-se-á no processo à
sua revelia.
Art. 599 - O indiciado terá direito depois de, pessoalmente ou por intermédio de
advogado, assistir aos atos probatórios que se realizarem perante a comissão, requerendo o que
lhe parecer, a bem de seus interêsses.
Art. 600 - O advogado terá intervenção limitada à que é permitido ao próprio indiciado,
podendo representá-lo em qualquer ato processual, salvo naqueles em que a comissão julgar
conveniente a presença do indiciado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 133
Parágrafo único - O presidente poderá afastar do processo, mediante decisão
fundamentada, o advogado que crie embaraços à produção da prova ou falte com o respeito
devido à comissão.
Art. 603 - O indiciado, dentro do prazo de cinco dias, após o interrogatório, poderá
produzir prova documental, requerer diligências e arrolar testemunhas, até o máximo de oito, as
quais serão notificadas.
Art. 604 - A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depôr, salvo o caso de
proibição legal, nos têrmos do art. 207 do Código de Processo Penal.
Art. 605 - Aos respectivos chefes diretos serão requisitados os servidores públicos civis
e militares arrolados como testemunhas.
http://www.al.rs.gov.br/legis 134
Art. 607 - A comissão pode conhecer de acusações novas contra o indiciado, ou de
denúncia contra outro agente do Ministério Público que não figurar na portaria.
Art. 609 - Encerrada a instrução, o indiciado, dentro de dois dias, terá vistas dos autos,
em mãos do secretário, para oferecer defesa, no prazo de dez dias.
SEÇÃO IV
Do Processo por Abandono de Cargo
SEÇÃO V
Do Processo por Acumulação Proibida
http://www.al.rs.gov.br/legis 135
Art. 613 - Em caso de acumulação não permitida em lei, instaura-se processo na forma
do art. 590 e seguintes.
Art. 614 - Verificada a acumulação proibida e provada a boa fé, o agente do Ministério
Público optará por um dos cargos.
Parágrafo único - Provada a má fé, será êle demitido de todos os cargos e funções,
restituindo o que indevidamente haja recebido.
SEÇÃO VI
Da Suspensão Preventiva
Art. 617 - Da aplicação da pena disciplinar caberá recurso, com efeito suspensivo, à
autoridade imediatamente superior à que impôs a sanção.
Art. 618 - Quando a pena fôr aplicada pelo Governador do Estado, o interessado, dentro
do mesmo prazo previsto no § 1º do art. 617, poderá pedir reconsideração.
CAPÍTULO IV
Da Revisão do Processo Administrativo
Art. 619 - A revisão dos processos findos sòmente será admitida após seis meses da
punição do agente do Ministério Público:
I - quando a decisão fôr contrária ao texto expresso da lei ou à evidência dos autos;
II - quando a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos falsos ou
viciados;
http://www.al.rs.gov.br/legis 136
III - quando após a decisão, se descobrirem novas provas de inocência do interessado ou
de circunstâncias que autorizem diminuição especial da pena.
Parágrafo único - Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados neste artigo,
serão indeferidos liminarmente.
Art. 620 - A revisão que poderá se verificar a qualquer tempo, não permite a agravação
da pena.
Art. 621 - A revisão poderá ser pedida ao Conselho Superior pelo próprio interessado
ou procurador legalmente habilitado ou, em caso de morte, pelo cônjuge, descendente,
ascendente ou irmão.
Art. 622 - A revisão será processada pelo Conselho Superior, na forma do seu
regimento.
Art. 624 - Concluída a instrução do processo, será aberta vista dos autos, ao requerente,
em mãos do Secretário, pelo prazo de quinze dias, para razões finais.
Art. 625 - Decorrido êsse prazo, com razões ou sem elas, o processo entrará em pauta
no Conselho para relatório ou parecer, conforme o caso, dentro dos quinze dias seguintes.
Parágrafo único - Quando não fôr de sua alçada a penalidade aplicada, o Conselho
Superior remeterá o processo, com o seu parecer, à autoridade competente.
CAPÍTULO V
Da Reabilitação
Art. 627 - Passados quatro anos do trânsito em julgado das penas de advertência ou
censura, poderá o punido pleitear, ante a Comissão Disciplinar o cancelamento da penalidade.
http://www.al.rs.gov.br/legis 137
TÍTULO V
Do Direito de Petição e do Recurso dos Atos
CAPÍTULO I
Do Direito de Petição
Art. 629 - O agente do Ministério Público que postular perante o Judiciário comunicará
essa iniciativa ao Procurador Geral.
CAPÍTULO II
Do Recurso dos Atos Administrativos
TÍTULO VI
Disposições Gerais e Transitórias
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
http://www.al.rs.gov.br/legis 138
Art. 634 - Os casos omissos neste estatuto serão regulados, no que couber, pelo Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
Art. 636 - Os agentes do Ministério Público residirão obrigatòriamente nas sedes das
comarcas onde servirem, sob pena de remoção compulsória e de outras sanções disciplinares.
Art. 637 - Aos agentes do Ministério Público é vedada atividade político-partidária nas
comarcas onde exerceram suas funções, salvo quando licenciados na forma da lei.
Art. 638 - Extinguindo-se o cargo, o agente do Ministério Público que o ocupar será
pôsto em disponibilidade remunerada, e aproveitado nos têrmos dos §§ 1º e 2º do art. 506,
facultando-se-lhe a escôlha da sede onde aguardará aproveitamento.
Art. 639 - São proibidas designações na carreira do Ministério Público, salvo quando
expressamente previstas em lei.
Art. 641 - O agente do Ministério Público avulso ao tempo de lei permissiva, que
ingressar nos quadros da carreira, contará o tempo de serviço anterior apenas para efeito de
estabilidade, acréscimos qüinqüenais e aposentadoria.
Art. 642 - A guarda dos arquivos de cada promotoria de justiça, em caso de se afastar
do cargo o respectivo titular, ficará em poder do auxiliar de promotor ou, em falta dêste, sob a
guarda do escrivão da vara da direção do fôro.
Art. 643 - Nas comarcas do interior do Estado, incumbe ao escrivão da vara da direção
do fôro a elaboração da fôlha de pagamento dos agentes do Ministério Público.
http://www.al.rs.gov.br/legis 139
Art. 645 - A vedação a que se refere o artigo 479, item I, atinente à proibição do
exercício da advocacia, não alcançará aos atuais membros do Ministério Público, que estejam
inscritos na Ordem dos Advogados e exerçam a profissão.
Art. 646 - Será removida ou designada para a sede onde residir o marido, a funcionária
casada com agente do Ministério Público, sem prejuízo de quaisquer direitos e vantagens.
Parágrafo único - Não havendo vagas nos quadros da respectiva secretaria, será adida
ou posta à disposição de qualquer serviço púbico estadual, e inexistindo êste a de serviço público
municipal.
LIVRO IV
ESTATUTO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA
Disposições Preliminares
Art. 647 - Êste estatuto regula as normas peculiares aos serviços Judiciários do Estado,
bem como o provimento e a vacância dos cargos e funções, os deveres e responsabilidades,
direitos e vantagens dos servidores da Justiça.
Art. 648 - Os servidores da Justiça ocupam cargos e funções isolados, e se classificam
por entrâncias, correspondentes às da Magistratura.
http://www.al.rs.gov.br/legis 140
c) os ficharistas;
d) os seladores;
e) outros admitidos mediante contrato com o titular de ofício.
Art. 651 - Para atender as peculiaridades do serviço, a lei poderá dar organização
burocrática às varas especializadas, mediante proposta do Tribunal de Justiça, naquela não
incluindo os servidores da Justiça que terão sua situação funcional regida por êste Código.
Parágrafo único - A criação dos cargos administrativos de que trata êste artigo, a
fixação dos vencimentos e vantagens, o sistema estatuário, bem como as atribuições
estabelecidas aos respectivos ocupantes, obedecerão às normas legais aplicáveis ao
funcionalismo civil do Estado.
TÍTULO I
Das Situações Funcionais
CAPÍTULO I
Do Provimento, Posse e Vacância
SEÇÃO I
Normas Gerais
Art. 655 - São requisitos mínimos para o provimento inicial dos cargos de justiça:
I - ser brasileiro, com mais de dezoito anos e menos de quarenta anos, exceto os
serventuários, cuja idade limite mínima será de vinte e um anos;
II - estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;
III - possuir honrada conduta;
IV - possuir aptidão para o exercício do cargo;
V - reunir as condições especiais prescritas para a investidura;
VI - apresentar fôlha corrida judiciária;
http://www.al.rs.gov.br/legis 141
VII - gozar de sanidade física e mental.
Parágrafo único - Os servidores da Justiça não estão sujeitos a limite de idade para o
ingresso em outro serviço da Justiça.
SEÇÃO II
Dos Concursos
Art. 660 - Logo que seja criado cargo nôvo, ou se verifique vaga, não preenchida na
forma do artigo 683, a autoridade competente abrirá concursos para seu provimento, expedindo-
se no prazo de dez dias, edital de concurso, que deverá ser afixado na sede da comarca,
publicado uma vez no Diário da Justiça e reproduzido na imprensa local.
http://www.al.rs.gov.br/legis 142
Art. 661 - Não poderão inscrever-se os civilmente incapazes, os privados dos direitos
políticos, os pronunciados por decisão irrecorrível, os condenados definitivamente por crime
doloso e os demitidos a bem do serviço público.
Art. 663 - Findo o prazo de inscrição, que será de quinze dias a contar da publicação no
Diário da Justiça, a autoridade competente, nos têrmos do artigo anterior, comunicará o fato ao
presidente do Conselho Superior da Magistratura.
Art. 665 - No dia seguinte ao concurso a comissão reunir-se-á, para o julgamento das
provas, a fim de que a classificação dos candidatos possa ser ultimada no prazo máximo de dez
dias.
Art. 666 - O concurso será prestado perante uma comissão examinadora, que se
instalará após o encerramento das inscrições.
§ 2º - A comissão examinadora será constituída pelo diretor do fôro, que a presidirá, por
um advogado e um agente do Ministério Público, escolhidos pelo Presidente.
http://www.al.rs.gov.br/legis 143
Art. 668 - Publicado o programa, o presidente da comissão examinadora mandará
expedir edital, com o prazo de quinze dias, designando local, dia e hora para a realização do
concurso.
Art. 669 - O concurso, constante de prova escrita teórico-prática, será prestado perante
a comissão examinadora, no prazo de quatro horas, permitindo o uso de leis ou códigos não
comentados.
Art. 671 - Tão logo concluída a correção das provas e conhecido o resultado dos
recursos interpostos ao Conselho de Magistratura, relativos ao julgamento das inscrições, a
comissão mandará publicar, por via de edital e nos termos do artigo 660, a relação dos
candidatos com as respectivas notas obtidas e a classificação.
http://www.al.rs.gov.br/legis 144
Art. 672 - Findo o prazo do artigo anterior o presidente da comissão encaminhará ao
Tribunal de Justiça a indicação do candidato a ser nomeado.
Art. 674 - Os concursos para os serviços da Justiça serão válidos por dois anos,
contados de sua homologação.
SEÇÃO III
Da Prova de Habilitação
SEÇÃO IV
Do Provimento
Art. 576 - Os cargos e funções, nos serviços da Justiça, serão providos por:
I - nomeação;
II - remoção;
III - reintegração;
IV - readmissão;
V - reversão;
VI - aproveitamento;
VII - transferência;
VIII - readaptação.
SUB-SEÇÃO I
Da Nomeação
http://www.al.rs.gov.br/legis 145
Art. 678 - Os serventuários e os funcionários da Justiça serão nomeados pela autoridade
competente, mediante concurso público, e os auxiliares através de prova de habilitação.
§ 1º - Os servidores da Justiça não poderão tomar posse de seus cargos, sem apresentar,
para deferimento de compromisso, o título de nomeação, laudo de inspeção de saúde e prova de
estar em dia com as obrigações militares e eleitorais, dispensadas as duas últimas exigências, se
tiverem sido satisfeitas por ocasiões do concurso.
§ 3º - A posse nos cargos cujo exercício dependa de fiança, caução ou outra garantia só
se dará à vista da prova de ter sido a exigência efetivamente cumprida.
Art. 680 - A posse verificar-se-á até quinze dias após a publicação do ato de nomeação
no Diário da Justiça.
§ 2º - A nomeação será tornada sem efeito, se a posse não se der dentro do prazo legal.
SUB-SEÇÃO II
Da Remoção
http://www.al.rs.gov.br/legis 146
§ 5º - É permitida a permuta entre auxiliares de ofícios da mesma natureza e entrância,
com anuência dos respectivos titulares.
Art. 683 - Verificada a vaga, os servidores da mesma classe e entrância, dentro do prazo
de dez dias, contados da data em que fôr publicada no Diário Oficial da Justiça o ato declaratório
da vacância, solicitarão remoção ao Presidente do Conselho Superior da Magistratura.
Art. 684 - A remoção será assegurada ao servidor mais antigo da classe, salvo
preferência por servidor de maior mérito, ou manifestação contrária da maioria absoluta do
Conselho Superior da Magistratura, tudo com base em decisão fundamentada em critérios
objetivos.
Parágrafo único - Para aferição do mérito, além das normas estabelecidas pelo
Conselho Superior da Magistratura, tomar-se-á em conta sempre a ficha funcional do servidor.
§ 1º - Não será admitida a permuta, quando a um dos interessados faltar menos de cinco
anos para tempo necessário a aposentadoria voluntária ou compulsória, ou quando o exame
médico revelar que qualquer dos requerentes não está apto a continuar no exercício do cargo ou
função pública.
Art. 686 - O servidor da Justiça terá quinze dias de trânsito, com prorrogação por mais
quinze a critério do Presidente do Tribunal de Justiça, para assumir o nôvo serviço, sob pena de a
remoção ficar sem efeito.
Art. 687 - A remoção será feita às expensas do servidor, que receberá os livros e
arquivos do cartório, independentemente de qualquer indenização, mediante tombamento, cujo
têrmo constará de três vias datilografadas, visadas pelo juiz de direito diretor do fôro, dirigidas
uma ao arquivo do cartório da Direção do Fôro e as outras aos interessados.
SUB-SEÇÃO III
Da Reintegração
http://www.al.rs.gov.br/legis 147
Parágrafo único - Quando o servidor receber custas ou emolumentos, êstes serão
estimados de acôrdo com os proventos da aposentadoria.
Art. 689 - Achando-se ocupado o cargo ao qual foi reintegrado o servidor, o ocupante,
se vitalício, será pôsto em disponibilidade remunerada, com os vencimentos correspondentes aos
proventos da aposentadoria, ou aproveitado, se estável, em outros serviços da Justiça de igual
categoria, com vencimento equivalente.
Art. 690 - O reintegrante deverá ser submetido a inspeção médica e, verificada a sua
incapacidade para exercício do cargo, será aposentado na forma estabelecida neste Código.
SUB-SEÇÃO IV
Da Readmissão
Art. 691 - A readmissão é o ato pelo qual o servidor exonerado volta aos serviços da
Justiça, assegurada a contagem de tempo de serviço anterior apenas para efeito de estabilidade,
acréscimos qüinqüenais e aposentadoria.
SUB-SEÇÃO V
Da Reversão
§ 2º - Não poderá reverter a atividade o servidor com idade superior a sessenta anos.
SUB-SEÇÃO VI
Do Aproveitamento
SUB-SEÇÃO VII
http://www.al.rs.gov.br/legis 148
Da Transferência
Art. 694 - Haverá transferência de uma para outra função de auxiliar da Justiça.
SUB-SEÇÃO VIII
Da Readaptação
SEÇÃO V
Da Vacância
SUB-SEÇÃO I
Da Disponibilidade
SUB-SEÇÃO II
Da Aposentadoria
http://www.al.rs.gov.br/legis 149
I - compulsòriamente aos setenta anos de idade;
II - a pedido, com vencimentos integrais, após trinta e cinco anos de serviço público, ou
após trinta anos, dos quais dez prestados em Serviço da Justiça;
III - a pedido ou compulsòriamente, por invalidez ou incapacidade para o serviço, em
virtude de doença ou em conseqüência de acidente ou agressão não provocada, no exercício das
funções, declarada a invalidez ou a incapacidade pelo Conselho Superior da Magistratura.
§ 2º - Nos casos do inciso III dêste artigo, o servidor será afastado do cargo com os
respectivos vencimentos, até o prazo máximo de quatro anos; findo êste prazo, se perdurar a
incapacidade, será aposentado com vencimentos integrais.
Art. 700 - A aposentadoria compulsória por defeito moral deverá ser declarada pelo
Conselho Superior da Magistratura, na forma estabelecida no Regimento Interno, assegurada a
mais ampla defesa ao interessado.
http://www.al.rs.gov.br/legis 150
§ 2º - O servidor da Justiça que sem causa justificada e relevante deixar de fazer o
recolhimento das contribuições a que está obrigado, durante três meses consecutivos, perderá o
direito às vantagens instituídas por esta lei.
Art. 703 - Os servidores da Justiça serão aposentados com os proventos sempre iguais
às remunerações que servirem de base à contribuição de que trata o art. 701.
SUB-SEÇÃO III
Da Exoneração
SUB-SEÇÃO IV
Da Demissão
CAPÍTULO II
Do Exercício e do Tempo de Serviço
SEÇÃO I
Do Exercício
Art. 706 - A contar da data de entrada em exercício, durante o período de dois anos,
para os funcionários da Justiça e de cinco, para os auxiliares da Justiça, será apurada,
respectivamente, pelo Conselho Superior da Magistratura ou pelo Corregedor Geral, a
conveniência ou não da permanência do servidor no serviço Judiciário pela verificação dos
seguintes requisitos:
a) idoneidade moral;
b) disciplina;
c) contração ao trabalho;
d) eficiência;
e) discrição;
f) fidelidade.
http://www.al.rs.gov.br/legis 151
§ 1º - O Presidente do Tribunal de Justiça, quanto à Secretaria daquele órgão, e o diretor
do fôro, nos demais casos, apreciarão, pelo menos três meses antes do término do estágio
probatório, cada um dos requisitos constantes do artigo, manifestando-se pela permanência ou
dispensa do servidor.
Art. 707 - Após dois anos de exercício, os funcionários da Justiça admitidos por
concurso, e depois de cinco, os auxiliares da Justiça admitidos por meio de prova de habilitação,
gozam de estabilidade e não poderão ser demitidos senão mediante decisão condenatória,
proferida em processo judicial ou administrativo em que se lhes assegure ampla defesa.
SEÇÃO II
Do Tempo de Serviço
Art. 709 - Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos do artigo anterior, os
dias em que o servidor estiver afastado em virtude de:
I - férias;
II - licença-prêmio;
III - casamento, até oito dias;
IV - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros ou
irmãos;
V - exercício de função gratificada ou de cargo de provimento em comissão no serviço
judiciário;
VI - desempenho de função pública eletiva;
VII - licença para tratamento de saúde;
VIII - licença por motivo de doença em pessoa da família;
IX - convocação para o serviço militar ou outros por lei obrigatórios;
X - prestação de concurso ou prova de habilitação para cargo estadual;
XI - disponibilidade remunerada, nos casos dêste Código;
XII - trânsito.
http://www.al.rs.gov.br/legis 152
Parágrafo único - Para o mesmo efeito será contado em dôbro o tempo de licença-
prêmio não gozada.
TÍTULO II
Dos Vencimentos e Vantagens
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
Dos Vencimentos dos Serventuários e Funcionários da Justiça
Art. 713 - Os vencimentos dos servidores da Justiça, pagos pelo Estado, serão fixados
de entrância para entrância com diferença não maior a quinze por cento, tomando-se por base os
percebidos pelos servidores de 4ª entrância.
http://www.al.rs.gov.br/legis 153
III - perceberão vencimentos e custas:
a) os escrivães do Crime, Júri, Acidentes de Trânsito, de Família e Sucessões, da
Provedoria, da Direção do Fôro, de Execuções Criminais e de Falências e Concordatas, da
Capital;
b) os escrivães do Cível e Crime da 2ª instância;
c) os escrivães judiciais;
d) os escrivães distritais;
e) os oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais;
f) os distribuidores;
g) os contadores;
h) os oficiais de justiça;
i) os porteiros de auditórios;
j) os oficiais dos Registros Públicos.
SEÇÃO II
Da Remuneração dos Auxiliares e Empregados da Justiça
Entrância 1ª 2ª 3ª 4ª
Ajudante ............................. 1,4 1,7 2 3
Escrevente .......................... 1,1 1,2 1,4 2
Datilógrafo ......................... 1 1,1 1,3 1,5
§ 1º - Sempre que houver alteração do salário mínimo regional será também alterado o
salário dos servidores mencionados neste artigo, na mesma proporção.
§ 5º - A direção do fôro, em cada comarca, no prazo de sessenta dias desta lei, fixará o
número de escreventes e datilógrafos que comporá o quadro, que poderá ser alterado segundo as
necessidades do ofício.
http://www.al.rs.gov.br/legis 154
§ 6º - O preenchimento da função vaga ou criada far-se-á pelo critério preferencial entre
os integrantes da classe imediatamente anterior.
§ 7º - Fica o titular do ofício ou função com a faculdade de indicar quem lhe aprouver à
função de auxiliar se o candidato recrutado na forma do parágrafo anterior não lograr aprovação
na prova de habilitação.
§ 8º - O quadro referido no § 4º, será obrigatório sempre que no ofício ou função houver
mais de dois servidores da mesma classe.
SEÇÃO III
Das Custas
Art. 717 - As custas serão pagas pelas partes ao titular do ofício ou função e serão
iguais em tôdas as entrâncias, respeitadas as disposições do Regimento de Custas Judiciais do
Estado.
Art. 718 - Os servidores não terão direito a qualquer custa ou emolumentos, nos
processos em que o pagamento caiba à Fazenda Estadual.
CAPÍTULO II
Das Vantagens Pecuniárias
http://www.al.rs.gov.br/legis 155
VI - pensão.
SEÇÃO I
Das Gratificações
Art. 720 - Nos serviços da Justiça haverá gratificação adicional por tempo de serviço.
Art. 721 - A gratificação adicional será concedida nos têrmos dos artigos 110 e 112 do
Estatuto dos Funcionários Civis do Estado, calculada sôbre os vencimentos básicos ou sôbre os
proventos de aposentadoria, acompanhando-lhes as oscilações.
Art. 722 - Aos escrivães distritais e aos oficiais de Justiça classificados em localidade
de difícil provimento ou em comarcas ou varas onde a remuneração decorrente do regime de
custas fôr deficiente, poderá ser atribuída uma gratificação de até 20%, calculada sôbre a
organização que perceber do Estado, mediante lista oficial organizada pelo Conselho Superior da
Magistratura.
Art. 723 - Todo serventuário ou servidor da Justiça quando se aposentar, contando mais
de quarenta e cinco anos de efetivo serviço público estadual e que não tiver ainda adquirido os
15% especiais de que trata a Lei nº 4.047, terá direito a incorporar aos seus vencimentos as
vantagens decorrentes da aludida Lei, a contar da data em que deveria ocorrer a incorporação,
tudo após as formalidades legais.
Art. 724 - Aos servidores do Tribunal do Júri da Capital é atribuída uma gratificação de
25%, calculada sôbre a remuneração que perceberem do Estado.
SEÇÃO II
Dos Acréscimos Qüinqüenais
http://www.al.rs.gov.br/legis 156
transferido ao Estado, ou transferido para a União e arrendado ao Estado, desde que dita
transferência tenha encontrado o funcionário em exercício.
SEÇÃO III
Das Diárias
SEÇÃO IV
Do Abono Familiar
Art. 729 - O abono familiar será concedido ao servidor da Justiça nas mesmas
condições previstas para os demais funcionários públicos civis do Estado.
SEÇÃO V
Do Auxilio Funeral
SEÇÃO VI
Da Pensão
http://www.al.rs.gov.br/legis 157
Art. 731 - Aos dependentes, viúva e filhos, do servidor que falecer, após ter contribuído
para o Instituto de Previdência do Estado, é assegurado uma pensão nas mesmas condições
previstas nos artigos 536 a 542 dêste Código.
CAPÍTULO III
Das Vantagens não Pecuniárias
SEÇÃO I
Das Férias
Art. 734 - Todos os servidores têm direito a trinta dias de férias individuais concedidas
durante as férias forenses.
§ 3º - O servidor que tiver suas férias suspensas por necessidade do serviço, poderá
reuni-las, uma vez, às do ano imediato.
Art. 735 - Ao entrar em gôzo de férias o servidor comunicará ao diretor do fôro, seu
enderêço durante as mesmas.
Art. 736 - Perderá direito às férias o servidor que, no ano antecedente ao em que
deveria gozá-las, tiver:
I - incorrido em mais de cinco faltas, não justificadas, ao trabalho;
II - gozado licença para tratar de interêsses particulares, por mais de vinte dias.
Art. 737 - Durante as férias o servidor terá direito ao vencimento do cargo, bem como,
quando fôr o caso, à metade das custas.
SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde
http://www.al.rs.gov.br/legis 158
Art. 738 - A licença para tratamento de saúde será concedida ao servidor da Justiça, até
trinta dias, pelo diretor do fôro e, por maior prazo, pelo Presidente do Tribunal de Justiça, à vista
de laudo de inspeção de saúde, expedido pela Diretoria do Serviço Médico Judiciário, na Capital,
e pelas unidades sanitárias, no interior do Estado.
Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, as normas previstas nos artigos 126 a
145, inclusive, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 739 - O servidor da Justiça poderá obter licença não superior a noventa dias, com
vencimentos integrais, por motivo de doença em pessoa de ascendente, descendente, cônjuge ou
irmão, desde que indispensável sua assistência pessoal e permanente ao enfêrmo.
SEÇÃO IV
Da Licença para Tratamento de Interêsses Particulares
Art. 740 - Após dois anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter licença, sem
vencimentos, para tratar de interêsses particulares.
§ 1º - A licença não poderá ultrapassar um ano e nem ser repetida dentro de dois anos
seguintes ao seu término.
§ 3º - O diretor do fôro, em caso de urgência, poderá conceder até trinta dias de licença,
justificando a concessão perante o Presidente do Tribunal de Justiça.
§ 4º - A licença poderá ser cassada pela autoridade que a concedeu, sempre que o
interêsse do serviço o exigir.
Art. 741 - A qualquer tempo o servidor poderá desistir da licença, informando por
escrito ao diretor do fôro.
SEÇÃO V
Da Licença-Prêmio
TÍTULO III
Dos Deveres, Responsabilidades e Limitações
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CAPÍTULO I
Dos Deveres
Art. 743 - Além dos deveres comuns a todos os funcionários do Estado, os servidores
da Justiça têm o dever especial de exercer com zêlo e dignidade as funções que lhes são
atribuídas em lei, obedecendo às ordens de seus superiores hierárquicos, cumprindo a lei e
observando fielmente o Regimento de Custas.
Art. 744 - Aos servidores, com relação aos serviços da Justiça, cumpre:
I - permanecer em seus serviços todos os dias úteis durante as horas do expediente;
II - exercer pessoalmente suas funções, só podendo afastar-se do cargo em gôzo de
licença ou férias, ou para exercer tarefa de interêsse público relevante;
III - facilitar às autoridades competentes a inspeção de seus serviços;
IV - não admitir que escreventes e demais auxiliares de seus cartórios sejam
testemunhas instrumentais dos atos que lavraram;
IV - dar às partes, independentemente de pedido, recibo discriminado de custas, e cotar,
nos autos do processo, nos livros ou nos papéis que fornecer, a quantia recebida, parcela por
parcela, correspondente a cada ato ou serviço realizado.
Parágrafo único - A falta de cumprimento das obrigações previstas neste artigo sujeita
o servidor à multa de três dias da remuneração mensal, paga em selos estaduais, inutilizados em
ofício dirigido ao diretor do fôro.
CAPÍTULO II
Das Responsabilidades e Limitações
Art. 745 - O servidor da Justiça será responsável pela ação ou omissão que praticar e, se
condenado o Estado ao ressarcimento do dano, indenizará aquêle à Fazenda do prejuízo que lhe
tiver causado.
Art. 747 - Nenhum servidor poderá exercer suas funções fora da comarca ou distrito
designado no título de nomeação.
Art. 748 - O servidor deverá residir na comarca onde fôr classificado e dela não se
poderá ausentar, sem ser substituído e sem licença do diretor do fôro.
Art. 749 - É dever do servidor manter discrição sôbre os serviços a seu cargo, abstendo-
se de comentar a matéria constante dos processos e papéis forenses, bem como o comportamento
dos juízes, agentes do Ministério Público, servidores, partes e seus procuradores.
http://www.al.rs.gov.br/legis 160
Art. 750 - Constitui obrigação do servidor tratar com atenção às partes, esclarecendo-as
sôbre o andamento dos feitos; auxiliar o juiz no desempenho de sua missão; tratar e se fazer
tratar com respeito; atender com urbanidade os advogados e agentes do Ministério Público,
zelando pelo prestígio do cargo e da Justiça.
TÍTULO IV
Dos Órgãos Administrativos e da Ação Disciplinar
Art. 752 - A administração e a disciplina nos serviços da Justiça, quanto aos servidores,
serão exercidas pelo Tribunal Pleno, pelas Câmaras Reunidas, pelos grupos cíveis, pelas câmaras
separadas, pelo Conselho Superior da Magistratura, pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do
Tribunal de Justiça, pelo Corregedor Geral e pelos juízes, nos têrmos da legislação federal ou
pela forma prevista neste Código.
Art. 753 - A ação disciplinar visa ao regular funcionamento da Justiça, pela aplicação
da lei em geral e em especial dos dispositivos dêste Código.
SEÇÃO I
Competência do Tribunal Pleno
Art. 754 - Compete ao Tribunal Pleno exercer as atribuições administrativas que lhe
forem conferidas pelo Regimento Interno, com relação aos servidores da Justiça da Secretaria do
Tribunal, e pela legislação federal, quanto à disciplina no processo.
SEÇÃO II
Competência das Câmaras e Grupos Cíveis
Art. 755 - As câmaras e os grupos têm a competência disciplinar prevista na lei federal
e mais a que lhes atribuir o Regimento Interno do Tribunal.
CAPÍTULO II
Da Ação Disciplinar
SEÇÃO I
Das Penas e sua Aplicação
http://www.al.rs.gov.br/legis 161
Art. 756 - Os servidores da Justiça estão sujeitos às seguintes penas disciplinares:
I - advertência;
II - censura;
III - multa;
IV - perda de vencimentos e tempo de serviço;
V - suspensão até sessenta dias;
VI - demissão;
VII - demissão a bem do serviço público.
Art. 758 - O servidor punido com pena de suspensão perderá todos os direitos e
vantagens do exercício do cargo, exceto os vencimentos.
Parágrafo único - Quando o serviço público o exigir, a pena de suspensão poderá ser
convertida em multa, até o máximo de cinco dias do vencimento do cargo ou função, pagos pelo
servidor, em selos estaduais parceladamente, em três meses.
http://www.al.rs.gov.br/legis 162
Art. 759 - A pena de demissão sòmente será imposta com fundamento em processo
administrativo, ou em virtude de sentença judicial.
Art. 760 - Tôda pena imposta a servidor deverá ser comunicada ao Conselho Superior
da Magistratura, para anotação na ficha funcional.
Art. 761 - O servidor que, sem causa justa, deixar de cumprir os prazos e formalidades
legais ficará sujeito às penas dos incisos I a III do art. 756, conforme a gravidade do prejuízo
causado à Justiça, e no caso de reincidência, aplicar-se-á a punição prevista no inciso IV do
mesmo artigo.
Art. 762 - São competentes para a aplicação das penas previstas no art. 756:
I - O Conselho Superior da Magistratura, nos casos previstos nos incisos VI e VII;
II - O Corregedor Geral, o diretor do fôro ou seu substituto legal nos casos dos incisos I
a V;
III - O titular de vara ou seu substituto legal nos casos dos incisos I e IV.
§ 2º - VETADO.
Art. 763 - Nos casos dos incisos I a V do art. 756, quando confessada documentalmente
provada ou manifestamente evidente a falta, a pena poderá ser aplicada, independentemente de
sindicância ou processo administrativo.
SEÇÃO II
Da Sindicância
http://www.al.rs.gov.br/legis 163
II - como condição da imposição das penas previstas nos incisos I a V do art. 756,
excetuados os casos do art. 763.
Art. 766 - A sindicância poderá ser feita por juiz ou serventuário da Justiça.
SEÇÃO III
Do Processo Administrativo
Parágrafo único - O juiz que não cumprir o disposto no artigo será punido com a pena
de suspensão, até sessenta dias.
Art. 769 - O Corregedor Geral, à vista da comunicação de que trata o artigo anterior ou
em virtude de representação, solicitará ao diretor do fôro, sindicância a respeito, suspendendo ou
não preventivamente, até noventa dias, ao servidor indiciado, ou, desde logo, nomeará
magistrado para instaurar o processo administrativo.
Art. 773 - O juiz processante designará servidor para exercer as funções de secretário.
http://www.al.rs.gov.br/legis 164
Art. 775 - Aplicam-se no processo administrativo as disposições da legislação penal, na
matéria.
SEÇÃO IV
Dos Atos e Têrmos do Processo Administrativo
Art. 776 - O processo administrativo será iniciado no prazo de três dias contados do
recebimento da designação e concluído dentro de trinta dias, salvo prorrogação concedida pelo
Corregedor Geral.
Parágrafo único - Sòmente por motivos excepcionais poderá ser autorizada mais uma
prorrogação.
Art. 777 - Iniciando o processo, o juiz processante fará citar o indiciado, devendo
constar no respectivo mandato o resumo o fato a apurar o direito de constituir defensor e de
arrolar testemunhas, em número não superior a cinco, bem como o dia, hora e local da audiência
inicial.
§ 1º - Achando-se o indiciado ausente do lugar em que corre o processo, será citado por
via postal, em carta como aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante.
Art. 778 - Feita a citação, sem que compareça o indiciado, o processo seguirá à sua
revelia, com defensor designado pelo juiz.
Art. 779 - O indiciado tem direito de, pessoalmente ou por intermédio de defensor,
assistir aos atos probatórios, requerendo o que julgar conveniente aos seus interêsses.
Art. 781 - O juiz poderá determinar o afastamento do defensor que criar embaraços ou
procurar prejudicar o andamento do processo.
Art. 782 - O indiciado dentro de dois dias, após o interrogatório, poderá requerer
diligência, produzir prova documental e arrolar testemunhas.
http://www.al.rs.gov.br/legis 165
§ 2º - Não encontradas as testemunhas de defesa, e não indicando o indiciado, no prazo
de três dias, outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais têrmos do processo.
Art. 783 - A testemunha não poderá eximir-se de depôr, salvo nos casos previstos no
Código de Processo Penal.
Art. 784 - Os servidores públicos arrolados como testemunhas serão requisitados aos
respectivos chefes de serviço e os militares, ao comando a que estejam subordinados.
Art. 785 - Durante o processo poderá o juiz ordenar qualquer diligência que tenha
requerida ou se lhe afigure necessária ao esclarecimento do fato.
Art. 786 - É permitido ao juiz tomar conhecimento de argüições novas que surgirem
contra o indiciado, caso em que êste poderá produzir outras provas em sua defesa.
Art. 788 - Encerrada a instrução o indiciado terá vista dos autos, em mãos do secretário,
por três dias, para a apresentação de razões.
Art. 789 - Findo o prazo do artigo anterior, o juiz apresentará o seu relatório, no prazo
de cinco dias.
SEÇÃO V
Da Suspensão Preventiva
Art. 790 - A pedido do juiz processante ou de ofício poderá o Corregedor Geral ordenar
a suspensão preventiva do servidor, até noventa dias desde que a sua permanência no cargo
possa prejudicar a investigação dos atos.
http://www.al.rs.gov.br/legis 166
I - contagem do tempo de serviço relativo ao período de suspensão preventiva, quando
do processo não resultar punição, ou quando esta se limitar às penas de advertência, censura ou
de conversão da suspensão em multa;
II - contagem de tempo de serviço correspondente ao período de afastamento que
exceder o prazo de suspensão, quando esta fôr a pena aplicada;
III - vencimentos do cargo ou função.
SEÇÃO VI
Dos Recursos das Penas Disciplinares
TÍTULO V
Do Direito de Petição e do Recurso dos Atos Administrativos
CAPÍTULO I
Do Direto de Petição
Art. 794 - Sempre que o servidor ingressar em juízo contra o Estado, deverá comunicar
o fato ao Presidente do Conselho Superior da Magistratura.
CAPÍTULO II
Dos Recursos dos Atos Administrativos
Parágrafo único - O pedido de reconsideração não tem efeito suspensivo e deverá ser
apresentado até três dias depois do conhecimento do ato, para a sua decisão no prazo de dez dias.
TÍTULO VI
Disposições Finais e Transitórias
CAPÍTULO I
http://www.al.rs.gov.br/legis 167
Disposições Finais
Art. 797 - Ficam os titulares de ofícios de justiça, remunerados por custas, ou por custas
e vencimentos, obrigados a filiar a Instituto de Aposentadoria e Pensões, contribuindo como
empregadores, a quantos com êles mantenham contrato de trabalho, homologado ou não.
Art. 800 - Nos casos omissos, aplicam-se aos servidores os demais estatutos dêste
Código, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado e o Regimento Interno do
Tribunal de Justiça.
Art. 801 - Os acréscimos qüinqüenais a que se refere o art. 725 são extensivos aos
servidores já aposentados à data desta lei, sem prejuízo das demais vantagens concedidas por
êste Código.
Art. 802 - Não constitui direito adquirido a atribuição que fôr conferida aos titulares de
ofício e demais serviços da Justiça, os quais poderão ser anexados ou desmembrados a qualquer
tempo, segundo dispuser a lei.
Art. 805 - Os demais auxiliares da Justiça de que trata o art. 637, III, que contarem
menos de dez anos de serviço, poderão requerer ao diretor do fôro a prestação de prova de
habilitação, passando a estáveis, uma vez aprovados, se contarem ou vierem a contar cinco anos
de serviços judiciários.
http://www.al.rs.gov.br/legis 168
será considerado como se fôra estável, não podendo ser demitido senão a pedido seu e nos casos
estabelecidos neste Código.
Art. 808 - Ficam assegurados aos atuais titulares dos ofícios da Fazenda Pública e
Acidentes do Trabalho da Capital vencimentos e custas, bem como ficam garantidos os direitos
dos atuais avaliadores e depositários públicos, de perceberem remuneração de acôrdo com os
critérios da legislação anterior, transformadas as gratificações em vencimentos.
Art. 809 - Os atuais ocupantes do cargo de servente, que ingressaram no Quadro dos
Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça, por fôrça de Lei nº 3.777, de 6 de julho de 1959, e os
contínuos são considerados efetivos no cargo, para todos os efeitos legais, ao contarem dez anos
de função pública estadual, a qualquer título.
Art. 811 - São extensivos aos tradutores públicos que exerciam suas funções na
vigência da Lei nº 1.008, de 12 de abril de 1950, as vantagens da aposentadoria, nos têrmos dêste
Código.
http://www.al.rs.gov.br/legis 169
§ 2º - Êste direito é extensivo a todos os servidores, ainda que admitidos mediante
contrato verbal, aprovado pelo diretor do fôro, pagos pelos cofres públicos com a verba de
"Limpeza e Higiene", ou outra qualquer, tendo prestado serviços a Justiça, efetivamente,
cumprindo os deveres funcionais sob as ordens de autoridade judiciária.
Art. 813 - O servidor da Justiça, que perceber vencimentos pagos pelo Estado, que fizer
jús à aposentadoria voluntária e permanecer no exercício de seu cargo ou função, terá direito a
gratificação especial de permanência em serviço, nos têrmos da lei concessiva de tal vantagem e
a partir da vigência dêste Código.
Art. 814 - Será removida ou designada para a sede onde residir o marido, a funcionária
pública casada com servidor da Justiça, sem prejuízo de quaisquer direitos e vantagens.
Parágrafo único - Não havendo vaga nos quadros da respectiva secretaria, será adida
ou posta à disposição de qualquer serviço público estadual, e inexistindo êste, a de serviço
público municipal.
Art. 815 - O diretor do fôro, por portaria da qual deverá dar ciência ao Corregedor
Geral, na falta de ajudante substituto, deverá investir dessas funções aos auxiliares-datilógrafos.
Art. 816 - São proibidas nomeações interinas no serviço da Justiça ou contratos para
cargo ou função de caráter permanente.
Art. 818 - Ficam isentos de custas judiciais os atos, papéis ou feitos relacionados com
as varas de menores.
Art. 819 - Servirão de recurso para atender as despêsas desta lei as dotações
orçamentárias próprias.
QUADRO I
CIRCUNSCRIÇÕES JUDICIÁRIAS DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL
(Vide Lei nº 7.187/78)
http://www.al.rs.gov.br/legis 170
Nº de Sede Comarcas Abrangidas Município Sede de Pretorias
ordem
1ª Capital ..................... Pôrto Alegre
Viamão
Guaíba
Tapes
2ª Nôvo Hamburgo ....... Nôvo Hamburgo Sapiranga
São Leopoldo Campo Bom
Esteio
Canoas
S. Sebastião do Caí
Montenegro
3ª Taquara .................... Taquara Rolante
S. Francisco de Paula Gramado
Sto. Antônio Nova Petrópolis
Osório
Tôrres
Gravataí
Canela
4ª Caxias do Sul ........... Caxias do Sul
Vacaria
Bom Jesus
Farroupilha
Antônio Prado
Flores da Cunha
Bento Gonçalves
Veranópolis
Garibaldi
5ª Santa Cruz do Sul ..... Santa Cruz do Sul Arroio do Meio
Candelária Roca Sales
Sobradinho
Lajeado
Estrêla
Encantado
Venâncio Aires
Taquari
6ª Cachoeira do Sul ...... Cachoeira do Sul General Câmara
Rio Pardo Triunfo
São Jerônimo
Encruzilhada do Sul
7ª Passo Fundo ............. Passo Fundo Tapejara
Marau São José do Ouro
Guaporé
Lagoa Vermelha
Sananduva
Nova Prata
8ª Caràzinho ................. Caràzinho Não-Me-Toque
http://www.al.rs.gov.br/legis 171
Soledade Tapera
Espumoso
Sarandi
Nonoai
9ª Erechim .................... Erechim Gaurama
Getúlio Vargas Aratiba
Marcelino Ramos
10ª Cruz Alta .................. Cruz Alta Panambi
Palmeira das Missões Ibirubá
Frederico Westphalen Seberi
Iraí
Tupanciretã
11ª Santo Ângelo ............ Santo Ângelo Giruá
São Luiz Gonzaga Santo Augusto
São Borja
Cêrro Largo
Ijuí
12ª Santa Rosa ............... Santa Rosa Pôrto Lucena
Três de Maio Santo Cristo
Criciumal
Três Passos
Tenente Portela
13ª Alegrete ................... Alegrete
Uruguaiana
Quaraí
S. Francisco de Assis
Itaquí
14ª Santa Maria .............. Santa Maria Faxinal do Soturno
São Pedro do Sul
Santiago
Jaguarí
General Vargas
São Sepé
Cacequi
Júlio de Castilhos
15ª Livramento ............... Livramento
Rosário do Sul
São Gabriel
Dom Pedrito
16ª Bagé ......................... Bagé Lavras do Sul
Caçapava do Sul
Pinheiro Machado
17ª Pelotas ..................... Pelotas
São Lourenço
Camaquã
Canguçu
Piratini
http://www.al.rs.gov.br/legis 172
18ª Rio Grande ............... Jaguarão São José do Norte
Rio Grande Herval
Sta. Vitória do Palmar Pedro Osório
Arroio Grande
QUADRO ANEXO Nº II
COMARCAS DO RIO GRANDE DO SUL
1ª ENTRÂNCIA
(Vide Lei nº 7.187/78)
http://www.al.rs.gov.br/legis 173
29 S. Fco. de Paula S. Fco. De Paula Cambará do Sul
30 São Marcos
31 São Pedro do Sul
32 São Sepé Formigueiro
33 Sobradinho
34 Tapes
35 Taquari
36 Tenente Portela
37 Três de Maio Horizontina Boa V. do Birucá
Tucunduva
38 Tupanciretã
2ª ENTRÂNCIA
(Vide Lei nº 7.187/78)
http://www.al.rs.gov.br/legis 174
23 Santo Antônio
24 São Borja 1ª
2ª
25 S. Lourenço do Sul
26 S. Sebastião do Caí Feliz
Portão
27 Tôrres
28 Três Passos Campo Nôvo
Redentora
29 Venâncio Aires
30 Veranópolis
31 Viamão
3ª ENTRÂNCIA
(Vide Lei nº 7.187/78)
http://www.al.rs.gov.br/legis 175
12 Lajeado
13 Livramento 1ª Livramento
2ª
14 Montenegro Salvador do Sul
15 N. Hamburgo 1ª Nôvo Hamburgo
2ª Sapiranga
Campo Bom
16 Passo Fundo 1ª Passo Fundo Tapejara
2ª
17 Pelotas 1ª
2ª
3ª
4ª
18 Rio Grande 1ª
2ª
3ª
19 Rio Pardo Rio Pardo
20 Santa Cruz do Sul Santa Cruz do Sul
21 Santa Maria 1ª Santa Maria
2ª
22 Santiago
23 Santo Ângelo 1ª Catuípe Catuípe
2ª Giruá
24 São Gabriel
25 São Jerônimo 1ª São Jerônimo Minas do Butiá
2ª General Câmara
Triunfo
26 São Leopoldo 1ª São Leopoldo Estância Velha
2ª Dois Irmãos
27 São Luiz Gonzaga 1ª
2ª
28 Soledade 1ª Àrvorezinha
Barros Cassal
29 Taquara Rolante Igrejinha
Três Coroas
30 Uruguaiana 1ª Uruguaiana
2ª
31 Vacaria 1ª Esmeralda
2ª
FIM DO DOCUMENTO
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