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1. APRENDA A OUVIR !
Qualquer projeto ou atividade terá maiores possibilidades de sucesso se quem estiver na
liderança possuir a sabedoria de ouvir de verdade outras pessoas antes e durante sua
execução.
Ao longo de mais de quarenta anos, tenho convivido com dezenas de lideres eminentes. E
somente alguns deles demonstraram saber ouvir de verdade outras pessoas, inclusive seus
liderados. Inspirado nesses poucos que sabem ouvir, venho desenvolvendo essa habilidade há
algumas décadas. Ainda estou aprendendo, mas já melhorei muito. É gratificante!
Saber ouvir de verdade outras pessoas, inclusive seus liderados, é uma das qualidades mais
excelentes de um líder. Ouvimos de verdade quando nos empenhamos sinceramente por
entender o que está sendo dito e perceber os motivos e intenções por trás do que está sendo
dito. Essa é uma habilidade que precisa ser aprendida.
Para ouvir bem outra pessoa precisamos nos desarmar interiormente em relação a essa pessoa e
ao que ela tem a nos falar. Tentamos mergulhar no pensamento dela com a intenção de
compreender o que está nos dizendo, e porque está nos dizendo. Ouvir requer tempo, paciência
para digerir o pensamento do outro. e ser capaz de reproduzi-lo sem esforço.
Uma pessoa íntegra é aquela cujo caráter reflete o caráter de Deus. É verdadeira consigo
mesma, Deus e o próximo. É transparente, e respeita o direito e a propriedade alheios. Cultiva
uma consciência limpa.
Billy Graham se pronuncia sobre este tema da seguinte maneira:
Quando falamos de integridade como um valor moral, significa que uma pessoa é a mesma por
dentro e por fora. Não há discrepância entre o que ela diz e o que ela faz, entre o que ela prega
e o que ela vive. Uma pessoa de integridade é digna de confiança. A pessoa que ela é a 1500km
de distância de casa é a mesma que ela é na igreja e em casa.
A integridade é um princípio divino para a vida, e também uma escolha pessoal. É a expressão
de uma fé viva em Deus e de amor reverente a ele. Tem a ver com o caráter reto diante de Deus,
de si mesmo e das outras pessoas. Tem a ver com a busca da perfeição moral, da espiritualidade
autêntica.
Integridade na liderança (1 Tm 3.1-10 e Tt 1.5-9).
Integridade no falar (Ef 4.29 e 5.4). Sobre este ponto, a sabedoria faz um apelo enfático ao
homem que deseja longevidade. Veja no Salmo 34.11-14.
Quando abrimos mão da integridade, não importa se somos líderes ou não, deixamos de fazer a
diferença. Nos tornamos luz que não alumia e sal que não tempera, nem conserva da putrefação.
Podemos impressionar as pessoas com a nossa pregação do evangelho por algum tempo. Mas
podemos impressioná-las pelo resto de suas vidas com o exemplo do nosso viver em Cristo. A
nossa vida é a mensagem mais poderosa e mais convincente que podemos pregar às pessoas que
estão na nossa área de influência.
A integridade é essencial para o líder. Sem ela, não importa quão brilhante seja, ele se
descredencia perante os seus adversários e os seus seguidores mais fiéis. Ela é um patrimônio de
valor inestimável para o homem e a mulher de Deus.
Diz a Palavra de Deus: Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como
despenseiro de Deus (Tito, 1.7).
nos mantermos sintonizados com a realidade que nos cerca e as tendências para o futuro. É não
deixar a nossa mente funcionar no presente com a visão de como as coisas eram no passado;
manter viva a vontade ativa de mudar de dentro para fora. Mudar de verdade como pessoa e
como líder, pela ação do Espírito Santo no nosso coração e mente, em parceria conosco.
A Visão do líder
Uma visão é uma visualização daquilo que o líder vê o seu grupo sendo ou fazendo ( Dr. John
Haggai)10.
Visão é uma fotografia positiva de um futuro preferível – Pr. Ebenézer Bittencourt, Diretor
Executivo do Instituto Haggai no Brasil.
Visão é aquilo que queremos ser ou nos tornar, ou porque ainda não somos ou somos apenas
em parte (Pr. Lisânias Moura, Igreja Batista do Morumbi, São Paulo).
Visão também é a percepção da realidade presente, das oportunidades e tendências.
A visão transporta mentalmente o líder de uma realidade presente para outra futura, a qual ainda
não é visível de maneira concreta. Porém, ela já existe na mente e emoções do líder. Por isso,
ele é capaz de influenciar seus liderados em direção a essa realidade nova e melhor para o seu
grupo, sua empresa, a igreja que lidera, sua família e para si próprio.
Relativamente às oportunidades e tendências, o líder sente o seu cheiro, como o cão treinado
percebe o cheiro da caça. Por isso é capaz de promover mudanças estratégicas importantes e se
antecipar no tempo.
A Missão do líder
A missão do líder é a tarefa dedicada de realizar a sua visão, isto é, trazê-la à existência
concreta. Para o Dr. John Haggai, uma missão é simplesmente uma visão sobre a qual se age
com o propósito de realizá-la.
Dois exemplos bíblicos de visão e missão:
NOÈ
Visão: Ele, sua família e as espécies de animais existentes salvos do dilúvio que viria sobre a
terra (Gn 6.13-14, 18 e 19).
Missão: Construir uma arca para realizar a sua visão (Gn 6.14-22).
PAULO
Visão: Milhares de gentios convertidos das trevas para a luz e da potestade (grande poder) de
Satanás para Deus (At 26.16-18).
Missão: Anunciar o Evangelho de Cristo aos povos gentios em sua geração, e estabelecer e
edificar, em Cristo, a igreja gentílica (Rm 1.14-15).
Fundamentando a visão
Ao se passar a visão, deve-se também fundamentá-la, isto é, demonstrar sua consistência e
viabilidade. Isso dá credibilidade aos liderados.
Se o líder subestimar a importância de passar a visão com eficácia para os liderados e seguir em
frente, poderá comprometer seriamente a possibilidade de concretizá-la.
Assimilando a visão
O líder comunica a visão aos seus liderados, mas nada acontecerá se eles não a assimilarem. A
assimilação é um processo racional e emocional. E pode levar tempo. O racional é a
compreensão clara da visão e a visualização dos benefícios decorrentes de sua realização. O
emocional é a internalização ou apropriação da visão como sua, e não do líder.
Quando o Senhor Jesus comissionou os discípulos com o “ide por todo mundo e pregai o
evangelho” (Mc 16.15), estava dando uma missão a um grupo de homens que já haviam
assimilado plenamente a visão da evangelização mundial e da implantação do reino de Deus nos
corações dos homens e mulheres de todas as raças, credos e nações. Inflamados por uma visão
de benefícios eternos e cheios do Espírito Santo, nem mesmo o poderoso império romano
conseguiu detê-los. E dois milênios depois, essa mesma visão continua sendo realizada por
homens e mulheres motivados por Deus. Que extraordinário!
Líderes apressados por resultados imediatos ou a curto prazo têm grande probabilidade de
fracassar no desafio de construir uma equipe de verdade. É muito provável terem apenas
pessoas trabalhando desarticuladas entre si e com baixo nível de comprometimento com a visão
e os objetivos estabelecidos.
É de preferencia que você escolha os membros de sua equipe após algum tempo de oração
específica sobre este assunto, como o Senhor fez antes de escolher os discípulos. É preciso
prudência. Portanto, não se apresse. Convide uma pessoa de cada vez, na medida em que o
Espírito Santo vai lhe dirigindo. E você precisa trabalhar essas pessoas no sentido de
desenvolver nelas, com a ajuda do Espírito Santo, a vida cristã autêntica, o caráter de Cristo.
unidade de propósito;
unidade de objetivos;
capacidade de consenso;
Não podemos planejar o que Deus vai fazer. No entanto, precisamos planejar o que nós vamos
fazer. Negligenciar o planejamento e partir para a execução imediata de uma idéia pensando que
se está ganhando tempo, definitivamente está longe de ser uma decisão sábia.
Muitos líderes cristãos são enfaticamente contrários ao planejamento, por acreditarem que
“engessa” a igreja e limita a ação do Espírito Santo. Entretanto, Deus, que é infinitamente mais
sábio do que nós, preferiu planejar suas obras criadora e salvadora antes de realizá-las. Não será
mais sábio imitarmos o nosso Pai celestial?
No evangelho de Lucas, Jesus faz uma referência importante sobre planejar antes de executar
como uma medida de sabedoria para evitar o fracasso (Lc 14.28-30).
Planejar não é perda de tempo, é otimizar a aplicação dos recursos e as chances de sucesso. É
ampliar significativamente as possibilidades de concretizar a visão. É mirar o alvo com precisão
antes de queimar a pólvora e disparar o tiro. E quando regamos o planejamento com oração, o
Espírito Santo opera maravilhosamente tanto nessa fase quanto na execução. Ele é especialista
em planejamento.
O líder que estabelece objetivos claramente definidos e planeja com cuidado e maturidade para
atingi-los sabe para onde vai e para onde está conduzindo seus liderados. Sabe também em que
está aplicando os recursos disponíveis. Por outro lado, aquele que não planeja ficará à mercê do
vento e da correnteza. E, no decorrer do tempo, tanto ele como seus liderados perderão o senso
de direção.
A escolha dos diáconos no capítulo 6 de Atos dos Apóstolos, para servirem a comunidade:
...escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria,
aos quais encarregaremos deste serviço (At 6.3).
Ler 1Timóteo, capítulo 3, versículos 8 a 13 sobre a escolha de diáconos e diaconisas.
No final do Sermão do Monte, Jesus compara os seus ouvintes que praticam as suas palavras a
um construtor prudente, o qual construiu a sua casa sobre a rocha. E aos ouvintes que ouvem
suas palavras e não as praticam, comparou a um homem imprudente, o qual construiu a sua casa
sobre a areia. Ao serem as duas casas provadas pelas forças impetuosas da natureza, somente a
primeira ficou de pé, porque estava edificada sobre base firme.
Antes de construirmos a base sobre a qual ergueremos nosso projeto, precisaremos fazer um
diagnóstico o mais preciso possível da realidade presente, em todos os aspectos que dizem
respeito ao nosso projeto, direta ou indiretamente. É necessário conhecer muito bem a realidade
antes de tentar mudá-la. É a partir desse conhecimento que encontraremos o caminho para
chegarmos ao nosso objetivo.
O tempo se encarregará de testar a solidez ou a fragilidade da obra de todos nós. Portanto, tudo
depende da base.