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DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

ETIOLOGIA
 Resposta imunológica anormal
 Inflamação crônica intestinal
 Defeito na barreira da mucosa
 Disbiose

FATORES DE RISCO
 Fatores ambientais:
- Alto consumo de açúcar
- Alto consumo de gordura
- Alto consumo de ultra processados
 Genética
 Infecções
 Antibióticos
 Tabagismo (FATOR PROTETOR PARA A COLITE ULCERATIVA)
 Desenvolvimento sócio econômico
 Condições sanitárias
 Localização geográfica
 Distúrbio do sono
 Estresse oxidativo
 Estresse

Esses fatores de risco tem a capacidade de alterar aspectos da imunidade inata e


adaptativa, levando a modificações que desencadeiam um processo inflamatório
crônico no intestino.

SINTOMAS
 Diarreia
 Desidratação
 Dor
 Febre
 Desnutrição
 Anemia
 Inflamação

Esses sintomas podem evoluir para:


 Estenose
 Ulcera
 Fistula
 Abcesso
 Megacolon
 Câncer

Em indivíduos com predisposição genética, é comum que a doença se manifeste após


processos infecciosos.
QUAIS ALIMENTOS ESTÃO ASSOCIADOS COM O AUMENTO DA INCIDENCIA DESSAS
DOENÇAS?
 Alto consumo de proteínas de origem animal
 Alto consumo de gorduras: Trans, saturadas e ômega 6.
 Alto consumo de doces e monossacarídeos
 Baixo consumo de fibras
 Deficiência de vitamina D

ALIMENTOS E NUTRIENTES PROTETORES


 Vitamina D
 Magnésio
 Aleitamento materno
 Frutas
 Fibras
 Vitamina C
 Ingestão líquida adequada

ALIMENTOS E NUTRIENTES QUE AUMENTAM A MORBIDADE


 Gorduras animal
 Colesterol
 Ômega 6 (Linoleico e acido araquidônico)
 Monossacarídeos

TRATAMENTO PARA A DISBIOSE: TRANSPLANTE FECAL.

SEM RECOMENDAÇÕES PARA USO DE ANTIOXIDANTES

MECANISMO
Fatores patogênicos levam ao aumento das citocinas pro-inflamatórias, diminuição das
citocinas anti-inflamatórias e ruptura das junções ligantes. Com essa ruptura, ocorre a
infiltração celular e bacteriana. Esses eventos levam ao dano do DNA, alterações
proteicas e destruição da membrana lipídica, estabelecendo assim o surgimento dos
sintomas associados.

FASES
Recidiva – Diarreia, constipação, tenesmo, urgência para defecar. Fezes pode
apresentar sangue ou muco. A diarreia pode vir acompanhada de incontinência.
Assintomática

DIAGNÓSTICO
 Hemograma completo.
 Eletrólitos, albumina, pré-albumina, ferritina, PCR, cálcio, magnésio, saturação
da transferrina, B12.
 Transaminases.
 Endoscopia, colonoscopia, enteroscopia, capsula endoscópica, ressonância
magnética.
 Biópsia.
 Exames de imagem.
 Exames imunológicos pANCA e ASCA.

DOENÇA DE CROHN

 Pode acometer todo o TGI, mas é mais comum na forma restrita ao íleo e ceco,
intestino delgado ou cólon.
 Tem aspecto granulomatoso e segmentar
 Lesões descontinuas e assimétricas
 Pode causar aftas
 Pode causar disfagia/odinofagia
 Pode causar úlcera péptica
 Lesões profundas
 Aspecto pavimentoso

EPIDEMIOLOGIA
 Mulheres
 Pico: 20 a 40 e 50 anos
 Comum entre judeus

SINTOMAS
 Diarreia
 Diarreia noturna
 Incontinência fecal
 Tenesmo
 Perda de peso
 Dor abdominal
 Ulceras/Aftas
 Distensão abdominal
 Náuseas
 Vômitos
 Febre
 Calafrios
 Desnutrição
 Estomatite
 Lesões perianais
 Tumor abdominal

CLASSIFICAÇÃO
 Leve a moderada – Paciente ambulatorial sem muitos sintomas
 Moderada a grave – Paciente que apresenta sintomas moderados
 Fulminante – Sintomas persistentes
 Remissão – Assintomático

COMPLICAÇÕES
 Fístula (Mais frequente na DC)
 Estenose
 Abcesso

Tratamento cirúrgico não é curativo.

COLITE ULCERATIVA
 É restrita a mucosa
 Inflamação superficial
 Lesões continuas, extensas, difusas e com pouca profundidade
 Acomete o reto
 Progride ou não de forma ascendente
 O sangramento é mais comum

SINTOMAS
 Diarreia de pequeno volume, frequente e com urgencia
 Anemia
 Perda de peso
 Sangue ou pus nas fezes
 Febre
 Hipoalbuminemia
 Falta de apetite
 Taquicardia
 Fissura anal

Acontece devido a infiltração de células brancas na mucosa, levando ao dano tecidual.

COMPLICAÇÕES DA CUI
 Megacólon
 Perfuração
 Abcesso
 Fistulas
 Dilatação intestinal
 Espessamento da parede intestinal
 Estreitamento segmentar
 Nodularidade
 Ulceras profundas
 Anemia
 Carcinoma
 Colangite esclerosante

CLASSIFICAÇÃO DA CUI
 Proctite
 Colite extensiva
 Colite lateral esquerda

Tratamento cirúrgico pode ser curativo

MANIFESTAÇÕES EXTRA INTESTINAIS


 Articulares
 Cutaneomucosas (eritema nodoso, pioderma gangrenoso, lesões labiais)
 Renais, dermatológicas, oftalmológica, hepática, neurológica.

CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS NAS DII

 Desnutrição na fase aguda


 Sobrepeso/obesidade na fase de remissão

Existe a relação entre o excesso de tecido adiposo e o aumento da produção de


citocinas pró inflamatórias, mas também existe a relação inversa, onde citocinas
inflamatórias levam ao aumento da resistência a leptina, obesidade central e aumento
da ingestão alimentar. Por isso pode ocorrer o aumento do peso na fase de remissão,
já que o paciente se torna assintomático, cessando sintomas que levam a perda de
peso.
 Perda de peso
 Má absorção devido a inflamação do tecido e formação de fistulas, úlceras e
obstruções, que diminuem a área de absorção intestinal
 Manifestações hepáticas que podem ocorrer afetam a produção de sais
biliares.
 Aumento de bactérias intestinais patogênicas, levando ao maior risco de sepse

Devido a esse conjunto de alterações, ocorrem perdas devido a diarreia, esteatose e


hemorragia digestiva baixa, ocorre a elevação das necessidades devido a inflamação,
processo de cicatrização, desenvolvimento de fístulas, pirogenia, sepse e
medicamentos. Associado a isso, temos o baixo consumo alimentar, levando a perda
de peso e desnutrição.
ANEMIA

 Mais comum na doença de crohn


 ADC + AF – Perdas, inflamação, menor absorção

DIAGNÓSTICO
 ADC – Saturação da transferrina <20% + ferritina > 100
 ADC + AF – Saturação da transferrina <20% + ferritina entre 30 e 100
 AF – Saturação da transferrina <20% + ferritina < 30

TRATAMENTO
 Ferro intravenoso
 Ferro intravenoso/oral – Fase aguda, tratamento da anemia nas DII
 Ferro oral – DII inativa + anemia moderada

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