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ATIVIDADES PEDAGÓGICAS NÃO PRESENCIAIS

LÍNGUA PORTUGUESA
2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Figuras de Linguagem são formas de transmitir nossas mensagens com mais expressividade. Existem mais de 40
figuras na língua portuguesa, mas vamos abordar apenas as mais cobradas no dia-a-dia.

1 – Metáfora
A gente usa metáfora para fazer uma comparação sem 10 – Pleonasmo
deixar o elemento comparativo evidente na frase. É quando se usa várias palavras com o mesmo sentido
Exemplo: Aquela menina é uma flor. em uma frase só.
Exemplo: Entrei dentro de casa. (Entrar só pode ser
2 – Metonímia dentro de algum lugar)
É quando substituímos a parte pelo todo, ou seja,
quando usamos um termo para definir o outro desde 11 – Aliteração
que eles sejam relacionados. Trata-se da utilização de palavras com a mesma
Exemplo: Eu leio Machado de Assis. (Eu leio os livros consoante e que têm som parecido, causando um trava-
de Machado de Assis) línguas.
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.
3 – Sinestesia
Trata-se da mistura de sensações e sentidos. 12 – Elipse
Exemplo: O cheiro doce da infância. É a omissão de uma palavra subentendida.
Mistura de cheiro (olfato) com o doce (paladar). Exemplo: “Iluminam-se os andares, (aqui há a palavra
“prédio” subentendida.)
4 – Antítese                    E os cafés, as tendas, os estancos”.
Acontece quando temos duas palavras de sentidos
opostos na mesma frase. 13 – Pleonasmo
Exemplo: O ódio e o amor andam de mãos dadas. Quando falamos de figuras de linguagem, o pleonasmo
que ocorre na poesia é diferente do pleonasmo que
5 – Paradoxo condenamos na gramática.
Ideias divergentes colocadas numa mesma frase. Na poesia é uma redundância de palavra ou expressão
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem ver para dar ênfase. 
É um contentamento descontente Exemplo:
Dor que desatina sem doer. (Soneto de Camões) “Sete anos de pastor, Jacob servia.
Se há dor, pressupõe-se que doa e não o contrário. Tabão, pai de Raquel, serrana bela.
Mas não servia ao pai, servia a ela”.
6 – Eufemismo Já na gramática é um vício de linguagem. Por
É a suavização de uma mensagem. exemplo: subir a subida, entrar para dentro e etc.
Exemplo: Ele passou dessa para a melhor. (Forma
mais branda de dizer que alguém morreu). 14 – Polissíndeto
É quando há a repetição dos conectivos numa
7 – Hipérbole determinada sequência.
É a figura de linguagem do exagero, ou seja, ela Exemplo: “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua”. 
intensifica a mensagem a ser passada.
Exemplo: Eu estou morrendo de fome. 15 – Anáfora
É a repetição de palavras ou expressões no início das
8 – Ironia frases ou versos.
É quando se diz uma coisa querendo dizer exatamente Exemplo: “Um rio longo,
o contrário.                    Um passo em falso,
Exemplo: Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá                    Um prato fundo!”
para ouvir.

9 – Personificação ou prosopopeia
Acontece quando atribuímos características ou ações
racionais a seres irracionais ou inanimados.
Exemplo: O planeta pede socorro.
EXERCITANDO:
1. Explique a elipse presente nos versos. 
Na canção a seguir, Chico Buarque emprega
expressivamente várias figuras de sintaxe. Vamos E me beija com a boca de hortelã... 
analisá-las.  E me beija com a boca de café. 
E me calo com a boca de feijão 
Todo dia ela faz tudo sempre igual 
Me sacode às seis horas da manhã  2. Explique como cada gosto na boca está associado a
Me sorri um sorriso pontual  um momento do dia. 
E me beija com a boca de hortelã 
3. Transcreva um verso em que se usou o pleonasmo. 
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar 
E essas coisas que diz toda mulher  4. Transcreva os versos em que há o uso de
Diz que está me esperando pro jantar  polissíndeto.
E me beija com a boca de café 
5. Identifique a anáfora que organiza a letra e explique
Todo dia eu só penso em poder parar  o sentido que ela traz à canção.
Meio-dia eu só penso em dizer não 
Depois penso na vida pra levar  6. Qual efeito o uso da anáfora traz à letra da canção?
E me calo com a boca de feijão 

Seis da tarde como era de se esperar 


Ela pega e me espera no portão 
Diz que está muito louca pra beijar 
E me beija com a boca de paixão 

Toda noite ela diz pra eu não me afastar 


Meia-noite ela jura eterno amor 
E me aperta pra eu quase sufocar 
E me morde com a boca de pavor 

Todo dia ela faz tudo sempre igual 


Me sacode às seis horas da manhã 
Me sorri um sorriso pontual 
E me beija com a boca de hortelã 

CHICO BUARQUE. In: Construção. Phonogram,


1971. 

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