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SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

RACIOCÍNIO LÓGICO
E ANÁLISE DE DADOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Robson Braga de Andrade


Presidente do Conselho Nacional

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira


Diretor Adjunto

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

RACIOCÍNIO LÓGICO
E ANÁLISE DE DADOS
© 2015. SENAI – Departamento Nacional

© 2015. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Gerência de Educação – GEDUC

FICHA CATALOGRÁFICA
_____________________________________________________________________________

S491r
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Raciocínio lógico e análise de dados / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento
Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2015.
103 p. : il. (Série Aprendizagem Industrial).

ISBN 978-85-7519-827-8

1. Lógica simbólica e matemática. 2. Lógica. 3. Matemática. 4. Planilhas eletrônicas.


I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa
Catarina. II. Título. III. Série.
CDU: 510.6
_____________________________________________________________________________

SENAI Sede

Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto


Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
SUMÁRIO

CAPÍTULO 4

Tabelas e planilhas eletrônicas


Conheça aqui a abertura da Uni-
Aprenda a dispor informações em
MENSAGEM dade Curricular. Explore essa
tabelas de tal forma que poderá ana-
oportunidade de aprendizagem
lisar e verificar padrões que auxiliem
AO APRENDIZ e veja quantas descobertas serão
a prever respostas e ainda relatar o
possíveis! grau de exatidão das mesmas.

7 81
CAPÍTULO 1

O pensamento lógico
Leia o fechamento que o
Prepare-se para conhecer os prin-
cípios que permeiam a lógica das PALAVRAS autor preparou para você!
soluções de problemas e a lógica Aproveite todos os cami-
por trás de conjuntos de elemen- DO AUTOR nhos que levam ao conheci-
tos. mento.
9 99
CAPÍTULO 2

Sequências


Conheça aqui a lógica por trás das Conheça mais detalhes so-
sequências de elementos. Essas CONHECENDO bre o autor deste livro, sua
sequências serão utilizadas para formação e experiências
resolver problemas de lógica. O AUTOR profissionais, entre outros.

41 101

CAPÍTULO 3

Matemática para raciocínio lógico


Você sabia que com o auxílio da ma- Confira agora as referências
temática, as soluções lógicas podem utilizadas nessa Unidade
ficar ainda mais interessantes! Para REFERÊNCIAS Curricular. Aproveite e am-
tanto, conheça aqui algumas ferra- plie seus conhecimentos!
mentas capazes de proporcionar a

57 resolução de problemas.
103
MENSAGEM
AO APRENDIZ

Olá! Seja bem-vindo à Unidade Curricular “Raciocínio Lógico e Análise de Dados”.


Tenho certeza de que você já utilizou a lógica para solucionar algum problema. Prova-
velmente você algum dia já falou “Hoje vai chover!” e choveu, ou adivinhou quem seria o
campeão de uma partida de futebol antes mesmo que esta tivesse acontecido.
Para você que adivinhou que choveria ou quem venceu a partida de futebol, em am-
bas as situações foi utilizado o raciocínio lógico indutivo, tentando prever com base em
acontecimentos passados o que aconteceria no futuro.
Algumas das ferramentas que serão apresentadas nesta Unidade Curricular são utiliza-
das por você de tão forma natural que você nem percebe que se tratam de instrumentos
de resolução da lógica. Você simplesmente precisa fazer algo, e então vai aprimorando a
sua capacidade de resolver problemas.
Com o estudo desta Unidade Curricular você será capaz de solucionar problemas e ana-
lisar resultados. Tarefas que lhe dão trabalho para resolver ficarão mais simples de serem
concluídas com o auxílio da lógica. Um bom exemplo seria realizar a contagem de balas
presentes em uma grande caixa. Pense a respeito.
Estude esta unidade, mergulhe neste novo mundo e melhore suas capacidades de ra-
ciocinar, estudar, aprender e resolver problemas. Você verá que muitas tarefas que você
considera difícil ficarão simples de serem resolvidas.

RENATO PARANAGUÁ DA SILVA


CAPÍTULO 1

O PENSAMENTO
LÓGICO

FUNDAMENTOS • LÓGICA
CONJUNTOS
9
1.1. INTRODUÇÃO À LÓGICA
Os princípios da lógica foram organizados por Aristóteles por volta de 370
a.C. A palavra lógica vem do grego logos e significa pensamento, razão ou
princípio. A lógica sempre foi e sempre será utilizada, querendo ou não,
entendendo ou não, ela sempre acontecerá.

thelefty ([20--?])

Figura 1 - Estátua de Aristóteles, o pai da lógica clássica

A lógica garante a forma correta e coerente de descobrir, validar e en-


tender fenômenos e soluções que ocorrem de forma natural ou não. Seu
objetivo é descobrir e verificar se a resposta para determinada pergunta é
válida ou não. Ela busca a resposta verdadeira e correta.
Para iniciar seus estudos, acompanhe a seguinte situação:
A empresa Lata de Tinta fabrica tintas das seguintes cores: azul, verme-
lho, amarelo, verde e laranja. O funcionário que cuidava desta função está
ausente e os pedidos de tintas estão aparecendo. O chefe, preocupado com
a situação, busca soluções para o problema. Ele precisa saber quais ingre-
dientes devem ser utilizados para produzir as cores. Ele sabe apenas que o
pigmento era o primeiro e principal ingrediente, pois manchava muito as
luvas do funcionário e que esse ingrediente fica separado dos demais. Ele
pensa, então, em ver se há manchas de cor espalhadas pelos ingredientes,
assim poderia saber o que seu funcionário utilizou para produzir cada cor.
Chegando ao local onde estavam os recipientes com os ingredientes, per-
cebeu manchas de diferentes cores em cada embalagem.

O PENSAMENTO LÓGICO
11
Diego Fernandes (2015)
Fez então a seguinte anotação:

Ingredientes
Cores
A, D, E
Amarelo A, B, E
Azul B, C, D
Vermelho

o
iste um pigmento própri
Para cada cor ex
ientes.
mais os ingred
gredientes
r repetição de in
Não pode have
tinta.
para a mesma
Diego Fernandes (2015)

12 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Ainda faltam duas cores: verde e laranja.
Ele, então, percebeu que somente o saco do ingrediente E estava man-
chado de verde.

Diego Fernandes (2015)


A partir dessa observação, realizou uma breve pesquisa na internet para
descobrir os outros ingredientes desta cor e viu que as cores primárias
(amarelo, azul e vermelho), quando misturadas duas a duas, originam uma
cor secundária como resultado (laranja, verde e roxo).

Cores primárias Cores secundárias


Amarelo Azul Vermelho + = Laranja

+ = Verde

+ = Roxo
Diego Fernandes (2015)

Decidiu misturar os ingredientes da cor azul com os da cor amarelo, in-


cluindo os pigmentos e lembrando que não pode haver repetição de ingre-
dientes.

O PENSAMENTO LÓGICO
13
ADE
ABE + Pi ento
gm
Pi ento
gm amarelo
azul

Resultado

ABDE
Pigmento azul
o
pigmento amarel

Diego Fernandes (2015)


ingredientes
Sem repetição de

Assim ele fez a cor laranja, misturando o vermelho com o amarelo.


Logo você saberá todas as ferramentas que foram utilizadas aqui para
resolver este problema. Vamos lá!
Para começo de estudo, você precisa aprender alguns conceitos que irão,
posteriormente, lhe auxiliar na resolução de problemas lógicos.
Na sequência você conhecerá o conceito de valor lógico, proposição, in-
dução e dedução.

1.1.1. VALOR LÓGICO


Existem afirmações que podem ser classificadas como verdadeira ou
falsa.

EXEMPLO:
■■ Dois é um número par. Verdadeira.
■■ Três é um número par. Falsa.
■■ Corte esta árvore. Não é possível classificar como verdadeira ou falsa.

14 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


As afirmações que podem ser classificadas como verdadeiras ou falsas
são chamadas de proposição.
Toda proposição é uma afirmação que pode ser classificada como verda-
deira ou falsa, mas nem toda afirmação é uma proposição.

EXEMPLO
Você sabe responder se o oposto do oposto de uma proposição verdadei-
ra é verdadeira ou falsa?
Resolvendo em partes, tem-se.
■■ O oposto do oposto de uma proposição verdadeira.
■■ O oposto de uma proposição falsa.
■■ Informação verdadeira.

Os termos verdadeiro e falso são opostos, se uma proposição não é uma


coisa então ela é outra, nunca haverá uma terceira opção para proposições.
O oposto de uma proposição verdadeira é falsa. O oposto de uma pro-
posição falsa é verdadeira.

PRATICANDO

1. Se uma afirmação (proposição) é verdadeira, então ela não é falsa.


Se uma afirmação não é verdadeira, então ela é falsa.
Se é falso dizer que uma proposição é verdadeira, então a proposição é?

A seguir acompanhe um exemplo sobre o oposto do oposto de uma pro-


posição.
Agora veja se você compreendeu a lógica do oposto do oposto classifi-
cando a proposição que segue.

PRATICANDO

2. O oposto do oposto de uma informação não verdadeira é?

O PENSAMENTO LÓGICO
15
Valores lógicos são elementos capazes de informar se determinada pro-
posição (afirmação) é verdade ou não. Se uma afirmação for verdade,
ela é classificada como verdadeira, se não for verdade, ela é classificada
como falsa.
Não basta descobrir se uma proposição é verdadeira ou falsa, é necessá-
rio determinar se o resultado está correto ou errado.
Se uma proposição for classificada como verdadeira e isso estiver corre-
to, então a proposição é verdadeira.
Se uma proposição for classificada como verdadeira e isso estiver erra-
do, então a proposição é falsa.
Você vai aprofundar seu conhecimento a respeito das proposições no
próximo tópico. Acompanhe!

1.1.2. PROPOSIÇÃO
As proposições exprimem afirmações — que podem ser verdadeiras ou
falsas — a respeito dos mesmos objetos. (FERREIRA, 2001, p. 5). Ela é uma
afirmação que possui apenas uma classificação: verdadeira ou falsa. Uma
proposição não pode ter duas classificações ao mesmo tempo. Se for ver-
dadeiro é porque não é falso, se não for verdadeiro então é falso.
Acompanhe um exemplo:

EXEMPLO

A empresa em que Eduardo trabalha está promovendo uma brincadeira


com seus funcionários. Eles desejam premiar todos os funcionários com
uma quantia em dinheiro de R$10.000,00.
Para ganhar o prêmio, o “sortudo” deverá escolher um dos três porqui-
nhos. O dinheiro está dentro de apenas um porquinho. zwolafasola ([20--?])

Todas as proposições abaixo são classificadas como verdadeiras e cor-


retas.
■■ O prêmio está em um dos porcos.
■■ É mentira dizer que o prêmio está no porco vermelho.
■■ O prêmio está imediatamente à esquerda do porco que não está com
prêmio.

16 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Com qual porco está o prêmio?
Analisando as proposições tem-se:
1) O prêmio está em um dos porcos:
Sabe-se com total certeza que o prêmio está ali.
2) É mentira dizer que o prêmio está no porco vermelho:
O prêmio não está no porco vermelho.
3) O prêmio está imediatamente à esquerda do porco que não está com
prêmio.
Considerando o porco vermelho como o porco sem o prêmio, afirma-se
que o prêmio está imediatamente a sua esquerda. Portanto, será cogitado
o porco amarelo como o premiado.
Considere agora o porco azul como o porco sem o prêmio, segundo a pro-
posição, o prêmio está imediatamente à esquerda, indicando o porco ver-
melho como o premiado. Contradizendo a segunda proposição, que afir-
ma que o prêmio não está no porco vermelho.

Para entender melhor a classificação e montagem de conclusão de pro-


posições, veja outro exemplo, em que será provado que toda tartaruga é
um ser vivo. Acompanhe!

EXEMPLO:
Dadas as proposições verdadeiras p e q, será montada uma proposição
verdadeira capaz de provar que todas as tartarugas são seres vivos.
p: Todo animal é um ser vivo.
q: A tartaruga é um animal.
Listando as proposições e atribuindo um valor lógico a elas, tem-se:
p: Todo animal é um ser vivo. Verdadeira
q: A tartaruga é um animal. Verdadeira
_________________________________________________________________

r: Toda tartaruga é um ser vivo. Verdadeira

As proposições p e q sugerem outra proposição que foi chamada de r,


sendo esta a afirmação que será utilizada para concluir o raciocínio.
A proposição r foi classificada como verdadeira, pois essa proposição foi
montada com base nas proposições p e q que são verdadeiras, portanto r
também é verdadeira e correta.
Veja, na sequência, como alterar o valor lógico de proposições utilizando
o operador TIL (~).

NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO (~)


Você pode alterar o valor lógico das proposições, negando-o. Para negar
ou inverter o valor lógico de uma proposição, basta inserir o símbolo TIL
(~) na frente da proposição.
Veja a seguir:
p: O natal será dia 25 de dezembro. Verdadeiro.
~p: O natal não será dia 25 de dezembro. Falso.

O PENSAMENTO LÓGICO
17
Note que, invertendo o sentido da proposição, consequentemente o seu
valor lógico também será invertido.
Veja o seguinte exemplo:

EXEMPLO
Dada a proposição:
q: O natal será dia 21 de dezembro. Falso.
Será escrita a negação de q e a negação da negação de q.
Será atribuído um valor lógico para cada proposição.
Negação de q
~q: O natal não será dia 21 de dezembro. Verdadeiro.
Negação da negação de q
~~q: Será feita a negação de uma negação resolvendo por partes.
■■ ~(~q), substituindo q tem-se,
■■ ~(O natal não será dia 21 de dezembro), invertendo a negação tem-se,
■■ O natal será dia 21 de dezembro, portanto,
■■ ~~q: O natal será dia 21 de dezembro. Falsa.

Se q representa a proposição “O natal será dia 21 de dezembro” que é


falsa, e ~~q representa a proposição “O natal será dia 21 de dezembro”
também, pode-se afirmar que:
~~q=q,
Como q é falsa, então ~~q também será falsa de fato.
Se o seu objetivo fosse apenas descobrir o valor lógico da proposição
~~p, de uma forma mais simples, faria da seguinte forma:
Sabe-se que p é falsa, então ~p é verdadeira e ~~p é falsa.
Agora mostre que você aprendeu a inverter o valor lógico e o sentido de
proposições resolvendo as proposições que seguem.

PRATICANDO
3. Dadas as proposições, classifique-as em verdadeira ou falsa.
p: Computador é um eletrônico.
q: Todo eletrônico possui botões.
r: O computador possui botões.
Reescreva as proposições segundo a representação e classifique-as em
verdadeira ou falsa.
~p:
~~q:
~~~r:

18 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Você aprendeu que a proposição é uma afirmação que possui apenas uma
classificação, ou ela é verdadeira ou ela é falsa, ou seja, ela não pode ter
duas classificações ao mesmo tempo. A seguir, você vai conhecer as duas
principais ferramentas de raciocínio, a indução e a dedução. Acompanhe!

1.1.3. INDUÇÃO E DEDUÇÃO


A lógica utiliza duas principais ferramentas de raciocínio para encontrar
respostas corretas ou mais próximas do correto: indução e dedução. Essas
ferramentas aplicam métodos para resolução de problemas, em que o mé-
todo de uma é o inverso da outra. Conheça, a seguir, essas ferramentas.

PRINCÍPIO DA INDUÇÃO
Esta forma de raciocínio busca a resposta levando em consideração
acontecimentos passados e/ou padrões de repetição.
Parte-se de fatos particulares e chega-se a uma conclusão geral.
Acompanhe o exemplo que segue:
Pessoas envelhecem?
Dadas as proposições verdadeiras p, q, r, s, t e u:
p: João é uma pessoa.
q: João envelheceu.
r: Pedro é uma pessoa.
s: Pedro envelheceu.
t: Lucas é uma pessoa.
u: Lucas envelheceu.
_________________________________

v: ?.
A proposição v será a conclusão generalizada, e será induzida pelas de-
mais proposições que são verdadeiras.
Serão feitas duas afirmações que serão classificadas como verdadeiras.
Será feito de v uma resposta generalizada.
Afinal, qual a conclusão dessas proposições?
As proposições são as seguintes:
1) v: Tudo que envelhece é uma pessoa?
ou
2) v: Toda pessoa envelhece?
Embora já se saiba a resposta, você aprenderá o método que é capaz de
dizer a resposta verdadeira e correta, mesmo não sendo óbvio como este
exemplo. Você deve aprender o método utilizado para provar que todas
as pessoas envelhecem e não este exemplo específico.
Para a resposta “Tudo que envelhece é uma pessoa”, atribui-se o valor ló-
gico verdadeiro e se tentará provar o contrário, para isso, pode-se utilizar
um contraexemplo e fazer dela uma afirmação falsa. Um contraexemplo
é um exemplo que contraria uma proposição. Se a afirmação for verda-
deira, o contraexemplo a tornará falsa e vice-versa. Em resumo, você cria
uma afirmação sobre o problema e a classifica como verdadeira ou falsa,
e então você a contraria de forma a inverter o valor lógico da proposição.

O PENSAMENTO LÓGICO
19
Um e apenas um contraexemplo é o suficiente para fa-
zer a proposição verdadeira tornar-se falsa ou uma
proposição falsa se tornar verdadeira.

Acompanhe agora um contraexemplo para v:


“Tudo que envelhece é uma pessoa”.
Vegetais envelhecem. Verdadeiro
Vegetais não são pessoas. Verdadeiro
____________________________________________________________________________________________

Logo, a proposição “Tudo que envelhece é uma pessoa” é falsa.


Note que:
A proposição “Tudo que envelhece é uma pessoa” foi classificada como
verdadeira, porém incorreta, portanto esta é uma proposição falsa.
Validando a proposição v: “Toda pessoa envelhece”, tem-se:
A proposição “Toda pessoa envelhece” é verdadeira até que se prove o
contrário. Você pode tentar encontrar um contraexemplo, mas será perda
de tempo.
Pode-se concluir por indução que v: “Toda pessoa envelhece” é verda-
deira e correta.

?
PERGUNTA

Como você sabe se o método utilizado foi realmente o da indução?

Porque as ferramentas utilizadas foram as seguintes.


a) Padrão de acontecimentos
João, Pedro e Lucas envelheceram.
b) Acontecimentos passados
Envelhecer sempre aconteceu.
c) Parte-se do particular para o geral
Viu-se que algumas pessoas envelhecem, então generaliza-se para todas
as pessoas.
Veja a resolução do exercício de forma piramidal:

20 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Diego Fernandes (2015)
Figura 2 - Pirâmide de resolução pelo método da indução
Fonte: Do autor (2015)

Acompanhe mais uma situação.


O problema dos lobos
Como se pode provar que um lobo é um ser vivo?
Sabe-se apenas que o lobo é um mamífero e que todo animal é um ser
vivo, ora, se todo mamífero é um animal e todo animal é um ser vivo, pode-
se concluir que os lobos são seres vivos por serem mamíferos.
Veja como pode-se facilitar o raciocínio organizando o texto em propo-
sições.

É importante lembrar que cada proposição será re-


presentada por uma letra minúscula do nosso alfa-
beto e será classificada como verdadeira ou falsa.

Voltando ao problema do lobo, eles são seres vivos?


Sabe-se que:
p: O lobo é um mamífero. Definição específica do lobo.
q: Todo mamífero é um animal. Definição geral dos mamíferos.
q: Todo animal é um ser vivo. Definição geral dos animais.
r: Todo lobo é um mamífero. Argumento específico da questão.
____________________________________________________________________________________________________

c: Logo, todo lobo é um ser vivo. Resposta generalizada.

O PENSAMENTO LÓGICO
21
Agora avaliam-se as proposições e atribui-se o valor de verdadeiro ou
falso.
p: Verdadeiro
q: Verdadeiro
r: Verdadeiro
_______________________________________________________________________________________________________

c: Esta proposição é a resposta da questão. É necessário verificar se ela


também é verdadeira.
Note que as proposições p, q e r são verdadeiras.
A proposição c foi montada a partir de proposições verdadeiras, portan-
to, a proposição c também é verdadeira e está correta.
Pode-se complementar a resolução atribuindo as proposições de acordo
com sua grandeza em seus devidos espaços numa pirâmide hierárquica.
Isso em relação à quantidade de seres por classificação.

Diego Fernandes (2015)

Figura 3 - Pirâmide invertida para resolução do problema do lobo pelo método indutivo.
Fonte: Do autor (2015)

Você conheceu o princípio de indução e acompanhou alguns exemplos


desse método de resolução de problemas. Na sequência irá estudar outra

22 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


forma de raciocínio, o princípio de dedução.

PRINCÍPIO DE DEDUÇÃO
Esta forma de raciocínio parte de conceitos gerais e chega a conclusões
particulares. Vale a pena lembrar que o método da indução parte de con-
ceitos particulares e chega a conclusões gerais.
O método da dedução faz essencialmente o contrário do método da indu-
ção, partindo de proposições gerais e chegando a conclusões específicas.
Observe:
p: Todo homem é mamífero. Contexto geral.
q: Você é um homem. Proposição específica da questão.
r: Logo, você é mamífero. Resposta particular.

Diego Fernandes (2015)

Figura 4 - Resolução do problema de forma dedutiva em pirâmide invertida


Fonte: Do autor (2015)
SILOGISMO
Segundo dicionário
Para este método, geralmente, utiliza-se uma técnica chamada silogismo. silogismo é: Dedução
Acompanhe um exemplo de silogismo. formal em que, pos-
tas duas proposições
as premissas, delas
se tira uma terceira, a
conclusão. (FERREIRA,
2000)

O PENSAMENTO LÓGICO
23
EXEMPLO:
p: Todo homem é mortal. Proposição maior.
q: Você é homem. Proposição menor.
r: Logo, você é mortal. Conclusão particular.

O silogismo é um método de dedução, em que se parte de uma proposi-


ção maior e chega-se a uma conclusão particular.
Chegou a sua vez de praticar resolvendo a proposição que segue.

PRATICANDO
4. Deduza que uma galinha põe ovo. Sabendo que a proposição maior é
“Toda ave põe ovo”.
p:
q:
r:

Você conheceu as principais ferramentas utilizadas por matemáticos e


filósofos para a conclusão e validação de soluções de problemas, a indução
e a dedução.
Na sequência você estudará os princípios lógicos utilizados também como
ferramentas para a descoberta e validação de soluções de problemas.

1.2. PRINCÍPIOS LÓGICOS


A lógica aplica princípios fundamentais para a resolução de problemas.
Esses princípios são:
■■ princípio da identidade;
■■ princípio da não contradição;
■■ princípio do terceiro excluído.
Na sequência você conhecerá cada um deles. Acompanhe!

1.2.1. PRINCÍPIO DA IDENTIDADE


Este princípio sugere que todo objeto é igual a si mesmo; mesmo que
você afirme o contrário, não pode fugir deste princípio.

EXEMPLO:
■■ A palavra cachorro é igual à palavra cachorro. Isso é verdadeiro e sem-
pre será.
■■ 2=2. Isso sempre será verdade, mesmo que você afirme que 3=2, o nú-
mero dois ainda continuará sendo igual a dois (2=2).

24 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Agora que você já conhece o princípio da identidade, veja como funciona
o princípio da não contradição.

1.2.2. PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO


Ao formular este princípio, Aristóteles afirma que uma proposição verda-
deira não pode ser falsa e uma proposição falsa não pode ser verdadei-
ra. Duas afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo
tempo.

EXEMPLO

Ao deixar uma moeda cair no chão, uma das duas faces ficará voltada para
cima. Propõem-se então:
p: A moeda caiu com “COROA” para cima.
q: A moeda caiu com “CARA” para cima.
Apenas uma das duas proposições está correta, pois é impossível a moeda
cair e permanecer com “CARA” e “COROA” voltados para cima ao mesmo
tempo.
Embora não se saiba a resposta correta, sabe-se de antemão que as duas
não podem ser verdadeiras e nem falsas ao mesmo tempo, pois estas são
contraditórias.
Se afirmar que a proposição p é falsa e isso estiver correto, então q é ver-
dadeira. Portanto a proposição “A moeda caiu com ‘CARA’ para cima” é
verdadeira, porque sabe-se que a outra proposição é falsa.

Você acabou de estudar a lógica do princípio da identidade e do princípio


da não contradição. A seguir conheça o princípio do terceiro excluído.

1.2.3. PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO


Este princípio sugere que para uma proposição qualquer, ou ela é verda-
deira ou sua negação é.

EXEMPLO:
Dada a proposição p: “Hoje choveu!”, se p não for verdadeira então ~p
(negação de p) é verdadeira, logo “Hoje não choveu” é verdadeira.
Para entender melhor, veja o texto organizado em proposições:
p: Hoje choveu! Falso.
~p: Hoje não choveu! Verdadeiro.

Apenas uma delas é verdadeira e apenas uma delas é falsa. Se você des-
cobrir o valor lógico de uma delas, poderá descobrir o valor lógico da outra.
Sabe-se que p não é verdadeira, então a proposição p é falsa, portanto
~p é verdadeira.

O PENSAMENTO LÓGICO
25
Agora que você conhece os princípios lógicos, aplique esses conhecimen-
tos para realizar a atividade do praticando.

PRATICANDO

5. O desafio das caixas


Hoje é seu aniversário e seus colegas de trabalho não deixarão passar em
branco.
Seus colegas compraram um presentinho para você e colocaram dentro
de um cofre chaveado.

ktsimage ([20--?])

Para deixar mais emocionante ainda, seus amigos pegaram três caixas e
colocaram a chave dentro de uma delas. Em cada caixa existe uma pista
que te levará até a chave.
Diego Fernandes (2015)

Qual caixa você abrirá?


a. Caixa 1
b. Caixa 2
c. Caixa 3
d. Impossível saber a resposta.

26 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Você conheceu as principais ferramentas utilizadas para raciocínio lógico.
Agora você utilizará todo o conhecimento adquirido para aprender outros
conteúdos que irão lhe auxiliar na resolução de problemas. Acompanhe!

1.3. CONJUNTOS DE ELEMENTOS


Um conjunto representa uma coleção de objetos que se caracterizam
por determinadas similaridades predefinidas e são representados mate-
maticamente por letras maiúsculas do nosso alfabeto. Os objetos de um
conjunto são chamados de elementos (IEZZI; DOLCE; DEGENSZAJN, 2011).
Observe, no exemplo a seguir, como eles são representados:

EXEMPLO:
CP = {Azul, Amarelo, Vermelho}, onde:
CP - nome do conjunto em letras maiúsculas.
{} - local onde os elementos são listados, separando-os por vírgula.
Azul, Amarelo e Vermelho - elementos do conjunto chamado CP.
O conjunto CP na realidade é o conjunto das cores primárias.

Um conjunto pode ser vazio, possuir apenas um, dois, três e até mesmo
infinitos elementos.
Conjuntos e elementos são munidos de operações que podem ser reali-
zadas entre conjuntos e entre elemento e conjunto.
Conheça, a seguir, como você pode representar um conjunto e seus ele-
mentos. Confira!

1.3.1. REPRESENTAÇÕES DE CONJUNTOS


Um conjunto pode ser representado de três formas principais:
■■ listagem dos elementos;
■■ compreensão ou expressão matemática;
■■ representação geométrica.
Na sequência você conhecerá mais detalhes dessas três formas de repre-
sentação de conjuntos.

REPRESENTAÇÃO POR LISTAGEM


Os elementos de um conjunto podem ser representados realizando a lis-
tagem dos componentes do conjunto. Esses elementos podem ser listados ENUMERAR
se estes forem finitos e/ou enumerados, sendo escritos entre chaves “{}” e Relacionar metodica-
separados por vírgula “,”. Um conjunto é dito enumerado se seus elementos mente. (PRIBERAM,
2013).
respeitarem uma ordem lógica de posicionamento e sequência. Você sem-
pre saberá qual será o próximo elemento.
Veja um exemplo de representação de elementos por listagem e nomen-
clatura de conjuntos.

O PENSAMENTO LÓGICO
27
EXEMPLO
Lembra-se da história da Empresa Lata de Tinta no início deste capítulo?
Observe as anotações que foram feitas pelo chefe:

Ingredientes
Cores
A, D, E
Amarelo A, B, E
Azul B, C, D
Vermelho

to próprio
iste um pigmen
Para cada cor ex
ientes.
mais os ingred
gredientes
r repetição de in
Não pode have
tinta.
para a mesma

Diego Fernandes (2015)

Agora serão criados três conjuntos para o agrupamento dos ingredientes


de cada cor. Serão feitas as representações de cada conjunto pelo método
da listagem dos elementos.
O conjunto AM agrupará os ingredientes que compõem a tinta AMARELA.
AM = {A, D, E, Pigmento Amarelo}
O conjunto AZ agrupará os ingredientes componentes da tinta AZUL.
AZ = {A, B, E, Pigmento Azul}
O conjunto VM agrupará os ingredientes da tinta VERMELHA.
VM = {B, C, D, Pigmento Vermelho}

Agora exercite indicando os ingredientes necessários para fabricação da


tinta verde.

28 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


PRATICANDO

6. Com base no exemplo anterior, descubra os ingredientes que compõem


a tinta verde. Dê um nome para este conjunto e represente-o pelo método
da listagem.

O método da listagem pode ser contextualizado de outras formas.


Conjunto infinito e enumerável
O conjunto P será representado como sendo o conjunto dos números pa-
res e positivos.
P = {2, 4, 6, 8, 10, ...}.
O conjunto P possui infinitos elementos, porém, seus elementos são
enumerados de tal forma que sempre se consegue saber qual o próximo
elemento.
Conjunto finito e enumerável
Pode-se representar as letras do nosso alfabeto.
A = {a, b, c, ..., z}.
Neste caso nosso conjunto A é enumerável e possui uma quantidade fi-
nita de elementos.
Teste seu conhecimento resolvendo a seguinte atividade.

PRATICANDO

7. Represente por listagem o conjunto dos números pares e positivos até


1000 e chame de B este conjunto.

Agora que você sabe como representar um conjunto por listagem, apro-
fundará seu conhecimento aprendendo outra forma de representar um
conjunto, a representação por compreensão ou expressão matemática.
Vamos lá!

REPRESENTAÇÃO POR COMPREENSÃO OU EXPRESSÃO MATEMÁTICA


Os elementos de um conjunto podem ser representados de acordo com
uma afirmação clara e objetiva de seus elementos ou por uma expressão
matemática.
Representação por compreensão
A = {Dias da semana}
B = {Funcionários da empresa Lata de Tinta}

O PENSAMENTO LÓGICO
29
É fácil imaginar os elementos dos conjuntos A e B, pois as afirmações
não oferecem margem para duplo sentido (ambiguidade). Todo e qualquer
elemento que fuja da proposição não pertencerá a este conjunto.
Representação por expressão matemática
C = {x: x é um número ímpar}
Neste caso, x representa os elementos do conjunto e ao lado é informado
o critério para que este x faça parte do conjunto.
Suponha x = 3, 3 é ímpar, portanto para x = 3, x pertence ao conjunto C.
Se x = 2, 2 é par, portanto para x = 2, x não pertence ao conjunto C por não
satisfazer a condição imposta de o número ser fundamentalmente ímpar.
Entendeu essa forma de representação? Então pratique realizando a ati-
vidade proposta sobre representação de elementos e relação de pertinên-
cia.

PRATICANDO
8. Dado o conjunto D = {x: x > 0 e x < 10 e x é inteiro}, responda:
Para os valores 2, 5, 10 e 11, verifique quais destes valores pertencem ao
conjunto D.
Para x=2, deve-se verificar se este valor se encaixa nos critérios estabele-
cidos.
Veja as proposições:
x > 0: 2 é maior que 0. Verdadeiro.
x < 10: 2 é menor que 10. Verdadeiro.
x é inteiro : 2 é inteiro. Verdadeiro.
x=2. Verdadeiro.
____________________________________________________________________

Logo, x=2 pertence ao conjunto D. Verdadeiro.


Resposta descritiva:
2 pertence ao conjunto D.
Resposta formal ou matemática:
2∈D

  Agora é com você.  


Verifique se os demais valores (5, 10 e 11) fazem parte do conjunto D.

Você conheceu a representação de conjuntos por listagem e por com-


preensão ou expressão matemática. A seguir será apresentada outra forma
de representação de conjuntos utilizando formas geométricas, a represen-
tação geométrica. Confira!

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
Lembrando-se da história da empresa Lata de Tinta no início deste capí-
tulo, após as anotações realizadas pelo chefe, ele demonstrou os conjuntos
dos ingredientes das cores azul e amarelo para, posteriormente, montar o
conjunto dos ingredientes da cor verde.

30 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


ADE
ABE + Pigmento
Pigmento amarelo
azul

Resultado

ABDE
Pigmento azul
o
pigmento amarel

Diego Fernandes (2015)


ingredientes
Sem repetição de

Figura 5 - Resolução do chefe para o problema das cores


Fonte: Do autor (2015)

Agora serão representados de forma geométrica os conjuntos dos ingre-


dientes das tintas azul e amarelo, que anteriormente foram representados
com a listagem dos elementos.
Relembre:
AM = {A, D, E, Pigmento Amarelo}
AZ = {A, B, E, Pigmento Azul}
Será utilizada a forma geométrica da circunferência para a representação
dos conjuntos AM e AZ.

AM AZ

A A

D B
Diego Fernandes (2015)

E E
Pigmento amarelo Pigmento azul

Figura 6 - Representação geométrica de conjuntos


Fonte: Do autor (2015)

O PENSAMENTO LÓGICO
31
Entendeu como representar os conjuntos por meio de formas geométri-
cas? A seguir você aprenderá a realizar operações entre conjuntos e ele-
mentos. Acompanhe!

1.3.2. OPERAÇÕES ENTRE ELEMENTO E CONJUNTO


As operações que podem ser aplicadas entre elemento e conjunto per-
tencem à chamada relação de pertinência, em que é possível exprimir se
um elemento pertence ou não pertence a um determinado conjunto.
O operador pertence e não pertence será representado com os símbolos
∈ e ∉ , respectivamente.
Veja o exemplo e entenda a aplicação da operação relação de pertinên-
cia.

EXEMPLO:
Dado o conjunto dos números pares positivos P = {2, 4, 6, 8, 10, ...}, pode-
se afirmar que o número 10 é um elemento deste conjunto, portanto 10
pertence ao conjunto P.
  A afirmação 10 pertence ao conjunto P pode ser escrita de seguinte forma:

10 ∈ P

   
Para o número 15, pode-se afirmar o seguinte:
 
ͳͷ ‫۾ ב‬

  Lê-se a expressão da seguinte forma: quinze não pertence ao conjunto P.

Verifique se você entendeu a utilização do operador relação de pertinên-


cia praticando.

PRATICANDO

9. Dado o conjunto A = {5, 10, 15, 20, 25, 30, 35} e B = {Cachorro, Gato,
Rato}, ambos finitos, crie a relação de pertinência para cada um dos se-
guintes elementos: Queijo, Gato, Cavalo, Rato, 20, 24 e 55.
Relação de pertinência do Queijo

Queijo ∉ A
Queijo ∉ B

Agora é com você!

32 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Você estudou a operação entre elemento e conjunto de elementos. Na
sequência você verá que é possível realizar operações entre conjuntos.
Confira!

1.3.3. OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS


É possível realizar operações de relacionamento entre conjuntos. As ope-
rações são realizadas sempre entre dois conjuntos, independentemente da
quantidade de conjuntos na operação, e tem como resultado outro con-
junto.
As operações que você irá aprender são as seguintes:
■■ intersecção;
■■ união;
■■ diferença;
■■ complemento.

INTERSECÇÃO
Esta operação permite verificar os elementos comuns a dois conjuntos.
Realizando a intersecção entre dois conjuntos, produz-se um terceiro
conjunto com os elementos que pertencem aos dois conjuntos simulta-
neamente.
Esta operação é representada com o símbolo ∩.
Veja o exemplo que foi preparado para contextualizar a operação inter-
secção entre conjuntos.
Lembrando que a intersecção acontece em pares e o resultado será um
novo conjunto.

EXEMPLO
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5}, será calculada a intersec-
ção entre A e B.
Pode-se expressar o conjunto A ∩ B da seguinte forma:
Pode-se expressar o conjunto A ∩ B da seguinte forma:
A ∩ B={x: x ∈ A e x ∈ B} , ou seja, para qualquer x que você atribuir um
valor este deverá ser encontrado em ambos os conjuntos.
 
Avaliando os elementos de forma  individual você terá:

1∈Ae1∉B
2∈Ae2∉B Elementos 3 e 4
3∈Ae3∈B Pertencem aos conjuntos A e B
simultaneamente.
4 ∈ A e 4 ∈ B
5 ∈ A e 5 ∉ B
   
Dos elementos listados, os que pertencem ao conjunto A e B ao mesmo
tempo serão os elementos do novo conjunto.
Portanto A ∩ B = {3, 4}, então
Portanto, entãoesse
essenovo
novoconjunto
conjuntoserá
será chamado
chamado A ∩ B .
dede
Portanto A ∩ B =. {3, 4}, então esse novo conjunto será chamado de A ∩ B .
O PENSAMENTO LÓGICO
33
Note que você pode resolver o exemplo anterior de outra forma:
A ∩ B = {1, 2, 3, 4 } ∩ {3,4,5}
Verificando os elementos em comum você terá
A ∩ B = {3, 4}

expressão A ∩ B = {x: x ∈ A e x ∈ B}, veja se o resultado será


Avaliandoaa expressão
Avaliando
compatível com o anterior.
 
Realizando a validação para:
x = 1, 1 ∈ A e 1 ∉ B
x = 2, 2 ∈ A e 2 ∉ B
x = 3, 3 ∈ A e 3 ∈ B
x = 4, 4 ∈ A e 4 ∈ B
x = 5, 5 ∉ A e 5 ∈ B
Representando essa operação de forma geométrica, você terá:

A B

1 2
3 4
U

3 4
5

A B

1 3

5
Diego Fernandes (2015)

2 4

Figura 7 - Operação de intersecção


Fonte: Do autor (2015)

34 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Os elementos 3 e 4 pertencem aos dois conjuntos ao mesmo tempo.
Lembrando que não pode haver repetição de elementos, exceto em casos
particulares para contagem populacional e outros que sugerem uma res-
trição específica.
Se você tiver mais de um conjunto e desejar agrupar todos os elementos
num único conjunto, você pode utilizar a operação união entre conjuntos
para formar um conjunto contendo todos os elementos agrupados. Veja!

UNIÃO DE CONJUNTOS
União entre dois ou mais conjuntos permite que seja criado um terceiro
conjunto com todos os elementos, de forma que os elementos deste con-
junto pertençam a pelo menos um dos conjuntos utilizados na operação.
Esta operação é representada pelo símbolo ∪.
Veja um exemplo de utilização do operador união entre conjuntos.

EXEMPLO:

Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5}, calcule a união entre A e B.


A ∪ B = {1,2,3,4} ∪ {3,4,5}
A ∪ B = {1,2,3,3,4,4,5}
A ∪ B = {1,2,3,4,5}
Você pode expressar o conjunto A ∪ B = {1,2,3,4,5} da seguinte forma:
A ∪ B = {x: x ∈ A e/ou x ∈ B}
É fácil perceber que todos os elementos da UNIÃO pertencem ao conjunto
   
A e/ou B.

Se houver um x com valor diferente dos elementos do conjunto união,


então este elemento não pertence a nenhum dos conjuntos utilizados no
cálculo. Por exemplo:

O PENSAMENTO LÓGICO
35
x = 6 x = 6 x=6 x=6
x ∈ A = Falso
x ∈ A = Falso x ∉ A = Verdadeiro
x ∉ A = Verdadeiro
ou ou ou ou
x ∈ B = Falso
x ∈ B = Falso x ∉ B = Verdadeiro
x ∉ B = Verdadeiro
   
Quadro 1 - Avaliando um elemento externo ao conjunto
        Fonte: Do autor (2015)

Para x = 6, x não pertence a nenhum dos conjuntos, então ele não fará
parte da união destes.
Portanto, para x = 6, x ∉ (A ∪ B)  x não pertence ao conjunto A ∪ B .
Para
  você fixar os conhecimentos estudados, pratique.

   

PRATICANDO
10. Dados os conjuntos A = {10, 20, 30, 40, 50} e B = {5, 10, 15, 25, 35, 30,
35}, calcule:
a) A ∪ B
  b) A ∩ B  
  Verifique a relação de pertinência entre o elemento 15 e a intersecção.
Verifique a relação de pertinência entre o elemento 10 e a união.
   

Você aprendeu, até o momento, dois tipos de operação de conjuntos, a


intersecção e a união. A seguir você aprenderá como calcular a diferença
entre conjuntos.

DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS (A-B)


A diferença entre conjuntos acontece subtraindo/eliminando os elemen-
tos de um conjunto do outro. Dados dois conjuntos, verifica-se os elemen-
tos comum aos dois e eliminam-se os do primeiro conjunto.
Essa operação é representada pelo símbolo chamado de hífen (-).

36 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


EXEMPLO
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5}, será calculada a diferença
entre A e B.
A - B = {1,2,3,4} - {3,4,5} Os elementos {3,4} fazem parte da intersecção,
 
então esses elementos serão eliminados do conjunto A.
 
A-B

  A B
{1,2,3,4} - {3,4,5}

  A A∩B
�1,2,3,4� ‐ �3,4� 

 
A-B
�1,2�

A - B = {1,2}
Os valores que o conjunto B conseguiu diminuir de A foram o 3 e o 4.
   
Você expressará o conjunto (A - B) = {1,2} da seguinte forma:
(A - B) = {x: x ∈ A e x ∉ B}

Agora que você já sabe realizar a operação de diferença entre conjuntos,


mostre a você mesmo que consegue resolver. Pratique!

PRATICANDO
11. Com base nos conjuntos A e B do exemplo anterior, calcule a diferença
entre B e A.
Compare o resultado do exemplo com o resultado que você calculou, e
avalie a seguinte igualdade em verdadeira ou falsa.
(A – B) = (B - A)

O PENSAMENTO LÓGICO
37
Até aqui você aprendeu as seguintes operações entre conjuntos: inter-
secção, união e diferença, agora irá conhecer o operador contém. Confira!

OPERADOR CONTÉM
Este operador é utilizado para verificar se determinado conjunto faz par-
te de outro ou não. Representa-se a operação com o operador representa-
do pelo símbolo ⊂.
Suponha A e B conjuntos quaisquer.
Afirma-se que todos os elementos do conjunto A estão presentes no con-
junto B, então há duas possibilidades de leitura:
■■ O conjunto A está contido em B - A ⊂ B ; ou
■■ O conjunto B contém o conjunto A - B ⊃ A.

FIQUE POR DENTRO

Conjuntos são considerados iguais quando UM está contido em OUTRO


e o OUTRO está contigo no UM, ou seja, os elementos que compõem os
conjuntos deverão ser os mesmos.
Se P = {1,2} e Q = {2,1}, todos os elementos
e , todos de Pde
os elementos estão em Qem
P estão e todos os elementos
Q e todos os de Q
elementos de Q também estão em P, então P e Q são iguais. Portanto:
também estão em P, então P e Q são iguais. Portanto:
P=Q
P = Q.
   
Quando o problema que você estiver tentando resolver sugerir agrupa-
mento de informações, inicie sua resolução aplicando conjuntos de ele-
mentos e suas respectivas operações.
Lembrando que você aprendeu operação entre elemento e conjuntos e
operações entre conjuntos.
No próximo capítulo você estudará sequências, que é a ordenação de ele-
mentos dentro de conjuntos.

38 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


RESUMINDO

Diego Fernandes (2015)

RESPOSTAS DO PRATICANDO

1. A proposição terá valor lógico falso.


2. Informação falsa.
3. ~p: Computador não é um eletrônico. Falso
~~q: Todo eletrônico possui botões. Verdadeira
~~~r: O computador não possui botões. Falso
4. p: Toda ave põe ovo.
q: Toda galinha é uma ave.
r: Portanto, toda galinha põe ovo.
5. Caixa 1: O aviso da caixa 2 é falso. Verdadeiro
Caixa 2: O aviso da caixa 3 é verdadeiro. Falso
~Caixa 2: O aviso da caixa 3 é falso. Verdadeiro
Caixa 3: A chave não está na caixa 2. Falso
~Caixa 3: A chave está na caixa 2. Verdadeiro
Letra B.
6. VE = {A, B, D, E, Pigmento Azul, Pigmento Amarelo}
7. P = {2, 4, 6, ..., 1000}
ou
P = {2, 4, 6, ..., 100, ..., 500, ..., 1000}
O PENSAMENTO LÓGICO
39
8.
5 ∈ D
10 ∉ D
11 ∉ D

9.
Gato ∉ A
Gato ∈ B

Cavalo ∉ A
Cavalo ∉ B

Rato ∉ A
Rato ∈ B

20 ∈ A
20 ∉ B

24 ∉ A
24 ∉ B

55 ∉ A
55 ∉ B

10.
a) A ∪ B = {5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50}
b) A ∩ B = {10, 30}
c) Verifique a relação de pertinência entre o elemento 15 e a intersecção.
15 ∉ A ∩ B
d) Verifique a relação de pertinência entre o elemento 10 e a união.
10 ∈ A ∪ B
 
11.
A–B
{1,2,3,4} – {3,4,5}
{1,2}
B–A
{3,4,5} – {1,2,3,4}
{5}
(A – B) = (B – A) é falso

40 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


CAPÍTULO 2

SEQUÊNCIAS


SEQUÊNCIA • NÚMEROS • TEXTOS
SÍMBOLOS • MÉTODO DE REPETIÇÃO
41
2.1. CONCEITO DE SEQUÊNCIA
Sequência é um conjunto no qual se estabelece uma ordem, de tal forma
que cada elemento é associado a uma posição dentro do conjunto (YOUS-
SEF; FERNANDEZ, 1993, p. 8). Em outras palavras, sequências são conjun-
tos de elementos que respeitam um determinado padrão de repetição. MÉTODO
O padrão de repetição pode ser encontrado em duas formas: elementos Princípios utilizados
repetidos; método repetido. para a dedução do va-
lor dos elementos. Es-
Acompanhe a seguir como identificar o padrão na repetição dos elemen- tes princípios podem
tos. ser matemáticos ou
lógicos.

2.1.1. PADRÃO NA REPETIÇÃO DOS ELEMENTOS


Os elementos deste tipo de conjunto apresentam-se iguais. Sabendo o
valor de um elemento, pode-se afirmar que todos os demais são iguais a
este.

?
PERGUNTA

Dado o conjunto A = {1,1,1,1,...}


Qual o valor do último elemento do conjunto A?

Sabendo que os elementos do conjunto A são repetidos, é possível de-


terminar que o valor do último elemento terá valor igual ao de todos os
outros. Pode-se concluir que o ultimo elemento será o 1.
Veja o seguinte exemplo e entenda melhor o padrão de repetição de ele-
mentos dentro de um conjunto.

SEQUÊNCIAS
43
EXEMPLO:
O problema do canil
Deseja-se saber que animal habita a CASA 4.

Diego Fernandes (2015)


O problema é montar um conjunto com os animais que estão nas casi-
nhas. Será chamado de AC o conjunto dos animais que habitam as casi-
nhas. Este conjunto terá quatro elementos.
AC = {cachorro, cachorro, cachorro, cachorro}

É fácil notar o padrão quando há repetição de elementos na sequência,


ou seja, todos os elementos são iguais.
Agora serão estudadas as sequências em que o padrão de repetição é o
do método repetido.

2.1.2. PADRÃO NA REPETIÇÃO DO MÉTODO


Os elementos deste tipo de sequência podem se apresentar distintos uns
dos outros. Mesmo sendo diferentes em valor, eles possuem algo em co-
mum: o método utilizado para encontrar o elemento seguinte ou anterior.

44 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Como assim?

shvili ([20--?])

Veja o exemplo e entenda melhor.


Dada a sequência A = {10, 15, 20, 25,...}, deverá ser encontrado o valor do
sexto elemento da sequência.
Antes de tudo, é preciso resolver os seguintes itens:
a. Um valor conhecido da sequência. Pode-se utilizar o valor do 1º, 2º,
3º ou 4º elemento.
b. O padrão de repetição – elemento ou método.
É fácil perceber que não há repetição de elementos, portanto o padrão
que for encontrado será no método.
Note que o segundo valor da sequência é formado pela soma do primei-
ro elemento com o número 5.
Como o valor do primeiro elemento é conhecido e possui valor igual a 10,
então o segundo elemento será o resultado da soma do seu valor com o 5,
ou seja:

SEQUÊNCIAS
45
Aplicando o
Valor do primeiro
método ao
elemento
primeiro elemento
10 + 5

15

Diego Fernandes (2015)


Valor do segundo elemento

Figura 8 - Cálculo do segundo elemento aplicando o método ao elemento conhecido


Fonte: Do autor (2015)

Como o valor encontrado foi do segundo elemento, pode ser aplicado


novamente o método e encontrar o valor do terceiro elemento.
Você deve pegar o valor do segundo elemento e adicionar 5 unidades a ele:

Aplicando o
Valor do segundo
método ao
elemento
segundo elemento
15 + 5

20

Diego Fernandes (2015)

Valor do terceiro elemento

Figura 9 - Cálculo do terceiro elemento aplicando o método ao elemento conhecido


Fonte: Do autor(2015)

Voltando à questão, você deve determinar o valor do sexto elemento, que


será o valor do quinto elemento acrescido de 5 unidades.
Como você não sabe o valor do quinto elemento, precisará calculá-lo.

Calculando o valor do quinto elemento:


Sabendo o valor do quarto elemento (25), será adicionado 5 a ele:
25 + 5
30
Agora que você tem o valor do quinto elemento, pode calcular o valor do
sexto elemento, que será a soma do quinto elemento da sequência (30) com 5:
30 + 5
35

46 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Você encontrou o valor para o sexto elemento, que é igual a 35.
Reescrevendo a sequência, você terá: A = {10, 15, 20, 25, 30, 35,...}.

O método utilizado para resolver este pro-


blema de baixa complexidade pode ser usa-
do para resolver problemas mais complexos.
Você não deve se apegar ao conteúdo do exemplo, mas
sim ao método utilizado para resolvê-lo.

Agora que você já sabe os tipos de repetição que uma sequência pode possuir,
aprenderá como encontrar os padrões de repetição e classificar as sequências.

2.1.3. PRINCÍPIOS DA BUSCA PELO PADRÃO DE REPETIÇÃO


Princípios matemáticos utilizam um valor determinado e operação arit-
mética para formar todos os valores dos elementos de uma sequência.
O valor determinado seria um elemento conhecido da sequência. Aplica-
se então uma operação aritmética com o valor determinado e encontra-se
o valor do próximo elemento da sequência.
Acompanhe o passo a passo para descobrir outros elementos de uma se-
quência.
1º Descubra o valor de um elemento.
2º Descubra o método utilizado para descobrir o próximo valor.
3º Descubra a operação aritmética capaz de gerar o próximo elemento da
sequência.
4º Realize a operação sobre o valor determinado conhecido e encontre o
próximo elemento da sequência.
No exemplo anterior foi utilizado deste conhecimento para resolver o
problema proposto.
Quer verificar se compreendeu o que acabou de estudar? Então pratique
realizando a atividade proposta.

PRATICANDO

1. Dada a sequência B = {1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21,...}, encontre o valor do 11º


elemento.
Elabore toda a linha de raciocínio conforme o exemplo anterior.

Princípios lógicos utilizam a busca no padrão de repetição sem que este


possa ser representado na forma matemática.
Descoberto o padrão lógico de uma sequência, é possível descobrir todos
os seus elementos.

SEQUÊNCIAS
47
Acompanhe o exemplo:

EXEMPLO

Dada a sequência C = {Abelha, Borboleta, Cachorro, Dragão,...}, qual das


alternativas corresponde aos próximos três elementos da sequência?
a. Flamingo; Gato; Hipopótamo.
b. Cachorro; Dragão; Elefante.
c. Elefante; Formiga; Gato.
d. Estante; Folha; Garfo.
e. Esquilos; Focas; Girafas.
Para resolver esse problema, será analisado o padrão de repetição.
É fácil notar que o padrão de repetição não será matemático e sim lógico.
Então é necessário descobrir o método utilizado para formular os elemen-
tos da sequência.
Note que a lógica adotada para escrita dos elementos desta sequência
adota outra sequência como método para escrita do próximo elemento.
Com base na sequência do alfabeto A = {A, B, C, D,...,Z}, é possível deduzir
o próximo elemento da sequência.
C = {Abelha, Borboleta, Cachorro, Dragão,...}
Agora você sabe que os próximos três elementos devem começar com a
letras {E, F, G}, desde que estes elementos tenham relação com os anterio-
res, que indicam uma sequência de animais.
Avaliando as alternativas, tem-se dois candidatos à resposta correta.
a. Flamingo; Gato; Hipopótamo.
b. Cachorro; Dragão; Elefante.
c. Elefante; Formiga; Gato.
d. Estante; Folha; Garfo.
e. Esquilos; Focas; Girafas.
Ambas as alternativas indicam animais que começam com as devidas le-
tras, porém em uma das alternativas o nome dos animais está escrito no
plural, sendo que na sequência nenhum dos itens foi escrito no plural.
Portanto, a alternativa correta é a C.

Você conheceu aqui os princípios da busca pelo padrão de repetição. O


próximo assunto a ser estudado é sequência numérica. Confira!

48 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


2.2. SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
Primeiramente você precisa entender o real significado de número.
O número é um símbolo utilizado para mensurar uma determinada quan-
tidade ou ordem.
Observe:

iStock ([20--?])
Quantos sapos estão desenhados na figura?
■■ Dois sapos. Representação textual.
■■ 2 Sapos. Representação numérica.
■■ II Sapos. Representação numérica, utilizando números romanos.
Agora que você já conhece mais sobre os elementos deste tipo de se-
quência, observe a exemplificação de algumas sequências numéricas, que
utilizam o método de repetição é o matemático.

EXEMPLO
Dada a sequência P = {2, 4, 6, 8, ...}, informe o valor do centésimo elemen-
to.
Você sabe que é uma sequência numérica sem repetição de elementos.
O método utilizado para composição dos demais elementos é um método
matemático.
Você precisa descobrir a operação que, realizada sobre um valor determi-
nado, é possível calcular o valor do elemento desejado.
Analisando a sequência, segundo a posição e o valor de cada elemento,
tem-se:

Posição do elemento 1 2 3 4 ... 100

Valor do elemento 2 4 6 8 ... ?

Quadro 2 - Posicionamento dos cem primeiros números pares positivos


Fonte: Do autor (2015)

SEQUÊNCIAS
49
Você precisa encontrar o método utilizado para encontrar o valor de cada
elemento e assim aplicá-lo de forma a encontrar o valor do centésimo ter-
mo.
Note que o valor do elemento pode ser conseguido multiplicando por 2 a
posição do elemento. Veja:

Posição do
1 2 3 4 ... 100
elemento

Método apli-
2.1 2.2 2.3 2.4 2.... 2. 100
cado

Valor do ele-
2 4 6 8 ... 200
mento

Quadro 3 - Aplicação do método para formulação dos cem primeiros números pares
positivos segundo posicionamento no conjunto
Fonte: Do autor (2015)

Organizando no pensamento lógico tem-se:


I. o método sugere multiplicar a posição do elemento por 2;
II. quer-se descobrir o valor do centésimo termo, que corresponde ao ele-
mento de posição 100;
III. para responder, será multiplicado por 2 o número correspondente à
posição do elemento em questão;
IV. 2.100 = 200

Você estudou o real significado de números, o que são sequências nu-


méricas e como encontrar o padrão de repetição da sequência. Agora pra-
tique, resolvendo a atividade sugerida.

50 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


PRATICANDO

2. Seu chefe deseja saber sua opinião a respeito dos lucros anuais que a
empresa possui.

darksite ([20--?])

Ele deseja saber a previsão de lucros que a empresa terá nos próximos
dois anos.
Você sabe que a empresa já atua no mercado há sete anos e que os lucros
(em reais) de cada ano de funcionamento estão representados pelo con-
junto LC.
LC = {10.000, 10.500, 11.500, 13.000, 15.000, 17.500, 20.500,...}
Seu chefe deseja saber a previsão dos lucros que a empresa terá no oitavo
e nono anos de funcionamento.
Dica: analise a diferença entre os elementos da sequência representada
pelo conjunto LC.

Você acabou de aprender sobre sequências numéricas, a seguir vai estu-


dar a sequência das palavras. Confira!

SEQUÊNCIAS
51
2.3. SEQUÊNCIAS DE PALAVRAS
Sequências de palavras são conjuntos formados por palavras. Os ele-
mentos deste tipo de conjunto devem respeitar um padrão de repetição.
O padrão de repetição deste tipo de sequência geralmente será o padrão
lógico, em que não há expressão ou método matemático capaz de repre-
sentar determinado padrão.
Você já utilizou este conhecimento quando foi resolvido o exemplo do
conjunto dos animais, está lembrado?
Observe o exemplo a seguir:

EXEMPLO

Dada a sequência de palavras P = {Um, Dois, Três, Quatro,...}, será informa-


do o valor do centésimo termo.

Posição do elemento 1 2 3 4 ... 100

Valor do elemento Um Dois Três Quatro ... ?

É fácil notar que os elementos desta sequência possuem uma forte ligação
com seu posicionamento. Transformando em texto, o número correspon-
de à ordem do elemento dentro da sequência.
Desta forma, o valor do elemento da posição 100 (centésimo termo) será
cem.

Que tal praticar? Verifique se compreendeu esse conceito resolvendo a


atividade proposta.

PRATICANDO

3. Crie um conjunto capaz de abrigar os seguintes elementos:


Fernando, Fernanda, Douglas, Joana, Pedro, Paulo, Paula, Renata, Cami-
la, Bernardo e Renato.
Coloque-os em uma sequência lógica de posicionamento e descreva a li-
nha de raciocínio utilizada para agrupar e ordenar os elementos do con-
junto criado por você.

52 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Até aqui você conheceu sequências numéricas e de palavras. Veja a se-
guir como trabalhar com sequências de figuras.

2.4. SEQUÊNCIA DE FIGURAS


Um conjunto de elementos é caracterizado como uma sequência de fi-
guras quando os seus elementos estão dispostos em uma determinada or-
dem que respeite a uma regra lógica, um padrão lógico de repetição.
Esses elementos são representados por elementos visuais, em que é pos-
sível expressar o elemento em forma de figura ou imagem.

REFLITA

didecs, ([20--?])

Quando você utiliza sua máquina fotográfica, você possui armazenada


na memória uma sequência de figuras, que representam os elementos do
conjunto e possuem um padrão de posicionamento.
Ingram Publishing ([20--?])

O padrão se aplica ao horário em que a foto foi tirada.

SEQUÊNCIAS
53
Observe a sequência de figuras:

Diego Fernandes (2015)


Agora qual seria o próximo elemento da sequência?
Pense um pouco.

Jupiterimages ([20--?]), Fuse ([20--?]), GlobalIP ([20--?]),


Bob Eastman ([20--?]), Prapassong ([20--?])
Os elementos da sequência sugerem um conjunto de animais que estão
em sequência segundo algum critério. Então é preciso descobrir o critério
de ordenação adotado para dispor as figuras conforme o conjunto A.
Pode-se transformar a sequência de figuras em uma sequência de pala-
vras. Após transforma-se a próxima palavra da sequência em uma imagem,
que provavelmente corresponderá a uma das alternativas.
A = {Abelha, Borboleta, Cachorro, Dromedalho, ...}
Foi possível perceber uma ordenação alfabética, portanto o próximo ani-
mal da sequência deve começar com a letra E de Elefante.
A palavra Elefante pode ser representada pela segunda figura do conjun-
to das alternativas.

54 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Elefante =

Fuse ([20--?])
Conseguiu compreender a lógica? Então pratique fazendo a sugestão de
atividade que segue.

PRATICANDO

4. Dada a sequência de figuras:


Diego Fernandes (2015)

Figura 10 - Sequencia de figuras


Fonte: Elaborado pelo autor

Qual a quantidade de pontos que a próxima figura terá?

Neste capítulo você estudou o que é sequência, aprendeu a reconhecer


uma sequência, a identificar padrões de repetição em conjuntos que pos-
suem elementos sequenciais, a classifica-las quanto a natureza de seus
elementos e a utiliza-la para resolver problemas.
No próximo capítulo você estudará a matemática para raciocínio lógico.
Siga em frente!

SEQUÊNCIAS
55
RESUMINDO

Elementos simbólicos
Palavras
como as letras.
Padrão
lógico
Sequências
Elementos gráficos
Figuras
Padrão de

Diego Fernandes (2015)


como imagens.
repetição

Padrão Elementos numéricos.


Numérica
matemático Símbolos representativos.

RESPOSTAS DO PRATICANDO

1. B = {1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89...}. O décimo primeiro elemento é o 89.
2. R$24.000 e R$28.000, respectivamente.
3. A = {Bernardo, Camila, Douglas, Fernanda, Fernando, Joana, Paula,
Paulo, Pedro, Renata, Renato}.
4. A quarta figura terá 15 pontos.

56 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


CAPÍTULO 3

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO


LÓGICO

MATEMÁTICA • FRAÇÃO • RAZÃO


PROPORÇÃO • GRANDEZAS
57
3.1. FRAÇÕES
O números fracionários surgiram da necessidade de representar uma
medida que não tem uma quantidade inteira de unidades, isto é, da ne-
cessidade de se repartir a unidade de medida. (GIOVANNI; CASTRUCCI; GIO-
VANNI JUNIOR, 2007, p. 164).
Frações são elementos capazes de representar parte ou partes de um
todo. Elas também facilitam o entendimento de determinadas grandezas
ou valores que não nos fazem sentido.
Por exemplo, um átomo de hidrogênio pode ser representado dividindo
um pedaço de madeira de 1 metro em 10 bilhões de partes. Da mesma for-
ma, pode ser representado por meio de uma fração da seguinte forma:
1
 
10.000.000.000
 
Lê-se: um sobre dez bilhões.
  Que significa pegar 1 pedaço dos 10 bilhões existentes.
 
  Todas as partes Uma das 10 bilhões
  da madeira. de partes.
 
1
 
10.000.000.000
 
Diego Fernandes (2015)
 
 
  Este operador pode representar uma divisão.
  Figura 11 - Representação de uma fração
Fonte: Do autor (2015)
 
  Uma fração possui dois componentes: numerador e denominador.
 
  Numerador
 
 
  1
 
10.000.000.000
Diego Fernandes (2015)

 
 
Denominador
 
Figura 12 - Representação dos componentes de uma fração
 
Fonte: Do autor (2015)
 
Pensando ainda nos pedacinhos da madeira, se você juntar todos os 10
 
bilhões de pedaços ele voltará a ser um pedaço de madeira.
  Veja:
 
 
  MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO
59
 
Somando todas as 10 bilhões de partes:
1 1 1
+ +…+
10.000.000.000 10.000.000.000 10.000.000.000

O resultado da conta será:


10.000.000.000
10.000.000.000

Realizando a divisão:
10.000.000.000
= 1
10.000.000.000

O resultado faz referência ao pedaço da madeira que foi dividido.


Acompanhe o exemplo e veja como é possível representar partes de um
todo por meio de frações.

EXEMPLO:
Observe a parte pintada da figura.

Diego Fernandes (2015)

Este quadrado foi dividido em 4 partes iguais, e 2 delas foram pintadas.


2
4

A fração 2/4 indica que 2 das 4 partes foram pintadas, ou seja, metade dos
quadrados, correspondendo a 50% do total.
Entendeu o que é uma fração? A seguir você aprenderá a realizar opera-
ções com frações. Acompanhe!

60 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


3.2. OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Pode-se realizar a operação de divisão entre numerador e denominador
a fim de transformar a representação fracionária em representação nu-
mérica.

EXEMPLO:
Observe o significado numérico dado para as seguintes frações:
1
a) -> 1 ÷ 2 = 0,5
2

2
b) -> 2 ÷ 4 = 0,5
4

3
c) -> 3 ÷ 4 = 0,75
4

Você estudou como transformar uma fração em uma representação nu-


mérica. A seguir você conhecerá como produzir diferentes frações com
mesmo significado numérico.

3.2.1. FRAÇÕES EQUIVALENTES


Frações equivalentes são frações que apresentam a mesma representa-
ção numérica.
Se você retornar ao exemplo anterior, perceberá que os itens “a” e “b”
são frações equivalentes por representarem o mesmo significado ou o
mesmo valor numérico (a metade de algo).
As frações podem ser classificadas segundo a comparação feita entre
seus componentes: numerador e denominador. Veja a seguir.

3.2.2. CLASSIFICAÇÃO DE FRAÇÕES MÓDULO


As frações podem ser classificadas de duas maneiras: próprias e impró- O módulo de um valor
nos retorna este mes-
prias.
mo valor positivo.
As frações próprias são aquelas que possuem o módulo do seu valor nu- O módulo de um valor
mérico entre 0 e 1, ou seja, o numerador da fração deve ser menor ou igual negativo é o valor po-
ao denominador. sitivo deste.
O módulo de um valor
As frações impróprias são aquelas que possuem o módulo do seu valor positivo é o valor posi-
numérico maior que 1, portanto o numerador da fração deve ser maior que tivo deste.
o denominador.
As frações impróprias conseguem representar uma parte maior que o
todo. Observe:

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


61
Chuhail ([20--?])
Esta pizza foi dividida em 6 partes iguais.
1
/6 de pizza representa 1 parte de 6 pedaços de pizza. Fração própria.
6
/6 de pizza representa 6 partes de 6 pedaços, a pizza inteira. Fração pró-
pria.
7
/6 de pizza representa 7 partes de 6 pedaços. Uma pizza inteira mais 1
pedaço. Fração imprópria.
12
/6 de pizza representa 12 partes de 6 pedaços. Duas pizzas inteiras. Fra-
ção imprópria.
Acompanhe, na sequência, mais alguns exemplos de fração própria e fra-
ção imprópria.

EXEMPLO:
1
a) Própria. (Numerador menor que o denominador)
2

100
b) Própria. (Numerador menor que o denominador)
100

4
c) Imprópria. (Numerador maior que o denominador)
2

?
d) =3 Imprópria. (Resultado da divisão é maior que 1)
2

?
e) = 0,4 Própria. (Resultado da divisão é menor que 1)
?

62 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Agora que você conhece melhor as frações, a seguir aprenderá como rea-
lizar algumas operações com elas.

3.2.3. SOMA DE FRAÇÕES COM MESMO DENOMINADOR


A soma de frações pode ser feita quando o denominador destas for igual.
O resultado da operação irá gerar uma nova fração cujo denominador
será igual ao das frações somadas e o numerador será o resultado da soma
dos numeradores.

EXEMPLO

Três amigos foram a uma pizzaria e pediram uma pizza de 8 fatias.

zitramon ([20--?])

João comeu 2/8 da pizza.


Pedro comeu 3/8 da pizza.
Maria comeu 1/8 da pizza.
Qual percentual de pizza foi comido e quantos pedaços de pizza sobra-
ram?
Para descobrir a quantidade de pedaços consumidos, você precisa somar
o que cada um comeu.
Realizando a soma você tem:

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


63
2 3 1
+ +
8 8 8
2 + 3 + 1
8
6
= 0,75
8

75
0,75 é o mesmo que = 75%.
100
.
Você sabe que ao total foram consumidos 6 pedaços de 8, portanto, sobra-
ram 2 pedaços.

Entendeu como somar frações com mesmo denominador? A seguir você


vai aprender como realizar a soma de frações com denominadores diferen-
tes. Confira!

3.2.4. SOMA PARA FRAÇÕES DE DENOMINADORES DIFERENTES


Se os denominadores das frações a serem somadas forem diferentes,
MÍNIMO MÚLTIPLO você terá que utilizar frações equivalentes para deixá-las com mesmo de-
COMUM (M.M.C) nominador e, assim, aplicar o método da soma de frações de mesmo de-
O mínimo múltiplo
nominador.
comum é um valor ex- Para você conseguir frações equivalentes que possuam o mesmo deno-
traído de dois ou mais minador, precisa realizar o mínimo múltiplo comum (M.M.C) entre os deno-
valores. O resultado
calculado faz referên-
minadores das frações a serem somadas.
cia ao menor valor Para compreender melhor a soma de frações de denominadores diferen-
que todos os números tes, acompanhe a resolução do exemplo que segue.
utilizados para o cál-
culo consigam realizar
numa divisão inteira.

EXEMPLO

3 2
Você sabe como resolver a fração corresponde à soma? + ?
5 3

Para resolver essa soma, é preciso encontrar frações equivalentes às so-


madas e que possuam o mesmo denominador.
O denominador comum é encontrado realizando o M.M.C entre 5 e 3.
Realizam-se divisões sucessivas com os valores até que o resultado de to-
dos as divisões seja 1.
O denominador comum será a multiplicação dos valores utilizados para
as divisões.

5, 3 | 3
5, 1 | 5
1, 1 | 3 x 5 = 15

3 2 ? ?
+ = +
5 3 15 15
15
= 3
5
Agora que você sabe os denominadores, precisa calcular os numeradores
de forma que o valor numérico da expressão não se altere.

64 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Para o cálculo dos novos numeradores, você deve seguir os seguintes pas-
sos:
■■ Dividir o novo denominador (15) pelo antigo (5).
15 =3
5
■■ Com o resultado da divisão, multiplicar pelo antigo numerador.
3.3=9
Aplicando a segunda fração
■■ Dividir o novo denominador (15) pelo antigo (3).
15 =5
3
■■ Com o resultado anterior, multiplicar pelo antigo numerador.
5.2=10
Portanto,

3 2 9 10
+ = +
5 3 15 15
9 10
+
15 15
9 + 10
15
19
15

Conseguiu compreender a soma para frações de denominadores diferen-


tes? Então você avançará mais um pouco e aprenderá a multiplicação de
frações.

3.2.5. MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES


A multiplicação de frações resulta em uma nova fração cujo numerador é
o resultado da multiplicação dos numeradores e o denominador o resulta-
do da multiplicação dos denominadores.
Acompanhe o exemplo que segue.

3 2 2 3 ∙ 2 ∙ 2
∙ ∙ =
7 5 3 7 ∙ 5 ∙3
12
70

Agora você já sabe como multiplicar frações. Na sequência verá como


simplificá-las. Acompanhe!

3.2.6. SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES


Simplificar uma fração significa gerar uma fração equivalente com nume-
rador e denominador de valor menor.
Uma fração é dita irredutível quando não há frações equivalentes de nu-
merador e denominador com menor valor numérico.
MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO
65
A simplificação acontece quando consegue-se dividir os dois termos da
fração pelo mesmo valor simultaneamente.
Veja:
36
Como simplificar a fração ?
48
Note que é difícil compreender o significado desta fração, então é
necessário simplificá-la até torná-la irredutível, ou seja, até não haver mais
possibilidades de divisão.
Inicia-se dividindo os termos por 2:

36 ÷ 2 18
=
48 ÷ 2 24

É possível continuar dividindo por 2:

18 ÷ 2 9
=
24 ÷ 2 12

Agora já não é mais possível dividi-la por 2 simultaneamente, mas pode-


se continuar dividindo agora por 3:

9 ÷ 3 3
=
12 ÷ 3 4
3
4

Não há mais possibilidade de dividir os dois termos por um mesmo valor.


Com isso, calcula-se uma fração equivalente simplificada e irredutível.
Portanto,

36 3
=
48 4

Você estudou o que são frações e como realizar operações com elas. Viu
também o que são frações equivalentes e como classificá-las. Aprendeu
ainda como somar frações com o mesmo denominador e com denomina-
dores diferentes e a multiplicar e simplificá-las. Na sequência você irá estu-
dar a porcentagem.

3.3. RAZÃO
Razão é um valor encontrado por meio de uma divisão representada em
forma de fração. Este valor representa a comparação dos dois valores (nu-
merador e denominador).
Quando se compara dois valores em forma de fração, se está responden-
do à seguinte pergunta: Qual dos valores é o maior?

Toda razão é uma fração.


Se as frações contextualizadas como razões forem
classificadas como equivalentes e/ou irredutíveis,
então as razões serão classificadas como tal.

66 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Existem três possibilidades de resultado.
■■ Resultado igual a 1 indica que os valores comparados são iguais.
■■ Resultado menor que 1 indica que o denominador é maior que o nu-
merador.
■■ Resultado maior que 1 indica que o denominador é menor que o nu-
merador.
Independentemente do resultado, o significado da razão entre dois valo-
res é a quantidade de vezes que um é maior ou menor que o outro.

EXEMPLO
João possui um terreno de 200m² enquanto que Pedro possui um terreno
de 800m². Comparando os dois terrenos, quanto maior é o terreno de Pe-
dro em relação ao de João?
Para saber quanto maior é o terreno de Pedro em relação ao de João, você
deve calcular a razão entre a área do terreno de Pedro e a área do terreno
de João da seguinte forma:
800
= 4
200
a c
e
b d

Logo, o terreno de Pedro é 4 vezes maior que o terreno de João.


400%

Agora que você sabe o tamanho do terreno de Pedro em relação ao tama-


nho do terreno de João, continue seus estudos praticando.

PRATICANDO

1. Com base no exemplo anterior, tente representar numericamente quão


menor é o terreno de João em relação ao de Pedro.

Agora que você já sabe o que é razão, aproveite para aprofundar um pou-
co mais esse conhecimento aprendendo os tipos de razão.

3.3.1. RAZÕES INVERSAS


O conceito de razões inversas remete à comparação entre duas frações/
razões. Diz-se que uma razão é a inversa da outra se o produto entre elas
for igual a 1.
800
Observe as frações inversas: = 4
200
a c
e
b d

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


67
Tem-se:

a c a ∙ c
∙ =>
b d b ∙ d

a ∙ c
= 1
b ∙ d

EXEMPLO
Em quais das alternativas as frações podem ser classificadas como inver-
sas?
2 7
a) e
7 2

2 7

7 2
2 ∙ 7 14
=
7 ∙ 2 14
14
= 1
14
Razões inversas.
3 10
b) e
5 6

3 10 3 ∙ 10
∙ =
5 6 5 ∙ 6
3 ∙ 10 30
=
5 ∙ 6 30
30
= 1
30

Razões inversas.
3 8
c) e
2 6

3 8 3 ∙ 8
∙ =
2 6 2 ∙ 6
3 ∙ 8 24
=
2 ∙ 6 12
24
= 2
12

Não são razões inversas.

68 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Você aprendeu neste tópico o que são razões inversas, como calculá-las
e analisar o resultado para classificá-las como tal, certo? Na sequência irá
aprender o que é proporção. Siga em frente!

PORCENTAGEM
3.4. PORCENTAGEM Porcentagem: propor-
ção calculada em re-
Porcentagem é outra forma de representar uma parte de um todo. Para lação a uma grandeza
isso, precisa-se de uma fração cujo denominador será o número 100. de cem unidades. Seu
símbolo é %. (PRIBE-
Para informar que determinado número faz referência a parte(s) de uma RAM, 2013).
divisão por 100, é utilizado o símbolo %.

EXEMPLO:
O significado de 50%
O valor numérico 0,5 é a representação numérica de qualquer fração cujo
denominador é o dobro do numerador.
Essas frações indicam que 50% de algo está em questão.
50% representa 50 partes de 100.
Divida algo por 100 e pegue 50 partes, então você terá 50% (cinquenta por
cento) de algo, justamente a metade.
1 2 3 50
= = = 0,5 = 50% = = …
2 4 6 100

Agora que o termo porcentagem foi estudado, você verá como realizar
uma aplicação financeira utilizando esta ferramenta. Confira!

3.4.1. APLICAÇÃO FINANCEIRA


Você já deve ter ouvido falar em juros, certo? Mas você sabe como reali-
zar uma aplicação financeira com base em acréscimos e descontos sobre
valores monetários?
Muitas vezes, quando você compra produtos parcelados, está sujeito a
pagar um valor maior que o preço do produto pago à vista.
Observe o exemplo que segue.

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


69
EXEMPLO
Suponha que você compre um produto de R$1000,00 com o pagamento
para 60 dias e juros de 5% ao mês.
Lembrando que:

5
5% =
100

Então o valor dos juros mensais será a soma de 5 partes da divisão do va-
lor do produto por 100, então:

5
juros = ∙ 1000,00
100
5000
juros =
100
juros = 50,00

Você deverá pagar R$50,00 por mês até que o vencimento aconteça.
O juros correu durante dois meses, então o valor a ser pago deverá ser de
R$100,00.
Para o pagamento do total, o valor do produto deverá ser acrescido de
R$100,00, totalizando R$1.100,00.

Generalizando o exemplo anterior, pode-se afirmar que o valor a ser pago


ao final será o valor do produto acrescido dos juros mensais, portanto:
montante = preço + juros * período
O montante se refere ao total que deverá ser pago ao final.
O juro foi calculado multiplicando a taxa de juros (5%) com o valor do
produto (R$1000,00), então:
juros = taxa * preço
Substituindo a fórmula do juros na fórmula do montante tem-se:
montante = preço + juros * período
montante = preço + (taxa * preço) * período
Alterando algebricamente a fórmula do montante tem-se:
montante = preço * (1 + taxa * período)
Com essa fórmula, é possível calcular o saldo devedor de uma conta com
base em juros e a quantidade de períodos até o vencimento.

PRATICANDO

2. Tente resolver o exemplo anterior utilizando a fórmula do montante.

70 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Para cálculo de desconto pode-se utilizar e mesma linha de raciocínio
adotada para o acréscimo, exceto que não haverá período na conta e o
montante final será menor que o capital.
Tem-se então:
montante = preço ∗ (1 - taxa)

Veja um exemplo de desconto.

EXEMPLO

Joana realizou algumas compras e decidiu pagá-las à vista, pois o descon-


to era bom.
O valor a ser pago era de R$300,00 com desconto de 25% no pagamento
à vista.
Quanto Joana desembolsou e quanto de desconto ela conseguiu?

montante = preço ∗ (1 - taxa)


25
montante = 300 ∗ (1 - )
100
montante = 300 ∗ (1 - 0,25)
montante = 300 ∗ 0,75
montante = 225,00

Joana pagou R$225,00.


Para calcular o valor do desconto, deve-se subtrair o valor inicial da com-
pra pelo valor final:
300 – 225 = 75
Joana conseguiu R$75,00 de desconto.

A aplicação financeira talvez seja o conteúdo que você mais vai utilizar,
vale experimentar outros problemas para resolução. A seguir você estuda-
rá razão. Acompanhe.

3.5. PROPORÇÃO
Frações equivalentes são frações proporcionais umas às outras.
Quando a representação numérica de uma fração for igual à representa-
ção de outra, então essas frações são ditas proporcionais.
Os valores utilizados nas frações são chamados de grandezas, em que
uma possui relação com a outra de forma direta ou inversa.

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


71
FIQUE POR DENTRO

Para saber mais sobre proporções e sua origem na Grécia antiga, acesse:
<http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_26/proporcao.html>.

É importante ressaltar que frações proporcionais apresentam mesmo va-


lor numérico por serem frações equivalentes.

3.5.1. PROPORÇÃO CONTÍNUA


Proporção contínua é uma forma de representar igualdades entre fra-
ções que possuem o mesmo valor numérico.
Essas frações, quando observadas em pares, possuem a seguinte pro-
priedade:
O produto dos meios deve ser igual ao produto dos extremos.
■■ Produto dos meios: significa o resultado da multiplicação entre o
denominador da primeira fração e o numerador da segunda fração.
■■ Produto dos extremos: significa o resultado da multiplicação entre o
numerador da primeira fração e o denominador da segunda.
Matematicamente representa-se da seguinte forma:
Dados os valores inteiros diferentes de zero: a, b, c, d, tem-se a seguinte
igualdade como verdadeira:
a c
=
b d

Pode-se afirmar que:

b ∙ c = a ∙ d

Onde,
b · c corresponde ao produto dos meios;
a · d corresponde ao produto dos extremos.
Ambas possuem o mesmo valor numérico.
Este método é conhecido como o método da multiplicação cruzada ou
multiplicação em XIS.

72 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Veja por que:

b.c

a c
=
b d

Diego Fernandes (2015)


a.d
b.c = a.d

Este método será utilizado para solucionar diversos tipos de problemas.


Você aprenderá, a seguir, como encontrar valores numéricos desconheci-
dos utilizando a multiplicação cruzada. Siga em frente!

3.5.2. TERCEIRA PROPORCIONAL


É denominado terceira proporcional um valor proporcional a outros dois,
de modo que se consiga formar uma igualdade de frações utilizando ape-
nas dois valores conhecidos e um terceiro não conhecido.
Matematicamente pode-se representar da seguinte forma:
Dados a e b valores diferentes de zero, tem-se que:
a b
=
b x

ou

b a
=
a x

Onde x é a terceira proporcional entre os valores a e b.


Aplicando o método da multiplicação cruzada, tem-se a seguinte expres-
são:
b a
=
a x

b ∙ x = a ∙ a

a ∙ a
x =
b

a2
x=
b
Veja um exemplo para aplicação do método do terceiro excluído e encon-
tre uma fração proporcional à analisada.

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


73
EXEMPLO

5
Dados os valores 10 e 5, será determinada a fração equivalente para ,
10
Encontrando a terceira proporcional dos valores é possível gerar uma se-
gunda fração de mesmo valor numérico.
5 10
=
10 x
Realizando a multiplicação dos meios e dos extremos tem-se:
5 ∙ x = 10∙10
5 ∙ x = 100
100
x =
5
x = 20
5 10
Portanto, = .
10 20

Caracterizando uma fração equivalente.

Entendeu como determinar uma fração equivalente? Então coloque em


prática fazendo a sugestão de exercício do praticando!

PRATICANDO

10
3. Dados
3. Dados valores
valores 1010 e 5,
e 5, determineaafração
determine fraçãoequivalente
equivalentepara
para , utilizando
utilizan- o
5
do o método da Terceira Proporcional.

Na sequência você irá aprender sobre grandezas, seus tipos e como rela-
cionar umas com as outras, acompanhe!

3.5.3. GRANDEZAS PROPORCIONAIS


Grandeza são significados atribuídos à valores numéricos. Tempo, veloci-
dade, distância são exemplos de grandezas.
Imagine que você realiza uma caminhada diária mantendo sempre o
mesmo ritmo de velocidade. Em alguns dias você caminha por 1 hora e
em outros por 30 minutos. Relacionando o tempo de caminhada com a
distância percorrida, nota-se que ao reduzir o tempo de sua caminhada, a
distância percorrida também será reduzida na mesma proporção. Classifi-
cando-as assim como grandezas diretamente proporcionais.

74 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Grandezas podem se relacionar de uma das formas: diretamente ou in-
versamente proporcional. A seguir você irá conhecer cada uma dessas for-
mas. Confira!

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS


Os valores das grandezas sofrem alteração na mesma intensidade.
Ao aumentar o valor de uma das grandezas, deve-se aumentar o valor da
outra na mesma proporção.
Diminuindo o valor de uma das grandezas, deve-se diminuir o valor da
outra na mesma proporção.
Esse fato acontece para que as frações representativas não sofram altera-
ções em seu valor numérico, onde pode-se alterar o valor dos componen-
tes da fração sem alterar seu valor numérico.

EXEMPLO
Imagine que uma árvore cresce 30cm a cada 3 anos. Qual será a altura da
árvore depois de 10 anos?
Primeiramente você deve calcular a razão entre as grandezas: altura e ida-
de da árvore.

30
= 10cm por ano
3

A razão entre o tamanho e a idade da árvore pode ser escrita das seguintes
formas:

30 60 90
= = = 10cm por ano
3 6 9

O numerador representa o tamanho atual da árvore.


O denominador representa a idade da árvore.
Deseja-se saber o tamanho da árvore ao completar dez anos de idade.

?
= 10cm por ano
10

O numerador é o valor que se quer descobrir.


Qual número que divido por 10 resulta em 10?

100
= 10
10
Esta conta pode ser resolvida matematicamente da seguinte forma:

?
= 10cm por ano
10

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


75
Aplicando o produto dos meios igual ao produto dos extremos tem-se:
x 10
=
10 1
x ∙ 1 = 10 ⋅ 10
x = 100cm

Logo, a árvore terá 100cm ou 1m de altura quando completar 10 anos de


idade.

Perceba que as grandezas altura e idade são grandezas diretamente


proporcionais e, neste contexto, quanto maior a idade maior a altura.
Na sequência conheça as grandezas inversamente proporcionais.

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS


Estes tipos de grandezas relacionam-se de forma que o que acontece
com uma grandeza acontece de forma inversa com a outra.
Aumentando o valor de uma grandeza, deve-se diminuir o valor da outra
na mesma proporção.
Diminuindo o valor de uma grandeza, deve-se aumentar o valor da outra
na mesma proporção.

EXEMPLO

Suponha que você está se deslocando a uma velocidade constante de


70km/h e o tempo gasto para chegar ao local foi de 2 horas.
anyaberkut ([20--?])

76 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Aumentando a velocidade para 140km/h, qual será o tempo gasto para
percorrer a mesma distância?
Perceba que você percorrerá a mesma distância com o dobro da veloci-
dade, portanto seria absurdo afirmar que o tempo gasto para percorrer o
percurso será maior.
Então deve-se diminuir o tempo na mesma proporção em que a velocida-
de foi aumentada.
A proporção entre as velocidades:

140km/h
= 2
70km/h

A velocidade inicial (70km/h) foi multiplicada por 2.


A proporção entre os tempos:
1h
= 0,5
2h

O tempo foi reduzido pela metade, multiplicando a tempo inicial (2h) por
0,5.
0,5 ∙ 2h =1h

Portanto, neste contexto, a velocidade e o tempo são grandezas inver-


samente proporcionais.

Quer fixar os conceitos estudados até o momento? Então siga a sugestão


do praticando.

PRATICANDO

4. Faça uma pesquisa no seu local de trabalho coletando o gênero das


pessoas (homem ou mulher):
■■ Quantas pessoas foram pesquisadas?
■■ Qual a razão entre a quantidade de homens e de mulheres? E o que
este número significa?
■■ Qual a razão entre a quantidade de mulheres e de homens? E o que
este número significa?
■■ Qual o percentual de mulheres? (Razão entre a quantidade de mulhe-
res e o total)
■■ Qual o percentual de homens? (Razão entre a quantidade de homens
e o total)

Você estudou aqui algumas das principais ferramentas que a matemática


pode oferecer para o auxílio na resolução de problemas. As ferramentas
apresentadas ajudarão você a resolver principalmente problemas lógicos.
A complexidade dos problemas que você poderá resolver dependerá do
seu empenho para o entendimento destes métodos. Continue firme em
seus estudos. Siga em frente!
MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO
77
RESUMINDO

Soma

Multiplicação

Frações
Representação
numérica

Frações Simplificação Frações


equivalentes de frações irredutíveis

Conversão de
fração para
Matemática para lógica

percentual
Porcentagem Acréscimo
Aplicação
financeira
Desconto
Razões
equivalentes

Razões
Razão
irredutíveis

Razões
inversas Grandezas
inversamente
proporcionais
Grandezas
Grandezas
diretamente
Proporção proporcionais
Proporção
contínua

Terceira
proporcional

78 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


RESPOSTAS DO PRATICANDO

200 1
1. =
800 4

5
2. montante = 1000,00 * (1 + * 2)
100

montante = 1100,00

Logo, o terreno de João é 4 vezes menor que o terreno de Pedro.


400%
10 5
3. =
5 x

Realizando a multiplicação dos meios e dos extremos tem-se:

10 ∙ x = 5∙5
10 ∙ x = 25
25
x =
10
x = 2,5

10 5
Portanto, = .
5 2,5

4. Resposta individual.

MATEMÁTICA PARA RACIOCÍNIO LÓGICO


79
ANOTAÇÕES

80 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


CAPÍTULO 4

TABELAS E PLANILHAS
ELETRÔNICAS


81
PLANILHAS ELETRÔNICAS • EXCEL
FÓRMULAS • ANÁLISE DE DADOS
4.1. PLANILHA ELETRÔNICA
As planilhas eletrônicas são utilizadas para armazenar, organizar e anali-
sar dados que podem ser apresentados em tabelas.
A mais conhecida é a planilha eletrônica desenvolvida pela empresa Mi-
crosoft, que é o Excel do pacote Office.

Guias de navegação
Grupos de opções

Barra de fórmulas

Nova fórmula Planilha de trabalho

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)

Figura 13 - Interface do Microsoft Excel 2010

As tabelas são formadas por linhas e colunas. No Excel, as colunas são


representadas pelas letras do alfabeto e as linhas por números inteiros.
Cada célula possui um nome/endereço e pode-se referenciá-las sabendo
a coluna e a linha em que esta se encontra.
A primeira célula é a A1, coluna A e linha 1.

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


83
Endereço da célula selecionada

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)


Figura 14 - Endereçamento de células do Microsoft Excel 2010

Você estudou que as células de planilhas eletrônicas são representadas


pelas letras do alfabeto e por números inteiros.
Na sequência você estudará como formatar as células de uma planilha
eletrônica. Fique atento!

4.2. FORMATAÇÃO DE CÉLULAS


A formatação de células é uma forma de determinar o formato gráfico do
componente “célula” e o formato dos valores que as células podem conter.
Você pode definir cor de fundo, borda, cor do texto, fonte, alinhamento
etc.
Quer aprender a formatar? Então acompanhe as informações que se-
guem.
Com a planilha eletrônica aberta, realize os seguintes procedimentos.
1º Clique com o botão direito do mouse sobre a célula que você deseja
formatar e escolha a opção formatar célula.

84 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)
Figura 15 - Ferramenta Formatando células Microsoft Excel 2010

2º Clicando em formatar célula, aparecerá a seguinte caixa de diálogo:


Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 16 - Ferramenta formatar células do Microsoft Excel 2010

Você pode definir o tipo de informação que a célula receberá informando


ao Excel que a célula em questão está adaptada a receber dados de de-
terminada natureza: número, moeda, contábil, data, hora, porcentagem,
fração, científico, texto, especial ou personalizado.
Caso você queira inserir um valor referente a determinada quantia em
dinheiro, você formata a célula para receber informações de natureza con-
tábil ou monetária (moeda).

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


85
Alinhamento
Você pode alinhar o conteúdo da célula nos sentidos horizontal e vertical.

Microsoft Excel 2010 (2015)


Figura 17 - Ferramenta alinhamento do Microsoft Excel 2010

Fonte
Escolha a família da fonte, cor, estilo e tamanho do texto da célula.

Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 18 - Ferramenta fonte do Microsoft Excel 2010

86 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Borda
Essa ferramenta possibilita a você inserir bordas nas extremidades da cé-
lula, podendo variar o estilo.

Microsoft Excel 2010 (2015)


Figura 19 - Ferramenta borda do Microsoft Excel 2010

Preenchimento
Defina uma cor ou um efeito para preenchimento da célula.
Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 20 - Ferramenta preenchimento do Microsoft Excel 2010

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


87
Proteção
Proteja as células de forma que o conteúdo delas não possa ser alterado
por outro usuário, geralmente utilizado em células que contêm uma fór-
mula.

Microsoft Excel 2010 (2015)


Figura 21 - Ferramenta proteção do Microsoft Excel 2010

Viu como são várias as possibilidades de formatação de uma célula em


uma planilha eletrônica?
Agora você irá aprender como inserir fórmulas. Acompanhe!

4.3. INSERINDO FÓRMULAS


Você pode inserir de duas formas uma fórmula ou expressão matemática
em uma planilha eletrônica. São elas:
■■ inserindo direto na célula;
■■ inserindo pela barra de fórmulas.

Você pode utilizar a referência de uma célula em uma


fórmula. A referência buscará o valor atrelado à cé-
lula e o utilizará no cálculo.

Acompanhe a seguinte situação:


Você precisa ir ao mercado, mas antes fez a lista de compras utilizando
um software de planilhas eletrônicas, pois deseja saber quanto irá gastar
ao final das compras.

88 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Microsoft Excel 2010 (2015)
Figura 22 - Exemplo lista de produtos para compra no Microsoft Excel 2010

Para inserir as fórmulas diretamente na célula, você precisa iniciar seu


texto com sinal de igual (=) e então digitar a expressão matemática ou a
fórmula do Excel.
Você também pode inserir a fórmula da soma utilizando a opção Inserir
Função. Observe a figura seguir.

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)

Figura 23 - Exemplo inserindo fórmula no Microsoft Excel 2010

Ao clicar no ícone indicado na figura anterior, irá abrir a janela inserir fun-
ção.
Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 24 - Exemplo inserindo função soma no Microsoft Excel 2010

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


89
Aqui você escolhe a função mais adequada para resolver seu problema,
que neste caso é a soma.

Microsoft Excel 2010 (2015)


Figura 25 - Exemplo inserindo valores na função soma no Microsoft Excel 2010

Cada campo será preenchido com a referência das células que você de-
seja realizar a soma.
Clique em OK e a fórmula será inserida dentro da célula produzindo o
seguinte resultado:

Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 26 - Exemplo soma da coluna subtotal no Microsoft Excel 2010

Agora que você já sabe como inserir uma fórmula, vai aprofundar seu co-
nhecimento conhecendo uma fórmula que calcula a correlação entre dois
conjuntos de dados. Confira a seguir!

90 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


4.3.1. CORRELAÇÃO
Correlação significa relação entre dois termos. Geralmente esses termos
são conjuntos de elementos.
Este método é capaz de expressar numericamente quão relacionados es-
tão os elementos de dois conjuntos.
O valor expresso pela correlação faz referência ao crescimento ou decres-
cimento dos valores em ordem proporcional direta ou inversa.
O valor da correlação pode variar entre 0 e 1 e entre -1 e 0.
■■ Correlação igual a 1: os elementos estão em perfeita harmonia e as
grandezas são diretamente proporcionais, ou seja, a proporção entre
os elementos se mantém.
■■ Correlação igual a zero (0): os elementos não estão em harmonia e
não há proporção entre os elementos dos conjuntos.
■■ Correlação igual a -1: os elementos estão em perfeita harmonia e
as grandezas são inversamente proporcionais, ou seja, a proporção
entre os elementos acontece de forma inversa.
Quanto mais próximo de zero, menor será a correlação entre os elemen-
tos dos conjuntos.
A aplicação deste método permite avaliar quão relacionados estão dois
conjuntos, para então saber a progressão de um conjunto, com base nas
informações do outro conjunto utilizado no cálculo da correlação.
Observe como calcular a correlação entre dois conjuntos utilizando os
recursos da ferramenta Excel.
Os conjuntos a serem analisados serão os seguintes:
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {11, 12, 13, 14, 15}
C = {5, 4, 3, 2, 1}
D = {2, 3, 2, 3, 2}
Primeiramente monta-se a planilha:
Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 27 - Exemplo montagem da planilha com os conjuntos a serem correlacionados no


Microsoft Excel 2010

Para resolver o que se pede nas células G1, G2 e G3, utiliza-se a fórmula
da correlação clicando em inserir fórmula:

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


91
Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)
Figura 28 - Exemplo inserindo uma fórmula no Microsoft Excel 2010

Após clicar em inserir fórmula, aparecerá a janela para pesquisa da fór-


mula desejada. Neste caso precisa-se de uma capaz de resolver a correla-
ção entre dois conjuntos.

1. Pesquise por correlação.


2. Clique em Ir para
iniciar a pesquisa.

3. Selecione a fórmula
CORREL efetuando
um clique.

4. Informações sobre a
fórmula selecionada.

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)

5. Clique em OK para selecionar os conjuntos que deseja saber a correlação.

Figura 29 - Exemplo inserindo fórmula da correlação no Microsoft Excel 2010

Clicando em OK, o Excel abrirá uma janela para inserção dos intervalos
que contêm os valores a serem comparados.

92 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Primeiro intervalo de dados.

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)


Segundo intervalo de dados.

Elementos
Valor que será inserido na célula. dos conjuntos.

Clique em OK para efetivar o cálculo e fechar a janela.

Figura 30 - Exemplo inserindo valores na fórmula da correlação no Microsoft Excel 2010

Aplicando o método para os demais conjuntos tem-se:

Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 31 - Exemplo fórmulas da correlação inseridas no Microsoft Excel 2010

Os conjuntos A e B possuem correlação igual a 1 enquanto que os con-


juntos A e C possuem correlação igual -1. Portanto é possível prever o valor
dos elementos de um conjunto sabendo o valor dos elementos do outro.
Note que:
■■ Correlação igual a 1: os valores estão na mesma ordem de sequên-
cia, neste caso, em ordem crescente.
■■ Correlação igual a -1: os valores estão em ordem inversa de sequên-
cia, no caso um está em ordem crescente e o outro em ordem decres-
cente.
A correlação entre A e D é igual a zero, portanto não se consegue prever
qual o próximo elemento de D com base em elementos do conjunto A.
A seguir você vai aprender como classificar dados em uma planilha de
Excel. Confira!

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


93
4.4. CLASSIFICAÇÃO DE DADOS
Quando você elabora uma planilha e classifica as informações em ordem
crescente ou decrescente, você realiza os seguintes procedimentos:
■■ seleciona o título da coluna que utilizará para ordenar os dados;
■■ clica na guia Dados e grupo de opções Classificar e Filtrar.

Guia ‘‘Dados’’.

Grupo de opções
‘‘Classificar e Filtrar’’.

Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)


Classificar em
ordem decrescente.

Titulo em questão da coluna selecionada.

Figura 32 - Exemplo classificar em ordem crescente e decrescente no Microsoft Excel 2010

Dessa forma você poderá dispor as informações de forma a realizar uma


análise com maior precisão.
Para uma melhor análise de dados, será estudada uma forma de inserir
gráficos para realização de análises mais claras e eficientes.

4.5. GRÁFICOS
Gráficos são imagens que representam uma série de informações. Geral-
mente são utilizados para entender e analisar uma grande quantidade de
informações.
O gráfico procura mostrar a análise de um ponto específico de uma lista
de dados.
Com base no exemplo anterior da lista de produtos, serão montados
dois gráficos. Um com os produtos e seus preços e outro com os produtos
e sua quantidade.
Microsoft Excel 2010 (2015)

Figura 33 - Exemplo de dados que serão representados com gráficos no Microsoft Excel 2010

94 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


Microsoft Excel 2010 (2015)
Figura 34 - Exemplo gráfico de valor e quantidade de produtos no Microsoft Excel 2010

Observando os gráficos, é fácil perceber qual o produto mais caro e qual


o mais comprado.
Para inserir o gráfico do Valor foram realizados os seguintes procedimentos:
■■ selecionar a coluna Produto e a coluna Valor;
■■ na guia Inserir > grupo de opções Gráficos > Coluna.

Guia Inserir
Grupo de Opções
Gráficos > Colunas
Microsoft Excel 2010 (2015), Diego Fernandes (2015)

Figura 35 - Exemplo inserindo um gráfico no Microsoft Excel 2010

REFLITA

Imagine se nessa lista houvesse 500 produtos. A análise pela tabela ficaria
muito difícil e complexa, em contrapartida, com o gráfico, a análise seria
muito rápida e precisa.

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


95
Agora é a sua vez de elaborar uma planilha e montar um gráfico.

PRATICANDO

1. Elabore uma planilha com os itens indicados a seguir. Em seguida sele-


cione as informações que você deseja analisar e escolha um tipo de grá-
fico.

PRODUTO QUANTIDADE PREÇO SUBTOTAL


Caneta 3 R$ 2,50 R$ 7,50
Régua 1 R$ 1,50 R$ 1,50
Caderno 2 R$ 6,20 R$ 12,40

Você aprendeu que a ferramenta Excel possibilita a automatização de di-


versos processos de escritório, tais como elaboração de planilhas financei-
ras, controle de estoque, controle de entradas e saídas e diversos outros.
Portanto é importante saber utiliza-la. Treine elaborando uma planilha de
controle pessoal e vá melhorando ela cada vez que sentir necessidade, pois
é assim que as empresas funcionam, aperfeiçoando seus processos cada
vez mais.

RESUMINDO

Endereço/
Referência
Tabelas Células
Planilhas eletrônicas

Formatação
Classificação
Excel
Diego Fernandes (2015)

de dados

Análise de
Gráficos
dados

96 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


RESPOSTAS DO PRATICANDO

14

12

10
Caneta
8
Régua
6
Caderno
4

Diego Fernandes (2015)


2

0
Quantidade Preço Subtotal

TABELAS E PLANILHAS ELETRÔNICAS


97
ANOTAÇÕES

98 RACIOCÍNIO LÓGICO E ANÁLISE DE DADOS


PALAVRAS
DO AUTOR

Parabéns! Sua dedicação e competência o trouxeram até a conclusão desta Unidade


Curricular.
Ao longo dos estudos você encontrou vários exemplos e atividades práticas para com-
preensão dos assuntos abordados.
Você não pode acomodar-se. Busque, investigue e resolva novos problemas para então
fazer da lógica uma ferramenta natural do seu senso crítico.
A diferença será feita por aquele que praticar e estudar além das atividades propostas
nesta Unidade Curricular. Afinal, os alunos que até aqui chegaram, estudaram as mes-
mas coisas que você, então a diferença acontecerá conforme sua vontade de evoluir e ca-
pacidade de formar sua própria opinião acerca de soluções oferecidas para determinados
problemas.
Finalizo com o seguinte pensamento:
“Seja melhor que você mesmo a cada dia, só assim você continuará evoluindo.”

RENATO PARANAGUÁ DA SILVA

PALAVRAS DO AUTOR 99
CONHECENDO
O AUTOR

RENATO PARANAGUÁ DA SILVA


É pós-graduado em Matemática Financeira - Unisul (2013), tem graduação em Mate-
mática - Unisul (2011) e técnico em programação – Cedup (2010). Possui capacitação na
área de desenvolvimento de aplicativos para Android. Atualmente trabalha no SENAI-SC
e pratica docência nas áreas de desenvolvimento Web e aplicativos Android em cursos de
aprendizagem, qualificação, técnico e graduação.

CONHECENDO O AUTOR 101


REFERÊNCIAS

■■ COPI, Irving. Introdução à Lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1981.


■■ DORTA, Deiziele; VILELA, Denise Silva. O que é “desenvolver o raciocínio lógico”?
Considerações a partir do livro Alice no país das maravilhas. Brasília: MEC: INEP, 2006.
18p.
■■ DORTE, Fernando Carlos. Fundamentos da matemática / 1. ed. rev. Florianópolis : SE-
NAI/SC, 2014. 50 p. : il. color ; 28 cm.
■■ FERRAZ, Henrique. Sistemas de Proporções Matemáticas. 2004. Disponível em:
<http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_26/proporcao.html>. Acesso em: 17
mar. 2015.
■■ FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI: o minidicionário da lín-
gua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
■■ FERREIRA, Jaime Campos. Elementos da Lógica Matemática e Teoria dos Conjuntos.
2001. Disponível em: http://www.math.ist.utl.pt/~jmatos/ltc/full.pdf. Acesso em: 01
abr. 2015.
■■ GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; GIOVANNI JUNIOR, José Ruy. A conquista da
matemática: 5ª série : 6º ano . ed. renovada. São Paulo: FTD, 2007 336 p.
■■ IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David Mauro. Matemática: ciência e apli-
cações. São Paulo: Atual, 2001. 2 vol.
■■ KENALE & KENALE. O desenvolvimento da lógica. Lisboa: Fundação Gunbenkian, 1996.
■■ MURRIE, Zuleika de Felice. Matemática e suas tecnologias: livro do estudante: ensino
médio / 2. ed. Brasília : MEC : INEP, 2006. 244p.
■■ YOUSSEF, Antonio Nicolau; PAZ FERNANDEZ, Vicente. Matemática: conceitos e funda-
mentos: segundo grau. São Paulo, SP: Scipione, 1993.

REFERÊNCIAS 103
SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica

Waldemir Amaro
Gerente de Tecnologias Educacionais

Nina Rosa Silva Aguiar


Gerente de Educação Profissional e Tecnológica

Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Paula Martini
Coordenação Geral do Programa SENAI de Educação a Distância

SENAI - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Cleberson Silva
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos

Mauricio Cappra Pauletti


Coordenação Educacional

Maycon Cim
Coordenação Núcleo Técnico e Assessoria e Consultoria em Educação

Gisele Umbelino
Coordenação Assessoria e Consultoria em Educação

Kácio Flores Jara


Técnico em Educação a Distância

Michele Antunes Corrêa


Coordenação Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Michele Antunes Corrêa


Roberta de Fátima Martins
Projeto Educacional

Carlos Filip Lehmkuhl Loccioni


Luiz Eduardo de Souza Meneghel
Projeto Gráfico
Renato Paranaguá da Silva
Elaboração

Daiani Machado
Gustavo Lucas Alves
Revisão Técnica

Alda Yoshi Uemura Reche


Inês Helena de Melo Pires
Josilda Maria Carvalho de Barros
Vitorio Donato
Comitê Técnico de Avaliação

Sabrina Paula Soares Scaranto


Design Educacional

Diego Fernandes
Ilustrações e Tratamento de Imagens

Felipe da Silva Machado


Diagramação

Davi Leon Dias


Revisão e Fechamento de Arquivos

Luciana Effting Takiuchi


CRB-14/937
Ficha Catalográfica

Jaqueline Tartari
Contextuar
Revisão Ortográfica e Gramatical

Contextuar
Normalização

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