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12/08/2020 MARCAS QUE IMPORTAM | Ana Couto

MARCAS QUE IMPORTAM

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12/08/2020 MARCAS QUE IMPORTAM | Ana Couto

ANA COUTO
Agência
6 de setembro de 2017

Muito se fala sobre como construir Marcas fortes. Mais do que elementos visuais ou verbais,
como um nome, logo, cores, embalagem ou anúncio que facilitam o reconhecimento e
diferenciação dos seus produtos pelo público em geral, construir uma Marca valiosa vai muito
além. Nem toda empresa forte tem uma Marca à altura. Mas toda Marca forte é uma empresa
muito sólida. Performa melhor que os seus concorrentes e tem a preferência dos consumidores,
mesmo cobrando um pouco a mais por seus produtos e serviços. Icônicas, elas moldam a
cultura, viram objeto de admiração e respeito.

Em agosto, a revista Fast Company publicou no site uma lista interessante sobre as 25 Marcas
que importam que, na opinião da publicação, estão num momento de alta relevância. O papo
nessa lista é um pouco mais profundo e abrangente. Estamos falando sobre Marcas que, além
de serem altamente reconhecidas e entregarem em seus produtos a qualidade prometida, geram
um impacto positivo no mundo. Apesar da nossa realidade VUCA, forçam o avanço em suas
respectivas indústrias, de forma corajosa. Marcas que estão na linha de frente quando o assunto
é ir muito além do seu produto e serviço, inovando e sendo disruptivas, inclusive indo contra as
convicções das tradicionais escolas do mundo de negócios.

Espera-se em um ranking como esse muitas empresas com origem no mundo digital, que já
nasceram disruptivas desde o seu primeiro dia. Google, Amazon, Apple, Tesla, Netflix, Airbnb
e Facebook, por exemplo. O impressionante é ver Marcas já quarentonas, sessentonas e outras
quase centenárias fazendo parte desta lista. Prova de que relevância e protagonismo não têm
nada a ver com idade ou segmento.

O que Ikea (1972), Patagonia (1973), Starbucks (1971), Nike (1964), Adidas (1964), HBO
(1949) e Disney (1923) têm em comum e como elas conseguem fazê-lo?

Jim Collins, um dos mais influentes pensadores da atualidade no mundo dos negócios diz que
as empresas feitas para durar sempre se mantêm fiéis a um propósito claro e aos seus valores
essenciais. O que elas fornecem é “apenas” um meio para materializar esse propósito. Logo,
elas acompanham o nosso contexto de mundo de um jeito diferente.

São Marcas que estão na terceira onda do Branding. O lucro (e que lucro!) é uma mera
consequência da forma como operam: criando ecossistemas de valor que são, de fato,
relevantes para as pessoas, enquanto encaram com muita seriedade um propósito verdadeiro.
Não é filantropia. Não é uma ação beneficente ou causa que você faz como um side business
via fundação. Não é apêndice. É mudar como você opera, decide e se posiciona perante os
clientes e o mercado. É botar aquilo que você acha que vale a pena no centro do seu negócio.

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12/08/2020 MARCAS QUE IMPORTAM | Ana Couto

Propósito levado a sério muda a sua forma de fazer negócio. A Disney vem ressignificando o
que é ser uma princesa desde 2014 com o filme Frozen. Histórias moldam a cultura das novas
gerações. Nos dias de hoje, não dava mais para falar de princesas perfeitas que ficam à espera
do príncipe encantado.

Outro exemplo é a Nike, que cria um ecossistema para que você exerça todo o seu potencial
como atleta. A Starbucks, além de transformar uma commodity em experiência, vem puxando
a fila das empresas americanas que brigam feio para aprovar leis a favor do casamento gay. A
Patagonia, que vende roupas para esportes de aventura, prega o consumo consciente e, por isso,
tem o maior centro de reparo dos Estados Unidos para dar garantia permanente aos donos dos
seus produtos.

Comunicação e publicidade já não são mais suficientes para construir Marcas fortes. Todo
estímulo publicitário é apenas um convite para prestarem mais atenção em você. Qual é a sua
forma de fazer negócio? Como você trata colaboradores e fornecedores? De que forma você
encara o seu papel na sociedade e como você está deixando um mundo melhor do que aquele
que você encontrou? Todas as Marcas listadas pela Fast Company possuem respostas
consistentes e relevantes a essas perguntas.

A escritora e poeta americana Maya Angelou disse: “as pessoas podem não se lembrar do que
você fez ou o que você falou, mas elas jamais se esquecerão de como você as fez sentir”. Faça
alguém, mesmo quem não é seu cliente, sentir-se feliz por saber que existem Marcas como a
sua no mundo. O sucesso, o protagonismo e o lucro seguirão.

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