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A fase líquida dos magmas é formada por silicatos fundidos (ainda que há outras
possibilidades, como é o caso por exemplo dos magmas carbonatíticos - formados por
carbonatos) com proporções variadas de cátions (Si, O, Mg, Fe, Ca, Na, K, Ti entre outros)
junto com íons metálicos (Fe2+, Fe3+, Mg2+, Na+ entre outros). A fase sólida pode ser
constituída por cristais que formam-se inicialmente a partir do próprio líquido ou serem
incorporados no magma (xenocristais), junto com fragmentos de rochas (xenólitos)
incorporados durante a ascensão em direção as porções superiores da Terra. A fase gasosa
inclui vapor de água, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e muitos outros.
Evidências sobre o ambiente e condições de geração de magmas são fornecidas por estudos
geofísicos (sísmicos e geotérmicos), por estudos de fragmentos de rochas (xenólitos)
transportados pelos magmas desde as suas regiões de origem, e também por estudos de
petrologia experimental que procuram reproduzir em laboratório as condições de temperatura e
pressão em que os magmas são formados.
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superior ou crosta inferior na litosfera, aonde se vai produzindo de forma progressiva a fusão
dos componentes minerais menos refratários entre os que compõe a rocha que está sendo
fundida. Os magmas formados dessa maneira (in situ) e que não tenham sofrido processos de
diferenciação (vistos abaixo) são denominados de magmas primários. A fusão parcial de
rochas pode ocorrer por uma elevação da temperatura, por descompressão, pela variação na
composição química dos fluídos do sistema ou por uma combinação desses fatores.
Fusões de rochas por descompressão e por variação na composição química do sistema são
dominantes no manto terrestre, porque na astenosfera o transporte de massa é muito mais
rápido que o transporte de calor e, também, porque a geração de calor interno por decaimento
radioativo é pequena atualmente. Ao contrário, na litosfera, que inclui a crosta, o transporte de
massa e as temperaturas ambientais são mais baixas, assim que um aumento na temperatura
por fluxo de calor radioativo ou geração de calor é requerido para ocorrer a fusão de rochas.
Entretanto, para a Terra como um todo a fusão astenosférica gera muito maior volume de
magma a cada ano do que as fusões litosféricas.
Fusão induzida por variações na composição química dos fluídos do sistema é o segundo
processo mais importante de geração de líquidos magmáticos no planeta Terra, sendo
responsável pelo vulcanismo de arco de ilha e de margens continentais. Nesse ambiente
geotectônico, o fenômeno da subducção coloca uma placa fria dento do manto, gerando baixas
temperaturas e um fluxo de energia para baixo. O único processo razoável para induzir a fusão
nesse ambiente é a adição de componentes, como a água e o CO2, que rebaixam
drasticamente a temperatura de fusão do manto. O conteúdo abundante de água fica evidente
pelo comportamento explosivo dos magmas produzidos e erupcionados em arcos de ilhas e em
margens continentais.
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Durante a ascensão do magma até a superfície ou para porções mais rasas na crosta podem
se produzir uma série de processos de diferenciação magmática que variam a composição do
magma. Os principais mecanismos de diferenciação são:
(b) cristalização fracionada - o magma primário pode conter cristais e quando estes possuem
uma densidade distinta do magma, e em condições favoráveis, pode-se produzir a separação
desses cristais, por acumulação na porção superior (os feldspatos, por exemplo) ou no fundo
da câmara magmática (olivinas, piroxênios, por exemplo). Isto origina a segregação de
determinados componentes minerais, variando a composição do magma residual;
(c) assimilação - durante a ascensão em direção à superfície, o magma pode fundir porções
das rochas encaixantes e incorporá-las, variando assim a composição do magma original; e
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grau de diferenciação...) são os responsáveis pela grande variedade de rochas ígneas que
conhecemos.
Outra questão importante nas rochas ígneas é a ordem de cristalização de seus minerais,
identificada em muitos casos pelas reações texturais que se estabelecem entre eles. Quando o
magma começa a resfriar a maior parte desses elementos químicos começam a formar
ligações químicas e cristalizarem na forma de minerais (cristais). Esta cristalização inicia
quando há uma queda da temperatura no magma abaixo de um valor crítico, que varia com a
composição do magma e também, em menor escala, com a pressão. A cristalização não é
total, isto é, não ocorre ao mesmo tempo e sim durante um longo intervalo de temperatura,
originando minerais numa determinada seqüência (a ordem de cristalização).
Por outra parte, a composição do magma impõe restrições a esta seqüência, de forma que se o
magma é pobre em sílica e rico em Mg, Fe, Ca (magmas básicos) somente cristalizarão os
primeiros termos das duas séries (olivina, piroxênio, plagiocásico cálcico), ainda que em
magmas mais ricos em sílica e pobres em Mg e Fe (magmas ácidos) os minerais
ferromagnesianos se formarão durante os primeiros estágios da cristalização magmática, mas
irão reagir com o líquido sucessivamente até gerar termos mais evoluídos da série. No final a
rocha será formada por plagioclásio sódico, biotita, feldspato potássico e quartzo. Nas rochas
formadas a partir de magmas de composição intermediária encontraremos, por tanto,
plagioclásios intermediários, anfibólio e piroxênio como minerais característicos.
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maiores, menores e traços. Os elementos maiores e menores são expressos como óxidos:
SiO2, Al2O3, FeO, Fe2O3, CaO, MgO e Na2O (elementos maiores); K2O, TiO2, MnO e P2O5
(elementos menores). Elementos maiores são, por definição, aqueles com abundâncias acima
de 1% em massa, ao passo que elementos menores são aqueles entre 0,1 e 1% da massa.
Alguns elementos, tais como o Potássio (K) e o Titânio (Ti) estão presentes como elementos de
abundância menor em algumas rochas, mas podem atingir proporções de elementos maiores
em outras. Abaixo de 0,1% de massa, entra-se no domínio dos elementos traço, sendo que a
concentração desses elementos é convencionalmente expressa em termos de ppm (partes por
milhão). Os principais elementos traços presentes no magma são: V, Cr, Ni, Rb, Sr, Y, Zr, Nb,
Ba, La, Ce, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Yb, Lu, Ta, Hf, Th e U. Diversos óxidos e elementos voláteis
(os gases) podem ser adicionados a esta lista, entre os quais se destacam o H2O, o CO2, o
SO2, o Cl e o F.
Magmas de origem crustal (riolíticos, dacíticos ou andesíticos) são ricos em O, Si, Al, Na, K e
H, enquanto que magmas gerados no manto terrestre (basálticos) são mais ricos em O, Si, Al,
Ca, Mg e Fe. Magmas carbonatíticos (que contém mais de 50% de carbonatos) também são
gerados no manto terrestre.
Temperatura
Medições diretas das temperaturas em lavas podem ser feitas tanto utilizando-se uma sonda
térmica inserida dentro do fluxo de lava (ou de um lago de lava) como utilizando-se um
pirômetro ótico (especialmente utilizado para medição da temperatura de fontes de lava).
Estimativas de temperaturas de erupção típicas dos principais tipos de magmas (Cas & Wright,
1988):
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Densidade
A densidade é marcantemente diferente para cada tipo composicional, mas mostra uma
diminuição na densidade com o aumento da temperatura. A densidade é também dependente
da pressão, aumentando em proporção junto com a pressão confinante. A tabela abaixo mostra
quatro medições de densidade a diferentes temperaturas para três tipos de rochas vulcânicas
realizadas por Murase & McBirney, 1973 (in Cas & Wright, 1988).
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outro lado, a densidade dos plagioclásios gira em torno daquela dos magmas basálticos ou
andesíticos. Assim, eles devem afundar em magmas dessas composições sob baixas
pressões; porém, sob pressões elevadas, podem flutuar.
Viscosidade
Segundo Williams & McBirney, 1979 (in Middlemost, 1985) a viscosidade é a propriedade física
mais importante dos magmas. Ela é particularmente importante (a) nos processos que separam
os magmas desde as fases que permanecem na região fonte; (b) na ascensão e
posicionamento dos magmas; (c) na diferenciação magmática; e (d) na difusão dos elementos
dentro do magma. Viscosidade é a propriedade que todo fluido real oferece ao movimento
relativo de qualquer de suas partes; também é conhecido por atrito interno de um fluido.
Dados de viscosidade são obtidos desde o estudo de lavas no campo e também desde estudos
laboratoriais de materiais naturais ou sintéticos. Estes estudos têm demonstrado que variações
na viscosidade dos magmas são principalmente derivadas de mudanças na temperatura e
pressão, composição química, conteúdo de voláteis, conteúdo de cristais e conteúdo de bolhas
no magma.
Estudos em líquidos naturais e sintéticos mostram que a viscosidade torna-se menor com o
aumento da pressão, especialmente em pressões elevadas. A viscosidade é muito dependente
da temperatura do magma. A viscosidade dos magmas aumenta significativamente quando
eles perdem temperatura, devido parcialmente a cristalização. Entretanto, em temperaturas e
pressões equivalentes magmas diferentes possuem diferentes viscosidades, sugerindo que
aspectos composicionais são também importantes na determinação de suas viscosidades.
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Elementos voláteis dissolvidos no magma afetam também a natureza das erupções vulcânicas,
em termos se elas serão explosivas ou não. Magmas com baixo conteúdo de elementos
voláteis serão mais efusivos, enquanto que magmas que possuem um maior conteúdo de
elementos voláteis tenderão a ser mais explosivos. Quando um magma ascende para a
superfície, a pressão confinante diminui, com isso a água e outros elementos voláteis, como o
CO2, poderão a uma certa profundidade começar a se separar do magma e se tornarem fases
fluídas individuais. A principal característica dessa fase é a criação de bolhas (vesículas) no
magma. A profundidade que isto ocorre depende do tipo de magma e do conteúdo de voláteis.
Uma vez formadas, as bolhas podem crescer por coalescência, difusão de gases e/ou
diminuição da pressão confinante. O crescimento das vesículas pode gerar um aumento na
pressão dentro da câmara magmática, e portanto aumentar o potencial para ocorrer uma
erupção explosiva.
A separação de uma fase fluída poderá começar quando a pressão de voláteis igualar a
pressão confinante. Se o conduto do vulcão estiver fechado e se a pressão da câmara
magmática igualar ou exceder a resistência das rochas encaixantes, o teto da câmara
magmática e o próprio edifício vulcânico poderão ruir, possivelmente em um grande evento
explosivo. Se o conduto do vulcão estiver aberto, o magma com um elevado conteúdo de
voláteis subirá em direção à superfície e se fragmentará explosivamente devido ao elevado
gradiente de pressão existente entre o magma vesiculado e a atmosfera.
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A classificação das rochas vulcânicas (e por conseqüência dos magmas que elas representam)
pode ser realizada por duas maneiras: uma baseada na composição química do magma ou da
rocha e a outra no seu conteúdo mineralógico observável. Nenhum dos esquemas pode ser
considerado como ideal para todos os propósitos, e a metodologia utilizada deverá ser
governada pelos propósitos desejados de se fazer a classificação.
Classificações Químicas
De um modo geral é possível tirar-se conclusões quanto aos tipos de elementos mais
freqüentes existentes numa rocha conhecendo-se a sua classificação quanto ao teor de sílica.
Assim, as rochas básicas e ultrabásicas são muito ricas em Mg, Ca e Fe, enquanto que as
rochas ácidas são ricas K, Al e Na. As rochas intermediárias possuem proporções de
elementos intermediários entre esses grupos.
A saturação em SiO2:
Os minerais presentes nas rochas ígneas podem ser divididos em dois grupos: (1) aqueles
minerais que são compatíveis com o quartzo ou outros minerais a base de SiO2 (tridimita,
cristobalita) são chamados de minerais saturados com relação ao Silício (Si), por exemplo, o
feldspato, piroxênios, anfibólios, entre outros; e (2) aqueles que nunca ocorrem junto com
mineral primário a base de sílica (quartzo) são denominados de minerais subsaturados com
relação ao Silício (Si), por exemplo, a olivina rica em Magnésio, a nefelina, entre outros.
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Desse modo, as rochas vulcânicas podem ser classificadas com base na saturação de Sílica
em: (1) rochas supersaturadas - p. ex, dacitos, riolitos entre outra - que contém minerais a base
de sílica primários (quartzo...) junto com minerais saturados (feldspato, piroxênios,
anfibólios...); (2) rochas saturadas - p. ex, basaltos, andesitos - que são compostas
exclusivamente por minerais saturados, não contendo nem quartzo nem minerais
subsaturados; e (3) rochas subsaturadas - p. ex, fonolitos, olivina basalto - que contém
minerais subsaturados (nefelina, leucita...) junto com minerais saturados.
A saturação em Al2O3:
Classificações Mineralógicas
A gradação de cores pode ser utilizada para distinção de rochas vulcânicas: (i) rochas
ultramáficas - um termo utilizado para descrever rochas ígneas muito densas, escuras e
compostas dominantemente por minerais máficos (olivina, piroxênio e anfibólio). Ainda que
este termo é muitas vezes intercambiável com rochas ultrabásicas, há suaves diferenças.
Como vimos acima, ultrabásicas são rochas com baixo conteúdo de sílica. Muitas rochas
ajustam-se a ambos os termos, mas há rochas que são ultrabásicas mas que não são
ultramáficas; (ii) rochas máficas - são rochas densas e escuras que contém minerais máficos
(olivina, piroxênio, anfibólio e biotita). Estes minerais contribuem para as cores negra, marrom
ou verde destas rochas; e (iii) rochas félsicas - são rochas de colorações claras, pouco densas
e que contém minerais félsicos (feldspato, feldspatóides e quartzo).
Suíte Komatiítica - Distinguida pela presença de lavas ultramáficas, incluindo "rochas não
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Suíte Subalcalina - Constituída por rochas com concentração elevada de sílica em relação ao
Na e K. É subdividida em:
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Vulcões intraplaca oceânicos erupcionam tanto magmas toleíticos como alcalinos. Grandes
ilhas oceânicas mostram uma seqüência evolucionária comum, desde um estágio inicial
toleítico no qual são construídos os vulcões do tipo escudo até uma fase mais tardia alcalina,
que muitas vezes sucedem períodos prolongados de calmaria (dormência), como por exemplo
no Havaí. Produtos eruptivos iniciais (toleíticos) presumidamente representam fusões parciais
relativamente não contaminadas da fonte da pluma mantélica, enquanto que os produtos mais
tardios (alcalinos) refletem pequenos graus de fusão parcial da litosfera oceânica. Magmas
mais alcalinos possuem concentrações mais elevadas de elementos voláteis, e
consequentemente possuem minerais hidratados (por exemplo, anfibólio), e assim as erupções
são mais explosivas.
Vulcanismo em regiões de riftes continentais mostram dois membros finais que refletem a
evolução dessas estruturas: riftes ativos vulcanicamente são caracterizados por atividade
magmática mais volumosa, elevadas razões de extensão crustal, basaltos moderadamente
alcalinos e distribuição bimodal de tipos de magmas básicos e ácidos; riftes passivos possuem
localmente centros vulcânicos alcalinos e são caracterizados por relativamente pequenos
volumes de produtos erupcionados, baixas razões de extensão crustal, atividade vulcânica
descontínua e um amplo espectro de magmas basálticos alcalinos e também de magmas
composicionalmente mais diferenciados.
Grandes áreas continentais também têm sido cobertas por vastos e espessos fluxos de lava
basálticos toleíticos. Estas áreas são denominadas de Províncias Basálticas Continentais
(por exemplo, o vulcanismo da Formação Serra Geral na Bacia do Paraná - veja Eventos
Vulcânicos no Brasil). O vulcanismo nesse ambiente é bimodal, com magmas basálticos
derivados desde plumas mantélicas que tanto erupcionam ou interagem com a crosta
continental produzindo grandes volumes de fusões parciais de composições químicas
riolíticas.
A tabela abaixo mostra a relação existente entre o tipo de magma e os ambientes de placas
tectônicas:
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Quando um magma ultrabásico resfria na superfície ele dá origem a um komatiíto (muito raro
atualmente) ou a um basalto picrítico, um magma básico origina um basalto, um magma
intermediário a um andesito ou traquito, e um magma ácido a um dacito ou riolito.
Um komatiíto é uma rocha ultramáfica que contém minerais de olivina (com ou sem textura
spinifex = grandes cristais de olivina com formas alongadas e esqueletais) e cromo espinélios
(em menor quantidade) em uma matriz de clinopiroxênios e vidro vulcânico desvitrificado. Sua
mais distintiva característica química é seu elevado conteúdo de MgO (+ de 20% em bases
anidras, normalmente + de 30%). Os Komatiítos têm uma ampla distribuição temporal e
espacial, mas a maior parte ocorre em terrenos Arqueanos. O equivalente intrusivo do
Komatiíto é denominado de Peridotito.
Basaltos são geralmente reconhecidos como rochas vulcânicas máficas de granulometria fina
ou vítrea que são essencialmente compostas pelos minerais plagioclásio (normalmente a
espécie labradorita), um ou mais piroxênios, olivina (que pode estar ou não presente) e óxidos
de Fe-Ti. Geoquimicamente, os basaltos possuem baixos conteúdos de SiO2 (45-52%), Na2O
e K2O e conteúdos elevados de MgO, FeO e CaO. O equivalente intrusivo em profundidade do
basalto é denominado de gabro, enquanto que o equivalente intrusivo hipabissal (em pequena
profundidade, principalmente na forma de diques e sills) recebe o nome de diabásio.
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Andesitos são rochas vulcânicas que possuem uma composição mineralógica a base de
plagioclásio (andesina), piroxênios, hornblenda, olivina (em pequena quantidade) e óxidos de
Fe-Ti. Os andesitos possuem conteúdos de SiO2 intermediários entre basaltos e dacitos.
Tendem a possuir conteúdos relativamente elevados de Al2O3 e moderados de Na2O + K2O.
O equivalente intrusivo dos andesitos é chamado de diorito.
Traquitos são rochas vulcânicas porfiríticas com grandes cristais de feldspatos alcalinos
(sanidina ou ortoclásio) imersos em uma matriz de fina granulometria que é principalmente
composta de feldspatos tabulares com forma de ripas. Outros minerais que podem ser
reconhecidos em espécimes de mão são o plagioclásio e um ou mais minerais
ferro-magnesianos de coloração escura (augita, hornblenda ou biotita). Cristais a base de sílica
(quartzo e/ou tridimita) são encontrados na matriz. Minerais acessórios comuns são os óxidos
de Fe-Ti, esfeno, apatita e zircão. Estas rochas geralmente entre 56 e 66% de SiO2, 15 a 19%
de Al2O3 e tem elevados valores de Na2O + K2O. O equivalente plutônico dos traquitos é o
sienito.
Dacitos são rochas vulcânicas félsicas com composição mineralógica formada por plagioclásio
(varia entre bitownita, labradorita e andesina), feldspato alcalino (sanidina), quartzo, clino e
ortopiroxênios, hornblenda, biotita, óxidos de Fe-Ti, olivina e esfeno. Geoquimicamente, os
dacitos apresentam um conteúdo de SiO2 em torno de 65-66% e normalmente são
enriquecidos em Fe total, MgO, CaO e TiO2. O equivalente intrusivo dos dacitos é denominado
de granodiorito ou tonalito.
Riolitos são rochas vulcânicas félsicas que tipicamente contém minerais do tipo feldspato
alcalino (sanidina), quartzo, plagioclásio (oligoclásio), clino e ortopiroxênios, biotitas, anfibólios,
óxidos de Fe-Ti, olivina e esfeno. Quimicamente, os riolitos são enriquecidos em SiO2 (em
torno de 72-75%), Na2O e K2O e conteúdos baixos de MgO, FeO e CaO. O equivalente
intrusivo de granulometria grossa dos riolitos é chamado de granito.
Algumas rochas vulcânicas (mais raras) devem seus nomes a presença ou dominância de um
mineral específico; por exemplo, nefelinito (nefelina), leucitito (leucita) e carbonatito
(carbonatos). Outras rochas vulcânicas têm seus nomes derivados de lugares específicos; por
exemplo, Islanditos (Islândia) e Havaítos (Havaí).
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A tabela abaixo mostra a composição química média de elementos maiores dos principais tipos
de rochas vulcânicas (Middlemost, 1985):
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*Composição química média de 8 komatiítos peridotíticos desde a Formação Komati,
Barbenton Mountain Land, South Africa (Viljoen & Viljoen, 1969a in Middlemost, 1985)
Referências bibliográficas utilizadas na confecção do texto acima:
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Grove, T.L. 2000. Origin of Magmas. In: Encyclopedia of Volcanoes, Sigurdsson, H. (Ed.), p.
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Middlemost, E.A.K. 1985. Magmas and Magmatic Rocks: an introduction to igneous petrology.
Longman Group Limited. 266 p.
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Orton, G.J. 1996. Volcanic Environments. In: Sedimentary Environments: Process, Facies and
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Rutherford, M.J. & Gardner, J.E. 2000. Rates of Magma Ascent. In: Encyclopedia of Volcanoes,
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