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Título
Monografia
ii
Declaração
Declaro que este trabalho de fim de curso é resultado da minha investigação pessoal, que todas as
fontes estão devidamente referenciadas, e que nunca foi apresentado para a obtenção de qualquer
grau nesta universidade, ou em qualquer outra instituição.
Assinatura
_________________________________
-------/-------/2015
iii
Gestão Sustentável do mangal no Âmbito da Construção de Infra-estruturas na Zona
Costeira: Caso Costa do Sol
Monografia avaliada como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciatura em Educação
Ambiental pela Universidade Eduardo Mondlane - UEM
Maputo,____/___/____
________________________________ _________________
________________________________ _________________
________________________________ _________________
iv
Agradecimentos
Expressar o meu sincero agradecimento a Deus por ter- me dado a vida e por ter iluminado os
meus caminhos durante a minha trajectória.
Os meus sinceros agradecimentos ao meu supervisor, dr. Gervásio Dário Mário Correia, e ao Dr.
Francisco Tauacale, pela coordenação, orientação e compreensão demostrada durante a realização
deste trabalho;
Ao meu esposo Justino Félix Maposse pela paciência demostrada durante a concepção e
realização do presente trabalho.
Agradecer os meus colegas do curso e amigos, que ao longo da minha formação sempre
souberam ceder o seu apoio amigável, em especial o Celso Nuvunga pelo apoio e paciência
demostrada.
Agradecer vivamente a todos que directas ou indirectamente contribuíram para a realização deste
trabalho.
v
Dedicatória
Ao meu esposo Justino Félix Maposse, pelo apoio durante a minha carreira estudantil.
Aos meus pais, em particular a minha mãe Gloria Vasco Borne, por ter-me dado a luz e pelo
apoio para tornar possível este momento.
vi
Índice
Declaração ....................................................................................................................................... ii
Agradecimentos .............................................................................................................................. iv
Dedicatória....................................................................................................................................... v
CAPÍTULO I
1. Introdução .................................................................................................................................... 1
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
3. Metodologia ............................................................................................................................... 10
vii
3.4. Crescimento populacional e suas tendências ...................................................................... 15
CAPÍTULO IV
4.7. Impacto da conversão das áreas de mangal para construção das infra-estruturas .............. 29
CAPÍTULO V
5. Conclusão .................................................................................................................................. 30
Apêndices
Anexos
viii
Lista de abreviaturas
ix
Lista de tabelas
Tabela 2:Espécies de mangal e seu uso pela população do Bairro Costa Do Sol………………..19
Tabela 6: Identificação das Consequências de uso e exploração dos mangais número de pessoas
inqueridas por bairro……………………………………………………………………………...25
x
Lista de Fotografias
Foto 7: Expansão urbana (destruição da área de mangal para construção do centro comercial
Súper Marés)
xi
Resumo
A área de estudo no ano 2004 apresentava uma vasta área de cobertura vegetal do ecossistema de
mangal, que constitui a protecção da linha da costa dos efeitos erosivos, actualmente devido a
exploração descontrolada do mangal pela população, causada pela pressão demográfica,
crescimento socioeconómico e pobreza. O abate do mangal tem sido frequente para a obtenção do
combustível lenhoso, matéria de construção de casas, barcos de pesca, agricultura bem como para
a construção de infra-estruturas.
Desta forma a população do Bairro Costa do Sol deve elevar a consciência sobre o valor
intrínseco do mangal, de modo a melhorar o uso e exploração do mangal, simultaneamente a
degradação do mangal.
xii
CAPÍTULO I
1. Introdução
De acordo com Saket (2004), as florestas do mangal a nível mundial cobrem cerca de 240.000
km² em Moçambique, o mangal ocupa uma vasta área da linha da costa, a qual se estende de sul a
norte em 2.770 km², caracterizada por uma grande diversidade de ambientes favoráveis ao
desenvolvimento do mangal.
Na cidade de Maputo o mangal distribui se em quase toda a faixa da costa, onde a densidade
populacional tendem a aumentar consideravelmente, o mangal esta a ser completamente
devastado pelo homem.
O presente estudo tem como objectivo, analisar a sustentabilidade do mangal no Bairro Costa do
Sol no âmbito das construções das infra-estruturas, sua preservação e conservação.
O estudo em questão foi feito na praia da Costa do Sol, tendo em conta a esta vulnerabilidade que
tem apresentado reflexos negativos sob a construção das infra-estruturas, destruindo o
ecossistema mangal.
Em quase todo o mundo, as florestas de mangais têm sido simplesmente explorados não tendo em
consideração a gestão sustentável deste ecossistema. Segundo Saket (1994), em Moçambique a
pressão sobre o mangal é relativamente alta, feitas pelas populações locais extraindo lenha,
material de construção, madeira, construção salinas, agricultura, etc.
Para a realização do presente estudo, fez se uma revisão da bibliográfica, trabalho do campo,
análise de imagens de satélites, inquéritos e por fim entrevistas no bairro costa do sol, numa
média de 20 inqueridos. O presente trabalho é composta por cinco (5) capítulos nomeadamente,
introdução, Revisão da literatura, Metodologias, Discussão e por fim as Conclusões e
Recomendações.
1
1.1.Delimitação do tema
Actualmente tem crescido a consciência do importante papel do mangal, pois eles representam na
vida social e cultural das comunidades, para o desenvolvimento socioeconómico assim como para
a protecção ambiental em geral. No tanto tem- se reconhecido também a fragilidade destas
formações vegetais (o mangal), o incremento da taxa de destruição do mesmo, bem como a falta
de um plano para a sua sustentabilidade.
2
1.2. Problematização
De acordo com Saket (2004) citado por Langa (2007) de entre os ecossistemas tipicamente
costeiros, o mangal, os recifes de coral e os tapetes de ervas marinhas são dos mais importantes.
Estes ecossistemas são, no seu conjunto, responsáveis pela maior parte da produtividade marinha
e costeira, pela estabilidade da linha da costa e pela qualidade da água do mar.
Segundo Langa (2007), os mangais, desempenham a função da prevenção da erosão, na
atenuação das cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão, material
de construção, combustível lenhoso (exemplo: Avicena marina)
A contínua destruição do mangal e consequentemente a perda de grandes áreas de mangal, devido
ao aumento das actividades económicas, indica que vamos enfrentar problemas de produtividade
biológica do ecossistema, por exemplo, a redução da produção de camarão, do caranguejo, etc,
com a destruição do ecossistema mangal estamos provavelmente a perder um dos mais valiosos
recursos costeiros.
1.3. Objectivos
1.3.1 Geral
1.3.2. Específicos
3
1.4. Hipóteses
Ha2: A conservação e a preservação dos mangais no Bairro Costa do Sol não constitui um
exercício complexo, devido as baixas necessidades na procura de terras para a construção
de infra-estruturas.
1.5 Justificativa
De acordo com Saket e Matusse (2004), a taxa de perda do mangal ao longo dum período de 18
anos, na província de Zambeze foi de 3.8%, e a província de Maputo mostrou apresentar taxa de
desflorestamento com 15.2% seguida pela província de Sofala com 4.9%.
Segundo Saket (2004), o mangal desempenha um papel importantíssimo na economia dos países
tropicais, proporcionando bens e serviços para o ambiente, nomeadamente a protecção e
estabilização da linha costeira, berçário para variedade de moluscos tais como o camarão,
caranguejo e muitos invertebrados de grande valor económico, e para a população é fonte de
4
produtos importantes como a madeira, a lenha, o carvão vegetal, remédios, produtos químicos,
enriquecimento de nutrientes para as águas marinhas adjacentes, local para aquacultura, entre
outros.
O estudo em questão prioriza a área da praia da Costa do Sol tendo em conta a vulnerabilidade
que tem apresentado, reflexos negativos, derivada da construção das infra-estruturas, destruindo o
ecossistema mangal.
Por tanto, o estudo pretende fornecer um quadro teórico sobre a sustentabilidade do mangal, com
informação recente ou actualizada que poderá ser utilizada nos planos de sustentabilidade
ambiental, no campo da educação ambiental, bem como em projectos de desenvolvimento
implantados na zona costeira.
Pois nele as populações locais, obtém grandes benefícios para a sua sobrevivência sendo que
parte da população do Bairro Costa do Sol, depende parcialmente dos inúmeros benefícios que o
mangal proporciona, como lenha, madeiras para construção de quintais bem como casas.
Por tanto, sendo que a população do Bairro Costa do Sol vive no meio de um ecossistema muito
importante, a Direcção Municipal em parceria com outras instituições interessadas com a
protecção e conservação do mangal, devem subsidiar os moradores mais carenciados, em relação
ao combustível lenhoso de modo que, não haja o uso excessivo do mangal como lenha.
5
CAPÍTUO ІI
2. Marco teórico
2.1. Mangal
De acordo com (Semesi e Howell, 1992, Nonn, 1974 Couto,1993). citado por Baia (2004) o
mangal é uma comunidade vegetal que coloniza as lagoas costeiras, os estuários e as depressões
dos deltas. São comunidades adaptadas as condições elevadas salinidade e por isso podem
substituir submersas em águas marinhas. As árvores de mangal são apenas um dos componentes
do complexo ecossistémico do mangal que inclui: corpos associados a água e solos bem como
uma variedade de outras plantas, animais e microorganismo.
O ecossistema dos mangais contribui para protecção das áreas costeiras contra a erosão e intrusão
salina. Os mangais são elementos estabilizadores e protectores da linha da costa e contribuem
para a formação dos solos: com a deposição e captura de sedimentos aluviais na franja dos
mangais, criam-se condições ecológicas que permitem o avanço de solos do continente em
direcção ao mar.
Segundo Baia, (1998), citado por Luís (2011), as florestas de mangal encontram-se em áreas
relativamente protegidas, entre o continente e o mar, onde a energia das ondas do mar é reduzida.
Os mangais desenvolvem-se melhor em áreas expostas a um abastecimento contínuo em água
doce, como as regiões de elevada pluviosidade, infiltração de água doce e nos deltas dos rios
O mangal crescem na área entre os níveis da maré média alta e zoneamento das espécies, esta
relacionado com a duração da inundação pela maré, uma vez que a capacidade de resposta aos
níveis de salinidade vária de espécie para espécie.
Para UNESCO (1994), a maioria das árvores do mangal possui folhas finas com adaptação
epidérmicas que reduzem a perca de água.
Semesi e Howell (1992), citado por Baia (2004) refere que as suas árvores podem ser usadas para
extracção da tatina (corante), como plantas medicinais, assim como para produção de mel. O
ecossistema do mangal é, ou pode ser destruído para seu uso para agricultura, piscicultura e
fabrico de sal e por outras formas de uso que não permitem sua regeneração.
6
Segundo Kathiresan (2000), grande parte do serviço ecológico desempenhado pelo mangal está
ligada a protecção da costa em relação a radiação UV-B, efeito de estufa e fúria dos ciclones,
inundações, elevação do nível do mar, acção das ondas e erosão costeira. Os pântanos do mangal
funcionam, portanto como armadilhas de sedimentos. O sistema radicular das plantas mantém o
substrato firme contribuindo por isso para uma estabilidade duradoura da costa. O ecossistema
providencia por outro lado alimentação e constitui viveiro de peixes e mariscos e muitas vezes
encoraja e atrai outros tipos de animais.
Segundo MICOA (2006), Citado por Luís (2011), o mangal fornece muitos serviços e produtos as
comunidades costeiras. No entanto para Langa (2007), no litoral moçambicano são registadas
cerca de 10 espécies de mangal. As espécies mais comuns são a Rizophora mucronata, Bruguiera
gymnorrhiza, Avicennia marina, Ceriops tagal, Sonneratia alba e a Xilocarpus granatul.
MICOA (2009), citado por Luís (2011) refere que Moçambique, com cerca de 400 000 ha de
mangal tem a maior floresta de mangal na África Oriental. Ao sul do rio Save mangais ocorrem
extensivamente no estuário Morrumbene, baia de Inhambane, Baía de Maputo e Inhaca. As
maiores florestas de mangal ocorrem no centro do país, principalmente devido as descargas de
água doce considerável de cerca de 18 rios incluindo os deltas do Zambeze, Pungue, Save e Buzi.
Saket e Matusse (1994) referem a não existência dum consenso quanto a área total do mangal em
Moçambique.
Desta forma, sendo que não existe um consenso sobre a área total do mangal,deve haver um
estudo mais profundo de modo a achar-se a área total do mangal em Mocambique.
Vaiphasa (2006), argumenta que o mangal constitue um dos mais importantes ecossistemas
costeiros e que estão ameaçados pela expansão dos assentamentos humanos, a explosão da
aquacultura comercial bem como o impacto das marés e tempestades, etc. por isso há cada vez
mais um aumento da procura de mapas detalhados dos mangais com finalidade de medir sua
extensão e avaliar o seu declínio.
7
Particularmente no Bairro Costa de Sol, parte da área do mangal, foi convertida para espaço
urbano, para o assentamento humano, facto muito preocupante, pois, se o ritmo da construção de
infra-estruturas nas áreas do mangal continuam sendo o mesmo, existe um risco do
desaparecimento do mesmo nos próximos anos.
Neste ponto são discutidos conceitos importantes para o estudo, de entre eles destacam se o
mangal, sustentabilidade.
Litulo, Abreu, Bento e Santos (2008), referem o mangal ou floresta de mangal como um termo
para caracterizar uma variedade de comunidades costeiras da zona tropical e subtropicais
dominadas por uma variedade de árvores e arbustos sempre verdes que crescem em regiões com
água de elevada salinidade.
Os dois autores nas suas definições procuram fazer entender os lugares onde se situa o mangal, a
sua importância como recurso na vida marinha bem como para o bem-estar da população.
Segundo Mota (2001), sustentabilidade relaciona-se à quantidade do consumo que pode continuar
indefinidamente sem degradar os stok de capital total, que é representada pela ullllsoma de capital
material (manufacturado, feito pelo homem), capital humano e capital natural. Porém, de todas as
partes do capital total somente uma não pode ser reproduzida pelas gerações futuras. Isto é o
capital natural, o património natural da humanidade.
Mendes (2003) citado por Micoa (2007), assume uma postura de defesa do meio ambiente e de
continuidade das gerações, afirmando que é preciso se desenvolver em harmonia levando em
consideração as limitações ecológicas do planeta, sem destruir o ambiente, para que as gerações
futuras tenham chance de existir e viver bem, de acordo com suas necessidades, como a melhoria
da qualidade de vida e das condições de sobrevivência.
8
Philippi (2001) citado por Micoa (2007), refere que o desenvolvimento sustentável para os
ambientalistas requer uma determinação das novas prioridades definidas pela sociedade, através
de uma nova ética de comportamento humano e de uma recuperação do primado dos interesses
sociais, colectivos, englobando um conjunto de mudanças na estrutura de produção e consumo,
invertendo o quadro de degradação ambiental e a miséria social à partir de suas causas o que não
vem ocorrendo actualmente.
Ambos autores, procuram nas suas definições, fazer entender o conceito de desenvolvimento
sustentável, onde deve-se usufruir dos recursos sem comprometer as gerações futuras de
satisfazerem as suas necessidades.
O que significa que deve-se procurar dar prioridade em relação as áreas onde deve ser aplicada o
desenvolvimento sustentável, procurando criar uma nova ética em relação ao comportamento
humano.
9
CAPÍTULO III
3. Metodologia
Revisão bibliográfica
A grande prioridade foi a recolha, leitura, análise dos documentos, artigos, relevantes que
abordam temática relacionada ao estudo, que permitira a elaboração coerente e consolidação do
quadro teórico e conceptual.
Observação directa
Este método consistiu em deslocar se ao local da área de estudo para uma observação in-loco da
área ocupada pela floresta de mangal na área de estudo, identificar as causas da destruição do
mangal, verificar suas características, obter como colectar informações importantes sobre a
situação dos mangais ao longo dos tempos junto com a comunidade local existentes através do
inquérito.
Na pesquisa, tornou se relevante verificar áreas onde foram destruídas algumas espécies de
mangal, para a construção de infra-estruturas ao longo dos anos 2004 a 2011. (vide os anexos 1 e
2)
Com base nas imagens de satélites analisou se a evolução da destruição do mangal no Bairro
Costa do Sol no espaço e no tempo. Tendo em conta o espaço temporal 2004-2014.
A foto interpretação das imagens foi classificada usando 5 classes de uso e cobertura da terra,
nomeadamente, área urbanizada, campos de cultivo, dunas costeiras, mangais e outra vegetação.
A classificação Supervisionada foi feita em Arcgis. Este tipo classificação, como o próprio nome
diz, é controlada pelo usuário. Onde ele, com a sua experiência e capacidade de distinção aponta
os alvos a serem classificados.
10
Para Queiroz, Rodrigues e Gomes (2004), o critério para a classificação baseia-se na definição de
assinaturas espectrais (padrões) para cada uma das classes de estudo obtidas a partir de amostras
de treinamento As vantagens deste método em relação aos outros métodos como as de
classificação por interpretação visual ou por classificação não assistida, são os de considerar a
ponderação das distâncias entre médias dos níveis digitais das classes. (vide os anexos 3 e 4)
Inquéritos
O guião de inquérito era composto por perguntas de múltipla escolha que abordavam temas
relacionados com a conservação e preservação do ecossistema mangal (vide o apêndice 1)
Entrevistas
A entrevista teve como objectivo, recolher dados inerentes a área de estudo, para por um lado
complementar a informação retirada em alguns documentos, por outro lado responder aos
objectivos da presente investigação.
Foi entrevistado um total de 20 informadores chaves, sendo que nos entrevistados inclui um
secretário de bairro e 19 moradores da comunidade, o guião de entrevista era composto por 20
perguntas abertas, as entrevista era procedida por uma explicação detalhada sobre os objectivos
da pesquisa utilizando a língua local, pois alguns entrevistados apresentavam dificuldade de
percepção da língua portuguesa. A sequência da entrevista dependia do entrevistado, embora
fosse previamente estabelecida um guião, podendo saltar de uma pergunta para a outra, apesar
disso os entrevistados responderam todas as questões. (vide o apêndice 2)
11
O trabalho é empírico qualitativo, pois nesta abordagem, o investigador procurou entender com
profundidade as características da pesquisa que desenvolvem de modo a obter uma compreensão
profunda sobre como as coisas são, porque é que são desta forma, e como é que os participantes
no contexto as percebem (Callefe, 2006)
População e amostra
De acordo com a base de dados da Cena carta (2014), o bairro costa de sol tem uma extensão de
cerca de 34. 289612 Km. (vide o mapa abaixo).
12
Fonte: pt.wikipedia.org (2014)
13
3.2. Características físicos-Naturais
Segundo o IIAM (1995), de ponto de vista geomorfologico, o Bairro Costa do Sol caracteriza se
por apresentar dois complexos na configuração do terreno, nomeadamente planície estuário com
um declive que varia de 0-1٪ e dunas costeiras com topografia colinhas que varia de 0-35٪
Quanto a pedologia, ocorrem na área de estudo dois grandes grupos de solos, nomeadamente:
Segundo IIAM, (1995), os solos de dunas costeiras, apresenta área castanha acinzentada, com
textura superficial arenosa, com profundidade maior de 180 cm e excessivo sistema de drenagem,
baixa matéria orgânica a superfície e não salgada
Segundo IIAM, (1995), são solos argilosos acinzentado, frequentemente saturado com uma
textura superficial, com mau sistema de drenagem e moderada matéria orgânica a superfície, e
não salgada
14
casas precárias de madeira, palhotas em que os seus proprietários são indivíduos de baixa renda.
E as casas de dúplex, triplex, flat habitadas por indivíduos de classe média e altas.
O homem tem um papel crucial no meio em que esta inserido, pois ele actua sobre o ecossistema
mangal, transformando a área do mangal para a satisfação das suas necessidade, como construção
de infra-estruturas sócio económicas.
De acordo com o mesmo autor, a população está sujeita a variações ao longo do tempo, como
resultado dos movimentos naturais e espaciais.
Com base nos dados apresentados na tabela abaixo, pode se verificar que de 1997 a 2007,
registou se um crescimento relativo da população do Bairro Costa do Sol de 2654 habitantes, e a
partir desses dados pode se constatar que o rítimo do crescimento da população é intenso.
15
3.5. Actividades económicas e exploração de Recursos
Para Chonguiça (1996), os recursos naturais funcionam como um subsistema de suporte ao
processo produtivo, pois eles proporcionam a base material alvo de transformação no processo de
produção, para assim se gerarem os bens materiais necessários à sociedade.
De acordo com o mesmo autor a população assume uma importância particular na dinâmica do
ambiente ou ecossistema do mangal, no processo da sua interferência a natureza para a busca de
subsistência e de desenvolvimento socioeconómico.
Devido as dificuldades que alguns moradores do Bairro do Costa do Sol, tem de auto-sustento, e
a falta de emprego a incidência na exploração do mangal aumenta e como solução imediata a
população destroem a floresta do mangal para obter combustível lenhoso.
16
3.6. Posse de uso e aproveitamento de terra.
Desde a alteração do Artigo 35, do Regulamento da Lei de Terra em Outubro de 2007, o processo
de delimitação das comunidades locais encontra-se estagnado com muitas comunidades à espera
de certificados oficiosos de direito de uso e aproveitamento da terra.
Segundo MICOA (2006), neste contexto 80٪ da população local não recebeu ou não possui o
certificado de uso e aproveitamento de terra, desde a alteração do Artigo 35 e somente 20٪
possui. Esta situação não só retardou o processo das delimitações comunitárias, como também
está a pôr em causa a sustentabilidade do direito legal das comunidades locais e a comprometer o
crescimento económico das comunidades.
17
Tabela 2: Espécies de mangal e seu uso pela população do Bairro Costa Do Sol
A população do Bairro Costa do Sol não só usa o ecossistema mangal, entanto que tal, mas
também usa as áreas de mangal, para abertura de machambas, para a construção de salinas e para
a conversão de espaços residências. Por outro lado o mangal constitui o recurso mais fácil de
explorar e obter rendimentos imediatos com o uso dos seus paus como lenha.
Como processo de trabalho, as diversas actividades que constituem a exploração do mangal são
realizadas através do uso de instrumentos de trabalho artesanais e que caracterizam uma produção
de subsistência. No corte de árvores de mangais utilizam-se usualmente catanas. A recolha de
crustáceos é efectuada manualmente e os produtos podem ser transportados em pequenas tigelas e
bacias manufacturadas ou peneiras artesanais, ou ainda em sacos plásticos quando as quantidades
são maiores.
18
CAPÍTULO ІV
A maior parte dos moradores, do Bairro Costa do sol especificamente nos bairros de Lihaze e
bairro do pescador, possuem o nível primário de escolaridade. (vide a tabela abaixo)
N ̊ de pessoas N ̊ de pessoas
Sem formação 5 2 7 39
Formação primária 5 6 11 51
Formação básica 0 2 2 10
No que diz respeito a preservação e conservação do recurso, os moradores devem e ganhar mais
consciência em relação a informação que eles tem, no que diz respeito a conservação do
ecossistema mangal.
Dos 20 inqueridos, as populações que habitam no Bairro costa de Sol 65٪ dos moradores são
desempregadas e dependentes dos recursos naturais quer para completar a dieta quer para
obtenção de rendimentos para a provisão de outras necessidades assim como para obtenção de
pequenas rendas. Isto é, a população dedica se a exploração do ecossistema mangal, para a
19
satisfação das suas necessidades básicas, a retirada de estacas para a construção de casas e
troncos para construção de canoas. (vide a tabela abaixo)
Motivos N. pessoas ٪
Desemprego 13 65
Rendimentos elevados 0 0
Não sabe 3 15
Outros 4 20
Segundo o secretário do bairro, na área de estudo, predominam três principais factores que levam
a população local a degradar o mangal nomeadamente, a pobreza, o desemprego e a pressão
demográfica.
65٪ dos moradores do Bairro Costa do Sol, depende da exploração e uso dos recursos naturais,
(terra, água, outros.), como forma de obter maiores rendimentos, como consequência do
desemprego, eles sentem se obrigados a recorrer ao uso e exploração dos recursos naturais. As
comunidades locais usam, as vezes, práticas destrutivas que afectam a sustentabilidade das
actividades e a preservação e protecção dos recursos.
Quanto à área do mangal, 100٪ dos moradores entrevistados, afirmam que o acesso ao mangal
não obedece nenhuma lei, pois os moradores exploram a floresta do mangal de forma ilegal.
20
Mediante esta situação nota-se que os moradores têm informação sobre a conservação da área do
mangal mas há falta de alternativas de subsistência, por tanto, é preciso a disseminação da
Educação Ambiental como forma se sensibilizar as comunidades para a conservação do mesmo.
Resposta N ̊ da População ٪
Sim 18 90
Não 2 10
21
4.2 Discussão dos resultados
Como componentes principais do ecossistema, o direito de ocupação de terra ligado ao
crescimento socioeconómico, por outro lado ao uso insustentável do mangal, que apresentam os
factores causadores da degradação do mangal na área de estudo. Como componentes principais
do ecossistema, o abate das árvores de mangal tem efeitos sobre a dinâmica e ambiente costeiro.
Por tanto, para discutir o problema da insustentabilidade do mangal na área de estudo é preciso
ver o carácter da degradação do mesmo, pois varia em conformidade com a especificidade local
em termos de condições económicas e demográficas da população.
É muito urgente a informação da educação ambiental para conter as práticas inadequadas tais
como, o uso de redes finas, que podem arrastar outras espécies não necessárias, emalhe e outros
métodos de pesca assim como a condução de veículos pesados. Deve promover a melhoria da
coordenação entre os sectores de pesca artesanal, industrial, turismo e conservação.
Pois durante a realização do presente estudo, notou-se uma forte relação de dependência, entre o
mangal e as comunidades locais, bem como com a sociedade, pois eles têm feito o uso do mangal
para a satisfação das suas necessidades básicas, bem como a destruição da área do mangal para a
construção de infra-estruturas socioeconómicas.
Sendo que um dos maiores motivos e o desemprego, desta forma a comunidade local em parceria
com algumas instituições devem desenvolver projectos para a criação de emprego
consequentemente a protecção e conservação do mangal.
De acordo com a tabela 5 que mostra que 90٪ da população afirma a existência da fiscalização no
bairro, é um impacto positivo pois mostra que na área e protegida pela policia marinha, mas a
população local é que não assume uma postura responsável, pois eles exploram o mangal
ilegalmente.
Apelar que a população do bairro, para que ganhe mais interesse nos estudos de modo que
possam ter consciência no que diz respeito a conservação da área do mangal.
A degradação mangal verificada no Bairro Costa do Sol nota- se, que vem ocorrendo e tem-se
agravado nos últimos 10 anos, altura em que começou a se verificar a maior agressão ao ambiente
traduzida pelo abate de mangais e cada ano que passa, para a construção de infra-estruturas o que
a está a atingir proporções alarmantes. (vide os anexos 3 a 4)
Segundo o secretário do bairro, a pressão sobre o ecossistema mangal tem a ver com enúmeras
preocupações que a população apresenta, a falta de emprego o que consequentemente leva a
pobreza.
Mojane (1996), refere que a pobreza implica uma forte dependência dos recursos naturais a qual
esta ligada a sobrevivência das pessoas. A isto alia se a elevadas taxas de crescimento e
concentração populacional, conduzindo a índices de degradação preocupante dos recursos”
De acordo com os inqueridos, o desemprego que afecta a população leva nos a concluir que o
ecossistema mangal esta sofrendo uma forte pressão, uma vez que o mangal é o foco das pessoas
onde usam os paus de mangal como combustível lenhoso, bem como para a construção de barcos
de pesca. Por tanto o mangal e o recurso capital para a vida das pessoas desempregadas, onde elas
recorrem para resolver as necessidades básicas para a sua sobrevivência.
Para Litulo at all (2000), a destruição do mangal além de diminuir os seus potenciais produtos e
serviços tem um impacto nos processos ecológicos a eles inerentes. Por exemplo a sua destruição
provoca ruptura na cadeia alimentar o que pode originar uma maior pressão sobre a microflora
bética, sobre os diferentes tipos de fauna que deles dependem e ter efeitos directos e indirectos
nos ecossistemas imediatos.
23
Isto é, a destruição do mangal no Bairro Costa do Sol pode provocar ruptura na cadeia alimentar,
a erosão, o desaparecimento de algumas espécies, bem como como o desequilíbrio no
ecossistema.
Tabela 6: Identificação das consequências de uso e exploração dos mangais número de pessoas inqueridas por
bairro
Erosão 2 1 3 15
Diminuição do nível de 3 6 9 45
pesca
Desaparecimento de 3 1 4 20
espécies de mangal
Em suma os moradores do Bairro Costa do Sol, apresentam certa preocupação no que diz respeito
a preservação e conservação do ecossistema mangal, pois tem conhecimento das consequências
24
da sua destruição, mas ao mesmo tempo procuram aliar aquilo que são as suas necessidades
básicas, que de certa forma comprometem a sustentabilidade do mangal.
Mendes (1999), o bairro Costa do Sol é uma zona que apresenta cada vez mais o aumento
significativo da população, encontrando-se áreas com forte concentração demográfica,
essencialmente as áreas com um índice crescente de urbanização e outras com baixo índice de
povoamento, resultando em pequena pressão e baixos impactos sobre os recursos naturais aí
existentes, que poderiam suscitar exercícios de planeamento de acções de âmbito preventivo onde
políticas de conservação e preservação deveriam ser implementadas, para garantir a manutenção
da riqueza potencial existente. As áreas densamente povoadas, onde parte dos recursos naturais
está degradada, as acções de sustentabilidade ambiental, devem ser integradas e de âmbito de
combate, prevenção e preservação.
Segundo (secretário do bairro) a população local não possui o DUAT (Direito de Uso e
Aproveitamento de Terra), excepto os moradores das cassa de dúplex, flat pois estes adquiriram o
DUAT antes mesmo das construções na Direcção Municipal do meio Ambiente ainda na onda do
secretário do bairro aponta este departamento como o principal responsáveis pela destruição do
ecossistema mangal, pois é neste departamento onde são dados a autorização para construção de
infra-estruturas na área do mangal.
Após a recolha e analise dos dados deu-nos a entender que os moires causadores da destruição da
área do mangal, não são os moradores da comunidade, pois, para as comunidades locais o mangal
serve apenas para a satisfação de algumas necessidades básicas, como a lenha, troncos para o
fabrico do de barcos de pesca e este acto não é insustentável, mas aponta se como principais
causadores da destruição do mangal, os Empreiteiros de grandes obras verificadas na área de
estudo, como as obras da circular, casa jovem, súper mares, pois, parte da área do mangal para a
execução das obras.
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4.6. Análise e avaliação dos impactos sobre o mangal
Neste ponto ira se fazer uma análise e avaliação dos impactos ambientais do uso e exploração do
mangal e os impactos da conversão das áreas de mangal para construção das infra-estruturas.
Segundo Vance e Hayhood (1996), Grandes áreas do mangal já foram destruídas e a perda de
mangal em várias partes do mundo ainda continua. Estima-se que na actualidade os mangais
tenham reduzido para cerca de 1/3 da área original que ocupavam há 18 anos atrás.
Para Vance, et al (1996), muitos países estão a tentar preservar o mangal e mesmo restabelecer as
áreas já destruídas no passado
Construção de Infra-estruturas
A criação das áreas protegidas tem um papel importante na preservação e protecção dos recursos
naturais. Com este intuito MICOA juntamente com os seus parceiros tem estado a declarar novas
áreas de conservação como a de Palma e Mussoril como forma de garantir a manutenção das
espécies quer marinhas quer costeiras.(vide os anexos 2 e 3)
26
Agricultura
Segundo MICOA (2007), o uso insustentável dos recursos naturais ao longo da costa associado a
procura de novas áreas para a prática da agricultura, representa como uma ameaça para a
conservação dos ecossistemas e da biodiversidade.
De acordo com MICOA (2007), um dos grandes problemas da agricultura nas zona costeira, para
além de destruição de habitantes, redução da biodiversidade e a erosão é a possibilidade de
induzir desertificação e agravar as mudanças climáticas. Muitas machambas de subsistência
constituem focos dispersos de erosão costeira, que com a força de ventos e das águas pluviais
transformam os solos costeiros em grandes crateras, pondo em perigo as comunidades locais e
contribuindo para o aumento de sedimentos nos estuários, mangais, recifes de coral, ervas
marinhas e no leito marinho.
Portanto, o estádio actual da agricultura nas zonas costeiras poderá ter impactos negativos sobre a
qualidade dos solos, da água potável, dos ecossistemas e da biodiversidade a médio e longo
prazo.
De acordo com MICOA (2007), a aquacultura surge sempre como uma possibilidade de
desenvolvimento e contribuição de proteína animal, nas populações e como fonte de divisas para
o país através das exportações. O que constitui uma das formas de degradação do mangal, pois
são destruídas áreas de mangal para a constrição de tanque de aquacultura.
Quanto aos impactos ambientais negativos da actividade ainda não são relevantes embora elas
existam em percentagem reduzida, como é caso de mão cheiro, a salinização dos solos
circunvizinhos e outros. (vide o anexo 1)
Desflorestamento
Segundo MICOA (2007), as formações florestais ao longo da costa, funcionam como suporte
madeireiro para construções de casas e fontes de matéria-prima para a construção de barcos e
obtenção de plantas medicinais para o tratamento de algumas doenças.
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De acordo com MICOA (2006), floresta de mangal, é dizimada para suprir as necessidades cada
vez mais crescentes em energia (para cozinha) e para materiais de construção. O mangal o mais
procurado para a construção enquanto as outras espécies são usadas para a produção de lenha e
de carvão. A acção de desflorestamento é grave no Bairro Costa do Sol Associado a questões de
necessidade e de satisfação em termos de energia para cozinha e materiais de construção, o
mangal sustenta uma larga proporção da população costeira e do sector de empresariado e
negociantes. Muitas das casas tradicionais do Bairro Costa do Sol foram construídas com
material proveniente das árvores de mangal e cimento.
De acordo com Honguane (2007), nas soluções para fazer face ao problema de desflorestamento
de mangal deve-se incluir a identificação e promoção de alternativas para o provimento de
energia para a cozinha, materiais para construção, e outras actividades que geram rendimento
para a subsistência das comunidades e sectores que neste momento vivem do comércio do
mangal.
A destruição da floresta do mangal pela população do Bairro Costa do Sol relaciona se com as
necessidades económicas, devido o seu nível de pobreza.
Para Langa (2007), o desmatamento poderá trazer graves problemas no futuro, em termos das
múltiplas funções que o mangal exerce para o equilíbrio ecológico e do seu valor económico que
lhe e atribuído. As consequências resultantes do desmatamento de uma forma específica
implicam a diminuição da fauna e flora.
Sedimentação nas zonas do mangal em consequência da destruição do coberto vegetal nas zonas
mais altas, sobretudo quando esta sedimentação e acumulação provoca, mudanças na estrutura do
substrato, tornando-o mais arenosos e impróprias a instalação do Mangal.
Segundo MICOA (2007), suscita que as mudanças climáticas podem afectar o ecossistema
através das mudanças nos diferentes factores do clima e seus impactos no meio do Mangal e nos
processos ecológicos que nele têm lugar. No caso específico do Bairro Costa do Sol, salienta-se
sobretudo os fenómenos erosivos resultantes da maior intensidade das correntes marítimas e
subida do nível do mar; o aumento do nível das águas e seus impactos no aumento da salinidade
no interior e nos limites continentais do Mangal e que se combinam a evaporação, intensidade de
insolação e a variação (sobretudo redução e irregularidades) das pluviométricas; a acumulação de
28
sedimentos arenosos nas partes mais continentais do Mangal em consequência dos fenómenos
erosivos em resultado da degradação do coberto vegetal provocado pela seca e do escoamento
superficial das águas das chuvas.
4.7. Impacto da conversão das áreas de mangal para construção das infra-estruturas
O crescimento urbano no bairro Costa do Sol, deu se através do corte do mangal para a
construção de infra-estruturas, desconsiderando qualquer valor ambiental que este ecossistema
pudesse representar.
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CAPÍTULO V
5. Conclusão
De tudo que ficou exposto neste trabalho tiramos as seguinte conclusões:
O desemprego que assola os moradores do Bairro Costa Sol obriga com que as pessoas
confiem unicamente na exploração do mangal como uma das fontes alternativas de
obtenção de rendimento, uma vez que o mangal e um recurso abundante e de fácil
exploração e obtenção rápida de benefícios.
Após, os inquéritos e entrevistas conclui-se que as hipóteses aceitáveis são, Ho, Ho1 e Ho2,
pois a falta de consciência da sociedade e a falta de incentivos, contribui para fraca
conservação e preservação do mangal e as crescentes actividades de construção de infra-
estruturas, é que representam o principal causador da degradação do mangal no bairro
Costa do Sol;
No Bairro Costa do Sol o direito de ocupação de terra não se associa ao direito de uso e
ocupação do mangal, uma vez que o direito de uso e exploração do mangal é
expressamente proibido pelo CMCM. Este direito aliado a grande pressão sobre o mangal
causado principalmente pela pobreza, desemprego e o crescimento socioeconómico que não
respondem a sustentabilidade do mangal, consequentemente a degradação do mesmo.
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Os impactos das actividades humanas sobre o mangal são negativos, pois, alguns modores
não demonstram tanta preocupação no que diz respeito a conservação e preservação do
mangal, pois os impactos sobre o mangal têm efeitos directos, locais e futuramente podem
ser regionais de grande significância, porque terá implicações na reprodução dos mariscos,
de valor económico importante para a sociedade.
Dos impactos negativos destacam-se: a conversão das áreas do mangal para a construção de
infra-estruturas bem como a redução do mangal.
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5.1. Recomendações
Actividades humanas exercidas sobre o ecossistema mangal, tanto para a satisfação das suas
necessidades diárias quanto a degradação para a construção de infra-estruturas, implica que existe
uma necessidade urgente de promover a gestão comunitária dos recurso natural (o ecossistema
mangal) que eleve a consciência da população sobre o valor intrínseco do mangal, de modo a
melhorar o uso e exploração do mangal, simultaneamente controlando a degradação ambiental.
E preciso conceber planos de gestão ambiental do recurso (mangal) este plano deve
envolver a população local, onde o plano deve dar atenção a protecção e conservação da
área do mangal, através do estabelecimento de princípios e regras locais a serem
observadas no uso e exploração do mangal, isto é a pessoa que for encontrada a explorar o
recurso deve ser sancionada
32
6. Referências Bibliográficas
Araujo, M. G. M. (1997). Geografia dos Povoamento: Assentamento Humanos Rurais e
Urbanos. Livraria Universitaria. Maputo: UEM
Baia, A.H.M. (2004). A exploração dos ecossistemas dos mangais enquanto a apropriação
do espaço na cidade de Angoche
Caleffe, H. M. (2006). Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador (2ª ed.). Rio
de Janeiro: Lamparina editora.
33
Litulo, C., Abreu, D. Bento. C. & Ewen. J. (2008), Mangais Raízes das marés, Museu de
Historia Natural, Micoa, WWF, União Internacional de Conservação da Natureza.
Lignon, M. Menghini, R.,Santos, L. Dinola, C., Novelli, Y. (2009). Estudos de Caso nos
manguezais do Estado de São Paulo (Brasil): Aplicação de Ferramentas com Diferentes
Escalas Espaço-Temporais. Journal of Integrated Coastal Zone Management.
Mota, J.A. (2001). O valor da Natureza: economia e política dos recursos naturais. Rio
deJaneiro. Garamond.
34
IR-MSS CBERS 1 (URL: http://inf.unisul.br/~ines/workcomp/cd/pdfs/2307.pdf),
Consultada em 6/10/2014
Saket, M. & Matusse, R. (2004). Study for the determination of the rate of deforestation
of the mangrove vegetation in Mozambique. DNFFB. Maputo
Vaiphasa, C. 2006, Remote sensing techniques for mangrove mapping, PhD thesis,
Wageningen University, Enscheda, The Netherlands
Vance, D. J. M. D. E. & Hayhood, J. S. (1996). How far do prawns and fish move in
mangrove? Distribution of banana prawn P. merguiensis and fish in tropical mangrove
forest in Northern Australia. Mar. Ecol. Progr. Se
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APÊNDICES
Apêndice 1
Data________ Local_______
1.1 Idade:
1.2 Sexo:
Masculino ( ) Feminino ( )
2.1 Qual o motivo que lhe levou a dedicar-se á exploração florestal do mangal?
Quais?_________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Quais?_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
mitigação
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
do mangal ( ) Outro ( )
Qual?_________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
7.0 Consegue sustentar a família com o que ganha da exploracao florestal do mangal?
Sim ( ) Não ( )
8.0 Tem alguma informação que pretenda acrescentar sobre a preservação do ecossistema
do mangal?
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Apêndice 2
Apedice 4
Apendice 6
Apedice 8
Foto 7: Uso de áreas de mangal para aquacultura de camarão (tanques de aquacultura Bairro dos pescadores).
Anexo 2
Foto 8: Expansão urbana (destruição da área do manga para a construção do centro comercial super marés Fonte:
(MICOA- 2007).
Anexo: 3
Anexo 4
Foto 13: Bairro costa do sol Google earth 2014 (fonte Google earth, 30/08/2014)