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"3 rrrrP Beams Problema e Problematica Decidirsabre novos ‘A pesquisa parte de um problema e se inscreve emuma problemtica. dos necessrios cago da problemdtica e do ‘como a fase crucial da Recolhé-los CONCLUIR nde po LA gencalzar & conclsto Rar cincis anal ewe: tpado em Ban ey Pact in Sxl Su, Claris hates Ee sategoria tem por motivagio preencher uma lacuna shor conhecer e compreender, por exemplo, 05 ‘do desenvolvimento da personalidade, porque estima-se que © ‘conhecitnenta do processo de erescimento dos seres hummanas seria, desse Digitalizado com CamScanner * 86 Tema e problema amplitude mais retita, ‘conheclmento mals geal, pesquisador menos experiente vai se dedicat, por sua vez, a problemas bem Laviute & Dionne buir para resolver um problema, um problema pres jedade. Assim, por exemplo, uma considerivel takade. fem nossa sociedade pode causar inguietagio ¢ fazer com smos conhecer e compreender ide pesquisa pode, snsio do problema do professor-pesquisador, preparauma tese de douto- ‘de pesquisa aparecem, 20 imitados gragas & experiéncia e ao saber que jentifica de sua frea, & sua participagio em uma espécie de comunidade intelectual que compartilhe preocupagSes que 0s out \dorescostu- fundamental. Mas podem, igualmente, dedi- jas, ou ainda A pesquisa-ago, desenvolvendo- jo de tempo. ‘mas em outra escala, 2 pes OO ae ae Set tos cameo! reece Gee AConstaucho bo Sanen SSS pein im cnr ma Shia meta ements ruc conoa dee Semen urea smart oon le seine oc O “verdadeiro” problema ‘Mas nem todos os problemas que encontramos 50 necessariamente pro- blemas que se prestam & pes ica. Um problema de pesquisa éum ©" com conhecimentos e dados j6 is de serem produzidos, ‘Suponhamos que um pesquisador veja um problema no aumento da taxa de divércios. Poder-se-ia imaginar abordar o problema sob tés ngu- los diferentes: . ‘=O casamento é uma instituigdo divina eujos lagos no deveriam, j rompidos \ga amorosa entre cBinjuges € o que causa odivércio, * Além de poder parecer de yma ironia poucoséra, primeira aborda- sgeranioleva'a pare alum, da order da opiniaor no indica dados a dos em felagdo ao problems e, una vex enunciada essa ca tudo como antes no quatel de Abrentes™ segunda proposiglo,éuma questi de de crenga religion ase ou lO nela, nfo dizendo nada sobre o fenémeno do “Diga-mme, Conrad, qual é para voc® a principal causa dos divércios hoje em dia?" Digitalizado com CamScanner 88 Lavinte & Dionne. ao seu equacionamento. ‘A.Constmucko 00 Sanex As interrogagSes iniciais Mas de onde vém os problemas de pesquisa? © que nos leva a tomar cconsciéncia de um problema, como esté colocado no diagrama da pagi- ‘na pagina 84, ou a formular nossas interrogagdes iniciais como outros referem dizer? De onde vem o fato de que alguns se interessam por tal problema, outros per outro (e que outros nfo se interessam por qualquer problema..? De onde ver ainda que duas pessoas se interessem pelo ‘mesmo problema podendo vé-lo de modo radicalmente diferente? Isso ‘vemde nossas experiéncias: do que somos, pois sio nossas experiéncias ‘que nos fizeram ser o que somos. £ 0 que acontece para todos os pesqui sadores. ‘Nossas experiéncias so, essencialmente, uma mistura de conheci- ‘mentose de valores, dos quais nos dispomos, em maior ou menor quanti- ddade, com mais ou menos variedade de amplitude e de dominio. Esses cconhecimentos e esses valores os recebemos prontos ¢ conservados, ou (0s aprendemins ou transformamos, adaptando-os; por vezes, nés mes- ‘mos os desenvolvemos. Vejamos isso de mais perto. Conhecimentos Conhecem-se fates brutos ¢fatos construidos. Os fatos brotos sio aque- trumentalizado para vé-la,examiné-la, questions-la, para even- tualmente conscientizar-se dos problemas que ela comport. ‘Maas 0s conhecimentos dos quais dispomes nfo sio todos fatos bru fos, mas construfdos. Sio generalizagdes, resultados do elacionamento de diversos fatos brutos. Entre essas generalizagdes, 0s conceitos © as teorias sio, psteament ies pes ees trataremas em separa- do. ; Digitalizado com CamScanner Lavivur & Dionne As generalizagoes ‘As conclus6es ou interpretages constituem um tipo corrente de generali- zagio, So conkecimentos construidos para explicar conjuntos de faos im historiador pode ao estudar a Inconfidén- uma generalizag rersos fato: fide i um conflito que expres ue a crise econdmica mundial dos an ‘Causada pela superprodugio (ou pela especulagio desenfreads) sgunda Grande Guerra favoreceu 0 d imet ue 0 processo di i ializagao, que 8 ec poe em perigo 0 sragiio no Qt jemograti- ‘chave da sobrev' dos esses enunciados remetem a fat ‘mente que quanto mais se acumulam conheci se € capaz de observar o real social, de ques * as mesas baixas, A.Consteugko 80 SER Os conceitos isso. Como nomear aquilo do que fim, dentre as palavras, desenvolveram-se as que chamamos conceitos. Conceitos e compreensio Os conceitos so representagdes mentais de um conjunto de reali- dades em fungao de suas caracteristicas comuns essenci “Tomemos a palavra “mesa”, por exemplo, Poderiamos ter tréspala- vas diferentes para designar uma mesa com trés, quatro ou cinco pés; “uma palavra também para cada tipo de mesa: para aquelas sobre as quais se come, trabalha-se ou joga-se cartas; uma palavra para as mesas atas, i ssas em madeira, em ferro... Parece que se achou mais econémico utilizar a mesma palavra, “mesa”, para desigmar 2 10- das, ehoje, quando se escuta essa palavra, representa-se para si ummével ‘composto por uma superficie plana colocada sobre pés que serve para ‘ode depositar objetos. Em resumo, conhecendo 1guém, vendo um cachorro, seria levado dos conceitos titeis em pesquisa representa realidades Por exemplo, o conceito de democracia. Ele é, no entan- jo segundo o mesmo prit Digitalizado com CamScanner Lavinue & Dione. SaasanSERSpAaeanieeaprerneeeimremeen ee ica, uma vez tomadas? 4) Quais papéis os decisores, as insttui- Bes, 0: eidadios a caltua politica ttm no processo de tomada de As teorias As teorias sto igualmente generalizagSes da ordem das conclusBes ou das interpretagbes, mas de grande envvergadura. S40 generalizagdes de __ generalizagSes. Tomemos um exemplo. Nos anos 30, um historiador se c. Uma teoria permanece valida durante 0 tempo em que, dentre as sit que pretend explicar, no suena ona gue coutredign ou dot para cua consrupo, Mas pao pengusdoe eu valor sobstndo GPT I Ihe servird para o estudo e a andlise de outros fatos da orias que esclarecem 0 pesquisador em sua aborda- mais permitem chegar 8 autoridade de dee bara se tomar epemaneser um deco? smo fazB-Lo? Como permanecer no oo cone - ‘0 processo pelo qual ras — sugere, por e informais sub- segundo a qual as rel idas de modo mais igualitério ea todos A teria marnsta no deixa Digitalizado com CamScanner de ser, nesse sentido, um instrumento de leitura e de compreensio dos ‘Ascores do saber mneontrados no real, Poder-se-ia qualificar de as teorias desse tipo. “Vises do mundo ndo derivam de uma preocupagio em organi- mente o futuro e no repousam sobre o estudo analitico do ode acreditar firmemente que os ‘Deve-se compreender bem que, quando um pesquisador cons

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