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DIREITO PENAL

TEMPO DO CRIME
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado. (PRINCIPIO DA ATIVIDADE)
LUGAR DO CRIME
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (PRINCIPIO DA UBIQUIDADE)
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
EX: Ação/Omissão de “A” deu cauda a morte de “B”
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE
I A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
EX: Ambulância bate no caminho e B morre. A responde p/ Tentativa (exclui IMPUTAÇÃO)
RELEVANCIA DA OMISSÃO
II A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem:
1 LEI > obrigação cuidado, proteção, vigilância (pai, bombeiro, carcereiro)
2 Assumiu resp. impedir o resultado (baba, salva vidas, seg. particular)
3 Comportamento anterior > criou o risco da ocorrência (velhinho da rua)
CRIMES OMISSIVOS IMPROPRIOS / COMISSIVOS POR OMISSÃO
CRIME CONSUMADO
Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal
COGITAÇÃO > PREPARAÇÃO “inter criminis” EXECUÇÃO > CONSUMAÇÃO
OBS: Ñ pune a preparação (Salvo: crime autônomo) – Se pune aquilo que queria cometer
OBS: Só pune na esfera da EXECUÇÃO
MATERIAL Exige resultado naturalístico
FORMAL Executa e já está consumado, n exige resul. Naturalístico
Mera CONDUTA Há somente resultado Jurídico
PERMANENTES No tempo, até o agente cessar o motivo da permanência
HABITUAIS Configura-se por condutas reiteradas

TENTATIVA
Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Não admite Tentativa: CONTRA Culp. Habitu. Unissubs. Preterd. Atentado Omis. próprios
Pena: Mesma reduzida 1/3 a 2/3
Tentativa PERFEITA / IMPERFEITA
Tentativa BRANCA (incruenta) / VERMELHA (cruenta)
DESISTENCIA VOLUNTÁRIA
Voluntariamente, desiste de prosseguir na execução, só responde pelos atos já praticados (Não resp. pelo
que queria / ATENÇÃO: não descarrega, não esgota os meios)
ARREPENDIMENTO EFICAZ
Voluntariamente, impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. (Não resp. pelo
que queria / ATENÇÃO: descarrega, esgota os meios)
AMBOS EXCLUEM A MODALIDADE TENTATA
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida 1/3 a 2/3
CRIME IMPOSSÍVEL
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio (matar alguém com arma de brinquedo)
ou por absoluta impropriedade do objeto (matar alguém que já esta morto), é impossível consumar-se o
crime.
CRIME DOLOSO
Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (FODA-SE)
DOLO DIRETO (quis) / DOLO INDIRETO (assumiu) (dirigir bêbado)
CRIME CULPOSO
IMPRUDÊNCIA (apressado) / IMPERÍCIA (despreparado) / NEGLIGÊNCIA (relaxado)
PRETERDOLO (AGRAVAÇÃO DO RESULTADO)
Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos
culposamente. (excede e produz um resultado + gravoso)
ERRO SOBRE O ELEMENTO DO TIPO
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO
Responde pelo crime o terceiro que determina o erro
ERRO SOBRE A PESSOA
O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o
crime.
ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO (ERRO PROIBIÇÃO)
O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável (DESCUPAVEL)
isenta de pena; se evitável (INDESCULPAVEL), poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3
COAÇÃO IRRESISTIVEL E OBEDIÊNCIA HIERARQUICA
Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal,
de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
EXCLUSÃO DE ILICITUDE
ESTADO DE NECESSIDADE
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
LEGÍTIMA DEFESA
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de
agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.
ESTRITO CUMPRIMENTO
Ação por um dever imposto pela LEI
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
Conduta/pratica autorizada pela lei
OBS: n existe legitima defesa repelir injúrias (HONRA) > somente em defesa da VIDA e INTEGRI. FISICA

CONCURSO DE PESSOAS / AGENTES


CONCEITO: 2 ou + pessoas >> mesmo CRIME
TEORIAS: I Monista: (qm concorre p o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade)
II Pluralista: (exceção, corrupção A/P)
REQUISITOS (todos somados +) I Pluralidade (2 ou mais)
II Liame Subjetivo (ambos sabem que estão fazendo)
III Relevância causal (fazer sentido, participação deve ser relevante)
senão será PARTICIPAÇÃO INOQUA / INEFICAZ
IV Identidade da Infração (partícipe tem que saber o motivo) senão
será PARTICIPAÇÃO INOQUA / INEFICAZ
MODALIDADES: Autor / Coautor Teoria Restritiva: pratica núcleo do TIPO (verbo)
Teoria Domínio Fato: Autor por Trás. Mandante do crime
será o autor.
OBS: NÃO será CONCURSO se o agente por trás comandar um > INIMPUTAVEL / COAÇÃO MORAL /
OBEDIÊNCIA HIERARQUICA ORDEM LEGAL / ERRO DO TIPO e PROIBIÇÃO INES. POR 3°
Partícipe Não pratica VERBO > INDUZ, INSTIGA, AUXILIA
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA ≠ PARTICIPAÇÃO INOQUA / INEFICAZ
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída 1/6 A 1/3
PARTICIPAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa
pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave
(Ex: duas pessoas vão assaltar uma casa, e uma delas esta armada. A que entra na casa pra
roubar mata o morador > Um Resp. FURTO / Outro Resp. LATROCÌNIO.
OBS: Se o UM soubesse da arma, a pena de FURTO pode ser aumentada ½
CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime.
(Ex: regra > vc e um cara vai roubar seu pai [vc não responde, agora o cara responde por roubo]
exceção > vc e um FP vão roubar um repartição, vc sabe que ele é FP, ambos resp.
peculato (nesse caso ta expresso, elementar, que isso é crime)
Notas finais: I não há possibilidade de Autoria Mediata (Teoria Dominio do Fato) + Coautoria nos crimes
de mão própria
II crime CULPOSO admite Coautoria, mas NÂO Participação (tora de madeira)
III Autoria Incerta / Colateral > não é concurso e ambos respondem por TENTATIVA (porta
de vidro)

CONCURSO CRIMES
CONCEITO: 1 pessoa >> vários crimes (mais de uma ação/omissão)
CONCURSO MATERIAL (pluralidade de conduta)
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
CONCURSO FORMAL (unidade de condutas)
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-
se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer
caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é
dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 (Formal não excede material).
CRIME CONTINUADO (nexo de continuidade delitiva, continuação do primeiro crime)
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie
e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá
o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem
como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave,
se diversas, até o triplo

Conduta
s (Aç / Crimes Penas Exemplos
Om)
Matar a esposa e o
MATERIAL + de 1 + de 1 (idêntico ou não) CUMULATIVA
amante
FORMAL EXASPERAÇÃO
Atropelar, bêbado,
próprio / 1 + de 1 (idêntico ou não) Idêntico: uma pena ↑ 1/6 a 1/2
várias pessoas na rua
perfeito (Ben.) Diferente: + grave ↑ 1/6 a 1/2
Matar esposa e
FORMAL + de 1 (idêntico ou não)
amante com granada.
impróprio / 1 Conduta Dolosa CUMULATIVA
Trancar todos em um
imperfeito Designos Autonomos (sabia)
carro e incendiar
EXASPERAÇÃO Caixa de
CONTINUADO
+ de 1 + de 1 (mesma espécie) Idêntico: uma pena ↑ 1/6 a 2/3 supermercado furta
(Ben.)
Diferente: + grave ↑ 1/6 a 2/3 todo dia
+ de 1 (mesma espécie) EXASPERAÇÃO
CONTINUADO Estuprador estupra
Conduta Dolosa Idêntico: uma pena ↑ triplo
específico / + de 1 toda semana uma
Vitima diferentes (3x)
qualificado pessoa
Violência / Grave Ameaça Diferente: + grave ↑ triplo (3x)

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