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INEDI – Cursos Profissionalizantes

Técnico em Transações Imobiliárias

Noções de
Desenho Arquitetônico
e Construção Civil
MÓDULO 06

BRASÍLIA – 2009
Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização do
INEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância
SDS – Ed. Boulevard Center, Sala 112 – Brasília - DF
Telefax: (0XX61) 3321-6614

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – TTI

COORDENAÇÃO NACIONAL
André Luiz Bravim – Diretor Administrativo
Antônio Armando Cavalcante Soares – Diretor Secretário
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Maria Alzira Dalla Bernardina Corassa – Pedagoga
COORDENAÇÃO DIDÁTICA COM ADAPTAÇÃO PARA EAD
Neuma Melo da Cruz Santos – Bacharel em Ciências da Educação
COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO
José Vieira da SIlva – Engenheiro Civil
Josélio Lopes da Silva – Bacharel em Letras
EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: INEDI/DF
André Luiz Bravim
Rogério Ferreira Coêlho
Robson dos Santos Souza
Francisco de Assis de Souza Martins
PRODUÇÃO EDITORIAL
Luiz Góes
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA
Alessandro dos Santos
IMPRESSÃO GRÁFICA
Gráfica e Editora Equipe Ltda

________________, INEDI, Noções de Desenho Arquitetônico e


Construção Civil, módulo VI, Curso de Formação de Técnicos em
Transações Imobiliárias, 4 Unidades. Brasília. Disponível em:
www.inedidf.com.br. 2009.

Conteúdo: Unidade I: histórico; normas técnicas – Unidade II: etapas


do projeto – Unidade III: esquadrias – Unidade IV: projetos – Exercícios

347.46:659
C837m
Caro Aluno

O início de qualquer curso é uma oportunidade repleta de expectativas. Mas um


curso a distância, além disso, impõe ao aluno um comportamento diferente, ensejando
mudanças no seu hábito de estudo e na sua rotina diária, porque estará envolvido com
uma metodologia de ensino moderna e diferenciada, proporcionando absorção de
conhecimentos e preparação para um mercado de trabalho competitivo e dinâmico.

O curso Técnico em Transações Imobiliárias ora iniciado está dividido em nove


módulos. Este módulo 06 traz para você a básica disciplina Desenho Arquitetônico e
Construção Civil que, dividida em quatro grandes unidades de estudo, apresenta, dentre
outros itens essenciais, a nomeclatura de normas técnicas, as etapas de um projeto arquitetônico
e os principais termos utilizados na arquitetura e na construção civil, e com certeza será
indispensável no seu desempenho profissional.Trata-se, como você pode perceber, de uma
completa, embora sintética, habilitação no âmbito desse conhecimento tão decisivo para
o futuro profissional do mercado imobiliário.

Se o ensino a distância garante maior flexibilidade na rotina de estudos também é


verdade que exige do aluno mais responsabilidade. Nós, do INEDI, proporcionamos as
condições didáticas necessárias para que você obtenha êxito em seus estudos, mas o sucesso
completo e definitivo depende do seu esforço pessoal. Colocamos a sua disposição, além
dos módulos impressos, um completo site (www.inedidf.com.br) com salas de aula virtuais,
fórum com alunos, professores e tutores, biblioteca virtual e salas para debates específicos
e orientação de estudos.

Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitirá
não só o domínio dos conceitos mais elementares da Arquitetura e Construção Civil, como
também os termos adequados para conversação com os clientes, além do conhecimento
dos instrumentos básicos para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos no
mercado de imóveis. Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido uma
importante etapa para atuar com destaque neste seguimento da economia nacional.

Boa sorte!
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................09

UNIDADE I
1. O DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA ....................................................13

2. NORMAS TÉCNICAS .............................................................................................15


2.1 – ABNT ..........................................................................................................15
2.2 – Formatos de Papel .........................................................................................16
2.3 – Dobraduras das Pranchas ..............................................................................17
2.4 – Caligrafia Técnica .........................................................................................17
2.5 – Carimbo ou Legenda ....................................................................................18
2.6 – Tipos de papel ...............................................................................................19
2.7 – Tipos de linhas ..............................................................................................19
2.8 – Símbolos Usuais nos Desenhos de Arquitetura ...............................................20
2.9 – Tipos de escalas .............................................................................................20
2.10 – Linhas de Cotas ..........................................................................................22

UNIDADE II
3 - PROJEÇÕES ORTOGONAIS.................................................................................27

4 - ETAPAS DO PROJETO ..........................................................................................27


4.1 – Escolha do Lote ou Terreno ...........................................................................27
4.2 – Compra do Lote ...........................................................................................27
4.3 – Contratação do Arquiteto..............................................................................27
4.4 – Encomenda do Projeto ..................................................................................27
4.5 – Estudo Preliminar .........................................................................................27
4.6 – Anteprojeto ..................................................................................................27
4.7 – Projeto Final ..................................................................................................27
4.8 – CREA ..........................................................................................................27
4.9 – Prefeitura ......................................................................................................28

5 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ....................................................................29


5.1 – Planimétrico .................................................................................................29
5.2 – Altimétrico ...................................................................................................29
5.3 – Planialtimétrico .............................................................................................29
5.4 – Curvas de Nível ............................................................................................29
5.5 – Orientação ...................................................................................................29
5.6 – Termos Técnicos ............................................................................................29
6. PROJETO DE ARQUITETURA ..............................................................................30
6.1 – Planta Baixa ..................................................................................................30
6.2 – Fachadas ou Elevações ...................................................................................31
6.3 – Corte ............................................................................................................31
6.4 – Planta de Cobertura ......................................................................................31
6.5 – Planta de Situação .........................................................................................31
6.6 – Implantação e Locação ..................................................................................31
6.7 – Quadro de Aberturas ....................................................................................31
6.8 – Quadro de Áreas ..........................................................................................32
6.9 – Método Atual de Desenho ............................................................................32

UNIDADE III
7. CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES ..................................36
7.1 – Projeto Estrutural .........................................................................................36
7.1.1 – Fundação ............................................................................................36
7.1.2 – Estrutura ............................................................................................36
7.1.2.1 – Tipo de Estrutura ...................................................................37
7.2 – Projeto Hidro-Sanitário .................................................................................39
7.2.1 – Água Fria ............................................................................................39
7.2.2 – Instalação do Esgoto ...........................................................................39
7.3 – Projeto Elétrico ............................................................................................33
7.4 – Projeto Telefônico .........................................................................................41

UNIDADE IV
8. DETALHES CONSTRUTIVOS ...............................................................................47
8.1 – Aquecedor Solar ...........................................................................................47
8.2 – marcação da Obra .........................................................................................47
8.3 – Escadas .........................................................................................................48
8.4 – Esquadrias ....................................................................................................48
8.5 – Revestimentos ...............................................................................................50
8.6 – Pisos.. ...........................................................................................................50
8.7 – Soleiras, Rodapés e Peitoris ...........................................................................52
8.8 – Ferragens ......................................................................................................52
8.9 – Vidros ..........................................................................................................52
8.10 – Aparelhos ...................................................................................................53
8.11 – Elementos Decorativos ................................................................................53
8.12 – Pintura .......................................................................................................54

UNIDADE V
9. OBRA ........... ............................................................................................................59
9.1 – Ação de Adjudicação Compulsória ...............................................................59
9.2 – Alvará ...........................................................................................................59
9.3 – Cartório de Notas .........................................................................................59
9.4 – Certidão Negativa .........................................................................................59
9.5 – Código de Obras ..........................................................................................59
9.6 – Habite-se ......................................................................................................59
9.7 – Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI) ......................................59
9.8 – Juizado Especial Cível ...................................................................................60
9.9 – Lei de Zoneamento .......................................................................................60
9.10 – Memorial Descritivo ....................................................................................60
9.11 – Plano Diretor ..............................................................................................60
10. PROJETOS DE RESIDÊNCIAS .............................................................................60
10.1 – Residências / Classificação ..........................................................................60
10.1.1 – Classificação quanto ao tipo ......................................................................60
10.1.2 – Classificação quanto à edificação ...............................................................61

TESTE SEU CONHECIMENTO ................................................................................63


GLOSSÁRIO .............................................................................................................67
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................77
GABARITO........ ..........................................................................................................78
INTRODUÇÃO

Este módulo de desenho Arquitetônico contém ilustrações que


ajudarão o aluno a melhorar interpretação dos tópicos abordados, facilitan-
do sua compreensão no momento de apresentar um empreendimento para
cliente.

O desenho arquitetônico possui uma linguagem própria de ex-


pressão, a qual será apresentada no decorrer dos tópicos. O aluno terá conhe-
cimento de todo o processo de desenvolvimento de um projeto arquitetôni-
co, passando a ter intimidade com seus símbolos e termos básicos para a leitu-
ra deste módulo.

É importante que o aluno esteja consciente que o aprendizado


flui com mais facilidade, quando existe o espírito de equipe. A troca de
informações se faz necessária: saber ouvir, saber falar, respeitar a opinião do
próximo é fundamental, para que todos, no final do curso atinjam o objeti-
vo. Aprender não é só acumulo de informações, mas sim saber interpretá-
las de acordo com a realidade da vida, é saber aproveitar, explorar do co-
meço ao fim da vida.

“O homem nasce sem nenhuma estrutura e morre inacabado,


por isso é um ser em construção”.

Os Pilares do Conhecimento:

Aprender a viver juntos


Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a ser

Aprender é uma função permanente do seu organismo, é a ativi-


dade pela qual o homem cresce, mesmo quando o seu desenvolvimento bio-
lógico há muito se completou. Essa capacidade de aprender permite uma
educação indefinida, um indefinido crescimento ao ser humano.
Unidade
I

¾ Ter uma noção do papel da Arquitetura para a


humanidade;
¾ Conceituar normas técnicas, ABNT;
¾ Reconhecer características das principais exigências estabelecidas pela
ABNT para a área de arquitetura;
¾ Reconhecer a importância das normas técnicas para o exercício de
uma profissão.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

12 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

1. O DESENVOLVIMENTO DA Das construções eminentemente utilitá-


ARQUITETURA rias da pré-história, passamos pela arquitetura
monumental do Egito e da Mesopotâmia ou
O escritor francês André Moreux defi- então aos estilos arquitetônicos tão peculiares
niu que a Arquitetura é a arte de construir sob da Índia, do Japão, da China ou mesmo das
o signo da beleza”. Américas, cada qual com suas particularida-
Nem sempre foi assim. des culturais. Do harmônico dos estilos greco-
A necessidade primitiva e inata de todos romano, vamos ao soberbo do gótico e o bar-
os animais de buscarem um abrigo não foi di- roco na Idade Média e Renascença, depois de
ferente no homem. A chuva, o vento, o frio, passar pelo neoclássico, chegamos hoje à Ar-
os predadores fizeram com que os primeiros quitetura contemporânea.
homens buscassem abrigos seguros. Era o ins- Se, nos primórdios da história, o homem
tinto de conservação que os compelia a essa tinha na arte de construir a essência de se res-
busca. guardar, passando posteriormente a ser elemen-
Nos primórdios da formação das civiliza- to de tributo aos deuses e a Deus, hoje, o ho-
ções humanas, a noção de habitação não tinha mem volta a si e consubstancia suas edificações
o sentido de permanência e as moradias eram ao seu conforto e bem-estar, enfim ao seu pra-
transitórias. Esse conceito foi aos poucos se de- zer.
senvolvendo e paulatinamente o homem pas- Nesta busca incessante, nesta inquietude
sou a cuidar com mais desvelo dos seus abrigos: humana, concluímos que a Arquitetura, como
desenhava nas paredes das cavernas, usava ma- a arte de edificar, é, ao mesmo tempo, uma ci-
teriais mais duradouros nas construções e, para ência dinâmica e ilimitada em sua capacidade
se proteger, cuidar dos rebanhos recém domes- criadora, que aliou as necessidades fundamen-
ticados e a agricultura incipiente, agrupava-se. tais do homem, como:
Assim, por necessidade de sobrevivência, pas- a) físicas: de abrigo;
sou a ser um animal gregário, logo, um animal
social. b) emocionais: de segurança e proteção;
A medida que o homem evoluiu, suas
construções, além de serem locais de refúgio, c) estéticas: de beleza e funcionalidade.
passaram a ser também lugares onde ele tem
prazer em estar. A sua preocupação não se
restringia apenas a se proteger, ele queria es-
tar em local ao mesmo tempo seguro, agra-
dável e belo. Suas emoções não se restringi-
am só ao medo, mas também ao prazer e à
• O instinto de conservação levou o homem a
sua religiosidade. Homenageavam os seus buscar abrigos seguros que se foram modificando
mortos e reverenciavam as suas divindades. com o passar dos tempos.
Suas construções eram mais sólidas e dura- • Com a evolução do homem, as construções,
douras, mais limpas e arejadas e, sobretudo, além de locais de refúgio, passaram a ser, tam-
o homem passava a ocupar-se com o estético, bém, locais agradáveis e belos.
• Das construções utilitárias da pré-história, pas-
isto é, procurava construir com a preocupa-
samos por diversos estilos até a arquitetura con-
ção voltada para o belo. Surgem as pinturas temporânea.
rupestres, como as das grutas de Altamira, na • A Arquitetura é a arte de edificar; uma ciência
Espanha, e as belas e simétricas construções dinâmica e ilimitada em sua capacidade criado-
monolíticas, como as de Stonehenge, na In- ra.
glaterra. • A Arquitetura aliou as necessidades fundamen-

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Assinale, com um X nos parênteses, se as afir-


mativas são verdadeiras ou falsas. Justifique suas
respostas.

1. Quando André Moreux definiu que “a Ar-


quitetura é a arte de construir sob o signo da
beleza”, deu a entender que a Arquitetura é uma
arte eminentemente decorativa.
( ) Verdadeira
( ) Falsa

2. O homem primitivo procurava os abrigos


porque este era o seu instinto de preservação.
( ) Verdadeira
( ) Falsa

3. Até recentemente, a primordial preocupa-


ção ao construir grandes obras arquitetônicas
era homenagear os mortos e reverenciar os deu-
ses (ou Deus); hoje não é mais esta a preocupa-
ção do homem.
( ) Verdadeira
( ) Falsa

4. Os estilos arquitetônicos mostram o grau de


evolução de um povo em épocas diversas.
( ) Verdadeira
( ) Falsa

te, a evolução dos estilos.


nicas construtivas e, naturalmen-
suas edificações, o apuro das téc-
vel evolutivo de um povo, estão
mais consistentes para se medir o ní-
4. Verdadeira. Dentre os parâmetros

das com o conforto pessoal.


3. Verdadeira. As obras modernas estão mais preocupa-

ticas, seja dos agressores externos.


pela necessidade de proteção, seja das intempéries climá-
2. Verdadeira. A busca por abrigo ainda hoje se faz movida

formas plásticas, é elemento complementar da Arquitetura.


seja ela realizada para embelezar interiores ou na busca de
conforto e a satisfação individual ou coletiva. A decoração,
arte preocupada com a forma e a estética, busca também o
1. Esta afirmativa é falsa. A Arquitetura, além de ser uma

14 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

2. NORMAS TÉCNICAS

2.1 – ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA


DE NORMAS TÉCNICAS • As normas técnicas são um processo de sim-
plificação de procedimentos e produtos.
O sistema de padronização é o ali- • As normas fixam padrões de qualidade, padroni-
cerce para garantir a qualidade de zam produtos, processos e procedimentos consoli-
dam, difundem e estabelecem parâmetros consen-
um projeto. Para facilitar a compre- suais entre produtores, consumidores e especialis-
ensão do projeto em nível nacional, tas, bem como regulam as relações de compra e venda.
todos os componentes que envolvem o desenho • O órgão responsável pela normalização técni-
de arquitetura e engenharia são padronizados e ca, no país, é a ABNT.
normalizados em todo o país. Para isto existem
normas específicas para cada elemento do proje-
to, assim como: caligrafia, formatos do papel e
outros. O objetivo é conseguir melhores resulta-
dos a partir do uso de padrões que supostamente
descrevem o projeto de maneira mais adequada 1. Pesquise e cite os quatro aspectos relativos às
e permitem a sua compreensão e execução por normas técnicas.
profissionais diferentes independente da presen- ________________________________________
ça daquele que o concebeu. ________________________________________
Como instrumento, as normas técnicas
contribuem em quatro aspectos: 2. Volte ao texto e transcreva a definição do que
• Qualidade: fixando padrões que levam vem a ser ABNT.
em conta as necessidades e os desejos dos ________________________________________
usuários. ________________________________________
• Produtividade: padronizando produtos,
processos e procedimentos.
• Tecnologia: consolidando, difundindo ca no Brasil.
ponsável pela normatização técni-
e estabelecendo parâmetros consensu- Normas Técnicas é o órgão res-
2. ABNT - Associação Brasileira de
ais entre produtores, consumidores e gia e marketing.
especialistas, colocando os resultados à 1. Qualidade, produtividade, tecnolo-

disposição da sociedade.
• Marketing: regulando de forma equili-
brada as relações de compra e venda.

EXEMPLOS DE NORMAS TÉCNICAS

• NBR 5626: Instalações Prediais de Água


Quente;
• NBR 5410: Instalações Elétricas de Bai-
xa Tensão;
• NBR 6118: Obras e Projetos de Concre-
to Armado;
• NBR 8160: Esgoto Sanitário Predial;
• NBR 6492: Representação do Projeto de
Arquitetura;
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Margens Largura do Esp. Linhas


Formato Dimensões Esquerda Outras Carimbo das margens
A0 1189 x 841mm 25mm 10mm 175mm 1,4mm
A1 841 x 594mm 25mm 10mm 175mm 1,0mm
A2 594 x 420mm 25mm 7mm 178mm 0,7mm
A3 420 x 297mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm
A4 297 x 210mm 25mm 7mm 178mm 0,5mm

2.2 – FORMATOS DO PAPEL

As Normas Brasileiras de Desenho Téc-


nico estabelecem como padrão a série “A”. A
NBR 10.068 tem o objetivo de padronizar as
dimensões, layout, dobraduras e a posição da
legenda, garantindo desta forma uniformida-
de e legibilidade.
Os itens a serem observados na NBR, são
os seguintes:
• posição e dimensões da legenda;
• margem e quadro;
• marcas de centro;
• escala métrica de referência;
• sistema de referência por malhas;
• marcas de corte.

Os formatos da série “A” tem como base


o Formato A0, cujas dimensões guardam entre
si a mesma relação que existe entre o lado de
um quadrado e sua diagonal (841 2 =1189),
e que corresponde a um retângulo de área igual
a 1 m2.
A NBR10068 é complementada com a
NBR 8402, referente à execução de caracteres
para escrita em desenhos técnicos e procedi-
mentos, e pela NBR 8403, que cuida da apli-
cação de linhas em desenhos – tipos de linhas –
largura das linhas e procedimentos.
16 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

2.3 – DOBRADURAS DAS PRANCHAS Cabides para projetos

Os projeto de Arquitetura e Engenharia


após serem executados, devem ser dobrados
conforme as figuras abaixo:

Formato A0

Formato A1

Moldura de 10mm
Indicação das
dobras
Formato A1

Carimbo

Formato A2 Formato A1 – com medidas

2.4 – CALIGRAFIA TÉCNICA

Existe uma padronização também para a


caligrafia técnica, para evitar que os projetos
desenvolvidos em localidades diferentes sejam
interpretados de formas distintas. Desta forma,
adquire-se maior agilidade na interpretação e
Formato A3 execução do projeto.
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

A NBR 8402 tem a finalidade de fixar


características da escrita a mão livre ou por ins-
trumentos usados para a elaboração dos proje-
tos.
Segundo a norma, as letras devem ser 1. Relacione abaixo quais os elementos freqüen-
sempre em maiúsculas e não inclinadas. Os temente usados no desenho técnico.
números não devem estar inclinados _________________________________________
_________________________________________
LETRAS
A B C D E F G H... 2. O carimbo, localizado no canto esquerdo das
A B C D E F G H... pranchas, possuiu alguns itens obrigatórios defi-
nidos pela ABNT. Relacione-os abaixo.
NÚMEROS _________________________________________
1 2 3 4 5 6 7 8 9... _________________________________________
1 2 3 4 5 6 7 8 9...
3. Qual o objetivo dos símbolos e das conven-
(2,0mm – Régua 80 CL – Pena 0,2mm) ções em um projeto?
(2,5mm – Régua 100 CL – Pena 0,3mm) _________________________________________
(3,5mm – Régua 140 CL – Pena 0,4mm) _________________________________________
(4,5mm – Régua 175 CL – Pena 0,8mm)
4. Como denominamos as linhas indicativas das
2.5 – CARIMBO OU LEGENDA dimensões do objeto desenhado?
_________________________________________
Em um projeto de Arquitetura ou Enge-
nharia, faz-se necessário a identificação de al-
guns elementos, tais como: tipo de projeto, en-
nominadas "cotas".
dereço, autor do projeto, responsável técnico sões do projeto desenhado são de-
pela obra, tipo de escala empregada, área do 4. As linhas indicativas das dimen-

lote, área de construção, número da prancha, or clareza ou simplicidade do projeto;


3. Os símbolos e as convenções são utilizados para mai-
números de prancha, espaço reservado para a ta, data e etc;
aprovação da prefeitura e pelo Conselho Regi- nico, proprietário, nome do desenho, escala, desenhis-
endereço da obra, autor do projeto e responsável téc-
onal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 2. Devem constar em um carimbo informações sobre:
- CREA, entre outros. c) cotas;
técnico são: a) carimbos, b) símbolos ou convenções,
1. Os elementos freqüentemente utilizados no desenho

18 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

2.6 – TIPOS DE PAPEL possível imprimir em papel sulfite tantas vezes quan-
tas forem necessárias.
Existem duas categorias de papel para a
elaboração do projeto de arquitetura: opacos e 2.7 – TIPOS DE LINHAS
transparentes.
Os projetos utilizam uma variedade de
Papéis transparentes: Antes do advento do tipos de linhas, para representar objetos em vá-
software para projetos, os projetos originais eram ela- rias situações.
borados em papel-vegetal, por ser um papel transpa- Já as instalações prediais requerem no-
rente e de fácil manuseio e também, por proporcio- menclatura e convenções próprias. Vejamos al-
nar cópias idênticas aos originais. gumas das convenções mais usuais:
Papéis Opacos:
Apresentam uso variável,
para desenhos em geral; os
projetos de Arquitetura e
Engenharia abandonaram
o uso do papel vegetal para
os originais, abrindo espa-
ço para o papel sulfite. Com
o uso do computador para
a elaboração dos projetos, é

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

2.8 - SÍMBOLOS USUAIS NO DESENHO ARQUITETÔNICO

2.9 – ESCALAS - considerações de alguns medida do real, chamamos de Escala Real. A es-
autores: cala real está na razão 1 para 1, ou seja, o real está
"Toda representação está numa propor- para o desenho na razão de uma medida do real
ção definida com o objeto representado. Esta para uma medida do desenho.
proporção é chamada de escala". ( Raisz,
1969:47) 2.8.2. Escala de Redução: Quando o objeto que
"Escala é, então, a relação que existe en- está sendo representado é de grandes dimen-
tre os comprimentos de um desenho e seus cor- sões, usamos escala de redução, para possibili-
respondentes no objeto; portanto, escala nada tar sua representação no papel. Por exemplo,
mais é do que uma razão de semelhança. Sen- quando projetamos uma residência, um prédio
do assim, toda escala é expressa por uma fra- ou uma cidade.
ção; essa fração é chamada Escala Numérica; Escala de redução são representadas da
sua representação gráfica chama-se escala grá- seguinte forma:
fica. Os comprimentos considerados no dese-
nho são chamados distâncias gráficas e os con- 1/10 – 1/20 – 1/50 – 1/100 – 1/200 1/100
siderados no objetos são chamados distâncias e outras.
naturais" (Rangel, 1965:11)
Existem três tipos de escalas: Escala O número 1 indica o desenho e o próxi-
Real, Escalas de Redução e Escalas de ampli- mo o real.
ação. Exemplo: 1/50 (um por cinqüenta)
Significa que um centímetro do papel re-
2.8.1. Escala Real: Quando o objeto que está sen- presentará 50 cm do real, ou seja, o desenho será
do representado no desenho, apresenta a mesma reduzido 50 vezes.
20 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

2.8.3. Escala de Ampliação: Quando o


objeto que está sendo representado é muito
pequeno, necessitando ser ampliado para me-
lhor interpretação do projeto. Esta escala é em- I - Responda as alternativas.
pregada nas áreas de mecânica, eletrônica, de- 1. Pense um pouco e responda: qual a finalida-
senho de jóias, entre outras. de das escalas de redução?
OBS - Escala real - Usa-se este tipo de __________________________________________________________________________________________________________________________________
escala quando o desenho deve ser igual ao ob-
jeto desenhado. A representação desta escala é 2. E as escalas de ampliação? Para que servem?
sempre 1:1 (lê-se um por um). __________________________________________________________________________________________________________________________________
2.8.4. Escala Gráfica: A escala gráfica é 3. Veja no texto e descreva para que servem as
representada por um pequeno segmento de escala reais.
reta graduado, sobre o qual está estabelecida __________________________________________________________________________________________________________________________________
diretamente a relação entre as distâncias no
mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, II - Dadas as escalas abaixo, escreva-as por extenso
e a distância real de um território. Observe: e identifique se são de ampliação, redução ou real.
1) 1½ : 1
2) 1 : 1½
De acordo com este exemplo cada segmen- 3) 5: 5
to de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2 cm 4) 1 : 1.000
a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância 5) 1.000 : 1
no mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, a
distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou 10,5 III. Um pouco mais de teoria: descreva como
km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apre- procedemos nas escalas gráficas.
senta a vantagem de estabelecer direta e visual- __________________________________________________________________________________________________________________________________
mente a relação de proporção existente entre as __________________________________________________________________________________________________________________________________
distâncias do mapa e do território
medida estabelecido.
múltiplos do metro, ou de outro sistema de
escalas gráficas são sempre partes ou
de desenho previamente estabelecido. As
várias partes iguais, obedecendo a um plano
• As escalas numéricas podem ser: de redução, de ampliação III - Nas escalas gráficas, seccionamos um segmento de reta em

e real. objeto foi aumentado mil vezes no desenho.


• A escala de redução significa que o desenho é menor que o vezes no desenho; 5) Mil por um. É uma escala de ampliação; o
objeto desenhado. É usada quando o objeto é muito grande
Um por mil. É uma escala de redução; o objeto foi reduzido mil
cinco. A razão 5:5 é igual à razão 1:1, logo, é uma escala real; 4)
e não temos como representá-la graficamente. É uma escala de redução e o contrário da anterior; 3) Cinco por
• A escala de ampliação significa que o desenho é maior que no desenho foi aumentado uma vez e meia; 2) Um por um e meio.
II -1) Um e meio por um. É uma escala de ampliação, pois o objeto
o objeto desenhado. É usada quando o objeto é muito pe-
queno e sua representação não será nítida, para reproduzir o objeto em seu tamanho natural ou real.

• A escala real significa que o desenho é igual ao objeto


para aumentar o desenho de um objeto; 3) As escalas reais servem
contrário das escalas de redução, as de ampliação são utilizadas
desenhado. usadas para reduzir, no desenho, um determinado objeto; 2) Ao
• As escalas numéricas são assim representadas:
I - 1) Como o próprio nome indica, as escalas de redução são

- de redução -1:2 (lê-se um por dois), ou seja, o desenho é a


metade do objeto desenhado;
- de ampliação -2:1 (lê-se dois por um), isto é, o desenho é duas
vezes maior que o objeto desenhado;
- real -1:1 (lê-se um por um), ou seja, o desenho é igual ao
objeto desenhado.
• Escala gráfica é aquela em que seccionamos um segmento de
reta em várias partes iguais, obedecendo a um plano de dese-
nho previamente estabelecido.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

2.10 – LINHAS DE COTA • linha auxiliar deve ser prolongada ligei-


Cotagem em Desenho Técnico ramente além da linha de cota.
(NBR - 10126) • deixar um pequeno espaço entre a linha
auxiliar e o elemento ou detalhe a ser
Representação gráfica das dimensões no cotado.
desenho técnico de um elemento, através de li- • linhas auxiliares devem ser perpendicu-
nhas, símbolos, notas e valor numérico numa lares aos elementos a serem cotados e
unidade de medida. paralelas entre si.
Elementos gráficos para representação de • linhas de centro não devem ser utilizadas
cotas como linhas de cota ou auxiliares porém
Dimensão podem ser prolongadas até o contorno do
Linha de cota ou de do objeto elemento representado e a partir daí com
dimensionamento
linha auxiliar (contínua estreita).
• sempre que o espaço disponível for ade-
quado colocar as setas entre as linhas au-
xiliares, quando não for pode-se repre-
sentar externamente.
• cotagem de raios, a linha de cota parte
Linhas de chamada
do centro do arco e uma única seta e re-
presentada onde a linha de cota toca o
Recomendações contorno do arco, a letra R (erre maiús-
• a característica da linha de cota e linha cula) deve ser representada na frente do
auxiliar: linha estreita e contínua. valor da cota.

22 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

Técnica de Cotar Símbolos para as cotas

a) as cotas devem ser representadas aci- • Utilizamos alguns símbolos, para facili-
ma e paralelamente à linha de cota e aproxima- tar e identificar das formas dos elemen-
damente no seu ponto médio. tos cotados.
b) as cotas devem ser lidas da base da fo-
lha de papel. As linhas de cotas devem ser in- φ - diâmetro
terrompidas próximas ao meio para represen- R - raio
tação da cota.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

24 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

Unidade
II

¾ Conceituar projeção. Projeção ortogonal;


¾ Conhecer as etapas de um projeto;
¾ Reconhecer as características do levantamento topográfico
¾ Conhecer o significado de termos técnicos da área de arquitetura e
engenharia geralmente utilizados durante o processo de transação
imobiliária
¾ Conhecer o conteúdo das diversas plantas de um projeto
arquitetônico.

INEDI - Cursos Profissionalizantes • 25


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

26 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II

3. PROJEÇÕES ORTOGONAIS 4.2 – COMPRA DO LOTE - Certificar-se de


que toda a documentação está correta e passar
O desenho arquitetônico consiste em imediatamente a escritura para o nome do com-
representar as edificações, levando em consi- prador.
deração as projeções, vistas, elevações, detalhes
e cortes. Estas projeções nos proporcionam 4.3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITE-
uma visão espacial, ou melhor, volumétrica da TO - É de fundamental importância a con-
edificação. tratação deste profissional, até mesmo an-
tes da negociação do lote, quando ele po-
derá orientar na escolha e adequação do ter-
reno.

4.4 – ENCOMENDA DO PROJETO -


Antes de dar início ao projeto de arquitetu-
ra, é necessário uma conversa detalhada en-
tre o cliente e o arquiteto. Neste momento o
arquiteto solicitará ao cliente o Uso do Solo,
fornecido pela Prefeitura e o Levantamento
4. ETAPAS DO PROJETO
Topográfico, que deverá ser executado por
um topógrafo. Nesta etapa o profissional
É importante conhecer a linguagem do
colherá dados do cliente, conhecerá suas
projeto arquitetônico, com seus símbolos e
necessidades e expectativas, para a elabora-
convenções, assim como, para saber ler e es-
ção do Programa de Necessidades, colhen-
crever corretamente, temos necessidade dos
do todas as informações necessárias para dar
conhecimentos e regras de gramática. O
início à fase, a qual chamamos de Estudo
desenho arquitetônico apresenta uma série de
Preliminar.
peculiaridades, que veremos a seguir, no sen-
tido de instruir o aluno e torná-lo capaz de
4.5 – ESTUDO PRELIMINAR - A partir do
fazer uma leitura completa do projeto. Inici-
momento em que o arquiteto fica ciente dos
aremos, passo a passo, as etapas de elabora-
objetivos e necessidades de seu cliente, começa
ção de um projeto, desde a escolha do lote
a elaboração de um croqui, ou melhor, de um
até a aprovação nos órgãos competentes.
esboço, que dará início a nova fase, denomina-
da de Anteprojeto.
4.1 – ESCOLHA DO LOTE OU TERRENO
- É importante levar em consideração alguns
4.6 – ANTEPROJETO - É o projeto desenha-
itens como:
do, seguindo todas as normas do desenho téc-
• Localização
nico e da ABNT.
• Edificações vizinhas
• Posição em relação ao Norte
4.7 – PROJETO FINAL - Logo após a aprova-
• Situação topográfica do lote (feito pelo
ção do projeto pelo cliente, o arquiteto passa a
topógrafo)
finalizá-lo, incluindo todos os desenho necessá-
• Afastamentos exigidos pela prefeitura
rios para a aprovação na prefeitura e registro
(Uso do Solo)
no CREA.
• Índice de ocupação (Uso do Solo)
• Resistência do solo (Projeto de Funda-
4.8 – CREA - O Conselho Regional de Enge-
ção)
nharia, Arquitetura e Agronomia é o órgão onde
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 27
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

o arquiteto registra um documento denomina- 1. ( ) Somente as edificações de menor


do ART – Anotação de Responsabilidade Téc- complexidade exigem planejamento.
nica, no qual assume total responsabilidade pelo 2. ( ) É na fase de programa da obra que
projeto que assina. O CREA fiscaliza a atuação o profissional responsável pelo projeto capta os
dos profissionais formados nas áreas de engenha- desejos do cliente e determina as diretrizes para
ria, arquitetura e agronomia. Regulamentadas, o início de seus trabalhos.
essas profissões têm direitos e deveres que devem 3. ( ) O objetivo do “planejar” resume-
ser respeitados por quem as exerce. O CREA se na união perfeita entre o lucro, o tempo e o
verifica se a conduta desses trabalhadores está ade- trabalho propriamente dito.
quada – os que cometem erros graves correm o 4. ( ) Além de outros fatores, o clima, a
risco de perder o registro no Conselho e ficar aeração, a insolação, o estilo e a topografia são
em situação irregular. observados num projeto.

4.9 – PREFEITURA – O cliente ou o profissi- II. Relacione as áreas de forma correta.


onal deverá levar o projeto para ser aprovado 1. ( ) quartos
pela prefeitura; caso seja aprovado, deverá pro- 2. ( ) banheiros
videnciar cinco jogos de cópia para serem re- 3. ( ) varanda
gistrados e carimbados. 4. ( ) piscina
5. ( ) cozinha
6. ( ) sala
7. ( ) dependências de empregada
8. ( ) escritório
9. ( ) lavabo
• Toda obra exige um planejamento que vai des-
de o momento dos primeiros contatos, que cha-
10. ( ) sala de televisão
mamos de fase de programa da obra, até a sua
concretização. A - íntima B - social C - serviço
• O objetivo deste planejamento é o de obter
maior lucro, com o menor dispêndio de tempo
e trabalho. 6. (B); 7. (C); 8. (B); 9. (B); 10. (A)
• Os espaços da obra são definidos levando-se II - 1. (A); 2. (A); 3. (B); 4. (B); 5. (C);
em consideração fatores tais como: clima, aera- (x); 4. (x)
ção, insolação, estilo e topografia. I - 1. ( ) Qualquer projeto exige um planejamento; 2. (x); 3.
• Um programa bem simples de uma residência
abrange as seguintes áreas:
- íntima: quartos, banheiros, sala íntima;
- social: sala, varanda, lavabo, piscina, escritório,
garagem;
- serviço: área de serviço, cozinha, copa, quarto
de empregada e despensa.

I. Assinale, com um X nos parênteses, as afir-


mações verdadeiras.

28 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II

5. LEVANTAMENTO Existem dois tipos de orientação, a mag-


TOPOGRÁFICO nética (bússola) e a verdadei-
ra, que é a geográfica. No Le-
É o estudo do terreno, visando verificar vantamento Topográfico é
as divisas do terreno, suas as dimensões e desní- utilizada a verdadeira , pois
veis. O levantamento topográfico é dividido em a magnética apresenta varia-
três etapas: ções no decorrer dos anos.

5.1 – PLANIMÉTRICO - é o levantamento


topográfico, propriamente dito; apresenta o
estudo planialtimétrico e altimétrico do ter-
reno.

5.2 – ALTIMÉTRICO - abrange as curvas de


nível e alturas do terreno.

5.3 – PLANIALTIMÉTRICO - abrange


somente as divisas e os ângulos. 5.6 – TERMOS TÉCNICOS - Para me-
lhor compreensão do estudo topográfico, o
5.4 – CURVAS DE NÍVEL - São linhas curvas Técnico em Transações Imobiliárias precisa
que indicam as alturas e a inclinação do terre- estar por dentro de alguns termos técnicos
no. As curvas de níveis devem ser representa- relacionados à situação do terreno, para ter
das metro a metro em um levantamento topo- argumentos em uma explanação para o cli-
gráfico. Estas curvas são definidas de acordo com ente. Os principais são:
a sinuosidade do terreno: quanto mais próxi- • Terraplanagem – Processo de prepara-
mas indicam que o terreno possui inclinação, ção do terreno, para dar início a cons-
quando são mais espaçadas, indicam que o ter- trução.
reno é pouco inclinado ou até mesmo plano. • Aterro – Preenchimento de uma área
Conforme podemos notar na figura abaixo, o em desnível, com terra ou entulho.
setor A é o mais ingrime e o setor B é o menos • Corte – Retirada de terra de uma
inclinado. área.
• Declive – Quando a inclinação do ter-
reno está abaixo do nível da rua.
• Aclive – Quando a inclinação do ter-
reno está acima do nível da rua.
• Logradouro – Locais públicos, como
praças, ruas, avenidas, parques etc...
• Arruamento – Processo de criação das
ruas.
• Caixa de Rolamento – Parte da rua des-
tinada para o trânsito de veículos.
5.5 – ORIENTAÇÃO - É a posição do nor- • Passeio – Parte da rua destinada para
te em relação ao terreno; este deve constar no o passeio de pedestre.
Levantamento Topográfico, pois é de funda- • Afastamento – Distâncias exigidas pelo
mental importância para o arquiteto elaborar Uso do Solo, da edificação em relação
o projeto. ao terreno.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 29
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

6. PROJETO DE 6.1 – PLANTA BAIXA - É um corte trans-


ARQUITETURA versal à edificação, a uma altura de 1,50m. Atra-
vés da planta baixa, podemos visualizar os am-
O projeto de arquitetura é constituído bientes que compõe o projeto. Feche os olhos e
pelos seguintes desenhos: imagine uma casa, visualizando da rua. Agora
• Planta Baixa ou Pavimento Térreo imagine se fosse possível, tirar o telhado e visu-
• Pavimento Superior (quando for sobra- alizá-la de cima.
do ou prédio) • Itens que compõe a planta baixa:
• Layout ƒ Paredes
• Corte Transversal ƒ Janelas
• Corte Longitudinal ƒ Portas
• Fachadas ƒ Cotas
• Planta de Cobertura ƒ Cotas de Nível
• Planta de Situação ƒ Projeções
• Implantação ou Locação ƒ Indicação dos Cortes
• Quadro de Aberturas ƒ Indicação do Norte
• Quadro de Áreas ƒ Escada
ƒ Rampas
ƒ Pergolado
ƒ Espelho d’água

Layout
30 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II

6.4 – PLANTA DE COBERTURA - Este


desenho define a situação do telhado, núme-
ro de águas, tipo de telha, lado da queda
d´agua e a largura do beiral.

Perspectiva

6.2 – FACHADAS OU ELEVAÇÕES - São


elevações verticais, frontal, lateral ou posterior,
para se ter noção da edificação.
6.5 – PLANTA DE SITUAÇÃO – Define a
situação do lote em relação à quadra, às ruas e
aos lotes vizinhos.

6.6 – PLANTA DE IMPLANTAÇÃO E


6.3 – CORTES - São elevações verticais fei- LOCAÇÃO - Define a situação do projeto em
tas no sentido transversal e longitudinal dentro relação ao terreno, incluindo as medidas dos
da edificação, para medir as alturas dos elemen- afastamentos.
tos arquitetônicos, portas, telhados, escadas,
rampas e outros.

Implantação e Locação

6.7 – QUADRO DE ABERTURAS - Legen-


da a qual possui informações sobre as abertu-
ras, portas e janelas.Quando a referencia é para
janela, denominamos a sigla J , e para porta P.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 31
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Conforme o tipo e as dimensões numeramos • Planta baixa é o desenho que recebe a maior
como no exemplo: carga de informações, ou seja, contém as di-
mensões em tamanho real, obedecendo as es-
J1 P1 calas do projeto.
J2 P2 • Corte é a secção feita na obra para se obter
uma visão diferente do projeto, A escolha da
J3 P3 secção é aleatória, destacando o que se deseja
mostrar e sem Iimite quanto ao número de cor-
tes. Recomenda-se, para melhor compreensão
de um projeto, no mínimo, dois cortes: um
transversal e outro longitudinal.
• Fachada é a visão externa do projeto, é a forma
que a obra adquire.
• Os estudos do terreno propriamente dito
abrangem: a altimetria (inclinação ou, não, do
terreno), tipo de solo, a orientação quanto a po-
sição do sol e ventos, afastamento que deverá
existir em relação ao lote do vizinho, a forma do
lote, a dimensão de suas medidas, a compatibi-
6.8 – QUADRO DE ÁREAS - Legenda que lização entre o projeto concebido e o valor do
apresenta a área do terreno, área de constru- lote, orientação esta prestada pelo arquiteto.
ção e a área de permeabilidade (área de jar-
dim).
6.9 – MÉTODO ATUAL DE DESENHO
– CAD – UMA NOVA FILOSOFIA DE
TRABALHO

Filosofia de trabalho inovadora em


projeto e construção, o CAD representa,
sem dúvida, uma ferramenta essencial para
o arquiteto e o engenheiro, bem como para
todos os profissionais dedicados à área de
desenho técnico. Com o crescente interesse
e conscientização das empresas com relação
ao uso do CAD e seus efeitos sobre a me-
lhoria da eficiência e da qualidade do tra-
• O projeto em si é a finalização das fases que o balho oferecido à clientela, evidencia-se, no
antecedem, São elementos constantes de um pro-
futuro próximo, a diminuição do espaço re-
jeto: situação, locação, cobertura, planta baixa, corte
e fachada. servado àqueles profissionais que não ado-
• Situação é o estudo da edificação no contexto tarem esta tecnologia de ponta. O ensino e
da cidade, do bairro e da rua. aprendizado dessa ferramenta deve ser pau-
• Locação é o estudo do terreno propriamente tado pelas necessidades de cada profissional,
dito. Ao arquiteto, por exemplo, é importante o
• Cobertura é a parte da projeção que protege a
edificação das intempéries climáticas e que, para
profundo conhecimento dos comandos e
cumprir tal finalidade, deve ter as propriedades facilidades oferecidas pelo programa, pois,
de estanqueidade, isolamento térmico e ainda à medida que vai desvendando suas quase
ser indeformável, resistente, leve, não absorver ilimitadas possibilidades, passa a ter maior
peso, permitir fácil escoamento com secagem desenvoltura de trabalho, ganhando em pro-
rápida.
dutividade e conseguindo, até mesmo con-

32 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade II

ceber e materializar sua idéia diretamente a) A altimetria do lote


no computador. Uma vez que a idéia criati- _________________________________________________________________
va origina-se na mente do profissional, o que _________________________________________________________________
acontece, neste caso, é a transferência de
idéias do homem, diretamente para a má- b) A posição do sol e dos ventos
quina. _________________________________________________________________
________________________________________________________________

c) A distância de um lote para o outro


________________________________________________________________
________________________________________________________________
I - Relacione de forma correta os elementos de
d) A forma do lote
um projeto.
________________________________________________________________
A - Planta de Situação
________________________________________________________________
B - Planta de Locação
C - Planta de Cobertura
e) As dimensões do lote
D - Planta baixa
_________________________________________________________________
E - Corte
_________________________________________________________________
F - Fachada
f ) O valor devido do lote
1. ( ) É o estudo que abrange sete itens
________________________________________________________________
sobre o terreno propriamente dito.
_________________________________________________________________
2. ( ) Tem como finalidade proteger as
edificações das intempéries climáticas.
3. ( ) Estuda a edificação no contexto
da cidade, bairro e rua.
4. ( ) É o desenho que recebe maior car-
ga de informações.
5. ( ) Pode ser de dois tipos: o transver-
sal e o longitudinal - e serve para a me- ao da obra de arquitetura.
lhor compreensão do projeto. preço do terreno se sobreponha
são de valores fazendo com que o
6. ( ) É a exteriorização do projeto, a sua arquiteto, poderá provocar uma inver-

forma.
f) Este fator, se não tratado com grande seriedade pelo

deral que uma vez desrespeitada pode criar problemas.


e) As dimensões mínimas são estabelecidas pela Lei Fe-
II - Pense e responda.
tam o trabalho do arquiteto.
d) Os terrenos, quando não são retangulares, dificul-
1. Ao estudarmos um terreno, quais os elemen-
tada, pois há matéria que disciplina o assunto.
tos devem ser prioritariamente examinados? c) A distância de um lote para o outro deve ser respei-
__________________________________________________________________________________________________________________________________ soluções artificiais.
__________________________________________________________________________________________________________________________________ muitas vezes, o aumento dos custos com o emprego de
servadas, ocorrerá desconforto para o proprietário e,
b) Se as posições do sol e dos ventos não forem ob-
2. Que transtornos as situações relacionadas partido dos desníveis.
a seguir trarão, se não forem devidamente arquiteto, a não ser quando o projetista consegue tirar
observadas? II - a) Um terreno não plano complicará o projeto do

6. (F) 5. (E) 4. (D) 3. (A) 2. (C) I - 1.(B)

INEDI - Cursos Profissionalizantes • 33


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

34 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

Unidade
III

¾ Conhecer a importância dos Projetos Complementares,


bem como as informações que cada um pode fornecer;
¾Obter conhecimentos sobre alguns detalhes construtivos
importantes para o bom funcionamento de uma edificação.
¾Ter um maior conhecimento sobre alguns materiais e/ou elementos
utilizados numa obra.

INEDI - Cursos Profissionalizantes • 35


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Observe os desenhos:
7. CONTRATAÇÃO DOS PROJE-
TOS COMPLEMENTARES

Estes projetos devem ser contratados


após ter sido concluído o projeto arquitetô-
nico. Os projetos complementares são os se-
guintes:

7.1 – PROJETO ESTRUTURAL


As fundações evitam que a obra tombe pela
Este projeto deverá ser elaborado pelo ação do vento
engenheiro civil.

Uma construção segura depende do pro-


jeto de estrutura que, por sua vez, depende do
projeto de fundações, elaborado segundo a re-
sistência do solo.

7.1.1 – FUNDAÇÃO As fundações evitam que a obra afunde por


ação do peso próprio ou adicional.
Elaborados os projetos de Arquitetura e
Estrutura, cabe ao proprietário/construtor dar 7.1.2 – ESTRUTURA
início à obra. Esta deverá estar assentada de tal
forma que não venha a tombar ou afundar no Falar em estrutura de uma edificação é o
terreno. É neste momento que se realizam as mesmo que falar do esqueleto humano. É o sis-
fundações ou, como dizem os leigos, o alicerce tema rígido que lhe assegura manter-se de pé,
da obra. ou seja, é a parte do corpo que recebe todas as
A primeira vista, poderá parecer que este cargas (peso) próprias ou adicionais, e as trans-
estágio constitui uma atividade de importância mite para os pés, isto é, para a fundação. Os ho-
relativa na Engenharia. Na verdade as funda- mens têm uma série de articulações, que Ihes
ções são e sempre foram essenciais no contexto permitem movimentos. Nas edificações também
de toda a edificação. existem estes movimentos, embora mínimos. As
Define-se como fundação o processo pelo juntas de dilatação permitem à obra, movimen-
qual se cria no terreno uma resistência igual e tar-se em decorrência da variação de tempera-
em sentido contrário ao do peso (ou força) que tura ou outras solicitações.
deverá atuar sobre ele, para garantir a sustenta- O sistema estrutural das edificações, que
ção da obra. hoje conhecemos, tem pouco mais de uma cen-
Exemplificando: se uma obra pesa 500 tena de anos e só lhe foi possível esta maturida-
toneladas e o terreno não suporta este peso, é de, com o advento de novos materiais constru-
preciso criar artificialmente um sistema de sus- tivos, como o aço e o cimento. E, acima de tudo,
tentação para suportar este peso, ou então, a com a exploração destes e outros materiais, pe-
obra não ficará de pé. Este sistema é chamado las pesquisas técnicas de resistência e aplicação
de fundação. dos conhecimentos matemáticos que constitu-
em a alavanca da evolução da Engenharia nas
Edificações.
36 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

7.1.2.1. TIPOS DE ESTRUTURA A brita, cascalho e a areia são cha-


mados de agregados e sua função prin-
Costuma-se classificar as estruturas, em cipal, além de ocupar espaço (diminuir
função do material usado, em estruturas de o custo da obra, já que são mais baratos
madeira, de concreto e de metal. que o cimento) é, também, de consorci-
a) Estrutura de madeira - É o tipo mais ando-se com o cimento, oferecer maior
antigo de estrutura, todavia, em decor- resistência ao concreto.
rência de sua pequena capacidade de Da dosagem de cada elemento na
vencer vãos e suportar grandes esforços, composição do concreto dependerão sua
é empregada em obras de pequeno por- plasticidade e resistência.
te. Outros empecilhos à aplicação e di- Uma peça de concreto estará cura-
fusão da madeira nos tempos modernos da, isto é, estará com sua resistência ple-
é a sua pouca durabilidade, além de, de- na depois de 28 dias; contudo, o concre-
vido à escassez, o seu custo tornar-se proi- to tem a propriedade de, à medida que
bitivo. Hoje, o uso mais trivial da madei- envelhece, ficar mais resistente.
ra é em estrutura de cobertura para te- Existem no mercado, hoje, inúme-
lhas de barro. ros produtos químicos que, adicionados
ao concreto, fazem com que o processo
b) Estrutura de concreto - Ao se falar em de endurecimento seja acelerado -são os
concreto, estamos normalmente nos aceleradores de pega. Existem, também,
referindo à associação de cimento, água produtos para retardar o endurecimen-
e agregados (areia + pedra). Quando to - são os retardadores de pega. São usa-
se usa o concreto com um apoio, que é dos em casos excepcionais e sua aplica-
normalmente feito de ferro, dá-se a esta ção e dosagem sempre obedecem reco-
combinação o nome genérico de con- mendação técnica.
creto armado.
A consistência, resistência ou plas- c) Estrutura metálica - É a estrutura ideal para
ticidade do concreto são decorrentes da grandes obras ou para obras padronizadas.
proporcionalidade dos elementos que o É uma estrutura limpa, rápida e de baixo
constituem e são fornecidos pelo calcu- custo quando em grande quantidade.
lista, pois cada estrutura requer um re- Em decorrência da exigência de
sultado final distinto. mão-de-obra mais especializada e, portan-
O cimento é o elemento que dá to, mais cara, a indústria da construção
resistência ao concreto. civil tem, numa posição terceiro mundis-
A água, além de ser o elemento que ta, oferecido, no Brasil, uma grande resis-
fornece a plasticidade ao concreto, pro- tência ao seu emprego. Em contraparti-
voca a reação química do cimento. Seu da, a indústria siderúrgica nacional, face
uso deve ser muito bem controlado, sob à reduzida procura, não tem investido no
pena de lavar o concreto, fazendo-o per- seu desenvolvimento tecnológico e mer-
der suas características. cadológico, criando-se assim um círculo
O fator água/cimento é tão importante vicioso: não desenvolve porque não ven-
que é normatizado e existem estudos de de; não vende porque não desenvolve.
alto nível sobre o assunto. Assim, a pro- As possibilidades técnicas do aço são
porção água/cimento não pode ser esta- ilimitadas, propiciando execuções de
belecida sem um critério técnico previa- grandes vãos (pontes) e edifícios muito
mente estabelecido. altos, haja vista a torre da Sears em Chi-
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 37
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

cago, com mais de 100 pavimentos.


Para finalizar este texto, citaremos o
arquiteto Sérgio Bernardes que diz o se-
guinte na apresentação de um trabalho
da Açominas referente a estruturas metá-
licas: “O aço fará um trabalho cultural I - Explique com suas palavras o que é a estru-
fantástico, dando um caminho para cima tura de uma edificação.
ao operário na exigência de uma mão-de- ________________________________________________________________
obra qualificada e qualificando em cons- _________________________________________________________________
tante provocação a mão-de-obra não qua-
lificada, buscando criar uma política para II - Analise as afirmações abaixo, escrevendo,
a melhoria da qualidade de vida na rela- nos parênteses, SIM ou NÃO.
ção custo/benefício, onde o dinheiro su- Reescreva corretamente as afirmações
per qualificado se encontra com o materi- que você assinalar de forma negativa.
al adequado à dinâmica das necessidades
de criatividade e mudanças.”. 1. ( ) A estrutura de madeira é muito utiliza-
da nas edificações por ser forte e barata.
_________________________________________________________________

2. ( ) Concreto armado é o nome genérico


• É a estrutura de uma edificação que recebe to- da combinação de cimento + água + agrega-
das as cargas próprias ou adicionais e as transmi-
te para a base, ou seja, para a fundação.
dos + ferro.
_________________________________________________________________
• O sistema estrutural das edificações tornou-se
mais eficiente com o advento de novos materiais
construtivos, como o aço e o cimento, a explora- 3. ( ) A água é o elemento que tem como fun-
ção destes e outros materiais, a aplicação de co- ção ocupar espaço e oferecer maior resistência
nhecimentos matemáticos e, acima de tudo, o ao concreto.
princípio elementar para os cálculos estruturais _________________________________________________________________
de uma edificação - a lei da ação e reação.
• As estruturas são classificadas de acordo com o 4. ( ) O cascalho e a areia são chamados de
material usado: madeira, concreto, metal. agregados e têm como função fornecer a plas-
• A estrutura de madeira é o sistema mais antigo e ticidade ao concreto.
devido a sua fragilidade, sua pequena capacidade _________________________________________________________________
de vencer vãos, de suportar pesos e seu alto custo,
é empregada apenas em obras de pequeno vulto.
5. ( ) Da dosagem de cada elemento na com-
• A estrutura de concreto composta de cimento, posição do concreto dependerão a sua plasti-
água e agregados e, em alguns casos, ferro é mui-
to usada por ter consistência, resistência ou plas-
cidade e a resistência.
ticidade. No entanto, tal estrutura exige cálcu- _________________________________________________________________
los específicos, pois cada uma requer uma com-
posição distinta. 6. ( ) A estrutura metálica utiliza de mão-de-
• A estrutura metálica é a ideal para grandes obras obra barata.
ou para um volume grande de obras padroniza- _________________________________________________________________
das. É uma estrutura limpa, rápida e que, em
grande quantidade possui baixo custo. Ela exige
7. ( ) A estrutura metálica é ideal para gran-
mão-de-obra mais especializada e, portanto, mais
cara. des obras.
_________________________________________________________________
38 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

cializada que não é barata; 7. (SIM)


metálica exige mão-de-obra espe-
7.2.1 – ÁGUA FRIA
creto; 5. (SIM); 6. (NÃO) A estrutura
paço e oferecer resistência ao con-
dos, mas têm como função ocupar es-
cascalho e a areia são realmente chamados de agrega-
creto e proporciona sua reação química; 4. (NÃO) O
A água é o elemento que fornece a plasticidade ao con-
de vencer vãos e pelo seu alto custo; 2. (SIM); 3. (NÃO)
suportar grandes esforços, pela pequena capacidade
1. (NÃO) A estrutura de madeira é pouco usada por não
II - Veja se você respondeu corretamente.

da obra e as transmite para a sua fundação.


toda edificação recebe as cargas próprias ou adicionais
I -1. Bem semelhante à estrutura humana, a estrutura de

7.2.2 – INSTALAÇÕES DE ESGOTO

A primeira idéia que nos vem quando tra-


tamos de uma rede de esgoto é que toda água
usada sairá em forma de esgoto. Até as concessi-
onárias de serviço público usam este critério para
cálculo de volume dos afluentes em suas redes.
Esta idéia é relativamente correta, quan-
do se trata simplesmente do volume, pois os
7.2 – PROJETO HIDRO-SANITÁRIO - O esgotos domésticos têm em sua composição
objetivo deste projeto é dimensionar as tubula- 99,9% de água. O problema diz respeito ao
ções necessárias, para cada área 0,1% (um décimo por cento) restante, consti-
molhada(banheiros, lavabos, área de serviço, tuído dos resíduos oriundos das fezes, urina,
cozinha e outros). O projeto hidro-sanitário limpeza corporal, lavagem de piso, roupas,
apresenta os pontos e as tubulações de água utensílios de cozinha, etc. Neste processo de
fria, quente, esgoto e pluvial. excreção e higienização que efetuamos diaria-
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 39
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

mente, lançamos na rede de esgoto não só ele- Lamentavelmente, estes são lançados in
mentos orgânicos, fezes, urina e gorduras, natura nos córregos, rios ou lagos, com sérios e
como também ácidos, detergentes, pó e mui- imediatos comprometimentos para as popula-
tos outros produtos. O somatório desses ele- ções ribeirinhas e, a longo prazo, para toda a
mentos cria os grandes complicadores de uma população regional, incluindo aí, também,
rede coletora de esgoto, pois advêm desta união aquelas causadoras da poluição.
de compostos a cultura e proliferação de mi- Em regiões onde não existe a rede públi-
croorganismos, a formação de gases, a agluti- ca de captação, seja em cidades ou no campo,
nação das gorduras, etc., em caso de esgoto deve se usar o sistema de fossas sépticas e su-
residencial. Em outros tipos de edificações, midouros, sistema altamente eficiente, larga-
podem existir elementos que, pelas suas carac- mente comprovado e recomendado pelas mai-
terísticas poluentes, requerem redes e tratamen- ores autoridades sanitárias mundiais.
tos especiais, como por exemplo, os hospitais, A seguir, alguns detalhes deste sistema:
as indústrias e os frigoríficos.
Dessa forma, verificamos que o projeto
de esgoto também requer cuidados especiais,
não só como elemento de canalização das águas
servidas, mas sobretudo para se evitar que estas
venham contaminar o ambiente com o vaza-
mento de líquidos ou gases, passagem de ani-
a) Fossa séptica - destina-se a separar e
mais e insetos, causando transtornos quanto à
transformar a matéria sólida contida na água
habitabilidade ou o comprometimento por
de esgoto, principalmente fezes, para em segui-
questões de saúde.
da descarregar esta água no solo.
Em decorrência daquele 0,1% que men-
A transformação deste composto sólido é
cionamos acima, a rede de esgoto não poderá
feita por bactérias anaeróbicas. Dessa forma,
ter o mesmo diâmetro da rede de água. Assim,
deve ser evitado jogar na fossa séptica a água
se em uma pia de cozinha a torneira é de 13mm,
servida na cozinha, pois esta contém sabão e
a rede de esgoto será no mínimo de 40mm, pois
detergentes, os quais são nocivos à formação e
a tubulação de esgoto trabalha a meia seção,
proliferação destas bactérias.
enquanto a água é fornecida com a tubulação
cheia.
Veja o desenho:
Veja, no final deste texto, uma relação que
transcrevemos para seu conhecimento, das prin-
cipais terminologias de esgotos sanitário adota-
da pela NBR 8160 de 1983, a qual disciplina
e fixa as condições mínimas para os projetos e
execução das referidas instalações.
Antes, porém, de terminarmos este títu-
lo, não poderemos deixar de lembrar a impor-
tância do destino final dos esgotos para a saúde
pública e para o equilíbrio ecológico.
Boa parte de nossas cidades já dispõem
da rede pública de captação dos esgotos, entre-
tanto, pouquíssimas estão aparelhadas com os
dispositivos técnicos de tratamento deste esgo-
to.
40 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

b) Caixa de gordura - destina-se a rece- 7.4 – PROJETO TELEFÔNICO - O enge-


ber a água servida na cozinha e separar a gordu- nheiro elétrico define o caminho das tubula-
ra. Este procedimento é necessário, pois como ções dos cabos de telefone.
vimos antes, não se recomenda o lançamento des-
ta água na fossa séptica nem o seu lançamento
diretamente no sumidouro sem a separação da SÍMBOLOS E CONVENÇÕES NOS
gordura, sob pena de, com o tempo, impermea- PROJETOS ARQUITETÔNICOS
bilizar as paredes do sumidouro, dificultando as-
sim a absorção natural. Veja o esquema para cons-
trução de uma caixa de gordura.

A gordura fica em suspensão, permitin-


do a passagem da água.
Tanto a caixa de gordura quanto a fossa
séptica necessitam de limpeza periódica para
remoção da gordura e da massa retidas.

c) Sumidouro - é simplesmente um bu-


raco no chão e destina-se a absorver a água pro-
veniente da fossa séptica, da caixa de gordura
ou de outras origens.
Lembrete importante - seja na cidade ou
no campo, em rede pública ou particular, as
águas de chuva (águas pluviais) nunca devem ser
canalizadas para a rede de esgoto, pois poderá
saturá-la, irremediavelmente, comprometendo
todo o sistema.

7.3 – PROJETO ELÉTRICO - O engenhei-


ro elétrico define o caminho das tubulações elé-
tricas desde a caixa de entrada de energia que
vem da rua até a sua chegada aos equipamen-
tos elétricos.

INEDI - Cursos Profissionalizantes • 41


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

j) Existem dois tipos de sistemas telefônicos: liga-


ções telefônicas e ligações internas. As ligações te-
lefônicas são as destinadas aos telefones propria-
mente ditos. Nesta rede poderão ser ligados ou-
tros serviços como telex, música ambiente, com-
putadores, fax, etc. As tubulações obedecem aos
a) Entre as instalações mais importantes de uma critérios das concessionárias.
edificação (água, esgoto, energia e telefonia), o sis- k) As ligações internas pedem tubulações inde-
tema de água potável é o mais importante das pendentes das telefônicas. Referem-se a interfo-
instalações domiciliares. Sem ela não vivemos. nes, sinalizações internas, antenas coletivas e ou-
b) A água quimicamente pura (H2O) é imprópria tros sistemas de comunicação interna e exclusiva,
para ser bebida. A água necessária ao nosso orga- como as centrais de P(A)BX.
nismo é a potável que possui sais de cálcio, mag-
nésio, iodo e uma gama enorme de outros mine-
rais variáveis.
c) Na residência, a água deve ser depositada em
um reservatório superior (caixa d'água). Tais re-
servatórios são necessários para manter o consu-
mo inalterado, a pressão adequada em todas as
peças, por meio de uma distribuição racional; a
pressão adequada ao funcionamento dos apare-
lhos, bem como, auxiliar na purificação da água.
d) Toda água usada é expelida em forma de es-
goto. O projeto de esgoto requer cuidados espe-
ciais, pois os resíduos que constituem o esgoto
são oriundos das fezes, urinas, limpezas corpo-
rais, lavagens de utensílios, gorduras, detergentes
e ácidos, cujo somatório complica a rede coletora
de esgoto.
e) Em regiões onde não existe rede de esgoto,
deve-se usar o sistema de fossas sépticas, caixas
de gordura e sumidouros.
f) A fossa séptica destina-se a separar e transfor-
mar a matéria sólida contida na água de esgoto,
para em seguida descarregar esta água no solo. A
transformação deste composto sólido é feita por
bactérias anaeróbicas.
g) A caixa de gordura destina-se a receber a água
utilizada na cozinha e para separar a gordura. Caso
não ocorra tal processo, a gordura, com o tempo,
impermeabiliza as paredes do sumidouro, dificul-
tando a absorção natural.
h) O sumidouro é simplesmente um buraco no
chão destinado a absorver a água proveniente da
fossa séptica, da caixa de gordura ou de outras
origens.
i) Os três princípios de energia elétrica são: tensão
ou diferença de potencial, resistência, intensidade.

42 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade III

5. ( ) cinemas, teatros, mercados, depó-


sitos, armazéns, hotéis, hospitais, etc. requerem
estudos especiais para a instalação de telefo-
nes.

III - Relacione adequadamente:


(A) Fossa séptica
I - Responda de forma correta. (B) Caixa de gordura
(C) Sumidouro
1. Quais são as instalações mais importantes
de uma edificação? 1. ( ) É um buraco no chão destinado a
____________________________________ absorver a água proveniente da fossa séptica,
____________________________________ da caixa de gordura e outras origens.
2. Dentre elas, qual a mais importante? Justifi- 2. ( ) Destina-se a separar e transformar
que sua resposta. a matéria sólida contida na água de esgoto para,
____________________________________ em seguida, descarregar esta água no solo.
____________________________________ 3. ( ) Destina-se a separar a gordura da
3. Por que a água quimicamente pura é impró- água.
pria para ser bebida?
____________________________________
____________________________________ III - 1. (C); 2. (A); 3. (B);

sistência e intensidade; 4. (V); 5. (V);


4. Numa residência, a água deve ser depositada nas instalações elétricas: tensão, re-
em um reservatório superior. Para que são ne- tema; 3. (F) São três os princípios a serem observados
rede de esgoto pode sobrecarregar e comprometer o sis-
cessários tais reservatórios? II - 1. (V); 2. (F) A canalização de águas pluviais para a

____________________________________ cobre. Nunca se deve usar o chumbo.


____________________________________ cas devem ser normalmente de PVC, aço galvanizado e
auxiliar na purificação da água; 5. As tubulações hidráuli-
pressão adequada ao funcionamento dos aparelhos e para

5. Como devem ser as tubulações hidráulicas?


da em todas as peças para uma distribuição racional, a
os para manter o consumo inalterado, a pressão adequa-
____________________________________ entre outros minerais; 4. Os reservatórios são necessári-
ao nosso organismo, tais como, cálcio, magnésio, iodo
____________________________________ quimicamente pura não possui os elementos necessários
importante é a de água. Sem ela não vivemos; 3. A água
água, esgoto, elétrica e telefônica; 2. A instalação mais
II - Escreva V ou F, nos parênteses, para as afir- I - 1. As instalações mais importantes são as relativas à

mações a seguir:

1. ( ) em regiões onde não existe rede


de esgoto, deve-se usar o sistema de fossas sépti-
cas, caixas de gordura e sumidouros.
2. ( ) as águas pluviais devem ser canali-
zadas para a rede de esgotos.
3. ( ) são quatro os princípios a serem
observados nas instalações de energia elétrica:
tensão, resistência, polaridade e intensidade.
4. ( ) nas ligações telefônicas poderão
ser ligados outros serviços como telex, música
ambiente, computadores, fax, etc.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 43
Unidade
IV

¾ Conhecer alguns detalhes construtivos importantes para


a boa funcionalidade de uma edificação;
¾ Ter conhecimento para a escolha ou definição dos materiais de
construção mais usados;
¾ Avaliar melhor a qualidade de uma edificação, em função do seu
sistema construtivo.
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV

8. DETALHES CONSTRUTIVOS cluindo o risco do "apagão"); o custo de im-


plantação é relativamente barato e se paga em
Uma obra se compõe de uma infinida- pouco tempo; muitos fabricantes e fornecedo-
de de detalhes, seja no aspecto arquitetôni- res, o que facilita a concorrência; e, praticamen-
co, no de instalações, seja nos detalhes te, não requer custo com manutenção. Vida útil
estruturais,etc., mas que visam todos assegu- estimada em 20 anos.
rar o conforto, a segurança, a funcionalida-
de e a beleza de uma construção, como pre-
coniza a boa Arquitetura. Veremos a seguir
alguns detalhes, não abordados anteriormen-
te, mas dignos da atenção e conhecimento de
todos.

8.1 – AQUECIMENTO SOLAR - Uma obra


se compõe de uma infinidade de detalhes, seja
no aspecto arquitetônico, no de instalações,
seja nos detalhes estruturais,etc., mas que vi-
sam todos assegurar o conforto, a segurança, a
funcionalidade e a beleza de uma construção,
como preconiza a boa Arquitetura. Veremos a
seguir alguns detalhes, não abordados anteri-
ormente, mas dignos da atenção e conheci-
mento de todos. 8.2 –MARCAÇÃO DA OBRA - Tal serviço,
O reservatório térmico, também conhe- marcação da obra, é essencial para garantir o
cido por Boiler, é um recipiente para armaze- correto posicionamento da edificação sobre o
namento da água aquecida. São cilindros de terreno, obedecendo às especificações do pro-
cobre, inox ou polipropileno, isolados termica- jeto.
mente com poliuretano expandido sem CFC, Para a realização da marcação, é necessá-
que não agride a camada de ozônio. Desta for- rio que o terreno já esteja limpo e nivelado de
ma, a água é conservada aquecida para consu- acordo com o referido projeto.
mo posterior. A caixa de água fria alimenta o A marcação deve ser realizada por topó-
reservatório térmico do aquecedor solar, man- grafo, pois erros nessa fase da obra podem acar-
tendo-o sempre cheio. retar enormes prejuízos. Isso porque, é a partir
Em sistemas convencionais, a água circu- da marcação, que serão executados os alicer-
la entre os coletores e o reservatório térmico atra- ces.
vés de um sistema natural chamado termosifão. Assim, enganos nessa fase podem acarre-
Nesse sistema, a água dos coletores fica mais tar: problemas relacionados às normas munici-
quente e, portanto, menos densa que a água no pais quanto a recuos, alterações nas dimensões
reservatório. Assim a água fria "empurra" a água dos ambientes internos, problemas estéticos por
quente gerando a circulação. Esses sistemas são falta de esquadro, e comprometimento da ilu-
chamados da circulação natural ou termosifão. minação e ventilação naturais.
Vantagens da instalação deste sistema de Vale destacar ainda a importância do ní-
aquecimento numa edificação: Uma economia vel, considerando aspectos como: acesso de
sensível de energia elétrica e, portanto, também veículos, escoamento de águas pluviais, profun-
em termos financeiros; não dependência da didade da rede de esgoto e possibilidade de ala-
rede elétrica (falhas constantes no sistema, in- gamentos.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 47
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

P + 2H = 63

Espelho Ideal 0.175m de Altura

Piso Ideal 0.28m de profundidade

8.3 –ESCADAS - É um item que, no contexto Corrimão 0.80 - 0.90m de altura


de uma edificação, deve merecer uma atenção Largura Mínima p/ Escadas
0.70m
especial, já nasde a fase de projeto, pelo papel em resid. unifamil
Largura recomendável p/
que desempenhará na funcionalidade da mes- Escadas em resid. unifamil
0.90m
ma. A sua posição na edificação, suas dimen- Largura Mínima p/ Escadas p/
sões e formato devem ser objeto de muita aten- passagem de 2 pessoas 1.10m
ção por parte do projetista. quando houver mais de 2
pavimentos
Existem vários tipos de escada: tipo "I",
"U", "L", "Caracol", etc.
8.4 –ESQUADRIAS - São elementos de ve-
dação vertical, usados no fechamento de aber-
turas (vãos), com função de controle da passa-
gem de agentes.

Escada Caracol
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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV

Porta de Abrir

Porta Sanfonada

Porta de Correr Porta Pantográfica


INEDI - Cursos Profissionalizantes • 49
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

ser rústica, camurçada, lisa, com pó de pedra,


etc.
Quanto aos materiais mais utilizados ci-
tam-se:
O azulejo, cerâmicas, laminados melamí-
nicos, papel parede, chapas metálicas, vidros,
tecidos, etc.
O importante na escolha de um deter-
minado tipo de revestimento é considerar que
o mesmo deve propiciar beleza, bem estar, du-
rabilidade, facilidade de manutenção e econo-
mia também.
Porta de Correr Outro fator importante é a aplicação
deste revestimento: deve ser feita por profissio-
MATERIAIS MAIS USADOS: nal de reconhecida competência e seguir as re-
comendações do fabricante.
Madeira: pintada ou natural
Alumínio: anodizado ou pintado 8.6 – PISOS - Praticidade, beleza, qualidade
Sintéticos: PVC e funcionalidade são alguns dos atributos que
Vidro: auto-portantes devem ser levados em consideração na hora
Compostos: alumínio-PVC, madeira- da construção ou reforma do imóvel, quando
PVC, madeira-aluminio, etc. o assunto é a escolha dos pisos dos diversos
ambientes. O mercado dispõe de grande va-
QUANTO ÀS MANOBRAS DE ABERTU- riedade de material para atender a todos os
RA: gostos e bolsos. Porcelanatos, mozaicos, cimen-
a) Eixo vertical: - Pivotantes e de abrir. tícios, pastilhas de metal, placas dos mais di-
b) Eixo horizontal: Pivotantes, Projetan- versos materiais, madeira, laminados, granitos,
tes, Basculantes, Maximar* vidros, piso em linóleo, carpetes, borrachas,
(*) O tipo Maximar tem um movimento vinílicos, etc..
combinado de rotação (eixo horizontal) e de Vejamos algumas considerações relativas
translação (vertical) a estes pisos:
- O vinílico é de fácil limpeza, térmico e
8.5 –REVESTIMENTOS - É enquadrado anti-alérgico. É recomendado para hospitais,
como revestimento, todo acabamento das su- laboratórios, centros cirúrgicos.
perfícies (paredes), sendo excluídas desta no- - O granito e o mármore são conside-
menclatura as pinturas. rados revestimentos nobres. O granito pos-
Normalmente, os revestimentos iniciam- sui como principal característica a sua alta
se no chapisco, traço 1:4 (cimento e areia), que resistência à abrasão e ao grande volume de
tem a finalidade de servir como ancoragem ao tráfego. Muito utilizado em áreas sociais,
emboço cujo traço varia de conformidade com cozinhas,escadas, fachadas e locais públicos
a finalidade; sua espessura não deve ser superi- e deve ser assentado com argamassa de ci-
or a 2cm. mento e areia permitindo uma junta "seca".
O emboço serve de base para outros re- Deve ser usado apenas pano úmido para lim-
vestimentos, tais como o reboco, o azulejo, etc. peza. Os mámores são mais utilizados em sa-
O reboco ou massa fina, normalmente, las de jantar e banheiros. Por serem nobres
é usado para receber pintura; sua textura pode eles podem atingir valores mais expressivos,
50 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV

principalmente o mármore carrara e o tra- revestimento.Assoalhos, tacos, são os mais usa-


vertino. dos hoje em dia. Apesar de cada um deles uti-
- Os carpetes aparecem em placas e po- lizar muitas vezes o mesmo tipo de madeira,
dem ser removidos e lavados. A novidade são cada um possui características diferentes, prin-
os fabricados com fios sintéticos que recebem cipalmente quanto à instalação. Mas é impor-
tratamento contra micróbios, fungos e bacté- tante saber averiguar se a madeira comprada
rias, além de serem anti-alérgicos e protegi- passou por um processo de secagem.É impor-
dos contra fogo. Ideal para escritórios,cinemas tante lembrar que o piso de madeira necessita
e home-theater. de um contra-piso bem nivelado e para a sua
- O revestimento melamínico possui su- fixação devem ser usados materiais como bu-
perfície lisa e não porosa, que não permite a chas e parafusos de boa qualidade. Além dis-
proliferação de fungos e bactérias, além de ser so, é necessário que o contra-piso seja imper-
imune a cupins-sendo antialérgico. Pode ser meabilizado para evitar que a umidade passe
aplicado diretamente sobre o piso ou em pi- para a madeira.
sos elevados, sendo assim uma solução práti- - Laminado de madeira (piso flutuan-
ca, econômica e eficiente no caso de uma re- te): .Atualmente, dois tipos de revestimentos
forma. para piso têm conquistado a preferência de
- O linóleo: é um revestimento de piso arquitetos e decoradores. São eles o piso de
para alto tráfego, com alta durabilidade e madeira laminado e o porcelanato. O piso de
grande facilidade de manutenção e limpeza, madeira laminado é ideal para salas e dormi-
aliado às propriedades antiestática e bacteri- tórios esse tipo de revestimento garante fácil
ostática. É especialmente indicado para hos- manutenção e oferece boa relação custo-be-
pitais, clínicas, escolas infantis, creches e ber- nefício. Ele é encontrado em várias padrona-
çários. A sua durabilidade assegura que as su- gens:- claro, escuro, padrão. Outra vantagem
perfícies e cores se mantenham fortes e firmes, do piso de madeira laminado é a praticidade
enquanto a flexibilidade possibilita a liberda- de instalação. Ele pode ser colocado direto no
de de criação dos ambientes. contra-piso ou, no caso de reforma, instalado
- Laminados: Este produto, que possui por cima da cerâmica. A rapidez de instalação
alta resistência ao desgaste, é mais conhecido é destaque,do material pois é possível instalar
como fórmica. Ele não mancha, não descolo- até 60 metros quadrados em apenas um dia.
re e apresenta várias opções de textura e - O porcelanato: tipo de cerâmica fabri-
acabamento.Normalmente usado em móveis, cada com tecnologia avançada, tem conquista-
mas podem forrar paredes e piso, só que o do a preferência dos profissionais de decora-
contra-piso recebe uma cobertura com man- ção. O porcelanato é como se fosse uma pedra
ta de polietileno para evitar a umidade. artificial, com elevada resistência mecânica e à
- Pisos de borracha: Isolantes elétricos, abrasão (PEI) e com nível praticamente zero
térmicos, acústicos, antiderrapantes e de absorção de água, portanto não mancha e
antibactericida.Os pisos de borracha não pro- nem cria mofo como as pedras naturais, que
pagam chamas, são resistentes ao impacto, re- precisam de ser resinadas. Essas qualidades fa-
sistência ao fogo, são higiênicos e ideais para cilitam a manutenção do piso e garantem alta
lugares de alto trânsito. Mais indicada para durabilidade. O mercado oferece vários tipos
hospitais (salas de cirurgia, terapia intensiva e do material, como o polido, o acetinado (semi-
parto), clínicas, colégios, academias e creches. brilho), natural, rústico e anti-derrapante. Al-
- A madeira é muito utilizada em cômo- gumas peças são bem grandes, e o consumidor
dos sociais e dormitórios. O piso de madeira é tem à sua disposição grande variedade de mo-
considerado um material nobre de delos, texturas e cores.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 51
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

- Revestimentos cerâmicos: Os pisos ce- tante distinto, seja para os espelhos ou para
râmicos nunca caem de moda, são mais bara- as maçanetas.
tos e muito procurados pelo consumidor.
- Pedras: são mais utilizadas em área de 8.9 – VIDROS - O vidro é um material cujo
lazer e jardins. emprego na arquitetura vem dia-a-dia se di-
fundindo nas construções, quer pelo aspecto
8.7 – SOLEIRAS, RODAPÉS E PEITORIS - plástico, quer quanto ao aspecto técnico. A
supressão de seu uso hoje é um caso impensá-
1) Soleira é o tipo de arremate usado sob vel, mesmo com a grande variedade de pro-
os vãos das portas e quando existe mu- dutos similares como os derivados do petró-
dança de tipo de pavimentação; os tipos leo, ou seja, os plásticos.
mais usuais de soleira são as de mármo- A origem do vidro perde-se no tempo. Já
re, madeira, pedra, granito e cerâmica. era conhecido dos egípcios em sua forma mais
A largura é normalmente a do portal primitiva. Com o advento da tecnologia no
quando sob vãos de portas ou, em outra campo da química, da física e dos avanços in-
situação, a recomendada pelo arquiteto. dustriais, o vidro ganhou diversidade, pureza,
2) Rodapé é o arremate da pavimentação resistência, cor, textura e brilho.
usado nas paredes. Normalmente, em- Pela Norma Brasileira nº 226 os vidros
prega-se para os rodapés o mesmo mate- podem ser classificados quanto à(ao):
rial do piso e sua altura não deve ultra-
passar a 10cm, a não ser que haja reco- 1. Tipo:
mendação em contrário do arquiteto, a) Recozido: vidro comum;
autor do projeto. b) Temperado: por receber um resfriamen-
3) Peitoril é o acabamento na parte inferi- to brusco, sua resistência aos impactos é
or das janelas, que complementa a parte aumentada e, ao partir-se, o faz em pe-
do marco com uma pequena pingadeira quenos pedaços;
na parte exterior. Este acabamento pode c) Laminado: composto por diversas cha-
ser em chapa metálica, mármore, cerâ- pas unidas por uma película plástica
mica, placa de cimento ou outros mate- transparente;
riais. d) Aramado: recebe uma armadura de fer-
ro, aumentando-lhe a resistência ao esti-
8.8 – FERRAGENS - As ferragens são as pe- lhaçamento.
ças metálicas (aço, ferro, alumínio, bronze, co-
bre, etc.) encontradas nas esquadrias metálicas 2. Transparência:
ou de madeira, responsáveis pela fixação das a) Transparente: permite a passagem da luz
mesmas (fechos, fechaduras e cremonas). Per- o que facilita a visão através dele;
mitem, também, a articulação das esquadrias b) Translúcido: a luz não é impedida de
(gonzos, dobradiças e alavancas). passar, porém, é difundida de tal forma
Nesta classificação sucinta, existe uma que as imagens não sejam nítidas;
variedade de subprodutos, específicos ou não c) opaco: não permite a passagem da luz.
para cada tipo de esquadria como, por exem-
plo, as ferragens para vidro temperado, cu- 8.10 – APARELHOS - São utilizados em uma
jos desenhos são muito distintos, dependen- obra três tipos de aparelhos:
do do fabricante. Citemos, como exemplo, a) Aparelhos sanitários - são todos os apa-
as fechaduras, cuja parte mecânica é seme- relhos usados em banheiros, tais como:
lhante em todas, porém o acabamento é bas-
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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV

vaso, papeleira, saboneteira, bidê, caixa


de descarga, lavatório, mictório, banhei-
ra e chuveiro.

b) Aparelhos de água potável - são aqueles


necessários às instalações hidráulicas, a) O Decreto nº 52.147, de 25 de junho de 1963, da
porém de uso direto, como bebedouro, Presidência da República, aprova as normas de pro-
jeto e métodos de execução de serviços, a discrimi-
filtro e torneira.
nação orçamentária para obras de edifícios públicos
e divide a obra em vinte itens: projeto; serviços ge-
c) Aparelhos de iluminação - são os desti- rais; preparação do terreno; fundações; estrutura; ins-
nados à iluminação, como lâmpadas, ca- talações; elevadores; paredes; cobertura; esquadrias;
lhas, arandelas, lustres, globos e refleto- revestimentos; soleiras; rodapés; peitoris; ferragens;
res. vidros; tratamentos da obra, pavimentação; pintura;
aparelhos; elementos decorativos e limpeza.
b) Serviços gerais são todas as providências que
Esses aparelhos são peças de acabamen- precedem o início da obra: cercas, tabuletas, ma-
to e, portanto, na sua escolha deve-se ter o teriais necessários, alojamentos, aparelhos e má-
cuidado de não criar contrastes chocantes quinas a serem usados, ligações provisórias, etc.
com os demais elementos da obra, tanto em c) Preparação do terreno é a etapa das capinas,
demolições, remoção de entulhos, locação da
termos do estilo quanto do padrão de acaba-
obra, movimentos de terra, etc.
mento e da cor. d) Os elevadores são usados somente em obra de
A harmonia das cores e a coerência do certo vulto; suas montagens são efetuadas pelos
estilo devem ser sempre a constante preocupa- próprios fabricantes.
ção por parte do arquiteto, do decorador e, e) As paredes podem ser feitas de: tijolo, barro,
principalmente, do proprietário. Não devemos blocos de cimento e pedra, .A cobertura deve es-
tar muito bem ancorada na estrutura, Temos co-
nos iludir que peças vistosas, de cores fortes, de bertura com telhas de amianto, de alumínio, cha-
desenhos arrojados sejam as melhores soluções, pas de aço, de barro e outros materiais.
pelo contrário, a sobriedade, quando bem em- f) Esquadrias são todas as peças usadas na veda-
pregada, exerce efeitos estéticos muito superio- ção das aberturas das edificações. Classificam-se
res, com a vantagem de não comprometer por em internas (portas) e externas (portas e janelas)
Podem ser de madeira ou metálicas.
excesso.
g) Os revestimentos abrangem todo acabamento
das superfícies (paredes), excluindo as pinturas.
8.11 – ELEMENTOS DECORATIVOS - Entre eles, encontramos: azulejos, ladrilhos, pasti-
Todo trabalho artístico executado em uma lhas, pedra, mármore e fórmica.
obra está classificado como elemento decorati- h) As soleiras são usadas sob os vãos das portas e
vo. Esses trabalhos artísticos abrangem as peças nas mudanças de tipo de pavimentação. Os tipos
mais comuns são de mármore, madeira, pedra,
de serralheria, de madeira, de gesso, de cerâ- granito e cerâmica.
mica, desde que a execução dessas peças requei- i) Rodapé é o arremate da pavimentação. O ma-
ra um requinte de projeto e de execução espe- terial, normalmente, acompanha o do piso.
cial. j) Peitoril é o acabamento na parte inferior das
É neste item que se enquadram os ele- janelas. Pode ser em chapa metálica, mármore, ce-
râmica e outros.
mentos necessários ao estudo e implantação de
k) As ferragens são aquelas peças metálicas en-
sistemas de comunicação visual, quando a obra contradas nas esquadrias metálicas ou de madeira.
assim o exige. São responsáveis pela fixação e articulação das es-
Estão inclusos também neste item todos quadrias.
os trabalhos de paisagismo, tais como jardins e l) Os vidros são classificados quanto ao tipo (reco-
arborizações.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 53
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

A principal finalidade da pintura é pro-


zido, temperado, laminado e aramado), quanto à teger a superfície pintada.
forma (chapa plana, chapa curva, chapa perfilada A madeira, quando exposta, ela resseca
e chapa ondulada), quanto à transparência (trans-
e começa a rachar. Uma pintura evita esse res-
parente, translúcido e opaco), quanto à superfície
(polido, liso, impresso ou fantasia, fosco e espelha- secamento.
do) e quanto à coloração (incolor e colorido). O metal, quando exposto, começa a oxi-
m) O tratamento refere-se à proteção que se dá à dar.
obra e que pode ser quanto ao vazamento d'água, O ferro enferruja.
ao calor ou tratamento térmico e aos ruídos. A segunda finalidade da pintura é o embele-
n) A pavimentação trata do piso, que deve estar
coerente com a função do ambiente.
zamento da peça.
o) Os pisos podem ser de cerâmica, cimento, pe-
dra, madeira, borracha e cortiça. Existem 3 tipos de acabamentos:
p) A pintura é um elemento de decoração e pro-
teção, e requer cuidados especiais na aplicação. 1. FOSCO
p.1 - As cores possuem a seguinte nomen-
2. ACETINADO
clatura: cores primárias (amarelo, azul e vermelho),
secundárias (verde, laranja e violeta), complemen- 3. BRILHANTE
tares (2 secundárias ou 1 primária e 1 secundária),
neutras (preto, branco, cinza e beje), quentes (ver- O acabamento fosco é preferido para fundos
melho, laranja e amarelo) e frias (anil, roxo, lilás, e áreas grandes como paredes.
verde e azul).
q) Os aparelhos da obra dizem respeito aos apa-
relhos sanitários, de água potável e de iluminação.
O acabamento brilhante é preferido quando
r) Os elementos decorativos relacionam-se a todo se deseja dar destaque, chamar a atenção da
trabalho artístico executado em uma obra. peça. Janela, porta, mesa, etc.
s) A limpeza em questão é a chamada limpeza Entre um e outro podemos encontrar o
fina, ou seja, a remoção de pequenos resíduos semi-fosco e também o semi-brilho. Além do
ou manchas.
brilho da superfície, é possível introduzir-se
padrões denominados texturas. Os diversos
8.12 – PINTURA -
fabricantes oferecem um leque bastante gran-
de de padrões de textura.
Quais são as partes que constituem a tin-
ta? Em outras palavras, o que tem dentro da
tinta?

1.PIGMENTO
2.LIGANTE
3.VEÍCULO

O pigmento é o que dá cobertura, isto


é, COBRE a superfície. Como a finalidade da
pintura é proteger e dar cor, o principal com-
ponente da tinta é o pigmento. São partículas
sólidas que formam uma superfície (película)
protetora sobre a superfície pintada.
É o pigmento que "segura" os raios so-
lares e protegem a superfície contra o resseca-
mento.
54 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade IV

É também o pigmento que "aguenta" a


passagem do tráfego sobre o chão pintado. 3)____________________________________
O ligante é a "cola" da tinta. É o ligante
que gruda as partículas do pigmento para for- 4)____________________________________
mar a tal "película" protetora. Quando a tin-
ta tem pouco ligante ela não fica firme na su- 5)____________________________________
perfície. Depois de seca a tinta sai com facili-
dade na forma de pó. II - Relacione as colunas abaixo corretamente:
O veículo é o líquido que ajuda a apli-
car, a espalhar o pigmento sobre a superfície. (A) Preparação do terreno
Quando tem pouco veículo, a tinta fica pas- (B) Paredes
tosa e difícil de espalhar. Quando tem veículo (C) Cobertura
de mais a tinta fica muito líquida e começa a (D) Esquadrias
escorrer. Tiner, Águarras e Água são exemplos (E) Revestimentos
de veículos. (F) Ferragens
Quais são as propriedades importantes (G) Tratamento
de uma tinta? O que devemos esperar de uma (H) Elementos decorativos
boa tinta?
1.PODER DE COBERTURA 1. ( ) São usadas na vedação das aber-
2.ADERÊNCIA turas das edificações.
3.RESISTÊNCIA 2. ( ) Diz respeito à proteção da obra.
4.DURABILIDADE 3. ( ) Trata-se de aterro e compactação
do solo.
As tintas são classificadas em função do 4. ( ) Diz respeito a todo acabamento
seu veículo. Podem ser: das superfícies.
1. ESMALTE 5. ( ) Destina-se a fechar vãos ou divi-
2. À OLEO sões de ambientes.
3. À ÁGUA - CAIAÇÃO 6. ( ) Necessita de uma estrutura calcu-
4. À ÁGUA - PVA lada para o seu sustento, com exceção da auto-
5. À ÁGUA - ACRÍLICO portante.
6. À ÁGUA - AQUARELA 7. ( ) Servem para a fixação e articula-
7. À ÁGUA - GOUACHE ções das esquadrias.
8. EPOXI 8. ( ) Incluem, entre outros, os traba-
lhos de paisagismo.

III - Interprete as questões propostas abaixo e


responda:
1. Onde são usadas as soleiras e que materiais
são empregados na sua confecção?
I - Relacionam-se como serviços gerais todas ____________________________________
aquelas providências que precedem ao início da
obra. Cite cinco destas providências. 2. Onde são usados os rodapés? De que materi-
ais são feitos?
1)____________________________________ ____________________________________

2)____________________________________ ____________________________________
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 55
INEDI - Cursos Profissionalizantes 56 •
I - Você deve ter citado cinco entre as seguintes providên-
cias que precedem o início da obra: colocação de tapumes
e de tabuletas com indicações de dados da obra, constru-
ções de barracões; indicação de depósitos dos materiais a
serem usados; colocação de aparelhos e máquinas ne-
cessários; ligações provisórias; preparação de alojamen-
tos; contratação de mão-de-obra; planejamento de entrada
de material ao longo da obra, etc.
II - 1. (D); 2. (G); 3. (A); 4. (E); 5. (D); 6. (C); 7. (F); 8. (H)
III -1. As soleiras são usadas sob os vãos das portas e nas
mudanças de tipo de pavimentação. As mais comuns são
de mármore, madeira, pedra, granito e cerâmica; 2. Os ro-
dapés são usados nas paredes como arremate da pavi-
mentação. O material empregado é o mesmo usado no piso;
3. Peitoril é o acabamento na parte inferior das janelas.
Pode ser em chapa metálica, mármore, cerâmica, placa de
cimento ou outros materiais.
IV -1. Quanto ao tipo: a) recozido; b) temperado; c) lamina-
do
V - Suas respostas devem conter o
seguinte: 1. A cor branca resulta da
composição de todas as outras.
d)________________________________
c)________________________________
b)________________________________
a)________________________________
2. Quanto à transparência
d)________________________________
c)________________________________
b)________________________________
a)________________________________
1. Quanto ao tipo
meras classificações. Complete os esquemas.
IV - Pela NB nº 226, os vidros possuem inú-
____________________________________
feito?
3. O que é peitoril? De que material pode ser
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade V

Unidade
V

¾ Conhecer alguns tipos de documentação referentes às


obras e imóveis em seus diferentes estágios.
¾ Conhecer a classificação dos projetos residenciais quanto aos
tipos de edificações.

INEDI - Cursos Profissionalizantes • 57


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

58 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade V

Qualquer documento que comprove


a isenção de ônus ou as dívidas de todos os
9. OBRA tipos com a Justiça, os órgãos públicos, a
prefeitura e até o comércio e os credores
Uma obra envolve mais que tijolos, ci- leva esse nome. Tais papéis podem ser emi-
mento ou argamassa. Há documentos, enti- tidos em nome de pessoas físicas ou jurídi-
dades, impostos e conjuntos de leis que, mui- cas e em favor de um imóvel. O termo “ne-
tas vezes, o público leigo jamais suspeitou gativa” nas certidões mostra que não hou-
que existissem. ve nenhum registro de ocorrência nos ór-
gãos consultados.
9.1 – AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COM-
PULSÓRIA 9.5 – CÓDIGO DE OBRAS

É utilizado para que se cumpra a trans- São leis municipais que determinam a
ferência de propriedade de um bem imóvel forma de ocupação do solo, mais especifica-
quando o antigo proprietário não pode ou mente, estabelecendo detalhes técnicos para
não quer fazê-la. Nessa ação, o novo dono as construções, como a quantidade mínima
deve comprovar que comprou e pagou por de janelas e o dimensionamento das escadas
ele. Para isso, pode-se usar o compromisso e das saídas de emergência. Se essas regras
de compra e venda, recibos, promissórias e forem desrespeitadas, a obra não será apro-
testemunhas. vada pela prefeitura. Nas capitais e grandes
cidades, o Código de Obras é vendido em
9.2 – ALVARÁ livrarias. Em outros municípios, ele pode ser
obtido na prefeitura.
Essa licença, expedida pela prefeitura,
autoriza a construção ou a reforma de um 9.6 – HABITE-SE
imóvel. O poder municipal fica obrigado a
liberar a permissão sempre que um pedido Expedido pela prefeitura, é a licença
for feito, desde que respeite todas as regras e que libera o imóvel construído ou reforma-
apresente todos os documentos requeridos. do para a moradia ou para a permanência e
circulação de pessoas (como cinemas, teatros
9.3 – CARTÓRIO DE NOTAS e escritórios). Essa autorização só é concedi-
da após a entrega de todos os documentos
O registro de todas as declarações ou referentes à obra, como o alvará e o memori-
documentos que precisam tornar-se públicos, al descritivo, além dos comprovantes de pa-
por exigência – ou não – da lei, é feito nesses gamento dos impostos (INSS e ISS). Se hou-
cartórios. Contratos de compra e venda, por ver qualquer divergência, um fiscal vai até a
exemplo, só viram escrituras quando lavra- construção: ele pode multar o construtor e
dos ali. Assim, deixam de ser um instrumen- impedir que pessoas entrem no edifício até
to particular para confirmar, de modo for- que as correções sejam feitas.
mal, a venda de um imóvel.
9.7 – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE
9.4 – CERTIDÃO NEGATIVA BENS IMOBILIÁRIOS (ITBI)

É cobrado sempre que há a transferên-


cia de propriedade de um bem imóvel feita
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 59
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

de forma pública, ou seja, quando se lavra a Acompanhando o desenvolvimento do municí-


escritura. A alíquota a ser paga varia entre 2% pio, esse plano sofre modificações ao longo do
e 6% do preço do imóvel declarado no Cartó- tempo, que devem ser aprovadas pela Câmara
rio de Notas. Municipal e pelo prefeito. Às vezes, essas mu-
9.8 – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL danças provocam conflitos de interesses (como
a abertura de uma nova avenida onde existam
São os antigos Juizados de Pequenas Cau- casas). Assim, sempre que uma pessoa ou um
sas, aos quais recorrem apenas as pessoas físicas. grupo de cidadãos se sentir lesados, podem en-
Servem para julgar causas civis de menor com- trar na Justiça contra aspectos do plano diretor.
plexidade, com valores até quarenta salários
mínimos. Para casos que não excedam vinte sa- 10. PROJETOS RESIDENCIAIS
lários mínimos, é dispensada a presença de um
advogado. Há exceções para os réus: nesses jui- 10.1 – RESIDÊNCIAS - CLASSIFICAÇÃO
zados não podem ser julgados, entre outros, os
órgãos públicos. É importante estabelecer certos critérios
classificatórios porque, em caso de financiamen-
9.9 – LEI DE ZONEAMENTO tos, as normas disciplinadoras tratam de forma
diferenciada cada tipo de habitação.
Esse conjunto de leis e decretos munici-
pais é responsável por ordenar e direcionar o As moradias podem ser classificadas
crescimento de uma cidade. Por essa legislação, quanto ao tipo e quanto à edificação. Vejamos
o mapa oficial de um município é dividido em estas classificações.
zonas, que por sua vez são repartidas em usos.
Uma zona pode ter uso único (quando é so- 10.1.1. Classificação quanto ao tipo - As mo-
mente residencial, por exemplo) ou misto (co- radias podem ser classificadas quanto ao tipo
mércio e casas). Essa lei também estabelece pa- em habitação unifamiliar, habitação popular e
drões urbanísticos que variam conforme a zona, habitação residencial.
como os recuos legais.
1. Habitação unifamiliar é a constituída de,
9.10 – MEMORIAL DESCRITIVO no mínimo, um quarto, uma sala, um
banheiro, uma cozinha e área de serviço
Trata-se de um documento que descreve coberta e descoberta.
um imóvel ou um empreendimento imobiliá- 2. Habitação popular é a que tem as mes-
rio de forma completa (área total, área constru- mas características da habitação unifami-
ída, metragem dos ambientes e até materiais de liar, podendo, contudo, ter até três dor-
acabamento). É necessário para a requisição do mitórios e a área total máxima não deve
habite-se na prefeitura. exceder aos 68m2, de acordo com o Có-
digo de Obras de Brasília. Esta área po-
9.11 – PLANO DIRETOR derá sofrer pequenas variações, de acor-
do com o Código de Obras de outras
É o conjunto das diretrizes legais que or- regiões.
denam o crescimento e preservam a harmonia 3. Habitação residencial é a que possui área
visual de uma cidade. Ele define linhas claras e com mais de 68m2 (Código de Obras de
rigorosas para projetos arquitetônicos e urba- Brasília).
nísticos e, por isso, serve de referência às cons-
truções que interferem no traçado da cidade.
60 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade V

Alguns códigos de edificações estabele- relação ao número de usuários e à le-


cem um coeficiente para classificar as residên- gislação de cada município.
cias, são os chamados coeficientes de leito e re- 5. Edifícios são edificações de dois ou mais
ferem-se à relação existente entre a área total pavimentos destinados a residência, co-
da residência e o número de leitos que esta pode mércio ou às duas finalidades (mista).
abrigar. Define-se que o coeficiente de leito para Cada projeto para edifício deverá seguir
as casas populares é igual ou inferior a 10 (dez). normas próprias em função de seu zoneamen-
Tomemos como exemplo uma casa com to, destinação, altura, número de unidades, além
58m² e três quartos (9 camas). O coeficiente das legislações específicas do município.
de leito é igual a 58 : 9 = 6,44 que é inferior a Contudo, em todo e qualquer edifício
10; portanto, trata-se de uma casa popular. deverá sempre existir uma preocupação cons-
Já uma outra casa com os mesmos 58m2, tante quanto aos acessos verticais (escadas e ele-
porem com um único quarto, não poderá ser vadores), definidos por normas próprias, pro-
enquadrada como casa popular, pois seu coefi- teção contra incêndio, estacionamentos (míni-
ciente de leito é igual a 19,33 (58 : 3), quase o mo 25m2/veículo), coleta de lixo, etc.
dobro de 10 (parâmetro para casa popular) . • De acordo com as normas de financia-
Não vamos apresentar um desenho para mento, necessita-se freqüentemente clas-
este tipo de moradia, pois o que importa nela sificar as obras. As moradias são comu-
são as dimensões e não a forma. mente classificadas quanto ao tipo e
quanto à edificação.
10.1.2. Classificação quanto à edificação • Quanto ao tipo, as habitações classificam-
- As residências classificam-se quanto à edi- se unifamiliares, populares e residenci-
ficação em isoladas, geminadas, em série, ais.
conjuntos residenciais e edifícios. Vejamos • Habitação unifamiliar é aquela constituí-
cada uma delas. da de um quarto, uma sala, um banheiro,
uma cozinha e uma área coberta e desco-
1. Residências isoladas são as que, como o berta.
nome indica, são separadas umas das • Habitação popular é a que tem as mes-
outras. mas características da unifamiIiar, mas
2. Residências geminadas são as ligadas por pode ter até três dormitórios, perfazen-
uma parede comum. do uma área máxima de 68m2, segundo
3. Residências em série são as construídas o Código de Edificações de Brasília. A
em seqüência. habitação residencial ultrapassa a 68m2.
4. Conjuntos residenciais são agrupamen- • Alguns códigos de edificações estabele-
tos de moradia que têm no mínimo 20 cem um coeficiente para classificação das
unidades residenciais. Os conjuntos re- residências, denominados coeficientes de
sidenciais podem ser compostos de uni- leito, que se referem à relação existente
dades isoladas e/ou prédios de aparta- entre a área total da residência e o nú-
mentos, dependendo do programa ha- mero de leitos que esta residência pode
bitacional. abrigar.
Qualquer núcleo habitacional de- • Quanto à edificação, as habitações clas-
verá ser servido de todos os complemen- sificam-se em isoladas, geminadas, em
tos necessários ao seu pleno funciona- série, conjuntos residenciais e edifícios.
mento, tais como comércio, escola, la- • As habitações isoladas são separadas umas
zer, serviços públicos, etc., naturalmen- das outras.
te mantendo as devidas proporções em • As habitações geminadas são unidas por
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

uma parede comum.


• As habitações em série são várias residên-
cias construídas num mesmo local, com
um mesmo projeto. São subdivididas em
transversais e paralelas ao alinhamento pre-
dial.
• Conjunto residencial é o agrupamen-
to de moradias que tem, no mínimo,
vinte unidades residenciais. É compos-
to de unidades isoladas ou prédios de
apartamentos.
• Edifícios são edificações de dois ou mais
pavimentos, destinadas a residência, co-
mércio ou mistas.
• Todo e qualquer núcleo habitacional
deverá ser servido de uma certa infra-es-
trutura, como comércio, hospital, ser-
viços públicos, escola, etc.

Antes de olhar as respostas, consulte o texto e


descreva as características das edificações a se-
guir:

1. Conjunto residencial: ________________


_____________________________________

tacionamento, coleta de lixo, etc.


prias: proteção contra incêndio, es-
dores), definidos por normas pró-
acessos verticais (escadas, eleva-
dades (mista). Deve sempre existir preocupação com os
servir para comércio, residência ou para as duas finali-
2. O edifício pode ser de dois ou mais pavimentos e

sária para o seu funcionamento.


edificação deverá ser servida de toda estrutura neces-
des residenciais que podem ser casas ou prédios. Tal
1. O conjunto residencial deve ter, no mínimo, 20 unida-

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

5. Qual informação não faz parte do carimbo


no projeto de arquitetura?
a) informar a empresa, projeto, número de
pranchas
b) informar RT , proprietário e o autor do
projeto
1. Qual é a série de papel, adotada pela ABNT, c) informar o endereço da obra – área do
para o Desenho Técnico? lote – área de construção
a) série A d) número de ambientes
b) série ABNT e) número da prancha – escala
c) série P
d) série AB 6. Qual a característica do papel sulfite?
e) série AA a) transparente
b) semifosco
2. A figura abaixo, representa qual formato de c) amanteigado
papel? d) opaco
a) formato A2 e) translúcido
b) formato A0
c) formato A1 7. A linha tracejada, conforme mostra a figura abai-
d) formato A3 xo é utilizada para a representação de objetos:
e) formato A4 a) não visíveis
b) visíveis
3. Relacione a coluna da direita de acordo com c) cortados
a da esquerda e, a seguir, marque a resposta d) parcialmente visíveis
numérica correspondente: e) somente em corte transversal

(1) A0 ( ) 841 X 594mm 8 - O desenho arquitetônico geralmente utiliza


(2) A1 ( ) 420 X 297mm a escala de:
(3) A2 ( ) 594 X 420mm
(4) A3 ( ) 1189 X 841mm
(5) A4 ( ) 297 X 210mm a) ampliação
b) natural
a) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 c) redução
b) 5 – 2 – 1 – 3 - 4 d) real
c) 4 – 2 – 1 – 5 – 3 e) reprodução
d) 3 – 2 – 5 – 4 – 1
e) 2 – 3 – 4 – 1 - 5 9. O que significa escala 1/50?
a) significa que o desenho foi ampliado 50
4. Porque é necessário padronização da caligra- vezes
fia técnica? b) significa que o desenho foi reduzido 50
a) por exigência da localidade vezes
b) para facilitar o entendimento do proje- c) significa que o desenho está na escala real
to em qualquer localidade d) significa que o desenho foi reduzido uma
c) por exigência do engenheiro vez
d) por exigência do arquiteto e) significa que o desenho esta na escala
e) por exigência do cliente natural
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 63
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
10. Quando um objeto esta representado na a) afastamento
proporção 1 do papel está para 1 do real, de- b) terraplangem
nominamos de escala: c) curvas de níveis
a) natural d) estudo planimétrico
b) real e) orientação
c) ampliada
d) reduzida 16. Quando o estudo topográfico apresenta as
e) fictícia curvas de nível, próximas uma das outras, iden-
tificamos o terreno como:
11. Cotamos um desenho com a finalidade de: a) plano
a) indicar as dimensões do objeto b) semi-plano
b) indicar as dimensões da espessura das linhas c) pouco inclinado
c) indicar número de aberturas d) nenhuma resposta correta
d) indicar as áreas dos ambientes e) íngreme
e) todas as respostas estão certas
17. Porque o projeto arquitetônico utiliza a ori-
12. A linha que contem o número do dimensi- entação verdadeira?
onamento é denominada de: a) devido a sua variação em função dos anos
a) linha de chamada b) por ser a orientação geográfica, não apre-
b) linha auxiliar sentando variações no decorrer dos anos.
c) cota de nível c) por ser magnética
d) linha espessa d) por ser parcialmente estável
e) linha de cota e) todas as respostas estão erradas

13. O levantamento planimétrico tem como ob- 18. O desenho no projeto de arquitetura, que
jetivo: contem as medidas, largura e comprimento de
a) definir as divisas e seus ângulos internos um ambiente é denominado:
b) definir as alturas do terreno a) planta baixa
c) definir a orientação b) cobertura
d) definir somente a altimetria c) corte
d) fachada
14. Em um projeto de arquitetura, são exigidas e) situação
distâncias mínimas entre a construção e o
terreno.Estas distâncias são denominadas de: 19. O corte de um projeto, tem como finalidade:
a) afastamentos a) definir a quantidade de portas, janelas,
b) arruamento peitoris, muros e muretas
c) declive b) definir as larguras dos ambientes, por-
d) beirais tas, janelas e peitoris
e) aclive c) definir os comprimentos dos ambientes
d) definir as larguras dos ambientes
15. A figura que se segue representa: e) definir as alturas dos ambientes, portas,
janelas, peitoris, muros e muretas

20. Qual é o objetivo da planta de cobertura?


a) definir os caimentos, inclinações do telhado.
b) definir a área

64 • INEDI - Cursos Profissionalizantes


DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
c) definir o corte 26. A figura abaixo, representa :
d) definir a situação
e) todas as respostas estão corretas

21. O projeto estrutural é atribuído para qual


profissional?
a) arquiteto
b) engenheiro elétrico a) mobiliário
c) engenheiro civil b) peça sanitária
d) topógrafo c) simbologia elétrica
e) decorador d) calçada
e) telha
22. O projeto elétrico tem a finalidade de:
a) passar a tubulação elétrica 27. O instrumento representado na figura abai-
b) passar a tubulação de esgoto xo, é utilizado para
c) passar a tubulação de água fria medidas:
d) passar a tubulação de água quente a) lineares
e) todas as respostas estão certas b) profundidade
c) angulares
23. Onde fica localizada a Banderola? d) volume
a) na parte central da janela
b) na parte superior da porta ou janela 28. Qual é a utilidade da régua “T”.
c) na parte inferior da porta ou janela a) desenhar linhas
d) na parte central da porta b) desenhar linhas inclinadas
c) desenhar curvas
24 – Como é representada em planta a porta d) desenhar linhas paralelas e inclinadas
sanfonada?
29. Qual a sigla em inglês que significa Projeto
a) Auxiliado por Computador?
a) CAD
b) DDA
b) c) PAC
d) CAP
c)
30. Marque a alternativa que melhor responda
as afirmativas abaixo:
d) a) marquise é uma cobertura em balanço;
b) mosaico é um painel formado por
e) Todas as respostas estão corretas pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou
pastilhas;
25. A janela tipo guilhotina tem a abertura: c) mão francesa é sinônimo de mão-de-
a) horizontal força;
b) inclinada d) mata-junta é um material que cobre a
c) angular abertura formada pelo encontro de duas
d) sanfonada ou mais peças;
e) vertical e) todas estão corretas.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL – Unidade I

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas devem


ser obrigatoriamente seguidas pelos diversos setores abrangidos.

ABÓBADA – cobertura de secção curva.

ACABAMENTO – arremate final da estrutura e dos ambientes da casa,


feito com diversos tipos de materiais.

ADEGA – compartimento, geralmente subterrâneo que serve para guardar


bebidas, por suas condições de temperaturas.

ADOBE – tijolo de barro seco ao ar e não cozido.

ADUELA – peça da grade ou marco da portas e de janelas.

AFASTAMENTO – distância mínima a ser observada entre as paredes


externas da edificação e os limites do terreno.

ÁGUA - termo que designa o plano do telhado. (quatro águas, duas águas,
etc).

ALÇAPÃO – portinhola no piso ou no teto para acesso a porões ou sótãos.

ALGEROZ – tubo de descida de água pluviais, em geral embutido na pare-


de.

ALICERCE – elemento da construção que transmite a carga da constru-


ção ao solo.

ALINHAMENTO – linha legal que serve de limite entre o terreno e o


logradouro para o qual faz limite.

ALIZAR – guarnição de madeira que cobre a junta entre a esquadria/portal


e a parede.

ALPENDRE – área coberta, saliente de construção, cuja cobertura é sus-


tentada por colunas, pilares ou consolos, geralmente na entrada da edifica-
ção.

ALVENARIA – conjunto de pedras, tijolos, blocos ou concreto, com ou


sem argamassa, para formação de paredes, muros etc.
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

AMARRAÇÃO – disposição entrelaçada dos tijolos.

ANDAIME – plataforma elevada, para sustentação dos materiais e os


operários na execução de obras ou reparos.

ANDAR – pavimento acima do rés do chão.

APARELHO – acabamento para dar às pedras e madeiras formas geomé-


tricas e aparência adequada. Também usada para significar a primeira de-
mão de tinta.

APARTAMENTO – unidade autônoma de moradia, em prédio de habita-


ção múltipla.

APICOAR – desbastar com ferramenta, geralmente ponteiro de aço, uma


superfície ou pedra.

ARAMADO – rede ou tela de arame. Alambrado, segundo o Dicionário


Aurélio.

ARANDELA – aparelho de iluminação fixado na parede.

ÁREA TOTAL – soma de todas as áreas de uma edificação, incluindo to-


dos os pavimentos.

ÁREA ÚTIL – superfície de utilização de uma edificação fora as paredes.

ARGAMASSA – mistura de aglutinante com areia e água, suada para assen-


tamento de tijolos, cerâmicas, rebocos etc.

ARGILA – silicatos hidratados, barro com que se faz tijolos, cerâmicas etc.

ARQUIBANCADA – escalonamento sucessivo de assentos ordenados em


fila.

ARQUITETURA - (do latim architectura) – os princípios, as normas, os


materiais e as técnicas utilizadas para criar o espaço arquitetônico.

ARQUITETURA DE INTERIORES – obras em interiores que impli-


que criação de novos espaços internos ou modificações na função dos mes-
mos ou nos elementos essenciais; ou das respectivas instalações.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

AROEIRA – árvore da família das anarcadíceas, de grande dureza, muito


usada para cercas e colunas de sustentação de telhados e alpendres.

ASNA – peça da tesoura de telhado. Ao francesa, escora.

ASSOALHO – piso de tábuas. Soalho.

BALANÇO – avanço da edificação sobre alinhamentos ou recuos regula-


mentares.

BALAUSTRE – elemento vertical que, empregado em série, forma a ba-


laustrada.

BALDRAME – parte do embasamento entre o alicerce e a parede. Soco.

BANDEIROLAS ou BANDEIRA – abertura fixa ou móvel situado aci-


ma da porta.

BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de eixo horizontal.

BATEDOR – batente; rebaixo na aduela onde se encaixam as folhas dos


vãos.

BEIRAL – parte saliente da cobertura.

BOILER – aquecedor, normalmente metálico, acumulando água aque-


cida.

BONECA – saliência de alvenaria onde é fixado o marco ou grade de por-


tas e de janelas.

BRITA – pedra quebrada em tamanhos variáveis.

BRISE – quebra-sol; elemento horizontal ou vertical de proteção contra o


sol.

CAIBRO – peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas destinadas a


suportar as telhas.

CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para


vidro ou painel de vedação; esquadria.
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

CALÇADAS – pavimentação do terreno, dentro do lote.

CALHA – conduto de águas pluviais.

CAPIAÇO – acabamento de vãos entre a grade (marco) e o paramento da


parede.

CARAMANCHÃO – armação de madeira, tipo pérgola, sustentada por


colunas.

CASCALHO – seixo rolado; pedra britada.

CASA GEMINADA – separada de outra edificação com uma parede comum.

CAVA – o mesmo que adega.

CHANFRO – pequeno corte para eliminar arestas vivas.

CHAPISCO – primeira camada de revestimento de paredes e de tetos des-


tinada a dar maior aderência ao revestimento final.

CHUMBADOR – peça que serve para fixar qualquer coisa numa parede.

CLARABÓIA – vão nas coberturas, em geral protegido com vidros.

COBOGÓ – elemento vasado.

CÓDIGO DE OBRAS – legislação vigente em cada cidade, que determina


as normas que o projeto arquitetônico deve obedecer.

COIFA – cobertura acima do fogão para tirar a fumaça.

COLUNA – suporte de secção cilíndrica.

CONCRETO – aglomerado de cimento, areia, brita e água.

CONCRETO ARMADO – o mesmo que acima, com ferragem.

CONDUITE – conduto flexível.

CORPO AVANÇADO – balanço fechado de mais de 20 cm.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio a


quem dela se serve.

COTA – indicação ou registro numérico de dimensões.

COTA DE COROAMENTO – ponto mais alto da edificação, permitido


pelo código de obras local.

COTA DE SOLEIRA – nível mais baixo da edificação, permitido pelo


código de obras local.

CROQUI – rascunho inicial de um projeto arquitetônico.

CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados onde tem inicio as águas;
a peça de madeira que a forma.

CÚPULA – abóbada esférica.

DECORAÇÃO – obra em interiores com finalidade exclusivamente estéti-


ca, não implicando criação de novos espaços internos, ou modificações de
função dos mesmos, ou alterações dos elementos essenciais.

DEMÃO – camada de pintura.

DUPLEX – apartamento de dois pisos superpostos.

EDÍCULA – pequena casa; dependência para empregados.

EMBASAMENTO – parte inferior de um edifício cestinada à sua sustentação.

EMBOÇO – a 1ª camada de argamassa ou cal, após o chapisco, que serve


de base ao reboco.

EMPENA – parede em forma de triângulo acima do pé direito.

ESCARIAR – rebaixar a fim de nivelar a cabeça de prego ou parafuso.

ESPELHO – face vertical de um degrau; peça que cobre a fechadura ou


interruptor, quando embutido.

ESPIGÃO – encontro saliente, em desnível, de duas águas do telhado; tacaniça.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

ESQUADRIA – fechamento dos vãos; formada por grade ou marco e fo-


lhas.

ESTACA – peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no terreno


como base da construção.

ESTRIBO – peça de ferro destinada a sustentar um elemento de constru-


ção em relação a outro.

ESTRONCA – escora de madeira.

ESTUQUE – argamassa muito fina usada para acabamento de paredes e


de forros; sistema para construção de forros ou paredes usando traçados
de madeira como apoio.

FACHADAS – elevações das paredes externas de uma edificação.

FACHADA PRINCIPAL – voltada para o logradouro público.

FÊMEA – entalhe na madeira para receber o macho.

FLECHA – distância entre a posição reta e a fletida de uma viga ou peça.

FOLHA – parte móvel da esquadria.

FORRO – vedação da parte superior dos compartimentos da construção.

FORRO FALSO – forro que se coloca após a construção da laje ou cober-


ta e independente dela.

FUNDAÇÃO – conjunto dos elementos da construção que transmitem


cargas das edificações ao solo.

GABARITO – medida que limita largura de logradouros e altura das edifi-


cações.

GALPÃO – construção aberta e coberta.

GRADE – elemento vasado que forma a esquadria; marco.

GUARDA-CORPO – parapeito; proteção de um vão.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

JIRAU – pequeno piso colocado à meia altura.

JUNTA – espaço entre elementos.

LADRILHO – peça de forma geométrica, de pouca espessura, de cimento


ou barro cozido, em geral destinado a pisos.

LÂMINA – bloco vertical numa construção de vários pavimentos.

LANTERNIM – pequena torre destinada à iluminação e ventilação.

LINHA – parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas; tirante.

LONGARINA – viga.

LOGRADOURO – espaço público (rua) compreendido entre dois alinha-


mentos postos.

MÃO DE FORÇA ou MÃO FRANCESA – elemento inclinado de apoio


destinado a reduzir o vão dos balanços. Semelhante à asna.

MARQUISE – balanço constituindo cobertura.

MEIO-FIO – bloco que separa o passeio da rua.

MÓDULO – unidade de medida.

MONTANTE – peça vertical de madeira.

MOSAICO – painel formado por pequenos pedaços de vidro, cerâmica ou


pastilhas; montagem de fotografias aéreas em serviços de cartografia.

NERVURA – viga saliente ou não de uma laje;quando oculta chama-se tam-


bém viga chata.

OSSO – sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o revestimento.

PANO – porção de superfície plana de parede, compreendida entre duas


pilastras.

PANÔ – painel decorativo de tecido, usado para complemento de cortinas.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

PARAPEITO – resguardo de pequena altura, de sacadas, terraços e galerias.

PASSEIO – parte do logradouro público, destinado ao trânsito de pedestre.

PASTILHA – pequena peça cerâmica, usada para revestimento de paredes


e pisos.

PATAMAR – superfície intermediária entre dois lances de escada.

PÉ-DIREITO – distância vertical entre forro e piso.

PEITORIL – parte inferior da janela / distância entre o piso e o início do


espaço ocupado por ela.

PENDURAL – viga ou barrote que, do vértice da asna cai sobre a linha da


tesoura.

PÉRGOLA – construção de caráter decorativo para suporte de plantas,


sem constituir cobertura.

PILAR – elemento de sustentação tendo secção quadrada ou retangular.

PILASTRA – pilar incorporado à parede e ressaltando.

PILOTIS – elemento de sustentação de um pavimento térreo; nome que se


dá ao pavimento térreo quando aberto.

PIVOTANTE – folha móvel em torno de eixo vertical.

PLANTA – projeção horizontal; vista superior; projeção de um corte hori-


zontal numa edificação.

PLATIBANDA – coroamento de uma edificação, formado pelo prolon-


gamento das paredes externas, acima do forro.

POÇO DE ILUMINAÇÃO/VENTILAÇÃO – espaço destinado a ven-


tilação e iluminação de ambientes (janelas).

PORÃO – parte não usada para habitação, sob o térreo.

REBOCO – revestimento final de argamassa.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

RESPINGADOR - rebaixo ou saliência para desviar as águas pluviais.

RINCÃO – ângulo reentrante e em declive formado pelo encontro das


águas de um telhado; a calha que se coloca neste encontro.

RIPA – peça de madeira sobre os caibros.

RODAPÉ – faixa de proteção entre a parte inferior da parede e o piso.

SACADA – parte pouco saliente da construção.

SALIÊNCIA - elemento ornamental da edificação, que avança além do


plano da fachada.

SANCA - moldura na parte superior da parede, ligando-a ao teto.

SERTEIRA – abertura estreita e vertical.

SOLEIRA – elemento localizado no piso, no vão das portas, de marco a


marco.

SÓTÃO – espaço situado entre o forro e a cobertura, aproveitável como


dependência de uso comum de uma edificação.

TABIQUE – parede leve que serve para subdividir compartimentos, sem


atingir o forro.

TALUDE _ rampa inclinada de um terreno, normalmente feita pelo ho-


mem.

TAPUME – vedação provisória usada durante a edificação.

TELHA – elemento colocado na superfície externa da cobertura para pro-


tegê-la de chuva, sol, vento, etc.

TELHADO – cobertura onde se usam as telhas.

- TELHADO DE DUAS ÁGUAS – cada lado se chama águas mestras

- TELHADO DE QUATRO ÁGUAS – os lados maiores se chamam


ÁGUAS MESTRAS, e os menores TACANIÇAS.

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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO

TERÇAS – peças de madeira onde se pregam os caibros.

TERRAÇO – cobertura total ou parcial de uma edificação, constituindo


piso acessível.

TESOURA – feita de vigas de madeira ou metal destinada a suportar a


cobertura.

TESTADA – linha que separa o lote do logradouro pública (rua).

TRAÇO DE ARGAMASSA – proporção entre seus componentes.

TRELIÇA – armação de madeira ou metal onde existem aberturas; viga.

VARANDA – construção protegida pelo prolongamento da cobertura.

VASIO – vão ou abertura.

VÃO – abertura; distância entre os apoios.

VERGA – parte superior da porta ou janela, normalmente de alvenaria, ou


ainda, distância compreendida entre o forro e a parte superior de qualquer
abertura.

ZENITAL – no alto, no zênite; iluminação zenital: feita através de abertura


no teto.

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

BIBLIOGRAFIA

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


6492: Representação de Projetos de Arquitetura.

DOMINGUES, F.A.A. Topografia e Astronomia de Posição para


Engenheiros e Arquitetos. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1979.

FONSECA, R.S. Elementos de Desenho Topográfico. São Paulo, Editora


McGraw-Hill do Brasil

FRENCH, T.E. Desenho Técnico. Editora Globo, Porto Alegre, 1975.

MANFÉ, G.; POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico.


São Paulo, Editora Hemus, 1977. v.1.

MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Editora Edgard


Blucher, 1978.

OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1973.

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GABARIT
GABARITOO

1-A 16-E
2-C 17-B
3-A 18-A
4-B 19-E
5-D 20-A
6-D 21-C
7-A 22-A
8-C 23-B
9-B 24-B
10-A 25-E
11-E 26-E
12-E 27-C
13-B 28-D
14-A 29-A
15-C 30-E

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