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Licenciatura em Engenharia Civil

TEORIA DE ESTRUTURAS

Apontamentos das Aulas Teóricas

José Filinto Castro Trigo


Manuel Trigo Neves

Abril 2019

Capítulo 5 - Método das Forças. Estruturas contínuas

Versão 8

Teoria de Estruturas – 08
Índice:

5. MÉTODO DAS FORÇAS. ESTRUTURAS CONTÍNUAS. .............................. 1


5.1 ESTRUTURAS CONTÍNUAS HIPERESTÁTICAS ............................................................. 1
5.1.1 Exemplo sem assentamentos de apoio ..................................................................... 1
5.1.2 Exemplo com assentamentos de apoio: ................................................................... 3
5.1.3 Vigamentos Cruzados .............................................................................................. 4
5.2 ESTRUTURAS MISTAS HIPERESTÁTICAS .................................................................... 6
5.3 EQUAÇÃO DE COMPATIBILIDADE DO T.T.V. ESCRITA SOB A FORMA MATRICIAL ....... 8
5.3.1 Estudo da matriz de flexibilidade ............................................................................ 9
a) Sistemas Articulados......................................................................................... 9
b) Sistemas Contínuos........................................................................................... 9
5.3.2 Estudo da Matriz de Solicitação .............................................................................. 9
a) Sistemas Articulados....................................................................................... 10
b) Sistemas Contínuos......................................................................................... 10
5.3.3 Aplicações .............................................................................................................. 10
5.4 CONVENÇÕES DE SINAIS NAS ESTRUTURAS PORTICADAS ........................................ 14
5.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS EM RELAÇÃO ÀS
ISOSTÁTICAS ........................................................................................................... 15
__________________________________________________________________________
Bibliografia:
Apontamentos de Estruturas I do Bacharelato em Engenharia Civil do ISEP – José
Carvalho e Manuel Trigo Neves
__________________________________________________________________________

Teoria de Estruturas - 08 ii
5. Método das Forças. Estruturas Contínuas.

5.1 Estruturas Contínuas Hiperestáticas

5.1.1 Exemplo sem assentamentos de apoio

Dada a seguinte viga hiperestática:

p/m

A C

B
L L

Figura 5.1

Esta pode apresentar-se como:

p/m

A C
B
X

L L

Figura 5.2

Ou:
z z
p/m

C
X A C
A B
B

L L
L
1 L

M0 M

(Sistema Base - S 0 ) (Sistema - S )

Figura 5.3

Teoria de Estruturas - 08 1
Sabendo que se aplicará o Princípio da Sobreposição dos Efeitos:
M = M0 + X  M
onde M 0 corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 0 :
p  z2
M0 = p  L z −
, (0  z  2  L)
2
e M corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S :
 1 z
 M z = −  z = − , (0  z  L)
2 2

M =− 1 z+ 1  z−L ,
 z ( ) ( L  z  2  L)
2
Aplicando o T.T.V., resultará:
M M
Q m m = 
EI
dz

(
M  M0 + X  M ) dz
 Qm   m =  EI
2
M M M
 Qm   m =  E  I 0 dz + X   E  I dz
Calculando agora:

 z  p  z2  p  L4 p  L4
( )
L
M  M 0 dz = 2   −    p  L  z −  dz = − +
0
2  2  3 8
2
 z
L
L3
 0  2 
2
M dz = 2  − dz =
6

Atendendo a que não existem assentamentos de apoio:

Q m m = 0

Pelo que virá:


1
( )
   M  M 0 dz + X   M dz 
2
0=
EI  
p  L4 p  L4 L3
0=− + +X
3 8 6
Obtendo-se, então, como resultado:
5
X=  p L
4

Teoria de Estruturas - 08 2
5.1.2 Exemplo com assentamentos de apoio:

p/m
P
A D
B C
VA VB VC VD

L/2 L/2 L L

Figura 5.4

Pelo Princípio da Sobreposição dos Efeitos, separa-se a estrutura em três subsistemas:

p/m
P
A D
S0 B C
VA VB VC VD
RA0
RD0
L/2 L/2 L L

A D
X1 B C
RA1
S1 1 RD1
L/2 L/2 L L

A D
X2 B C
RA2
S2 1 RD2
L/2 L/2 L L

Figura 5.5

Verificando-se:
M = M 0 + X 1  M1 + X 2  M 2
em que M 0 corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 0 , M 1
corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 1 e M 2 corresponde aos
momentos flectores instalados no sistema S 2 .
Aplicando o T.T.V., aos dois sistemas auxiliares:
M1  M
S1  Q m m = 
EI
dz

M2  M
S2  Q m m = 
EI
dz

Teoria de Estruturas - 08 3
(
M1  M 0 + X1  M1 + X 2  M 2 ) dz
S1  Q m m = 
EI

(
M 2  M 0 + X1  M1 + X 2  M 2 ) dz
S2  Q m m = 
EI
2
M  M0 M M  M2
S1   Qm   m =  1 dz + X 1   1 dz + X 2   1 dz
EI EI EI
2
M  M0 M  M1 M
S2   Qm   m =  2 dz + X 1   2 dz + X 2   2 dz
EI EI EI
Desenvolvendo os primeiros membros:

R1A  VA − 1  VB + 0  VC + RD1  VD =


2
M  M0 M M  M2
= 1 dz + X 1   1 dz + X 2   1 dz
EI EI EI

RA2  VA + 0  VB − 1  VC + RD2  VD =


2
M  M0 M  M1 M
= 2 dz + X 1   2 dz + X 2   2 dz
EI EI EI
Resolvendo as duas equações, obtêm-se X 1 e X 2 e, de imediato, os esforços e as reacções
finais.

5.1.3 Vigamentos Cruzados

Dado o seguinte vigamento cruzado:

F2 Viga V2
F3
Viga V1
P F4
F1 V
P

Figura 5.6

Este sistema estrutural estabelece que o ponto de união entre as duas vigas ( P ) tem o
mesmo deslocamento vertical (  PV ) e que a força ( X ) de ligação é de igual intensidade e
de sentidos contrários nas duas vigas:

Teoria de Estruturas - 08 4
F3
F4
Viga V1 P

X
F2
Viga V2
F1 X
P

Figura 5.7

Separando as duas vigas, obtém-se:

F3 F3
F4 F4
Viga V1 P P X P

X S0 S1 1

Figura 5.8

M I = M 0I + X  M 1I e V I = V0I + X  V1I
e:

F2 F2
F1 X F1 1
Viga V2 P X
P P
S0 S1

Figura 5.9

M II = M 0II + X  M1II e V II = V0II + X  V1II

Aplicando o T.T.V. às duas vigas:


(
M1I  M 0I + X  M1I ) dz
Viga V1  Q m m = 
EI
(
M  M 0II + X  M 1II
II
) dz
 Qm   m = 
1
Viga V2 
EI
Simplificando, resulta:
2
M I  M 0I MI
Viga V1  -1   =  1 V
dz + X   1 dz
EI EI
P

Teoria de Estruturas - 08 5
2
M II  M 0II M II
Viga V2  +1   =  1
V
dz + X   1 dz
EI EI
P

Somando as duas expressões:


 M I M I M 1II  M 0II   MI2 M1II
2

0 =  1 0
dz +  dz  + X    1
dz +  dz 
 EI EI   EI EI 
 
 M M I I
M  M0
II II 
 1 0
dz +  1 dz 
 EI EI 
X =−
 MI 2
M II
2

  1 dz +  1 dz 
 EI EI 
 
Obtendo X , calculam-se, de imediato, os esforços e as reacções finais.

5.2 Estruturas Mistas Hiperestáticas

Dada a seguinte estrutura, constituída por um pórtico de betão armado (barras de nós
rígidos) e por um tirante de aço (barra articulada):

20 kN
Betão

Betão Betão

Aço

Figura 5.10

Esta pode ser dividida em:

20 kN

X1 X2
1 1

1
S0 S1 S2

Figura 5.11
Teoria de Estruturas - 08 6
(De notar que se optou por seccionar a barra em vez de a eliminar)

Considerando:
M = M 0 + X 1  M1 + X 2  M 2

V = V0 + X1 V1 + X 2 V2

N = N0 + X 1  N1 + X 2  N 2

Aplicando o T.T.V. aos dois sistemas auxiliares:

𝑀1 × 𝑀 𝑉1 × 𝑉
𝑆1 ⇒ ∑ 𝑄𝑚 × 𝛿𝑚 = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐼 ⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐺 × 𝐴'
≈0
𝑁1 × 𝑁 𝑁1 × 𝑁 × 𝐿
+∫ 𝑑𝑧 + ∑
⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐴 Aço
𝐸×𝐴
≈0
𝑀2 × 𝑀 𝑉2 × 𝑉
𝑆2 ⇒ ∑ 𝑄𝑚 × 𝛿𝑚 = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐼 ⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐺 × 𝐴'
≈0
𝑁2 × 𝑁 𝑁2 × 𝑁 × 𝐿
+∫ 𝑑𝑧 + ∑
⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐴 Aço
𝐸×𝐴
≈0

Em relação às barras de betão (nós rígidos) os integrais dos esforços transversos ( VV ) e


dos esforços axiais ( NN ) são praticamente nulos, face aos integrais dos momentos
flectores ( MM ). No que diz respeito à barra de aço (nós articulados), em geral vale a
pena considerar o integral:
2 2
N N1  L
Aço E 1 A dz = 
Aço E  A

visto que é o único não nulo.

Assim, resulta:

M1  M 0
S1  0 = 
Betão
E  I
dz +

 M1
2
N1  L 
2
M1  M 2
+X1    dz +  +X 2   dz
 Betão E  I Aço E  A  EI
  Betão

Teoria de Estruturas - 08 7
2
M2  M0 M 2  M1 M2
S2  0=  dz +X1   dz +X 2   dz
Betão
EI Betão
EI Betão
EI

Calculando X 1 e X 2 obtêm-se os esforços e as reacções finais.

5.3 Equação de compatibilidade do T.T.V. escrita sob a forma matricial

A equação de compatibilidade do T.T.V. pode ser representada da seguinte forma:

 io  +  ij    X j  = 0
onde:

 X1 
X 
 2 
 j  X3 
X = - Matriz ou Vector das Incógnitas Hiperestáticas
 ... 
 
 X n 

11 12  23 ... 1n 


 ...  2 n 
 21  22  23
 ij  =  31  32  33 ...  3n  - Matriz de Flexibilidade

 ... ... ... ... ... 
 n1  n 2  n 3 ...  nn 
(esta matriz é quadrada e simétrica)

10 
 
 20 
 i 0  =  30  - Matriz ou Vector de Solicitação
 ... 
 
 n 0 

Teoria de Estruturas - 08 8
5.3.1 Estudo da matriz de flexibilidade

No caso mais geral, os  ij são obtidos pela expressão:

Ni  N j Mi  M j Vi  V j Ti  T j
  = 
ij
E A
dz + 
EI
dz + 
G  A'
dz + 
G  It
dz

E cada  ij corresponde ao deslocamento do ponto de aplicação da força i, na sua direcção,


quando no sistema actua a força j.

a) Sistemas Articulados
Estes sistemas caracterizam-se por serem constituídos por peças em compressão ou em
tracção simples:
M =V =T = 0 e N 0
Ficando:
Ni  N j Ni  N j  L
  = 
ij
E A
dz = 
E A
=  Ni  N j 
L
E A
Um exemplo seria o seguinte:
L
 23 =  N 2  N3 
E A

b) Sistemas Contínuos
Nestes sistemas, à partida, só o momento torsor é nulo:
T =0 e M , V , N 0
Ficando:
𝑀𝑖 × 𝑀𝑗 𝑁𝑖 × 𝑁𝑗 𝑉𝑖 × 𝑉𝑗
{𝛿𝑖𝑗 } = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧
𝐸×𝐼 ⏟ 𝐸×𝐴 ⏟ 𝐺 × 𝐴'
≈0 ≈0
Como do segundo e do terceiro integrais resultam deslocamentos quase nulos, fica:
M M j
 ij =  i
EI
 
dz
Um exemplo seria o seguinte:
M2  M4
 24 =  dz
EI

5.3.2 Estudo da Matriz de Solicitação

No caso mais geral, os  i 0 são obtidos pela expressão:

Teoria de Estruturas - 08 9
Ni  N 0 M  M0 V V
 i 0 = −Tei +  dz +  i dz +  i 0 dz +
E A EI G  A'
T T T
+  ,i ,0 dz +  Ni Tm dz +  M i m dz
G  It c

Onde Tei corresponde ao trabalho virtual realizado pelas forças exteriores do sistema Si .

a) Sistemas Articulados
Estes sistemas caracterizam-se, como atrás se referiu, por serem constituídos por peças em
compressão ou em tracção simples:
M =V =T = 0 e N 0
Ficando:
Ni  N0
 i 0 = −Tei +  dz +  N iTdz
E A
Ou:
L
 i 0 = −Tei +  Ni  N0  +  Ni    T  L
E A

b) Sistemas Contínuos
Nestes sistemas, como acima foi referido, só o momento torsor é nulo:
T =0 e M , V , N 0
Ficando:
𝑀𝑖 × 𝑀0 𝑁𝑖 × 𝑁0 𝑉𝑖 × 𝑉0
𝛿𝑖0 = −𝑇𝑒𝑖 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐸×𝐼 ⏟ 𝐸×𝐴 ⏟ 𝐺 × 𝐴'
≈0 ≈0
Δ𝑇𝑚
+ ∫ 𝑁𝑖 𝛼𝑇𝑚 𝑑𝑧 + ∫ 𝑀𝑖 𝛼 𝑑𝑧
𝑐
Como o segundo e o terceiro integrais produzem deslocamentos quase nulos, resulta:
Mi  M0 T
 i 0 = −Tei +  dz +  N i Tm dz +  M i m dz
EI c

5.3.3 Aplicações

Pretende-se escrever as equações de compatibilidade da seguinte estrutura, utilizando o


método das forças:

Teoria de Estruturas - 08 10
F3 F4
F2 C D E

T

F1 B H G F F

A I

A I

Figura 5.12

Constata-se que esta tem:

b - número de barras = 17
nL - número de ligações ao exterior =5
nN - número de nós =9
E - número de equações da Estática =3

ℎ𝑡 (𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) = [17


⏟ − (2 × 9 − 3)] + (5
⏟ − 3) = 2 + 2
ℎ𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ℎ𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟

No caso presente existem dois graus de hiperestaticidade por condições internas e dois
graus de hiperestaticidade por condições externas:

Teoria de Estruturas - 08 11
F3 F4
F2 C D E

X3 X4 T
X3 X4

F1 B F F
H G
X2
X1

A I

A I

Figura 5.13

As equações de compatibilidade serão escritas como:


 io  +  ij    X j  = 0
Variando:
i = 1, 2,3, 4
j = 1, 2,3, 4
Cada parcela será:
L
 i 0 = −Tei +  Ni  N0  +  Ni    T  L
E A
L
 ij =  Ni  N j 
E A
Por extenso surge:
0 = 10 + 11  X 1 + 12  X 2 + 13  X 3 + 14  X 4
0 =  20 +  21  X 1 +  22  X 2 +  23  X 3 +  24  X 4
0 =  30 +  31  X 1 +  32  X 2 +  33  X 3 +  34  X 4
0 =  40 +  41  X 1 +  42  X 2 +  43  X 3 +  44  X 4
Sendo, por exemplo:
𝐿
𝛿10 = − ∑ 𝑅1 × Δ + ∑ 𝑁1 × 𝑁0 × + ∑ 𝑁1 × 𝛼 × Δ𝑇 × 𝐿
⏟ 𝐸×𝐴
𝑇𝑒1

L
 31 =  N3  N1 
E A
Teoria de Estruturas - 08 12
Como segunda aplicação, pretende-se escrever as equações de compatibilidade da
seguinte estrutura, utilizando o método das forças:

F1 F2 F3
B C 

B
A D

Figura 5.14

Analisando esta estrutura, o seu grau de hiperestaticidade resultará:

Ligações ao exterior: 8

Equações da Estática: 3

Rótula: 1
Pelo que:
ht = 8 − 3 − 1 = 4 vezes hiperestática

F1 F2 F3 X4
B C 

X1 X3 
X2
A D
B

Figura 5.15

As equações de compatibilidade serão escritas como:

 io  +  ij    X j  = 0
Variando:
i = 1, 2,3, 4
j = 1, 2,3, 4
Cada parcela será:

Teoria de Estruturas - 08 13
Mi  M0 T
 i 0 = −Tei +  dz +  N i Tm dz +  M i m dz
EI c

Mi  M j
 ij =  dz
EI

Por extenso, surge:

0 = 10 + 11  X 1 + 12  X 2 + 13  X 3 + 14  X 4


0 =  20 +  21  X 1 +  22  X 2 +  23  X 3 +  24  X 4
0 =  30 +  31  X 1 +  32  X 2 +  33  X 3 +  34  X 4
0 =  40 +  41  X 1 +  42  X 2 +  43  X 3 +  44  X 4

Sendo, por exemplo:

𝑀1 × 𝑀0 Δ𝑇𝑚
𝛿10 = − ∑ 𝑅1 × Δ + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑁1 𝛼𝑇𝑚 𝑑𝑧 + ∫ 𝑀1 𝛼 𝑑𝑧
⏟ 𝐸×𝐼 𝑐
=𝑇𝑒1

𝑀3 × 𝑀1
𝛿31 = ∫ 𝑑𝑧
𝐸×𝐼

5.4 Convenções de sinais nas estruturas porticadas

Existem duas hipóteses para identificar as extremidades esquerda e direita nas barras de
uma estrutura porticada:

Teoria de Estruturas - 08 14
▪ Observador no interior da estrutura:

e d e d
d

e
e

d
Figura 5.16

▪ Observador no exterior da estrutura:

e d e d
d

d
e

Figura 5.17

5.5 Vantagens e desvantagens das estruturas hiperestáticas em relação às isostáticas

No que se refere às vantagens, a adopção de estruturas hiperestáticas conduz a uma


redução dos momentos flectores em estruturas com a mesma geometria e com as mesmas
solicitações, resultando numa melhor distribuição dos esforços e numa menor amplitude
das deformadas (observar as flechas no exemplo).
Como exemplo, pode apresentar-se uma viga de vão simples com carga uniformemente
distribuída:

Teoria de Estruturas - 08 15
p/m p/m

L L

M M

+ p  L2 + p  L2 − p  L2
M máx = M máx = e M máx =
8 24 12

5  p  L4 p  L4
ymáx = ymáx =
384  E  I 384  E  I

Figura 5.18

No que diz respeito às desvantagens, deverá ter-se em atenção a “sensibilidade” das


estruturas hiperestáticas relativamente a variações de temperatura e a assentamentos de
apoio.

T > 0

R1 T > 0 R1
M 
M

Figura 5.19

As estruturas isostáticas são “insensíveis” a variações de temperatura e a assentamentos de


apoio.

Para evitar as desvantagens das estruturas hiperestáticas ou minorar os efeitos negativos,


existem diversos procedimentos:
▪ Variações de temperatura
Introduzir juntas de dilatação:

Teoria de Estruturas - 08 16
Introduzir apoios deslizantes

Viga Viga

Pilar
Duplicação de pilares

Viga Viga

Pilar

Pilar
Figura 5.20

▪ Assentamentos de apoio

Introduzir rótulas:
p/m

p/m

Rótula Rótula

Figura 5.21

Teoria de Estruturas - 08 17

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