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TEORIA DE ESTRUTURAS
Abril 2019
Versão 8
Teoria de Estruturas – 08
Índice:
Teoria de Estruturas - 08 ii
5. Método das Forças. Estruturas Contínuas.
p/m
A C
B
L L
Figura 5.1
p/m
A C
B
X
L L
Figura 5.2
Ou:
z z
p/m
C
X A C
A B
B
L L
L
1 L
M0 M
Figura 5.3
Teoria de Estruturas - 08 1
Sabendo que se aplicará o Princípio da Sobreposição dos Efeitos:
M = M0 + X M
onde M 0 corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 0 :
p z2
M0 = p L z −
, (0 z 2 L)
2
e M corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S :
1 z
M z = − z = − , (0 z L)
2 2
M =− 1 z+ 1 z−L ,
z ( ) ( L z 2 L)
2
Aplicando o T.T.V., resultará:
M M
Q m m =
EI
dz
(
M M0 + X M ) dz
Qm m = EI
2
M M M
Qm m = E I 0 dz + X E I dz
Calculando agora:
z p z2 p L4 p L4
( )
L
M M 0 dz = 2 − p L z − dz = − +
0
2 2 3 8
2
z
L
L3
0 2
2
M dz = 2 − dz =
6
Q m m = 0
Teoria de Estruturas - 08 2
5.1.2 Exemplo com assentamentos de apoio:
p/m
P
A D
B C
VA VB VC VD
L/2 L/2 L L
Figura 5.4
p/m
P
A D
S0 B C
VA VB VC VD
RA0
RD0
L/2 L/2 L L
A D
X1 B C
RA1
S1 1 RD1
L/2 L/2 L L
A D
X2 B C
RA2
S2 1 RD2
L/2 L/2 L L
Figura 5.5
Verificando-se:
M = M 0 + X 1 M1 + X 2 M 2
em que M 0 corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 0 , M 1
corresponde aos momentos flectores instalados no sistema S 1 e M 2 corresponde aos
momentos flectores instalados no sistema S 2 .
Aplicando o T.T.V., aos dois sistemas auxiliares:
M1 M
S1 Q m m =
EI
dz
M2 M
S2 Q m m =
EI
dz
Teoria de Estruturas - 08 3
(
M1 M 0 + X1 M1 + X 2 M 2 ) dz
S1 Q m m =
EI
(
M 2 M 0 + X1 M1 + X 2 M 2 ) dz
S2 Q m m =
EI
2
M M0 M M M2
S1 Qm m = 1 dz + X 1 1 dz + X 2 1 dz
EI EI EI
2
M M0 M M1 M
S2 Qm m = 2 dz + X 1 2 dz + X 2 2 dz
EI EI EI
Desenvolvendo os primeiros membros:
F2 Viga V2
F3
Viga V1
P F4
F1 V
P
Figura 5.6
Este sistema estrutural estabelece que o ponto de união entre as duas vigas ( P ) tem o
mesmo deslocamento vertical ( PV ) e que a força ( X ) de ligação é de igual intensidade e
de sentidos contrários nas duas vigas:
Teoria de Estruturas - 08 4
F3
F4
Viga V1 P
X
F2
Viga V2
F1 X
P
Figura 5.7
F3 F3
F4 F4
Viga V1 P P X P
X S0 S1 1
Figura 5.8
M I = M 0I + X M 1I e V I = V0I + X V1I
e:
F2 F2
F1 X F1 1
Viga V2 P X
P P
S0 S1
Figura 5.9
Teoria de Estruturas - 08 5
2
M II M 0II M II
Viga V2 +1 = 1
V
dz + X 1 dz
EI EI
P
Dada a seguinte estrutura, constituída por um pórtico de betão armado (barras de nós
rígidos) e por um tirante de aço (barra articulada):
20 kN
Betão
Betão Betão
Aço
Figura 5.10
20 kN
X1 X2
1 1
1
S0 S1 S2
Figura 5.11
Teoria de Estruturas - 08 6
(De notar que se optou por seccionar a barra em vez de a eliminar)
Considerando:
M = M 0 + X 1 M1 + X 2 M 2
V = V0 + X1 V1 + X 2 V2
N = N0 + X 1 N1 + X 2 N 2
𝑀1 × 𝑀 𝑉1 × 𝑉
𝑆1 ⇒ ∑ 𝑄𝑚 × 𝛿𝑚 = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐼 ⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐺 × 𝐴'
≈0
𝑁1 × 𝑁 𝑁1 × 𝑁 × 𝐿
+∫ 𝑑𝑧 + ∑
⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐴 Aço
𝐸×𝐴
≈0
𝑀2 × 𝑀 𝑉2 × 𝑉
𝑆2 ⇒ ∑ 𝑄𝑚 × 𝛿𝑚 = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐼 ⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐺 × 𝐴'
≈0
𝑁2 × 𝑁 𝑁2 × 𝑁 × 𝐿
+∫ 𝑑𝑧 + ∑
⏟𝐵𝑒𝑡ã𝑜 𝐸 × 𝐴 Aço
𝐸×𝐴
≈0
Assim, resulta:
M1 M 0
S1 0 =
Betão
E I
dz +
M1
2
N1 L
2
M1 M 2
+X1 dz + +X 2 dz
Betão E I Aço E A EI
Betão
Teoria de Estruturas - 08 7
2
M2 M0 M 2 M1 M2
S2 0= dz +X1 dz +X 2 dz
Betão
EI Betão
EI Betão
EI
io + ij X j = 0
onde:
X1
X
2
j X3
X = - Matriz ou Vector das Incógnitas Hiperestáticas
...
X n
10
20
i 0 = 30 - Matriz ou Vector de Solicitação
...
n 0
Teoria de Estruturas - 08 8
5.3.1 Estudo da matriz de flexibilidade
Ni N j Mi M j Vi V j Ti T j
=
ij
E A
dz +
EI
dz +
G A'
dz +
G It
dz
a) Sistemas Articulados
Estes sistemas caracterizam-se por serem constituídos por peças em compressão ou em
tracção simples:
M =V =T = 0 e N 0
Ficando:
Ni N j Ni N j L
=
ij
E A
dz =
E A
= Ni N j
L
E A
Um exemplo seria o seguinte:
L
23 = N 2 N3
E A
b) Sistemas Contínuos
Nestes sistemas, à partida, só o momento torsor é nulo:
T =0 e M , V , N 0
Ficando:
𝑀𝑖 × 𝑀𝑗 𝑁𝑖 × 𝑁𝑗 𝑉𝑖 × 𝑉𝑗
{𝛿𝑖𝑗 } = ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧
𝐸×𝐼 ⏟ 𝐸×𝐴 ⏟ 𝐺 × 𝐴'
≈0 ≈0
Como do segundo e do terceiro integrais resultam deslocamentos quase nulos, fica:
M M j
ij = i
EI
dz
Um exemplo seria o seguinte:
M2 M4
24 = dz
EI
Teoria de Estruturas - 08 9
Ni N 0 M M0 V V
i 0 = −Tei + dz + i dz + i 0 dz +
E A EI G A'
T T T
+ ,i ,0 dz + Ni Tm dz + M i m dz
G It c
Onde Tei corresponde ao trabalho virtual realizado pelas forças exteriores do sistema Si .
a) Sistemas Articulados
Estes sistemas caracterizam-se, como atrás se referiu, por serem constituídos por peças em
compressão ou em tracção simples:
M =V =T = 0 e N 0
Ficando:
Ni N0
i 0 = −Tei + dz + N iTdz
E A
Ou:
L
i 0 = −Tei + Ni N0 + Ni T L
E A
b) Sistemas Contínuos
Nestes sistemas, como acima foi referido, só o momento torsor é nulo:
T =0 e M , V , N 0
Ficando:
𝑀𝑖 × 𝑀0 𝑁𝑖 × 𝑁0 𝑉𝑖 × 𝑉0
𝛿𝑖0 = −𝑇𝑒𝑖 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 +
𝐸×𝐼 ⏟ 𝐸×𝐴 ⏟ 𝐺 × 𝐴'
≈0 ≈0
Δ𝑇𝑚
+ ∫ 𝑁𝑖 𝛼𝑇𝑚 𝑑𝑧 + ∫ 𝑀𝑖 𝛼 𝑑𝑧
𝑐
Como o segundo e o terceiro integrais produzem deslocamentos quase nulos, resulta:
Mi M0 T
i 0 = −Tei + dz + N i Tm dz + M i m dz
EI c
5.3.3 Aplicações
Teoria de Estruturas - 08 10
F3 F4
F2 C D E
T
F1 B H G F F
A I
A I
Figura 5.12
b - número de barras = 17
nL - número de ligações ao exterior =5
nN - número de nós =9
E - número de equações da Estática =3
No caso presente existem dois graus de hiperestaticidade por condições internas e dois
graus de hiperestaticidade por condições externas:
Teoria de Estruturas - 08 11
F3 F4
F2 C D E
X3 X4 T
X3 X4
F1 B F F
H G
X2
X1
A I
A I
Figura 5.13
L
31 = N3 N1
E A
Teoria de Estruturas - 08 12
Como segunda aplicação, pretende-se escrever as equações de compatibilidade da
seguinte estrutura, utilizando o método das forças:
F1 F2 F3
B C
B
A D
Figura 5.14
Ligações ao exterior: 8
Equações da Estática: 3
Rótula: 1
Pelo que:
ht = 8 − 3 − 1 = 4 vezes hiperestática
F1 F2 F3 X4
B C
X1 X3
X2
A D
B
Figura 5.15
io + ij X j = 0
Variando:
i = 1, 2,3, 4
j = 1, 2,3, 4
Cada parcela será:
Teoria de Estruturas - 08 13
Mi M0 T
i 0 = −Tei + dz + N i Tm dz + M i m dz
EI c
Mi M j
ij = dz
EI
𝑀1 × 𝑀0 Δ𝑇𝑚
𝛿10 = − ∑ 𝑅1 × Δ + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑁1 𝛼𝑇𝑚 𝑑𝑧 + ∫ 𝑀1 𝛼 𝑑𝑧
⏟ 𝐸×𝐼 𝑐
=𝑇𝑒1
𝑀3 × 𝑀1
𝛿31 = ∫ 𝑑𝑧
𝐸×𝐼
Existem duas hipóteses para identificar as extremidades esquerda e direita nas barras de
uma estrutura porticada:
Teoria de Estruturas - 08 14
▪ Observador no interior da estrutura:
e d e d
d
e
e
d
Figura 5.16
e d e d
d
d
e
Figura 5.17
Teoria de Estruturas - 08 15
p/m p/m
L L
M M
+ p L2 + p L2 − p L2
M máx = M máx = e M máx =
8 24 12
5 p L4 p L4
ymáx = ymáx =
384 E I 384 E I
Figura 5.18
T > 0
R1 T > 0 R1
M
M
Figura 5.19
Teoria de Estruturas - 08 16
Introduzir apoios deslizantes
Viga Viga
Pilar
Duplicação de pilares
Viga Viga
Pilar
Pilar
Figura 5.20
▪ Assentamentos de apoio
Introduzir rótulas:
p/m
p/m
Rótula Rótula
Figura 5.21
Teoria de Estruturas - 08 17