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PLANO DE ENSINO

CURSO: Psicologia
SÉRIE: 3º semestre
DISCIPLINA: Relações Étnico-Raciais no Brasil – Oferecida em EAD
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 aulas/aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas/aula

I – EMENTA

A partir da aprovação da Lei 10.639/2003, torna-se necessário a formação para


uma prática profissional e pedagógica sob a perspectiva das relações étnico-
raciais no Brasil, abordando os seguintes elementos: a legislação a respeito
das relações étnico-raciais no Brasil; cultura e história das populações
indígenas no Brasil; a questão da terra indígena: problema social ou ambiental?
Cultura e história das populações afrodescendentes no Brasil; racismo e
relações raciais no Brasil (o mito da democracia racial); imagens,
representações e estereótipos de negros e índios no Brasil; identidade,
diferença, interação e diversidade nas relações étnico-raciais; escola e
currículo para a promoção da igualdade racial.

II – OBJETIVOS

Caberá à disciplina Relações Étnico-Raciais no Brasil contribuir para:

 a formação de uma consciência crítica em relação às questões étnico-raciais


no Brasil;
 o estudo das principais correntes teóricas brasileiras acerca dos temas de
história e cultura indígena e afro-brasileira;
 uma futura prática profissional e pedagógica a partir da perspectiva do
respeito ao multiculturalismo, bem como da promoção da igualdade étnico-
racial na escola e na comunidade.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Espera-se que o aluno seja capaz, através desta disciplina, de:

 atuar em sua área profissional para a construção de uma identidade étnico-


racial positiva, favorecendo, assim, a melhoria da condição de vida das
minorias étnicas no Brasil, como afrodescendentes e indígenas;
 avaliar situações de conflitos interétnicos e promover ações que incentivem a
igualdade e o respeito à diversidade no contexto escolar e institucional;
 compreender a relevância do papel da escola na promoção da igualdade
racial, envolvendo-se pessoalmente nesse projeto.

IV - COMPETÊNCIAS

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Ser capaz de compreender o estudo dos processos de construção de fronteiras
e de identidades étnicas, procurando discutir os fatores que as modificam e
determinam como as teorias e concepções nativas, a competição por recursos,
a hierarquia e estratificação entre grupos assimétricos, o estabelecimento de
tradições e culturas regionais, a intervenção disciplinar do Estado.

V - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I – Entender as relações étnico-raciais no Brasil através das


legislações atuais
Questões iniciais: a invisibilidade do negro e do índio na história, na cultura e
na sociedade brasileiras.
As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos
Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na
Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na
Educação Básica.

UNIDADE II – Cultura e história das populações indígenas no Brasil


Darcy Ribeiro e sua teoria sobre os índios no Brasil e o processo civilizatório.
O projeto pombalino no século XVIII, a imposição da língua portuguesa e a
identidade reafirmada por meio da língua guarani.
A questão da terra indígena: problema social ou ambiental?
A condição das populações indígenas na sociedade brasileira.
Educação escolar indígena: diagnósticos, políticas públicas e projetos.

UNIDADE III – Cultura e história das populações afrodescendentes no


Brasil
Africanidades: alguns aspectos da História Africana dos Negros no Brasil.
Diáspora, travessia dos escravizados e o constrangimento de seres humanos à
condição de objetos.
Resistência negra e o movimento abolicionista: acontecimentos antes e depois
da Lei Áurea.
Estereótipos raciais a partir da escravidão no Brasil: o processo de
marginalização do negro.
O racismo científico e as ideias eugenistas no Brasil.
O racismo à brasileira: o mito da democracia racial e o arco-íris brasileiro.
A condição dos afrodescendentes na sociedade brasileira.

UNIDADE IV – A educação das relações étnico-raciais


A Pedagogia da Exclusão: Imagens e representações do negro e do índio na
literatura e na mídia.
Escola e a promoção da igualdade étnico-racial: estratégias e possibilidades.

VI - ESTRATÉGIA DE TRABALHO

A disciplina será desenvolvida por meio de conteúdos interativos via internet.

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VII - AVALIAÇÃO

• Duas provas bimestrais de aplicação do conteúdo exposto.


• A média do semestre será calculada de acordo com o Regimento da
IES.

VIII - BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

DIWAN, P. Raça Pura. São Paulo: Contexto, 2007.

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed.


São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SANTOS, H. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo


vicioso. São Paulo: Editora SENAC, 2001.

COMPLEMENTAR

CASHMORE, E. Dicionário de Relações Étnicas e Raciais. São Paulo: Selo


Negro, 2000.

DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro, Rocco, 1986.

MOREIRA, Antonio Flavio B.; SILVA, T. T. (org.) Currículo, cultura e


sociedade. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PACHECO, J, A. Escritos curriculares. São Paulo: Cortez, 2005.

SILVA, Tomaz T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do


currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

Schwarcz, L. Racismo no Brasil. São Paulo: Publifolha, 2001.

Artigos e Livros Disponíveis na Internet

DAVID, Moisés; MELO, Maria Lúcia; MALHEIRO, João Manoel da Silva.


Desafios do currículo multicultural na educação superior para indígenas.
Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 39, n. 1, Mar. 2013.
GARCIA, Elisa Frühauf. O projeto pombalino de imposição da língua
portuguesa aos índios e a sua aplicação na América meridional. Tempo
[online]. 2007, v.12, n.23, p. 23-38.

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MIRANDA, D. B. Princesas de contos de fadas e crianças negas: racismo,
estética e subjetividade. Monografia (Graduação), Curso de Psicologia,
Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2010. 37p.
MUNANGA, K. (org.). Superando o Racismo na escola. 2. ed. rev. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade, 2005. p. 60-65.
PINHEIRO, L. (et. al.). Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça. 3. ed.
Brasília: Ipea: SPM: UNIFEM, 2008. 36 p.
PINTO, Lúcio Flávio. De Tucuruí a Belo Monte: a história avança mesmo?
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém-PA: Ciências Humanas, v.
7, n. 3, p. 777-782, set.-dez. 2012.
VEIGA, Juracilda; SALANOVA, Andrés (Orgs.). Questões de educação
escolar indígena: da formação do professor ao projeto de escola. Brasília:
FUNAI/DEDOC, Campinas/ALB, 2001.

Legislações brasileiras

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05.10.1988.


BRASIL. Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Ministério da Educação e
Cultura: Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
BRASIL. Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Presidência da República: Casa
Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos.
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.
Câmara de Educação Básica. Resolução n. 5, de 22 de junho de 2012 –
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na
Educação Básica. Brasília, MEC, 2012.
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.
Projeto CNE/UNESCO 914BRA1136.3 – Desenvolvimento, Aprimoramento
e Consolidação de uma Educação Nacional de Qualidade: Ensino de
História e Cultura dos Povos Indígenas. Brasília, MEC, março de 2013.
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.
Conselho Pleno. Parecer CNE/CP 3/2004 – Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, MEC, 2004.
BRASIL. MEC – Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.
Câmara de Educação Básica. Resolução n. 8, de 20 de novembro de 2012 –
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na
Educação Básica. Brasília, MEC, 2012.
RESOLUÇÃO CFP N.º 018/2002 – Para alunos e alunas da Psicologia
Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2002/12/resolucao2002_18.PDF >

Sugestões de filmes

 Quilombo. Dir.: Cacá Diegues. Brasil, 1984.


 O Povo Brasileiro (documentário). Dir.: Isa Grinspum Ferraz. Brasil, 2000.
 Xingu. Dir: Cao Hamburger. Brasil, 2012.
 Belo Monte, Anúncio de uma Guerra (documentário). Dir.: André D’Elia. Brasil, 2012.

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 À Sombra de um Delírio Verde (documentário). Dir: An Baccaert, Cristiano Navarro e
Nicola Um. Argentina, Bélgica e Brasil, 2012.
 Amistad. Dir.: Steven Spielberg. EUA, 1997.
 Um Grito de Liberdade. Dir.: Richard Attenborough. Inglaterra, 1987.
 Histórias Cruzadas. Dir.: Tate Taylor. EUA, 2011.
 Carlota Joaquina, Princesa do Brasil. Dir.: Carla Camurati. Brasil, 1995.
 Carandiru. Dir.: Hector Babenco. Brasil / Argentina / Itália, 2003.
 Lixo Extraordinário. Dir.: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley. Brasil/Reino Unido,
2010.
 Olhos Azuis (documentário). Dir.: Jane Elliott. EUA, 1985.

Sugestões de músicas

 O Canto das Três Raças, Mário Duarte e Paulo César Pinheiro.


 Promessas do Sol, Milton Nascimento e Fernando Brant.
 Ruas da Cidade, Milton Nascimento.
 Testamento, Nelson Angelo e Milton Nascimento.
 Tubi Tupy, Lenine.
 O Mestre-Sala Dos Mares, Aldir Blanc e João Bosco.
 A Mão da Limpeza, Gilberto Gil.
 Não Existe Pecado ao Sul do Equador, Chico Buarque.
 Haiti, Caetano Veloso.
 A Carne, Seu Jorge, Marcelo Yuca e Ulisses Cappelletti.
 Canção pra Ninar um Neguim, Zeca Baleiro.
 Cruzeiro do Sul, Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel.

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