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[FICHAMENTO / APRESENTAÇÃO ] ANTUNES, Ricardo. Salário, Preço e Lucro.

A
dialética do Trabalho. São Paulo, Expressão Popular, 2004.

Valor e trabalho

 Valor da mercadoria = tempo socialmente de trabalho.


 É o trabalho. Para produzir uma mercadoria, deve-se investir nela ou e ela
incorporar uma determinada quantidade de trabalho.  Não o trabalho
individual, mas sim o trabalho social.
 P/ produção de M: “mas também o trabalho, nele incorporado, deverá
representar uma parte integrante da soma global de trabalho investido pela
sociedade. Tem de estar subordinado à divisão de trabalho dentro da
sociedade.” P74
 Mercadorias como valores  considerando apenas o aspecto trabalho social
realizado  cristalizado.
Consideradas desse modo [a prod. de M como valores], só podem ser
diferenciadas umas das outras enquanto representarem quantidades maiores
ou menores de trabalho.
 As medidas de quantidade de trab. São medidas pelo tempo que o trab.
dura.
 “uma mercadoria tem um valor porque é uma cristalização de um trabalho
social. [...] depende da maior ou menor quantidade dessa substância social que
ela encerra, quer dizer, da quantidade relativa de trab. necessária à sua
produção.” P 74
 IMPORTANTE: Remuneração do salário Tempo do trabalho
 Os salários dos trabalhadores não podem exceder os valores das mercadorias
por eles produzidas, não podem ser maiores do que eles; mas podem, sim, ser
menores em todos os graus possíveis. Seus salários estarão limitados pelos
valores dos produtos, mas os valores dos produtos não serão limitados pelos
salários.
 O valor de troca de uma mercadoria, temos de acrescentar, à quantidade de
trabalho nela incorporado, em ultimo lugar, a quantidade de trabalho que antes
foi incorporada, em ultimo lugar, a quantidade de trabalho que antes foi
incorporado nas matérias primas com que se produz a mercadoria nos meios de
trabalho – ferramentas, maquinaria e edifícios que serviram para esse trabalho.
P77
 Expressão “trabalho social” e esta denominação de “social” implica muitas.
Quando dizemos que o valor de uma mercadoria é determinado pela
quantidade de trabalho incorporada ou cristalizado nela, queremos nos referir à
quantidade de trabalho necessária para produzir essa mercadoria numa dada
situação social e sob determinadas condições sociais médias de produção, com
uma determinada intensidade social média e com uma destreza média do
trabalho utilizado. P 78
 A quantidade de trabalho necessária para produzir uma mercadoria varia
constantemente ao variarem as forças produtivas do trabalhado aplicado.
 FORÇAS PRODUTIVAS DO TRAB. DEPEDEÃO: a) Das condições naturais do
trabalho (fertilidade do solo, etc) b) Do aperfeiçoamento progressivo das forças
sociais do trabalho por causa da produção em grande escala.
Quanto maior a força produtiva do trabalho, menos trabalho é investido
numa dada quantidade de produtos e, portanto, menor é o valor desses
produtos. Quanto menores são as forças produtivas do trabalho, mais trabalho
se emprega na mesma quantidade de produtos e, por consequência, maior é o
seu valor. Podemos, então, estabelecer como lei geral o seguinte:
“ Os valores das mercadorias estão na razão direta do tempo de trabalho
incorporado em sua produção e na razão inversa das forças produtivas do trab.
empregado.” P 80/81
 O preço é uma forma particular assumida pelo valor. [...] o preço não é uma
coisa senão a expressão em dinheiro do valor.
 Se aprofundarmos mais na “expressão do valor em dinheiro”, ou, o que vem a
ser o mesmo, na “conversão do valor em preço”, veremos que se trata de um
processo pelo qual se dá aos valores de todas as mercadorias uma forma
independente e homogênea, pela qual se representa esses valores como
quantidades de “igual” trabalho social. Na medida em que é apenas a
expressão do valor em dinheiro, o preço foi denominado “preço natura” por
Adam Smith.
 Os preços do mercado são o mesmo para todas as mercadorias da mesma
espécie, por muito que sejam diferentes as condições de produção dos
produtores individuais. Os preços de mercado representam apenas a
“quantidade média de trabalho social”, que, em condições médias de produção,
é necessária para abastecer o mercado com determinada quantidade de certo
artigo, que calcula conforme a quantidade total de uma M de determinada
espécie. P 82
 As oscilações dos preços de mercado – que algumas vezes ficam abaixo dele –
dependem das flutuações da oferta e da procura. [...] “se” a oferta e a procura
se equilibram, os preços naturais, isto é, a seus valores. [...] Mas a oferta e a
procura “devem” constantemente tender para o equilíbrio, embora só o
alcancem compensando uma flutuação com outra, uma alta com uma baixa, e
vice-versa. P 83
 As mercadorias são vendidas, em média, pelos seus verdadeiros valores e que
os lucros são obtidos vendendo-se as mercadorias pelo seu valor, ou seja,
proporcionalmente á quantidade de trabalho nelas incorporada. P 84

Força de trabalho

 “valor específico do trabalho”


 O que vendemos todos os dias é o nosso trabalho; portanto, o trabalho tem um
preço e, embora o preço de uma mercadoria seja apenas a expressão em
dinheiro do seu valor.
 O que o operário não é propriamente o seu “trabalho”, mas a sua “força de
trabalho”, cedendo temporariamente ao capitalista o direito de dispor dela P 86
 Valor da força de trabalho: Como o de qualquer outra mercadoria, esse valor é
determinado pela quantidade de trabalho necessária para sua produção. A força
de trabalho de um homem consiste, pura e simplesmente, na sua
individualidade viva. Para poder se desenvolver e se manter, um homem
precisa consumir uma determinada quantidade de meios de subsistência. P 88
 Assim como são diferentes os custos de produção de forças de trabalho de
diferentes qualidades, também são diferentes os valores das forças de trabalho
usadas nas diferentes indústrias.
 O valor da força de trabalho é fixado como o de outra mercadoria qualquer; e
como os diferentes tipos de força de trabalho têm valores diferentes, ou seja,
exigem para a sua produção distintas quantidades de trabalho,
necessariamente tem de ter preços diferentes no mercado de trabalho. P 88

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