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outra abordagem poss&el para a psicologia" para al#m da assimetria entre saber e
opinião@
história-pr
história-probl
oblema
ema"" a his
histór
tória
ia par
parcia
cial"
l" a int
interd
erdisc
iscipli
iplinar
narida
idade"
de" a des
descon
contin
tinuid
uidade
ade"" a
aus6ncia de erdade e a de progresso. No e+ame destes tópicos ser* tentado um
II./. Pr%(%nt!(&o
7o contr*rio do que supõe as abordagens mais tradicionais da história" esta não se $a0
atra#s da descri%ão de um continuum imemorial do passado remoto em dire%ão ao
presente/ ela dee se $a0er partindo do presente" no qual o historiador habita. Se a
própria cultura # a morada do antropólogo da qual ele parte no di*logo com a di$eren%a
apresentada por outras culturas" mas da qual ele tem ter plena consci6ncia para não
aprisionar o outro em suas próprias categorias" o presente # a casa do historiador" da
qual ele dee ter plena consci6ncia ao partir de encontro com o passado. 4 risco de
uma
um a hi
hist
stór
ória
ia de cu
cunh
nho
o po
posi
siti
tii
ist
sta"
a" ao tent
tentar
ar su
supo
porr a hi
hist
stór
ória
ia nu
numa
ma in
ing6
g6nu
nua
a
continuidade do passado em dire%ão ao $uturo # reicar o presente" aprisionando o
passado em sua categorias" ou tratando-o como in$erioridade " ou mesmo curiosidade.
7 alternatia ao historiador portanto # operar como um antropólogo contempor:neo"
reco
reconh
nhec
ecen
endo-
do-se
se a pr
próp
ópria
ria per
persp
spect
ecti
ia"
a" sabe
sabend
ndo
o qu
que
e o no
noss
sso
o eu # um dodoss eu
euss
poss&eis" como um outro eu qualquer" e que o outro possui um eu" um outro ponto de
ista em primeira pessoa como o nosso. Nas palaras de 2aul JeFne (19K9" p. 1!/
Cua
C uand
ndo
o $a
$alam
lamos
os do pr
pró+
ó+im
imo"
o" ou # para
para $a0e
$a0err me
me+
+eri
erico
co"" e ne
nesse
sse caso
caso"" est
estam
amos
os
ulgando" ou # para descre6-lo como um estranho" sabendo que nós tamb#m o
somosD. 7 conclusão desta simetria antropológica # saber que os outros podem ocupar
a pe
persp
rspec
ecti
tia
a cent
centra
rall de um eu
eu"" ass
assim
im como
como nonosso
sso eu po
pode
de se to
torn
rnar
ar um ou
outr
tro
o
qualquerI poder&amos ser outrosI não h* qualquer necessidade em nossa $orma de ser.
)sta $orma de pensar a história" al%a-nos a uma reMe+ão sobre a sua nalidade/
muito longe de um ac'mulo de erudi%ão que nos a$asta do presente mais imediato"
como denuncia Niet0sche (19K!" ou de uma usticatia do status quo atual" a história
aqui se constitui em uma m*quina de guerra" um instrumento de combate contra os
modos de reica%ão e de naturali0a%ão das nossas $ormas de ida atuais" real%ando-se
a cont
contin
ing6
g6nc
ncia
ia de noss
nossos
os uni
uniers
ersai
aiss e a po
possi
ssibi
bilid
lidad
ade
e de serm
sermos
os ououtr
tros
os.. )s
)ste
te
estranhamento do modo como nos constitu&mos na atualidade # obtido ao se apontar
para outros modos de subetia%ão ao longo da história" sem constitu&-los no entanto
como modelos para nós mesmos. )sta seria a tare$a do que Aoucault chama de uma
ontologia do presente" que teria a sua origem em Oant" enquanto possibilidade da
cr&tica histórica" isando problemati0ar o que se apresenta com atual. 7 nalidade
deste processo
processo seria a const
constitui%ã
itui%ão
o de uma noa $orma de liberdade" nem prop
propositia
ositia
nem essencial ao homem" mas ao sabor das Mutua%ões históricas/ sabermos que
sempre podemos ser outros" estranharmos as nossas guras mais atuais. )sta seria a
nova liberdade
liberdade tra0ida por Aoucault para a losoa segundo Pachman (19K>!. 7o in#s
de um con
conceit
ceito
o de lib
liberd
erdade
ade uni
unier
ersali
sali0an
0ante
te e utó
utópic
pica
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marca
ca iner
inerent
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nature0a
nature0a hum
humana
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conceit
ceito
o $ou
$oucau
caulti
ltiano
ano de lib
liberd
erdade
ade seri
seria
a het
hetero
erotóp
tópico
ico.. Nas
palaras de Aoucault/ Ceu papel Q e esta # uma palara demasiado en$*tica Q consiste
em ensinar às pessoas que são mais lires do que sentem" que se aceita como
erdade" como eid6ncia alguns temas que t6m sido constru&dos durante um certo
momento na história" e que esta pretensa eid6ncia pode ser criticada e destru&daD
(Aoucault" 19K?-E" pp.1?-1!. 4u ainda/ CSem d'ida o obetio principal hoe não #
descobrir" mas recusar o que somosD (19K?-7" p.?9!.
<omo esta simetria entre nós e os outros" problemati0adora da nossa atualidade
e cor
coroad
oada
a no pres
present
entism
ismoo pod
podee ins
instru
truir
ir a tar
tare$a
e$a do hist
historia
oriador
dor@@ 5em
5emar
arcan
cando
do os
patamares de sua contemporaneidade de diersas $ormas. )m primeiro lugar atra#s
da delimita%ão de suas ferramen tas mentais (con$orme a 2sicologia 8istórica de Gean-
ferramentas
2ierre Jernant!"
Jernant!" de ssua
ua mentalidade (con$orme a Noa 8istória!" ou ainda de sua forma
de subjetivação atual (usand
(usando
o um ocabul*
ocabul*rio
rio corr
corrente
ente na psicol
psicologia
ogia atual!. Bsto pode
se dar tamb#m atra#s da delimita%ão de conceitos que atuam como $erramentas no
trabalho do pesquisador" con$erindo racionalidade a sua tare$a. Bd#ia semelhante $oi
de
desen
seno
oli
lida
da por
por alg
algum
umas
as hist
histor
oriad
iador
ores
es da cici6n
6nci
cia"
a" no
notad
tadam
amenente
te da co
corr
rren
ente
te
racionalista aplicada de =aston Eachelard e =eorges <anguilhem. 2ara estes a história
das ci6ncias tamb#m dee partir do presente" da racionalidade e do alor con$erido
pelos conceitos atuais de uma *rea da ci6ncia. No caso da história" esta atualidade
seria con$erida pela e+plicita%ão de conceitos como tempo e história. 3 neste sentido
que Aran%ois <hatelet (19R! mostra-nos que o conceito de tempo tamb#m tem uma
história. Na nossa atualidade ele estaria muito longe da circularidade do tempo com
que os antigos o pensaram" ou ainda do eolucionismo cristão que teria igorado at# o
s#culo B/ nós ter&amos na contemporaneidade uma concep%ão acontecimental do
tempo" como
como pura sucessão irr
irreers&
eers&el
el do tempo em sua singularid
singularidade
ade sem m ou
retorno. <ontudo" a $orma mais marcante com que a história se lan%a do presente #
atra#s da problemati0a%ão
problemati0a%ão de situa%ões cont
contempor:neas.
empor:neas. Bsto aponta para a segunda
marca da historiograa atual/
II.0. A H!(t)r!1+ro2$%&
)ste # um dos pontos mais consensuais das noas histórias/ não h* mais espa%o para
uma história que se pretenda obetia" como se ao trabalho do historiador coubesse
um estatuto semelhante ao de um cientista natural. )sta história positiista ainda
proc
procura
uraria
ria a di
dist
stin
in%ã
%ão
o en
entr
tre
e os mo
monu
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mentntos
os"" co
cons
nsti
titu
tu&d
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os pa
para
ra ost
ostent
entar
ar um
umaa
interpreta%ão per$orm*tica e encobridora dos $atos" e os documentos" onde se ocultaria
a e
erd
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e. 2ara
ara os hihist
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atuais
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e e
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dade
de
(documento! e apar6ncia (monumento!" quanto uma suposta história $atual seriam
equiocadas
equiocadas.. 4s docum
documentos
entos seriam tamb#m monu
monumentos
mentos"" interp
interpreta
reta%ões
%ões sobr
sobre
e o
presente" não possuindo a pure0a $atual que deles se espera. Nas palaras de Aoucault
(19R9" p. 1!/
5igamos
5igam os pa
para
ra re
resu
sumi
mir"
r" que
que a hist
histór
ória
ia"" em sua sua $orm
$ormaa tr
trad
adic
icion
ional"
al" em
emprpreen
eendi
dia
a
Cmemori0arD os monumentos do passado" trans$orm*-los em documentos do passado"
tran
trans$
s$or
orm*
m*-l
-los
os em docu
docume
ment
ntos
os e $a0e
$a0err $ala
$alarr est
estes
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tra%
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e" po
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mesmsmos
os""
raramente são erbais" ou di0iam em sil6ncio" coisa diersa do que di0emI em nossos
dias" a história # o que trans$orma os documentos em monumentos" e o que" onde se
de
deci
ci$r
$ra
aam
am tra%
tra%os
os de
dei+a
i+ado
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pelos
los home
homens ns"" on
onde
de se tetent
nta
aa
a re
reco
conh
nhec
ecer
er em
pro$undidade o que tinham sido" desdobra uma massa de elementos que se trata de
isolar"
isolar" de agr
conuntos. agrupa
upar"
r" de tor
tornar
nar per
pertin
tinent
entes"
es" de est
estabe
abelec
lecer
er re
rela%
la%ões"
ões" de esta
estabel
belece
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e ela
ela ine
inent
ntou
ou um m#
m#to
todo
do para
para $orm
$ormar
ar"" po
porr pr
prop
opos
osi%
i%ões
ões capa
capa0e
0ess de ser
compostas integralmente" uma teoria controlada pela inquieta%ão de capt*-la em erroD
(op. <it." p. 1!. )sta mesma con
concep%ã
cep%ãoo perpassa as reMe+
reMe+ões
ões dos historiad
historiadores
ores e"
mesmo na )scola dos Annales esta problemati0a%ão dos dados # colocada/ Calgo dado@
Não" algo criado pelo historiador" quantas e0es@ 7lgo inentado e constru&do" com
auda de hipóteses e conecturas" por um trabalho delicado e apai+onanteD (Lucien
Aebre citado por Le =oH" 199" p. ?!. 2ortanto" os $atos são $eitos" e pode-se pensar
que no caso da história isto ocorre de modo mais radical" posto que são interpreta%ões
sobre monumentos que são por sua e0 interpreta%ões de outros agentes históricos.
2or todas estas ra0ões" quase a totalidade da história contempor:nea ai se
uanto à cons
constitu
tituição objetos" Aouca
ição de objetos Aoucault
ult"" seg
segund
undo
o =old
=oldman
man"" esc
escre
reeria
eria
co
con$
n$or
orme
me <a
<arm
rmel
elo
o Ee
Eene
ne em se seu
u manif
manifest
esto
o do men
menosos" e+t
e+train
raindo
do os pers
persona
onagen
genss
maiores da cena" e dando ida aos menores e coaduantes. 3 deste modo que este
pensador procederia" retirando de $oco" por e+emplo" ci6ncia e ideologia como eternos
prot
protago
agoni
nista
stas"
s" e intr
introd
odu0
u0ind
indo
o por
por e+
e+em
empl
plo
o o sabe
saberr e o po
pode
derr. No qu
que
e ta
tang
nge
e ao
procedimento de exame" o ponto de partida se encontra numa questão" ou numa luta
presente. C7cho que a principal escolha #tico-pol&tica que deemos $a0er a cada dia #
determinar qual # o principal perigo
perigoDD (Aoucault" 19K
19K-7"
-7" p.?R!. 7 partir da&" toma-se
um determinado obeto em questão como a cl&nica" a prisão" ou a se+ualidade" e
dissole-o em suas condi%ões de possibilidade históricas" acontecimentali0ando-o e
lan%and
lan%ando-o
o-o na si sing
ngul
ular
arida
idade
de de suas
suas m'
m'lt
ltip
iplas
las caus
causas.
as. 3 de
dest
ste
e mo
mododo qu
quee to
toda
da
necessidade
necess idade histórica remontar
remontaria
ia a uma conting6n
conting6ncia
cia obeti
obetiada
ada e rarica
raricada
da ao longo
da história. 2or m" os seus objetivos" como se pode entreer" são pol&ticos. as não no
sentido de $ornecer diretri0es" e sim instrumentali0ando lutas. ) isto seria reali0ado de
tr6s modos/ 1! tornando cr&tico o que escapaa à cr&tica atra#s da historici0a%ãoI ?!
problemati0ando a própria luta" estabelecendo-a tão local e histórica quanto os seus
alosI ! participando nas próprias lutas atra#s da passagem pela alteridade e pela
di$eren%a.
Jariando o grau de problemati0a%ão" desde um questionamento da no%ão de
$ato
$ato his
histór
tórico
ico"" pas
passan
sando
do por um
uma
a com
compr
preens
eensão
ão do pr
presen
esente"
te" e che
chegan
gando
do at# um
estranham
estranhament
ento
o des
deste
te mesm
mesmoo pr
presen
esente"
te" a his
histór
tória
ia tor
torna-
na-se
se um dia
diagnó
gnóstic
stico
o e um
instrumento de di$erencia%ão da nossa atualidade. Aic%ão cient&ca às aessas em
duplo sentido. 2or um lado" uma inen%ão presente de nosso passado e por outro" uma
alternatia passadista pela problemati0a%ão do nosso presente.
=oH (199" p. 1K!" se os $undadores dos Annales ainda buscaam uma história total ou
global"" isto isaa a não mutila%ã
global mutila%ão
o das sociedades
sociedades.. 2or#m"
2or#m" esta no%ão de globa
globalidade
lidade
Cpodia ser contaminada por subentendidos tradicionais e paralisadores/ os de uma
coer6ncia e de uma continuidade que não correspondem às descontinuidades que os
historiador encontra em seu o$&cioD (op. <it." p.19!. 2ara Aoucault (19R9" p.1>! o proeto
de uma noa história estaria no questionamento de tr6s hipóteses da história global/
Supõe-
Sup õe-se
se que
que ent
entre
re tod
todos
os os aco
aconte
ntecim
ciment
entos
os de uma *r *rea
ea espa
espa%o-t
%o-temp
empora
orall bem
denida"" ent
denida entre
re todos os $en $en,men
,menos os de que se encencont
ontro
rou
u o rast
rastro
ro"" de
dee-se
e-se poder
estabelecer um sistema de rela%ões homog6neas...I supõe-se por outro lado" que uma
'nica e mesma $orma de historicidade preale%a sobre as estruturas econ,micas" as
es
esttab
abil
ilid
idad
ades
es sosocciais
iais"" a in#r
in#rccia das
das menenta
tali
lid
dad
ades
es"" os h*bh*bit
itos
os t# t#cn
cnic
icos
os"" os
compor
com portam
tament
entos
os pol
pol&tic
&ticos"
os" e sub
submet
mete-os
e-os tod
todos
os ao mesm
mesmo o tip
tipo
o de tratrans$
ns$orm
orma%ã
a%ãoI
oI
supõe-se enm" que a própria história pode ser articulada em grandes unidades Q
est*gios ou $ases Q que det#m em si mesmas o seu princ&pio de coesão.
<ontudo" esta dissolu%ão de uma história geral # leada a um ponto mais radical
por Aoucault e outros historiadores" quando não apenas reconhecem historicidades
di$
di$ere
erente
ntes"
s" mas dis
dissol
solem
em a pr
própr
ópria
ia e+ist6
e+ist6nci
ncia
a dos ob
obeto
etoss tra
tradic
dicion
ionais
ais da an*
an*lise
lise
histórica"
histórica" condenand
condenando-os
o-os a sua raridade" ou quase-e+ist6
quase-e+ist6ncia
ncia na pere
perenidad
nidadee com que
deslam ao longo do tempo. Não apenas Aoucault"
Aoucault" mas Latour" Stengers e 2aul J
JeFne
eFne
recusam a e+it6ncia em si de qualquer obeto tradicional de an*lise como sueito"
obeto" homem" nature0a" esp&rito" autor" obra" signicado" mentalidade ou mesmo
sociedade. )stes obetos não tem a sua e+ist6ncia garantida por toda a eternidade/ são
produ
produ%õe
%õess de con
contin
ting6n
g6ncia
ciass his
histór
tórica
icass bem esp
espec&
ec&cas
cas"" que pod
podem
em des
desapa
aparec
recer
er à
qualquer momento como Cum rosto de areia à beira do marD (Aoucault" 19RR" p. T?!.
5a& a sua raridade/ não e+iste por e+emplo o indi&duo e a sociedade como uma d&ade
onipresente na nossa históriaI eles são inen%ões das rela%ões de poder modernas.
Neste ponto di$erenciam-se da própria )scola dos 7nnales que ainda cr6 na e+ist6ncia
autonoma de sociedades e mentalidades. 7o e+pulsar os personagens maiores da
trama his
trama histór
tórica
ica"" $a
$aor
orecem
ecem uma abo
aborda
rdagem
gem nom
nomina
inalist
lista"
a" ind
induti
utia
a e mic
micro
roscó
scópic
pica"
a"
própria do Cmani$esto do menosD. 7o in#s de serem buscados estes grandes $ocos de
an*lise que iluminam a pesquisa de cima à bai+o" produ0em-se pequenos obetos de
inestiga%ão
inestiga%ão como enunc
enunciados"
iados" poderes" pr*ticas de si" sensib
sensibilidad
ilidades"
es" t#cni
t#cnicas
cas de
insc
inscri%
ri%ão
ãoII em 'lti
'ltima
ma an
an*li
*lise"
se" ac
acon
onte
teci
cime
ment
ntos
os qu
que"
e" em sua
sua ra
rarid
ridad
ade
e e em sua
sua
capilaridade" acabam produ0indo grandes dispositios Urata-se enm de uma an*lise
bottom-up e não top-down.
BB.. 7 interdisciplinaridade
7 pro
proposi%ã
posi%ãoo de uma história plura
plurall dispersa em uma e$em#rid
e$em#ride
e de obeto
obetoss com seus
diersos tempos e esmaecidos na sua raridade de seu acontecimento $a0 com que a
história perca qualquer possibilidade de um ei+o graitacional. 4 'nico $ator que une o
de
dei
irr # a disp
dispers
ersão
ão dos
dos ac
acon
onte
teci
cime
ment
ntos
os que
que os a$as
a$asta
ta na sin
singu
gula
larid
ridad
ade
e de sua
sua
$orma%ões. Singularidades que são enunciadas de diersas $ormas e que se rearraam a
cada atualidade que se $orma. )sta puleri0a%ão da história se amplia quando se pode
obserar que suas $ronteiras se esmaecem na dire%ão dos saberes que a cercam. as
antes que isso possa representar algo do qual o historiador possa se energonhar" este
acontecimento # acolhido na sua positiidade. 4u sea" uma das marcas das Noas
8istórias # o seu es$or%o interdisciplinar/ a puleri0a%ão do seus obetos $aculta uma
m'ltipla possibilidade de cone+ão entre saberesI tão ampla quanto a multiplicidade de
obetos poss&eis. 3 desta $orma que" por e+emplo" uma história da in$:ncia ou da
morte suscita o apoio da demograaI que uma história das mentalidades pede a
sustenta%ão das ci6ncias sociais e da psicologia
sustenta%ão psicologiaII que uma história do clima reclama o
contato com a meteorologiaI ou ainda que uma história da alimenta%ão pe%a a parceria
dos nutricionistas. Neste aspecto" um importante testemunho # produ0ido por Le =oH
(19K9" p.1!" um dos e+poentes da 8istória das mentalidades/
7 minha $orma%ão $oi $eita sob a #gide do esp&rito de Lucien Aebre e arc Eloch" isto
#" do esp&rito que reinaa nessa bela #poca" em que a reista Annales $or%ou a história
a de
debr
bru%
u%ar
ar-s
-se
e sobr
sobre
e ou
outr
tras
as ci
ci6n
6nci
cias
as do home
homemm e ababrir
rir-se
-se a ela
elas.
s. 2en
enso
so qu
que
e o
historiador dee estar atento a tudo o que se passa à sua olta. 7tualmente" no que
me di0 respeito" a antropologia #" entre todas essas ci6ncias" a mais estimulante...
Sigo" igualmente com aten%ão os trabalhos dos biólogos" dos etólogos" daqueles que
proc
procur
uraam es
esta
tab
bel
elec
ecer
er as rel
ela%
a%õe
õess entr
entre
e o cororpo
po"" o men
enta
tall e as $or
orma
mass de
comportamento. Bnteressa-me tamb#m o que se passa na psicologia e no dom&nio" por
e0es inquietante" da psican*lise.
II.4 A d%(#ont!nu!dd%
Se as di
diersa
ersass his
histór
tórias
ias são mar
marcad
cadas
as por uma di$
di$er
eren%
en%a
a inc
incont
ontorn
orn*e
*ell ent
entre
re a
re$er6ncia estabelecida pelo presente e a alteridade introdu0ida pelo passado" no ogo
entre duas $ormas de ida marcadas pelo contraste" então a marcha destas diersas
histórias amais ai se dar numa eolu%ão cont&nua" mas recortada por sucessias
ruptur
rupturas
as e desc
descon
onti
tinu
nuid
idad
ades
es.. Ne
Nest
ste
e popont
nto
o a hi
hist
stór
ória
ia nã
não
o # ma mais
is i
ist
sta
a co
como
mo
de
desd
sdob
obra
rame
ment
nto
o de um me mesm
smoo es
esp&
p&rit
rito
o ou de um memesmsmo
o og
ogo
o di
dial
al#t
#tic
ico"
o" ma
mass a
combina%ão singular de acontecimentos que se estabili0am momentaneamente em
certas $ormas )stas rupturas irão demarcar con$orme a questão presente uma s#rie de
per&odos" sucessões e eras. 3 neste aspecto que a história adquire a sua $ragmenta%ão
m*+ima/ não apenas ela # pontilhada por uma multidão de obetos marcados por uma
raridade" como estes obetos se desdobram em linhas partidas em que estes assumem
diersas $ormas" irrompem no campo dos seres reais e desaparecem no reino das
quimeras. Uoda a continuidade # tomada como mera ilusão/ não haeria um mesmo
goerno" uma mesma escraidão e uma mesma in$:ncia da antig;idade at# os nossos
dias. 7 sua identidade # uma mera homon&mia/ só e+istem aquele goerno" aquela
in$
in$:nc
:ncia"
ia" aqu
aquele
ele mod
modoo de dom
domina
ina%ão
%ão.. 3 nes
nesta
ta mul
multid
tidão
ão de ser
seres
es rar
raros"
os" par
parcia
ciais
is e
descont&nuos que a história se $a0 o espa%o das di$eren%as por e+cel6ncia
Neste aspecto Aoucault
Aoucault (19R9
(19R9"" p. 1T! nos mostra que a no%ão de rupt
ruptura
ura não #
apenas
apenas uma no
noida
idade
de das no
noas
as his
histór
tórias"
ias" mas po
pooa
oa out
outro
ross dom
dom&nio
&nioss com
comoo as
Chistór
Chistórias
ias das id#
id#ias
ias"" das ci6
ci6nci
ncias"
as" da los
losoa"
oa" do pen
pensam
sament
ento
o e da lite
literat
ratura
uraD.
D.
achado (19K?! nos chama a aten%ão que no caso da história das ci6ncias ser* apenas
a partir do Pacionalismo aplicado de =. Eachelard e =. <anguilhem que a no%ão de
ruptura
ruptura ser* temati0ad
temati0ada"
a" em oposi%ão ao conti
continu&smo
nu&smo das an*lis
an*lises
es positi
positiistas.
istas. Neste
caso" a no%ão de ruptura cumpre algumas $un%ões" como/ 1! a di$erencia%ão não
ap
apen
enas
as en
entr
tre
e os di
di$e
$ere
rent
ntes
es est
est*g
*gios
ios de umumaa ci
ci6n
6nci
cia"
a" ma
mass pr
prin
inci
cipa
palm
lmen
ente
te a sua
sua
distin%ão de um estrato pr#-cient&coI ?! a cr&tica a um suposto obeto natural que
permaneceria id6ntico atra#s da abordagem das di$erentes perspectiasI o obeto
cient&co seria mais constru&do do que reeladoI ! a cr&tica à no%ão de precursor.
2enna (19KT" p.?K! destaca os principais problemas da no%ão de precursor" tal como
utili0ado na história das ci6ncias/ a! supor-se precursor de algu#m seria interditar o
próprio trabalho" uma e0 que ele seria apenas parte de um trabalho posteriorI b! não
se pode atribuir uma inten%ão de inen%ão a quem não sabe se criou algo ou nãoI c!
sua re$er6ncia # apenas uma inen%ão a posteriori em busca de apoio histórico a certas
id#iasI d! a id#ia de precursor interdita a historicidade das ci6ncias.
2ela import:ncia atribu&da ao conceito de ruptura" ele dei+a de ser o negatio" o
obst*culo e $atalidade e+terior da leitura histórica para se tornar Co elemento positio
que determina o seu obeto e alida sua an*liseD (Aoucault" 19R9" p. 1>!. ) acaba
ocupando um espa%o duplo de Cinstrumento e obeto de pesquisaD" condi%ão e e$eito
do campo" o que indiiduali0a e compara" al#m de conceito e segredo que o discurso
do historiador supõe (op. cit." pp. 1R e 1>!. 2or todas estas ra0ões" pode-se pergunta se
ele não ocuparia o lugar de a priori do discurso histórico1.
1
Uma contraposição ao conceito de ruptura poderia ser encontrada no trabalho de Latour. Mas esta oposição
seria apenas ao seu uso na epistemologia enquanto diferença assimétrica entre o passado e o presente, o pré-
científico e o científico, o erro e a erdade.
seriam reali0a%ões graduais deste proeto. odelo de tempo que pooaria o imagin*rio
dos historiadores segundo <hatelet (19R! desde o cristianismo primitio do s#culo J
at# as losoas da história (como a hegeliana! no s#culo B. )ste modelo parece ainda
serir para a história das ci6ncias" que se encaminha sempre numa dire%ão" se não da
e
errdade
dade"" ao me
meno
noss do di
dist
stan
anci
ciam
amen
ento
to do
doss pr
prim
imei
eirros er
errros
os.. ) este
este mo
mode
delo
lo""
aparentemente pertinente na história das ci6ncias e das t#cnicas parece inspirar a
impressão de uma di$eren%a radical de nós modernos com rela%ão aos primitios e
nossos antepassados. )ntre nós e os outros haeria uma di$eren%a coroada por uma
assimetria radical" garantida por nossa apro+ima%ão da erdade. <ontudo" como nos
lembra L#i-Strauss (19>T" p. ?9!" a ci6ncia e a t#cnica são apenas um dos crit#rios
dentre *rios que se impõe entre culturas di$erentes. 5e mais a mais" o eolucionismo
entra em con$ronto com crit#rios cruciais das Noas 8istórias" como presentismo (dado
na di$eren%a sim#trica entre nós e os outros!" os obetos parciais (dados na di$eren%a
radical entre os diersos tempos! e a ruptura (dada na di$eren%a não hierarqui0*el
entre os diersos acontecimentos!.
Nesta 8istória progressia" tão problemati0*el quanto a no%ão de um sentido
ou de uma teleologia" onde se apagariam as di$eren%as" # a id#ia de uma origem.
Neste asp
Neste aspect
ecto
o segu
seguem-
em-sese as cr&
cr&tic
ticas
as de Aouca
Aoucault
ult (19
(19>1!
>1!"" de re
resto
sto"" insp
inspirad
iradas
as na
genealogia niet0schana. No caso" a no%ão de g6nese suporia uma identidade anterior a
todo acidente" sendo o lugar soberano da erdade" e que seria resgatada no ponto nal
da história. <omo alternatia à no%ão de origem e sua suposi%ão de uma g6nese
tranq;ila e identit*ria" Niet0sche" proporia os conceitos de proeni6ncia (Herunft ! e de
emerg6nci
emerg6 ncia
a (!nteste"ung!. No pr
prim
imeir
eiro
o caso"
caso" ser
seria
ia su
supo
post
sta
a um
umaa pr
prol
oli$e
i$era
ra%ã
%ão
o de
acontecimentos (e não uma identidade! na base dos obetos históricos. No segundo"
que estes são gestados no lugar do a$rontamento de $or%as m'ltiplas. 7 história seria
portanto" muito mais $ruto das $alhas" dos equ&ocos e das ssuras do que de grandes
de
dest
stin
inos.
os. ) prod
produ0
u0ida
ida a part
partir
ir de cert
certas
as pe
persp
rspec
ecti
tia
as"
s" sem
sem ter
termo
mo 'l
'ltim
timo
o a ser
descortinado.
...Na no%ão de erdade sempre se misturam duas coisas/ $alar a erdade e a erdade
das coisas. Não e+iste a erdade das coisas. Não e+iste uma pol&tica que seria sempre
a mel
melhor
hor"" a er
erdad
dadeira
eira"" a 'ni
'nica
ca sens
sensata
ata....
.... 7 in
inent
entii
iidad
dade
e per
perman
manent
ente
e con
conden
dena
a
permanentemente nossas pequenas racionalidades. 4 que não quer di0er que dea se
aceitar tudo. uer di0er que não e+iste uma 'nica regra e que deemos nos arranar
para encontrar solu%ões. 2or isso" armo que não e+iste uma erdade das coisas" mas
um historiador pode di0er a erdade... 4 historiador $ala a erdade quando analisa as
trans$orma%ões da maneira e+ata como aconteceram" e então o seu discurso não tem
nada de relatio/ ou # erdadeiro ou # $also (JeFne" 19K9" p.1RT!.
Pel
elat
ati
iis
ista
ta ou não"
não" esta
esta recus
ecusa
a da e
erd
rdad
ade
e na hi
hist
stór
ória
ia ap
apon
onta
ta pa
para
ra a
impossibilidade desta se aler dos mesmos crit#rios que os buscados pelas ci6ncias
naturais. 3 nesta aspecto que Aoucault (19>" p. 1! arma que as histórias não se
produ0em na tentatia de supera%ão do erro" mas na abordagem positias das ilusões"
nas quais o próprio historiador est* ancorado" uma e0 que C# a própria 8istória que
constitui a origem absoluta e o moimento dial#tico da história como ci6nciaD (op. cit."
p. 1!. Pestaria apenas ao historiador a descri%ão do que Stengers (19K9" p. 1T!
chama de romances pertinentes" Ctestemunhar não de maneira erdadeira no sentido
udici*rio" e sim de maneira discut&el" não apenas daquilo que aprenderam" mas
tamb#m da man
tamb#m maneira
eira pel
pela
a qua
quall aqu
aquilo
ilo que apren
aprender
deram
am os tra
trans$
ns$orm
ormou"
ou" o car
car*ter
*ter
pat#tico de sua e+peri6ncia que o ideal udici*rio da erdade os obriga a ocultarD.
2osi%ão que não se di$ere muito da de 5ubF (19K9" p.11!/ C8*" sem d'ida" uma
enorme di$eren%a entre a história e o romance" na medida em que a c%ão histórica
est*
est* lig
ligad
ada
a a alg
algo
o que
que $oi
$oi erd
erdad
adeir
eiram
ament
ente
e i
ii
ido
do"" ma
mas"
s" no $und
$undo"
o" a $orm
$orma
a de
abordagem não # muito di$erenteD. Não sendo mais decisio o crit#rio de obetiidade"
que alt
altern
ernati
atias
as res
restam
tam aos hist
historia
oriador
dores
es na elab
elabora
ora%ão
%ão de ro roman
mances
ces pos
poss&
s&eis@
eis@
<rit#rios menos denitios e mais polemi0*eis como clare0a" eleg:ncia" $ecundidade"
coer6ncia" criatiidade e respeito às $ontes. Nada que encerre de uma e0 por todas o
debate histórico" mas tamb#m nada que o torne inconsistente e desapai+onante.
anteisões
anteisões que só se di$
di$ere
erenci
nciaria
ariam
m do pr
presen
esente
te pela mai
maior
or e+plic
e+plicita
ita%ão
%ão e bas
base
e
emp&rica com que nós con$erimos aos nossos conhecimentos na atualidadeI ao mesmo
tempo que o nosso saber estaria garantido pela eternidade e respaldado pelos antigos"
ele seguiria a sua incontorn*el marcha eolutia em dire%ão a uma maior erdade. 5a
mesma maneira que se trata de uma história ideal" ela busca ser uma descri%ão $atual
do des
esen
enrrol
olar
ar des
esse
sess sab
saber
eres
es psic
psicol
ológ
ógic
icos
os"" se
sem
m im impo
porr qualq
ualque
uerr $or
$orma de
prob
problem
lemat
ati0
i0a%
a%ão
ão"" ao me
meno
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quanto
to a e+
e+is
ist6n
t6nci
cia
a de um re
reco
cort
rte
e ps
psic
icol
ológ
ógic
ico
o na
nass
principais categorias de outras #pocas/ a psicologia seria um $ato natural a ser coroado
em uma história triun$al" numa eolu%ão sem cortes ou reiraoltas. 7 psicologia não
irromperia no acaso da história" no risco de nunca ter sido se as condi%ões $ossem
outrasI ela tem a história pac&ca dos grandes saberes que se descortinam por sua
eid6ncia. Urata-se de uma história em que psicologia amais se encontra isolada"
singulari0ada ou tornada raraI ela abunda na parceria com os grandes conhecimentos"
os grandes saberes" os grandes pensadores. )la nunca # destacada" raricada" ou ao
menos posta na compania dos saberes menores" das pr*ticas sociais cotidianas" das
normas burocr*ticas e dos dispositios goernamentais. )la amais $a0 cone+ão com o
que se encontra abai+o do c#u epist6mico" com o burburinho de nossa ida comum.
<omo poderia ser esta história di$erente@ <omo estas coordenadas das Noas 8istórias
poderiam $ornecer o proeto de uma Noa 8istória da 2sicologia@
)m primeiro lugar" esta poss&el história da psicologia amais tomaria o seu
ponto de partida na alorada das id#ias psicológicas" onde um primeiro esbo%o de
cons
consci
ci6n
6nci
cia
a re
reMe
Me+i
+ia
a * tr
trar
aria
ia em si um
umaa ps
psic
icol
olog
ogia
ia im
impl
pl&c
&cit
ita.
a. )l
)la
a de
dee
e pa
part
rtir
ir
necessariamente do presente" da problemati0a%ão de suas pr*ticas e de seus conceitos
atuais" tomados na sua singularidade ou na tensão que estes mant#m na dispersão
própria do campo psicológico. Neste caso" # poss&el tanto uma história da psicologia
que tom
tomee em que
questã
stão
o tem
temas
as con
contem
tempor
por:ne
:neos
os esp
espec&
ec&cos
cos"" com
como
o a pos
possibi
sibilida
lidade
de
singular de uma psicologia da in$:ncia" dos testes mentais" ou de uma psicologia
orga
organi
ni0a
0aci
cion
onal
alII quan
quanto
to de um
umaa hist
histór
ória
ia que
que nu
num
m pl
plan
ano
o ma
mais
is am
amplplo
o bu
busq
sque
ue as
co
cond
ndi%
i%õe
õess de sur
surgi
gime
ment
nto
o de um sabe
saberr co
como
mo o ps
psic
icol
ológ
ógic
ico"
o" qu
que
e bubusc
sca
a o seseu
u
reconhecimento como ci6ncia" mas opera com a dispersão própria de uma ã losoa.
Neste caso a questão poderia serI porque e+istem tantas psicologias@ Na busca de
respos
resposta
ta a esta
estass que
questõ
stões
es lan
lan%ad
%adas
as a est
estes
es ob
obeto
etoss his
histór
tórico
icoss rar
raros
os # pos
poss&e
s&ell a
parceria interdisciplinar com os saberes mais diersos como a história da losoa" a
antropologia" a sociologia e at# da história das ci6ncias. Lan%adas a partir do presente"
estas questões não deem condu0ir à remissão sem m de um tempo imemorial.
2o
2orta
rtam
m a sus
suspei
peita
ta da per
perenid
enidade
ade dos ob
obeto
etoss psic
psicoló
ológic
gicos"
os" que
que teri
teriam
am dat
datas
as de
emerg6
emerg6nci
ncia
a bas
bastan
tante
te esp
espec&
ec&cas
cas e $or
$orad
ados
os con
con$or
$orme
me con
condi%
di%ões
ões de pos
possib
sibilid
ilidade
ade
bastante delimit*eis. 2ortanto" não se pode recuar historicamente antes do s#culo B
na busca de uma psicologia academicamente institu&da (o que $oi operado com W.
Wundt em 1K>
Wundt 1K>9!"
9!" ant
antes
es do s#c
s#culo
ulo JB
JBBB
BB na pr
procu
ocura
ra da psi
psicol
cologi
ogia
a com
como
o disc
discipli
iplina
na
acad6m
acad6mica
ica (o que $oi prop
propost
osto
o por <. WolH em 1>?
1>?!"
!" e ant
antes
es do s#culo JB no
rastreamento do oc*bulo (utili0ado por teólogos como P. =oclenius desde 19T!. Se a
irrup%ão da psicologia como proeto ou *rea acad6mica não pode ser isto antes da
modernidad
modern idade"
e" sua
suass con
condi%
di%ões
ões de pos
possibi
sibilida
lidade
de di
dicilm
cilment
ente
e pod
podem
em ser ist
istas
as mai
maiss
aqu#m"" pois dicilmen
aqu#m dicilmente
te antes do s#culo JB poderão ser islum
islumbrados
brados de uma $orma
positia temas como o indi&duo" ou uma abordagem obetiante do homem ou do
sueito. )stes obetos que tornam poss&el um discurso como o psicológico tem uma
e+ist6
e+ist6nc
ncia
ia rara e sin
singu
gular"
lar" tor
tornan
nando
do imp
imposs
oss&el
&el uma his
histór
tória
ia con
cont&n
t&nua
ua e eter
eterna
na da
psicologia. ) de igual modo" torna imposs&el uma história eolutia da psicologia" não
ap
apen
enas
as de
dei
ido
do à ini
iniab
abili
ilida
dade
de de umuma
a or
orig
igem
em ididen
entit
tit*ri
*ria"
a" ma
mass ta
tamb
mb#m
#m de umuma
a
atualid
atualidade
ade mar
marcad
cada
a por um pr proet
oeto
o heg
hegem,
em,nic
nico
o e con
consen
sensua
suall que $or
$ornec
neceria
eria uma
racionalidade a esta história. 7 pluralidade da psicologia garantiria uma pluralidade de
re$er6ncias atuais poss&eis" incluindo a própria questão da sua multiplicidade. ) esta
multiplic
multiplicida
idade
de seri
seria
a mul
multip
tiplic*
lic*el
el pel
pelas
as di
diersa
ersass $or
$ormas
mas com que
que his
histor
toriad
iador
or pod
pode
e
enunciar a erdade da história" gerando diersos romances poss&eis. No caso este
seria enm o desao do historiador da psicologia/ recuar da seguran%a de uma história
triun$ante para acolher a multiplicidade do seu obeto" problemati0*-lo" raric*-lo e
contar a erdade t6nue de sua emerg6ncia de $ormas tão plurais quanto às do seu alo
de estudo.
EBELB4=P7AB7
E4PBN=" ). =. 8istoria de la 2sicologia )+perimental.U
)+perimental.Urillas"
rillas" #+ico" 19>9.
EP)UU" =. S. 8istoria de la psicologia. 2aidós" Euenos 7ires" 19R.
<7N=VBL8)" =. - 4 obeto da história das ci6ncias. Bn/ Uempo Erasileiro nX ?K. Pio de
Ganeiro" 19>?.
<8YU)L)U" A.- Le temps de lZhistoire et lZ#olution de la $unction historienne. Bn/ Gournal
de 2sFchologie Normale et 2athologique. 2aris" 19R" ol. .
5VE[" =.- 4 8istoriador hoe. Bn/ 8istória e Noa 8istória. Ueorema" Lisboa" 19K9.
A4V<7VLU" . -7 8istória da Loucura. 2erspectia" São 2aulo" 19>K (tese de doutorado
de$endida em 19R1!.
\\\\\\\-4 Nascimento da <l&nica. Aorense Vniersit*ria" Pio de Ganeiro" 19KT (liro
originalmente publicado em 19R!.
\\\\\\\- 7s palaras e as coisas. 2ortug*lia" Lisboa. (liro originalmente publicado em
19RR!.
\\\\\\\-7rqueologia do Saber. Jo0es" 2etr
2etrópolis"
ópolis" 19>?. (liro originalmente publicado
em 19R9!.