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P I N T U R A S , C R O Q U I S , E S TA M PA S E D E S E N H O S Q U E
C O N TA M A E V O L U Ç Ã O D O V E S T U Á R I O N O B R A S I L
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PART E 1 R A Í Z ES
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MODA ILUSTRADA
P I N T U R A S , C R O Q U I S , E S TA M PA S E D E S E N H O S Q U E
C O N TA M A E V O L U Ç Ã O D O V E S T U Á R I O N O B R A S I L
1º EDIÇÃO
SÃO PAULO - BRASIL
2018
M ODA IL UST R A DA
Luciane Franciscone
Gerente Geral de Marketing Corporativo
Lojas Renner S.A.
PART E 1 R A Í Z ES
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O Brasil tem pouca memória de moda, por isso a ideia de traçar a evolução do vestuá-
rio no país a partir de pinturas, croquis, ilustrações e estampas de grandes desenhis-
tas pareceu uma forma autêntica de resgatar a origem do nosso jeito de se vestir. A ousa-
dia e o ineditismo do projeto nos arrebataram instantaneamente, mas, para completar a
tarefa de garimpar, selecionar e editar todas as imagens e informações que você tem em
mãos agora, foram necessários onze meses de pesquisas, entrevistas, análises e curadoria.
Assim, este livro desbrava uma longa estrada, percorrendo mais de cinco séculos de
história nacional relacionada à moda. O resultado é uma sequência ágil e vibrante das
transformações radicais ocorridas na indumentária, todas elas devidamente contextuali-
zadas, com o objetivo de oferecer um documento definitivo sobre a moda e a história dos
costumes no Brasil – ainda que não tenhamos seguido 100% a sequência cronológica
para não comprometer o ritmo do projeto gráfico.
Dividido em quatro grandes partes, a obra apresenta inicialmente uma série de telas e
gravuras de artistas renomados, que não apenas retrataram os grandes eventos do país
no período colonial, como também registraram o cotidiano dos negros e dos índios.
A segunda parte do livro foi baseada em ilustrações impressas nas primeiras revistas impor-
tantes que circularam no país, em uma fase de profundas transformações no guarda-roupa
urbano, impulsionadas pela emancipação feminina e pela modernização da sociedade.
Ganha destaque, depois disso, a primeira leva de estilistas célebres no país, com croquis
maravilhosos de nomes da nossa alta-costura, como Dener, Conrado Segreto e Gloria
Coelho. Nessa etapa do livro, nos deparamos com um obstáculo previsível: hoje em dia,
alguns estilistas não desenham suas criações (caso de Alexandre Herchcovitch e Rei-
naldo Lourenço, por exemplo). Esses, naturalmente, não puderam participar da edição.
Também não estão presentes obras que integram legados em processo de inventário.
Com exceção dessas questões pontuais, felizmente, a boa receptividade do projeto entre
os designers mais conceituados foi unânime.
Na parte final, relacionamos ainda trabalhos feitos com colagens, aquarelas, traços livres
e desenhos digitais, assinados por uma nova geração de criadores, que flerta explicita-
mente com as artes gráficas. Um encerramento, enfim, à altura desta análise transversal,
que resume em belas imagens a história da moda no Brasil.
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U m estilista não precisa mais necessariamente saber desenhar.
O que era uma exigência no período pré-internet é hoje uma
meia verdade. A tecnologia nos oferece, sim, ferramentas que nos
dão o desenho perfeito, mas não a mágica da personalidade de
um desenho à mão livre, em que riscos, cores e formas revelam a
assinatura do criador.
Ronaldo Fraga
SUMÁ RIO
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PARTE 1
RAÍZES
24. COTIDIANO COLONIAL
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PARTE 2
RUPTURA
5 0. F IN DE SIÈCLE
54. CL ASSE B URG UESA
60. EMANCIPAÇÃO F EM ININA
68 . ART NOU VE AU E ART DÉCO
76. O CABELO ENCURTOU
8 6. P RÊ T- À- P ORTER
96. ROUPAS DE BANH O
1 06. ÚLTIMA M ODA
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PARTE 3
CONTRACULTURA
1 1 6. ANOS REBELDES
1 2 8 . M E TEORO ILUSTRE
1 56. MADE IN BR AZIL
1 76. A VOZ D O INVISÍVEL
184. PAÍS TROP ICAL
1 90. ALEGRIA ESTAM PADA
1 96. TR AÇO ILUSTRE
202 . M ODA P R AIA
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PARTE 4
ERA DIGITAL
2 20. LIVRE & P LUR AL
2 3 6. ARTSY
246. VER E SER VISTO
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PA RT E 1
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RAÍZES
DA P E LE P IN TA DA À P O M PA I M P O RTA DA
(1500 - 1889)
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D
ois milhões de índios, despidos e dis-
persos pela costa de uma terra tórrida,
porém sedutora, e tão rica em cores
que, realçada por uma luz intensa que
tudo inflama, apresentava uma paleta inédita
aos portugueses que ali chegavam. Era assim
o Brasil do descobrimento, predizendo o tem-
peramento de sua moda antes mesmo de ela
existir: colorido, estridente, solar e tropical.
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Gravura de Charles
Étienne Pierre
Motte, Famille d’un
chef camacan se
preparant pour une
fête, publicada no
álbum de Jean-
Baptiste Debret,
Voyage pittoresque
et historique au
Brésil, 1834
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Aquarela de Henry Chamberlain,
Quitandeiras da Lapa, 1818
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Pintura e
Litografia de Franz
Xaver Winterhalter e
Leon Noel, Princesa
de Joinville, 1846
Pintura de Victor
Meirelles, Dom
Pedro II, 1864
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Aquarela de
Jean-Baptiste
Debret, Christening
of negro woman
and children -
Négresses allant
à l’église, pour
être baptisées,
publicado no álbum
Highcliffe, 1826
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N
uma terra onde se andava nu, a dinâmi- e perfumes. Nesse período, as mangas encurta-
ca fortemente hierárquica trazida pelos ram – pela primeira vez na história, os braços
portugueses impôs à roupa a função femininos eram visíveis –, os vestidos tinham
de identificar e separar. De um lado, o meia cauda, armações de arame e cintura bem
modo orgânico dos nativos, que viviam com definida, e os penteados eram ainda mais volu-
as “vergonhas” à mostra, eventualmente de mosos. Nas cores, predominavam o vermelho,
corpo pintado e adornos de penas e peles, foi o azul-escuro e o dourado, com a ocasional
substituído por vestimentas simples de algodão aparição do rosa e amarelo-claros.
grosseiro. Do lado oposto, estava a contras-
tante moda de excessos trazida da Europa, da No começo do século 18, Paris e Londres
qual a elite, composta por senhores de engenho lideravam o cenário da moda, e a roupa passou
e grandes proprietários de terra, se apoderava a ser mais confortável, com os excessos sendo
para se distanciar da grande massa. eliminados aos poucos. O estilo mais usado
entre as mulheres era o robe à volants, ou o sack
No fim do século 16, transitando entre o Re- dress, um vestido largo, sem forma definida, com
nascimento e o Barroco, a moda da alta socie- um pedaço de tecido preso dos ombros à bainha
-dade na recém-descoberta colônia vinha da na parte de trás. O modelo foi logo sucedido
Europa Ocidental, proveniente da corte de paí- pelo robe à la française, ou sack-back gown,
ses como Inglaterra, França, Itália e, sobretudo, com duas séries de pregas que caíam soltas na
Espanha. As roupas eram ostensivas, pesadas parte de trás, saia terminada em cauda e, na
e volumosas, de tecidos como veludo, seda, frente, um corpete justo com forma triangu-
tafetá e brocado, com bordados, babados, laços, lar e uma anágua visível, no mesmo tecido
plumas... Os vestidos tinham decotes quadra- do vestido. Ao se aproximar o fim do século,
dos, armações nas saias, mangas bufantes e a moda começou a ser influenciada também
cinturas marcadas por corsets. Era comum tam- pelo Leste Europeu, graças à ascensão do
bém o uso do rufo, uma grande gola engomada comércio, às viagens das mulheres dos embaixa-
e plissada, que dava um ar austero ao visual. dores e às influências culturais e políticas.
Nos cabelos, predominava a mesma pompa em
perucas longas e encaracoladas. Durante todo esse período, no Brasil, as
mudanças na moda aconteciam de forma
Em meados do século 17, quando Luís XIV mais lenta, acompanhando o que ia chegando
assumiu o trono da França, o país passou a da Europa. O princípio, no entanto, era o Pintura de artista
ser o principal ditador de moda, e entraram mesmo: a opulência na vestimenta refletia desconhecido,
em voga itens como perucas, saltos masculinos os excessos da vida aristocrática. Baiana, 1850
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Pintura de François
Renée Moreaux,
Família imperial, 1857
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Pintura de Luiz
Schlappriz,
D. Leopoldina
de Habsburgo, s.d.
Pintura de
John Simpson,
Maria II, Rainha de
Portugal, irmã
de D. Pedro II, s.d.
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Gravura de Thierry Frères, Voeu d’une messe demandée comme
aumône, publicada no álbum de Jean-Baptiste Debret, Voyage
pittoresque et historique au Brésil, 1839
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Aquarela e litografia
de Jean-Baptiste
Debret e Charles
Motte, Un employé
du gouvernement:
sortant de chez lui
avec sa famille/
Une dame
brésilienne dans son
intérieurde, 1835
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arlota Joaquina desembarcou no formais. É desta época, por exemplo, a intro-
Brasil de turbante. Não era a última dução do vestido de noiva de cor branca como
moda europeia, mas um modo de sinal de pureza e inocência. Eram populares
esconder o cabelo cortado após uma também o uso de xadrez na roupa feminina – os
infestação de piolhos no navio que a trouxe. chamados tartãs escoceses –, os vestidos que co-
Em pouco tempo, a novidade fez, literalmente, briam totalmente a parte inferior do corpo, e a
a cabeça das mulheres, que desfilavam com as crinolina de aço, inventada em 1856 – uma nova
cabeleiras raspadas, envoltas em turbantes. O armação para as saias que dispensava o uso de
episódio parece trivial, mas é sintomático de inúmeras anáguas.
um dos traços mais fortes da cultura brasileira:
o desejo de apropriar-se do que vem de fora. É deste ano, ainda, a descoberta (acidental!) do
Muito antes do movimento antropofágico primeiro corante sintético: um trabalho expe-
de Oswald de Andrade, o Brasil já se valia rimental do químico britânico William Perkin
da absorção, assimilação e ressignificação de resultou na obtenção de um corante sintético
elementos de outros povos e culturas para solúvel em água, adequado ao tingimento da
formar a sua própria. seda. Até então, os corantes eram quase sempre
retirados de fontes naturais, e as propriedades
Com a transferência da corte portuguesa para estavam longe do ideal para as aplicações têxteis.
o Brasil em 1808 e a consequente abertura dos
portos às nações amigas, a importação permitia A invenção mais revolucionária da moda,
que tecidos, figurinos e revistas chegassem de porém, já estava consolidada: a máquina de
navio ao país. Após a Revolução Francesa marcar costura. Embora sua criação date de 1755, foi
um período de fortes rupturas ideológicas, o luxo somente em 1830 que Barthélemy Thimonnier
ostensivo das vestimentas burguesas deu lugar a a aperfeiçoou e ela se tornou verdadeiramente
uma vestimenta mais simples, porém sofisticada – prática. Logo surgiram as primeiras linhas de
e, finalmente, adaptada ao clima tropical. produção, e a rápida popularização da máquina
possibilitou o modelo de produção em escala
Na moda Império, ou Neoclássica, foram-se os industrial que prevalece até hoje.
tecidos pesados, as ancas, os panniers e os corsets,
e a cintura elevou-se para logo abaixo do busto À medida que as pessoas passavam a ter máqui-
– a chamada “cintura império”. As cores eram nas de costura em casa, e as roupas das diversas
claras – o branco, principalmente, era sinal de classes sociais se tornavam cada vez mais seme-
status, já que sujava facilmente –, e os vestidos lhantes, surgia a figura do criador, o artista que
eram longos e fluidos, em tecidos como musselina, elaborava roupas e assinava coleções. O termo
cambraia e morim – que, por serem muito finos alta-costura foi usado pela primeira vez relacio-
para suportar bolsos, fizeram popularizar o uso nado ao trabalho do inglês Charles Frederick
das bolsas. Outros acessórios comuns incluíam Worth, que realizou o primeiro desfile de moda
xales, luvas, leques e sombrinhas. com modelos, em Paris, em 1858.
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PA RT E 2
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RUPTURA
LIBE RDADE , A RT E & PRO D UÇÃO E M MA SS A
(1889 - 1958)
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FIN DE SIÈCLE
A M O DA DA VI R ADA
(1889 - 1920)
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Ilustração A brazileira, Ilustração Armazens do Parc-Royal,
revista Fon-Fon!, 1910 revista Fon-Fon!, 1908
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Ilustração Blusas chics e vestidos muito
elegantes para passeio, Jornal das Moças, 1915
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os centros urbanos, como Rio de Janeiro
e São Paulo, o traje feminino passou por
uma intensa simplificação, que resultou
no surgimento do tailleur, baseado nas
proporções do paletó masculino. Nascia ali uma
interação explícita entre os guarda-roupas do
homem e da mulher, simbolizando o primeiro
passo em direção ao unissex e à moda sem gêne-
ro. As camisas com golas altas também traziam
praticidade para as mulheres, que estavam cons-
truindo uma vida mais ativa e menos ociosa.
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Ilustração Encantador vestido tailleur/ Bello Ilustração Blusas modernas,
vestido gênero camisa, Jornal das Moças, 1917 Jornal das Moças, 1916
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ART NOUVEAU
& ART DÉCO
A S I N F L U Ê N CIA S
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Ilustração, Jornal das Moças, 1919 Ilustração Modas, Jornal das Moças, 1922
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Ilustração Casa Colombo,
Jornal das Moças, 1920
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O CABELO E NC U RTOU
Moda subversiva, escandalosa e, inicialmente, muito malvista, o Ilustração de Álvaro Perdigão,
revista Fon-Fon!, 1927
cabelo curto marcou o visual das mulheres modernas dos anos
Ilustração Modas, Jornal das Moças, 1924
20, conhecidos também como os anos loucos. Na Europa fer-
vilhante do pós-guerra, o corte à la garçonne foi conquistando
adeptas que haviam ganhado o mercado de trabalho enquanto
os homens seguiam para as batalhas, assim como estrelas de ci-
nema, dançarinas, herdeiras de grandes fortunas, camponesas,
meretrizes... Em poucos anos, a estética virou moda onipresente
no mundo todo, retratando a primeira onda feminista do século.
Pudera: o corte, cheio de audácia e sex appeal, tinha tudo a ver
com o desejo feminino de cortar os laços de opressão aos quais a
mulher vinha sendo submetida por séculos.
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Ilustrações, revista O Cruzeiro, 1928
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Ilustrações, revista O Cruzeiro, 1928
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PRÊT-À-
PORTER
A M O DA E M E S CAL A
A roupa simplificou-se radicalmente nas primei- até que, no fim dos anos 30, instalam-se judeus,
ras décadas do século 20. Do vestuário mascu- vindos sobretudo da Rússia, da Lituânia e da
lino, a mulher passou a aproveitar dezenas de Polônia. Ali, eles iniciaram um dos grandes
peças confortáveis e maleáveis, como os cardigãs pontos de comércio de roupas do país.
e as chemises. Enquanto isso, o trabalho artesanal
e a alta-costura, com o objetivo de criar modelos Paralelamente ao fortalecimento da moda do
originais, pareciam estar em desajuste total com pronto-para-vestir, surgiram no país publicações
o cenário econômico devastado pela Segunda inspiradas nos magazines ilustrados da Europa.
Guerra Mundial. A hora era de desenvolvimento A mais poderosa delas foi o semanal Jornal das
de novas fibras sintéticas, de tecidos produzidos Moças, impresso no Rio de Janeiro de 1914 a
às toneladas pela indústria têxtil e do surgimen- 1965, com média de 75 páginas. A linha editori-
tos de confecções e roupas feitas em série. al era focada em assuntos do universo domésti-
co, com dicas de beleza, receitas culinárias,
Nos Estados Unidos, iniciou-se a produção em notas sobre filmes, contos, poemas, e também
série do chamado casual wear, que foi logo moda ilustrada, com moldes de roupas.
assimilado pelo varejo fashion. Começava então a
era do ready-to-wear, movimento denominado na Outra revista brasileira que contemplava a
França de prêt-à-porter. Em pouco tempo, escalas moda e tratava dos costumes, trazendo notí-
de medidas foram adotadas pela indústria, e a cias do cotidiano, foi a Fon-Fon (1914-1958),
“costura por atacado” espalhou-se por toda parte. fundada no Rio de Janeiro em 1907, cujo nome
fazia referência ao barulho da buzina dos car-
No Brasil, legiões de imigrantes instalaram-se ros que começavam a tomar as ruas). A valori-
nos grandes centros, e os primeiros polos de zação da ilustração de moda era um dos pontos
confecções começaram a ganhar destaque. O altos da publicação, que divulgou o trabalho de
Ilustração Feminino, bairro do Bom Retiro, em São Paulo, recebia artistas importantes, contando com a colabo-
revista Fon-Fon!, 1927 primeiro os italianos, depois libaneses e turcos, ração inclusive do pintor Di Cavalcanti.
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Ilustração Vestido de Crepe,
revista Fon-Fon!, 1938
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ROUPAS D E BANH O
Chanel, sempre transgressora, lançou na França a moda da pele NESTA PÁGINA
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ÚLT I MA MODA
Lançada no Rio de Janeiro, em 1928, pelos Diários Associados Ilustração, revista O Cruzeiro,1943
de Assis Chateaubriand, a revista O Cruzeiro foi a grande revista Ilustração de Alceu Penna,
revista O Cruzeiro, 1941
ilustrada do Brasil, na primeira metade do século 20. Era super-
variada, tratava de assuntos ligados a cinema, esporte, política,
culinária, saúde e moda. O ilustrador Alceu Penna assinou uma
coluna de sucesso durante 15 anos, abrindo caminho para im-
portantes publicações, como a Capricho, da Editora Abril, lança-
da em 1952 com uma pegada teen, e a Senhor, mais ambiciosa
e sofisticada, que circulou entre 1959 e 1964, mas deixou um
enorme legado, graças à primorosa direção de arte de Bea Feitler.
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PA RT E 3
CONTRA
CULTURAMO DA E M FO R MAÇÃO
(1958 - 1994)
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ANOS
REBELDES
T E CI D O S S I N T É TICOS, EX P RESSÕES RE AIS
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Desenhos de
Iesa Rodrigues
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A
vida de Dener daria um filme. Ou Nascido em Belém do Pará, Dener chegou ao
uma novela daquelas bem apimenta- Rio de Janeiro aos 9 anos, época em que amava
das, cheias de reviravoltas e picos de as pin-ups norte-americanas e gastava seu tempo
audiência. Tido como um dos maiores aperfeiçoando desenhos de estrelas de hollywoo-
estilistas do Brasil, Dener Pamplona de Abreu dianas. Autodidata, acumulou conhecimentos
fez história desenhando roupas superelegantes, práticos na já renomada Casa Canadá, partindo
vestindo a primeira-dama mais chique do Brasil, em seguida para um trabalho no ateliê de Ruth
Maria Teresa Goulart, e nutrindo uma guerra Silveira, badalado entre as socialites cariocas.
de alfinetadas com o rival Clodovil Hernandes.
Nos anos 60, Dener instalou-se em São Paulo,
“Eu criei a moda brasileira, um estilo próprio, na Rua Augusta, quando esta representava o
nosso, que fez com que as grandes senhoras do auge da modernidade. E não gostou nada, nada
país não precisassem mais se vestir na Europa”, quando o concorrente Clodovil Hernandes, que
dizia ele. Assim, sem um pingo de humildade, havia acabado de vencer o concurso Agulhas
conquistou a imprensa e virou figura-chave das de Ouro, decidiu abrir seu ateliê bem por ali,
colunas sociais, assumindo uma personalidade na Rua Oscar Freire. Clô, como era conhecido,
carismática e midiática. Suas olheiras profundas e amava bordados, fendas, rendas e exageros ma-
o cabelo impecável ajudaram a criar sua imagem ximalistas, perfeitos para as mulheres da época.
excêntrica, perfeita para o posto que ocupava. Seu vestido Bola, com um saiote balonê enorme,
foi aplaudido de pé num desfile de 1980.
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Croqui a giz
pastel de Conrado
Segreto, 1990-1992
Croqui a
nanquim de
Conrado Segreto,
1990-1992
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Croquis de Ugo Castellana,
Accademia Koefia, 1958
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mportante etapa do processo de criação de pe-
ças de vestuário, o desenho de moda é, muitas
vezes, um resultado artístico em si. Basta olhar
para os esboços, croquis e ilustrações que
preenchem este livro, feitos por estilistas que tão
talentosamente projetaram suas ideias no papel.
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Croquis de Markito
Croquis de Rui
Spohr para Scila
Médici, 1971
Ilustração de
Rui Spohr, Jornal
Correio do
Povo, 1996
Croquis de Markito
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Croqui de Walter
Rodrigues, coleção
de verão, 1996
Croquis de Walter
Rodrigues, coleção
de inverno, 1998
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MADE
IN BRAZIL
A N O SS A M O DA GANHA STATUS
Uma revolução de valores e costumes tomou o tre outros. Gloria já era uma expoente da moda
mundo ocidental entre as décadas de 60 e 80. nacional, espécie de ímã que detectava e atraía
Enquanto o Brasil enfrentava a ditadura mili- talentos de uma geração criativa e moderna que
tar, o mercado de vestuário conhecia um campo chegava a São Paulo. Conrado Segreto foi seu
enorme de expansão baseado em roupas padro- assistente, e Reinaldo Lourenço, um dos maiores
nizadas e peças despojadas, como a camiseta, estilistas brasileiros da atualidade, também, an-
que mais tarde ganharia slogans e conotação tes de se casarem. O filho, Pedro Lourenço, foi
política, e o jeans, que se popularizaria intensi- lançado como estilista aos 12 anos. Clô Orozco,
vamente, impondo um jeito novo de vestir. que era casada com Renato Kherlakhian, dono
da Zoomp, era uma de suas grandes amigas.
Por outro lado, a moda no Brasil buscava uma
identidade própria. Dois movimentos parale- Assim se formava uma elite de criadores de
los surgiram para divulgar as criações autênti- moda, que acompanhava o comportamento das
cas dos estilistas que passavam a se organizar: ruas para criar coleções superconectadas com o
o Grupo Moda Rio, formado em 1975, e o que acontecia em seu entorno. A moda nacio-
Núcleo Paulista de Moda, criado em 1980. nal ganhou sintonia, ganhou corpo, ganhou
peso e ganhou status – e no timing perfeito
O primeiro tinha o objetivo de conseguir patro- para encarar a próxima etapa da indústria, ba-
cínio para a emergente moda carioca, focada no seada no valor agregado das marcas às roupas.
prêt-à-porter. Até então, o Rio de Janeiro era
Ilustração à caneta e
lançador absoluto de moda no país. O grupo Começou, então, o período que ficou conhecido
aquarela de Daniel Maia, paulista funcionou como uma espécie de coo- como a era das logomarcas. E o Brasil, com sua
coleção de inverno para perativa, da qual faziam parte as marcas Huis economia fechada para a competição internacio-
Flocotécnica, 2001 Clos, Rose Benedetti e G., de Gloria Coelho, en- nal, estava, felizmente, muito bem representado.
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Ilustração à caneta,
aquarela e colagem de
Daniel Maia, coleção de
inverno para Magma, 2007
Ilustração à caneta e
aquarela de Daniel Maia,
coleção de inverno para
Flocotécnica, 2001
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NESTA PÁGINA, EM SENTIDO HORÁRIO
Croquis à caneta, Osklen, coleção Into the Mountains, 2013
Croquis à caneta, Osklen, coleção Into the Mountains, 2013
Croquis à caneta, Osklen, coleção Praia, 2015
Croquis à caneta, Osklen, coleção Golden Spirit , 2016
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Croquis digitais de
Gloria Coelho, coleção
de inverno, 2016
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Croquis digitais de
Gloria Coelho, coleção
de verão, 2017
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PART E 3 CO N T R AC U LT U R A
Croqui de Rodolfo
Souza e Direção criativa de
Adriana Bozon para Ellus,
coleção de inverno, 2016
Croqui de Rodolfo
Souza e Direção criativa de
Adriana Bozon para Ellus,
coleção de verão, 2016
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Croquis digitais de
Jum Nakao, Nuvens
de papel, coleção
A costura do
invisível, 2004
Croquis de Anne
Carvalho e Marcio
Bonato para Tufi
Duek, coleção Belle
Toujours, 2018
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A LEGR IA E STAMPADA
A exuberância da paisagem brasileira é, de certa forma, mimeti-
zada na estamparia de moda. Misturas de cores berrantes e mo- NA PÁGINA ANTERIOR
tivos tropicais resultam em padronagens impactantes e originais. Ilustração de Elisete M. Hammes para
Prêmio Estampa Brasil/Renner, 2015
Assim, grandes marcas foram criadas a partir de grandes dese-
Estampa de Adriana Barra, coleção
nhistas. “Eu rezo para ver o dia em que a moda do Hemisfério Botanique, 2018
Norte se curvará diante da potência criativa e vibrante da moda
Ilustração de Carla Machado para Neon,
do Hemisfério Sul”, diz a trend hunter holandesa Li Edelkoort, Floresta, 2007
uma das vozes mais poderosas da indústria criativa internacio-
nal e amante declarada da botânica brasileira. Seu olhar volta-
do para o futuro, no entanto, não aponta só para o que virá a ser
tendência nas vitrines, mas também para questões mais globais,
como a atual necessidade de renovação do universo fashion. “O
sangue novo na moda virá dos trópicos.” Tomara que sim.
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MODA PRAIA
LIFEST YLE E XP O RTAD O DA AREIA
A palavra lifestyle exerce um enorme encanta- No fim dos anos 50, a moda do biquíni
mento entre diversas grifes porque faz ligação vingou de vez. A Garota de Ipanema Helô
direta entre o conceito de moda e o desejo de se Pinheiro fazia a praia parar para vê-la passar em
ter uma experiência vestido de determinada ma- seu modelito meia-taça. Brigitte Bardot atraiu
neira. No Brasil, o termo em inglês, que significa todas as atenções para Búzios, nas férias de verão
‘estilo de vida’, tem tudo a ver com a moda praia. de 1964. Leila Diniz foi a primeira grávida a exi-
A ideia de passar horas relaxando à beira-mar, bir a barriga em público em 1971. Depois, veio a
praticando esportes, confraternizando em rodas tanga impactante de Fernando Gabeira, em 1979,
na areia e pegando um bronzeado, está intima- o modelo asa-delta, o enroladinho, o cavadão,
mente ligada à ideia de uma vida boa e feliz. o cortininha, e um sem-fim de outras invenções,
como descreve com maestria a jornalista Lilian
Com o nosso litoral imenso e paradisíaco, e o Pacce, em seu livro O Biquíni Made In Brazil.
calor típico dos trópicos, o conceito de moda
praia teve adesão natural desde o início por Até que a moda praia virou fashion, direcionando
aqui. A história começa com a liberação do a criação de uma geração de jovens estilistas que
banho de mar, como prática terapêutica, ainda ganharam o mundo vendendo o nosso lifestyle
nos tempos de D. Pedro II. Trajes ‘decentes’ – e nossa estética despida e bronzeada. Vem daí
eram então exigidos por lei. Também não a febre da depilação brasileira, ou o Brazilian
podia se fazer algazarra nem barulho na praia Bikini Wax, que se tornou um enorme sucesso
– lei, no entanto, que ninguém obedecia. nos Estados Unidos e depois no mundo todo, ins-
tituindo um novo jeito de encarar a intimidade.
Em seguida, vieram as roupas de banho de
tricô, e, depois, os maiôs de helanca, sucedi- Enquanto isso, a tecnologia têxtil evoluiu muito,
dos finalmente pelas diminutas duas-peças do proporcionando uma série de novos materiais
Croquis digitais
de Hyldo Júnior e
célebre biquíni. A alemã Miriam Etz estreou e acabamentos, que dão conforto e caimento à
Roberta Oro para o modelo, feito por ela mesma, em 1938, na modelagem e possibilitam mais recortes, trança-
Blue Man, coleção praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Foi dos, franzidos, babados e uma infinita variedade
Samba king, 2006 somente a primeira de um série de ousadias. criativa em pedaços de pano tão pequenos.
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Croqui à caneta
de Samara Lara
para Adriana
Degreas, coleção
Indochine, 2017
Croquis à caneta
de Samara Lara para
Adriana Degreas,
coleção Bain
Couture Rio
Deco, 2014
Croquis digitais
de Hyldo Júnior
e Thomaz Azulay
para Blue Man,
coleção Barroco
tropical, 2013
Croqui de Lenny
Niemeyer, coleção
de verão, 2012
Croqui de Lenny
Niemeyer, coleção
de verão, 2008
Croqui de Liana
Thomaz para Água
de Coco, coleção
Mãos que fazem
história, 2016
Croqui de Liana
Thomaz para Água
de Coco, coleção
Fundo do mar, 2015
Croqui de Liana
Thomaz para Água
de Coco, coleção
Ama- os tesouros
da Amazônia, 2015
Croqui de Liana
Thomaz para Água
de Coco, coleção
Mãos que fazem
história, 2016
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Croquis digitais, V i X
PaulaHermanny,
coleção de verão, 2018
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PA RT E 4
PA RT E 4
ERA
DIGITAL
VE LO CI DA D E MÁ XI MA
(1994 - 2018)
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A quebra integral de fronteiras ocorrida com atenção no que estava acontecendo fora
a chegada da internet em meados dos anos das passarelas e dos ateliês, galgando o
90 propulsou um movimento que já vinha se streetstyle ao posto de influenciador máximo.
firmando havia anos através do vertiginoso en-
curtamento de distâncias geográficas: a cultura Em ligação estreita com diversos movimentos
do sampler, ou a mistura de expressões artísticas musicais populares, de onde se originou o con-
com o intuito de criar algo novo e multifaceta- ceito de sampling, a moda urbana amplificou a
do. O que acontecia num canto do planeta era voz da juventude e apagou as linhas rígidas que
rapidamente recebido, fragmentado e recriado delimitavam conceitos já estabelecidos. A dico-
em outro. tomia entre dia e noite, masculino e feminino,
glamoroso e descontraído foi apagada, dando
O zeitgeist desse novo mundo, digitalizado e lugar a uma moda sem gênero e sem regras,
globalizado, criou as condições ideais para que que de tudo se apropriava.
a moda prosperasse ao apostar na dissolução
de uma tendência em inúmeras ramificações, Neste cenário, as marcas passaram a ser não
por meio da fusão de estilos distintos e de uma só questionadas, mas também policiadas, so-
amálgama criativa de releituras e adaptações. bretudo pela facilidade de qualquer indivíduo
com uma câmera na mão gravar e divulgar
Com o recuo das divisas, a profusão de ideias seu registro. Assim, pela primeira vez, as grifes
Ilustração de
veio sobretudo das ruas, que acolhia e servia de passaram a ter que justificar seus processos e
Eliana Cho para
Juliana Jabour,
embrião para a cultura pop e negava qual- seus valores. Foi um exame de consciência. E,
modelo Karmen quer grife ou figura profissional como símbolo com ele, surgiu uma nova safra de criadores,
Pedaru, coleção ditador de moda. O que sucedeu, na realidade, preocupados não apenas em vender uma roupa,
Motocross, 2017 foi o contrário: os criadores passaram a prestar mas uma mensagem verdadeiramente autêntica.
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Croqui de Adriana
Barra, coleção
Botanique, 2018
Croqui de Adriana
Barra, coleção The
winter is coming, 2018
Croquis digitais de
Patricia Bonaldi,
coleção de verão, 2017
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NESTAS PÁGINAS
E NAS PÁGINAS 232 E 233
Croquis, Iódice,
coleção Rituais de
sedução, 2015
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PART E 4 ER A D I GI TA L
Estampa Panneau
Cavalo de Guido
Fortes para Vanda
Jacintho, coleção
de verão, 2016
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PART E 4 ER A D I GI TA L
VER E SER
VISTO
NOVAS FOR MAS D E A P R E CIAÇÃO
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Ilustração em grafite,
caneta e colagem digital
de Thaíssa Esteves
para Gallerist e Chris
Zupelli, 2016
Ilustrações a lápis,
aquarela e colagem
digital de Thaíssa Esteves,
inspiradas em criações de
Marni e Prada, 2015
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Ilustração à caneta, aquarela e nanquim,
Bananeira, de Camila do Rosário, 2017
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ACERVO DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL - BRASIL ACERVO BANCO ITAÚ / ITAÚ CULTURAL
Páginas: 14, 17, 18, 37, 42, 43, 44, 45, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, Página: 38, 39 (Foto Edouard Fraipont)
62, 63, 64, 65, 66, 67, 69, 70, 71, 72, 75, 76, 77, 84, 85, 87, 88, 89, 90
ACERVO D.A PRESS
COLEÇÃO MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO ASSIS Páginas: 48, 61, 74, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97,
CHATEAUBRIAND 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111
Paginas: 20 (Doação João da Costa Doria, 1951 / Foto de João ACERVO MUSEU BELAS ARTES DE SÃO PAULO / CENTRO
Musa), 21 (Doação Yan de Almeida Prado, 1981 / Foto de João UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO
Musa), 23 (Doação Brasital S.A., 1947 / Foto de João Musa)
Páginas: 122, 123, 124, 125, 126, 127
ACERVO MUSEU IMPERIAL / IBRAM / MINC
ACERVO INSTITUTO ZUZU ANGEL
Páginas: 22, 32, 35, 41
Páginas: 114, 117, 119
ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES
CASA DA MARQUESA DE SANTOS - MUSEU DA MODA
Páginas: 24, 25 (Coleção Martha e Erico Stickel), 26, 27 BRASILEIRA / FUNARJ
(Coleção Martha e Erico Stickel), 28, 29 (Highcliffe Album)
Página: 187
ACERVO DO MUSEU PAULISTA DA USP
ACERVO DIGITAL FAMÍLIA ALCEU PENNA
Página: 30 (Foto José Rosael/Hélio Nobre)
Página: 185 (Restauro de Inez Oliveira)
ACERVO MUSEU DO ESTADO DE PERNAMBUCO/FUNDARPE
Página: 34 NÃO IDENTIFICAMOS A IDENTIDADE DO ILUSTRADOR
Página: 48, 54, 55, 58, 59, 84, 85, 97, 100, 102
MUSEUS RAYMUNDO OTTONI DE CASTRO MAYA /
IBRAM / MINC NÃO TIVEMOS ACESSO AOS ACERVOS DE CLODOVIL
Página: 36 (Foto Horst Merkel) HERNANDES , NEY GALVÃO E CLÔ OROZCO
REFERÊNCIAS:
BOUCHER, François. História do vestuário no Ocidente: das VALLI, Virgínia. Eu, Zuzu Angel, procuro meu filho. Rio de Janeiro:
origens aos nossos dias. São Paulo: Cosac Naify, 2010. Philobiblion, 1986.
COELHO, Geraldo Mártires. Na Belém da belle époque da BONADIO, Maria Claudia. Moda e Publicidade no Brasil nos anos
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CHARLES-ROUX, Edmonde. A Era Chanel. São Paulo: Cosac
Naify, 2007. DORIA, Carlos. Bordado da Fama, Uma Biografia de Dener. São
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FRUGOLI JR, Heitor. Centralidade em São Paulo: trajetórias,
conflitos e negociações na metrópole. São Paulo: Edusp, 2000. SEGRETO, Rita. Conrado Segreto – Moda e Paixão. São Paulo:
ALENCAR, Valéria Peixoto. Art Nouveau: Estilo influenciou as Luste, 2012.
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NAKAO, Jum. A Costura do Invisível. São Paulo: SENAC SP, 2005.
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PACCE, Lilian. Biquíni Made in Brazil – 1 ed. Rio de Janeiro, Arte FRAGA, Ronaldo. Caderno de roupas, memórias e croquis. Rio de
Ensaio, 2016 Janeiro: Cobogó, 2015.
AGRADECIMENTO ESPECIAL:
Luciane Franciscone
Fabiana Londero
AGRADECIMENTOS:
Alberto Sabino Luiz Fernando Carvalho
Alexandre Schnabl Luiza Penna
Aline Maller Ribeiro Marcello Martins
Amanda Vianna Marcia Fonseca
Ana Luiza Maccari Marcia Lencioni
Ana Luiza Souza Marcio Miquelino
Anna Naldi Claudia Maria Souza Costa
Antônia Spohr Moro Maria Fernanda Azevedo
Cassia Pedroso Marianne Horta
Dayse Conceição Marilia Antiquera
Debora Gigli Buonano Mary Cristina Rodrigues
Deise Sabbag Mercedes Tristão
Doris Spohr Monica Resende Gonçalves
Dorival Pegoraro Junior Nathália Assis
Edições Globo Condé Nast S.A. Orlando Pedroso
Eduardo Lima Otávio Alexandre J Oliveira
Elisa Caetano Pablo Lucena
Éricka Madeira de Souza Patricia Cardim
Ernandes Evaristo Lopes Patricia Castro
Fátima Argon Paula Martins de Oliveira
Fernanda Floriano Pedro de Castro
Fernanda Vasconcelos Gabriel Abreu
Hemeroteca do Município de São Paulo Rita Segreto
Ingrid Fiorante Roberta Mendes
Jo Souza Roberto Silveira
João Funnicheli Roberto Silveira
José Gayegos SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Jovita Santos Simone Costa Avila
Julia Bazanelli Sardelli Sonia Gonçalves
Júlia Toledo Suzana Memlak
Laíza Montezano Vagner Carvalheiro
Larissa Souza Vera Lucia F. Silva Nascimento
Leila Rabello Victor Tronconi
Lucas Antunes Virgilio Luiz Gonzaga Júnior
EDITOR: Marcel Mariano
IMPRESSÃO: RR Donnelley
Mariano, Marcel
Moda ilustrada : pinturas, croquis, estampas
e desenhos que contam a evolução do vestuário
no Brasil / concepção Marcel Mariano ; textos
Maria Rita. -- 1. ed. -- São Paulo : Luste, 2018.
ISBN 978-85-61914-23-3
1. Brasil - Moda - História 2. Desenho de
moda 3. Estética 4. Moda - Aspectos sociais 5.
Moda - História - Obras ilustradas 6. Vestuário -
História I. Rita, Maria. II. Título.
18-13438 CDD-391.00981