DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO
Demonstrações Financeiras
Disposições Gerais
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
2
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído
pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a
indicação dos valores correspondentes das demonstrações do
exercício anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser
agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que
indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor
do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de
sua aprovação pela assembleia-geral.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas
e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias
para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício.
4
Levando em consideração esse contexto, é apresentado um esquema
com características sobre cada uma das demonstrações contábeis, conforme
exposto na figura abaixo:
Eficiência/Desempenho Econômico
Dá lucro ou prejuízo? Demonstração do
Quanto é o faturamento? Resultado do Exercício
Operacional ou financeiro?
Figura 2 – Important
Não podemos iniciar nossa aula sem antes falar sobre um ponto
importante em relação aos demonstrativos financeiros. Bom, vamos estudamos
o Balanço Patrimonial, suas contas, e ver como esse demonstrativo é importante
para a contabilidade. No entanto, surge um fato que precisa ser pontuado em
5
relação não somente ao BP, mas a todos os demais demonstrativos obrigatórios
por lei e pelo CPC. Pergunta: como apresentar os demonstrativos quando a
entidade é controladora de outras empresas? Esse contexto é explicado por
Gilbeck et al. (2018, p. 5):
7
ideia de equilíbrio entre Ativo e Passivo. Assim, o Ativo compreende os bens
e direitos, e o Passivo compreende as obrigações e o Patrimônio Líquido”
(Padoveze, 2018, p. 7).
Até o momento, trabalhamos somente com os grupos de contas, mas não
evidenciamos as contas que devem compor cada grupo. Nesse sentido,
recorremos ao CPC 26 para buscar o esclarecimento a respeito de quais seriam
essas contas, uma vez que, conforme já comentado anteriormente, a lei
determina quais entidades devem divulgar os demonstrativos, e o CPC instrui
sobre as informações que esses demonstrativos devem apresentar, bem como
a forma de apresentação destes. Diante disso, sobre as contas do ativo, o CPC
26 faz a seguinte colocação:
Figura 4 – CPC 26
8
Conforme demonstrado, o balanço patrimonial engloba uma variedade de
itens que, no seu conjunto, entre bens direitos e obrigações, forma o patrimônio
da entidade. É percebível que, dentre as contas apresentadas, tem-se a
configuração de todas as contas que podem ser formadas no decorrer da vida
de uma entidade, desde sua formação, com a formalização e integralização do
capital social, até a sua maturidade, com a apresentação de contas voltadas à
participação de não controladores.
Bom, o CPC 26 nos mostra, nesse trecho, os itens que devem compor o
patrimônio, mas não apresenta nele a forma como devem ser classificados esses
itens para serem colocados no BP. No entanto, se observarmos a Lei n.
6.404/1976, já teremos então um indicativo dos grupos de contas que dividem o
patrimônio, possibilitando uma melhor identificação e distinção entre contas de
origem e contas de aplicação de recursos em seu artigo 178, no qual ela
apresenta o ativo e o passivo como os dois grupos do demonstrativo.
Embora a lei não apresente o grupo do patrimônio líquido como uma conta
separada do passivo, as contas correspondentes a ele são classificadas em
separado no BP, conforme estrutura determinada pelo CPC 00. Nesse contexto,
o CPC dispõe sobre todos esses itens patrimoniais, dispondo da classificação
destes; e em relação à estrutura do balanço, o CPC 00 dispõe acerca da
mensuração dos elementos, definindo os respectivos grupos que compõem a
demonstração.
Dessa forma, o CPC 00 define os grupos, para que seja então possível
realizar a classificação dos itens que compõem o patrimônio, com base nessa
definição, de acordo com suas características, possibilitando uma interpretação
sobre o grupo de contas ao qual deve pertencer cada elemento, possibilitando
então a caracterização como um bem ou direito (ativo), uma obrigação para com
terceiros (passivo) ou um interesse de sócios ou proprietários na entidade
(patrimônio líquido).
A seguir, tem-se a definição dada pelo CPC 00:
9
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade
depois de deduzidos todos os seus passivos.
10
melhor interpretação e análise do relatório. O quadro a seguir apresenta o artigo
178 da lei das SA, o qual dispõe sobre a classificação das contas em cada grupo.
O entendimento acerca dos textos trazidos pela lei das SA e pelo CPC
nos leva então a separação das contas dentro de seus respectivos grupos em
“Circulante” e “Não Circulante”. Mas afinal, o que seriam esses termos dentro da
contabilidade?
Os termos circulante e não circulante são também conhecidos como
“curto prazo” e “longo prazo”. Em contabilidade, o curto prazo compreende o
período de até um ano. Por conseguinte, ao se apresentar um balanço, todas
as contas a receber e a pagar nos próximos 365 dias devem ser classificadas a
curto prazo. O longo prazo, por sua vez, está relacionado a um período
superior a um ano (Marion, 2018), o que significa dizer que contas do ativo e
passivo que se realizam ou vencem após 365 do fechamento do balanço devem
ser classificadas no longo prazo.
11
Esse contexto é dado pelo CPC 26 (grifo nosso), ao determinar que “a
entidade deve divulgar o montante esperado a ser recuperado ou liquidado em
até doze meses ou mais do que doze meses, após o período de reporte,
para cada item de ativo e passivo”. Perceba que essa classificação está então
relacionada com a data de fechamento do balanço, o que implica dizer que, para
classificar o curto e longo prazo, conta-se 365 dias a partir da data de
fechamento do balanço, sendo esse método válido tanto para ativos quanto
para passivos, pois ambos os grupos de contas devem ser classificados em
circulante e não circulante, conforme determinado pelo CPC 26.
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos considerar que a Indústria
Limpex tem o seu exercício social dentro do período de 01/01/2019 e
enceramento em 31/12/2019. Dessa forma, todas as contas do ativo cuja
realização esteja prevista para até 31/12/2020 devem ser classificadas no
circulante, assim como todas as contas do passivo com previsão de vencimento
para até 31/12/2020, devem também ser classificadas no curto prazo. Contas de
ambos os grupos, que tiverem prazo superior a essa data, serão classificadas
no longo prazo.
Vamos ver o esquema gráfico do curto e longo prazo da Indústria Limpex:
Bom, com essas informações, fica fácil definir em qual grupo deve ser
classificada a operação. Vamos lá! Se a compra foi realizada em 15/10/2019 em
15 vezes com entrada, precisamos então identificar até quando vai a última
prestação. Fica fácil de visualizar se fizermos isso numa planilha e a
confrontarmos com o nosso esquema gráfico de curto e longo prazo, pois dessa
forma poderemos visualizar cada parcela dentro do seu respectivo mês de
ocorrência, facilitando a identificação do que seria circulante e não circulante:
13
Perceba que, no momento da compra, não foi dada nenhuma entrada,
portanto, como a compra foi feita para pagamento em 15 prestações com a
primeira parcela paga em novembro de 2019, isso fez com que a última parcela
fosse paga somente em 2021, levando-a a ser registrada no longo prazo, ou
seja, no passivo não circulante. Nesse contexto, temos parte da operação
contabilizada no curto prazo, e o valor referente a uma única parcela
contabilizada no longo prazo.
Desse modo, você compreende o quanto é importante se atentar ao
conceito de curto e longo prazo e o entendimento quanto a tais conceitos? O
contador deve estar sempre atento, pois qualquer detalhe pode implicar num
registro incorreto, podendo levar a empresa a ser autuada e pagar multas,
dependendo da gravidade da situação relacionada ao lançamento incorreto.
Outro aspecto a ser considerado é que a informação mal estimada ou
apresentada com distorções induz os tomadores de decisões ao erro, fazendo
com que o objetivo principal da contabilidade (fornecer informações úteis aos
tomadores de decisão) não seja atingido.
Ainda em relação ao circulante e não circulante, outro ponto deve ser
observado, o qual diz respeito ao ciclo operacional. A Lei n. 6.404/76, em seu
art. 179, Parágrafo único, diz que “na companhia em que o ciclo operacional da
empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante
ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo”. O mesmo contexto é dado
pelo CPC 26:
Figura 8 – CPC 26
Créditos: KAMONTAD999/Shutterstock.
Vamos ver então o ciclo operacional no texto dado pelo próprio CPC:
Figura 10 – CPC
15
al., 2018, p. 67). A disposição das contas do ativo também é pontuada por
Padoveze (2018, p. 65):
Iniciamos, então, buscando o que nos traz a Lei n. 6.404/76 sobre o ativo
circulante:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no
decurso normal do ciclo operacional da entidade; (CPC 26)
Para esse primeiro item, é importante que nos atentemos aos seguintes
termos: realizado, vendido ou consumido. Nesse contexto, o CPC classifica
praticamente três tipos de ativos, sendo eles alguns direitos, estoques e bens de
consumo.
Quando se fala em realizado, tem-se em mente os potenciais direitos que
a empresa possui, e que devem se realizar dentro do período estabelecido para
16
a característica de circulante. Assim, poderíamos destacar aqui os valores
referentes à conta clientes, duplicatas a receber, empréstimos a funcionários,
adiantamento a fornecedores etc. No entanto, ainda temos que considerar que
algumas aplicações financeiras também podem ser resgatadas no curto prazo,
estando essas também enquadradas no conceito de “realizado”.
O termo “vendido” nos remete aos estoques da empresa, sejam eles de
mercadorias ou de produtos fabricados. Percebam que, de um modo geral, as
empresas esperam que seus estoques sejam vendidos no menor espaço de
tempo possível, geralmente no período máximo de um ano. Quando as
empresas percebem que determinado produto não tem uma boa saída,
geralmente são feitos saldos para liquidação destes, pois não é interessante
manter no estoque produtos cujo giro sejam muito baixo. Por isso, os estoques
são sempre classificados no curto prazo.
O termo “consumido” é relacionado aos itens que a empresa consome
em suas atividades operacionais. Esses itens podem abranger várias coisas,
dentre eles, material de limpeza, material de escritório, combustíveis ou qualquer
outro bem que seja consumido nos processos operacionais.
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (CPC 26)
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (CPC
26)
17
com vencimento até o fim do próximo exercício social (aplicações, investimentos,
contas de clientes, duplicatas a receber).
(d) é caixa ou equivalente de caixa [...] a menos que sua troca ou uso para liquidação
de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do
balanço (CPC 26).
18
• Estoques: “Registra as contas referentes às mercadorias destinadas à
venda ou materiais destinados à produção, consumo ou venda” (Borinelli;
Pimentel, 2018, p. 111).
• Tributos a recuperar: tributos que a empresa paga no momento de
aquisição de bens e que podem ser recuperados quando da venda destes,
não podendo então compor os custos de aquisição desses itens, devendo
o direito de recuperação ser registrado no ato de sua aquisição em conta
do ativo como tributos a recuperar (Gelbecke et al., 2018).
• Despesas pagas antecipadamente: valores referentes a despesas que
são pagas antes do seu vencimento e, portanto, devem ser registradas no
ativo circulante da entidade.
Por fim, o CPC 26 coloca que “todos os demais ativos devem ser
classificados como não circulantes”. Dessa forma, itens que não se
classificam nas categorias apresentadas anteriormente, serão então
classificadas como ativos não circulante.
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade
(CPC 26).
19
não exigíveis não são liquidadas. Esse é o primeiro ponto que devemos
considerar.
O outro ponto nos remete novamente ao entendimento quanto ao ciclo
operacional da empresa. O CPC novamente nos traz o contexto acerca deste, o
qual é utilizado como referência para o curto prazo. Importante lembrar
novamente que o curto prazo compreende o período de doze meses após o
fechamento do balanço, sendo somente utilizado o ciclo operacional como
referência, quando este se prolongar por período superior aos doze meses.
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado (CPC 26).
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço (CPC
26).
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante
pelo menos doze meses após a data do balanço (CPC 26).
O último item trazido pelo CPC 26 coloca como condição final para
classificação de passivos no curto prazo o fato de que a entidade não pode ter
poder de postergar o prazo de liquidação do item para período superior a doze
meses após a data do balanço.
Perceba que, anteriormente, tratamos do fato de que a entidade pode
entrar em acordo com seus fornecedores e negociar novos prazos para
pagamento das obrigações. No presente item, o entendimento que se tem é que
ela não pode fazê-lo por conta própria, não pode ter o direito de definir por si
só os prazos de vencimento de obrigações, sendo esses impostos por algum tipo
de documento legal, o que possibilita a classificação em atendimento ao item.
20
As contas do passivo circulante podem ser visualizadas de forma sintética
abaixo (Borinelli, 2018):
• Fornecedores;
• Empréstimos e financiamentos de curto prazo;
• Juros a pagar;
• Salários a pagar;
• Tributos a pagar;
• Contas a pagar;
• Dividendos a pagar.
classificados como não circulantes”. Vamos então ver quais contas do ativo
e do passivo devem ser classificadas no longo prazo.
21
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas,
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas
(artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da
companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do
objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em outras
sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no
ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa;
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei
nº 11.638, de 2007)
22
5.3 Patrimônio líquido
Pelo texto dado pela lei, é percebível que as contas do patrimônio líquido
abrangem um leque maior de itens que devem tornar esse grupo mais complexo
que os outros dois. Lembrando que isso acontece pelo fato de se tratarem de
contas que representam direitos dos proprietários, e por conta disso a lei busca
23
estabelecer critérios tanto de reconhecimento quanto de mensuração para que
se possa proteger os direitos relacionados a esse grupo.
• Reserva legal;
• Reservas estatutárias;
• Reservas para contingências;
• Reservas de lucros para expansão;
• Reservas de lucros a realizar.
RESERVA LEGAL
CAPITAL
SOCIAL
RESERVAS DE RESERVAS
CAPITAL ESTATUTÁRIAS
RESERVAS
PATRIMÔNIO RESERVAS DE RESERVAS DE
LÍQUIDO LUCROS CONTINGÊNCIAS
AÇÕES EM
TESOURARIA
RESERVAS DE L.
PARA EXPANSÃO
PREJUÍZOS
ACUMULADOS
RESERVAS DE L. A
REALIZAR
25
Figura 13 – Demonstrativo consolidado
26
O balanço patrimonial da empresa natura demonstra a forma correta de
apresentação do BP, apresentado em separados os grupos de contas conforme
estudado nesta aula. No balanço, também é possível observar que os dados são
apresentados de dois em dois anos, o ano do exercício e o ano anterior. Mas
qual seria a finalidade disso? Bem, a finalidade é para que se possa fazer a
comparação de períodos diferentes.
Observe também que o balanço apresenta os dados individuais das contas
da controladora, mas em seguida observa-se os dados consolidados do grupo
como um todo, ou seja, a soma das contas individuais da controladora com as
contas do grupo como um todo. Essa apresentação, conforme já dito na parte
introdutória da aula, é obrigatória por lei para as empresas que possuem
participação em outras sociedades.
Último ponto a ser considerado é o link que o balanço apresenta com as
notas explicativas. Repare que, em várias contas, apresenta-se um número
relacionado a uma nota explicativa. Dessa forma, caso o usuário do relatório
tenha interesse em saber das práticas contábeis adotadas pela empresa para a
elaboração de suas demonstrações, poderá fazê-lo verificando nas notas
explicativas qual link está relacionado a sua conta de interesse. Entenderemos
mais sobre notas explicativas mais adiante.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
27
Sobre o balanço patrimonial, analise as asserções a seguir e a relação entre
elas:
Porque
28
b) Está correto o que se afirma em I, II, III e IV apenas
c) Está correto o que se afirma em I, III e V apenas
d) Está correto o que se afirma em II, III e IV apenas
e) Está correto o que se afirma em III, IV e V apenas
3. A indústria Limpex fez uma compra de matéria prima no dia 01/02/2019 com
pagamento para 18 vezes com entrada. Sabendo-se que o exercício social da
empresa é de 12 meses, iniciando sempre em 01 de Janeiro de cada ano,
responda em qual parte do passivo deve ser reconhecida a obrigação. Explique
por que.
4. A indústria Limpex fez uma compra de matéria prima no dia 31/12/2019 com
vencimento do total para 13 meses sem entrada. Sabendo-se que o exercício
social da empresa é de 12 meses, iniciando sempre em 01 de Janeiro de cada
ano, responda em qual parte do passivo deve ser reconhecida a obrigação.
Explique por quê.
5. A indústria Limpex fez uma compra de matéria prima no dia 25/05/2019 com
pagamento para 36 vezes com entrada. Sabendo-se que o exercício social da
empresa é de 12 meses, iniciando sempre em 01 de Janeiro de cada ano,
responda em qual parte do passivo deve ser reconhecida a obrigação. Explique
por quê.
FINALIZANDO
29
Figura 14 – Balanço patrimonial
30
REFERÊNCIAS
VISCONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade Básica. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
31
Gabarito:
1. A
2. C
3. A obrigação deve ser reconhecida integralmente no passivo circulante,
pois a última prestação será paga em julho de 2020, ou seja, ainda
estará dentro dos doze meses após a data do balanço.
4. A obrigação deve ser reconhecida integralmente no passivo não
circulante, pois a empresa negociou para pagar toda a transação numa
única parcela, sendo o vencimento desta em janeiro de 2021, o que
ultrapassa os 365 dias da data de fechamento do balanço.
5. Parte da obrigação deve ser reconhecida no curto prazo, ou seja, as
parcelas cujo vencimento se dê em até 365 dias após a data do balanço.
Por outro lado, as parcelas cujo vencimento ultrapassarem os 365 dias
da data do balanço, deverão ser classificadas no longo prazo.
32