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GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
LIMEIRA, SP
2018
NATIELI THAIS DA SILVA
Monografia apresentada às
Faculdades Integradas Einstein de
Limeira - FIEL, como exigência
parcial, para obtenção do grau de
bacharel em Enfermagem.
LIMEIRA, SP
2018
FIEL- FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
TERMO DE APROVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 08
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 28
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 30
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1 INTRODUÇÃO
da doença pela criança, sendo pela própria percepção ou através do seu próprio
consciente que faz a comunicação (D’ ASSUMPÇÃO, 1984 apud STOCCO;
BACK; BERRETA, 2005).
Quando os familiares recebem a notícia sobre a morte, muitas vezes
acabam sofrendo por se acharem culpados, por não dar a assistência que o filho
precisava, por não conseguir curar o filho, por achar que demorou a diagnosticar a
doença, ou até mesmo acabam colocando a culpa na equipe que realizou os
cuidados (WAECHTER; BLAKE, 1978 apud STOCCO; BACK; BERRETA, 2005).
O enfermeiro tem um grande papel na identificação dos sinais e sintomas, e
deve ser proativo nas providências para o alívio dos sintomas, cuidando não
somente do físico, mas também do psicológico e da espiritualidade (ACADEMIA
Nacional de Cuidados Paliativos, 2006 apud MONTEIRO; OLIVEIRA; VALL,
2010).
ser confundido com eutanásia, fato afirmado pelos que não conhecem totalmente
a filosofia dos cuidados paliativos, o que os leva a tomar decisões equivocadas e
desnecessárias frente às intervenções a serem realizadas.
O quarto princípio fala sobre a perda da autonomia, a capacidade física, o
respeito, o status social e as perdas concretas como o emprego, isso leva o
paciente à uma depressão, angústia e desesperança, que interfere na evolução da
doença, aumentando os sintomas que podem ser mais difíceis de serem
controlados. Por esses fatores a abordagem psicológica e espiritual é
fundamental, respeitando a crença e os princípios do paciente.
O quinto princípio diz como a qualidade de vida implica diretamente em
diversos aspectos do cuidado, a equipe multiprofissional tem que abordar
questões de problemas sociais, dificuldades a acesso em alguns serviços e a
medicamentos auxiliando também na solução de problemas pessoais dos
pacientes e suas famílias.
O sexto princípio fala como a presença da família, dos amigos e dos
parceiros é importante, pois são eles que conhecem os desejos, as angústias e os
medos do paciente, porém essa proximidade traz sofrimento a esse momento de
luta e angustia tem que ser acolhido pela equipe paliativa, e é a família quem
ajuda a construir o vínculo da equipe e paciente.
O sétimo princípio diz como o cuidado paliativo sugere que o paciente seja
visto em suas diversas dimensões, pois possibilita uma avaliação mais completa e
uma abordagem mais efetiva. O processo do cuidar inclui a família e se estende
até o luto, devendo também a família ser cuidada de forma holística por todos os
profissionais da equipe.
O oitavo princípio aborda como os cuidados paliativos são prestados
respeitando os anseios e as necessidades do paciente e sua família o que pode
até melhorar o curso da doença, proporcionando uma melhora na qualidade de
vida.
O nono princípio afirma que os Cuidados Paliativos devem ser iniciado
assim que se tem o diagnóstico da doença, crônica e incurável, possibilitando
ofertar cuidado ao paciente nos diversos momentos da evolução da doença.
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A família tem que ser levada em conta durante todo processo do cuidar,
pois a presença deles dá segurança à criança e assim a equipe consegue prestar
um cuidado mais efetivo. Durante esse período as reações demonstradas pela
família podem contribuir com a reação do próprio paciente (ROSS, 1996).
Quando a família sente que é reconhecida e apoiada durante a trajetória do
cuidado, permite que os vínculos se fortaleçam entendendo sua autonomia e
esperança respeitadas para seguir em frente na batalha pela vida de seu filho.
Mas quando não se sentem acolhidos, principalmente pela equipe, eles têm a
impressão de que estão sobrecarregados e solitários em sua luta pela vida do
filho. Dessa forma acabam sofrendo calados, mas quando estão diante do filho,
demonstram-se fortes, por mais que por dentro estejam em pedaços, sofrendo
com o pensamento de perdê-lo. A criança participa de forma ativa da luta em
busca do tratamento e do seu bem-estar, até o momento em que se sente
esgotada fisicamente e emocionalmente. Chega então o momento em que a
família sente que está perdendo o filho, isso acontece quando a criança com sua
coragem, expressa sua vontade de parar de lutar, o desejo de descansar e morrer
(MISKO et al, 2015).
Ao realizar contato com a criança e família, faz se necessário o uso de
algumas técnicas e ferramentas de comunicação, seja de forma verbal ou não
verbal, com o objetivo de mostrar de forma bem clara, quais serão os
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procedimentos, qual a terapêutica que vai ser utilizada e tudo o que a equipe
deseja fazer (SILVA; ARAÚJO, 2012 apud FRANCO et al, 2017).
Em momentos em que é necessário tomar decisões, o responsável
entendendo estar protegendo a criança, acaba entrando em conflito, ao perceber
que ela pode morrer, e sem saber quais os benefícios e os riscos atrelados a sua
decisão, acaba decidindo por algo que não é tão bom para a criança. Por esse
motivo a comunicação da equipe com a família tem que ser realizada de forma
clara, expondo todas as informações essenciais, de forma que não fique dúvida,
para que ao tomarem uma decisão seja a melhor possível, baseada nos valores,
interesses e crenças da criança e de seu responsável (BARBOSA; LECUSSAN;
OLIVEIRA apud CREMESP, 2008).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
família, além de geralmente ser quem faz a ligação entre a equipe multidisciplinar
e o paciente. O cuidado será prestado as crianças de várias faixas etárias, e
pudemos observa que dependendo da faixa etária, cada criança compreenderá o
processo de morte e morrer de uma forma diferente, desta forma o profissional de
saúde, aqui especificamente o enfermeiro deve estar preparado para saber qual a
melhor forma de prestar os cuidados a essa criança, sendo relevante durante todo
o processo.
Finalmente o papel do enfermeiro é de prestar uma assistência de
qualidade a partir do diagnóstico, onde na maioria das vezes será o “gestor” o
“aquele que liga”, portanto o responsável de conjuntamente paliar criança e
família, trabalhando sempre em conjunto com a equipe multidisciplinar, trançando
um plano de cuidado que deve beneficiar o paciente a viver com qualidade sua
vida até o último momento, dando dignidade ao que morre e suporte aos que
continuam a viver.
Reforçamos a necessidade de mais estudos nesta área, posto ser uma
modalidade de cuidado que vem crescendo a medida que vem sendo melhor
conhecida através de seus princípios, e os enfermeiros na sua grande maioria tem
aprendido empiricamente a presta-los.
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6 REFERÊNCIAS
ROSS, E. K; Sobre a Morte e o Morrer. 7 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.