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Grand Parc: Laudos técnicos de

especialistas de renome nacional


comprovam que erros da
empresa de cálculo estrutural
causaram o desabamento da área
de lazer
A análise estrutural considerou o comportamento da
laje colapsada no período de 0 a 1800 dias, o que
possibilitou apurar de forma precisa e irrefutável a
causa do desabamento
  20/04/2017 às 6h26 (Atualizado em 20/04/2017 às 6h32)
Apuração dos fatos
Em resposta imediata ao acidente no Condomínio Grand Parc,
ocorrido em Julho de 2016, a Incortel, como uma das empresas
participantes do empreendimento, solicitou a especialistas
independentes, reconhecidos nacionalmente no campo da engenharia,
de reputação ilibada, com ampla experiência e especialização em
sinistros, a realização de uma perícia técnica consistente e
incontestável. A análise estrutural considerou o comportamento da laje
colapsada no período de 0 a 1800 dias, o que possibilitou apurar de
forma precisa e irrefutável a causa do desabamento.

Qualificação das empresas que realizaram a perícia


CNEC - Costa Negraes Engenharia e Consultoria Ltda: tem como
responsável, o engenheiro civil Antonio Carlos Costa Negraes,
especializado em Estruturas, cálculo estrutural e investigação de
sinistro em empreendimentos de grande porte por todo o Brasil.
Professor da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Álvares
Penteado e da Universidade Mackenzie; consultor de Cálculo
Estrutural do Grupo Falcão Bauer; membro representante, consultor
honorário e colaborador de institutos internacionais nos Estados
Unidos e no Canadá; membro da AISI -American Iron and Steel
Institute, da AISC –American Institute of Steel Construction e da
Canadian Institute of Steel 
Construction.
Projest Consultoria e Projetos: empresa com mais de 50 anos no
mercado, especializada em projetos e verificação de cálculos
estruturais e considerada referência de qualidade na área de
engenharia estrutural. A Projest foi responsável por mais de 4 mil
projetos em todo o país, entre eles, importantes obras do arquiteto
Oscar Niemeyer.
Uso de Softwares Avançados 
SOFISTIK: Para maior precisão dos resultados, a Costa Negraes
Consultoria e Engenharia utilizou o Software Alemão Sofistik-AG/2016.
Por sua credibilidade e precisão amplamente comprovada, este
programa é líder no mercado europeu e usado por centenas de
empresas em todo o mundo para verificação de cálculos estruturais.
Permitindo a análise precisa das estruturas e o seu comportamento no
decorrer do tempo, o Sofistik é um dos mais avançados softwares
para cálculo e projetos de construção. A empresa produtora está entre
as principais desenvolvedoras de software para elementos finitos na
indústria da construção mundial. (www.sofistik.com).
TQS: A Projest Consultoria e Projetos utilizou o Software TQS, que
está há mais de 30 anos no mercado. Com mais de 6 mil clientes e
cerca de 11.000 instalações, o TQS é um dos principais Softwares
utilizados para cálculo estrutural, especialmente em concreto
protendido. (www.tqs.com.br). 

Critérios para análise


Os Laudos elaborados pela CNEC e a Projest seguiram rigorosamente
os procedimentos e protocolos aprovados e adotados mundialmente
nas análises estruturais, de acordo com as normas reguladoras:
Norma Brasileira, NBR 6118, e normas internacionais, Norma
Americana ACI 318 e a Norma Europeia Eurocode 2.
Conclusões dos laudos dos especialistas
Ambas as empresas, realizando trabalhos completamente
independentes e utilizando softwares distintos, chegaram à mesma
conclusão: o colapso da área de lazer do Condomínio Grand Parc foi
provocado por erros de cálculo da empresa responsável pelo projeto.
Transparência e Compromisso com a verdade
Os especialistas das empresas CNEC e Projest , responsáveis pelos
laudos, estão à disposição das autoridades competentes para
quaisquer esclarecimentos necessários. Os laudos na íntegra, assim
como o resultado da análise realizada pelo Software Sofistik, estão à
disposição, na sede da empresa. Ao tornar pública a conclusão dos
laudos, a Incortel reitera o seu compromisso com a verdade e a
apuração transparente e justa dos fatos. 
20/08/2016 20h25 - Atualizado em 21/08/2016 13h13
Relatório feito por empresa aponta
falhas na construção do Grand Parc
Documento é da MCA, responsável pelo cálculo estrutural do condomínio.
Incortel, que realizou a construção, classificou relatório como opinativo.
Manoela AlbuquerqueDo G1 ES
Um relatório preliminar feito pela MCA Tecnologias e Estruturas, empresa que realizou o
cálculo estrutural do Grand Parc, aponta que existiram erros na construção do condomínio de
luxo, onde houve um desabamento na área de lazer, na Enseada do Suá, em Vitória.

A Incortel, responsável pela construção do Grand Parc, afirma que “recebeu com perplexidade a
divulgação do relatório opinativo da MCA” e que vai tomar as medidas judiciais cabíveis.
Segundo a Incortel, somente o perito nomeado pela Justiça pode apresentar laudo técnico sobre o
assunto.

O advogado da MCA disse que o documento não foi concluído e foi divulgado sem haver
intenção da empresa. O G1 teve acesso ao relatório de vistoria técnica estrutural com 59 páginas
e 64 fotos, de agosto de 2016, neste sábado (20).

DESABAMENTO NO ES
Área de condomínio de luxo desabou

 o desabamento
 vítimas
 posicionamentos

 fotos
O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, no bairro Enseada do Suá, aconteceu por
volta de 3h do dia 19 de julho. Entre os feridos do desabamento estavam o síndico, Fernando
Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro
Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca
de 15 horas.

A empresa MCA Tecnologia e Estruturas LTDApediu, por meio da Justiça, que uma nova
perícia seja feita na construção. Esse é foi o sexto pedido de perícia no local.
No início do relatório, consta que o objetivo do estudo é “verificar se existem divergências entre
a execução da laje e o projeto estrutural” do pavimento do Grand Parc a partir de informações
coletadas do dia 2 ao dia 10 de agosto.
Ao longo do documento, elaborado pelos engenheiros Helton de Barros Coutinho, Gustavo da
Silva Nogueira e Antônio Batista de Oliveira, contratados pela MCA, são apontadas falhas
como:
- alto nível de corrosão de cabos de aço, demonstrando rompimento anterior ao desabamento;
- erros de execução no posicionamento de vergalhões e cordoalhas;
- não foram observados vergalhões e cordoalhas em ao menos uma das faces dos pilares em
diversas regiões de apoio da laje;
- ausência de proteção dos cabos em alguns trechos;
- fechamento de nichos com material inadequado;
- trincas e infiltrações nas lajes da região da piscina.

Área de lazer de prédio desaba na Enseada do Suá (Foto: Secundo Rezende/ TV Gazeta)
O advogado da MCA, Ímero Devens Júnior, disse que o relatório não foi concluído e foi
divulgado sem que houvesse intenção da empresa.
“É um estudo preliminar, obviamente será aprofundado. Não era para ter sido divulgado, vazou.
Não se pode afirmar nada, nem a favor nem contra ninguém. Demonstra muita coisa, mas não
estamos nessa fase, o relatório não foi fechado”, afirmou o advogado.
A empresa Incortel, que realizou a construção do Grand Parc, classificou como opinativo o
relatório da MCA. A empresa esclareceu que, no momento, está em tramitação uma medida
judicial para produção de novas provas e o laudo técnico só pode ser feito pelo perito nomeado
pela Justiça.
A Polícia Civil informou que o laudo pericial ainda não foi concluído e que a investigação sobre
o desabamento da área de lazer do edifício Grand Parc continua sob os cuidados da Delegacia de
Crimes Contra à Vida de Vitória. 

Ainda segundo a polícia, o delegado responsável só deverá se manifestar com a conclusão do


inquérito.

Construtora Cyrela
A construtora Cyrela, responsável pelo Grand Parc, havia informado neste sábado (20) que
preferia não se posicionar em relação ao relatório e reforçou que colabora para a apuração dos
fatos.
Entretanto, enviou uma nota à reportagem neste domingo (21). Confira o comunicado na íntegra:

"Na data de ontem (20/08) foi estranhamente noticiada a existência de um laudo elaborado de
forma privada pela empresa MCA, responsável pelo cálculo estrutural do edifício Grand Parc,
o qual além de parcial, é prematuro, na exata medida em que os peritos oficiais, a pedido da
autoridade policial, estão realizando exame detido sobre todos os elementos  necessários e
elaborarão laudo imparcial. Para tanto, a Cyrela, empresa incorporadora do edifício Grand
Parc, tem contribuído irrestritamente com a apresentação de todos os documentos necessários e
informações de seu conhecimento. Além disso, tem prestado toda a assistência às famílias dos
moradores, estando à disposição de todos para o que for necessário."
Leia a nota da Incortel na íntegra:
"A empresa recebeu com perplexidade a divulgação do relatório opinativo da MCA Tecnologia
de Estruturas, considerando que, neste momento, tramita uma medida judicial para produção
de provas, cujos trabalhos encontram-se em andamento, e que garante amplo direito de
acompanhamento das partes envolvidas e interessadas na apuração dos fatos. Somente o perito
nomeado pela justiça poderá apresentar laudo técnico sobre este assunto e somente o juiz que
conduz a questão poderá, em face de todos os relatórios apresentados, concluir a respeito do
mesmo.

Respeitar as normas vigentes no país e as autoridades competentes por aplicá-las não é uma
opção, mas, antes, um dever das empresas. Entendemos que, embora tenhamos um corpo
técnico contratado composto por profissionais de alto gabarito e renomados no país e que,
durante este período, produziu relatórios com provas irrefutáveis, divulgá-lo no todo ou em
parte, seria fazer da lei uma opção e não um dever.
Na medida em que a MCA divulga um relatório com sua opinião unilateral, feito por assistentes
técnicos contratados e pagos por ela, demonstra um desespero incondizente com a seriedade e
respeito que a questão exige. Tal atitude pode ser interpretada como tentativa de produzir
indevidamente um laudo conclusivo, que está sob responsabilidade única do perito judicial,
nomeado pelo juiz responsável. Consideramos que trata-se de afronta grave ao poder judiciário
e à qualidade técnica do perito designado pelo juiz, além de uma tentativa desastrosa de
manipular a opinião pública e veículos de comunicação, desmerecendo-os com o envio de
materiais sem qualquer respaldo legal.
A atitude leviana é desrespeitosa com todas as partes interessadas que a verdade prevaleça,
inclusive com as autoridades policiais que encontram-se em fase de investigação do acidente
ocorrido.
Diante disso, a empresa tomará todas as medidas judiciais cabíveis, nos âmbitos civil e
criminal, para garantir que os fatos possam ser apurados com o devido respeito às autoridades
competentes e às partes envolvidas. Sabedores, que somos, de estar sob e não sobre os desígnios
da lei, faremos dela uma aliada na busca à verdade."
Leia a conclusão do relatório da MCA na íntegra:
"Conforme visitas para investigação da estrutura após o desabamento, ocorridas nos dias 02 e
10 de agosto de 2016, foram identificadas diversas falhas de execução na montagem do
posicionamento das armaduras e cordoalhas, constatando-se graves erros de construção.
Observou-se a existência de cabos rompidos anteriormente ao desabamento sem que fosse
providencia da a sua manutenção através da substituição e reparo dos mesmos.
Os problemas observados, foram evidenciados no item3 - Documentação Fotográfica - e suas
consequências descritas no item 4.

Esta sequência de anomalias, patologias, erros e vícios de construção generalizados na laje do


PUC/Lazer, somados ao rompimento de cabos foram determinantes para o desabamento da
estrutura."

Grand Parc: Confira laudo


técnico de especialistas
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Publicado em 20/04/2017 às 11h19
Atualizado em 25/04/2017 às 14h18
Incortel
Laudos técnicos de especialistas de renome nacional comprovam que erros da empresa
de cálculo estrutural causaram o desabamento da área de lazer.
 

Apuração dos fatos


Em resposta imediata ao acidente no Condomínio Grand Parc, ocorrido em Julho de
2016, a Incortel, como uma das empresas participantes do empreendimento, solicitou a
especialistas independentes, reconhecidos nacionalmente no campo da engenharia, de
reputação ilibada, com ampla experiência e especialização em sinistros, a realização de
uma perícia técnica consistente e incontestável. A análise estrutural considerou o
comportamento da laje colapsada no período de 0 a 1800 dias, o que possibilitou apurar
de forma precisa e irrefutável a causa do desabamento.

Esquema padrão vs Laje do Grande Parc


Foto: Divulgação
Qualificação das empresas que realizaram a perícia
CNEC - Costa Negraes Engenharia e Consultoria Ltda: tem como responsável, o
engenheiro civil Antonio Carlos Costa Negraes, especializado em Estruturas, cálculo
estrutural e investigação de sinistro em empreendimentos de grande porte por todo o
Brasil.
Professor da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Álvares Penteado e da
Universidade Mackenzie; consultor de Cálculo Estrutural do Grupo Falcão Bauer;
membro representante, consultor honorário e colaborador de institutos internacionais
nos Estados Unidos e no Canadá; membro da AISI -American Iron and Steel Institute,
da AISC –American Institute of Steel Construction e da Canadian Institute of
Steel Construction.
Projest Consultoria e Projetos: empresa com mais de 50 anos no mercado, especializada
em projetos e verificação de cálculos estruturais e considerada referência de qualidade
na área de engenharia estrutural. A Projest foi responsável por mais de 4 mil projetos
em todo o país, entre eles, importantes obras do arquiteto Oscar Niemeyer.
 

Uso de Softwares Avançados


SOFISTIK: Para maior precisão dos resultados, a Costa Negraes Consultoria e
Engenharia utilizou o Software Alemão Sofistik-AG/2016. Por sua credibilidade e
precisão amplamente comprovada, este programa é líder no mercado europeu e usado
por centenas de empresas em todo o mundo para verificação de cálculos estruturais.
Permitindo a análise precisa das estruturas e o seu comportamento no decorrer do
tempo, o Sofistik é um dos mais avançados softwares para cálculo e projetos de
construção. A empresa produtora está entre as principais desenvolvedoras de software
para elementos finitos na indústria da construção mundial. (www.sofistik.com).

Esquema padrão vs Laje do Grande Parc


Foto: Divulgação
TQS: A Projest Consultoria e Projetos utilizou o Software TQS, que está há mais de 30
anos no mercado. Com mais de 6 mil clientes e cerca de 11.000 instalações, o TQS é um
dos principais Softwares utilizados para cálculo estrutural, especialmente em concreto
protendido. (www.tqs.com.br).
Critérios para análise
Os Laudos elaborados pela CNEC e a Projest seguiram rigorosamente os 
Os Laudos elaborados pela CNEC e a Projest seguiram rigorosamente os procedimentos
e protocolos aprovados e adotados mundialmente nas análises estruturais, de acordo
com as normas reguladoras: Norma Brasileira, NBR 6118, e normas internacionais,
Norma Americana ACI 318 e a Norma Europeia Eurocode 2.
Conclusões dos laudos dos especialistas
  

Ambas as empresas, realizando trabalhos completamente independentes e utilizando


softwares distintos, chegaram à mesma conclusão: o colapso da área de lazer do
Condomínio Grand Parc foi provocado por erros de cálculo da empresa responsável
pelo projeto.

.
Foto: .

Transparência e Compromisso com a verdade


Os especialistas das empresas CNEC e Projest , responsáveis pelos laudos, estão à
disposição das autoridades competentes para quaisquer esclarecimentos necessários. Os
laudos na íntegra, assim como o resultado da análise realizada pelo Software Sofistik,
estão à disposição, na sede da empresa. Ao tornar pública a conclusão dos laudos, a
Incortel reitera o seu compromisso com a verdade e a apuração transparente e justa dos
fatos.
Área de lazer do Grand Parc levou
1h22 para desabar, aponta laudo
Defesa Civil de Vitória teve acesso às imagens de videomonitoramento.
Desabamento aconteceu no dia 19 de julho, na Enseada do Suá, em Vitória.
Vilmara Fernandes e Katilaine ChagasDe A Gazeta

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Para assistir aos nossos vídeos, por favor, atualize-o para uma versão mais nova.
O tempo que levou entre o aparecimento dos primeiros sinais e o desabamento total da área de
lazer do Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, foi de uma hora e 22
minutos, segundo a publicação do jornal A Gazeta deste sábado (30). A reportagem teve acesso
ao laudo da Defesa Civil, que ainda não foi divulgado oficialmente.
A constatação foi possível através das imagens do circuito interno de monitoramento do
condomínio, a que a Defesa Civil de Vitória teve acesso para produzir o primeiro laudo
divulgado sobre a tragédia, ocorrida no dia 19 de julho.
A construtora Incortel disse, por nota, que a obra foi realizada com o rigor necessário, além do
uso de produtos com boa qualidade. Já a Cyrela ainda não se manifestou.
O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, aconteceu
por volta de 3h do dia 19 de julho. Entre os feridos do desabamento estava o síndico, Fernando
Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro
Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca
de 15 horas.
O documento relata que exatamente às 3h02m28s foram ao chão o salão de festas, a portaria
principal e dois pavimentos de garagem. Para o coordenador da Defesa Civil da Capital,
Jonathan Jantorno, por enquanto “essa é a única certeza”.
saiba mais
 Síndico do Grand Parc tem alta após dez dias internado no ES
 Acordo oferece moradia e carros para moradores do Grand Parc

O circuito interno de monitoramento do prédio revela que a 1h40min do dia 19 de julho começou
o vazamento de água sob a piscina. Em seguida, às 2h55min, a água começou a escorrer pelos
pilares do subsolo e, em uma das colunas, a coloração do líquido estava escura o que indica que,
possivelmente, que estava misturada à terra do jardim.
Por fim, às 3h02min28s, acontece o desabamento, começando na piscina em direção às torres 2
(Essence) e 3 (Esplend).
Jantorno disse que alguns moradores relataram, após o desabamento, que já havia rachaduras na
área da piscina. “Não é uma informação oficial, porque a perícia da Polícia Civil ainda apura os
fatos”, disse, acrescentando que a área do condomínio permanece interditada por tempo
indeterminado.
Segundo o coordenador, não há comprometimento estrutural das torres, mas alerta que a vistoria
realizada pela Defesa Civil foi visual. A recomendação é a de que a construtora contrate empresa
especializada para realizar inspeção em toda a estrutura, com equipamentos de tomografia e
ultrassom de concreto armado.
“Investigação é necessária para o retorno dos moradores após os trabalhos de reconstrução”,
explicou.
O coordenador disse ainda que a área está segura porque foi feito o escoramento e retirado o
combustível do subsolo. Quanto aos escombros, é apontado no laudo que devem ser retirados por
empresa de engenharia, com equipe treinada e sob a orientação de especialistas. Serão
necessárias licenças e autorizações dos órgãos oficiais.
A Polícia Civil, por nota, informou que o caso continua sob investigação da Delegacia de Crimes
Contra a Vida de Vitória e que está acompanhando os trabalhos realizados no local. Ainda
ressaltou que não vai se pronunciar para não atrapalhar as investigações.

Laudo aponta falha estrutural


e "erros grosseiros" no Grand
Parc
Desabamento da área de lazer no condomínio, em
Vitória, ocorreu há nove meses
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Publicado em 19/04/2017 às 20h32
Atualizado em 21/04/2017 às 03h21

Rádio CBN Vitória


Rafael Monteiro de Barros
rbarros@redegazeta.com.br
A Polícia Civil concluiu o laudo criminalístico que aponta as causas do
desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial Resort, na
Enseada do Suá, em Vitória. O desabamento ocorreu há nove meses. O
documento, ao qual a Rádio CBN Vitória teve acesso, afirma que “a estrutura foi
entregue completamente fora do padrão técnico mínimo exigível para
construções desse porte e que foi entregue um produto (construção) de
baixíssima qualidade”. O laudo também fala em erros grosseiros na construção.
A área de lazer do Grand Parc, que fica na Enseada do Suá, em Vitória, desabou
na madrugada do dia 19 de julho do ano passado e matou o porteiro do
condomínio Dejair das Neves. A perícia da Polícia Civil que a construção não
obedeceu aos padrões de engenharia necessários para uma estrutura daquele
porte.

As afirmações contidas no laudo são contundentes. Em um trecho, está dito que


“ficou evidenciado que a laje não estava seguindo a engenharia básica de um
sistema de laje protendida”. Em outro trecho, aponta-se que "como pode ser
observado, as características da estrutura construída apontam para erros
grosseiros de montagem de cabos de protensão e armaduras passivas negativas".

O laudo pericial também fala sobre a dinâmica do desabamento da área de lazer.


Baseado em imagens de uma câmera de monitoramento da garagem, o
documento afirma que o colapso total da estrutura levou cerca de uma hora e
vinte minutos para acontecer e começou próximo a três pilares, onde apareceu
uma poça de água que foi aumentando com o tempo.

Grand Parc em julho de 2016


Foto: Carlos Alberto Silva A Gazeta
Por fim, o laudo leva a crer que a tragédia poderia ter sido ainda maior. Na
conclusão do documento, afirma-se que “os usuários da área de lazer do
condomínio Grand Parc encontravam-se em permanente exposição ao perigo”.

O arquiteto Rodrigo Mattos, de 51 anos, era morador do Grand Parc. Ele diz que
agora acredita que, com as falhas apontadas, será possível fazer as adequações
necessárias para que o condomínio seja muito mais seguro. Rodrigo contou como
se sente diante das constatações da perícia de que erros na construção. “É uma
coisa que perturba qualquer um. Sem dúvida, ter certeza disso é uma coisa ruim.
Mas isso reflete o que acontece no Brasil de uma forma geral, um descaso
generalizado”, disse à CBN.

INCORPORADORA E CONSTRUTORA
A Cyrela, incorporadora do empreendimento, e a Incortel, construtora da obra,
foram procuradas para se manifestar sobre o laudo pericial da Polícia Civil. Por
meio de nota, a Cyrela informou que está colaborando integralmente para
apuração dos fatos referente ao laudo do Grand Parc e aguarda a divulgação
oficial das perícias referente ao empreendimento.

A Incortel afirma que uma análise investigativa realizada por especialistas dos
escritórios Costa Negraes Engenharia e Consultoria e Projest Consultoria e
Projetos aponta que erros no cálculo estrutural são a causa do desabamento da
área de lazer do Grand Parc.

As lajes da área de lazer do Grand Parc ficaram instáveis, segundo perícia preliminar
Foto: Divulgação Ouvinte
A nota da construtora acrescenta que o laudo pericial apresentado na averiguação
em andamento coordenada pela Polícia Civil não analisou os cálculos estruturais,
e também não obedeceu o rigor das normas brasileiras NBR 6118 nas suas
análises, o que seria condição essencial para qualquer perícia técnica. Segundo a
construtora, todas as inconsistências detectadas no referido laudo, até o
momento, já foram apresentadas à Policia Civil.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob acompanhamento da Delegacia de
Crimes Contra à Vida de Vitória e que demais detalhes serão passados com a
conclusão do inquérito.

Grand Parc: relatório aponta graves


erros de construção que teriam causado
o desabamento
Relatório preliminar da MCA Estruturas aponta que diversas falhas de
execução foram determinantes para o desabamento da área de lazer do
condomínio Grand Parc Residencial Resort
Folha Vitória
Redação Folha Vitória
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Relatório foi
desenvolvido por dois engenheiros e um especialista em sistema de propulsão
Foto: Everton Nunes
Um relatório técnico preliminar da MCA Estruturas, realizado por dois
engenheiros e um especialista em sistema de propulsão, aponta que
diversas falhas de execução na montagem do posicionamento das
armaduras e cordoalhas (cabelos de metal) foram determinantes para o
desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial
Resort, localizado na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, em
Vitória . 
O acidente aconteceu no dia 19 de julho e levou à morte o porteiro Dejair
das Neves, de 47 anos, além de ter ferido quatro pessoas - entre elas o
síndico Fernando Maques.
Uma das causas apontadas no relatório é o rompimento de cabos que
teria acontecido antes do desastre, devido à corrosão causada por
erosão. Nesse caso, segundo o relatório técnico, se alguma cordoalha
rompesse, o projetista e a construtora deveriam ser notificados
imediatamente, o que não aconteceu.

Outro motivo para o ocorrido teria sido o mau posicionamento de parte


das armaduras e das cordoalhas nas lajes. Também foi detectada a
ausência de proteção de cabos em alguns trechos, na junta de
concretagem.

A piscina do empreendimento também teria sido determinante para o


fato. Segundo o relatório, verificou-se que materiais para limpeza da
piscina, como cloro - extremamente nocivo ao concreto -, eram
armazenados de forma inadequada. Segundo imagens feitas pelos
técnicos, há nas lajes dessa região trincas e pontos de infiltração visíveis.

Em relação à ausência de vergalhões e cordoalhas em ao menos uma


das faces dos pilares de apoio da laje, o documento preliminar aponta
que “tais erros comprometeram fatalmente a estrutura das lajes nesses
trechos, reduzindo de forma drástica a capacidade de resistência da
laje”.

Nas visitas, realizadas entre os dias 2 e 10 de agosto, foram encontrados


ainda restos de materiais da época da obra e “gambiarras”, como
passagens elétricas e tubos de instalações hidráulicas. 

Na conclusão, os peritos afirmam que "toda essa sequência de


anomalias, patologias, erros e vícios de construção generalizados na laje
do PUC/Lazer, somados ao rompimento de cabos, foram determinantes
para o desabamento da estrutura". 

O outro lado
A construtora Cyrela taxou o relatório de "prematuro", tendo em vista que
o laudo da Polícia Civil ainda está em curso. 

"Na data de ontem (20/08) foi estranhamente noticiada a existência de


um laudo elaborado de forma privada pela empresa MCA, responsável
pelo cálculo estrutural do edifício Grand Parc, o qual além de parcial, é
prematuro, na exata medida em que os peritos oficiais, a pedido da
autoridade policial, estão realizando exame detido sobre todos os
elementos  necessários e elaborarão laudo imparcial. Para tanto, a
Cyrela, empresa incorporadora do edifício Grand Parc, tem contribuído
irrestritamente com a apresentação de todos os documentos necessários
e informações de seu conhecimento. Além disso, tem prestado toda a
assistência às famílias dos moradores, estando à disposição de todos
para o que for necessário", disse a construtora por meio de nota.

A Incortel, construtora sócia da Cyrela, também se manifestou e se disse


perplexa com o relatório da MCA. Confira a nota da empresa na íntegra:

"A empresa recebeu com perplexidade a divulgação do relatório


opinativo da MCA Tecnologia de Estruturas, considerando que, neste
momento, tramita uma medida judicial para produção de provas, cujos
trabalhos encontram-se em andamento, e que garante amplo direito de
acompanhamento das partes envolvidas e interessadas na apuração dos
fatos. Somente o perito nomeado pela justiça poderá apresentar laudo
técnico sobre este assunto e somente o juiz que conduz a questão
poderá, em face de todos os relatórios apresentados, concluir a respeito
do mesmo. Respeitar as normas vigentes no país e as autoridades
competentes por aplicá-las não é uma opção, mas, antes, um dever das
empresas. Entendemos que, embora tenhamos um corpo técnico
contratado composto por profissionais de alto gabarito e renomados no
país e que, durante este período, produziu relatórios com provas
irrefutáveis, divulgá-lo no todo ou em parte, seria fazer da lei uma opção
e não um dever. Na medida em que a MCA divulga um relatório com sua
opinião unilateral, feito por assistentes técnicos contratados e pagos por
ela, demonstra um desespero incondizente com a seriedade e respeito
que a questão exige. Tal atitude pode ser interpretada como tentativa de
produzir indevidamente um laudo conclusivo, que está sob
responsabilidade única do perito judicial, nomeado pelo juiz responsável.
Consideramos que trata-se de afronta grave ao poder judiciário e à
qualidade técnica do perito designado pelo juiz, além de uma tentativa
desastrosa de manipular a opinião pública e veículos de comunicação,
desmerecendo-os com o envio de materiais sem qualquer respaldo
legal. A atitude leviana é desrespeitosa com todas as partes interessadas
que a verdade prevaleça, inclusive com as autoridades policiais que
encontram-se em fase de investigação do acidente ocorrido. Diante
disso, a empresa tomará todas as medidas judiciais cabíveis, nos
âmbitos civil e criminal, para garantir que os fatos possam ser apurados
com o devido respeito às autoridades competentes e às partes
envolvidas. Sabedores, que somos, de estar sob e não sobre os
desígnios da lei, faremos dela uma aliada na busca à verdade".
A MCA não se manifestou.

Relatório feito por empresa aponta


falhas na construção do Grand Parc
Documento é da MCA, responsável pelo cálculo estrutural do condomínio.
Incortel, que realizou a construção, classificou relatório como opinativo.
Manoela AlbuquerqueDo G1 ES

FACEBOOK

Um relatório preliminar feito pela MCA Tecnologias e Estruturas, empresa que realizou o
cálculo estrutural do Grand Parc, aponta que existiram erros na construção do condomínio de
luxo, onde houve um desabamento na área de lazer, na Enseada do Suá, em Vitória.

A Incortel, responsável pela construção do Grand Parc, afirma que “recebeu com perplexidade a
divulgação do relatório opinativo da MCA” e que vai tomar as medidas judiciais cabíveis.
Segundo a Incortel, somente o perito nomeado pela Justiça pode apresentar laudo técnico sobre o
assunto.

O advogado da MCA disse que o documento não foi concluído e foi divulgado sem haver
intenção da empresa. O G1 teve acesso ao relatório de vistoria técnica estrutural com 59 páginas
e 64 fotos, de agosto de 2016, neste sábado (20).

DESABAMENTO NO ES
Área de condomínio de luxo desabou

 o desabamento
 vítimas
 posicionamentos

 fotos
O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, no bairro Enseada do Suá, aconteceu por
volta de 3h do dia 19 de julho. Entre os feridos do desabamento estavam o síndico, Fernando
Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro
Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca
de 15 horas.

A empresa MCA Tecnologia e Estruturas LTDApediu, por meio da Justiça, que uma nova
perícia seja feita na construção. Esse é foi o sexto pedido de perícia no local.
No início do relatório, consta que o objetivo do estudo é “verificar se existem divergências entre
a execução da laje e o projeto estrutural” do pavimento do Grand Parc a partir de informações
coletadas do dia 2 ao dia 10 de agosto.
Ao longo do documento, elaborado pelos engenheiros Helton de Barros Coutinho, Gustavo da
Silva Nogueira e Antônio Batista de Oliveira, contratados pela MCA, são apontadas falhas
como:
- alto nível de corrosão de cabos de aço, demonstrando rompimento anterior ao desabamento;
- erros de execução no posicionamento de vergalhões e cordoalhas;
- não foram observados vergalhões e cordoalhas em ao menos uma das faces dos pilares em
diversas regiões de apoio da laje;
- ausência de proteção dos cabos em alguns trechos;
- fechamento de nichos com material inadequado;
- trincas e infiltrações nas lajes da região da piscina.
Área de lazer de prédio desaba na Enseada do Suá (Foto: Secundo Rezende/ TV Gazeta)
O advogado da MCA, Ímero Devens Júnior, disse que o relatório não foi concluído e foi
divulgado sem que houvesse intenção da empresa.
“É um estudo preliminar, obviamente será aprofundado. Não era para ter sido divulgado, vazou.
Não se pode afirmar nada, nem a favor nem contra ninguém. Demonstra muita coisa, mas não
estamos nessa fase, o relatório não foi fechado”, afirmou o advogado.
A empresa Incortel, que realizou a construção do Grand Parc, classificou como opinativo o
relatório da MCA. A empresa esclareceu que, no momento, está em tramitação uma medida
judicial para produção de novas provas e o laudo técnico só pode ser feito pelo perito nomeado
pela Justiça.
A Polícia Civil informou que o laudo pericial ainda não foi concluído e que a investigação sobre
o desabamento da área de lazer do edifício Grand Parc continua sob os cuidados da Delegacia de
Crimes Contra à Vida de Vitória. 

Ainda segundo a polícia, o delegado responsável só deverá se manifestar com a conclusão do


inquérito.

Construtora Cyrela
A construtora Cyrela, responsável pelo Grand Parc, havia informado neste sábado (20) que
preferia não se posicionar em relação ao relatório e reforçou que colabora para a apuração dos
fatos.
Entretanto, enviou uma nota à reportagem neste domingo (21). Confira o comunicado na íntegra:

"Na data de ontem (20/08) foi estranhamente noticiada a existência de um laudo elaborado de
forma privada pela empresa MCA, responsável pelo cálculo estrutural do edifício Grand Parc,
o qual além de parcial, é prematuro, na exata medida em que os peritos oficiais, a pedido da
autoridade policial, estão realizando exame detido sobre todos os elementos  necessários e
elaborarão laudo imparcial. Para tanto, a Cyrela, empresa incorporadora do edifício Grand
Parc, tem contribuído irrestritamente com a apresentação de todos os documentos necessários e
informações de seu conhecimento. Além disso, tem prestado toda a assistência às famílias dos
moradores, estando à disposição de todos para o que for necessário."
Leia a nota da Incortel na íntegra:
"A empresa recebeu com perplexidade a divulgação do relatório opinativo da MCA Tecnologia
de Estruturas, considerando que, neste momento, tramita uma medida judicial para produção
de provas, cujos trabalhos encontram-se em andamento, e que garante amplo direito de
acompanhamento das partes envolvidas e interessadas na apuração dos fatos. Somente o perito
nomeado pela justiça poderá apresentar laudo técnico sobre este assunto e somente o juiz que
conduz a questão poderá, em face de todos os relatórios apresentados, concluir a respeito do
mesmo.

Respeitar as normas vigentes no país e as autoridades competentes por aplicá-las não é uma
opção, mas, antes, um dever das empresas. Entendemos que, embora tenhamos um corpo
técnico contratado composto por profissionais de alto gabarito e renomados no país e que,
durante este período, produziu relatórios com provas irrefutáveis, divulgá-lo no todo ou em
parte, seria fazer da lei uma opção e não um dever.
Na medida em que a MCA divulga um relatório com sua opinião unilateral, feito por assistentes
técnicos contratados e pagos por ela, demonstra um desespero incondizente com a seriedade e
respeito que a questão exige. Tal atitude pode ser interpretada como tentativa de produzir
indevidamente um laudo conclusivo, que está sob responsabilidade única do perito judicial,
nomeado pelo juiz responsável. Consideramos que trata-se de afronta grave ao poder judiciário
e à qualidade técnica do perito designado pelo juiz, além de uma tentativa desastrosa de
manipular a opinião pública e veículos de comunicação, desmerecendo-os com o envio de
materiais sem qualquer respaldo legal.
A atitude leviana é desrespeitosa com todas as partes interessadas que a verdade prevaleça,
inclusive com as autoridades policiais que encontram-se em fase de investigação do acidente
ocorrido.
Diante disso, a empresa tomará todas as medidas judiciais cabíveis, nos âmbitos civil e
criminal, para garantir que os fatos possam ser apurados com o devido respeito às autoridades
competentes e às partes envolvidas. Sabedores, que somos, de estar sob e não sobre os desígnios
da lei, faremos dela uma aliada na busca à verdade."
Leia a conclusão do relatório da MCA na íntegra:
"Conforme visitas para investigação da estrutura após o desabamento, ocorridas nos dias 02 e
10 de agosto de 2016, foram identificadas diversas falhas de execução na montagem do
posicionamento das armaduras e cordoalhas, constatando-se graves erros de construção.
Observou-se a existência de cabos rompidos anteriormente ao desabamento sem que fosse
providencia da a sua manutenção através da substituição e reparo dos mesmos.
Os problemas observados, foram evidenciados no item3 - Documentação Fotográfica - e suas
consequências descritas no item 4.

Esta sequência de anomalias, patologias, erros e vícios de construção generalizados na laje do


PUC/Lazer, somados ao rompimento de cabos foram determinantes para o desabamento da
estrutura."

Laudo Da Defesa Civil De Vitória Sobre


Desabamento Em Condomínio Deve
Ficar Pronto Em Uma Semana
O laudo da Defesa Civil de Vitória, apontando as prováveis causas do desabamento da
área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, deve
ficar pronto em uma semana. A informação é do coordenador municipal da Defesa Civil,
Jonathan Jantorno Rocha. 
O coordenador, no entanto, explicou que esse relatório é diferente da perícia técnica feita
pelo Corpo de Bombeiros, que ficará pronto em até 90 dias e deverá apontar as reais
causas do desastre.
Segundo Rocha, pelas análises feitas pela Defesa Civil municipal ao longo do dia, tudo
indica que a origem do desabamento tenha sido a piscina do condomínio. Moradores
chegaram a relatar uma infiltração no local, em 2013. A investigação criminal do caso está
sendo conduzida pela Polícia Civil.
"A vistoria da Defesa Civil vai se concluída por meio de um auto de interdição e um laudo
de vistoria. Esse laudo aponta alguns indícios que levaram ao colapso dessa estrutura.
Numa análise primária, feita ao longo do dia, tudo aponta que iniciou-se num desabamento
da estrutura da piscina, que entrou em colapso", ressaltou.
De acordo com o coordenador, a equipe de vistoria técnica da Defesa Civil esteve no
edifício, no dia 1º de junho deste ano. O objetivo foi verificar as condições de salubridade,
estabilidade e segurança das esquadrias da área externa do prédio, fundos com a rua
Taciano Abaurre. Segundo a Defesa Civil, foi orientado ao condomínio que acionasse a
construtora responsável pela edificação para uma avaliação minuciosa e reparos.
"A Defesa Civil foi acionada pelo condomínio para realizar uma vistoria, independente
dessa área que veio a colapso. Foi uma vistoria das esquadrias de uma porta na parte
externa do condomínio. Tanto que a área que foi vistoriada permaneceu intacta, não teve
relação com o desastre de hoje", salientou.
Segundo Jonathan Jantorno Rocha, a princípio não há risco de desabamento nas três
torres do condomínio e nas edificações vizinhas. "Estamos no local desde às 3h30 e, a
partir das 8 horas, chegou ao local uma equipe de engenheiros do Crea, Defesa Civil e
Copev. Foi feita uma análise primária, que constatou que não há risco iminente do
desabamento das edificações. Tanto que foi liberado para os moradores subirem, de dois
em dois, para retirar seus pertences, o que aconteceu durante a tarde".
Após a permissão para que os moradores pudessem retirar seus pertences, as três torres
do edifício voltaram a ser interditadas. Ao todo, 166 apartamentos foram evacuados e a
área do condomínio foi isolada. No entanto, os moradores poderão retornar ao imóvel
durante a manhã desta quarta-feira (20).
"Amanhã [quarta-feira] pela manhã está prevista uma nova ação, onde o Corpo de
Bombeiros, junto com a Defesa Civil, vai autorizar os moradores a retirar os outros
pertences. Depois disso, por volta das 12 horas, a área vai ser totalmente isolada e
passada para responsabilidade da construtora. A partir daí, o condomínio e construtora,
como proprietários do bem particular, vão tomar suas ações", explicou.
O coordenador municipal da Defesa Civil de Vitória disse ainda que o órgão teve contato
com um representante da construtora, que afirmou que a empresa vai iniciar, também
nesta quinta-feira, um trabalho de investigação e perícia no local do desabamento

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