Ficha de Exercícios no 6 (favor reportar erros a ajokae…@gmail.

com)

1. Propriedades (4) do teorema 2: Mostre que

( )v = ( v) = ( v)

0 = (0) v
= ( + ( )) v 2 K (corpo)
= ( )v + ( )v B1 de EV
= ( v) + ( ) v def. mult. esc.
=) ( ) v = ( v) A4 de EV

0 = (0)
= (v + ( v)) A4 de EV
= ( v) + ( v) B1 de EV
=) ( v) = ( v) A4 de EV

2. Propriedades (5) do teorema 2: Mostre que

(u v) = u v

(u v) = u + ( v) exerc. anter. (1v) = (1) ( v)

= u + ( ( v)) exerc. anter. ( v) = ( v)
= u v

3. Propriedades (6) do teorema 2: Mostre que

( )v = v v

( )v = ( + ( )) v 2 K (corpo)
= v + ( )v exerc. anter. ( )v = ( v)
= v v

4. Mostre que Rn [x] , o espaço de todos os polinómios de grau igual ou

inferior a n, é um espaço vectorial real com a operação usual de adição de
polinómios e com a multiplicação usual de um polinómio por um número
real.

P (x) 2 Rn [x] ^ Q (x) 2 Rn [x] ! P (x) + Q (x) 2 Rn [x]

(P (x) + Q (x)) + M (x) = P (x) + (Q (x) + M (x))

1
 P (x) + Q (x) = Q (x) + P (x)
90 (x) 2 Rn [x] : P (x) + 0 (x) = P (x)
(8P (x) 2 Rn [x]) (9 ( P (x)) 2 Rn [x]) : P (x) + ( P (x)) = 0 (x)
2 R ^ P (x) 2 Rn [x] ! P (x) 2 Rn [x]
(Q (x) + P (x)) = Q (x) + P (x)
( + ) P (x) = P (x) + P (x)
( ) P (x) = ( P (x))
1P (x) = P (x)
5. Veri…que se hR+ ; +; ; Ri com as operações indicadas é um espaço vectorial:
u+v = uv
v = v
u 2 R+ ^ v 2 R+ ! v + u = vu 2 R+
(u + v) + w = uvw = u + (v + w)
u + v = uv = vu = v + u
91 2 R+ : u + 1 = u1 = u
1 1 1
8u 2 R+ 9 2 R+ : u + =u =1
u u u
2 R ^ u 2 R+ ! u = u 2 R+
(u + v) = (uv) = (uv) = u v = u + v = u + v
( + ) u = u( + )
=u u =u +u = u+ u
( )u = u = u = k ( u)
1
1u = u = u
+
R ; +; ; R é EV

6. Veri…que se R2 ; R com as operações indicadas é um espaço vectorial:

u+v = (u2 + v2 ; u1 + v1 )
v = ( v1 ; v2 )
u 2 R2 ^ v 2 R2 ! u + v = (u2 + v2 ; u1 + v1 ) 2 R2

(u + v) + w = (u2 + v2 ; u1 + v1 ) + w
= ((u1 + v1 ) + w2 ; (u2 + v2 ) + w1 )
6 = (u2 + (v1 + w1 ) ; u1 + (v2 + w2 ))
= u + (v2 + w2 ; v1 + w1 )
= u + (v + w)
+não é associativa, logo R2 ; +; ; R não pode ser EV

2
7. Veri…que se R2 ; +; ; | com as operações indicadas é um espaço vectorial,
onde | é um corpo qualquer:
u+v = (u1 + v1 ; u2 + v2 )
v = ( v1 ; 0)
u 2 R2 ^ v 2 R2 ! u + v = (u1 + v1 ; u2 + v2 ) 2 R2

(u + v) + w = (u1 + v1 ; u2 + v2 ) + w
= ((u1 + v1 ) + w1 ; (u2 + v2 ) + w2 )
= (u1 + (v1 + w1 ) ; u2 + (v2 + w2 )) pois | é corpo
= u + (v + w)
u+v =v+u
90 = (0; 0) 2 R2 : u + 0 = u
8u = (u1 ; u2 ) 2 R2 9 ( u = ( u1 ; u2 )) 2 R2 : u + ( u) = 0
2 R ^ u = (u1 ; u2 ) 2 R2 ! u == ( u1 ; 0) 2 R2

(u + v) = (u1 + v1 ; u2 + v2 )
= ( (u1 + v1 ) ; 0)
= ( u1 ; 0) + ( v1 ; 0)
= u+ v

( + )u = (( + ) u1 ; 0)
= ( u1 + u1 ; 0)
u+ u
( )u = ( u)
1u = (u1 ; 0) 6= (u1 ; u2 ) = u
logo R2 ; +; ; | não pode ser EV

8. Veri…que se R2 ; +; ; R com as operações indicadas é um espaço vectorial:

u+v = (u1 v1 ; u2 v2 )
v = ( v1 ; v2 )
u 2 R2 ^ v 2 R2 ! u + v = (u1 + v1 ; u2 + v2 ) 2 R2

(u + v) + w = (u1 v1 ; u2 v2 ) + w
= ((u1 v1 ) w1 ; (u2 v2 ) w2 )
6 = (u1 (v1 w1 ) ; u2 (v2 w2 ))
= u + (v + w)
+não é associativa, logo R2 ; +; ; R não pode ser EV

3
 9. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos
vectores dados: R2 , (3; 1) combinação linear de (1; 2) ; ( 3; 1)
6
1 3 3 1 0 7
! 5
2 1 1 0 1 7

SIM - O sistema da CL é possível e determinado (2 pivots, duas colunas)

10. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos

vectores dados: R2 , ( 2; 1) combinação linear de (2; 1) ; ( 1; 1) ; (1; 2)
1
2 1 1 2 1 0 1 3
! 4
1 1 2 1 0 1 1 3

SIM - O sistema da CL é possível e indeterminado (2 pivots, três colunas),

existem uma in…nidade de combinações linears dos vectores (2; 1) ; ( 1; 1) ; (1; 2)
que resultam no vector ( 2; 1)
11. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos
vectores dados: R3 , (1; 1; 3) combinação linear de (1; 1; 1) ; (0; 1; 1) ; (1; 2; 2)
2 3 2 3
1 0 1 1 1 0 0 0
4 1 1 2 1 5 !4 0 1 0 1 5
1 1 2 3 0 0 1 1

SIM - O sistema da CL é possível e determinado (3 pivots, três colunas)

12. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos
vectores dados: R [x], 3+x+2x2 combinação linear de 1+x; 1+x+x2 ; x+x2
2 3
1 1 1 3 1 0 0 1
4 1 1 0 1 5 ! 0 1 0 0
0 1 1 2 0 0 1 2

SIM - O sistema da CL é possível e determinado (3 pivots, três colunas)

13. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos

vectores dados: R [x], 1 + x2 3x4 combinação linear de 1 + 2x; 1 x +
2x; 1 + x + x3
2 3 2 3
1 1 1 1 1 0 0 0
6 2 1 1 0 7 6 0 1 0 0 7
6 7 6 7
6 0 2 0 1 7 !6 0 0 1 0 7
6 7 6 7
4 0 0 1 0 5 4 0 0 0 1 5
0 0 0 1 0 0 0 0

NÃO - O sistema da CL é impossível (matriz aumentada tem 4 pivots,

matriz coe…ciente tem 3 pivots)

4
14. Veri…que se os vectores considerados são ou não combinações lineares dos
vectores dados: R [x], 1 + x2 3x4 combinação linear de 1 + 2x; 1 x +
2x; 1 + x + x3 ; 1 x4
2 3 2 3
1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
6 2 1 1 0 0 7 6 0 1 0 0 0 7
6 7 6 7
6 0 2 0 0 1 7 !6 0 0 1 0 0 7
6 7 6 7
4 0 0 1 0 0 5 4 0 0 0 1 0 5
0 0 0 1 1 0 0 0 0 1

NÃO - O sistema da CL é impossível (matriz aumentada tem 5 pivots,

matriz coe…ciente tem 4 pivots)
15. Determine valor lógico da proposição e justi…que

R2 = h(1; 2) ; (21; 1)i

1 21 a 1 21 a
!
2 1 b 0 41 b 2a
Verdadeiro pois qualquer vector (a; b) resulta de uma (única) CL
16. Determine valor lógico da proposição e justi…que

R2 = h(1; 2) ; (2; 1) ; (1; 1)i

1 2 1 a 1 2 1 a
!
2 1 1 b 0 3 1 b 2a
Verdadeiro pois qualquer vector (a; b) 2 R2 resulta de uma (in…nitas) CL
17. Determine valor lógico da proposição e justi…que

R3 = h(1; 2; 1) ; (2; 1; 1) ; (2; 2; 1)i

2 3 2 3
1 2 2 a 1 2 2 a
4 2 1 2 b 5 !4 0 3 2 b 2a 5
1 1 1
1 1 1 c 0 0 3 3 a + 3 b + c
Verdadeiro pois qualquer vector (a; b; c) 2 R3 resulta de uma (única) CL
18. Determine valor lógico da proposição e justi…que

R3 [x] = 1 + x; 1 x; 1 + x2 ; x + x2 x3
2 3 2 1
3
1 1 1 0 a 1 0 0 0 2a + 12 b 12 c
6 1 1 0 1 b 7 6 0 1 0 0 1 1 1
d 7
6 7 !6 2a 2b 2c 7
4 0 0 1 1 c 5 4 0 0 1 0 c+d 5
0 0 0 1 d 0 0 0 1 d
Verdadeiro pois qualquer vector a + bx + cx2 + dx3 2 R3 [x] resulta de uma
(única) CL

5
19. Determine valor lógico da proposição e justi…que

R2 [x] = h1 + x; 1 + 2x; 1 + 3xi

2 3 2 3
1 1 1 a 1 1 1 a
4 1 2 3 b 5 !4 0 1 2 b a 5
0 0 0 c 0 0 0 c
Falso pois qualquer vector a + bx + cx2 2 R2 [x] não resulta de uma CL
(sistema impossível quando c 6= 0)
20. Determine valor de parâmetro que torna verdadeira a a…rmação:

R3 = h(1; 1; ) ; (1; 2; 1) ; (2; 1; 1)i

2 3 2 3
1 1 2 a 1 1 2 a
4 1 2 1 b 5 !4 0 3 3 a+b 5
1 1 c 0 0 c 31 b 13 a 23 a + 13 b
Verdadeiro se 6= 0
21. Determine valor de parâmetro que torna verdadeira a a…rmação:

R3 = h(1; 1; ) ; ( ; 1; 1) ; ( 1; 1; )i
2 3 2 3
1 1 a 1 1 a
4 1 1 1 b 5 !4 0 1 2 b a 5
1 c 0 0 2 a b+c b
Verdadeiro se 6= 1
22. Veri…que que f(1; 0) ; (0; 1)g gera o espaço vectorial complexo C2 , mas não
gera o espaço vectorial real C2

1 0 z
0 1 w

Verdadeiro pois qualquer vector (z; w) 2 C2 resulta de uma (única) CL,

com coe…cientes no corpo C ; mas sobre o corpo R a equação da CL onde
z = a + ib e w = c + id :

(1; 0) + (0; 1) = (a + ib; c + id)

1 0 a b
= +i
0 1 b d
em forma de matrizes-bloco:
2 32 3 2 3
1 0 0 0 a
6 0 1 0 0 7 6 7 6 c 7
6 76 7=6 7
4 0 0 0 0 54 5 4 ib 5
0 0 0 0 id

6
 a matriz aumentada:
2 3 2 3
1 0 0 0 a 1 0 0 0 a
6 0 1 0 0 c 7 6 0 1 0 0 c 7
6 7 !6 7
4 0 0 0 0 ib 5 4 0 0 0 0 ib 5
0 0 0 0 id 0 0 0 0 0

O sistema da CL é impossível logo f(1; 0) ; (0; 1)g não gera o espaço vec-
torial real C2
23. Veri…que que f(1; 0) ; (i; 0) ; (0; 1) ; (0; i)g gera o espaço vectorial real C2
(espaço vectorial sobre o corpo real)

(1; 0) + (i; 0) + (0; 1) + (0; i) = (a + ib; c + id)

1 0 i 0 a b
+ = +i
0 1 0 i b d
em forma de matrizes-bloco:
2 32 3 32
1 0 0 0 a
6 0 1 0 0 76 7 6 c 7
6 76 7=6 7
4 0 0 i 0 54 5 4 ib 5
0 0 0 i id

a matriz aumentada: 2 3
1 0 0 0 a
6 0 1 0 0 c 7
6 7
4 0 0 i 0 ib 5
0 0 0 i id
O sistema da CL é possível e determinado, logo f(1; 0) ; (i; 0) ; (0; 1) ; (0; i)g
gera o espaço vectorial real C2
24. Num espaço vectorial real V de…nem-se as operações no conjunto V 0 =
f(v1 ; v2 ) : v1 ; v2 2 V g da seguinte forma

v+u = (v1 + u1 ; u2 + v2 )
v = (av1 bv2 ; av2 + bv1 )

onde = a + bi 2 C e a; b 2 R; i2 = 1 . Veri…que se V 0 com estas

operações é um espaço vectorial complexo.

u 2 V 0 ^v 2 V 0 ! u+v = (v1 + u1 ; u2 + v2 ) 2 V 0 pois v1 +u1 2 V; u2 +v2 2 V

(u + v) + w = (u1 + v1 ; u2 + v2 ) + w
= ((u1 + v1 ) + w1 ; (u2 + v2 ) + w2 )
= (u1 + (v1 + w1 ) ; u2 + (v2 + w2 )) pois V é um EV real
= u + (v + w)

7
 u+v =v+u
90 = (0; 0) 2 V 0 : u + 0 = u
(8u = (u1 ; u2 ) 2 V 0 ) (9 ( u = ( u1 ; u2 )) 2 V 0 ) : u + ( u) = 0
= a + bi 2 C ^ v = (v1 ; v2 ) 2 V 0 ! v = (av1 bv2 ; av2 + bv1 ) 2 V 0

(u + v) = (u1 + v1 ; u2 + v2 )
= (a (u1 + v1 ) b (u2 + v2 ) ; a (u2 + v2 ) + b (u1 + v1 ))
= (au1 bu2 + av1 bv2 ; au2 + bu1 + av2 + bv1 )
= (au1 bu2 ; au2 + bu1 ) + (av1 bv2 ; av2 + bv1 )
= u+ v

( + )v = ((a + c) v1 (b + d) v2 ; (a + c) v2 + (b + d) v1 )
= (av1 + cv1 bv2 dv2 ; av2 + cv2 + bv1 + dv1 )
= (av1 bv2 + cv1 dv2 ; av2 + bv1 + cv2 + dv1 )
= (av1 bv2 ; av2 + bv1 ) + (cv1 dv2 ; cv2 + dv1 )
= v+ v

( )v = ((a + ib) (c + id)) v

= (ac bd; ad + bc) v
= ((ac bd) v1 (ad + bc) v2 ; (ac bd) v2 + (ad + bc) v1 )
= (acv1 bdv1 adv2 bcv2 ; acv2 bdv2 + adv1 + bcv1 )
= (acv1 adv2 bdv1 bcv2 ; acv2 + adv1 bdv2 + bcv1 )
= (a (cv1 dv2 ) b (cv2 + dv1 ) ; a (cv2 + dv1 ) + b (cv1 dv2 ))
= (cv1 dv2 ; cv2 + dv1 )
= ( (v1 ; v2 ))
= ( v)

1v = (v1 0v2 ; 1v2 + 0v1 ) = (v1 ; v2 ) = v

FIM