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TESE FINAL DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO,

ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA PEDAGÓGICA

FINAL THESIS MASTER’S DEGREE IN EDUCANAL SCIENCES


ESPECIALDADE: PEDAGOGICAL PSYCHOLOGY

AUTOR: João Nhito Chocolate

Nº do Estudante: UAD22724HP530988

TÍTULO: O PAPEL DA INSPECÇÃO DA EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM EM ANGOLA: UMA REFLEXÃO ACERCA DA SUA ACTUAÇÃO
PARTICULAR NA PROVÍNCIA DE CABINDA.

LUNDA SUL, DEZEMBRO 2013/ MARÇO 2014


TESE FINAL DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO,
ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA PEDAGÓGICA

FINAL THESIS MASTER’S DEGREE IN EDUCANAL SCIENCES


ESPECIALDADE: PEDAGOGICAL PSYCHOLOGY

AUTOR: João Nhito Chocolate

Nº do Estudante: UAD22724HP530988

TUTORA: Renata M. da Silva

ADVISORA: Linda Collazo

TÍTULO: O PAPEL DA INSPECÇÃO DA EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM EM ANGOLA: UMA REFLEXÃO ACERCA DA SUA ACTUAÇÃO
PARTICULAR NA PROVÍNCIA DE CABINDA.

LUNDA SUL, DEZEMBRO 2013/ MARÇO 2014

PENSAMENTO
Sem investigações pacientes, sem métodos descritivos aprimorados, nunca
granjearemos determinar o que, no domínio de qualquer área do saber, da nossa
língua ou de uma área dela, é de emprego obrigatório, o que é facultativo, o que é
tolerável, o que é grosseiro, o que é concebível ou, em termos radicais, o que é e o que
não é correcto.

Celso Cunha

DEDICATÓRIA
Dedico esta Dissertação Final do Mestrado em Ciências da Educação na Especialidade de
Psicologia Pedagógica a todos meus filhos e aos meus netinhos que, bem sei quantas
vezes não pude prestar-lhes a atenção necessária e talvez achassem mau, não foi um erro
por minha parte mas sim, foi somente uma etapa de vida do vosso pai. “Entendo”.

Reconheço que, não pude dar no máximo todo afecto que mereciam; mas sinto-me feliz
porque muitos de vós mesmo ainda pequenos já entendem o meu corre e corre.

A minha esposa Margarida Manuel Pita Correia Cabral, sei que não pude fazer-lhe feliz
durante este período devido a distância que nos separa de uma província para outra por
um lado, muito embora reconheço que as vezes deslocavas de Cabinda para a Lunda-Sul
mas, que, mesmo assim não consegui te completar como devia; admirei a sua
compreensão e dedicação nos momentos mais difíceis da vida estudantil.

Aos meus colegas que directos e indirectamente prestaram-me um apoio moral


incondicional.

A minha família toda com muito amor e carinho.

AGRADECIMENTOS
A Deus todo-poderoso que deu-me a vida preciosa que gozei e gozo até neste momento
em que estou redigir esta Dissertação.

A minha família pelo apoio moral que sempre prestaram-me para conseguir concretizar
este sonho.

A Amanda, a Maria e outros funcionários da AIU, ao Serviço de Estudantes da AIU,


assim como os do Departamento de Finanças que carinhosamente encorajaram-me a
empenhar no desenvolvimento do aprendizado ao longo da minha formação.

A minha orientadora (tutora), Renata M. Silva, grande orientadora, excelente metodóloga


e paciente amiga, suportou a minha crise e indefinição e apostou em mim, desde o
processo de selecção até Dissertação.

ii

ÍNDICE DE TABELAS
1- TABELA Nº 1- Nível académico dos Inspectores

2- TABELA Nº 2- Durante a sua formação quê curso ou especialidade fez?

3- TABELA Nº 3- Quantos anos é inspector?

4- TABELA Nº 4- Antes de ser inspector deu aulas?

5- TABELA Nº 5- Para ser Inspector é necessário:

6- TABELA Nº 6- Em quê níveis deu aulas?

7- TABELA Nº 7- Quê critério se considera para fazer parte de uma inspecção?

8- TABELA Nº 8- Em quê elementos recaem mais a inspecção?

9- TABELA Nº 9- Em quê níveis inspeccionas?

10- TABELA Nº 10- Em termos de aulas quê disciplinas inspeccionas?

11- TABELA Nº 11- Após a inspecção quê procedimentos atendes?

12- TABELA Nº 12- Quê finalidades tem a sua actividade Inspectiva?

13- TABELA Nº 13- Como consideras a actividade de inspecção realizada pelos seus
colegas?

14- TABELA Nº 14- Se pudesses mudar alguma coisa na inspecção quê farias?

15- TABELA Nº 15- Qual é o nível académico que possuem os professores?

16- TABELA Nº 16- Durante a sua formação quê curso ou especialidade fez?

17- TABELA Nº 17- A quanto tempo é professor?

18- TABELA Nº 18- Quê ciclo dá aulas?

19- TABELA Nº 19- Já foi inspeccionado alguma vez?

20- TABELA Nº 20- Recebeu algum aviso prévio desta visita?

21- TABELA Nº 21- Após a actividade da inspecção quê procedimentos se deviam


atender?

iii

22- TABELA Nº 22- Acha que a inspecção cumpre com todos os requisitos necessários
para uma óptima inspecção?
23- TABELA Nº 23- Quê critérios se deveriam considerar fundamentais para se integrar
uma inspecção?

24- TABELA Nº 24- Em quê elementos recaem mais as inspecções realizadas?

25- TABELA Nº 25- Após a inspecção quê procedimentos se deveriam atender?

26- TABELA Nº 26- Quê finalidades deveriam ter a actividade Inspectiva?

27- TABELA Nº 27- Como consideras a actividade da inspecção realizada na sua escola?

28- TABELA Nº 28- Se pudesse mudar alguma coisa na inspecção o que sugerias?

iv

RESUMO
É do nosso conhecimento e costume de todos que, em cada termino de um nível
académico do ensino superior os estudantes apresentarem um trabalho que simboliza este
nível e que deve ser apresentado ao público como cultura das Universidades em todo o
Universo, e que, a AIU também não foz a regra. Este trabalho do fim do Mestrado, teve
como centro de actividade reflectir sobre a actividade Inspectiva que se desenvolve na
Província de Cabinda e centrou-se nos seguintes objectivos: analisar de forma genérica
como se realiza o processo da inspecção escolar no ensino não universitário na província
de Cabinda; identificar quais as dificuldades tidas para a realização do trabalho inspectivo
nas escolas principalmente as que se encontram fora da cidade de Cabinda; contribuir
para o melhoramento da actividade inspectiva no ensino não universitário na província de
Cabinda. A minha pesquisa baseou-se no seguinte problema: como contribuir para
melhorar a actividade da inspecção escolar no processo de ensino-aprendizagem? Entre
os métodos de investigação utilizados temos a destacar a entrevista e o questionário que
possibilitaram testar as hipóteses sugeridas tendo concluído que os nossos inspectores
escolares possuem uma formação específica para o exercício da actividade inspectiva,
estando eles dotados de conhecimentos psico-pedagógicos e possuem ainda um perfil
aceitável para as realizações desta grande função inspectiva.

Palavras-chave: Inspecção escolar; Educação e Gestão.

v
ABSTRACT
It is our understanding and practice of all that, in each end of an academic tertiary level
students submit work that symbolizes this level and should be presented to the public as a
culture of universities throughout the universe, and that the AIU Nor mouth of the rule.
This work by the end of the Masters, had as a center of activity reflect on the inspection
activity that develops in Cabinda Province and focused on the following objectives: to
analyze a generic way as does the process of school inspection in non-university education
in the province Cabinda; identify the difficulties taken to perform the inspective work in
schools especially those who are outside of the city of Cabinda, to contribute to the
improvement of inspection activity in non-university education in the province of Cabinda.
My research was based on the following problem: how to contribute to improve the
activity of school inspection in the teaching-learning process? Among the research
methods we used to highlight the interview and questionnaire that allowed test the
hypotheses suggested concluded that our school inspectors have specific training for the
exercise of inspection activity, when they were provided with psycho-pedagogical
knowledge and yet have a profile acceptable to the great achievements of this inspection
function.

Keywords: School Inspectorate, Education and Management.

vi
SUMÁRIO

Dedicatória……………………………………………………………………………… i

Agradecimentos…………………………………………………………………………ii

Resumo…………………………………………………………………………………iii

Abstract………………………………………………………………………………...iv

Introdução……………………………………………………………………………… 1

Variáveis…………………………………………………………………………………3

Dependentes.……………………………………………………………………………..3

Independentes.…………………………………………………………………………...3

Objectivos gerais…………………………………………………………………………3

Objectivos específicos……………………………………………………………………3

Justificativo………………………………………………………………………………4

Objecto de estudo………………………………………………………………………..4

Descrição………………………………………………………………………………...4

Análise geral e discussão……………………………………………………………….. 4

CAPÍTULO- I Fundamentação Teórica………………………………………………6

1.1- Definição de Conceitos……………………………………………………………..6

1.2- Breve Historial da origem da Inspecção Escolar…………………………………...9

1.2.1- Entendimento da inspecção educativa……………………………………………9

1.3- Modelos da inspecção da educação………………………………………………..10

1.3.1- Modelo Autocrático ou tradicional - A ênfase na função de vigilância………….10

1.3.2- Modelo Laissez-faire - A ênfase na função de orientação ou aconselhamento…..10


1.3.3- Modelo Democrático ou de supervisão – A relevância da função de análise

e melhoramento de sistemas…………………………………………………………….11

1.4- Função da Inspecção nos sistemas educativos……………………………………..12

1.4.1- Função central da Inspecção educativa…………………………………………..13

1.4.2- A função de auditorias……………………………………………………………14

1.4.3- A função de supervisão …………………………………………………………..16

1.4.4- A função de fiscalização e suas modalidades………………………………….....18

1.4.5- A função de avaliação…………………………………………………………….19

1.4.6- A função de acessoriamente…………………………………………………........20

1.4.7- Função de mediador………………………………………………………………21

1.4.8- Características essenciais da acção inspectiva na actualidade……………………22

1.5- Evolução da inspecção escolar antes e depois da independência……………….......24

1.5.1- Antes da Independência…………………………………………………………...24

1.5.2- Depois da Independência………………………………………………………….26

1.5.3- Encontros nacionais e acções formativas………………………………………... 27

1.5.3.1- Encontros Nacionais……………………………………………………………27

1.5.3.2- Acções formativas……………………………………………………………....30

1.5.3.3- Regime jurídica…………………………………………………………………31

1.6- Função da Inspecção escolar em Angola…………………………………………..32

1.6.1- Objectivos da inspecção da educação……………………………………….......32

1.6.2- Tarefas da inspecção da educação nos diversos níveis de ensino não

universitário…………………………………………………………………………….32

1.6.3- Áreas de actuação da inspecção…………………………………………………33


1.6.3.1- Área pedagógica….………………………………………………………........33

1.6.3.2- Área organizativa, administrativa e financeira………………………………..34

1.6.3.3- Área legal……………………………………………………………………...34

1.6.3.4- Área sócio-educativa e cultural………………………………………………..35

1.6.4- O papel do inspector na formação do professor…………………………………35

1.7- Métodos de investigação da inspecção escolar……………………………………37

1.8- Caracterização da inspecção escolar na província de Cabinda……………………40

1.8.1- Era colonial………………………………………………………………………40

1.8.2- Inspecção escolar no período pós Independência de Angola na província

de Cabinda……………………………………………………………………………..40

1.8.2.1- Inspecção escolar na actualidade em Cabinda………………………………...41

CAPÍTULO II- Procedimentos metodológicos………………………………………42

2.1- Caracterização da Inspecção da Educação em Cabinda…………………………...42

2.1.1- São funções deste Departamento de Inspecção Escolar as seguintes……………42

2.1.2- Tabela justificativa da organigrama do Departamento da Inspecção da

Educação……………………………………………………………………………….44

2.1.3- População………………………………………………………………………..45

Tabela 1. População estudada………………………………………………………….45

2.1.4- Amostra………………………………………………………………………….45

2.2- Métodos de pesquisa………………………………………………………………46

2.3- Técnicas e Instrumentos de pesquisa………………………………………….......46

CAPÍTULO III- Apresentação, análise e interpretação de dados…………………47

3.1- Análise dos dados referentes ao questionário aplicado aos inspectores escolares..47
3.2- Análise dos dados referentes ao questionário aplicado aos professores…………..48

Conclusões……………………………………………………………………………..58

Recomendações………………………………………………………………………..61

Bibliografia………………………………………………………….…………………62

Apêndice

Apêndice 1- Questionário dirigido aos Inspectores escolares da província de Cabinda.vii

Apêndice 2- Questionário dirigido aos professores do Instituto Médio de Economia e


Escola do 1º Ciclo do Ensino Secundário “Faty Veneno” em Lândana-Cacongo,

Cabinda………………………………………………………………………………… ix

Anexos

Anexo 1A das tabelas das respostas do diagnóstico aplicado aos inspectores e professores
em Dezembro 2013 trabalho do campo………………………………….........................xii
INTRODUÇÃO

Enxergando o mundo de hoje, contemplamos que o mesmo tem sofrido transformações


constantes em todas as vertentes da vida social.

Para ta, impõe que o homem deve acompanhar este processo, pois é um ser social ligado
a ele. Para que os indivíduos não se distanciem da realidade circundante, é necessário
adoptar a geração em formação de conhecimentos científicos que emergem dia apôs dia.
VALQUEZ (2000)1. Cabe ao processo docente educativo a estruturação de uma forma
conveniente levar a cabo esta actividade de âmbito social.

A sociedade contemporânea impõe à educação um desafio a formação de indivíduos


capazes de enfrentar o ritmo da revolução científica, técnica e de assimilar a grande
informação que constantemente, está engendrando a humanidade. A melhoria na
qualidade de aprendizagem dos alunos elege um objectivo essencial da educação e é
portanto, uma das tarefas mais importantes que devem impulsionar e desenvolver os
estudantes. ARNAY (1998)2

Hoje a educação é considerada como sendo o promotor essencial do desenvolvimento da


sociedade quer sob o ponto de vista económico, político ou social. Daí, aparece como
elemento chave nas medidas a tomar sobre a necessidade de se promover o crescimento
económico, de modernizar o sistema social e político ou de fazer dos cidadãos membros
participantes, críticos e responsáveis da sociedade. Sendo ela considerada como uma
tarefa importante da nação, deve pois ser objecto de um controlo sistemático para se
assegurar a realização dos seus objectivos.

O objectivo dessa abordagem é pois, de analisar de forma genérica como se realiza o


processo da inspecção escolar no ensino não universitário na Província de Cabinda.

A inspecção da Educação no quadro do sistema educativo angolano, considera-se como


sendo um processo de investigação do estado do trabalho nos organismos docente-
educativo em todos os seus domínios. Por outro lado, é a valorização do trabalho do
colectivo pedagógico e da eficiência das actividades pedagógicas da organização que se
desenrola nas escolas públicas e privadas, incluindo também a elaboração de

1
Citado pelo professor João André Luemba “Curso de Agregação Pedagógica; Projecto de investigação.
Pag. 1”.
2
Citado por João Nhito Chocolate “Trabalho apresentado para obtenção do grau de licenciatura 2010.
Pag. 1”
1
recomendações dirigidas a melhorar o sistema de ensinamento e elevar os índices
quantitativos e qualitativos dos resultados da actividade pedagógica.

O sistema de ensinamento que se envolve nas escolas do estado e privadas e


comparticipadas estão sujeitos a acção inspectiva no sentido d e ajudar, supervisionar a
actividade do professor de modo a torna-la mais eficiente e consequentemente obter os
melhores resultados.

No contexto actual, a luz da reforma educativa em curso, os inspectores têm um papel


preponderante na materialização das políticas traçadas pelo governo através do Ministério
da Educação. Logo, o perfil destes agentes deve servir de espelho a fim de atingir os fins
e objectivos preconizados.

Acreditamos que muitas das transformações que a humanidade sofreu em busca das
soluções para o bem-estar das pessoas e o da humanidade em geral, passaram pela
educação por considerarmos que ela constitui-se como um veículo de comunicação
permanente entre pessoas em graus situacionais diferenciadas do ponto de visto histórico
e social.

Falando das condições de trabalho dos inspectores escolares temos a referir que as actuais
não se adequam com a realidade vivida pois ainda assistimos inspectores que, no
exercício da sua actividade a uma determinada instituição de ensino, deve suportar sobre
tudo as despesas de deslocação do seu próprio bolso e a depender de táxi o que para nós
consideramos por uma situação caricata. As dificuldades enfrentadas pelos nossos
inspectores embora reconhecer também do número tao insuficiente, está na base disso, a
falta de meios rolantes suficientes atribuídos unicamente a este sector de importância
vital do Ministério da Educação. A inspecção escolar em Cabinda, não possui
representações nos municípios do interior.

Com base no tema e também no papel da inspecção no processo do ensino-aprendizagem,


definimos o seguinte problema: como contribuir para melhorar a actividade da inspecção
escolar no processo de ensino-aprendizagem na província de Cabinda?

As hipóteses formuladas neste trabalho são:

 Garantir uma formação específica e contínua aos inspectores;

2
 Adequar a inspecção aos modelos e a realidade do processo docente-educativo;

 Estender a inspecção em todas as áreas;

 Desenvolver de forma contínua a actividade inspectiva em todo território da


província;

 Melhorar as condições de trabalho dos inspectores;

 Aplicar coerentemente os métodos, as funções da inspecção.

- VARIÁVEIS

Dependentes:

A inspecção escolar como órgão de supervisão e correcção, gestão e fiscalização do


processo educativo.

Independentes:

1. A formação dos inspectores


2. A extensão da inspecção em toda província

3. Actividade inspectiva contínua

4. Aplicação dos modelos, funções e os métodos da inspecção

5. Condições de trabalho dos inspectores.

Para responder a esta inquietude propusemos os objectivos seguintes:

Objecto geral:

- Examinar de forma genérica como se realiza o processo da inspecção escolar no ensino


não universitário na província de Cabinda.

Objectivos específicos:

1. Enxergar como tem sido a actuação da inspecção no ensino não universitário;


2. Saber com espessura quais as dificuldades que esse departamento enfrente no
exercício das suas actividades a nível da província e se tem representações nos
municípios do interior.

3. Saber quais têm sido os métodos e modelos usados aos inspectores escolares
numa actividade inspectiva.

3
Justificativo
O tema em causa é justificado pela sua importância, visto que permitir-nos-á entender
melhor o papel fundamental que a inspecção educativa tem para com o processo docente
educativo bem como a organização da gestão das escolas pública e privadas.

Objecto de estudo

Consiste em trabalhar com os inspectores escolares e professores do Instituto Médio da


Economia e da Escola Secundário do I Ciclo “ Faty Veneno” em Lândana Municípios e
Cabinda e Cacongo respectivamente.

Descrição

Para o efeito, a descrição estrutura-se em três capítulos. No primeiro, a atenção vai a um


conjunto de conhecimentos que evidenciam assuntos relacionados ao breve historial
sobre a origem da inspecção escolar no universo, a inspecção escolar na era colonial e
depois da proclamação da liberdade de Angola em 11 de Novembro de 1975 e da
caracterização da inspecção escolar em Cabinda.

O segundo capítulo, faz referência aos procedimentos metodológicos relacionados com os


métodos e técnicas de pesquisa, a população estudada e a respectiva amostra. No terceiro
e último capítulo, descrevemos a apresentação, análise e interpretação dos dados.
Completa o trabalho, as conclusões, as recomendações, bibliografia, apêndice e os
anexos.

Análise geral e discussão

Uma análise geral feita sobre a inspecção escolar nesta parcela do território nacional,
deu-nos a entender que, a inspecção escolar nesta província está conhecendo algumas
melhorias não obstante registar-se debilidades no desenvolvimento das actividades
inspectivas muitas vezes originadas por poucos meios rolantes que este sector possui.

Os inspectores escolares desta província carecem de uma formação específica para o bom
exercício da actividade inspectiva. Os pequenos seminários que lhes são dados, não se
adequam para o bom empenho das actividades.

No intuito de melhorar a situação da inspecção na província, o ministério da educação


tem procurado melhorar as condições de trabalho tendo para o efeito fornecido dois
carros de marca Toyota Land- Cruzer o que pode se considerar que, mais um passo foi
marcado. 4

Mas, consideramos que o trabalho inspectiva ainda tem muito que fazer para abranger em
todos os níveis do ensino não universitário quer no público, bem como no privado para
que haja um ensino de qualidade na província em particular e em Angola no geral.
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5

1.1- Definição de conceitos

1.1.1- Acompanhamento: é um acto de observação do cumprimento das normas e da


evolução do processo docente-educativo, tendo em atenção as orientações superiores
(Grifo João Chocolate).

1.1.2- Avaliação: Segundo José Carlos Libâneo (1994:195), é uma meditação que se faz
no concernente a qualidade do trabalho escolar tanto por parte do professor bem como
dos alunos. Ou ainda uma empreitada emaranhada que não se restringe apenas na
realização de demonstrações e atribuição de apreciações.

1.1.3- Apoio: é a acção que visa apoiar facilitando as dificuldades de várias índoles,
através de procedimentos essenciais sempre que for necessário (Grifo João Chocolate).

1.1.4- Aprendizagem: segundo José Carlos Libâneo (1994: 83), em sua obra Didáctica, e
citado por mim é um procedimento de aquisição de estabelecidos saberes e maneira de
actividade física e mental, ordenados e dirigidos no sistema de ensino.

Para mim, é a mudança de comportamento, no sentido mais amplo, através de treino,


experiência e observação.

1.1.5- Controlo: segundo J. R. Averrill (Dicionario de Psicologia pag: 190), de Roland


Doron e Françoise Paront 1ª Edição, é a capacidade de evitar um acontecimento
stressante ou desagradável, ou de fugir dele.
É a função inerente ao processo docente-educativo na escola, permitindo acompanhar e
avaliar o nível de desenvolvimento dos planos e medidas superiormente determinados.
(Cf. Texto de apoio da cadeira de Inspecção Escolar 3º ano).

1.1.6- Diálogo: é a capacidade de se dirigir e responder com outro como igual, para com
ele estabelecer uma relação.

1.1.7- Ensino: segundo José Carlos Libâneo (1994: 89), em sua obra Didáctica, é uma
combinação adequada entre a condução do processo de ensino pelo professor e a
assimilação activa como actividade autónoma e independente do aluno.

1.1.8- Educação: é uma forma de preparar os indivíduos para uma socialização rápida
numa determinada sociedade onde estiverem inseridos. Segundo José Martins (1990, p.6
23), é um processo que se preocupa com a formação do homem em sua plenitude. Ou
ainda, é um processo de acção da sociedade sobre o educando, visando entregá-lo
segundo os padrões sociais JOSÉ MARTINS (1990).

É ainda, o assunto de estudo da Pedagogia, que intervenha na acção educativa como tema
de meditação (Didáctica de José Carlos Libâneo, 1984. p. 23).

Para mim, a educação, é um método no qual o homem consegue demostrar as


capacidades biopsíquicas congénitas, mas que não afectariam a sua mestria (a sua
maturidade, o seu crescimento. (Grifo João Chocolate).

1.1.9- Fiscalização: é a acção que permite obter informações mais a fundo sobre os
procedimentos e seu enquadramento na legalidade. (Grifo João Chocolate).

1.1.10- Gestão: Segundo LE, VAN (1986:17), citado por Dr. João André Luemba (2007),
a gestão é definida como a arte ou ciência de conseguir fazer as coisas através de outras
pessoas com melhores resultados.

1.1.11- Inspecção: é acto que subsiste em fazer uma vistoria ou examinar uma
determinada situação ou ainda fiscalizar certas questões pontuais nos serviços.

1.1.12- Observação: é o método que baseia-se em conhecer os objectivos e fenómenos


estribando-se na percepção directa através dos órgãos sensoriais.

1.1.13- Planificação: Segundo J. Mathien (Dicionário de Psicologia pag. 591), de Roland


Doron e Françoise Paront 1ª Edição, é o processo de elaboração e de execução de um
plano de acção, a partir da predição da evolução de uma situação, o que leva a fixar
objectivos e processos para atingi-los.

É ainda, a definição da actividade de uma organização com vista a atingir determinados


objectivos (CHILARDI, 1991: 25).

1.1.14- Supervisão: é uma actividade que visa o desenvolvimento e aprendizagem dos


profissionais (Alarcão e Tavares, 2003, pp. 3-6); 2ª Edição. Para mim, é uma acção de
investigar causas e situações com objectivo de emprestar uma ajuda moral, científico e
profissional (Grifo João Chocolate).
7
1.1.15- A Inspecção da educação: é o trabalho centralizado sobre tudo para assegurar o
bom funcionamento da actividade de ensino e aprendizagem em todas as instituições de
ensino não universitário.

1.2- Breve historial sobre a origem da inspecção escolar

Inúmeros enigmas que se observam hoje na prática escolar entre docentes e especialistas,
tais como a concorrência, a discussão de ascendência e domínio, possuem o seu
esclarecimento na proveniência dessa utilidade, já que, desde os primórdios, esteve
associado ao controlo, uma vez que a supervisão é originária desde o século XVIII nos
Estados Unidos como Inspecção Escolar e como tal foi para o Brasil em meados do
século XIX. Nos anos 70 do século seguinte ganhou força o contorno legal num ambiente
nada favorável.

A supervisão educacional como se sabe, que ela foi empregada num contexto de
despotismo. A Lei nº 5692/71 a estabeleceu como serviço particular da Escola de 1º e 2º
Graus (não obstante já existir antes). Seu papel era no entanto, dominantemente
tecnicista e controladora e, de certa forma, correspondia à militarização escolar. No
encadeamento do sistema de segurança Nacional adoptada no ano de 1967 e no espírito
do AI-5 de 1968, foi feita a reforma universitária e aprovado o parecer reformulador do
curso de pedagogia. O mesmo prepara predominantemente, desde então, generalistas,
com o título de especialistas da educação, mas pouco preparados para a prática da
educação (URBAN apud VASCONSELLOS, 1999; pag.1)3

3
Organização do trabalho pedagógico Profª. Rosângela Menta Mello.
Com a entrada no universo educativo dos serviços da inspecção escolar, o trabalho
começou a ser supervisionado e controlado, por formas a melhorar o processo de ensino-
aprendizagem, já que este importante instrumento visa a controlar, a partir dos programas
do ensino, planos de aula, metodologia e métodos aplicados na transmissão de
conhecimentos aos discentes.

1.2.1- Entendimento da inspecção educativa

Em consonância com a descrição exposta pelo simpósio europeu sobre a Inspecção


Escolar, realizada em Madrid Espanha, em Junho de 1985, inspecção é a “instituição
mediante a qual o Estado, através de um órgão técnico e profissionalizado, comprova
como se realiza o processo educativo em cada uma das instituições escolares”. Desta
definição decorre a função central da inspecção que é a de controlo, através da qual a
instituição, servida de profissionais tecnicamente competentes, trata de obter as
8
evidências ou comprovações relativas ao processo educativo.

Nesta função, é essencial a papel de investigação e valorização técnica do sistema


educativo em geral e do sistema escolar em particular, pois que os factos apurados9
permitem à inspecção fundamentar propostas tecnicamente sustentáveis para o
aprimoramento do serviço educativo.

A inspecção é um órgão técnico e profissionalizado do estado que consiste em comprovar


como se efectua o processo educativo e contribui, com propostas alicerçadas, por forma a
melhorar o desempenho das instituições educativas.

1.3- Modelos da Inspecção da Educação

Dentre os modelos da inspecção da educação destacam-se os seguintes:

1.3.1- Modelo ditatorial ou antiguidade - A ênfase na função de vigilância

Na primeira etapa, o inspector assume o papel de vigilante, investigador e confirmador de


professores. Essa função, que se revestiu de aspectos supostamente negativos,
evidenciou-se em contextos específicos, correspondendo, por um lado, ao modelo de
escolas da antigamente e, por outro, a modelos mais ou menos despóticos ou impositivos
de poder político.
Neste encadeamento, a simulacro que se tem do inspector, de algum modo parecido à de
polícia, é a de um agente autoritário que, através de visitas quase sempre de surpresa, vai
sobretudo, à procura de infracções que são transmitidas às entidades hierárquicos
competentes para efeitos de tomada de medidas sancionatórias. Este modelo antigo e
ditatorial de inspecção incutia, por isso, desassossego ou mesmo pânico a muitos
professores, que recebiam as visitas inspectivas como quem enfrentavam um “perigo”
elevado.

1.3.2- Modelo Deixar-andar - A ênfase na função de orientação ou aconselhamento

Nesse segundo período, que equivale às diversas inclinações de desenvolvimento da


educação, de maneira a sobrepujar os semblantes suspensivos e até próprio detestáveis do
modelo antigo, o inspector pende a afigurar-se como mentor, guia e concilio do professor,
a quem ajuda na sua comédia excesso, na deliberação das suas dificuldades de execução
10
profissional. Trata-se de um modelo paternalista ou de “Laissez-faire”, que se centraliza
no professor e aponta a benfeitoria do seu cumprimento escolar, dando-lhe uma orla de
comunicação. Falta este modelo uma visão metódica da educação e de verificação
educativa.4

1.3.3- Modelo popular ou de supervisão- A relevância da função de investigação e


aperfeiçoamento de processos

A terceira fase pertence à promoção pela verificação de uma abalroadela metódica da


educação, agenciando examinar os processos escolares e o processo educativo em geral,
tudo em conspecção a sua benfeitoria. Neste período, o inspector diligencia com a
brigada de professores e com a ajuda de diferentes entendedores para compreender e
aperfeiçoar a condição total de uma escola ou instituição educativa, região educativa ou
mesmo do sistema educativa a nível nacional. Nesse mister, sugere desígnios assimilados
no hábito educativo, tendo em contagem que este é intrincado, diligente, amplo e
probabilístico. Está-se diante um modelo popular da inspecção, também chamado de
supervisão escolar.

No entretanto, ao apresentar-se desta maneira, as etapas do crescimento da inspecção,


deve concordar-se que as mesmas seguem-se mais não se eliminam totalmente, ou seja,
uma nova etapa beneficia criticamente e aglomera prestações da anterior, um

4
Idem
desenvolvimento e espiriforme, de tal sorte que o modelo que predomina hoje em dia será
uma síntese criadora dos diferentes modelos, com tendência para se banir as práticas
autoritárias e odiosas de inspecção.

As novas investigações em assuntos das Ciências da Educação consideram que se está


perante um quarto modelo, que pode denominar-se de “PROTÓTIPO OCORRENTE DE
INSPECÇÃO”, o qual incorpora os mais recentes subsídios para a acção educativa e, em
particular, para o desempenho da função inspectiva, orientada no sentido da promoção da
excelência da educação. Os perímetros deste novo modelo não se acham determinados de
forma concluída e possivelmente por isso habite a sua potencialidade. A nova inspecção
sem renunciar da sua função central de controlo realiza-a com conteúdos, métodos e
estilos renovadores e mais apropriados aos novos tempos, em que a educação (que se
massifica a um ritmo admirável) só pode ser de qualidade se for encarada como obra de
todos, tanto na sua conformação ou premeditação, como na sua realização, gestão 11
e
controlo, sem prejuízo do papel da escola, que deve ser encarada como entidade
particularmente empenhada na construção de um serviço educativo de qualidade e bem
assim na avaliação desse serviço, para que conta o contributo essencial da inspecção
enquanto corpo profissionalizado e especializado de agentes educativos.

1.4- Função da inspecção nos métodos educativos

Segundo SANCHES Miras, (2008) em sua obra “a função supervisora nos sistemas
educativos”, “a inspecção parece que não termina de encontrar-se a si mesma, tem
dúvidas sobre qual deve ser o seu desenho funcional e organizativo, sua condição de
ponte entre a administração e a escola, que a relega a um constante desassossego”5.

Na panorama do XIX Congresso da instituição pública de Genebra, “objectivo


fundamental da inspecção é impulsionar por todos os meios o crescimento e a eficiência
das instituições educativas e certificar uma relação entre o poder político e as escolas
tende a produzir nos inspectores (supervisores) afecções de perturbação e inquietação,
por um lado, por sentirem-se pendentes a estar de bem com as escolas e os seus agentes
(docentes, discentes e funcionários) e, por outro lado, por estarem impelidos a controlar a
aplicação de uma política educativa concreta, para o que carece de suficiente poder.

5
“Cf. Inspecção: Paradigmas, modalidades e características de actuação de Prof. Bartolomeu Lopes
Varela, pag. 7 a 11”.
Presentemente, propende a pôr-se de pé uma inspecção educativa passível de superar essa
ambivalência, ou seja, uma inspecção da necessária autonomia funcional e de
independência de critérios de actuação em que a legalidade, a objectividade e a
imparcialidade constituem princípios deontológicos para que se orientam os inspectores
no exercício das suas funções e, logo, na realização das suas intervenções e na
formulação das suas proposições.

Daí que, na actualidade, se note ainda algum pejo em assumir que a inspecção tem a
função de controlo. E quando se admite essa função, procura-se por vezes, realizar tal
função a um plano secundário (de mera verificação do cumprimento dos normativos),
acessoriamente técnico e, recentemente, de auditório.

Mais adiante referir-me-ei sucintamente, a essas diversas funções, mas com uma
advertência. Não se trata de novas funções inspectivas que se juntam a de controlo, mas
sim de várias modalidades ou sub-funções que integram a macro função de controlo,
12
enquanto parte do ciclo da gestão do sistema educativo. Esse ciclo de gestão sistemático
compõe-se, essencialmente, das seguintes fases:

Planeamento - trata-se de, a partir de uma dada situação, acarretar finalidade, adoptar
começos de acção e escolher uma estratagema com visto a criar-se uma situação
desejável, num horizonte temporal fixado e, tendo em conta os recursos disponíveis;

Organização - resume-se em ligar consequentemente todas as acessórias que intervém


num dado sistema ou processo, precisar o papel e as funções de cada unidade, determinar
a origem, o montante, o modo e o momento da utilização dos recursos humanos,
financeiros ou tecnológicos necessários para atingir os objectivos;

Direcção – traduz-se pela tomada de decisões relativas a um dado sistema (ex.: distribuir
tarefas, dar instruções sobre o trabalho a realizar, os métodos, o momento de execução,
dar ordens e directiva), visando o seu funcionamento adequado. Vem a ser a liderança do
processo.

Controlo – consiste em examinar o cumprimento dos objectivos e metas fixadas. Inclui,


essencialmente, as funções de auditoria, supervisão, fiscalização e avaliação e trata de
reforçar os factores positivos (pontes fortes) e eliminar ou atenuar os negativos (pontos
fracos), visando a melhoria da organização, a sua passagem a uma fase de maior
eficiência e eficácia. Em função dos resultados do controlo, são fornecidos imputes que
podem contribuir para a tomada de novas decisões ao nível do planeamento, retomando-
se o ciclo de gestão sistemático.

1.4.1- Função central da inspecção educativa

Inúmeras vezes arrostada de forma redutora e até pejorativa, como uma espécie de
policiamento, o controlo é, todavia, algo fundamental para a performance de qualquer
organização, ou seja, para o sucesso de qualquer entidade interessada em obter, de forma
contínua níveis elevados de desempenho. O sistema educativo não foge a regra!

Assim, a função do controlo é inerente ao paradigma pós-moderno ou emergente ou


emergente de inspecção educativa, que a vem cultivando no sentido de contribuir,
efectivamente, para a elevação do grau de eficiência e eficácia do sistema educativo, no
13
seu todo, e das diferentes instituições educativas, em particular.

Do ponto de vista da teoria de sistema, o controlo pode e deve ser considerado de forma
abrangente, posto que:

a) O controlo deve ser sistemático e contínuo, o que implica agir antes, durante e
depois da actuação da instituição educativa, procurando-se, em qualquer dos
casos, melhorar ou mesmo optimizar os resultados (controlo ex-ante,
concomitante e superveniente);

b) O controlo tende a ser exercido em relação à totalidade sistemática, no sentido de


que deve apreciar a actuação de todos os segmentos da organização (e cada um
dos seus segmentos) convergem para a realização dos fins que prossegue;
c) O controlo é uma função inerente a toda a organização que, no cumprimento da
sua missão, procura alcançar determinadas metas, em horizontes temporais
determinadas e com base nos recursos de que dispõe. Assim, ainda que afrontada
como fazendo parte de um sistema mais visto (ex. sistema educativo), toda a
organização (ex.: a escola) deve, necessariamente, controlar o cumprimento da
sua missão e do respectivo produto ou serviço;

d) O controlo é, como já foi referido, uma macro função, que inclui, diferentes e
outras funções (ou sub-funções), como as de auditoria, supervisão, avaliação e
fiscalização, assimilando cada uma destas funções ocasionadas biotipologias
exclusivas de interferência, como adiante explicitamente de forma suscita.
1.4.2- A Função de auditorias

Salvaguarda-se usualmente a função da auditoria para as intercessões que o indivíduo


idóneo (a inspecção educativa) se sugere cooperar, através de um modo de teste
conduzido segundo referencias e procedimentos técnicos e cientificamente
recomendáveis para que a instituição educativa tome consciência dos pontos fortes e
fracos do seu desempenho e encontre subsídios que lhe permitam consolidar ou almejar a
excelência do serviço (educativo) prestado.

Recentemente foram inseridas ao método educativo e sem que usufruam ainda


fundamentado lugarejos, as auditorias são de diversos tipos, podendo mencionar-se. De
forma suscita, os seguintes:
14

a. Auditorias internas – são pesquisas de concordância do serviço educativo,


efectuados por órgãos de serviços e agentes vocacionados, referentes à própria
instituição escolar ou de serviço;
b. Auditorias externas – são as efectuadas por entidades externas à escola ou
instituição educativa, podendo ter lugar por diligência do órgão de auditoria ou
indivíduo que o fiscaliza ou ainda a rogo da própria escola ou instituição
educativa em causa;

c. Auditorias sociais – são exames que possibilitam a sua instituição educativa


calcular à eficiência social do serviço educativo que dedica cotejar o tamanho em
que efectua os valores essenciais à execução educativa, de modo a que possa
emendar os seus resultados sociais e dar conta deles a todas as pessoas
embaraçadas com a sua actividade;

d. Auditorias operativas ou de gestão – são avaliações que se efectivam de


maneira a decidir se os recursos ligados à prestação de serviço educativo são
administrados sob critério de racionalidade (economia), se os serviços e órgãos de
administração da escola funcionam com eficiência e se os resultados alcançados
harmonizam-se aos objectivos determinados e executáveis num dado âmbito
(eficácia);

e. Auditorias globais ou completas – são aquelas que o teste depreende todos os


aspectos ou declives de uma organização escolar (estrutura administrativa,
exercício dos órgãos, gestão financeira, actividade pedagógica, apreciação da
aprendizagem, acção social escolar, etc.), envolvendo a ostentação de auditores
polivalentes ou envolvimento de auditores habilitados em distintas áreas ou
especialidades;

f. Auditorias integradas – são consideradas por vezes, como sinonimo das


precedentes, mas o que as descreve e as especifica é, principalmente, a
eventualidade de delimitarem os distintos aspectos da organização escolar em
actuações únicas e coordenadas, diligenciando-se resumir e acautelar a falsidade
das acções de auditoria e, em especial, encarar e avaliar a instituição educativa
como um método, esmiuçando como os seus diferentes anéis interagem para a
observância da missão e dos fins continuados pela instituição;
15

g. Auditorias parciais ou limitadas – são as que se confinam a presenciar uma


parte exclusiva da actuação pedagógica (ex.: como decorre uma dada aula);

h. Auditorias prévias, antecedentes, ex-ante ou a priori – são auditorias que se


efectuam antes da implementação da acção educativa que importa, numa prisma
de resguardo de erros ou insucessos e de optimização de cláusulas para o êxito da
mesma. Manifestar-se, em ampliação mensuração, em auxílio técnico-pedagógico,
autenticando a criação das premissas da sublimidade;

i. Auditorias concomitantes – são análises de concordância, de natureza exacta ou


estável, que se ocorrem enquanto se fortalece a actividade educativa, mirando
patentear os pontos fortes, que devem ser preservados e bem assim revelar e
transpuser incertos pontos fracos no decurso da acção;

j. Auditorias sucessivas ou a posteriori – são aquelas realizadas no final de cada


período de tempo (por exemplo, um ano lectivo), para atestar os resultados da
actuação da escola nesse período;

k. Auditorias contínuas – são as que se fazem mediante um procedimento de


análise durável do cumprimento a instituição educativa, a luz de um ou mais
indícios ou configurações de procedimento, durante uma etapa mais ou menos
continuado ou não firmado antecipadamente. São autênticos observatórios de
fiscalização de qualidade da educação. (Ex.: auditoria ao processo de iniciação da
leitura e escrita);

l. Auditorias pontuais – são feitas conforme os carecimentos pressentidas pelas


escolas ou pela entidade competente, não acatando um plano regular. Nas
instituições educativas alguns dos tipos de auditorias referidos podem ser
utilizados no quadro das auditorias pedagógicas ou de gestão (gestão financeiras,
patrimonial, de recursos humanos, etc.). Assim, uma auditoria pedagógica, pode
ser global ou parcial, interna ou externa, pontual ou continua, etc., o mesmo
podendo acontecer com uma auditoria financeira.

1.4.3- A Função de supervisão

Referenciando-se sobre a supervisão (literalmente, “visão superior”) é uma função de


autodomínio investida a certas substâncias, no seio de uma ordenação e comporta em
estudar, asseverar ou corrigir actos praticados pelos agentes ao serviço dessa mesma
organização. Ela abrange diferentes modalidades: 16

a) Supervisão Correcta – expõe de encontrar as imperfeições e equívocos para os


rectificar. Usualmente, aborda os “prenúncios” em vez de pesquisar as razões das
questões. Preocupa-se mais com os equívocos do que com os talentos. Tende a
descampar na sua forma transparente.

b) Supervisão preventiva – trata de resguardar em vez de “convalescer” os


resultados ou inconvenientes da instituição educativa. Investigar conduzir,
produzir, transmitir preventivamente para que não se certifique os equívocos e
desaprumos. Procura impedir que os agentes educativos percam firmeza em si
mesmos;
c) Supervisão construtiva – esta não indica as omissões e os equívocos enquanto
não cria situações exclusivas para a sua decisão. Procura fortalecer a cubicagem
técnica e a celebridade dos agentes educativos em vez de se aprouver em suprir as
faltas. Não se preocupa apenas em habilitar o agente educativo para a decisão de
um dilema descoberto, mas, trata de fortalecer a habilidade do agente para
defrontar por si, outros dilemas;
d) Supervisão criadora – cuida de motivar o agente educativo (o professor) para um
trabalho inovador. Isto é, de despertar e cooperar para que o professor ou
educador seja um autêntico talentoso da educação, ou seja, um agente capaz de
fazer uso da sua aspiração, sua erudição, méritos e atribuído em prol de um
movimento educativa de eminente categoria;
e) Supervisão científica – não se pontualiza a auscultação metódica da actividade
dos causadores educativos e dos planos educativos mas avassala tais análises ao
rigidez da pesquisa científica, através de procedimentos que depositam de
indubitáveis as “leis” educacionais, que são assim empregadas ao serviço da
acção educativa;

f) Supervisão democrática – baseia-se na tendência gradual de educação


(contradizer-se à monitorização ditatorial e dominadora), diligenceia o
acessoriamente vocacional e educacional e busca “o máximo desenrolamento do
professor para abranger a maior competência profissional”.

17

1.4.4- A Função de fiscalização e suas modalidades

Nesta função de vigilância propugna-se em examinar e a que dimensões as normas


esclarecidas são executadas, proceder-se em desfecho. Quer isso dizer que, na função de
vigilância, a inquietação básica é a averiguação da semelhança formal entre as normas
vigorantes e a condução dos seus agentes, privada ou juntamente.

A fiscalização, a examinação, a indagação, a sindicação e a acção disciplinar, que


transpomos a estudar, brevemente, habituam ser encaradas como modalidades de
vigilância.

Inspecção – fala-se aqui, em sentido restrito, isto é, uma das acções ou actividades de
controlo utilizadas em qualquer serviço e, nomeadamente, nos serviços de educação (não
confundir, pois com o serviço público central do mesmo nome encarregado de organizar
e realizar a complexa função de controlo, nas suas diferentes modalidades, acima
referidas: supervisão, avaliação, fiscalização…). No sentido restrito, inspecção é uma
actividade de controlo que consiste na recolha ou apuramento de factos ocorridos no
desempenho dos serviços, para o conhecimento superior.

Inquérito – é um processamento aplicado a aclarar se num serviço foram efectivamente


praticados factos de que existe rumor público ou denúncia, qual o seu carácter e
respectiva imputação. É, normalmente, realizado mediante prévia decisão do dirigente
máximo do respectivo sector de actividade (membro do governo, em relação aos serviços
que integram o respectivo Ministério ou que se encontram sob sua tutela ou
superintendência), sem prejuízo de a lei poder cometer a um dado órgão ou serviço o
poder de ordenar inquéritos.

Averiguação – também é um inquérito mas, de menor complexidade e formalidade,


consistindo em diligências céleres, visando a confirmação ou infirmação de indícios de
irregularidades ou infracção para a tomada de decisão no sentido da realização ou não de
processos disciplinares, de inquéritos ou de sindicância.

Sindicância - que em outras palavras se chamava de vossa, é uma ampla investigação


destinada a averiguar como funciona certo serviço e qual o grau de observância da
disciplina por parte de todos os seus agentes. Tanto o inquérito como a sindicância, ao
concluírem pela prova dos factos e individualização dos respectivos autores, podem dar
origem à acção disciplinar (ao processo disciplinar). A competência para ordenar a
18
sindicância é similar à do inquérito.

Acção disciplinar – arrostamos a acção disciplinar como o conjunto de competências,


actividades e procederes dirigidos à efectivação da responsabilidade disciplinar ou, mais
especificamente, como o poder de instauração, instrução e julgamento de processo
disciplinar.

Por instauração do processo disciplinar deve apreender-se o poder atribuído a uma


entidade hierarquicamente superior de exigir responsabilidade disciplinar a um despacho
(no qual se agrega, usualmente, a indigitamento do instrutor do processo). Por instrução
do processo disciplinar entende-se a praxe de um conjunto de actos de indagação e de
aquisição de provas melindrosas de asseverar ou debilitar os indícios de transgressão que
levaram à instauração do processo.

O processo disciplinar (que, por seu magote, pode ou não ser anteriorizado de
procedimento de indagação, inquirição ou devassa), vai além da recolha preambular dos
factos ou provas (instrução prévia), tencionando dar posição à instrução contraditória)
com a inculpação cerimonial ao censurado, através da nota de culpa ou acusação, de
condutas ou factos ilegais e referente emolduramento legal e sancionatório, para que o
mesmo faça uso, apetecendo, do direito de defesa), antes da confecção do preâmbulo
final, para efeitos de deliberação ou sentença (que pode residir na diligência de um
assentimento ou na indulgência do repreendido, necessitando a determinação final ser
correctamente alicerçada, de evento e de pragueje).6

1.4.5- A função de alvidramento

O alvidramento é uma função intrínseca a qualquer filosofia de estrutura colectiva, que


identifica afundes e objectivos a alcançar. Assim, pela alvidramento acarreta afilar-se a
suputação arquitectada que está a inferir-se como prognosticado e se os objectivos e
enfies da estrutura são de evento os apetecidos ou firmados.

É uma intervenção analítico-descritiva e elucidativa nos meios que utiliza, constitutiva


nos meios que emprega, formativa no desígnio que lhe está implícito e soberano face à
repartição.

É evidente que a alvidramento abrange, nos esclarecimentos que desprovê, componentes


quantitativos e qualitativos, mas subsiste distinta da repartição pelo desígnio que lhe está
19
implícito de simplificar e aperfeiçoar a penhora do bitolado através da conveniência e
utilidade dessas inculcas.

Já a repartição, tem um desígnio selectivo e descende à distribuição dos bitolados, ao


outorgar-lhes uma colocação numa escala de valores.

Enfim, não há repartição sem alvidramento mas o oposto é exacto, posto que, pode e, em
evidências contextos, deve haver alvidramento sem que se lhe acompanhar qualquer
repartição.

1.4.6- Função de acessoriamente técnico

Assenta-se com o deliberado no XIX Congresso de Instituição Pública de Genebra, “o


inspector deve velar pela aplicação das formações oficiais e, eventualmente, esclarecer ao
professor as modalidades da sua utilização”.

O acessoriamente técnico, compreende assim, na amortização de apoio ou assessoria para


efeitos de benfeitoria do cumprimento dos professores e da performance dos diversos
sectores da colectividade escolar ou da instituição educativa. Pode assumir diversas
formas (enunciação de inspirações de benfeitoria nos preâmbulos de movimento
6
“Cf. Inspecção Educativa: Paradigmas, modalidades e características de actuação do Prof. Bartolomeu
Lopes Varela, pag. 20 a 26”.
inspectivo; execução de agregações de comunicação; ordenação de cursos, seminários e
outras acções de formação; enunciação de opiniões, etc.).

Não sendo empreitada exclusiva nem, por vezes, preeminente da inspecção educativa,
posto que subsistem serviços especificamente vocacionados para tal, a função de
acessoriamente pode ser servida a rogado das organizações educativas ou sempre que a
inspecção tome compreensão que podem ser aperfeiçoadas com cotização técnica da sua
equipa de inspectores. Observando que, nessa perspectiva, podem interferir outros
serviços, à inspecção educativa poderia assegurar-se em especial, o acessoriamente no
sentido de:

a) Capacitação das organizações educativas no sentido da observância cabal das


20
normas por que se orientam (ocupar-se de uma feição de revisão ex-ante, de suma
pertinência, pois, como sai proferir-se, vale mais acautelar os erros do que
emendar-se);

b) Apoio às organizações educativas na ordenação e implementação dos seus


próprios mecanismos de revisão (revisão interno), colaborando para que essas
ordenações arrisquem bitolar e aperfeiçoar, por si próprias, a observância das
suas funções, pervagando a Inspecção a penhorar um papel adicional ou
complectivo e a assumir a função de “revisão de revisões”.

1.4.7- Função de mediador

Ao citarmos a resolução do XIX Congresso de Instrução Pública de Genebra, nos termos


da qual “o Inspector deve velar pela aplicação das instituições oficiais e, eventualmente,
explicar ao professor as modalidades da sua aplicação”, estamos a patentear que o
inspector não se limita a verificar o cumprimento das normas, para informação superior
(inspector tradicional em sentido restrito); ele também pode desempenhar um papel
positivo na criação ou melhoria das condições para a implementação cabal das mesmas.
Não sendo o controlo da actividade dos enérgicos educativos um fim em si mesmo, é
altamente relevante que se verta em assaques, em tributos para o êxito do serviço
educativo consagrado.

Por outro lado, o Inspector ao visitar as escolas, não só deve inquietar-se com a demasia
das penúrias. Tão relevante como isso, é legitimar os pontos fortes e os sucessos das
escolas e mais relevante ainda é, colaborar para a dispersão entre as organizações
educativas das boas praxis pedagógicas e de gerência, colaborando desta forma, para
recompensar moralmente as escolas que alcançam êxitos e criar um envolvente favorável
à construção da sublimidade nas escolas em geral.

Assim, através da sua função conciliadora, o inspector coopera para transpor a imagem
recusa testada pela inspecção antiga e harmonizar-se com as organizações educativas
(para cujo êxito colabora), sem que sem que com isso retenha de ser um profissional
implicado com a qualidade de serviço educativo ambicionado pela administração da
escola.

Perante a acção inspectiva resulta mitigada devido a uma maior independência disciplinar
21
concedida às escolas, que passam instruir grande número desses processos, ainda que as
penas mais graves sejam asseguradas às entidades hierarquicamente superiores.

Sendo assim, mesmo quando se executa a actuação disciplinar, a inspecção coloca-se ao


serviço das boas causas e não da coibição clara e simples. Na verdade, indagações,
auscultações, sindicações e até mesmo procedimentos disciplinares não integram formas
de persistência mas de indagação da verdade e da justiça, razão por que não devem temer
tais acções inspectivas os agentes educativos que procuram desempenhar, com
exemplaridade, as suas funções.

No entanto, a intercessão que se determina nestas ocasiões contrastes pode ser bem aceite
se observada como uma feição de colaborar para mais e melhor qualidade nas escolas.

1.4.8- Características essenciais da acção inspectiva na actualidade

Não obstante a variedade de modalidades de actividade inspectiva, estas devem modelar-


se por um conjunto de exórdios que encorpam o padrão actual da Inspecção Educativa e
que o Inspector, enquanto profissional da educação, deve sempre ter na sua actividade.
Passamos a apresentar as características mais proeminentes da acção educativa que se
propugna:

a) A acção inspectiva deve fundamentar-se na legitimidade num Estado de Direito,


onde todos devem sujeitar-se à Lei, não suportando o inspector impuser o seu
cumprimento enquanto ele próprio se exime da sua observância;

b) A acção inspectiva deve ser científica, como condição para a sua credibilidade e
aceitação;
c) A acção inspectiva deve ser popular num Estado Democrático, a educação deve
ser uma praxis da autonomia e da vulgocracia, não logrando a acção inspectiva
utilizar métodos e práticas que precisam de liberdade, firmem o receio e a
prepotência;
d) Ela deve ser feita de forma ocasionada, equilibrada e equitativa, de modo a que
todas as porções do sistema educativo possam beneficiar-se;
e) Deve ser congruente, atinente e de natureza funcional, devendo furtar-se
interferências depostas de relevância para o crescimento efectivo do sistema (e do
serviço) educativo;
f) A acção inspectiva deve ser reverenciadora das discernes e aglutinadora das
22
sinergias no seio da colectividade educativa, fomentando a diligência e a
criatividade dos causadores educativos;
g) A acção inspectiva deve legitimar os talentos para transpor correntemente as
imperfeições, sem cair nem no paternalismo nem na arbitrariedade;
h) A acção inspectiva deve concretizar-se mais com acções do que com palavras,
sem que se traduza num utilitarismo ramerraneiro, mas antes protegido numa
acostagem ardilosa educação, federada a uma pedagogia de esboços que se
interligam de modo a intensificar sinergias em prol da edificação de níveis cada
vez mais alcantilados de saberes e proficiências;
i) A acção inspectiva deve harmonizar a acostagem metódica com a acostagem
diversificada, isto é, deve estar em função de todo o regime educativo (através de
métodos científicos de intercessão), se desmazelar a necessidade de uma atenção
particular aqueles (agentes e instituições) que mais necessitem de sua cotização
técnica e profissional;
j) Ela deve estar próximo das escolas, sem se amalgamar com elas, seja, a inspecção
de propinquidade não deve perder de vista a necessidade de uma certa frieza
crítica, necessária a uma acostagem objectiva das discussões educacionais;
k) Deve coadunar a polivalência com a diferenciação, a abordagem global com a
especializada. Assim sendo, a polivalência do inspector deve possibilitar-lhe
proceder de modo a equilibrar o crescimento global do sistema educativo, mas
deve ter em conta a simplicidade progressivo da educação, que impõe dele um
nível cada vez maior de especialização, para poder ajudar a construir respostas
mais conformadas às novas ordenações educativas;
l) A acção inspectiva deve desmedrar-se num quadro de extremo profissionalismo,
que não exceptua a aplicação de formas sociáveis de relacionamento com os
agentes educativos, de modo a diligenciar fidúcia e coadjuvação;
m) Deve ser constituída e delineada, sem preconceito da elasticidade necessária, para
corresponder as novas demandas e reivindicações do processo educativo;
n) Deve ser avaliada permanentemente, de modo a introduzir formas e padrões de
interferência cada vez mais eficientes e eficazes;
o) A acção inspectiva deve ser descerimoniosa até onde seja exequível, tendo em
conta que as relações informais são sensíveis de proporcionar ao inspector melhor
incorporação no ambiente em que opera, assim como maior serventia a
comunicações pertinentes, sem desmazelar a necessidade de as provas do trabalho
23
inspectivo serem devidamente concretizados no básico, para que consigam ter
validade técnica e legal;

p) Ela deve combinar o trabalho individual como o de equipa, em função das


circunstâncias, das matérias de que se trate e das normas empregáveis, sendo
ementes, de se divulgar sempre, a cooperação de todos e de cada um dos
inspectores para a edificação de uma boa semelhança da instituição inspectiva.

1.5- Evolução da inspecção escolar antes e depois da independência de Angola7

1.5.1- Antes da independência de Angola8

Durante o período colonial em Angola, a actividade da educação, foi exercida e gerida


por três entidades distintas a saber:

- Missionários (Católicos e Protestantes);

- Oficial;

- Particulares ou privados.

Baseando em alguns documentos oficiosos lidos, o ensino oficial, laico, em Portugal, foi
instituído com a chamada “Reforma Pombalina”, através do decreto do Rei D. José I de 6
de Outubro de 1772. Em Angola, essa reforma de ensino, surge nos meados do século
XIX e que se destinava exclusivamente aos europeus.

7
Contexto histórico e Institucional
8
Breve historial da Inspecção da Educação em Angola; de pag. 15 a 17
Com a publicação do Decreto de 14 de Agosto de 1845 que criava a Instituição Pública
em Angola e nas demais províncias Ultramarinas, dando inicio à sua estruturação. O
Decreto em causa, também estabelece um Conselho de Inspecção denominado “
Conselho Inspector de Instrução Primária”.9

Com o Diploma Legislativo nº 518 de 16 de Agosto de 1927, o Conselho Inspector de


Instrução Primária, foi debelado e permutado pelo Conselho Inspector de Instrução
Pública.

Já em 1933, em conformidade do Decreto nº 22.369 de 30 de Março, é criada a “Direcção


Geral do Ensino Primário”, abarcando de entre outras direcções, a Inspecção e as
actividades disciplinares.

Em 1942, foi criada a Inspecção-geral do Ensino. 24

O ensino particular, exercido por instituições privadas, era também chamado


“oficializado”, já que, parte da sua gestão e controlo, dependia do Estado. Beneficiavam
dele os filhos da “classe média, burgueses e pequeno-burgueses” das cidades e vilas de
maior interesse comercial.

E em 1949, foi criada a Inspecção do Ensino Particular oportunamente integrada na


inspecção-geral do ensino do Estado e composto por um inspector superior e por seis
inspectores.

O progresso do ensino nas ex-províncias ultramarinas, estabeleceu que se assistisse


cuidadosamente o exercício dos diversos órgãos de execução docente e as bases
orgânicas em que se apoiasse, com a finalidade de promover o ritmo desse
desenvolvimento e de melhorar a eficiência do respectivo serviço. É ainda de considerar
que, coma a reorganização do ensino primário elementar em todo o ultramar, levado a
efeito pela Portaria nº 20.380 de 19 de Fevereiro e pelo Decreto-Lei nº 45.908 de 10 de
Setembro, ambos do ano de 1964, veio tornar inadiável e mais directa a actuação dos
serviços de Inspecção.

Este Decreto-Lei nº 46.447 de 20 de Junho de 1965, reorganizou o serviço de inspecção,


que era dirigido por um Inspector Provincial de Educação e coadjuvado por três
Inspectores-Adjuntos, sendo:

9
Cf. Breve historial da Inspecção da Educação em Angola
 Um para o ensino secundário e liceal,
 Um para o ensino técnico,

 Um para o ensino primário, coadjuvado por seis Inspectores e vinte Sub-


Inspectores escolares.

A ex-província Ultramarina de Angola, foi dividida em seis zonas de inspecção, ficando


os inspectores em cada um dos Distritos da província os Sub-Inspectores, colocados na
zona de inspecção.

Eram zonas de inspecção em Angola as seguintes: 25

1º. Luanda, com os Distritos de Luanda, Kuanza-Norte e Cabinda;

2º. Malanje, com os Distritos de Malanje, Uíge e Zaire;

3º. Benguela, com os Distritos de Benguela Kuanza-Sul;

4º. Nova Lisboa, com os Distritos de Huambo, Bié e Cuando-Cubamgo;

5º. Luso, com os Distritos de Moxico e Lunda;

6º. Sá da Bandeira, com os Distritos da Huila, Moçâmedes e Cunene.

Dentro da Inspecção Provincial da Educação, havia um Conselho de Inspectores


Escolares, constituído pelo Inspector provincial da educação, seu adjunto para o ensino
primário e pelos inspectores escolares.

1.5.2- Depois da independência de Angola

A Inspecção escolar que pela sua natureza, se ajusta às transformações qualitativas


resultantes de todo o processo de crescimento do sistema docente-educativo, reapareceu
por imperativo sociopolítico e económico do período pós independência do país.

Proclamada que foi a Independência, a 11 de Novembro de 1975, iniciou-se com a


nacionalização do ensino, através do Decreto-Lei nº 4/75 de 9 de Dezembro, um período
de largas e profundas transformações que conduziram ao desaparecimento progressivo
das estruturas coloniais até então existentes, dando lugar à outras com características
funcionais diferentes.
Porém, a inspecção, reaparece depois como parte fundamental do designado Centro de
Investigação Pedagógica e Inspecção escolar (CIDIE), criado por DIPLOMA orgânico do
Ministério da Educação e aprovado em 1977.

Por outro lado, o Diploma do Ministério da Educação aprovado em 1980, suprimiu


daquele órgão central a inspecção escolar, permanecendo apenas sob a designação de
Centro de Investigação Pedagógica (CIP), com ramificações nas distintas Delegações
Provinciais da Educação (DPE), então designados Gabinetes de Apoio Pedagógico
(GPAP).

No passar do tempo, tendo em evidência a responsabilidade na observância das tarefas do


26
Sector, constatou-se como necessidade vital a criação de uma estrutura automática
especificamente voltada para o exame do processo docente-educativo, que garante a
diligência perfeita das directrizes emanadas pelo governo.

Em conformidade com o Despacho nº 11/83 do Gabinete do Ministro da Educação,


inserido no Diário da República nº 12/84, 1ª Série nº 9/87 do Conselho de Ministros,
aprovou o novo Estatuto orgânico do Ministério da Educação, acomodando o Gabinete de
Inspecção Nacional da Educação (GIEN) como órgão de apoio directo ao Ministro da
Educação.

O novo estatuto orgânico do MED, aprovado pelo Decreto nº 7/03 de 17 de Junho,


enquadra o Gabinete de Inspecção Nacional da Educação (GINED), sendo o serviço de
apoio técnico.

1.5.3- Encontros nacionais e acções formativas

1.5.3.1- Encontros nacionais

Em nenhum canto do universo se descarta a formação de quadros em qualquer que seja o


nível técnico e profissional. É assim que, em 1985, realizou-se o 1º Encontro Nacional na
cidade de Luanda, cujo objectivo central foi de traçar metas de trabalho inspectivo a nível
nacional. Esse encontro, revestiu-se de grande relevância, porque teve lugar dois anos
após à realização do curso de inspectores.

Já em 1990, em Cabinda, realizou-se o 2º Encontro Nacional da Inspecção Escolar, que


analisou o grau de cumprimento das orientações dos últimos cinco anos e estabeleceu as

27
principais linhas de acção para o ano lectivo de 1990/91. Dentre outros temas abordados
destacam-se:

 Estrutura organizativa da Inspecção Escolar


 Planificação do processo docente-educativo e as exigências do trabalho do
inspector escolar

 Papel do controlo na direcção científica do processo docente-educativo

 Apresentação de alguns aspectos do novo modelo do sistema da educação e


ensino.

Subsequentemente em 1992, realizou-se o 3º Encontro Nacional que decorreu na cidade


de Lubango, analisou o grau de cumprimento das orientações dos últimos dois anos e
traçou as tarefas para o ano lectivo 1992/93, tendo debatido dentre vários temas os
seguintes:

No quadro das transformações estruturais operadas após a independência nacional a 11 de


Novembro de 1975, implicando o desaparecimento progressivo das estruturas
administrativas coloniais e a consequente reforma do sistema de educação e ensino.

Em função a necessidade de um órgão de apoio e controlo que se fizesse sentir no


domínio da Educação e Ensino, foram nesse âmbito, levadas a cabo algumas medidas que
se resumiram na aprovação dos seguintes Diplomas orgânicos do MED:

 Diploma orgânico, aprovado em 1977, que criou o CIPIE, Centro de Investigação


Pedagógica e Inspecção Escolar;

 Diploma orgânico, aprovado em 1980, que extingue o CIPIE, permanecendo


apenas sob a designação de CIP (Centro de Investigação Pedagógica);

 Criação da Comissão Instaladora da Inspecção Escolar, por Despacho nº 11/83 do


Gabinete do Ministro da Educação, inserido no diário da República nº 12/84, I
Série nº 14

A comissão acima referenciada foi após a realização de um curso com duração de seis
meses, frequentaram por 128 professores, provenientes de 17 províncias com excepção a
Lunda-Sul que no momento não tinha disponibilidade de enviar nenhum candidato ao
curso.

Volvidos dois anos, durante os quais durou a instalação da Inspecção, passou a ser
chamada Gabinete de Inspecção Nacional com o objectivo principal de assegurar o
acompanhamento, a fiscalização e o funcionamento do processo docente-educativo.

Durante a vigência da Comissão Instaladora e do Gabinete de Inspecção Escolar


cumpriram no seu papel e em determinada altura começou a viver certas dificuldades em
função da própria dinâmica do processo o docente-educativo e da situação político-militar
vivida no país, particularmente a situação de guerra que se agravou a partir de 1992.

A Inspecção da Educação no quadro do sistema educativo angolano considera-se como


um processo de investigação do estado de trabalho nos organismos docente-educativos
em todos os seus domínios. Noutra vertente, é a valorização do colectivo pedagógico e da28
eficiência das actividades pedagógicas da organização que se desprende nas escolas
públicas e privadas, incluindo também a elaboração de recomendações dirigidas a
melhorar o processo de ensino-aprendizagem e elevar os índices quantitativos dos
resultados da actividade pedagógica.

O Gabinete de Inspecção Nacional da Educação denominado por GINED é o serviço que


assegura o controlo pedagógico e disciplinar dos subsistemas do ensino não superior e o
controlo administrativo e financeiro do sistema do ensino.

1.5.3.2- Acções formativas

Em comprometimento da actualização dos conhecimentos científicos e técnicos dos


inspectores realizaram-se as seguintes acções formativas:

- Em 1982/83, foi realizado o 1º curso de formação de inspectores escolares, em Luanda,


que teve a participação de 122 inspectores provenientes de 17 províncias com excepção
da Lunda-Norte;

- Em 1997, teve lugar o curso de formação de formadores de Inspectores da Educação na


cidade do Porto-Portugal (Escola Superior da Educação), tendo contado com a
participação de 22 pessoas entre inspectores nacionais e províncias com apoio do Banco
Mundial;

29
- Em 1999, decorreu o curso de formação de inspectores para o 1º nível, em Luanda no
qual participaram 42 inspectores, provenientes das províncias de Luanda, Bengo, Kuanza
Sul e contou com o apoio da ONG (OPEN-SOCIETY);

- Já em 2000, teve lugar em Luanda, curso de inspectores em que participaram


inspectores provenientes das províncias de Benguela, Bié, Cabinda, Cunene, Huambo,
Huíla, Kuando-Kubango, Kuanza- Norte, Kuanza-Sul, Malange, Moxico, Namibe, Uíge e
Zaire, tendo contado com o apoio da UNICEF;

- Em 2001, decorreu em Luanda, o curso de formação de inspectores, por onde


participaram 23 inspectores oriundos das províncias de Luanda, Bengo e Zaire e contou
com o apoio da ONG (OPEN-SOCIETY);

- Em 2002, decorreu na cidade do Lubango, o curso de Inspectores da região-sul de


Angola, em que participaram 18 Inspectores, provenientes das províncias da Huila,
Namibe, Cunene e Kuando Kubango respectivamente, e que contou com o apoio da
UNICEF;

- Em 2003, na cidade de Saurimo, ocorreu o curso de Inspectores da Região-leste, tendo


participado 17 Inspectores, oriundos da Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico e contou com
o apoio da UNICEF;

- Em 2006, decorreu na cidade de Malanje, o curso de Inspectores de Malanje Kuanza-


Norte, e participaram nele 16 Inspectores, tendo sido promovido pelo Ministério da
Educação (MED);

- Decorreu em 2007, na cidade de Caxito-Bengo, o curso de Inspectores no qual


participaram 16 elementos, tendo sido promovido pelo Governo provincial do Bengo;

- Ainda no ano de 2007, teve lugar em Cacuaco-Luanda, o curso de Inspectores da


Educação das províncias de Cabinda, Bié, Huambo, Kuanza-Sul, Uíge e Zaire, em que
participaram 28 Inspectores, curso esse promovido pelo Ministério da Educação (MRD).

1.5.3.3- Regime jurídico

Em 2001, foi criado o regime jurídico da carreira de inspecção dos serviços de


fiscalização e controlo da administração do Estado pelo Conselho de Ministros (Dec. Nº
42/01 de 6 de Julho), nos termos das disposições combinadas da alínea h) do art.º 111 e
do art.º 113, ambos da Lei Constitucional em vigor.

No respeitante a questão salarial foi criado o regime remuneratório especial para o


pessoal da direcção, de chefia e da carreira técnica de inspecção, fiscalização e controlo
da Administração do Estado nos termos do Decreto nº 20/01 de 6 de Abril, publicado no
Diário da República 1ª Série nº 16.

Com os dois Decretos criados, o Gabinete de Inspecção Nacional da Educação, tem dupla
subordinação, dependendo do Ministério da Educação e da Inspecção-geral de
Administração do Estado “IGAE”.

30

1.6- Função da Inspecção escolar em Angola

A função do GINED deve centrar-se no controlo do funcionamento do sistema educativo.


Junto dessa atribuição, o GINED presta relevante apoio técnico ao Ministério da
Educação, através de estudos pareceres que visam a melhoria do funcionamento e
aperfeiçoamento do sistema educativo, na senda de intervenções especializadas que vêm
sendo realizadas, nomeadamente no que se refere à Reforma Educativa.

O Gabinete da Inspecção Nacional da Educação (GINED), intervém no sistema educativo


angolano, no âmbito do referido controlo, através de auditorias, inspecções e inquéritos,
visando avaliar e fiscalizar a qualidade e a conformidade da realização da educação
escolar em matérias técnico-pedagógicos e da gestão patrimonial e financeira nos
estabelecimentos de ensino. Neste contexto, as inspecções e auditorias são as principais
formas de intervenção para a avaliação e fiscalização da actividade educativa e escolar
nos estabelecimentos e instituições de ensino quer públicos, quer particulares. (Cf. Guia
do Inspector, do Ministério da Educação da República de Angola, pág. 6).

1.6.1- Objectivos da inspecção da educação

A função inspectiva tem como objectivo principal, aperfeiçoar a qualidade do


cumprimento destas estruturas; avaliar os centros escolares, bem como os outros serviços;
informar à administração educativa sobre a realidade escolar; supervisionar e assessorar
em questões técnico-pedagógicas e profissionais. É pois, o garante do cumprimento do
que está legislado e um avaliador do que está a ser implementado, a Inspecção da
Educação não é um órgão punitivo mas sim, um órgão preventivo, cuja missão principal é
garantir a efectiva funcionalidade do Sector. (Cf. Guia do Inspector da Educação, pág.
23).

1.6.2- Tarefa da inspecção da educação nos diversos níveis do ensino-não


universitário

São várias as tarefas que a inspecção da educação exerce nos diversos níveis do ensino
não universitário e dentre outros destacam-se as seguintes:

o Supervisionar e fiscalizar o processo docente-educativo nas instituições de ensino


não universitário;

o Acompanhar a realização de seminários ou cursos de superação do corpo docente,


31
não-universitário e de directores das instituições não universitário;

o Recolher e analisar a informação estatística;

o Acompanhar e controlar as actividades de abertura e encerramento do ano lectivo


nas escolas públicas e particulares;

o Apoiar as escolas em matérias de gestão escolar e pedagógicas;

o Velar pelo cumprimento das normas pedagógicas, administrativas, financeiras e


legal;

o Vigiar o cumprimento das leis e regulamentos;

o Zelar pela boa organização escolar;

o Controlar os gastos, os recursos financeiros e materiais;

o Corrigir os defeitos, desvios e omissões dos agentes da Educação e Ensino;

o Colaborar na observância da legalidade;


o Participar na detecção de necessidades;

o Controlar a pontualidade e assiduidade de professores e alunos;

o Verificar as condições de segurança das instituições de ensino;

o Acompanhar o processo de avaliação dos alunos e professores;

o Conferir os livros de escrituração escolar;

o Informar os órgãos do MED sobre a situação do Sistema de Educação e Ensino;

o Desempenhar as demais funções que lhe forem superiormente determinadas.

1.6.3- Áreas de actuação da inspecção

Para que haja uma actuação inspectiva, são denominadas quatro áreas a saber:

1.6.3.1- Área pedagógica

A actuação nesta área é feita através do controlo de assistência as aulas, superação dos
professores, orientações metodológicas para o cumprimento dos programas, análise do
trabalho do corpo docente, verificação dos planos de aulas, controlo da participação do
corpo docente nos seminários, etc., constituem atribuições do Inspector nesta área as
seguintes:

a) Planificar e programar as actividades lectivas;

b) Apreciar e orientar o trabalho docente;


c) Dialogar com os professores, subdirecção pedagógica e alunos;
d) Estudar e orientar as actividades na escola;
32
e) Incrementar o aperfeiçoamento do trabalho escolar;
f) Controlar os resultados;
g) Discutir temas pedagógicos;
h) Assistir aulas;
i) Apoiar técnica e profissionalmente os gestores e professores;
j) Avaliar o conhecimento dos alunos;
k) Elaborar Guiões de orientação;
l) Avaliar a qualidade dos professores;
m) Estudar e analisar os programas em colaboração com outras instituições afins;

n) Fazer cumprir as normas escolares.

1.6.3.2- Área organizativa, administração e financeira

Nesta área o inspector exerce:

1) Tarefas burocráticas de gabinete;

2) Estudo de medidas que melhorem o sistema;


3) Direcção e coordenação de actividade escolar;
4) Controlo da frequência regular das aulas por parte dos alunos e dos professores,
bem como os seus processos individuais;
5) Averiguação do embelezamento e conservação das escolas e do património
escolar;
6) Verificação e possível alteração do plano anual ou semanal das escolas;
7) Averiguação dos arquivos, ficheiros, cadastros, etc.;
8) Orientação do funcionamento da parte administrativa e financeira das escolas;

9) Controlo contabilístico e financeiro das instituições escolares.

1.6.3.3- Área legal.

É incumbida ao Inspector a tarefa de proceder acção disciplinar sempre que para tal for
designado por despacho da entidade competente.

São competências do inspector nessa acção disciplinar as seguintes:

1. Proceder averiguações;
33
2. Propor a instituição de processos disciplinares;

3. Desenvolver inquéritos, sindicâncias em outros;

4. Propor prémios ou louvores dos funcionários que se distinguem;

5. Pronunciar-se sobre processos que desenvolvam ou análise;


6. Influenciar pela preservação e pelo exemplo em todas as circunstâncias;

7. Vigiar o cumprimento das disposições legais.

1.6.3.4- Área socioeducativa e cultural

Compete ao Inspector nesta área o seguinte:

1. Velar pela realização e produção de actividades socialmente úteis;


2. Fomentar e cuidar das relações humanas;

3. Incentivar o amor pela natureza;

4. Estimular atitudes e criar hábitos educativos e higiénicos;

5. Aproximar a escola da família e da comunidade;

6. Desenvolver o espírito de cooperação;

7. Acompanhar as actividades extra-escolares.

1.6.4- O papel do inspector na formação de professores

O processo de ensino-aprendizagem que se desenvolve nas escolas públicas, privadas e


comparticipadas estão sujeitos a acção inspectiva no sentido de ajudar, supervisionar a
actividade do professor de modo a torná-la mais eficiente e consequentemente obter os
melhores resultados.

Olhando para o contexto actual, a luz da reforma educativa em curso, os Inspectores têm
um papel muito preponderante na materialização das políticas traçadas pelo governo
através do Ministério da Educação. Assim sendo, o perfil destes agentes deve servir de
espelho a fim de se atingir os fins e objectivos preconizados.

Se há algumas funções de que o Inspector se serve para a formação dos professores, é


sem dúvidas a supervisão, que tem por finalidade o desenvolvimento profissional do
professor desde a formação inicial ao desempenho, aperfeiçoa e melhora o
funcionamento do sistema educativo e todo o processo do ensino-aprendizagem.

34
“No contexto da Reforma Educativa, a Inspecção Escolar joga um papel preponderante
no controlo, supervisão e fiscalização da acção educativa, nos estabelecimentos do
ensino primário, secundário (I e II Ciclos), formação de professores para todos os níveis
do ensino.

Pois, é o garante do cumprimento do que está legislado e um avaliador do que está a ser
implementado” (Dr. António Burity da Silva Neto, então Ministro da Educação; pág. 8)10

“No caso particular da Inspecção da Educação, visto sob o prisma científico, deve jogar
um papel relevante no controlo, supervisão e fiscalização da acção educativa de acordo
com o legislado e o que deve ser implementado. O Inspector deve estudar, dominar e
interpretar correctamente os normativos que regulam a Reforma Educativa. Assim,
sobressai o seu carácter preventivo, sem descorar que a sua acção deve ser continuada e
não esporádica”.11

Por esta razão, a supervisão é uma função da inspecção da educação, é uma acção de
investigar causas e situações com o objectivo de prestar uma ajuda moral, científica e
profissional, pois, permite coordenar, estimular e dirigir os professores para que
consigam participar conscientemente na melhoria da sociedade a que pertencem.

Para que isso seja possível, o Inspector precisa de realizar uma série de acções onde se
pode enfatizar as visitas em que os inspectores põem a prova a sua preparação, a sua
capacidade de trabalho, bem como a sua aptidão, para ajuizar os problemas e
competências para revolve-los, capacidade de diálogo e adaptação, assim como vontade
para o exercício da presença e atenção que a função lhe exige.

Por esta razão, o acto de inspecção, deve ser frequente em todos os locais em que se
realiza a actividade educativa. Para que isso seja possível, deve-se disponibilizar verbas
específicas e viaturas (4x4) para atenuar e facilitar o exercício de visitas em zonas mais
recônditas.

Para cumprir com os fins e objectivos da educação na formação dos professores, o


Inspector deverá desenvolver uma série de actividades:

 Sugere actividades estratégicas;

10
Cf. Palavras proferidas pelo então Ministro da Educação da República de Angola, Dr. António Burity
da Silva Neto num dos seminários da Inspecção escolar realizada em Luanda.
11
Idem.
35
 Coopera nas planificações;

 Colabora na execução se necessário;

 Aconselha bibliografia;

 Estimula os professores;

 Atende os elementos da Comunidade educativo;

 Ajuda a resolver problemas;

 Mantém-se actualizado;

 Actua com inserção e atempadamente;

 Investe no optimismo e nas formas de fazer;

 Estuda com gosto os problemas dos outros;

 Divulga os êxitos dos bons profissionais;

 Gosta de crianças:

 Colabora nas iniciativas positivas;

 Sente-se bem ao serviço da comunidade;

 Está presente nos bons e maus momentos da escola;

 Defende as causas justas;

 Ajusta-se às circunstâncias;

 Enfrenta as dificuldades;

 Auxilia na interpretação dos normativos;

 Intervém nas acções de formação;


 Avalia os resultados da actuação dos professores.

Em resumo, o inspector como educador deve reunir boas qualidades a nível do saber ser,
saber e saber-fazer. Só desta forma que, poderá cumprir com a missão tão nobre e
espinhosa que a sociedade lhe incumbiu.12

1.7- Métodos de investigação da inspecção escolar

Observação: é o método que consiste em conhecer os objectos e fenómenos baseando-se


na percepção directa através dos órgãos sensoriais.

A quantidade e a qualidade da informação obtida dependem da posição do inspector, ou


seja, se ele é:

- Observador passivo, quer dizer, o inspector só observa o fenómeno. Ou o observador


participa quer dizer o inspector não só observa mas também participa ou melhor toma
parte na vida e nas actividades da população inspeccionada. O Inspector é ao mesmo
36

tempo observador e participante.

Conversa e discussão: são métodos que consistem em estabelecer uma comunicação


directa, um diálogo através dos quais o Inspector pode aprofundar certas análises e
debates com os quadros inspeccionados.

A conversa e a discussão realizam-se em torno de qualquer aspecto constante e que


mereça um tratamento especial.

Nesta troca de ideias, o inspector pode prestar apoio aos quadros, dar-lhes esclarecimento
e orientações mas também adquirir deles novas experiências e generalizar outros, este
método também permite conhecer melhor os professores e outros de gestão da escola e
fazer uma avaliação correcta e justa do seu trabalho.

Explicação e demonstração: estes são métodos essenciais para realizar a instrução dos
quadros e funcionários da educação e para prestar-lhes apoio com vista a melhorar o seu
nível científico e metodológico.

Com estes métodos a inspecção pode aliar as tarefas de controlo com o apoio e a
instrução, pois através do controlo detectam-se as lacunas e dificuldades que serão

12
Cf. Guia do Inspector, do Ministério da Educação da República de Angola.
imediatamente analisadas e superadas através da explicação, de esclarecimento e da
demonstração.

Entrevista e inquérito: são métodos que consistem em obter opiniões dos quadros de
gestão, dos docentes e dos alunos sobre determinados aspectos.

Estes métodos baseiam-se num questionário que pode ser apresentado oralmente
(entrevista) ou por escrito mediante um formulário (inquérito) a indivíduos ou grupos de
indivíduos.

Deste modo, mediante perguntas previamente preparadas e tendo em conta o tipo de


pessoas aquém se destina, consegue-se obter as informações necessárias as análises que a
inspecção precisa de fazer.

Revisão dos documentos: este método consiste em fazer buscas e análises dos
documentos das escolas ou outros órgãos controlados para conhecer a sua organização 37
e
nível de funcionamento, para detectar erros ou defeitos no trabalho ou para obter dados
necessários à projecção de novas medidas. Ele fornece portanto informação “em segunda
mão”.

Este método, ao mesmo tempo que fornece elementos para a fundamentação, planificação
e organização de trabalho, pode servir de fonte valiosa para a projecção de estudos
posteriores sobre os aspectos específicos que revelam situações problemáticas.

O inspector deve saber previamente quais os documentos que deve inspeccionar de


acordo com a natureza e a especificidade do organismo que controla e deve anotar os
resultados para fazer posteriormente as análises, que permitem tirar conclusões
objectivas.

É um método que possibilita a recolha de informações sobre processos, factos e


fenómenos que não podem ser obtidos ou parcialmente através de outros métodos.

Balanço das experiências: é o método que consiste em estudar e generalizar a


experiência pedagógica avançada, isto é a prática que contem elementos criadores, novos
e originais na aplicação dos princípios científicos.
Esta experiência pode surgir do trabalho de um professor ou de professores de uma escola
ou município que se propõe buscar novas formas para solucionar os problemas que se
apresentam na actividade diária em que se refere o processo docente-educativo.

Reuniões e encontros: estes métodos consistem em estabelecer contactos com os


responsáveis das escolas e outros quadros através de uma convocatória para se analisar
conjuntamente alguns problemas referentes ao trabalho da escola a inspeccionar.

Através das reuniões e encontros o inspector colhe os dados necessários sobre o trabalho
das escolas que atende, o que lhe permite fazer análises e tomar as medidas convenientes.

A eficácia destes métodos é aumentada com um trabalho prévio de observação e de


constatação da realidade escolar através de análise dos documentos fundamentais da
escola. Com isso, pode-se dirigir as reuniões e encontros considerando os problemas
fundamentais.

1.8- Caracterização da Inspecção Escolar na Província de Cabinda 38

1.8.1- Período colonial

Para o êxito deste período no nosso trabalho, usamos a técnica de entrevista que consistiu
em travar um diálogo com algumas personalidades idóneos da educação que por
conseguinte, mais antigos no processo docente-educativo, que nos elucidaram como foi e
como chegou a inspecção da educação no então Distrito de Cabinda, hoje província em
Angola independente, e que num passado muito recente desempenhou o cargo de
Inspector da Educação entre 1983-2007.

Foi desta forma que entrevistamos o já aposentado (reformado) professor, o mais velho
Pedro Leonardo Pitra Melo que, pelo seu gesto carinhoso e sorridente, começou por
responder nos seguintes moldes:

Saibam que a actividade inspectiva é de carácter eminentemente sigiloso. O agente


inspectivo não deve primar pelo facultativo senão pela verdade; dizia o velho Pitra Melo
como é carinhosamente chamado.

Antes da independência de Angola, a insuficiência do pessoal qualificado para a


docência, originou a formação de monitores escolares que trouxe à Cabinda o primeiro
Sub-inspector escolar provincial, o senhor José Manuel Fraquete Rosado (1962-1964),
orientador dos cursos em três anos. Seguidamente, Cabinda conheceu os primeiros
Inspectores que foram os senhores Manuel Bandeira e Manuel Sengo da Costa tendo
este último exercido a função até aos primórdios da independência de Angola, isto é até
1974.13

1.8.2- Inspecção escolar no período pós Independência de Angola na província de


Cabinda

Este período, segundo o nosso entrevistado, a inspecção escolar não se fazia sentir na
província de Cabinda pois que, de 1977 até princípios de 1983 trabalho inspectivo nesta
província era exercido por inspectores vindos da capital do país Luanda. Apenas em
meados de 1983, um inspector provincial escolar que é Senhor professor Pedro Leonardo
Pitra Melo que desempenhou este cargo de 1983-2007 coadjuvado pela senhora
professora Conceição Rocha que depois assumiu este cargo a quando da aposentação do
senhor Pitra Melo como é carinhosamente chamado.

Para o nosso entrevistado dizia que, não foi tão fácil exercer a actividade inspectiva em
39
toda extensão da província neste período por questões impróprias que se fazia sentir na
altura, que se prendiam na falta de condições de trabalho e mesmo na falta de meios
rolantes, para além da situação da guerra civil vivida no momento. A Inspecção escolar
na altura funcionou com apenas com inspectores nomeados.14

Já com a Dr.ª Conceição Rocha que substitui o senhor Pitra Melo em 2007, interrogada
como estava constituído órgão que dirige, na sua locução começou primeiro detalhar a
constituição da inspecção provincial da educação no seguinte:

O Departamento da Inspecção da Educação conta com seis inspectores escolares


nomeados, três administrativos e duas auxiliares de limpeza. Com a saída de cinco
inspectores, quatro aposentados e uma indicada para ocupar o cargo de Director do
Instituto Médio de Economia de Cabinda (IMEC), no ano 2008, houve a necessidade de
recrutar oito técnicos docentes para reforçarem o trabalho inspectivo, com autorização da
Direcção Nacional de Inspecção e com o conhecimento da Direcção Provincial da
Educação Ciência e Tecnologia. Estes beneficiaram de uma formação metodológica
(teoria e prática) com base nos normativos constantes no manual de apoio da formação
13
Fonte oral. “Informação recolhida por via entrevista ao Senhor Pedro Leonardo Pitra Melo” antigo
professor e um dos primeiros Inspectores Escolares da Província de Cabinda, após Independência, (1983-
2007).
14
Idem.
dos inspectores. Após a sua formação, foram distribuídos por áreas de jurisdição em
duplas e actuam nas escolas do ensino primário e secundário do I e II Ciclos, portando
desta forma o efectivo deste órgão com dezanove trabalhadores.15

A senhora Conceição Rocha dirigiu este órgão coadjuvada pela senhora Carlota, até
meados de 2013 ano em que as duas foram apresentadas (reformadas).

1.8.2.1- Inspecção escolar na actualidade na província de Cabinda.

O Departamento da Inspecção da Educação em Cabinda, no exercício das actividades que


lhe são confiados conta actualmente com vinte inspectores de entre eles um Inspector
chefe e inspectores chefes de secções sendo um para o ensino geral e um para o ensino
técnico e profissional. Comparativamente com o efectivo que este Departamento contava
até ao ano 2012, destaca-se com um aumento considerável e actualmente conta com um
efectivo de vinte e quatro elementos entre inspectores, quadro administrativo, motorista e
auxiliares de limpeza e higiene.
40

15
Fonte Oral. Entrevista dirigida à senhora Conceição Rocha Inspectora escolar.
CAPÍTULO II - PROCEDIMENTOS METODOLÔ GICOS 41

2.1- Caracterização da Inspecção da educação de Cabinda

O Departamento da Inspecção da Educação está situado na Avenida Dr. António


Agostinho Neto nesta cidade de Cabinda, em defronte ao Banco do Comércio e Indústria,
entre o edifício dos Correios de Angola, Angolatelecom, Hospital Militar, Sede da
Universidade 11 de Novembro, edifício do Instituto Nacional de Segurança Social e nas
proximidades da sede dom Sporting de Cabinda.

Metodológico e administrativamente depende da Secretaria Provincial da Educação,


Ciência e Tecnologia, como serviço que assegura o controlo pedagógico e disciplinar dos
sistemas do ensino não universitário a nível da província, e compreende as seguintes
secções:

A. Secção de inspecção do ensino geral e especial

B. Secção de inspecção do ensino-técnico-profissional e educação extra-escolar.

Este Departamento organicamente funciona actualmente com 21 inspectores de carreira


nomeados donde está contido o Inspector Chefe que coordena todas as actividades deste,
2 chefes de secção, chefiando as Secções de ensino geral e ensino técnico profissional, e
3 quadros administrativos, 1 motoristas e 2 auxiliares de limpeza e higiene totalizando 27
efectivos controlados por este Departamento.
2.1.1- São funções deste Departamento de Inspecção Escolar as seguintes:

a) Controlar e supervisionar a aplicação correcta da política da educativa do Sector


público e privado a nível provincial;

b) Apoiar e controlar a aplicação correcta dos planos de estudo e programas pedagógicos;


c) Capacitar os responsáveis, docentes e técnicos do sector;
d) Supervisionar a realização de exames e demais provas;
e) Elaborar estudos sobre questões fundamentais para o desenvolvimento da educação e
ensino;
f) Informar aos órgãos competentes do resultado do seu trabalho e propor as medidas
mais adequadas;
g) Exercer a acção disciplinar nos termos da lei quando tal se mostrar necessário e for
superiormente determinada;

h) Realizar quaisquer outras tarefas que lhe sejam superiormente determinadas.


42
Para o exercício das suas actividades, os inspectores estão distribuídos em áreas de
jurisdição na qual trabalham dois a dois. Ao entrarem no campo de acção, fazem-se
acompanhar de uma caderneta de anotações e a ordem de controlo sendo este último o
instrumento que serva de guia ao inspector no exercício da actividade inspectiva nas
diferentes instituições de ensino por onde estiver a levar a cabo esta acção; na caderneta
são anotadas as informações necessárias que, posteriormente serão discutidas num
encontro de todos inspectores na presença do(a) Inspector(a) chefe e em seguida é
lavrado um relatório final considerado trimestral que é encaminhado aos órgãos
superiormente competentes e que são no entanto, a Secretaria Provincial da Educação,
Ciência e Tecnologia, Gabinete da Inspecção do Governo Provincial e ao Gabinete do
Vice-governador para área Política, Social e Administrativo. Dizer que a Inspecção
Provincial da Educação em Cabinda, não controla apenas as escolas e o corpo docente,
mas, controla também a gerência de todo o sistema da Educação na Província.16

O relatório anual é elaborado no final de cada ano lectivo e é canalizado: uma via a
Secretaria Provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, ao Governo da província de
Cabinda, concretamente ao Gabinete da Inspecção do Governo provincial, a Direcção
Nacional da Educação.

16
Informação recolhida com base a entrevista aplicada ao Inspector provincial.
2.1.2- Tabela justificativa do organigrama do Departamento da Inspecção da Educação de
Cabinda.

GÉNERO 43

Designação Masculino Feminino Total


Fr. % Fr. % Fr %
Inspectores Nomeados 18 75 3 8,3 21
Pessoal Administrativo 1 4,16 2 4,16 3 8,32
Motoristas 1 4,16 0 0 1 4,16
Auxiliares de L. Higiene 0 0 2 4,16 2 41,5
Total 20 83,32 7 16,62 27 100

A tabela em referência faz menção ao número global do pessoal que funciona naquele
Departamento, desde os inspectores, pessoal administrativo, motoristas e os auxiliares de
limpeza e higiene.

De realçar que, o Departamento da Inspecção da Educação, enfrenta no seu dia-a-dia


encontra inúmeras dificuldades, como a falta de meios rolantes suficientes, bem como a
falta de representações fixas ao nível dos Municípios do interior.

Atendendo ao número de inspectores considerado ainda insuficiente e olhando para o


número de instituições de ensino que província hoje possui, acreditamos que, muitos
esforços são empreendidos na realização das actividades inspectivas, por formas a
melhorar o desenvolvimento do trabalho de maneiras a atingir os objectivos
preconizados. Com um controlo e a presença permanente dos inspectores nas escolas
haveria melhoria no ensino e na gestão das mesmas (escolas), visto que ajudaria o
professor que é o principal orientador do aluno fazer a sua auto-avaliação e a superar-se a
cada dia usando todos os métodos necessários para um bom ensino e consequentemente
alcançar sucessos.

Numa definição mais abrangente, a metodologia é a explicação minuciosa, detalhada,


rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de
pesquisa; no qual a pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar é a busca de
solução a um problema que alguém queira saber resposta.

Para a elaboração do nosso trabalho, usamos o método de investigação na base de recolha


44
bibliográfica de vários textos ligados ao tema em questão. É sabido que todo um trabalho
científico exige normas a seguir para a sua efectivação; é nesta óptica que se fez uma
consulta bibliográfica minuciosa que cingiu-se no seguinte:

a) Leitura e interpretação dos textos

b) Delimitação dos conteúdos em referência

c) Compilação do trabalho depois de extrairmos os pontos de vista importantes para


o desenvolvimento do mesmo.

2.1.3- População

População – segundo o dicionário (O nosso Dicionário 4ª Edição 1980: 392), define a


população como a totalidade dos indivíduos que habitam um país, região ou localidade,
classe, etc., grupo de organismos da mesma espécie que povoa um determinado território.

Tendo em conta os objectivos da pesquisa, apontamos como população alvo os


inspectores escolares e os professores do Instituto Médio de Economia de Cabinda e da
Escola Secundária do I Ciclo “Faty Veneno” em Lândana-Cacongo, ilustrados na tabela
seguinte:

Tabela 1: População estudada

GÉNERO
Designação Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Inspectores Escolares 18 85,71 3 14,29 21 100
Professores 24 61,54 15 38,46 39 100
2.1.4- Amostra

Amostra Pequena porção de um objecto para exame ou prova das suas qualidades;
mostra, indício. Acto de amostrar, segundo (o nosso dicionário, 4ª Edição 1980:34).

Para o desenvolvimento deste trabalho, tivemos uma amostra de 60 indivíduos entre


inspectores e professores.

Segundo (Matos 2008:66), amostra é a porção ou parcela convenientemente seleccionada45


do universo populacional.

2.2- Métodos de pesquisa

O termo método utilizado na literatura científico-metodológico, tem diferentes sentidos


que partem dos mais amplos aos mais restritos. Para nós, os métodos são vias racionais e
eficazes utilizadas para alcançar os objectivos preconizados numa determinada
actividade,

Sendo assim, apoiamo-nos nos seguintes métodos:

Observação: que consiste na recolha atenta e profunda de dados de pessoas, animais ou


coisas no seu ambiente normal. A observação ajudou-nos constatar em loco o
funcionamento da Inspecção Escolar na província de Cabinda, os aspectos pelos quais
caracterizamos a real situação que este órgão vive.

Estudo Bibliográfico: consiste na busca de conteúdos em obras bibliográficas escritas


por vários autores. A consulta dos aspectos nelas apresentados teoricamente, permitiu-nos
descrever as características distintivas sobre o tema em abordagem, constituindo desta
forma um conjunto de conhecimentos.

Análise matemática: este método favoreceu na utilização de cálculos que permitiram


estabelecer uma relação entre a significação da amostra e o resultado da pesquisa.

2.3- Técnicas e instrumentos de pesquisa

As técnicas de pesquisa constituem a forma como o investigador desenvolve o trabalho


de pesquisa. Estas, partem não só do contacto directo com a realidade objectiva, mas
também do contacto com algumas pessoas e através de documentos ou materiais
elaborados. É daí que, a aplicação de uma determinada técnica para recolha de dados

46
exige sempre a utilização de certos instrumentos, podendo estes variar de acordo como as
características da pesquisa. Tendo em atenção a pesquisa em causa, recorremos
fundamentalmente nas técnicas Observação indirecta, questionário, entrevista, a pesquisa
social que consiste em buscar respostas de um determinado grupo social, pesquisa
histórico que consiste em estudar o passado e a pesquisa teórica que consiste em analisar
uma determinada teoria tendo como instrumentos a:

1 Ficha do questionário, através das perguntas elaboradas nela foi possível o


fornecedor de dados expressar a sua ideia no local reservado.
47

CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE


DADOS

No capítulo em referência, apresentamos os dados obtidos a partir dos questionários


aplicados aos inspectores e professores do Departamento da Inspecção da Educação, bem
como aos professores do Instituto Médio de Economia de Cabinda e da Escola
Secundária do I Ciclo “Faty Veneno” em Lândana-Cacongo respectivamente. Desta
forma, os resultados do nosso estudo em concordância ou discordância com os objectivos
e resultados previamente esperados (hipótese), numa primeira fase, faremos a análise das
informações inerentes aos inspectores e posteriormente, nos centralizaremos dos dados
recolhidos aos docentes (professores) não obstante sabermos que os inspectores também
são professores de profissão.

Não podemos omitir que o trabalho da inspecção escolar na província de Cabinda tem
tido êxitos muito embora reconhecermos as dificuldades que este sector tão importante do
Ministério da Educação na província vive do ponto de vista de recursos humanos, meios
de transporte, etc.17

3.1- Análise dos dados referentes ao questionário aplicado aos inspectores escolares.

Tabela nº 1- Resultados da pergunta 1, qual é o nível académico que possui?

GÉNERO
Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Licenciado 15 71,42 3 14,29 18 85,71
Bacharel 2 9,52 0 0 2 9,52
Técnico Médio 1 4,76 0 0 1 4,76
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

17
Grifo do autor
Com relação a pergunta nº 1, verificou-se que, são licenciados, são bacharel e é Técnico
Médio perfazendo um total de 100%.

Reparando no que acima mencionamos, permite-nos dizer que, a maior percentagem dos
inspectores têm o ensino superior. Daí, apraz-nos dizer que é um bom passo visto que,
são pessoas com uma formação que se adequa com o trabalho que exercem.

Tabela nº 2 - Resultados da pergunta 2, durante a sua formação que curso 48


ou
especialidade fez?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Pedagogia 11 52,38 2 9,52 13 61,90
Psicologia 3 14,29 1 4,76 4 19,05
História 2 9,52 0 0 2 9.52
Inspector 2 9,52 0 0 2 9,52
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

A segunda pergunta notou-se que, dos vinte inspectores questionados, formaram-se em


Pedagogia 13, em Psicologia 4, em História 2 e 2 tiveram seminários relacionados à
inspecção escolar. Os indicadores mostram que todos os inspectores são formados em
Ciências de Educação. Há grande vantagem neste caso, pois que, a maior parte dos
inspectores possuem todos os métodos e bagagem suficiente para levarem com eficiência
e eficácia a acção inspectiva.

Tabela nº 3- Resultados da pergunta 3, a quantos anos é inspector?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
A menos de cinco anos 5 23,8 1 4,76 6 28,57
A cinco anos 4 19,05 1 4,76 5 23.81
A mais de cinco anos 2 9,52 1 4,76 3 14,29
A mais de dez anos 7 33,33 0 0 7 33,33
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Na terceira pergunta, constatou-se que, 6 são inspectores a menos de 5 anos, 5 são


49
inspector a 5 anos, 3 são inspectores a mais de 5 anos e 7 são inspectores a mais de 10
anos, como se pode observar nos indicadores mostram uma percentagem maior
pertencente aos inspectores com mais de 10 anos, isso traduz-se terem adquirido
experiencia suficiente ao longo desses anos para levarem com êxito, a missão a que lhes é
confiado.

Tabela nº 5- Resultados da pergunta 5 para ser inspector é necessário:

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Ser professor 18 85,71 3 14,29 21 100
Ser trabalhador da administração 0 0 0 0 0 0
Ter formação na área de inspecção 0 0 0 0 0 0
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

A pergunta nº 5, evidenciou-se que, 100% dos inspectores afirmaram que


necessariamente deve ser professor. Neste requisito, é fundamental que os inspectores
estejam dotados de conhecimentos psico-pedagógicos para melhor exercerem a
actividade inspectiva.

Tabela nº 7 – Resultados da pergunta 7 quê critérios se considera para fazer parte de uma
inspecção?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
A antiguidade 0 0 0 0 0 0
A formação 18 85,71 3 14,29 21 100
A localização do local a inspeccionar 0 0 0 0 0 0
O tipo de caso a inspeccionar 0 0 0 0 0 0
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

No concernente a tabela nº 7 da pergunta nº 7, 100% dos inspectores responderam que50a


formação é essencial para fazer parte de uma inspecção. Concluímos que, para se efectuar
a actividade inspectiva, é indispensável ser professor e necessariamente ter uma formação
específica na área da inspecção da educação.

Tabela nº 8 – Resultados da pergunta 8 que áreas acham mais importante para


inspeccionar?
GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
As aulas 0 0 0 0 0 0
Aos dirigentes escolares 1 4,76 0 0 1 4,76
Estruturas físicas 0 0 0 0 0 0
Aos professores 2 9,52 0 0 2 9,52
Total 3 14,28 0 0 3 14,28
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

No concernente a pergunta nº 8 questiona-se saber dos elementos: as aulas, aos dirigentes


escolares, estruturas físicas, trabalhadores administrativos e aos professores em qual deles
recai mais a inspecção; verificou-se que, 1 afirma que aos dirigentes escolares e 2
afirmaram aos professores. Reparando bem a tabela nº 8, os indicadores mostram-nos
que, a maior percentagem é a dos que abstiveram. Sendo o objectivo principal da
inspecção escolar é promover por todos os meios o desenvolvimento e a eficiência das
instituições educativas e assegurar uma ligação em ambos sentidos, entre autoridades de
ensino e as suas comunidades escolares, a inspecção escolar deve recair em todos
elementos e não em alguns.

Tabela nº 9 – Resultados da pergunta 9 em que ensino inspeccionas?


51
GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Ensino Primário 0 0 0 0 0 0
Ensino secundário I Ciclo 0 0 0 0 0 0
Ensino secundário II Ciclo 0 0 0 0 0 0
Total 0 0 0 0 0 0
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013
Quanto a pergunta nº 9, notou-se que, todos se abstiveram no que foi questionado pois
que os inspectores, inspeccionam no ensino primário, no ensino secundário I Ciclo e no
ensino secundário do II Ciclo. Em função dos resultados da pesquisa feita, evidenciou-se
que as inspecções são feitas desde o ensino primário até ao ensino ao ensino secundário
do II Ciclo e que para a sua realização os inspectores estão divididos por áreas de
jurisdição.

Tabela nº 10 – Resultados da pergunta 10 em termos de aulas que disciplinas


inspeccionas?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Qualquer disciplina 18 85,71 3 14,29 21 100
As que me forem indicadas 0 0 0 0 0 0
As da minha formação 0 0 0 0 0 0
As da minha jurisdição 0 0 0 0 0 0
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Relativamente a pergunta nº 10, constatou-se que, 100% dos inspectores responderam


que em qualquer disciplina. Particularmente concluímos que todos inspectores escolares
estão formados e preparados para exercerem as actividades inspectivas em qualquer
disciplina.

Tabela nº 11- Resultados da pergunta nº 11 após a inspecção quê procedimentos atendes?


52
GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Informar ao inspector chefe 0 0 0 0 0 0
Aconselhar a Direcção da Educação 0 0 0 0 0 0
Reunir com a Direcção da escola 18 85,71 3 14,29 21 100
e com o professor
Fazer informe final 0 0 0 0 0 0
Total 18 85,71 3 14,29 21 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

No tange a pergunta nº 11, os resultados da tabelas indicam que 100% dos inspectores
responderam que, após de uma inspecção reúnem com a Direcção da escola e com o
professor. Mas é necessário descrever que, depois de se efectuar uma avaliação sobre o
trabalho de alguém para além de reunir com os elementos afectos, deve-se ainda fazer um
informe final para posteriormente dar o relatório a quem de direito, (neste caso o
Inspector Chefe)

Tabela nº 12 – Resultados da pergunta nº 12 quê finalidades tem a sua actividade


inspectiva?
53
GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Detectar falhas no processo do
ensino-aprendizagem 0 0 0 0 0 0
Aconselhar a Direcção da Educação 0 0 0 0 0 0
Recolher dados ou informações sobre
a escola 2 9,52 0 0 2 9,52
Punir o professor ou a instituição
pelos erros cometidos 0 0 0 0 0 0
Contribuir para melhorar a gestão 16 76,19 3 14,29 19 90,48
Total 18 85,71 3 14,29 19 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Quanto a pergunta nº12, os resultados mostram responderam que, 2 recolher dados ou


informações sobre a escola é a finalidade do trabalho inspectivo, 19 contribuir para o
melhoramento da gestão escolar e o desempenho dos professores.
Em nossa opinião, a actividade inspectiva não se destina apenas aos aspectos focados
pelos inspectores.

3.1.1-Análise dos dados referentes ao questionário aplicado aos professores

Tabela nº 15- Resultados da pergunta nº 1 qual é o nível académico que possui?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Licenciado 3 7,69 2 5,13 5 12,82
Bacharel 6 15,38 2 5,13 8 20,51
Técnico Médio 15 38,46 11 28,21 26 66,67
Total 24 61,53 15 38,44 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Ao fazer referência da tabela nº 15 da pergunta nº 1 sobre os dados recolhidos quanto ao 54


nível académico dos professores alvos, notou-se que, 12,82% são licenciados, 20,59%
são bacharéis e 66,67% são técnicos médios. Sem mais comentários, é de realçar que, os
professores inqueridos possuem um nível académico aceitável tendo em atenção ao
trabalho por eles prestado à educação.

Tabela nº 16 – Resultados da pergunta nº 2 durante a sua formação quê curso ou


especialidade fez?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Psicologia 2 5,13 1 2,56 3 7,69
Pedagogia 2 5,13 0 0 2 5,13
Geografia/História 8 20,51 6 15,38 14 35,90
Biologia/Química 3 7,69 2 5,13 5 12,82
Matemática/Física 2 5,13 1 2,56 3 7,69
Antropologia 1 2,56 0 0 1 2,56
Contabilidade 1 2,56 0 0 1 2,56
Gestão de Exportação 1 2,56 0 0 1 2,56
Gestão de Empresas 2 5,13 0 0 2 5,13
Direito Civil 0 0 1 2,56 1 2,56
Economia Industrial 1 2,56 0 0 1 2,56
Engenharia de Informática 0 0 1 2,56 1 2,56
Ciências Sociais 1 2,56 2 5,13 3 7,69
Ciências Exactas 1 2,56 0 0 1 2,56
Total 25 64,10 14 35,90 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

A tabela nº 16 pertence a pergunta nº 2 do questionário aplicado aos professores,


verificou-se que, 7,69% formaram-se em Psicologia, 5,13% em Pedagogia, 35,90% em
Geografia/História, 12,82% em Biologia/Química, 7,69% em Matemática/Física, 2,56%
em Antropologia, 2,56% em Contabilidade, 2,56% em Gestão de Exportação, 5,13% em
Gestão de Empresas, 2,56% em Direito Civil, 2,56% em Economia Industrial, 2,56% em
Engenharia de Informática, 7,69% em Ciências Sociais e finalmente 2,56% em Ciências
Exactas. Os indicadores da tabela nº 16 mostram-nos que, a maior percentagem pertence
55
aos professores formados em Geografia/História.

No quadro de formação académica vimos que, temos docentes formados em diferentes


especialidades, mas, queremos que estes demonstram as suas competências, habilidades
técnicas, humanas e conceptuais, atitude na transmissão de conhecimentos aos alunos.
Falar em competência significa falar em saber fazer bem.18

Tabela nº 17- Resultados da pergunta nº 3 a quantos anos é professor?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
A menos de cinco anos 3 7,69 1 2,56 4 10,26
A cinco anos 3 7,69 2 5,13 5 12,82
A mais de cinco anos 9 23,08 5 12,82 14 35,90
A mais de dez anos 9 23,08 7 17,95 16 41,03
Total 24 61,54 15 38,46 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Na tabela nº 17 da pergunta nº 3 do questionário aplicado aos professores, observou-se


que, 10,26% afirmaram a estarem na docência a menos de 5 anos,12,82% a 5 anos,
35,90% a mais de 5 anos e finalmente 41,03% afirmaram estarem na docência a mais de
10 anos. No nosso entender, os professores com mais de 10 anos de docência devem ser
considerados como suporte ou modelo a ser seguido para os demais pois que, têm maior
experiência no trabalho, tendo em conta que é do velho que vem o novo.

18
Cf. Palavras de (Mello 1982, pp. 43-4)
Tabela nº 19- Resultados da pergunta 5 Já foi inspeccionado alguma vez?

GÉNERO
56
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Sim 19 48,72 8 20,51 27 69,23
Não 7 17,95 5 12,82 12 30,77
Total 26 66,67 13 33,33 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Na tabela nº 19 é referente a pergunta nº 5 dirigida aos professores, verificou-se que,


69,23% referiram que já foram inspecionados e 30,77, afirmam não terem sofrido
qualquer acção inspectiva. No nosso entender destes professores que não foram
inspecionados acreditamos não fazerem-se presentes nos momentos que são feitas as
visitas inspectivas nas escolas que leccionam ou ainda pode estar em causa uma
contrariedade entre as visitas e os horários dos professores.

Tabela nº 22 – Resultados da pergunta 8, Acha que a inspecção cumpre com todos os


requisitos necessários para uma óptima inspecção?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Sim 17 43,59 10 25,64 27 69,23
Não 8 20,51 4 10,26 12 30,77
Total 25 64,10 14 35,90 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Os indicadores da tabela nº 22 da pergunta 8 dirigida aos professores, faz referência que,


69,23% concordam que a inspecção cumpre com todos os pressupostos necessários para
uma óptima inspecção e 30,77% dizem que não. Com os resultados apresentados, vimos
que, a maior parte deram uma resposta positiva. Logo, concluímos que, a inspecção tem
contribuído muito para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem cumprindo
e demonstrando o seu verdadeiro papel nas suas actividades inspectivas.
Tabela nº 24- da pergunta nº 10, em que elementos recaem mais as inspecções realizadas?
57
GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
As aulas 5 12,82 4 10,26 9 23,08
Aos dirigentes escolares 5 12,82 3 7,69 8 20,51
Estruturas físicas 3 7,69 1 2,56 4 10,26
Trabalhadores administrativos 3 7,69 4 10,26 7 17,95
Aos professores 8 20,51 3 7,69 11 28,21
Total 24 61,54 15 38,46 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

Quanto a tabela nº 24, faz referência a pergunta nº 10 do questionário dirigido aos


professores, na qual demonstra que, 23,08% afirmam que a inspecção recai mais nas
aulas, 20,51/ aos dirigentes escolares, 10,26% nas estruturas físicas, 17,95% aos
trabalhadores administrativos e 28,21% responderam que a inspecção que a inspecção
deveria recair mais aos professores. Notou-se que a maior parte dos inqueridos
responderam que a inspecção recai mais aos professores por serem os elementos chaves e
responsáveis para aprendizagem dos nossos educandos.

Tabela nº 27- Resultados da pergunta 13, Como considera a actividade da inspecção


realizada na sua escola?

GÉNERO
Respostas Masculino Feminino Total
Fr. % Fr. % Fr. %
Muito bom 3 7,69 4 10,26 7 17,95
Bom 7 17,95 7 17,95 14 35,90
Regular 1 17,95 0 0 7 17,95
Mau 7 2,56 1 2,56 2 5,13
Não consigo classificar 6 15,38 3 7,69 9 23,08
Total 24 61,54 15 38,46 39 100
Fonte: questionário dirigido aos inspectores escolares em Dezembro de 2013

A tabela nº 27 relata os resultados obtidos na pergunta nº 13 do questionário dos


58
professores, constatou-se que, 17,95% consideram-na de muito bom, 35,90% de bom,
17,95% de regular, 5,13% de mau e 23,08% afirmam que, não consigo classificar. Tendo
em conta os objectivos e as funções da inspecção da educação no processo de ensino-
aprendizagem, concluímos que até hoje, existem ainda muitos professores que não
conhecem o verdadeiro papel da inspecção da educação e que também não sabem o
porquê das visitas inspectivas nas escolas.

CONCLUSÕES
59
No desenvolvimento deste trabalho, destacamos um conjunto de conhecimentos que
contribuem para a construção do bem saber, componentes fundamentais para a formação
e desenvolvimento de todo o homem. Em conformidade com os mesmos, chegamos
sinteticamente as seguintes conclusões:

1. O Departamento da Inspecção da Educação, é um órgão que tem um papel


preponderante para o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo da melhor
forma para o desenvolvimento e eficácia das escolas.

2. Consideramos o trabalho inspectivo feito nas escolas como positivo;


3. Os métodos e as funções da inspecção são explorados durante as actividades
inspectivas;
4. A actividade da inspecção escolar em Cabinda, adequa-se aos modelos e a
realidade do processo docente educativo;
5. Os inspectores possuem uma formação específica da actividade que exercem
embora sabermos que há um ou dois não possuírem ainda esta formação;

6. Para um indivíduo exercer as actividades inspectivas deve necessariamente ser


antes professor.

A Inspecção Escolar em qualquer canto do universo tem assumido um papel


preponderante para o melhoramento do processo de ensino e aprendizagem, já a sua
acção no domínio da educação tem sido a alavanca fundamental nas metodologias e nos
modelos utilizados pela educação. Ela não só controla, mas também aconselha todos os
elementos envolventes no sector da educação sobre tudo do ensino não universitário, por
onde incide a sua acção.

RECOMENDAÇÕES
60
Em função das inúmeras dificuldades observadas no concernente aos problemas vividas
pela Inspecção Escolar na Província de Cabinda, sugerimos as seguintes recomendações:
1- Que a Secretaria Provincial da Educação Ciência e Tecnologia de Cabinda, estuda
formas de seleccionar mais professores com a classificação de Bom nas
avaliações do desempenho para serem formados na área da inspecção para
engrossarem o efectivo já existente que achamos ainda ser insuficiente.

2- Que sejam promovidos seminários entre todos os gestores escolares e professores,


de formas que a inspecção venha esclarecer quais são os seus objectivos, as suas
funções e o seu papel no processo de ensino-aprendizagem.
3- Que sejam criadas representações (Repartições) a nível dos municípios do interior
por formas a alargar mais o serviço de inspecção para facilitar o trabalho
inspectivo já que se assiste um grande crescimento das instituições de ensino a
cada dia que passa neste território de Cabinda,
4- Que seja criado um gabinete autónomo capaz de assumir a actividade inspectiva
com maior eficiência e eficácia, apetrechando-o de condições de trabalho;
5- Que se cria condições de garantir formação específica permanente aos
inspectores.

6- Que sejam dadas condições condignas de trabalho à Inspecção Escolar, como por
exemplo mais meios rolantes entre carros e motorizadas, que permitem facilitar as
deslocações nas distintas instituições de ensino em serviço inspectivo.

BIBLIOGRAFIA 61
1. Apontamentos nos cadernos da Cadeira de Psicologia Diferencial a quando da
Licenciatura, do docente Domingos Vetche, ISCED-Cabinda; ano 2006.
2. ARNAY, 1998, citado por Dr. João André Luemba, Curso de agregação
pedagógica; pag: 1

3. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é a Educação. Editora Brasiliense, p: 32.


Ano 1981.

4. DANILOV. M. A El Processo de Enseñnza em la Escuela. Havan, Editorial de


Libros para la Educacion, 1978.

5. DAVIS, Claudia e OLIVEIRA, Zilma de psicologia na educação. São Paulo,


Cortez, 1990.

6. DUARTE, Joaquim Cardoso. “Dialogo” Enciclopédia Verbo da Sociedade e do


Estado Antropologia Direita Economia Ciência Politica Volume 2.

7. Informação sobre a inspecção escolar em Cabinda antes e depois da


independência. Fonte oral: Professor Pedro Leonardo Pitra Melo ( Professor e
antigo inspector escolar provincial “1983-2007”).

8. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo, Loyola,


1989 (caps. 4 e 59).

9. LIBÂNEO, 1994, Avaliação, citado por Dr. José Manuel Sita Gomes; 2004

10. LE, Van, 1986; pag: 17. Texto de apoio da Cadeira de Administração Gestão
Escolar do docente João André Luemba, ISCED-Cabinda; ano 2007.

11. LEIF, 1976, APRENDIZAGEM. Texto de apoio da Cadeira de Psicologia


Pedagogica do docente Vicente Télica, ISCED-Cabinda; ano 2006.

12. LUCKESI, Cipriano C. “Avaliação Educacional Escolar: Para além do


Autoritarismo”. Revista da Ande, (10): 47-51; (11): 47-49, São Paulo, 1986.
13. MARTINS, José, pedagogia e didáctica: duas ciências independentes,
disponíveis na internet via GOOGLE, http/www.google.com.br, pesquisado em
22 de Novembro de 2013;

14. MED-Angola, Guia do Inspector da Educação pags: 3 a 9; 15 a 26. Ano 2006.

15. MELLO, Menta Rosângelo, organização do trabalho pedagógico, disponível na


internet via GOOGLE, http/www.google.com.br, pesquisado em 9 de Dezembro
de 2013;

16. MIRAS, Sanches, a função supervisora nos sistemas educativos; paradigmas,


62
modalidades e características de actuação, disponível na internet via GOOGLE,
http/www.google.com.br, pesquisado em 19 de Novembro de 2013;

17. SANTOS, Martins, cultura, educação e ensino em Angola-Cap: 43 disponível na


internet via GOOGLE, http/www.google.com.br, consultado em 19 de Outubro
de 2013;

18. SAVIANI, Dermeval. “O Ensino Básico e o Processo de Democratização da


Sociedade Brasileira”. Revista da Ande, (7): 9-13, São Paulo, 1984.

19. ________________. “Sentido da Pedagogia e o Papel do Pedagogo”. Revista da


Ande, (9): 27-28. São Paulo, 1985.

20. ________________. “Sobre a Natureza e Especificidade da Educação”. Revista


em Aberto (JNEP), (22): 1-6, jul./ago. Brasilia, 1984

21. SEVERINO, António J. Educação, Ideologia e Contra-Ideologia. São Paulo, EPU.


1986.

22. Texto de apoio da Cadeira de Inspecção Escolar do docente João André Luemba;
ISCED-Cabinda: ano 2007.

23. TURRA, Clódia M. et alii. Planejamento de Ensino e Avaliação. Porto Alegre,


Sagra, 1986.
24. URBANO apud VASCONSELLOS, 1999, supervisão educacional; organização
do trabalho pedagógico, disponível na internet via GOOGLE,
http/www.google.com.br, pesquisado em 9 de Dezembro de 2013;

25. VALQUEZ, 2000, citado por Dr. João André Luemba, Curso de agregação
pedagógica; pag: 1

26. VARELA, Lopes Bartolomeu, inspecção educativa: paradigmas, modalidades e


características de actuação, disponível na internet via GOOGLE,
http/www.google.com.br, em 19 de Novembro de 2013

63

APÊNDICES
APÊNDICE 1. QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS INSPECTORES ESCOLARES
DA PROVÍNCIA DE CABINDA.

ATLANTIC INTERNATIONAL UNIVERSITY

Bom dia /Boa tarde

Senhores Inspectores, o presente questionário visa recolher a sua opinião sobre o


acompanhamento da inspecção na actividade do ensino e aprendizagem na província de
Cabinda. Para o efeito, solicitamos a sua amável colaboração respondendo com
sinceridade as questões abaixo colocadas.

Muito Obrigado pela sua colaboração.

Idade:_______ Sexo:________ Masculino:_______ Feminino

De acordo com a pergunta marque com um X em cada uma das opções em


conformidade com as possíveis respostas.
1-Qual é o nível académico que possui?

a) Licenciado_______

b) Bacharel_________

c) Técnico Médio____

d) Técnico Básico____

2-Durante a sua formação quê curso ou especialidade fez?

_______________________________________________

3-A quantos anos é Inspector?

a) A menos de cinco anos__________

b) A cinco anos__________

c) A mais de cinco anos_______

d) A mais de dez___________

4-Antes de ser Inspector, deu aulas?

a) Sim_____ b) Não_______

5-Para ser Inspector é necessário: vii

a) Ser professor_________

b) Ser trabalhador da administração_________

c) Ter formação na área da inspecção________

6-Em quê ensino deu aulas?

a) Ensino primário_______

b) Ensino secundário I Ciclo_______

c) Ensino secundário II Ciclo______


7-Quê critérios se considera para fazer parte de uma inspecção?

a) A antiguidade_______

b) A formação_________

c) A localização do inspector______

d) A localização do local a inspeccionar______

e) O tipo de caso a inspeccionar_______

8-Em quê área acham mais importante para inspecção?

a) As aulas_________

b) Aos dirigentes escolares________

c) Estruturas físicas________

d) Aos trabalhadores administrativos______

e) Aos professores________

9-Em quê ensino inspeccionas?

a) Ensino primário________

b) Ensino secundário I Ciclo________

c) Ensino secundário II Ciclo_______

10-Em termos de aulas quê disciplinas inspecciona?

a) Qualquer disciplina_________
viii
b) As que me forem indicadas_______

c) As da minha área de formação_____

d) As da minha jurisdição________

11-Após a inspecção quê procedimentos atendes?


a) Informar ao inspector Chefe_______

b) Aconselhar a Direcção da Educação________

c) Reunir com a direcção da escola e com o professor______

d) Fazer informe final_______

12-Quê finalidades tem a sua actividade Inspectiva?

a) Detectar falhas no processo do ensino aprendizagem_______

b) Aconselhar a Direcção da Educação_________

c) Recolher dados ou informações sobre a escola_________

d) Punir o professor ou instituição pelos erros cometidos_____

e) Contribuir para melhorar a gestão das escolas e o empenho do professor_____

13-Como consideras a actividade da inspecção realizada pelos seus colegas?

a) Muito Bom______ b) Bom______ c) Regular_________ d) Mau_______

e)Não consigo classificar________

14- Se pudesses mudar alguma coisa na inspecção que farias?_____________________

______________________________________________________________________

Muito obrigado pela sua contribuição.

ix

APÊNDICE 2. QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS PROFESSORES DO


INSTITUTO MÉDIO DE ECONOMIA E ESCOLA DO ENSINO SECUNDÁRIO
I CICLO “FATY VENENO” LÂNDANA, PROVÍNCIA DE CABINDA.
ATLANTIC INTERNATIONAL UNIVERSITY

Bom dia /Boa tarde

Senhores professores, o presente questionário visa recolher a sua opinião sobre o


acompanhamento da inspecção escolar na actividade do ensino e aprendizagem na
província de Cabinda. Para o efeito, solicitamos a sua amável colaboração respondendo
com sinceridade as questões abaixo colocadas.

Muito Obrigado pela sua colaboração.

Idade:_______ Sexo:________ Masculino:_______ Feminino

De acordo com a pergunta marque com um X em cada uma das opções em


conformidade com as possíveis respostas.

1-Qual é o nível académico que possui?

a) Licenciado_______

b) Bacharel_________

c) Técnico Médio____

2-Durante a sua formação quê curso ou especialidade fez?

_______________________________________________

3-A quantos anos é professor?

a) A menos de cinco anos__________

b) A cinco anos__________

c) A mais de cinco anos_______

d) A mais de dez___________

4- Em quê ensino dá aulas?

a) Ensino primário_____ x
b) Ensino secundário I Ciclo________
c) Ensino secundário II Ciclo________-

5- Já foi inspecionado alguma vez?

a) Sim_______ b) Não_______

6- Recebeu algum aviso prévio desta visita?

a) Sim _______ b) Não________

7-Após a actividade da inspecção tem havido troca de ideias com os inspectores?

a) Sim______ b) Não______

8-Acha que a inspecção cumpre com todos os requisitos necessários para uma
inspecção?

a) Sim ________ b) Não________

9-Quê critérios se deveriam considerar fundamentais para se integrar uma inspecção?

a) A antiguidade________

b) A formação__________

c) A localização do Inspector_______

d) A localização do local a inspeccionar_____

e) O tido de caso a inspeccionar___________

10- Em quê elementos recaem mais as inspecções realizadas?

a) As aulas_______

b) Aos dirigentes escolares_________

c) Estruturas físicas__________

d) Aos trabalhadores administrativos________

e) Aos professores________
xi
11- Após a inspecção quê procedimentos se deviam atender?

a) Informar ao inspector chefe_________

b) Aconselhar a Direcção da Educação________

c) Reunir com a direcção da escola__________

d) Reunir com o professor

e) Fazer informe final________

12- Quê finalidade deveria ter a actividade Inspectiva?

a) Detectar falhas no processo do ensino e aprendizagem__________

b) Aconselhar a Direcção da Educação___________

c) Recolher dados ou informações sobre a escola__________

d) Superar o professor na actividade docente___________

e) Punir o professor ou instituição pelos erros cometidos________

f) Contribuir para melhorar o empenho do professor___________

13- Como consideras a actividade da Inspectiva realizada na sua escola?

a) Muito Bom_______ b) Bom______ c) Regular_______ d) Mau________

e)Não consigo classificar________

14- Se pudesses mudar alguma coisa na inspecção, que sugerias? __________________

______________________________________________________________________

Muito obrigado pela sua contribuição.


xii

ANEXOS
ANEXO 1A. TABELAS

Tabelas dos Resultados das perguntas do diagnóstico aplicado aos inspectores da Educação.

Tabela nº 4A dos resultados da pergunta nº 4 do diagnóstico aplicado aos inspectores da Educação.

Género

Masculino Feminino
Antes de ser inspector, se Total

Fr. % Fr. % Fr. %


deu aulas

Sim 18 85,71 3 14,29 21 100

Não 0 0 0 0 0 0

Total 18 85,71 3 14,29 21 100

Tabela nº 6 dos resultados da pergunta nº 6 do diagnóstico aplicado aos inspectores da Educação.

Género

Masculino Feminino
Em quê níveis deu aulas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Ensino primário 0 0 0 0 0 0

Ensino secundário I Ciclo 0 0 0 0 0 0

Ensino secundário II Ciclo 0 0 0 0 0 0

Total 0 0 0 0 0 0
xiii

Tabela nº 13- Resultados da pergunta 13 Como consideras a actividade da inspecção realizada pelos seus
colegas?

Género

Masculino Feminino
Respostas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Muito Bom 18 85,71 3 14,29 21 100

Bom 0 0 0 0 0 0

Mau 0 0 0 0 0 0

Não consigo classificar 0 0 0 0 0 0

Total 18 85,71 3 14,29 21 100

Tabela nº 14- Resultados da pergunta 14 Se pudesses mudar alguma coisa na inspecção que farias?

Género

Masculino Feminino
Respostas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Apostar na formação 18 85,71 3 14,29 21 100

Ter gabinete autónomo da DPE-


Cabinda
0 0 0 0 0 0

Criação de condições de

Trabalho 0 0 0 0 0 0

Ter poder de decisão 0 0 0 0 0 0

As mudanças são de tutela da


DPE-Cabinda.
0 0 0 0 0 0

Total 18 85,71 3 14,29 21 100

xiv

Tabela nº 18A da pergunta nº 4 do diagnóstico aplicado aos professores.


Género

Masculino Feminino
Quê ciclo deu aulas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Ensino primário 0 0 0 0 0 0

Ensino secundário I Ciclo 16 41,03 11 28,21 27 69,24

Ensino secundário II Ciclo 8 20,51 4 10,25 12 30,76

Total 24 61,54 15 38,46 39 100

Tabela nº 20A dos resultados da pergunta nº 6 do diagnóstico aplicado aos professores.

Recebeu algum aviso Género

Masculino Feminino
prévio desta visita Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Sim 2 5,13 2 5.13 4 10,26

Não 19 48,72 9 23,08 28 71,79

Nunca 4 10,26 3 7,69 7 17,95

Total 25 64,10 14 35,90 39 100

xv

Tabela nº 21A dos resultados da pergunta nº 7 do diagnóstico aplicado aos professores.

Após a actividade da Género

Masculino Feminino
inspecção tem havido troca Total

de ideias com os
inspectores Fr. % Fr. % Fr. %

Sim 10 25,64 7 17,94 17 43,58

Não 14 35,90 8 20,52 22 56,42

Total 24 61,54 15 38,46 39 100

Tabela nº 23- Resultados da pergunta 9 Quê critérios se deveriam considerar fundamentais para se
integrar uma inspecção?

Género

Masculino Feminino
Respostas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

A antiguidade 0 0 0 0 0 0

A formação 19 48,72 7 17, 95 26 66,67

A localização do inspector 0 0 0 0 0 0

A localização do local a

inspeccionar 0 0 0 0 0 0

O tipo de caso a inspeccionar 11 28,20 2 5,12 13 33,33

Total 30 76,92 9 23,08 39 100

xvi

Tabela nº 25ªA dos resultados da pergunta nº11 do diagnóstico aplicado aos professores.

Após a inspecção quê Género

Masculino Feminino
procedimentos se deviam Total

Fr. % Fr. % Fr. %


atender

Informar ao inspector chefe 4 10,26 7 17,95 11 28,21

Aconselhar a Direcção da
Educação 5 12,82 2 5,13 7 17,95

Reunir com a Direcção da

Escola 6 15,38 6 15,38 12 30,77

Reunir com o professor 4 10,26 0 0 4 10,26

Fazer informe final 4 10,26 1 2,56 5 12,82

Total 23 58,97 16 41,03 39 100

xvii

Tabela nº 26ªA dos resultados da pergunta nº12 do diagnóstico aplicado aos professores

Género

Masculino Feminino
Quê finalidade deveria ter a actividade Total
inspectiva Fr. % Fr. % Fr. %

Detectar falhas no processo do ensino-


aprendizagem
5 12,82 4 10,26 9 23,08

Aconselhar a Direcção da Educação 6 15,38 0 0 6 15,38


Recolher dados ou informações sobre a escola

3 7,69 0 0 3 7,69

Superar o professor na actividade

Docente 1 2,56 4 10,26 5 12,82

Punir o professor ou instituição pelos

erros cometidos 4 10,26 3 7,69 7 17,95

Contribuir para melhorar o empenho

do professor. 5 12,82 4 10,26 9 23,08

Total 24 61,54 15 38,46 39 100

xviii

Tabela nº 28- Resultados da pergunta 14 Se pudesse mudar alguma coisa na inspecção que farias?

Género

Masculino Feminino
Respostas Total

Fr. % Fr. % Fr. %

Frequência regular nos

estabelecimentos de ensino 2 5,13 1 2,56 3 7,69

Acompanhar sempre algumas

actividades das escolas 1 2,56 2 5,13 3 7,69


Criação de condições de trabalho 3 7,69 0 0 3 7,69

Sempre que poder antever uma

inspecção 6 15,38 5 12,82 11 28,21

Reuniões periódicas com os

professores em cada ano lectivo 0 0 2 5,13 2 5,13

Mais acções de superação

pedagógica aos professores sob 5 12,82 3 7,69 8 20,51

tutela da inspecção

Apostar na formação dos inspectores na área


específica
7 17,95 2 5,13 9 23,08

Total 24 61,54 15 38,46 39 100

xix

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