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LEITURA DOS CAPÍTULOS 8, 10 E 20 DO LIVRO “MODIFICAÇÃO DE

COMPORTAMENTO”.

1. Questões 1, 2, 3, 4 e 8 do cap. 8
a. Estímulo: Qualquer evento, objeto, pessoa que esteja presente ao redor da
pessoa que podem ser detectados pelos receptores sensoriais dela. Um
estímulo pode exercer controle sobre a ocorrÊncia de um comportamento.

b. Bom controle de estímulo (grau de correlação entre um estímulo e uma


resposta subsequente): Seria uma boa correlação entre estímulo e resposta,
logo se o estímulo ocorre, a resposta tem alta probabilidade de ocorrer em
seguida.

c. SD: O Estímulo controlador ou estímulo discriminativo, é um determinado


estímulo que reforça uma resposta, ou seja, é uma deixa de que determinada
resposta terá bom resultado. Podemos dizer que ele é um estímulo para
reforçamento, que controla ou evoca o comportamento.
Exemplo: Joãozinho faz piadas no intervalo da aula, seus colegas riem e lhe
dão atenção. SD (colegas) -> Resposta (piadas) -> Reforçador (aprovação dos
colegas de sala)

d. SΔ: Podemos chamá-lo de estímulo para extinção, pois se a resposta for


colocada em extinção em determinado estímulo, ele servirá de extinção
daquela resposta/comportamento.
Exemplo: Joãozinho sabe que não pode fazer piadas durante as aulas e na
presença da professora, pois provavelmente será punido. SΔ (professora) ->
Resposta (piadas) -> Sem reforçador.

e. Análise ABC (antecedentes, comportamentos e consequências): é identificar


as contingências de reforçamento que controlam um comportamento.

2. Questões 10, 13, 14 e 15 do cap. 8


a. Generalização de estímulo: Ocorre quando o comportamento se torna mais
provável na presença de um estímulo ou situação, por ter sido reforçado na
presença de outro estímulo ou situação. O indivíduo responde da mesma
maneira a dois estímulos diferentes.
Exemplo: Uma criança que aprende a dizer “au-au” diante de uma criação de
quatro patas, grande, peluda, com orelhas caídas e um latido amigável. Em
outro momento, a criança vê um tipo diferente de cachorro grande e diz “au-
au”. Não é o mesmo cachorro, mas devido a semelhança ela identificou como
um au-au.
b. Generalização de estímulos e discriminação de estímulos: Caso uma resposta
que foi reforçada diante de um estímulo ocorra diante de um estímulo
diferente (devido a generalização não aprendida, aprendizagem de uma classe
de estímulos de elementos em comum ou aprendizagem de uma classe de
equivalência), dizemos que ocorreu generalização de estímulo. Entretanto, a
discriminação de estímulos possui consequências diferentes para o mesmo
comportamento, dependendo da situação.

c. Classe de equivalência: Os elementos de uma classe controlam a mesma


resposta, contudo os elementos da classe são fisicamente muito diferentes.
Exemplo: Entre uma cenoura, um lápis, uma ervilha, uma calculadora e uma
caixa de leite, a professora pede para que os alunos identifiquem quais são
alimentos. Mesmo não havendo semelhança entre a cenoura, ervilha e caixa de
leite, eles são identificados como alimento.

d. Diferença básica entre generalização de estímulos envolvendo classes de


estímulos de elementos em comum e generalização de estímulo envolvendo
classes de equivalência de estímulos: Uma classe de estímulos de elementos
em comum é um conjunto de estímulos, todos com alguma característica física
em comum, já a classe de equivalência de estímulos não envolve uma
semelhança física, eles são dissimilares, no qual os elementos da classe
controlam a mesma resposta.

3. Questões 1, 2, 4 e 5 do cap. 10
a. Três estágios básicos de qualquer procedimento de modelagem, utilizando de
exemplo o caso de Carlos:
1. Especificar o comportamento final desejado. O objetivo de Carlos era
correr 400 metros diariamente. Mas, devido ao seu sedentarismo, para
atingir tal objetivo, era necessário reforçar antes algum outro
comportamento.
2. Identificar uma resposta que possa ser usada como ponto de partida
em direção ao comportamento final desejado. Carlos decidiu que, no
mínimo, calçaria seus tênis e caminharia uma vez ao redor da parte
externa da casa (30 metros, aproximadamente). Embora isso estivesse
longe dos 400 metros era pelo menos um início.
3. Reforçar a resposta inicial; depois, realizar tentativas sucessivas e
cada vez mais próximas à resposta final desejada, até que por fim a
resposta desejada seja alcançada. Carlos decidiu usar a oportunidade
de beber uma cerveja como reforçador. Tinha que completar seu
exercício, antes de poder tomar uma cerveja. Depois que a primeira
aproximação ocorreu em várias tardes sucessivas, Carlos aumentou a
exigências para andar ao redor da casa duas vezes (60, aprox.) Alguns
dias depois a distância foi aumentada, depois mais e mais, até que a
distância fosse 400 metros, aproximadamente, e depois, finalmente,
percorrer esta distância correndo. Carlos alcançou o ponto em que
corria regularmente.

b. A modelagem envolve aplicações sucessivas dos princípios de reforçamento


positivo e extinção, ao reforçar a resposta inicial, realizando tentativas
sucessivas e cada vez mais próximas da resposta final desejada, até que a
resposta desejada seja alcançada. Quando tal resposta inicial está ocorrendo
numa frequência elevada, o modificador de comportamento para de reforçá-la
e começa a reforçar uma resposta ligeiramente mais próxima à resposta final
desejada.

c. Modelagem pode ser definida como o desenvolvimento de um novo


comportamento por meio do reforçamento sucessivo de respostas cada vez
mais próximas ao comportamento final desejado e da extinção das respostas
anteriormente emitidas.

d. O outro nome dado à modelagem e manutenção é modificador de


comportamento.

4. Questões 11, 12, 13 e 14 do cap. 10


a. É necessário evitar reforçar um número excessivo de vezes qualquer passo da
modelagem. O item a adverte contra ir rápido demais. é igualmente importante
não progredir de maneira excessivamente lenta. Caso uma aproximação seja
reforçada por tanto tempo que se torne extremamente forte, novas
aproximações terão menor probabilidade de aparecer.

b. Exemplo de como a modelagem pode ser usada acidentalmente para


desenvolver um comportamento indesejado. Descreva alguns dos passos de
modelagem do exemplo.
Quando uma criança está falando ela pode “soltar” palavras de modo incorreto
que soam de maneira engraçada, os pais riem e à dão atenção. Sempre que
pronunciada uma palavra de maneira errada, mas fofa, os pais respondem com
risos e reforçamento de palavras, como: “que engraçado” “você é uma figura”.
Assim a criança passa a repetir com frequência incorretamente as palavras,
mesmo sabendo a forma correta. Os pais reforçam o comportamento da
criança de falar errado, consequentemente a criança aumenta seu repertório de
palavras erradas e as repete com maior frequência, chegando a descartar as
palavras aprendidas corretamente.

c. Exemplo de como a não aplicação da modelagem pode ter um resultado


indesejado: Alguns pais, não são muito sensíveis ao comportamento de
balbuciar de seu filho. Talvez esperam demais da criança, desde o início, e não
estejam inclinados a reforçar aproximações remotas de fala normal. (Alguns
pais, por exemplo, parecem esperar que seu pequeno gênio diga “Pai!” de
cara, e não ficam nem um pouco impressionados quando a criança diz “pa-
pa”). Este balbucio que pode levar a um desenvolvimento da fala inicial.

Observação: Achei interessante trazer os exemplos das letras b e c. Pois ambos envolvem o
desenvolvimento da fala em diferentes idades, mostrando como o comportamento humano é
variado e como os estímulos e consequências influenciam no desenvolvimento da criança em
diferentes idades. Como o conhecimento dos pais sobre modelagem de comportamento se faz
importante.

d. Um comportamento final desejado que pode ser desenvolvido melhor por


meio de outro procedimento que não a modelagem. Explique por que a
modelagem provavelmente não seria eficaz no desenvolvimento desse
comportamento.
Em uma situação em que o comportamento final deve ser realizado
rapidamente, com pouco espaço de tempo a modelagem pode não ser útil.
Vamos pensar em um exemplo: Toda semana é passado uma lista de
atividades para serem entregues no sábado para o professora. Eu poderia ter
aplicado a modelagem neste exemplo, se tivesse começado o comportamento
de fazer os exercícios na segunda feira, poderia me reforçar a medida em que
as atividades fossem feitas, mas ao invés disso eu não fiz as atividades no
decorrer da semana e deixei para fazer na sexta. Não poderei usar da
modelagem, e me reforçar a medida com que conclua cada atividade, pois não
entregaria a tempo. Logo, terei que fazer toda a lista de exercícios em um dia e
o reforço será aplicado apenas uma vez.
Ou, poderia usar da discriminação de estímulos, retirando os estímulos que
afetam o meu comportamento de estudar ou que não o reforçam, como celular,
televisão.

5. Resumo capítulo 20.

O capítulo traz uma visão geral sobre a avaliação comportamental, citando


brevemente todas as principais etapas necessárias. Em definição, esse procedimento é
definido pela coleta de dados e informações acerca do comportamento-alvo, de modo a
identificar variáveis relacionadas, desenhando uma estratégia adequada a ser executada e
posteriormente avaliada, de acordo com seus resultados. Suas fases essenciais apresentadas
pelo texto são a triagem inicial, a linha de base, o tratamento e o acompanhamento.
A triagem engloba os primeiros contatos do cliente com o profissional, tendo por
objetivo principalmente esclarecer algumas informações gerais e a queixa, responder se
aquela agência ou modificador de comportamento são adequados para atender a demanda,
informar o cliente sobre as características do serviço e da organização, identificar possíveis
situações de crise e, em alguns casos, produzir um diagnóstico.
A fase da linha de base consiste em uma avaliação do comportamento alvo, buscando
identificar possíveis variáveis controladoras. O contato com o ambiente em que ocorrem os
comportamentos é de grande importância, dada maior acuracidade dos dados obtidos, ao
considerarmos a relação funcional. Isso possibilita a elaboração de melhores estratégias de
modificação e, consequentemente, melhores resultados.
A terceira fase é o tratamento em si. Trata-se do desenvolvimento e aplicação de um
programa de modificação do comportamento desejado. É importante que constantemente se
observe e monitore o comportamento-alvo, além de sempre permanecer aberto a
possibilidades de alteração, de acordo com o observado. Na sequência, tem início a fase de
acompanhamento, cujo objetivo é averiguar a permanência das melhorias alcançadas durante
o tratamento. Há uma variedade de possíveis métodos aqui, uma vez que, em muitos casos, as
configurações ambientais em que fora aplicado o programa não estão plenamente acessíveis.
Após a descrição das fases, o capítulo apresenta os diferentes modos e diferentes categorias
de avaliação comportamental, especificamente na linha de base. As principais formas são as
indiretas, diretas e experimentais, que são no texto seguidas pela apresentação de temas
relacionados, a saber: a coleta de dados com ajuda de Computador, a explicação da
necessidade em se obter dados extensivamente e uma comparação da avaliação
comportamental com a tradicional.
As avaliações indiretas acontecem quando o avaliador não pode observar o
comportamento de interesse diretamente, como em atendimentos clínicos ou ao lidar com
comportamentos privados, por exemplo. Nesses casos, outras técnicas são utilizadas, como
entrevistas, questionários, role playing, assistência de outros profissionais e
automonitoramento (do cliente). Embora algumas desvantagens aqui sejam claras, como a
maior incidência de informações imprecisas, enviesadas ou faltantes, algumas vantagens
também são notáveis, como a maior praticidade e menor demanda de tempo, além da
possibilitação de trabalho com comportamentos não observáveis.
Em linhas gerais, a entrevista é definida como o modo com que geralmente se iniciam
os atendimentos, em que o profissional é mais falante, dada ansiedade inicial do indivíduo,
apresentando a si, seu trabalho, obtendo informações iniciais e estabelecendo o vínculo; os
questionários, por sua vez, são sequências de perguntas simples que servem a diversos
propósitos, como verificação, auto relatos de problemas e história de vida; o role playing
cumpre a função de performar no local de atendimento situações importantes ao processo,
servindo tanto à avaliação quanto ao tratamento; a obtenção de informações com outros
profissionais acontece através da consulta de outras pessoas que já trabalharam anteriormente
no caso; e o automonitoramento remete ao próprio cliente observando seus comportamentos,
atividade de grande valia terapêutica.
A avaliação direta consiste na observação do comportamento-alvo em seu ambiente
de ocorrência. A exatidão é seu grande diferencial, sendo marcado também pela maior
demanda temporal e de preparo do observador. A avaliação experimental, por sua vez, preza
pela clareza das relações funcionais, quando o comportamento é observado e experimentado
sob o rigor científico. Os computadores têm ajudado cada vez mais neste e nos vários tipos de
observação, em um movimento que fica claro por um infinidade de referenciais.
O próximo tópico abordado é uma defesa da importância e necessidade da coleta de
dados, na linha de base e durante a execução do programa. Dentre os argumentos, são
destacados a correta identificação do problema, definição da adequação do modificador, a
identificação da melhor estratégia, da eficácia de sua execução, prevenindo erros associados a
uma análise imprecisa dos resultados, o reforçamento do comportamento do próprio
modificador, ao acessar plenamente os resultados e o efeito sobre o comportamento do
aprendiz.
Ao ser comparada com a avaliação tradicional, a comportamental apresenta algumas
diferenças, como a busca por relações funcionais prioritariamente, uma perspectiva não
permanente dos dados obtidos na linha de base, a preferência pela avaliação direta e contínua,
a ação sobre o planejamento e efeitos da intervenção, o foco nas experiência e eventos
ambientais, o foco na atualidade dos problemas, dentre outras.

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