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Natalia e Priscila são duas senhoras de certa idade que moram juntas há

vinte anos (ou seriam vinte e dois?) no Teatro do Fantasma, sua antiga sede
que está prestes a ser demolida, e foi abandonada pela companhia por conta
de perseguições políticas. Ambas lembram tanto dos tempos gloriosos do
teatro, como do Nestor, seu diretor e o homem que elas compartilharam como
esposa (Priscila) e amante (Natalia), respectivamente. Resistindo à demolição
e aos especuladores urbanos, elas conseguem manter o teatro em pé a fim de
encontrar o texto de título homônimo ao do espetáculo e esclarecer a morte em
circunstâncias estranhas de Nestor. Elas lutarão para manter sua memória,
porque é a única coisa que lhes resta para continuar existindo e também pela
memória de seu amor perdido, se odiando e se tendo como referências
mútuas, espelhos de si e reflexos da sociedade em seu mundo próprio entre o
sonho e o real. Uma viagem entre um passado distante e as reverberações que
a história produz no nosso presente.

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