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Minicurso 92
Resumo:
A Teoria Decolonial vem se consolidando como alternativa epistêmica e política para se pensar a
América Latina, perspectiva que, no Brasil, apenas atualmente vêm sendo discutida no campo
historiográfico. Aníbal Quijano e Walter Mignolo, importante teóricos, considerados fundadores da
perspectiva decolonial, propuseram uma nova forma de perceber a modernidade, propondo o viés dO
Moderno/Colonial, ou seja, só compreensível a partir do processo de colonização das Américas.
Contudo, a descolonização política não foi suficiente para o que eles consideram como elementos da
colonialidade: do saber, do ser e do poder. As mulheres, ao se engendrarem nesses estudos atentam
que a colonialidade não pode ser compreendida apenas pela questão racial, mas sim, e
fundamentalmente, a partir da diferença de gênero. Para nosso minicurso teremos duas autoras
fundamentais: Maria Lugones e Rita Segato. Centraremos na busca por compreender como uma
crítica à Teoria Decolonial, feita devido a ausência das mulheres como sujeitos subalternos
fundamentais para uma revisão das Ciências Humanas e para compreensão da América Latina. Assim,
buscaremos assimilar e refletir acerca das seguintes questões: relações entre gênero e colonialidade;
como o feminismo decolonial não pode ser visto de uma maneira descolada da questão racial; como
o uso destas categorias decoloniais são úteis para se pensar o gênero desde a América Latina.
Conteúdo programático:
Aula 1: O que é a Teoria Decolonial: os tensionamentos com os pós-modernos e o surgimento do
grupo latino-americano Modernidade/Colonialidade. Conceitos básicos para compreensão da Teoria
Decolonial: colonialidade do ser, do saber e do poder; pensamento de fronteira; geopolítica do
conhecimento. Tempo: 1h30
Aula 3: A Teoria Decolonial como aporte teórico-metodológico para pensarmos as mulheres latino-
americanas como sujeitos da pesquisa em ciências humanas. Tempo: 1h
Bibliografia:
BALLESTRIN, Luciana. “América Latina e o giro decolonial”. In.: Revista Brasileira de Ciência
Política, Brasília. n. 11, p. 89-117, mai./ago. 2013;
Diálogos sobre História
Ciclo de Minicursos Online da UFPR
LUGONES, María. “Colonialidad y Género”. In.: Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, No.9: 73-101,
julio-diciembre 2008, p.73 - 101;
GONTIJO, Stella Ferreira. "A desobediência epistêmica e as mulheres como sujeitos historiográficos".
In.: Revista Crítica Histórica. Ano X, n.19, junho 2019, p.39 - 55.