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ARLSDUQUE DE CAXIAS Nº400

PEÇA de Arquitetura

GRAU DE Aprendiz

Tema – CORDA DE 81 NÓS

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PEÇA DE ARQUITETURA – GRAU AM

TEMA: Corda de 81 nós

Or de Limeira, 27 de agosto de 2020 E V.

Autor: Narciso Ichano Jr. – CIM: 25315 – AM

A corda de 81 nós

Movido pela salutar necessidade da busca da verdade e do conhecimento, pesquisei


algumas obras e autores, nacionais e estrangeiros, para responder esse questionamento. Posso
citar: José Castellani, Raimundo Rodrigues, Papus, Leadbeater, dentre outros. Nesse ínterim,
descobri que fazer uma dissertação a respeito da Corda de 81 nós, antes de tudo, é um grande
desafio, pois a corda, apesar de sua simplicidade, possui extraordinária utilidade e simbolismo.
Analisando os anais da história, nota-se que sua origem mais remota advém da Maçonaria
Operativa, que a usou para medições e amarrações. Naquela época, toda construção era
"marcada" no terreno com uma corda, antes de ser iniciada. A importância da marcação de um
edifício era particularmente muito maior quando se tratava de um Templo. Assim, a corda
representou um grande papel nesta operação, já que nesses casos era executada apenas por
profissionais, que conheciam e seguiam ritos. Por causa da tradição, e devido a sua utilidade nas
construções, a Corda passou a ser colocada no alto das paredes do Templo.
Segundo D’Elia Jr (2012) cite em seu livro, existem vários autores que discondam quando a
correta quantidade de nós que compõe corda e assim menciona que:
- Ragon: Não menciona em suas obras literárias quantidade alguma de nós;
- Vuillame: Mencioda sete nós no quadro de Aprendiz, mas silencia quanto ao número de
nós do quadro de Companheiro;
- Plantageneta: Apresenta sete nós no quadro de Aprendiz e nove no de Companheiro;
- Wirth: Atribui três nós em ambos quadros de graus.
Embora haja certa divergência entre os escritores com relação à quentidade de nós, o
inverso acontece quanto a borda dentada, pois neste aspecto as opiniões dos autores são
sensivelmente convergentes. Porém o próprio D’Elia Jr. Menciona que uma das explicações mais
belas trata-se da versão de 81 nós, sendo:
Um dos nós deve ficar por cima do Delta Luminoso, bem no centro da parede do Oriente,
sendo simbolizado pelo Venerável Mestre. 40 nós são distribuídos em igual distância na parede do
Sul, abrangendo assim a coluna dos Aprendizes e 40 outros na parede do Norte, representando a
coluna dos Companheiros. Ela tem 81 nós, por três razões que a numerologia e as tradições
iniciáticas bem esclarecem:
a) O n°1, materializado no nó central, representa a unidade indivisível, o símbolo de Deus,
princípio e fundamento do Universo. O n° 1, desta maneira, é considerado um número sagrado;
b) O n° 40 é o número simbólico da provação, da penitência e da expectativa. Como exemplo, 40
dias durou o jejum de Jesus, 40 dias durou o dilúvio;
c) O n° 81 é o quadrado de 9, que por sua vez, é o quadrado de 3, número perfeito e de alto valor
místico para todas as antigas civilizações. Além disso, as tríades divinas sempre existiram em
todas as religiões, como Osíris, ísis e Hórus, dos antigos egípcios e a Trindade cristã.

Curiosidades adicionais

Cada um dos nós é chamado maçonicamente de "laço de amor". Tal símbolo tem o desenho da
"curva em forma de oito deitado", que representa na Matemática, o "infinito". Por certo, esse nó
não foi escolhido arbitrariamente entre todas as formas possíveis de nós. Somos conhecidos
como "Filhos da Viúva", e coincidência ou não, tempos atrás, os cordões de seda com que as
viúvas cercavam seus rostos eram feitos de "laços de amor" que terminavam em borlas. Esses nós
entrelaçados (que não se interrompem) são a imagem da união fraterna que liga, por uma cadeia
indissolúvel, todos os maçons do Globo, e simbolizam também o segredo que deve rodear nossos
augustos mistérios.
Na parede do Ocidente, a Corda de 81 nós desce de cada lado da porta do Templo, com
uma borla em cada ponta. Essas borlas representam a Justiça e a Prudência ou a Eqüidade e a
Moderação. Quanto à abertura da Corda na Porta, Castellani sintetiza de forma perfeita a ligação
com o mundo profano: "(...) mostra que a Maçonaria é dinâmica e progressista, estando portanto,
sempre aberta às novas ideias que possam contribuir para a evolução do homem e para o
progresso racional da humanidade".
Desde os primeiros Painéis ou tapetes a Corda de 81 nós vem representada contornando
os demais símbolos. Na parede, a Corda em si representa a Fraternidade e a União, e cada um dos
seus nós, o Amor. Todo maçom pode ser visto como um desses elos, unido aos demais por esta
Corda, e nesse caso, ela representa os ideais que nos são afetos, como o Espírito de Corpo, o
Amor Fraternal e, principalmente, a União, que é o sentimento que deve estar presente no seio de
cada maçom. E o fato de ser uma “corda” a dar materialização a este símbolo também não é em
vão: A corda é composta por inúmeros fios que isolados são frágeis, mas quando agrupados em
forma de corda são muito resistentes, confirmando o conhecido ditado que “a união faz a força”,
não permitindo que os Maçons se esqueçam que enquanto unidos e fortes, poderão sempre lutar
contra todos os vícios, iniquilidades e injustiças.

BIBLIOGRAFIA

[1] Durville, Henri. O Caminho da Iniciação. Editora Lorenz, 2002


[2] Castellani, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom. Editora Gazeta Maçonica,
1987
[3] D’Elia Jr., Raimund. Maçonaria – 100 instruções de apresendiz. Editora Madras, 2012

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