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Deus é fiel (II Coríntios 1 v18)

Parabéns por sua escolha profissional e obrigado por nos escolher


para fazermos parte de sua vida profissional que toma um novo rumo
conosco.
Muitas escolhas nesta vida são importantes, entretanto devemos
lembrar-nos que: Dinheiro não é tudo nesta vida; Devemos ter ética;
Devemos ser esforçados em nossos propósitos e que existe um Deus nos
Céus ao qual um dia iremos prestar conta de todos os nossos atos.
Dinheiro não é tudo nesta vida e temos que ser responsáveis por
todos os nossos atos, por que não é só de pão que vive o homem (Mateus 4
v4). Independente do status social, investidura de poder ou classe social a
ética é uma virtude imprescindível. E muito acima da ética e de outras
virtudes está o temor de Deus que é o principio da sabedoria (Provérbios 9
v10, Salmos 111 v 1-10 e Salmo 128).
Devemos ser esforçados e dedicados em nossos propósitos e se
possível ajudando os nossos próximos (Isaias 41 v6; I Tessalonicenses 2 v9
e II Tessalonicenses 3 v8). Antes nos esforcemos para fazer valer a pena
todos os sacrifícios que foram feitos por nós por parte dos nossos familiares,
parentes e amigos (Josué 1 v7 e v9). Tudo o que fizermos ao nosso próximo
Deus recebe (Mateus 25 v45).
De tudo o que sabemos e conhecemos nada se compara a existência
de Deus que é a maior certeza neste universo, o que Deus promete se
cumpre (Números 23 v19). A onisciência de Deus é tamanha que até os
cabelos de nossas cabeças estão contados (Lucas 11 v12), nenhuma folha
cai de uma árvore sem a permissão de Deus. Aquele que obedece e honra
a Deus por Ele é amado e até o seu nome está gravado nas mãos de Deus
(Isaias 49 v14-17). Não há outro Deus além do Senhor dos Exércitos (Isaias
43 v 10-13 e Isaias 44 v6). E Ele não desampara os seus (Salmo 37 v25) e
faz do grande pequeno e do pequeno grande (I Coríntios 1 v26-29).
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Conteúdo
1. Introdução ................................................................................................................ 2
1.1. Lixador Industrial.
1.2. Componentes da esmerilhadeira angular.

2. Discos ....................................................................................................................... 5
2.1. Recebimento dos discos.
2.2. Tipos de discos.
2.3. Abrasivos dos discos.
2.4. Armazenagens dos discos e rebolos.
2.5. Velocidade dos discos.
2.6.Validade.
2.7. Instruções sobre descartes.

3. Acessórios ............................................................................................................. 11
3.1. Seleção dos acessórios.
3.2. Escovas rotativas.
3.3. Acessórios auxiliares.

4. Colocação de discos e escovas............................................................................ 16


4.1. Colocação dos discos de desbaste e corte.
4.2. Colocação de escovas.

5. Operações de desbaste e corte com esmerilhadeira.......................................... 21


5.1. Operações com disco de desbaste.
5.2. Operações com disco de corte.
5.3. Operações com escovas rotativas.
5.4. Cuidados com a esmerilhadeira angular.

6. Problemas e ações corretivas.............................................................................. 29

7. Segurança nas operações..................................................................................... 32


7.1. Regras gerais de segurança.
7.2. Equipamentos de proteção individual.

8. Bibliografias............................................................................................................ 39

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1. Introdução.

1.1. Lixador Industrial.


É o profissional que opera esmerilhadeira angular manual que é uma
máquina portátil desenvolvida para executar os mais variados tipos de serviços
tais como: corte, desbaste e rebarbação em metais e soldas em caldeirarias,
serralherias, fundições, departamentos de manutenção industrial, funilarias,
metalúrgicas, etc. Empregada, também no desbaste ou acabamento em
concreto aparente. Podem ser fabricas com propulsão elétrica ou ar
comprimido (pneumática), conforme mostra as figuras 1.1 e 1.2,
respectivamente e ambas utilizam como ferramenta disco de material abrasivo
e a elétrica desenvolve maiores rotações se comparada com a pneumática.

Figura 1.1: Esmerilhadeira angular de elétrica.

Figura 1.2: Esmerilhadeira angular pneumática.

Estas ferramentas geram um nível de ruído elevado, na ordem de 100 dB.

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1.2. Componentes da esmerilhadeira angular
Comercialmente existem vários tipos e modelos de esmerilhadeira e
cada modelo possui as suas particularidades, entretanto pode haver detalhes
comuns entre os vários modelos. A figura 1.3 enumera alguns componentes
que são comuns aos modelos de esmerilhadeira.

Figura 1.3: Componentes de uma esmerilhadeira angular.

Da figura 1.3 podemos citar os seguintes componentes:


1. Interruptor.
2. Cabo.
3. Proteção da guarda do disco.
4. Corpo da máquina.
5. Punho lateral (2 posições).
6. Botão de trava do eixo.

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Conforme podemos observar nas figuras 1.3 e 1.4 o punho lateral
também chamado de empunhadeira lateral pode ser ajustado adequadamente
em duas posições diferentes dependendo de preferência pessoal e uso. A
empunhadeira deve ser utilizada em todos os momentos para manter controle
adequado da ferramenta e é fixada na esmerilhadeira via parafuso.

Figura 1.4: Punho lateral ou Empunhadura.

O botão de bloqueio de eixo atua como uma trava objetivando prevenir


que o eixo se movimente durante a instalação ou remoção de discos que deve
ser utilizada somente quando a ferramenta estiver desligada e desplugada da
tomada de força. Para encaixar a trava, aperte o botão de trava (C) e gire o
eixo até não poder mais.
A esmerilhadeira é equipada com um anel de montagem que permite
fácil instalação e remoção de discos.

Nota: Nunca aperte o botão de trava do eixo enquanto a esmerilhadeira estiver


em funcionamento ou ligada à tomada, muito menos a ligue-a enquanto o
botão do eixo estiver pressionado. Por que isso poderá resultar em danos à
ferramenta.

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2. Discos.

2.1. Recebimento dos discos


No ato do recebimento deve ser feita uma inspeção visual nos discos
para identificar possíveis:
 Danos provocados por transporte inadequado;
 Trincas;
 Dentre outras informações técnicas pertinentes.

2.2. Tipos de discos


Neste trabalho serão mencionados apenas os discos de uso nos
processos de cortes metálicos associados à soldagem. Nas figuras 2.1 e 2.2 as
letras A, B e C são dimensões que variam de acordo com o modelo do disco.

2.2.1. Discos de corte


Na figura 2.1 vemos detalhe de disco de corte.

Figura 2.1: Disco de corte

São utilizados em máquinas fixas do tipo "cut-off" e portáteis tipo


esmerilhadeira angular e proporcionam grande velocidade na execução de
cortes, em comparado com serras de aço o disco de corte abrasivos é tanto
mais vantajoso quanto mais duros e tenazes forem os materiais a ser cortado.

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São fabricados com telas de reforço de fibra de vidro e proporcionam rapidez
na operação, devendo ser utilizados a 90° em relação à peça.
Principais aplicações: cortes de tubos, barras e chapas metálicas,
refratários, pedras, concreto, materiais ferrosos e não-ferrosos em geral. Estes
discos não devem ser utilizados para corte de madeira.

2.2.2. Discos de desbaste


Na figura 2.2 vemos um exemplo de disco de desbaste.

Figura 2.2: Disco de desbaste

Estes produtos operam em máquinas portáteis e se caracterizam pela


remoção de grande quantidade de material por unidade de tempo.
Principais aplicações: desbaste de cordões de solda, rebarbação de
peças fundidas, remoção de defeitos e imperfeições superficiais, limpeza de
superfície antes da solda e preparação superficial para pintura ou revestimento.

2.3. Abrasivos dos discos


Os discos são fabricados com diferentes tipos de abrasivos que serão
utilizados dependendo do material que será trabalhado (cortado ou
desbastado). O tipo de abrasivo com sua respectiva indicação, geralmente,
vem indicada no rotulo do disco, assim como outras informações.
Destes abrasivos podemos citar:

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a) Óxido de Alumínio (A): Indicado para aplicações em materiais ferrosos
com alta resistência à tração, tais como aço e suas ligas, ferro fundido
nodular e maleável.

b) Carbeto de Silício (37C): Indicado para aplicações em materiais de baixa


resistência à tração como ferro fundido cinzento, materiais não-ferrosos e
não-metálicos;

c) Óxido de Alumínio Zirconado: Indicado para aplicações em materiais de


alta resistência à tração. Apresenta capacidade de remoção superior aos
grãos abrasivos convencionais, proporcionando maior rendimento e
durabilidade do disco.

d) Oxido de alumínio Marrom: Indicado para corte de materiais ferrosos em


geral, aços e suas ligas, ferro fundido nodular e aço inoxidável.

e) Óxido de Alumínio Branco: Desenvolvidos especialmente para corte de


aço inoxidável e aço de alta dureza. Isento de contaminantes de ferro.

Os discos de corte são feitos de grãos abrasivos do disco e unidos por


ligas resinóides o que proporciona vantagens como:
 Menores esforços no serviço diminuindo a fadiga do operador;
 Menor esforço mecânico;
 O abrasivo fica em ação por mais tempo;
 Remoção mais rápida de material;
 Operação de corte ou desbaste com menor geração de calor.

Na composição de disco de corte e desbaste, além dos grãos abrasivos,


que têm a função de executar o corte ou desbaste, e da liga, a qual mantém os
grãos unidos, também temos as telas de fibra de vidro, para proporcionar
resistência mecânica aos discos durante a operação, evitando que se rompam,
causando acidentes. Os discos podem possuir diversos diâmetros: 4½”, 7”, 9”,
10” e 12”.

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2.4. Armazenagem do disco e rebolos.
O armazenamento inadequado pode comprometer a qualidade do
produto. Desta forma:
 Armazene em lugar seco e longe do calor excessivo;
 Os discos e rebolos devem ser armazenados na posição horizontal, em
prateleiras planas, de preferência em sua embalagem original.
 Mantenha o disco e rebolos preferencialmente em sua própria embalagem.

Os discos e rebolos conforme mostra a figura 2.3 devem ser guardados


corretamente nos almoxarifados a fim de que estes não sejam danificados
quando estiverem armazenados.

Figura 2.3: Formas de armazenagem dos rebolos e discos nos almoxarifados.

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Legenda da figura 2.3:
1. Rebolos retos.
2. Rebolos copo cônico.
3. Rebolos prato.
4. Anéis de parede fina ou mole.
5. Cartão ondulado, para colocação de um rebolo sobre o outro.
6. Rebolos retos – grandes.
7. Rebolos grandes.
8. Rebolos pequenos tipo vaso e anéis.
9. Rebolos especiais com perfil.
10. Discos de corte.
11. Placa de aço para apoio.
12. Anéis de parede grossa ou dura.
13. Rebolos retos médios e de pequena altura.
14. Prateleira inclinada para rebolos pequenos.
15. Prateleira reta para discos e rebolos de forma.
16. O rebolo não deve ficar saliente.
17. Duas guias de apoio.
18. Parte traseira curvada para proteção.
19. Placa de aço para apoio.

Devemos ainda considerar o fato de que estes materiais quando


estiverem em suas prateleiras estas não devem estar curvas conforme mostra
a figura 2.4. Uma outra opção para armazenagem é mantê-los suspensos pelo
furo verticalmente.

Figura 2.4: Colocação dos discos nas prateleiras.

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2.5. Velocidades dos discos.
As velocidades de trabalhos dos discos de corte geralmente são
indicadas nos rótulos dos mesmos. E variam em função do diâmetro deste
conforme mostra a tabela 1.

Tabela 1: Conversão de velocidades


Diâmetro do disco Velocidade - recomendada
(mm) Pol. (m/s) (rpm)
100 ≈ 3.93 80 15.300
110 ≈ 4.33 80 13.900
115 ≈ 4½ 80 12.250
150 ≈ 5.91 80 10.200
178 7 80 8.600
180 ≈ 7.09 80 8.500
200 ≈ 7.87 80 7.650
230 ≈ 9.05 80 6.650
300 ≈ 11.81 100 6.400
305 12 100 5.900
350 ≈ 13.78 100 5.500
400 ≈ 15.75 100 4.800

2.6. Validade
Desde que conservado de maneira adequada, o disco de corte pode ser
utilizado até o término de sua camada diamantada, quando, então deverá ser
descartado conforme instrução do fabricante.

2.7. Instruções sobre o descarte do disco


Não descarte o disco de corte diamantado em vias publicas ou em
outros locais não autorizados. Preservar o meio ambiente é um dever de todos.
Descarte-o de acordo com a legislação ambiental em vigor.

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3. Acessórios.

3.1. Seleção dos acessórios.


É importante escolher adequadamente os acessórios tais como
protetores, discos de borracha, flanges, dentre outros. Estes acessórios devem
ter sido especificados para uma velocidade de no mínimo, a velocidade
recomendada pela etiqueta de especificação da ferramenta. Quando se usam
discos e outros acessórios com uma velocidade acima da velocidade
especificada estes podem se desprender da ferramenta, causando sérios
acidentes. Devendo considerar a utilização de discos e escovas específicas
para o tipo de material que estará usinado a fim de se obter a maior eficiência
possível.

3.2. Escovas rotativas.


Estes acessórios utilizados para uma limpeza superficial mais específica.

3.2.1. Escova rotativa circular do tipo trançada.


A figura 3.1 mostra duas escovas rotativas circulares do tipo trançadas.

Figura 3.1: Escovas rotativas circular do tipo trançadas.

Destina-se ao tratamento de varões, perfis, cordões de solda, pontas


serradas, dentes de engrenagens, chavetas, estrias, rasgos e superfícies
estreitas.

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Para altas rotações, a escova circular do tipo trançada é indicada para
aplicações difíceis, como desbaste, polimento, rebarbação, remoção de
carepas e ferrugem, arredondamento de arestas, remoção de excesso de solda
e acabamento rústico de madeira.

3.2.2. Escova rotativa do tipo copo


A figura 3.2 mostra uma escova rotativa do tipo copo.

Figura 3.2: Escova rotativa do tipo copo.

Este tipo de escova oferece alto rendimento, quando empregada em


grandes áreas de superfícies planas, permitindo escovamento suave, mas, ao
mesmo tempo, agressivo e sem vibrações.
É empregada em esmerilhadeiras angulares, para aplicações pesadas,
tais como rebarbação, limpeza de soldas, remoção de respingos, ferrugem,
corrosão, remoção de carepas, tratamentos superficiais e pinturas.

3.3. Acessórios auxiliares


Os discos são presos por flanges de apoio sendo um superior e outro
inferior, entretanto, para fazer esta fixação são utilizados os instrumentos
mostrados nas figuras 3.3 até a figura 3.5.

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Na figura 3.3 temos uma chave com dois pinos utilizada para apertar e
desapertar as porcas redondas

Figura 3.3: Chave com dois pinos.

Na figura 3.4 temos uma porca redonda que é utilizada para fixar os
discos de desbaste e de corte na esmerilhadeira.

Figura 3.4: Porca redonda.

Na figura 3.5 temos flanges de apoio utilizado para apoiar os discos de


desbaste e corte.

Figura 3.5: Flanges de apoio.

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A guarda de proteção, figura 3.6, deve ser usada com todos os tipos de
discos (desbaste, de corte, flap, escovas dentre outros).

Figura 3.6: Guarda de proteção.

Para manuseio da guarda de proteção desligue e desplugue (aperte e


solte o gatilho para se certificar) a ferramenta antes de fazer quaisquer ajustes,
ou antes de remover ou instalar acessórios

A figura 3.7 mostra a guarda de proteção que é obrigatória na sequência


de montagem independente do tipo de disco e de escova.

Figura 3.7: Montagem na esmerilhadeira com a guarda de proteção presente.

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4. Colocação de discos e escovas.

4.1. Colocação de discos de desbaste e corte


Desligue o plugue da tomada e certifique-se de que o resguardo se
encontra colocado. Coloque a flange interior no eixo conforme mostra a figura
4.1 no ponto ‘a’ e certifique-se de que ela entra em contato com as duas
superfícies planas.

Figura 4.1: Colocação do flange no interior do eixo.

Coloque o disco abrasivo no eixo e no flange interior conforme a figura


4.2 no ponto ‘b’ e certifique-se de que se encontra corretamente colocado.

Em seguida coloque a flange exterior roscada, conforme a figura 4.2 no


ponto ‘c’, certificando-se de que se encontra na direção correta para o tipo de
disco colocado. Para discos de retificação, a flange da figura 4.2 no ponto ‘c’ é
colocada com a zona saliente virada para o disco. Para discos de corte, a
flange da figura 4.2 no ponto ‘c’ é colocada com a zona interior virada para fora
do disco.

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Figura 4.2: Colocação dos discos.

Mantenha a chave de porcas nas superfícies planas do eixo para evitar a


rotação do disco e aperte o flange exterior com a chave de porcas fornecida.
Pressione o botão de bloqueio do eixo e rode-o até que se encontre bloqueado
conforme mostra a figura 4.3 e mantenha o botão de bloqueio pressionado e
aperte o flange exterior com a chave de porcas da máquina.

Figura 4.3: Colocação do disco

Para remoção do disco reverta o procedimento acima descrito.

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CUIDADO: Falha no encaixe adequado do disco contra o anel de montagem
antes de ligar a ferramenta pode resultar em danos à ferramenta e/ou ao disco,
caso não ocorra acidentes.

No manuseio da esmerilhadeira às vezes se faz necessário à


movimentação da guarda de proteção que poderá ser feita conforme mostra a
figura 4.4, por meio de uma chave de fenda afrouxando o parafuso em (1), no
sentido anti-horário, se movimentando a guarda de proteção e em seguida
girando no sentido horário apertando (2) fixando a guarda de proteção.

Figura 4.4: Movimentação da guarda de proteção.

É muito importante para segurança do esmerilhador que a guarda de


proteção, durante os trabalhos, esteja sempre com seu lado convexo voltado
para o lixador a fim de se conter qualquer estilhaço de disco em caso de
acidentes.

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Na figura 4.5 vemos que tanto a instalação como a remoção dos discos
(corte e desbaste) são feitos com o uso da devida chave da esmerilhadeira e
pressionando-se o botão de bloqueio do fuso, pois sem a devida pressão neste
botão não há bloqueio do fuso impossibilitando a troca dos discos. Existe uma
sequência para montagem para instalação de discos na esmerilhadeira, para
disco de desbaste o lado convexo da porca de pressão (flange) deve estar
voltado para baixo o contrario se aplica disco a disco de corte.

Figura 4.5: Sequência de montagem com disco de desbaste.

Como os discos (corte e desbaste) são frágeis o aperto na porca de


pressão for demasiadamente severo poderá rachar ou romper o disco caso
contrário pode haver o afrouxamento prejudicando o trabalho. É importante se
observar que a guarda de proteção sempre deve ser voltada para o
esmerilhador a fim de se evitar acidentes com estilhaços dos discos.

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A figura 4.6 mostra a sequência de montagem com o disco de corte.

Figura 4.6: Sequência de montagem com discos de corte.

4.2. Colocação de escovas.


Desligue e desplugue a ferramenta e antes de re-conectar a ferramenta,
aperte e solte o gatilho para se certificar de que a ferramenta está desligada.
As escovas de aço devem ser trabalhadas acima da velocidade mínima para
acessórios que é designada na ferramenta.
Para montagem aperte o botão de trava do eixo e use uma chave para
apertar o anel retentor da escova para firmá-lo. E para remover a escova,
pressione a trava do eixo e use uma chave no anel da escova para afrouxá-la.
A figura 4.7 mostra o esquema de montagem com escova rotativa
circular trançada e de forma análoga a figura 4.8 mostra o esquema de
montagem com uma escova de aço do tipo copo.

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Figura 4.7: Esquema de montagem com escova rotativa circular do tipo trançada.

Figura 4.8: Esquema de montagem com escova de aço do tipo copo.

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5. Operações de desbaste e corte com esmerilhadeira


Tanto nas operações de desbaste quanto nas operações de corte o
profissional deve está atento para:
a) O resguardo deve ser montado de forma a que a parte exposta do disco se
encontre oposta ao utilizador.
b) Cuidado com as faíscas quando o disco tocar no metal.
c) Esteja sempre utilizando os EPI’s adequados.
d) Verifique se o disco está adequado quanto à velocidade e o tipo de material.
e) Verifique se a peça está devidamente presa.

Durante os trabalhos com esmerilhadeira devemos manter a peça que


será trabalhada fixada imóvel para que o trabalho seja executado
adequadamente. A figura 5.1 mostra algumas formas de fixação da peça.

Figura 5.1: Formas de fixação da peça para esmerilhar

Tanto nos trabalhos de desbaste como nos trabalhos de corte, conforme


mostra a figura 5.2, segure bem a esmerilhadeira com uma mão em volta da
empunhadura lateral e com a outra mão segure em volta do corpo da
esmerilhadeira.

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Figura 5.2: Operação com esmerilhadeira.

Antes de se começar qualquer trabalho é interessante fazer uma


inspeção visual antes de se iniciar o trabalho. Independente to trabalho (corte
ou desbaste) nunca se deve pressionar o disco contra a peça de trabalho por
que este poderá fraturar e ocasionar acidentes. Deve-se ainda se considerar
que a remoção de material varia de acordo com o tipo de abrasivo e a
granulometria deste.
Jamais permita que haja impactos entre o disco e a peça de trabalho por
que fazendo assim você poderá causar a desfragmentação do disco resultando
em acidentes.
Sempre verifique se o cabo da esmerilhadeira está próximo do disco.

5.1. Operação com disco de desbaste.


Nas operações de desbaste deve-se manter um ângulo entre o disco e a
superfície de trabalho de aproximadamente 15 a 30° conforme mostra a figura
5.3, para se obter um bom rendimento do disco. Este procedimento aumentará
a capacidade de remoção do disco e evitará sobrecargas desnecessárias.
Nunca utilize disco de corte em trabalhos de desbaste por que estes não
têm resistência em suas laterais para este tipo de trabalho.

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Figura 5.3: Ângulo entre a peça e esmerilhadeira.

Para se obter uma superfície homogênea, proceda ao trabalho com


passos sucessivos deslizando na superfície segundo um ângulo frontal.
Mantenha sempre uma angulação constante durante seu trabalho a fim de se
evitar irregularidades na superfície das peças.

A figura 5.4 mostra que a esmerilhadeira deve se mover constantemente


em linha reta para prevenir queimadura ou desbaste excessivo da superfície de
trabalho. Se movimentando de A para B e vice-versa, sem pressionar o disco
contra a peça. Nunca descanse a esmerilhadeira sobre a superfície de trabalho
em posição estagnada ou movendo-se em círculos por que pode ocorrer à
queima e produção de marcas sobre a superfície de trabalho.

Figura 5.4: Direção de trabalho quando for o acabamento

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Quando forem executados trabalhos de acabamento na superfície da
peça de trabalho o ideal é diminuir progressivamente o ângulo de trabalho,
para aproximadamente 15º. Em trabalhos nos contorno das peças deve-se
aumentar ligeiramente o ângulo de trabalho.
Em peças que tenham a superfície muito irregular é bom começar pela
área mais irregular. Por exemplo, numa peça cortada por maçarico comece
pelas asperezas mais grossas antes de se polir o corte das arestas.

Cuidado: Uma sobrecarga danificará o motor da esmerilhadeira, resultando na


diminuição da vida útil desse equipamento. Não tente, em qualquer
circunstância, exercer demasiada pressão sobre a esmerilhadeira com o intuito
de acelerar o trabalho. Além do mais os discos abrasivos são mais eficazes
quando é exercida apenas uma leve pressão sobre a máquina de forma a
evitar quebras de velocidade.

5.2. Operação com disco de corte.


De forma análoga a operação de desbaste segure a esmerilhadeira
conforme mostra a figura 5.2. Nesta operação a esmerilhadeira deve está com
a guarda de proteção disposta de forma adequada e a peça devidamente
presa, figura 5.5.
Nas operações de corte com esmerilhadeira devemos:
1. Permitir que a ferramenta alcance velocidade máxima antes de entrar em
contato com a superfície de trabalho.
2. Usar o mínimo de pressão para trabalhar sobre a superfície, permitindo que
a ferramenta opere em velocidade máxima.
3. Uma vez iniciado o corte, mantenha o ângulo do disco de corte em relação
à superfície de trabalho para evitar que o disco dobre o que poderia resultar
na ruptura do disco e sérios danos, conforme a figura 5.6.
4. Remova a ferramenta da superfície de trabalho antes de desligá-la e
permita que ela pare de funcionar completamente antes de deixá-la.

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Figura 5.5: Operação de corte com a peça devidamente presa.

Figura 5.6: Disco de corte com ângulo de trabalho reduzido.

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5.3. Operações com escovas rotativas.
As escovas de aço podem ser usadas para remover ferrugem,
incrustações e tinta, além de homogeneizar superfícies irregulares, dentre
outras aplicações. A figura 5.7 mostra um exemplo de uma montagem com
uma escova rotativa circular do tipo copo.

Figura 5.7: Esquema de esmerilhadeira com escova rotativa do tipo copo.

Para o uso correto destas escovas devemos:


1. Permitir que a ferramenta alcance velocidade máxima antes de tocar na
superfície de trabalho.
2. Usar o mínimo de pressão para trabalhar sobre a superfície, permitindo que
a ferramenta funcione em velocidade máxima.
3. Manter um ângulo de 5° a 15° entre a ferramenta e a superfície de trabalho
quando usar escova de aço giratória, conforme mostra a figura 5.8.

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Figura 5.8: Uso da escova rotativa do tipo copo.

4. Quando utilize disco de aço mantenha contato entre a extremidade do disco


e a peça de trabalho. A figura 5.8 mostra que não se deve exercer uma
pressão excessiva com a escova rotativa do tipo copo, pois isso causará
danos à escova e a peça conforme.
5. Mova a ferramenta de forma contínua de frente para trás para evitar a
formação de irregularidades na superfície de trabalho. Não permita que a
ferramenta descanse sobre a superfície estagnada ou girando-a em
movimentos circulares por que resultará na queima e formação de marcas
de sobre a superfície de trabalho.
6. Não coloque a ferramenta na bancada antes de desligá-la. Permita que a
ferramenta pare por completo antes de deixá-la.

5.4. Cuidados com a esmerilhadeira angular


Mantenha os resguardados, orifícios de ventilação, e caixa do motor,
limpos de poeira e sujeiras.

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Limpe-os com um pano limpo e aplique uma leve pressão de ar. Uma
acumulação excessiva de limalha de ferro poderá provocar uma transmissão
de corrente elétrica, das peças internas para as peças de metal expostas.
Não sobrecarregue a esmerilhadeira, por que a sobrecarga provocará
uma redução na velocidade e eficiência, fazendo com que esta aqueça
demasiadamente e pare de funcionar. Se tal acontecer, desligue a máquina e
espere a ligue até que esta atinja a temperatura normal de funcionamento sem
qualquer carga durante um ou dois minutos.
Se desligar a esmerilhadeira enquanto ela se encontrar sob carga,
reduzirá a vida útil do interruptor.

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6. Problemas e ações corretivas.


Existem fatores adversos que contribuem para prejudicar o desempenho
dos discos, afetando diretamente seu comportamento. São no geral, práticas
incorretas, inadequações operacionais e irregularidades de toda ordem. Elas
produzem conseqüências danosas à operação, alteram o rendimento e
reduzem sensivelmente a desempenho dos discos de corte.
Tais incorreções podem ser identificadas com alguma facilidade e
devem ser eliminadas. Alguns sintomas básicos permitem diagnosticá-las e
rapidamente efetuar as correções e ajustes adequados. Para isso é necessário
conhecer alguns parâmetros elementares, referentes ao funcionamento dos
discos, como as suas especificações e fatores operacionais.

É possível, entretanto, com uma simples observação reconhecer que o


disco apresenta um problema, definir algumas causas prováveis e identificar
alguns caminhos viáveis de solução.

Na tabela 2 tratamos de alguns problemas comuns na utilização dos


discos de corte, com suas respectivas causas prováveis e soluções sugeridas.

Tabela 2: Problemas, causas e soluções no corte com esmerilhadeira.

Problemas Causas Prováveis Soluções Sugeridas

1. Queima na peça obra  Avanço insuficiente;  Corrigir o equipamento para a


máxima potência disponível;
 Baixa pressão de trabalho;
 Use disco de grão mais fino
 Grão muito grosso;
ou aumente a potência
 Disco muito duro;
motora;
 Disco com variação axial /
 Use disco mais mole;
radial;
 Verifique o eixo e variação
 Velocidade periférica muito
axial do disco;
baixa.
 Verifique se o disco não está
deslizando sobre os flanges.

 Ajuste a velocidade para o


nível correto.

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2. Cortes irregulares e  Disco muito duro;  Use disco mais mole;


não perpendiculares.
 Eixo com irregularidades,  Use disco de grão mais fino;
rolamentos gastos;
 Verifique variação radial do
 Peça obra não está fixada eixo, rolamentos e mancais;
firmemente.
 Verifique sistema de fixação.

3. Baixa ação de corte  Potência insuficiente;  Aumente o avanço e a


pressão e corrija a potência;
 Disco muito duro;
 Use disco mais mole ou, se
 Área de contato muito
possível, disco de menor
grande;
espessura;
 Disco de grão muito grande;
 Reduza a área de contato ao
 Disco com variação radial/
mínimo compatível;
axial
 Use disco com grão mais
fino;

 Verifique variação no eixo e


variação axial do disco.

Dependendo do aspecto do disco de corte podemos identificar os


problemas apresentados pelos mesmos na tabela 3 podemos detalhar alguns
desses problemas.

Tabela 3: Identificação de problemas com disco de corte.


Face de trabalho normal Face de trabalho anormal

Face de trabalho Causas:


normal depois de  O disco é muito
utilizada para duro para o tipo
cortar tipo de de material.
sólido.  Pode ocorrer
queima ou quebra
do disco.

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Face de trabalho Causas:


normal quando é  Aplicação de
utilizada para forma incorreta do
cortar peças fluido refrigerante.
sólidas e mistas  Peça de trabalho
(tubos e mal fixada.
cordoalhas de
concreto
estrutural).

Causas:

Peça de  Velocidade de

trabalho normal corte muito baixa.

quando utilizada  A face do corte

para cortar tubos não está se

de paredes finas. renovando.


 Abrasivo
arredondado, não
expondo novas
arestas de corte.
 Disco de corte
com especificação
incorreta.
 Disco de corte
muito duro para o
tipo de material.

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7. Segurança nas operações.

7.1. Regras gerais de segurança


Na figura 7.1 temos algumas dicas de segurança quanto ao uso da
esmerilhadeira angular.

Figura 7.1: Dicas de segurança

Siga sempre as recomendações do fabricante da maneira especificada,


por que o emprego indevido poderá causar sérios acidentes.

Advertências:
1. NUMCA permita o uso de discos de corte diamantado por pessoas não treinadas.
2. NUNCA use máquinas sem a capa de proteção.
3. NUNCA use máquinas que não estejam em boas condições de operações.
4. NUNCA force o disco no dispositivo de montagem ou modifique o tamanho do furo central.
5. NUNCA ultrapasse a velocidade máxima de operação indicada no disco.
6. NUNCA utilize máquinas com flanges que não estejam limpas.
7. NUNCA ligue a máquina com o disco em contato com a peça de trabalho.
8. NUNCA utilize discos com segmentos faltantes ou com alguma parte quebrada.
9. NUNCA utilize produtos para corte a seco quando o produto está indicando corte úmido.
10. NUNCA realize operações de corte próximo a materiais inflamáveis.
11. SEMPRE verificar o estado de conservação do anel de borracha, a cada rebolo
que for montado.

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12. SEMPRE faça o teste de som no rebolo, assim como observar o prazo de
validade do mesmo antes de montá-lo na máquina.
13. SEMPRE deixe que o rebolo montado pela primeira vez, gire livremente por um
minuto, antes de usá-lo.
14. SEMPRE verificar os flanges de fixação dos abrasivos
15. SEMPRE use a capa protetora cobrindo pelo menos metade do rebolo. Se não
estiver em condições, deverá ser substituída imediatamente. Caso haja
necessidade de diminuição ou alteração da configuração original, a chefia
deverá analisar / aprovar, tal alteração, retornando imediatamente após o uso à
configuração original.
16. SEMPRE que for plugar o cabo no conversor, CERTIFIQUE-SE antes se a
chave da máquina está desligada.
17. SEMPRE use a chave adequada para apertar ou desapertar o rebolo ou disco.
18. SEMPRE que possível solicite o manual do aparelho, equipamento ou da
ferramenta, pois este lhe passará as informações necessárias para melhor
manuseio, aumentando seus conhecimentos técnico e teórico.
19. SEMPRE use discos de acordo com a norma ABNT NB-33 e ANSI B-7.1.
20. SEMPRE mantenha a guarda de proteção sempre voltada para o lado do
esmerilhador por que se houver uma desfragmentação do disco este não o
atingirá. A figura 7.2 mostra uma repentina desfragmentação do disco e a
proteção do trabalhador pela guarda de proteção contra os estilhaços do
disco.

Figura 7.2: Esmerilhador protegido pela guarda de proteção contra os estilhaços do disco.

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7.2. Equipamento de Proteção Individual (EPI)
No trabalho de corte e desbaste vários fatores que, agindo isoladamente
ou em conjunto, representam sério risco à saúde do trabalhador por
envolverem fatores como: calor, ruído, fumos, gases, fogo e eletricidade devem
ser mantidos sob controle, exigindo medida de proteção tanto individuais como
ambientais, no sentido de proteger, não só o trabalhador envolvido diretamente
na operação, como, também, outras pessoas, máquinas, equipamentos e
instalações. A inobservância a tais fatores pode conduzir à formação de um
ambiente inseguro, com graves conseqüências, caso um acidente venha a
ocorrer resultando em prejuízos, mutilações ou até mesmo a perda de
preciosas vidas humanas.
A figura 7.3 mostra alguns equipamentos de proteção individual (EPI)
que são projetados com a finalidade de evitar ou amenizar lesões ou ainda
doenças que possam ocorrer nas operações de desbaste e corte ou outras
atividades inerentes ao ambiente em que a tarefa for desenvolvida.

Figura 7.3: Principais EPI’s.

O EPI é de uso pessoal e intransferível, a menos que sejam submetidos


a rigorosos critérios de limpeza, manutenção e desinfecção. Quanto ao uso de
EPI nas operações de corte devemos fazer as seguintes observações:

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a) Área protegida pelas máscaras: a face, testa, pescoço e olhos contra as
radiações e faíscas provenientes do processo. Ver figura 7.4.

Figura 7.4: Mascara de proteção

As máscaras são fabricadas com materiais resistentes, leves, isolantes


térmicos e elétricos, não combustíveis ou alto extinguíveis e opacos. Tanto os
capacetes e máscaras, com também os óculos devem ter a possibilidade de
ser desinfetados.

b) Vestuário de proteção: varia de acordo com a natureza, tamanho e


localização do trabalho a ser desenvolvido. Estes vestuários são utilizados
para proteger as áreas expostas do trabalhador, conforme figura 7.5.

Onde:
1. Avental de couro;
2. Manga de couro;
3. Luva de couro;
4. Perneiras de couro;
5. Sapatos de segurança;
6. Capacete de proteção;
7. Óculos de segurança;
8. Ombreira de couro.

Figura 7.5: Vestuário do trabalhador de soldagem e corte.

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c) Luvas: todos os trabalhadores devem usar luvas em bom estado nas duas
mãos, na figura 7.6 mostra alguns pares de luvas. As luvas protegem as
mãos contra queimaduras e choques elétricos. Para trabalhos leves, podem
ser usadas luvas de raspa de couro, de vaqueta ou de couro de porco.

Figura 7.6: Luvas usadas como EPI.

d) Macacões, casacos, aventais, mangas e perneiras: devem ser usados em


função do tipo de trabalho realizado. Podem ser feitos de couro ou outro
material resistente ao fogo, e que proporcionam proteção adicional às áreas
expostas do corpo do trabalhador contra faíscas. A superfície das roupas
devem estar totalmente isentas de óleo ou graxa ou qualquer outro material
inflamável. A figura 7.7 mostra alguns tipos de aventais.

Figura 7.7: Aventais

e) Vestuário tratado quimicamente: são também utilizadas vestimentas de


materiais tratados com retardadores de fogo, após cada lavagem ou
limpeza, as vestimentas devem sofrer um novo tratamento.

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f) Capuz ou gorro para cabeça: fabricado com material resistente ao fogo e
deve ser utilizado durante as operações de corte e desbaste para evitar
lesões e queimaduras na cabeça e pescoço do trabalhador. A figura 7.8
mostra um modelo de gorro.

Figura 7.8: Gorro ou capuz.

g) Botina: protege os pés, através do uso de biqueira de aço, solado injetado e


sem cadarços (fixação por elásticos laterais) é um EPI de uso obrigatório. A
figura 7.9 mostra dois exemplos destes EPI’s.

Figura 7.9: Alguns tipos de botinas

h) Protetores auriculares: os protetores auriculares devem ser utilizados nos


lugares determinados pelo setor de segurança da fábrica. A figura 7.10 (a)
mostra protetor do tipo "Plug de inserção" que deve estar limpos para evitar
infecções e a figura 7.10 (b) mostra o protetor tipo "Fone de ouvido"
(Concha). Os protetores auriculares em forma de concha têm a vantagem
de proteger o pavilhão auricular contra a projeção de faíscas ou partículas

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metálicas, proporcionando o bem estar ao funcionário, e evitando
problemas de saúde como, a irritabilidade, dores de cabeça, dentre outros.

(a) (b)
Figura 7.10: Protetores auriculares (a) tipo plug e (b) tipo concha

i) Equipamentos de proteção respiratória: a utilização destes equipamentos se


faz necessária quando ocorrem operações de soldagem e corte em áreas
confinadas, quando são usados processos e/ou materiais com alto teor
tóxico, nas ocasiões em que o oxigênio for deficiente ou houver acumulação
de gases tóxicos. A figura 7.11 mostra um pequeno filtro descartável que
poderá ser utilizados em conjunto com alguns outros tipos de mascaras.

Figura 7.11: Filtro descartável

De acordo com as normas ABNT NB 33 e ANSI B 7.1 utilize sempre os


equipamentos de proteção individual (EPI).

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8. Bibliografia.

1. Livro: Operating/Safety Instructions. Autor: Bosch. Publicação: 08-03-2006.


2. Livro: Angle Grinder, Instruction Manual. Autor: Makita Canada Inc.
Publicação: 03-11-2008.
3. Apostila Esmerilhagem – Treinamento, Conscientização e Prevenção.
Autor: Voith. Publicação: Desconhecido.
4. Livro: Manual de Instruções KG915K, Autor: Black & Decker do Brasil.
Publicação: Junho de 2006.
5. Apostila Treinamento em Mecânica – Usos e Aplicações da Esmerilhadeira/
Lixadeira. Autor: Júlio Cezar Rezende. Publicação: Desconhecido.
6. Livro: Abbildungen unverbindlich. Technische Änderungen vorbehalten.
Autor: C. & E. FEIN GmbH. Publicação: junho de 2008.
7. Livro: Disc Grinder – Instruction Manual. Autor: Makita Canada Inc.
Publicação: Desconhecido.
8. Imagens obtidas na internet no site: www.google.com.br

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