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PARTE II - BOMBAS

I- Tipos de Bombas
I.1 – Bombas Centrífugas
II.2 – Bombas de Deslocamento Positivo

II- Centrífugas
II.1 – Tipos de Bombas Centrífugas
II.2 – Termos e Definições
II.3 - Cálculos para bombas NPSHd ; Vel. Específica; BHP e AMT ( Head )
II.4 - Efeito da Densidade
II.5 – Dimensionamento de Bomba Centrífuga
II.6 - Ponto de Operação
II.7 – Efeito da Viscosidade
II.8 – Vazão Mínima
II.9 - Resumo de Materiais
II.10 - Escolha da Bomba

III – Deslocamento Positivo


III.1 - Alternativas
III.2 – Rotativas

IV – Considerações para Projetos

V - Especificação e Folha de Dados

VI – Principais Componentes de Bombas Centrífugas

Autores:
Eng. Flávio Nelson Pereira
Eng. Manoel Carlos Seguim

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BOMBAS

I- Tipos de Bombas - As bombas são equipamentos que fornecem energia a um líquido com a finalidade de
transportá-lo de um ponto a outro. Normalmente recebem energia mecânica e a transformam em energia de pressão
e cinética.
As bombas podem ser classificadas em duas categorias
 Turbo-Bombas ou Hidrodinâmicas de ação centrífuga - são máquinas em que a movimentação do líquido é
desenvolvida por forças que atuam na massa líquida em conseqüência da rotação de uma peça interna (ou
conjunto dessas peças) denominada de rotor ou impelidor.

 Volumétricas ou de Deslocamento Positivo - são aquelas em que a movimentação do líquido é causada


diretamente pela movimentação de um dispositivo mecânico da bomba, que induz ao líquido um
movimento na direção do deslocamento do citado dispositivo, em quantidades intermitentes, de acordo com
a capacidade de armazenamento da bomba, promovendo enchimentos e esvaziamentos sucessivos,
provocando, assim, o deslocamento do líquido no sentido previsto.

Tipos de Bombas

Deslocamento Positivo Ação Centrífuga

Alternativas (Recíprocas) Rotativas Centrígugas

- Pistão - Engrenagem
- Êmbolo - Parafuso
- Diafragma - Lóbulo

Instalação:

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I.1 Bombas Centrífugas

- Definição

Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força centrífuga
através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a
periferia do conjunto girante, fornecendo aceleração ao líquido transformando a energia mecânica em energia
cinética. Essa aceleração não possui a mesma direção e sentido do movimento do líquido em contacto com as pás.
Nessas bombas o líquido que recebeu a energia cinética do rotor escoa por um outro elemento chamado difusor
(placas não paralelas) ou voluta (forma de caracol) que transforma parte da energia cinética em energia de pressão,
pelo aumento da secção.Possui ainda uma câmara fechada, carcaça, dentro da qual gira uma peça, o rotor, que é um
conjunto de palhetas que impulsionam o líquido através da voluta. O rotor é fixado no eixo da bomba, este contínuo
ao transmissor de energia mecânica do motor.

A carcaça é a parte da bomba onde, no seu interior, a energia de velocidade é transformada em energia de
pressão, o que possibilita o líquido alcançar o ponto final do recalque. É no seu interior que está instalado o conjunto
girante (eixo-rotor) que torna possível o impulsionamento do líquido.
A Figura mostra um corte esquemático de uma bomba centrífuga típica de média pressão para pequenas vazões e
para funcionamento afogado ou com altura positiva, eixo horizontal e carcaça compacta, fluxo radial com rotor
fechado em monoestágio de alta rotação, sucção única, entrada axial e saída de topo.

- Grandezas características
Uma bomba destina-se a elevar um volume de fluido a uma determinada altura, em um certo intervalo de tempo,
consumindo energia para desenvolver este trabalho e para seu próprio movimento, implicando, pois, em um
rendimento característico. Estas, então, são as chamadas grandezas características das bombas, isto é, Vazão Q,
Altura manométrica AMT, Rendimento   e Potência P.

- Altura manométrica ou Carga - AMT

Altura manométrica de uma bomba é a carga total de elevação que a bomba trabalha. É dada pela expressão

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1.2 – Bombas de Deslocamento Positivo

Também denominadas bombas volumétricas, deslocam uma quantidade bem definida de fluído em cada golpe
ou volta de seus dispositivos internos. Uma quantidade de um fluido é presa em uma secção e impulsionada por um
pistão ou por peças rotativas.
As considerações principais na escolha deste equipamento é responder:
Quando usar bomba de deslocamento ?
Quando escolher deslocamento ou centrífuga ?
Qual a melhor ?
As respostas para estas questões estão nas condições do processo, pois as de deslocamento são mais aceitáveis
para fluídos: viscosos ; perigosos ; borras (slurry); altas pressões, etc...

Comparação entre deslocamento e centrífugas . Em todas as bombas de deslocamento há uma


proporcionalidade (relação constante) entre a descarga e a velocidade da bomba Q = K x v Esta proporcionalidade
é evidente, porque a descarga é proporcional à velocidade do órgão mecânico que impulsiona o líquido e
independente da altura a que o líquido está sendo elevado. Nas centrífugas não há esta proporcionalidade, a
descarga é função da velocidade da bomba e da altura de elevação.
Nas bombas de deslocamento o movimento do líquido dentro da bomba e o movimento do órgão
impulsionados são exatamente os mesmos. Nas centrífugas, embora os dois movimentos sejam relacionados entre si,
não são iguais.
As bombas de deslocamento transmitem energia ao líquido sob forma exclusivamente de pressão (só aumentam
a pressão e não a velocidade). Nas centrífugas a energia é transmitida sob a forma cinética e de pressão, isto é,
aumenta tanto a pressão quanto a velocidade.

O gráfico abaixo mostra a ordem de grandeza do trabalho das bombas :

AMT bombas de deslocamento: dosadoras

bombas de deslocamento: rotativas

centrífugas

vazão

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II – Centrífugas

São bombas em que a movimentação do líquido é produzida por forças que se desenvolvem na massa líquida,
em conseqüência da rotação de um rotor, com um certo número de palhetas especiais. KARASSIK 1982 é a melhor
referência para este estudo.

II.1 Tipos de bombas centrífugas . Conforme as posições relativas do movimento geral do líquido e do eixo de
rotação do rotor, podemos distinguir 3 tipos :
- radiais - quando o movimento do líquido dá-se em direção normal ao eixo de rotação. O rotor pode
ser; aberto, mais barato e entope menos ou fechado de maior rendimento.
- Hélico ou “mixed flow” - quando o movimento do líquido dá-se em direção inclinada em relação ao
eixo da bomba, entra axialmente e sai radialmente.
- Axiais ou helicoidais - quando o movimento do líquido dá-se paralelamente à direção do eixo de
rotação, entra e sai axialmente. Gira normalmente em altas rotações (9.000 rpm), produz baixa AMT
(head) mas fornece elevada vazão.

As bombas centrífugas podem ser: Simples ou de Múltiplo Estágio, dependendo da pressão que deve ser
fornecida ao fluído. Acima de 200 m. c. a. usar múltiplo estágio ( constam de 2 ou mais rotores presos a um mesmo
eixo ligados em série)

II.2- Termos e definições (KARASSIK - 1982). Os termos empregados são baseados em convenções dos
fabricantes, e nas recomendações do “Standart of the Hidraulic Institute” .

a- Altura Manométrica Total (AMT) ou “Head” da bomba: Uma coluna de líquido numa tubulação vertical
exerce pressão na superfície horizontal na base do tubo. Esta Pressão pode ser expressa em unidades de pressão
(atm, psig, kg/cm2) ou como altura (m.c.líquido ou ft de coluna de líquido)

As transformações de unidade mais comum são :


1 atm = 14,696 lb/in2 = 1,033 kg/cm2 = 101,3 KPa = 1,013 bars = 10,33 m H 2O = 33,89 ft H2O = 29,92
inHg = 760 mmHg
10 kg/cm2 ( 142,26 psig ; 9,8 bar)

 = 970
kg/cm3

unidades inglesas unidades métricas

h ( ft) = 2,31 x psi h (m) = [kg/cm2 x 1002(cm2/m2)] h (m) = 10,2 x bar
  (kg/m3) 

h = 2,31 x (142,26 + 14,696) h = (10 + 1) x 1002/ 970 h = 10,2 x (9,8 + 1,013)/ 0,97
0,97
h = 373 ft H2O h = 113 m. c. a. h = 113 m.c.a

Altura Manométrica Total - AMT (Carga ou Total Head ):

“Qualquer que seja a situação, a altura manométrica total representa, em coluna de fluído, a energia a ser
fornecida ao fluído para vencer todas as alturas, mais a perda de carga total”.

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Ex.: Escolha da bomba para 275 gpm e altura manométrica total AMT de 72,2 ft

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b- ROTOR - O fluído no tubo, figura abaixo, está em movimento, não há nada neste trecho de tubo que possa
conferir energia ao fluído; desprezando as perdas por atrito, a Energia em 1 ; 2 e 3 é a mesma.

1 3
2

A energia do fluído é : P/g + V2 / 2g


[ P que o fluído gostaria de atravessar as paredes + V2 / 2g ( energia cinética )]
Como P/g + v 2/2g é constante , na secção 2 , a velocidade vai aumentar, então o termo v 2/2g vai crescer ,
logo P/g deve diminuir, para o total ficar constante .

Um manômetro em 1 ou 3 registrará uma pressão maior que em 2 ( ufa! )


No caso em que duas bombas idênticas têm tubulações de saída diferentes, como mostra a figura:

1” 4”

P1 P2

Porque os PI s indicam valores diferentes ?


Resp..: Porque o manômetro não mede v2/2g , só mede a pressão estática P/g

como [ P/g + v2/2g ] é constante , em P1 o fluido terá maior velocidade , logo menor pressão .

c- NPSH ( Net Positive Sucction Head )

DISPONÍVEL (NPSH)d - é o excesso de pressão em relação à pressão de vapor que o líquido possui no bocal de
entrada da bomba , isto é [ P sucção da bomba - P vapor ]

Caso o NPSHd seja menor ou igual a ZERO, o líquido entra em ebulição e a bomba começa a apresentar o
fenômeno de cavitação. Este fenômeno é caracterizado pelo arraste de bolhas do vapor formado pelo líquido
bombeado, as quais em zonas de pressões mais elevadas se rompem bruscamente, provocando ruídos e vibrações no
sistema, além de inibir a sucção da bomba devido à presença de vapores ou gases dissolvidos que diminuem a
pressão diferencial entre a entrada e a saída da bomba. A cavitação ocorre devido ao aparecimento de ondas de
choque quando há colapso do vapor, isto é, ele volta ao estado líquido.

O NPSH d é função da sucção do sistema de bombeamento e, dependendo das condições de trabalho, deve ser
alterado para assegurar o bom funcionamento da bomba. Esta alteração pode ser realizada mudando-se o arranjo
físico das instalações ( tubulações, níveis de tanques, etc.. ) ou mais raramente mudando-se a temperatura do fluído
a ser bombeado.

NPSHd = P SUCÇÃO - P VAPOR

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NPSH REQUERIDO ( NPSH )R - É uma característica da bomba, e é um dado fornecido pelo fabricante,
representando a Energia ( altura de coluna de líquido) necessária ao líquido para, partindo do bocal de sucção,
chegar ao ponto do interior da bomba onde irá receber energia, vencendo as perdas de carga.

A condição para que o líquido não vaporize no sistema de bombeamento é que o NPSH disponível seja maior
que o NPSH requerido.

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II.3 - Cálculos para Bombas NPSHd ; Vel. Específica ; BHP e AMT ( Head ) :

a. NPSHd . O fato de que o NPSH disponível é maior que ZERO, garante que o líquido não irá entrar em ebulição
até o bocal da sucção da bomba.

Fluído @ T (ºC)  P vapor

H P

NPSHd = P SUCÇÃO - P VAPOR

NPSHd = [ P Vaso + Altura Estática - Perdas de Carga ] - P vapor

NPSH d > NPSH R

Para efeito de projeto usa-se: NPSH d > NPSH R + 1,0 m

Obs.:
1- Na sucção de Torres à Vácuo , utilizar um P na linha < 0,1 psi / 100 ft de comprimento .

2- Tubulação na sucção nunca menor que o bocal de sucção da bomba. Colocar um diâmetro acima .

3- Se for utilizar reduções na sucção, utilize excêntricas com barriga para baixo (não usar reduções brutais,
jamais ! ).

Nunca !!!

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Exercícios:

1- Líquido a 80 ºF ( Pvapor = 0,5 psia )

PVASO = 5 psig

Z = 10 ft

hf = 4 ft

NPSHd = PSUCÇÃO - PVAPOR


NPSHd = [PVASO + Z – hf ] - PVAPOR
PVASO = Pressão acima da superfície do líquido , psia
Pv = Pressão de vapor do líquido, psia
Z = altura estática , ft
hf = perda de carga de Darcy , ft de líquido
 = densidade relativa

NPSHd = [ 5 psig + 10 ft - 4 ft ] - 0,5 psia

NPSH d = 2,31 ( 14,7 + 5 - 0,5)/ 1,0 + 10 - 4 = 50,3 ft

2- Qual o NPSHd quando no Vaso tivermos Vácuo de 28 in Hg , adotando uma perda de carga no tubo de hf
= 0,3 ft ; Z = 5 ft ; TLIQ = 101,2 ºF (Pv = 0,98 psia ;  = 0,994) ?
Sol.: PVASO = 30 - 28 = 2 in Hg = 0,98 psia
NPSHd = [PVASO + Z –  hf ] - PVAPOR

NPSHd = [ 0,98 psia + 5 ft - 0,3 ft ] - 0,98 psia

NPSHd = 2,31 ( 0,98 - 0,98 ) / 0,994 + 5 - 0,3 = 4,7 ft

A Bomba escolhida deverá ter um NPSH R menor que 4,7 ft ( ou, menor que 4,7 - 3,0 ft )
que é uma condição muito difícil para o fabricante

3- Calcular o NPSH disponível do sistema abaixo sabendo que este armazenamento está ao nível do mar.
Fluído a 80 ºF ; Pv = 0,5 psia e  = 1,0 kg/l

hf = 2 ft
10 ft

NPSHd = [PVASO - Z – hf ] - PVAPOR


NPSHd = [ 14,7 psia - 10 ft - 2 ft ] - 0,5 psia

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NPSH d = 2,31 (14,7 - 0,5 ) /1 - 10 – 2 = 20,8 ft

4 – Seja a bomba do esquema abaixo, localizada a 1.500 ft acima do nível do mar, com NPSH R de 10 ft
quando trabalha com um líquido a 150 ºF. Qual é a altura de sucção tolerável desta unidade, se a perda de
carga na tubulação é hf = 5 ft ?
P ambiente = 32,7 ft ; P vapor = 8,58 ft

Pamb X=?

No pior caso: NPSH D > NPSHR onde NPSHR = 10 ft


NPSHd = [PVASO - Z – hf ] - PVAPOR
NPSH d = [ 32,7 - X - 5 ] - Pvapor

27,7 - X - 8,58 > 10 , logo X < 9,12 ft

5- Calcular o NPSHd do armazenamento de n-butano a 100 ºF . Pvapor = 51,8 psia


e  = 0,56 kg/l
P = 37,5 psig

Z = 10 ft

hf = 2 ft
NPSHd = [PVASO + Z – hf ] - PVAPOR
NPSHd = [ 37,5 psig + 10 ft - 2 ft ] - 52,2 psia

NPSH d = 2,31 (14,7 + 37,5 - 51,8 ) /0,56 + 10 – 2 = 9,65 ft

6- Calcular o NPSHd para bombear gasolina ( = 790 kgf/m3;  = 4,7 cp ; PV = 5,17 psia). A tubulação é de 4”
Sch 40 vazão de 540 L/min (142,65 gpm) e o comprimento da linha é 4,2 m, possuindo o acidentes: 1 válvula
de pé
3 curvas 90 std.
1 redução de 4” x 2 ½”


2,6 m 1 válvula de pé 1 x 120 ft = 120 ft
3 curvas 90º std. 3 x 11 ft = 33 ft
1 redução 4 x 2 ½” 1 x 2,5 ft = 2,5 ft
L RETO = 4,2 m = 13,8 ft = 13,8 ft
TOTAL = 169,3 ft
 = 4,7 cp D = 4,026 “ ( 0,3355 ft)
Q = 540 L/min x 1gal/3,785 L = 142,66 gpm
Re = 50,6 ( 142,66/4,026 ) ( 49,31/ 4,7) = 18.811
/D = 0,00015 x 12/ 4,026 = 0,000447

D = ( 0,408 Q / v ) ½  4,0262 = 0,408 x 142,66/v  v = 3,59 ft/s

 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,000447 + 6,5/18811)] 2 = 1,6364 / 60,98 = 0,0268

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hf = (f L/D) v2/2g = ( 0,0268 x 169,3/ 0,3355 ) 3,592/64,4 = 2,7 ft

NPSHd = [ PVASO - Z – hf ] - PVAPOR

NPSHd = [ 14,7 psia - 2,6 x 3,281 ft - 2,7 ft ] - 5,17 psia

NPSH d = 2,31 (14,7 - 5,17) /0,79 - 8,5 ft – 2,7 ft = 16,7 ft

Obs.:
Existe o aquecimento da bomba quando esta opera, por exemplo, com a válvula da descarga ou da sucção ou ambas
fechadas ( é comum quando da passagem do trabalho da bomba A para uma bomba B reserva), este aquecimento
pode ocasionar danos à bomba, à tubulação ou ao processo, quando estiver bombeando uma solução exotérmica,
então, pode alcançar uma explosão. Assim todo engenheiro deverá seguir algumas recomendações:
a- Para uma bomba explodir, não é necessário estar ocorrendo uma reação química, bombas de H 20 também
explodem.
b- Uma bomba de circulação usada para agitar um Vaso, pode aquecer o conteúdo de maneira que um
“runaway” da reação pode ocorrer .
c- Todas bombas centrífugas com motor acima de 3 HP devem ser protegidas de alguma maneira para
prevenir o aquecimento ( Ex.: TSH interlocado com um alarme ou a parada da bomba).
Lembrar : “ Todas as bombas explodem quando deixadas em aquecimento por um determinado intervalo de
tempo” .

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b. Velocidade Específica ( fenômeno na sucção)

PANESAR, 1978 diz: “ Tenho ouvido muitos engenheiros dizerem:


- Eu tenho muito mais NPSH disponível do que o requerido pela bomba, e não sei porque a bomba está
cavitando!“

A explicação pode ser encontrada pela velocidade específica “S” , ou seja o número de RPM necessário para
bombear 1 gpm a uma altura de 1 ft. À partir desta definição, o projetista da bomba define o diâmetro do rotor e as
velocidades na entrada e na saída do rotor:

S = N Q 0,5 / NPSHR 0,75

S = velocidade específica ( adimensional )


Q = vazão , gpm ; NPSHR = ft ; N = rpm

A cavitação pode ser observada quando a velocidade específica está acima de 10.000

7 - Dada a bomba: vazão 500 gpm ; rotação de 3.550 rpm ; tendo um NPSH d = 30 ft
O fabricante poderá ter um modelo com NPSHR = 10 e outro com NPSHR = 16 . Qual escolher ?

Sol.: vamos verificar a velocidade específica para os dois casos:


S1 = 3.550 x 500 0,5 / 100,75 = 14.116

S2 = 3.550 x 500 0,5 / 160,75 = 9.922 , logo utilizaremos a de NPSH R = 16 pois este dará uma velocidade
específica abaixo de 10.000

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c. BHP e A SELEÇÃO DO MOTOR DA BOMBA . Normalmente, a performance da bomba é apresentada em
curvas. A curva também mostra o “brake horsepower” (a potência fornecida pelo motor ao eixo) requerido à várias
vazões.

BHP = Q H  / 3.960 n (Q = gpm ; H = ft ; n = eficiência e  = d relativa )

A seleção do motor da bomba se dará conforme a tabela a seguir :

BHP da Bomba Motor a ser usado (nominal)


HP Kw
0 - 0,5 1 0,75
0,51 - 0,75 1½ 1,1
0,75 - 1 2 1,5
1,01 - 2 3 2,2
2,01 - 4 5 3,7
4,01 - 6 7½ 5,5
6,01 - 8 10 7,5
8,01 - 12 15 11
12,1 - 16 20 15
16,1 - 20 25 18,5
20,1 - 26,1 30 22
26,2 - 34,8 40 30
34,9 - 43,5 50 37
43,6 - 52,2 60 45
52,3 - 65,2 75 55
65,3 - 87 100 75
87,1 - 114 125 95
115 - 136 150 110
137 - 182 200 150
183 - 227 250 190
228 - 273 300 220
274 - 318 350 260
319 - 364 400 300

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d. AMT ( Head ) - a altura manométrica AMT da Bomba .

Em 1738, o famoso matemático e cientista Suiço Daniel Bernoulli publicou seu mais importante trabalho,
HYDRODYNAMICA. Este clássico trabalho foi um dos primeiros trabalhos a considerar todos os aspectos de
fluídos em movimento e é ainda a base dos trabalhos da hidrodinâmica moderna.
A expressão de Bernoulli para fluídos em uma tubulação simples a qual não é feito trabalho, isto é, não é
considerado o trabalho realizado pela bomba ou compressor, é mostrada abaixo :

P v 2
AMT    Z  hf
 2g

8- A figura mostra o esquema de bombeamento de 150 gpm de um fluído ( REL = 0,97), já calculada as
perdas de carga na tubulação, perdas de Darcy as pressões dos dois vasos e as alturas. Calcular a A.M.T.
(Head). Perda de carga na tubulação de sucção 3 ft de fluído e perda de carga na tubulação de descarga 10 ft
de fluído.

P2 = 20 psig

P1= 10 psig

Z2 = 40 ft

Z1= 6 ft

bomba

a-) AMT = P + v2 + Z + hf


g

A.M.T. = 2,31 x (34,7 – 24,7) + 0 + ( 40 – 6 ) + ( 3 + 13 ) = 23,81 + 34 + 16 = 73,81 ft de fluído


0,97

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9- A bomba da figura opera com líquido a uma vazão de 34 m 3/h . O nível do Tanque da sucção permanece
constante. A linha de sucção é de aço carbono 6” sch-40 e a de descarga é de 4” sch-40 . A perda de carga na
sucção é 0,77 m e a perda de carga na descarga é 13,04 m , já computadas as perdas dos acidentes ou
singularidades como válvulas , curvas, etc... . Dados :  = 970 kg/m3 e Pv = 0,73 psia
Determinar :
a- A Altura Manométrica Total ( head ) da bomba ?
b- O NPSH disponível ?
21 kg/cm2

P atm

5m 21,7 m

6m 43 m

a-) AMT = P + v2 + Z + hf


g

 P = ( Pman. + Patm. ) desc. - ( Patm )sucção


 

Patm. = 2,31 x 14,7 psia = 35 ft x 1 m = 10,67 m.c. líquido


0,97 3,281 ft
Pman/ = 21 (kgf/cm2) x 1002 (cm2/m2) / 970 kgf/m3 = 216,5 m.c.líquido

P = (216,5 + 10,67) - ( 10,67 ) = 216,5 m

Z = 21,7 - 5 = 16,7 m

hf = 0,77 + 13,04 = 13,81 m

AMT = 216,5 + 0 + 16,7 + 13,81 = 247 m.c.líquido

b-) NPSHd = ( Patm + Z - hf ) - Pvapor

Pvapor = 2,31 x 0,73 psia = 1,738 ft x 1m = 0,53 m


0,97 3,281 ft

NPSHd = ( 10,67 + 5 - 0,77 ) - 0,53 = 14,3 m.c.líquido

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10- 50 gpm de um líquido de processo (  = 62,19 lb/ft3 e  = 0,86 cp) são enviados a um vaso de pressão que
opera a 20 psig e 80 ºF. Também pode ser enviado a um tanque atmosférico atingindo uma altura máxima L
como mostra a figura abaixo (ou para o vaso ou para o tanque). Durante a operação normal a válvula de
retenção (check) está aberta. O comprimento equivalente da tubulação até o vaso de pressão ou até o tanque
atmosférico é de 100 ft e inclui todos os acidentes. Toda a tubulação é de C.S. 2” Sch 40 STD.
a- Qual é o nível de líquido L máximo no tanque atmosférico quando não enviamos mais o líquido para o
vaso?
20 psig

L atm

30 ft

D = (0,408 Q/ v )½  2,0672 = 0,408 x 50/v  v = 4,77 ft/s

Re = 50,6 ( 50/2,067) ( 62,19/0,86) = 88511


/D = 0,00015 x 12/ 2,065 = 0,00087
 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,00087 + 6,5/88511)] 2 = 1,6364/ 73,3 = 0,022

hf = ( f L EQUIVALENTE ) v2 = 0,022 100 4,772 = 4,51 ft


D 2g 0,17225 64,4

Para o vaso: PVASO = 20 psig + 14,7 = 34,7 psia = ( 2,31x 34,7/0,996) = 80,47 ft

PVASO = 80,47 ft
hf = 4,51 ft
ALTURA = 30,0 ft
PDESCARGA = 114,98 ft ( 49,5 psia)

Esta é a perda de carga que a bomba terá que vencer, então esta também será a perda quando o fluído for
desviado para o tanque atmosférico:

Para o tanque:
P TANQUE = ( 2,31 x 14,7/ 0,996) = 34,09 ft
hf = 4,51 ft
ALTURA = 30 + L ft
PDESCARGA = 114, 98 ft

114,98 = 34,09 + 5,51 + 30 + L  L = 46,37 ft

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 17


11- Uma bomba envia 50 gpm de uma solução a 24ºC (  = 0,9 cp ;  = 62,3 lb/ft3 ) ao topo de uma torre de
absorção. A aolução é bombeada através de uma tubulação de 2” C.S. Sch. 40 com um comprimento
equivalente de 220 ft (já computados todos os acidentes). A entrada da solução na torre está a 60 ft acima do
nível no tanque. A AMT da bomba pode ser vista na curva da bomba abaixo. Determinar neste caso qual o
P na válvula de controle.

AMT (ft)

60 ft 10”
Torre 135 9”
de absorção
8”

50 Q (gpm)
bomba Curva da Bomba

sol.:
P v 2
AMT    Z  h f  PVÁLVULA
 2g

P = 0 ( as pressões são atmosféricas )


Z = 60 ft
v12 = 0 ( desprezível )

D = (0,408 Q/ v )½  2,0672 = 0,408 x 50/v  v = 4,78 ft/s

Re = 50,6 ( 50/2,067) (62,3/0,9) = 84.727


/D = 0,00015 x 12/ 2,065 = 0,00087

f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,00087 + 6,5/ 84727)] 2 = 1,6364/ 73,05 = 0,022

hf = ( f Lequiv./D ) v2/2g
hf = 0,022 220 x 12 ( 4,782 ) = 9,97 ft
2,067 64,4

temos a equação : 135 = 60 + . v22 . + hf + PVALVULA


2 x 32,2

PVALVULA = 135 - 60 - [ 4,782 / 64,4 ] - 9,97 = 64,7 ft ( 1 x 64,7/2,31 = 28 psi )

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 18


12- Água com Minério é transportada em um minerioduto com diâmetro de 18” de aço carbono Sch 10 por
160 Km de distância. A vazão é de 4200 gpm de água a 20 ºC. O ponto mais alto está a 305 ft. Determinar a
perda de carga na tubulação e a potência fornecida pelo sistema de bombeamento (efeciência de 70%).
Sol.: ( = 62,34 lb/ft3 e  = 1,0 cp )

DI = 17,5” ( 1,458 ft)

D = (0,408 Q/ v )½  17,52 = 0,408 x 4200/v  v = 5,6 ft/s

Re = 50,6 ( 4200/17,5) ( 62,34/1) = 757057


/ D = 0,00015 / 1,458 = 0,0001

f = 1,6364 / [ ln ( 0,135 0,0001 + 6,5/ 757057 )]2 = 0,0142

h f = ( f L/D ) v2/2g = ( 0,0142 x 160000 x 3,281/1,458 ) 5,62 /64,4 = 2490 ft

P = hf + Z = 2490 + 305 = 2795 ft

Potência da bomba = Q x AMT x  / 3960  = 4200 x 2795 x 1,0 / (3960 x 0,70 ) = 4234 HP

Este valor alto da potência do motor requer um estudo de várias bombas operando em paralelo.

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 19


II.4- Efeito da Densidade:

A bomba é uma máquina que confere ao fluído energia por unidade de peso, e então, não pode corrigir a altura
manométrica (AMT), qualquer que seja a densidade.

“Uma bomba de 20 m de AMT conferirá o suficiente de energia para propulsionar o fluído a 20 m de


altura física ou seu equivalente em perdas de carga, quer o fluído seja água (  = 1 ) ou mercúrio (  =
13,2 ) “.
A única diferença é que o motor da bomba de mercúrio deverá ser 13,2 vezes mais potente que o motor da bomba de
água

20m 20m 20m

Gasolina Água H2SO4 ( puro )


 = 0,7 =1  = 1,8
BHP = 7 BHP = 10 BHP = 18

As 3 bombas idênticas vão recalcar à mesma altura (distância)

A bomba abaixo B-01 envia o produto do tanque TQ-01 ao TQ-02. Os dois tanques são atmosféricos, a
diferença entre os níveis é 12 m . A tubulação é toda de 1” C.S. Sch. 40 e o comprimento equivalente é de 30 m
(já computados os acidentes). Primeiramente transfere-se ácido ( = 1,84) e depois H2O (  = 1,0) é
transferida.

12m
TQ-01 TQ-02

B-01

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 20


13- 35 gpm de Acido deve ser bombeado. Calcular a potência do motor BHP para este serviço (eficiência do
motor 50%). Dados do ácido: = 1 cp e  = 1,84 ; D = 1,049” (0,0874 ft)
Sol.: D = (0,408 Q/ v )½  1,0492 = 0,408 x 35/v  v = 12,98 ft/s

Re = 50,6 (35/1,049) (114,63/ 1,0) = 193527


/D = 0,00015 x 12/ 1,049 = 0,0017

 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,0017 + 6,5/193527)] 2 = 1,6364 / 67,947 = 0,024

hf = ( 0,024 x 30 x 3,281/ 0,0874 ) 12,982 / 64,4 = 70,7 ft


AMT = 12 x 3,281 + 70,7 = 110 ft  (1,84 x 110/ 2,31 = 87,6 psi)

BHP = 35 x 110 x 1,84 = 3,58 HP


3960 x 0,50

14- 35 gpm de H2O deve ser bombeada. Calcular a potência do motor BHP para este serviço (eficiência do
motor 50%).
Dados da água :  = 1 cp e  = 1,0 ; D = 1,049” (0,0874 ft)
Sol.: D = (0,408 Q/ v )½  1,0492 = 0,408 x 35/v  v = 12,98 ft/s

Re = 50,6 (35/1,049) (62,3/ 1,0) = 105179


/D = 0,00015 x 12/ 1,049 = 0,0017

 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,0017 + 6,5/105179)] 2 = 1,6364 / 66,28 = 0,0247

hf = ( 0,0247 x 30 x 3,281/ 0,0874 ) 12,982/ 64,4 = 72,7 ft

AMT = 12 x 3,281 + 72,7 = 112 ft ( 1,0 x 112/2,31 = 48,5 psi)

BHP = 35 x 112 x 1,0 = 1,98 HP


3960 x 0,50

Para refletir
 Densidade: Considerando que a AMT de uma bomba centrífuga não é função da densidade do fluído,
ao selecionarmos um ponto de operação na curva do fabricante NÃO NECESSITAMOS de nenhuma
correção caso em que a AMT seja expressa em metros (m) ou pés (ft) de coluna de líquido, ou seja, uma
bomba desenvolve com água (fluído usado pelo fabricante) uma dada AMT, e, desenvolverá esta mesma
AMT com qualquer outro fluído mais denso ou menos denso que a água. Entretanto a pressão
desenvolvida para o líquido mais denso será maior que para o líquido menos denso. Por este motivo que
vários livros fornecem o nome de CARGA a altura manométrica que a bomba fornece e não pressão.

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 21


II.5 – Dimensionamento de Bomba Centrífuga

15- O bombeamento de 11,34 m3/h de Benzeno à 20 ºC ocorre no sistema abaixo. Na linha de sucção de 2”
C.S. Sch.40 tem-se: 1 válvula de retenção; 1 curva 90º raio longo e 26,8 m de comprimento. Na linha de
descarga de 1 ½” C.S. Sch 40 tem-se: 2 curvas 90º raio longo; 2 válvulas gaveta; 1 válvula globo e
comprimento total 26,7 m. As pressões são dadas nos PI’s . Dados: (  = 0,88 kg/L ;  = 0,64cp ; PV = 75,1
mmHg)

3,1 atm
6,1 m

2,0 atm

2,4m

Vazão Q = 11,34 m3/h x 1 gpm = 50 gpm


0,2271 m3/h
PVAPOR = 75,1 mmHg x 14,696 psia = 1,45 psia x 2,31/ 0,88 = 3,8 ft de Bz
760 mmHg

Sucção ( 2”) Descarga ( 1 ½”)

D = (0,408 Q/ v )½  2,0672 = 0,408 x 50/v D = (0,408 Q/ v )½  1,6102 = 0,408 x 50/v


v = 4,77 ft/s v = 7,87 ft/s

Ptubulação : Ptubulação :

Re = 50,6 (50/2,067) (54,8/ 0,64) = 104804 Re = 50,6 (50/1,610) (54,8/ 0,64) = 134553
/D = 0,00015 x 12/ 2,067 = 0,00087 /D = 0,00015 x 12/ 1,610 = 0,001118

f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,00087 + 6,5/104804)] 2 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,001118 + 6,5/134553)] 2
= 1,6364 / 74,40 = 0,022 = 1,6364 / 72,60 = 0,0225

Método K fT = 0,019 ( 2” ) Método K fT = 0,021 ( 1 ½”)


1 valv.retenção 100 x fT = 1,9 2 curva 90º raio longo 20 x fT = 0,42
1 curva raio longo 20 x fT = 0,38 2 válv. Gaveta 8 x fT = 0,168
Total = 2,28 1 válv. globo 340 x fT = 7,14
Total = 7,73
h f = ( f L/D +  k ) v2/2g h f = ( f L/D +  k ) v2/2g

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 22


= (0,022 x 26,8 x 3,281/0,17225 + 2,28 ) 4,772/64,4 = (0,0225 x 26,7 x 3,281/0,1342 + 7,73 ) 7,872/64,4

hf tubulação = 4,8 ft hf tubulação = 21,6 ft


P vaso = (2,0 + 1,0) x 14,696 psia = 44 psia P vaso = (3,1 + 1,0) x 14,696 psia = 60,25 psia
Altura = 2,4m x 3,281 = 7,87 ft Altura = 6,1m x 3,281 = 20 ft

PSUCÇÃO = PVASO - H – hf PDESCARGA = H + PVASO + hf

PSUCÇÃO = (44 x 2,31/ 0,88) – 7,87 – 4,8 PDESCARGA = 20 + (60,25 x 2,31/ 0,88) + 21,6
PSUCÇÃO = 102,8 ft PDESCARGA = 199,7 ft

AMT = 199,7 - 102,8 = 97 ft

NPSHd = 102,8 - 3,8 = 99 ft

BHP = 50 x 97 x 0,88 = 2,15 HP ( MOTOR DE 5 HP para um = 50%)


3960 x 0,50

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 23


16- Calcular a bomba abaixo: AMT ( Head ) o Motor e a Velocidade específica :
12 m3/h de Solução de Isopropanol a 42ºC é bombeado ao reator, tubulação C.S. Sch. 40

23 m 8,2 m

1m

P atm trocador 4m reator


4,8 m atm

TQ 1
5m 20 m

5,5 m

dados: P trocador = 9 psi ;  = 0,768 kg/L ;  = 1,4 cp ; PV = 55 mmHg


Q = 12 m3/h x 1 gpm = 52,8 gpm
0,227 m3/h
PVAPOR = 55 mmHg x 14,696 psia = 1,063 psia x 2,31/ 0,768 = 3,19 ft de Isobutanol
760 mmHg

V recomendada : [ 2 a 4] = 2,5 ft/s na descarga [ 3 a 5 ] = 4,0 ft/s


D = (0,408 Q/ v )½ D = (0,408 Q/ v )½
D = ( 0,408 52,8/ 2,5 ) ½ = 2,93 in D = ( 0,408 52,8/ 4 ) ½ = 2,32 in

DI = 3,068 in ( 0,2556 ft ) DI = 2,067 in ( 0,17225 ft )

Sucção (3” ) Descarga ( 2” )


Ptubulação : Ptubulação :
D = (0,408 Q/ v )½  D = (0,408 Q/ v )½ 
v= v=

Re = Re =
/D = 0,00015 x 12/ 3,068 = 0,000586 /D = 0,00015 x 12/ 2,067 = 0,00087
f = f =

Método K fT = 0,018 ( 3” ) Método K fT = 0,019 ( 2”)


1 valv. Gaveta 8 x fT = 7 cotovelos 90º 30 x fT =
1 saída = 1 T (reto) 20 x fT =
Total = 5 válvulas gav. 8 x fT =
h f = ( f L/D + k ) v2/2g 1 válvula retenção 100 x fT =
1 entrada =
Total
hf tubulação =
P TQl = 14,696 psia = hf =
Altura Z = 0
PSUCÇÃO = PTQ1 + Z – hf hf tubulação =

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 24


Psucção = P REATOR = 14,696 psia =
Altura Z =
P TROCADOR = 9 psi =

PDESCARGA = Z + PREATOR + hf + PTR + PV

P VÁLVULA = 30% =

PDESCARGA =
=

AMT =

BHP = Q x AMT x  = .______________. = 2,02 HP ( MOTOR de 5 HP para  = 47% )


3960 x  3960 x 0,47

NPSHd = P sucção - P vapor =

Velocidade específica = S = N Q 0,5 / NPSHR 0,75

S = 1.750 x 52,8 0,5 / 2,0 0,75 = 12716/ 1,68 = 7.569 ( < 10.000 ok ! )

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 25


Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 26
17- Calcular a bomba centrífuga acima tendo 4” no bocal de sucção e 3” no bocal de descarga, tubos C.S. Sch
40 que envia o produto Gasóleo a uma vazão de 250 gpm como mostra a figura. Dados:
 = 64,87 lb/ft3 e  = 0,6 cp ; P orifício = 1,52 psi ; P trocador = 5,2 psi ; PC.V. = 10,7 psi

Sol.: sucção descarga


6” ( DI = 6,065” ) 4” ( DI = 4,026” )
6,0652 = ( 0,408 x 250/ v )  v = 2,77 ft/s 4,0262 = ( 0,408 250/ v )  v = 6,29 ft/s

Re = 50,6 (Q/d) (/u) = 50,6 (250/6,065)(64,87/0,6) Re = 50,6 (250/4,026)(64,87/0,6)


= 225.500 = 340.000
f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,000296 + 6,5/225500)] 2 f = 1,6364 / [ln (0,135x 0,00047 + 6,5/340000)] 2

fator f = 0,0178 f = 0,0185

L equivalente: L tubo = 39 ft L tubo = 156 ft


5 cotovelos = 75 ft 20 cotovelos = 210 ft
1 redução = 4 ft 1 redução = 3 ft
1 válvula gaveta = 6,5 ft 4 válvulas gaveta = 18 ft
2 saídas = 40 ft
1 entrada (tubo) = 18 ft 1 entrada = 10 ft
total 142,5 ft 437 ft

Hd = v2/2g = 2,772/64,4 = 0,12 Hd = 6,292/64,4 = 0,61


hf = ( f L eq./D ) hd = 0,0178 ( 142,5 ) 0,12 = 0,6 ft hf = 0,0185 ( 437 ) 0,61 = 14,7 ft
0,5054 0,3355

P sucção P descarga
P tanque = 13 psia x 2,31/1,04 = +28,87 ft P vaso = 13,5 psia x 2,31/1,04 = +29,98 ft
Altura = + 14,0 ft Altura = + 46,5 ft
hf = - 0,6 ft P orifício = 1,52 x 2,31/1,04 = + 3,37 ft
P FILTRO = - 0,13 ft P trocador = 5,2 x 2,31/1,04 = +11,55 ft
P sucção = 42,14 ft hf = +14,7 ft
P C.V. = 10,7 x 2,31/1,04 = +23,76 ft
P descarga = 129,86 ft
AMT = 129,86 – 42,14 = 87,72 ft
BHP = 250 x 87,72 x 1,04 / ( 3960 x 0,5) = 11,5 HP ( MOTOR de 15 HP para  = 50% )

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 27


II.6- Ponto de Operação

A relação entre a altura manométrica (head) e vazão da bomba pode ser dada pela equação quadrática
( TALWAR, 1983) :

H = a + bQ + cQ2
Onde H é o head (ft) e Q a capacidade volumétrica (gpm), assim as constantes a, b, e c completam a especificação
da curva da bomba. O fabricante irá determinar estas constantes extraídas da curva. Por exemplo os testes e a sua
curva mostram que para a vazão de 0 gpm  temos o “head” de 550 ft
37,5 gpm  550 ft

Se substituirmos estes dados na expressão de H temos a função H = 550 + 3,03Q – 0,0806Q2

A resistência da tubulação que a bomba terá que vencer é : R = kQ 2. , chamada de curva do sistema. A
intersecção da curva da bomba com a curva do sistema é o ponto de operação [ 1 ] da bomba. Quando a resistência
aumenta (fechando-se uma válvula da descarga, por exemplo) a curva do sistema se altera para a posição [ 2 ]
chegando a um novo ponto de operação.

H (ft) curva da bomba


Ponto de operação
2 1

curva do sistema

Q ( gpm)

II.7 – Efeito da Viscosidade

A performance da bomba centrífuga é afetada quando se manuseia líquidos viscosos.O aumento da potência, a
redução da altura manométrica (head) e alguma redução na capacidade quando a viscosidade é de moderada a alta.
O “Hydraulic Institute Standards” fornece o gráfico que corrige para fluídos viscosos a performance quando
comparada a performance com água.

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 28


18-Selecionar a bomba para enviar 750 gpm a 100 ft de altura manométrica de um líquido tendo  = 1000
SSU e  = 0,9

Entre (em baixo) na carta com 750 gpm, suba até 100 ft de AMT , ir na horizontal até  = 1000 SSU , suba
verticalmente até encontrar os valores de correção CH , CQ e CE
Encontra-se CQ = 0,95
CH = 0,92
CE = 0,635

Qw = 750/ 0,95 = 790 gpm


Hw = 100/ 0,92 = 108,8 ft

Selecionar a bomba para H2O 790 gpm e 100 ft . Se a bomba selecionada tiver uma eficiência de 81% a 790 gpm ,
logo, a E viscosa é 0,635 x 0,81 = 0,515

Assim a potência para o fluído viscoso será BHP = 750 x 100 x 0,90 = 33,1 HP
3960 x 0,515

Curso de Extensão Universitária - PERSONAL AND CONFIDENTIAL - pg. 29

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