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GRAMÁTICA

A SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO – PARTE I

Livro Eletrônico
© 02/2019 – Editora Gran Cursos

PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro

VICE-DIRETOR: Rodrigo Teles Calado

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

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DIAGRAMAÇÃO: Weverton Carvalho

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BRUNO PILASTRE

Doutor em Linguística (teoria e análise grama-


tical) pela Universidade de Brasília. Atua na
área de Concursos Públicos desde 2009, prin-
cipalmente na elaboração de materiais didáti-
cos. É autor das obras “Guia Prático de Língua
Portuguesa” e “Guia de Redação Discursiva
para Concursos”, ambas editadas pela editora
Gran Cursos.

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A Sintaxe do Período Composto – Parte I

Prof. Bruno Pilastre

SUMÁRIO
A Sintaxe do Período Composto – Parte I........................................................5
Introdução.................................................................................................5
1. Orações Coordenadas Sindéticas e Assindéticas...........................................8
2. Valores Semânticos das Conjunções (Coordenadas Sindéticas)..................... 11
2.1. Aditivas............................................................................................. 11
2.2. Adversativas...................................................................................... 12
2.3. Alternativas........................................................................................ 12
2.4. Conclusiva......................................................................................... 13
2.5. Explicativa......................................................................................... 13
Resumo.................................................................................................... 14
Glossário.................................................................................................. 16
Questões de Concurso................................................................................ 18
Gabarito................................................................................................... 45
Questões Comentadas................................................................................ 46
Bibliografia............................................................................................... 61

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A Sintaxe do Período Composto – Parte I

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A SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO – PARTE I


Introdução
Olá, concurseiro(a)! E aí, como estão os estudos? Conseguindo conciliar todas as

disciplinas exigidas pelo conteúdo programático? Eu espero que sim. É um caminho

árduo, eu sei, mas vale o esforço. Bom, então vamos continuar nossos trabalhos.

Nesta aula, a nona de nosso curso, eu falarei sobre estruturas sintáticas mais

complexas (em comparação ao período simples). A nossa próxima aula, a décima,

também terá como tema as estruturas sintáticas mais complexas.

Por que fiz referência a “estruturas sintáticas mais complexas”? O que eu que-

ro dizer é o seguinte: há estruturas oracionais formadas por mais de um núcleo

verbal. Nessa estruturação complexa, não estaremos mais diante de um período

simples, mas composto. A ideia de composto pode ser traduzida como “formado

por mais de um elemento (núcleo)”.

Em nossa língua, encontramos dois tipos de período composto: por coordena-

ção e por subordinação. O que interessa por agora é o período composto por

coordenação - e a presente aula cuidará apenas dele.

Feitas essas considerações, vamos abordar o fenômeno geral da coordenação.

Na sintaxe, os itens do léxico são organizados linearmente. Eu já falei sobre isso

nas aulas anteriores. Se a gente fizesse um gráfico dessa organização linear do lé-

xico na sintaxe, teríamos o seguinte:

O João + perdeu o horário do voo.

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A linha abaixo da oração “O João perdeu o horário do voo” traduz a ideia de que

os itens da sintaxe são “somados”, “combinados” um após o outro: o sujeito sintá-

tico “O João” se combina ao predicado “perdeu o horário do voo”.

Vemos que o sujeito da oração acima é formado por um único núcleo (é um

sujeito simples). Agora imagine que esse sujeito seja formado por mais de um

núcleo. Nesse caso, combinamos novos nomes, resultando na seguinte frase:

O João, a Maria, o Rafael e o Pedro + perderam o horário do voo.

Quantos núcleos temos nesse sujeito? Quatro, certo? Se há mais de um nú-

cleo, dizemos que o sujeito é composto. Essa composição ocorre pelo processo de

coordenação: as unidades linguísticas (núcleos) são combinadas/ligadas numa

sequência. Essa combinação, como vemos na representação gráfica, é linear (hori-

zontal). O nome desse eixo horizontal é “eixo das combinações”.

Na oração “O João, a Maria, o Rafael e o Pedro perderam o horário do voo”, a

coordenação é nominal (substantivos). Potencialmente, é possível combinar 1.000

nomes em sequência (por exemplo, a lista de inscritos em um concurso). No entan-

to, isso raramente acontece na oralidade (no DOU, um registro escrito, por exem-

plo, é possível encontrar uma lista com vários elementos nominais coordenados).

Qual é a propriedade da coordenação que vemos acima (entre os nomes João,

Maria, Rafael e Pedro)? A resposta correta é: todos os termos são sintaticamente

equivalentes. Traduzindo: tanto João, quanto Maria, quanto Rafael, quanto Pedro

podem ser, sozinhos, o núcleo do sujeito. Eles estão “em pé de igualdade” na fun-

ção sintática que exercem.

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E as orações? Pois é, até agora eu falei apenas da coordenação de nomes, mas

o importante para a sua prova é conhecer a coordenação entre orações. O exemplo

clássico (e bota clássico nisso, vem do Latim!) é esse: “Vim, vi, venci”. Essa oração

coordenada é atribuída ao cônsul romano Júlio César (47 a.C.). Em nosso eixo da

combinação, temos o seguinte:

Vim + vi + venci.

A coordenação é formada pela combinação de três núcleos verbais, que formam

três orações: (eu) vim, (eu) vi, (eu) venci. A coordenação é caracterizada pelo fato

de haver independência sintática entre as três orações: cada uma pode ocorrer

isoladamente, como em: Eu vim. Eu vi. Eu venci. Nesse último caso, não teríamos

orações coordenadas (período composto), mas três períodos. Essa independência (e

equivalência) é a manifestação de um fenômeno sintático denominado parataxe.

Essas ideias ficaram claras? Basicamente, eu disse o seguinte até agora:

(i) na sintaxe, os itens do léxico são organizados linearmente. Essa combinação

linear ocorre no que chamamos de “eixo das combinações” (que é, visualmente,

horizontal).

(ii) a combinação de núcleos forma uma composição. Essa composição ocorre

pelo processo de coordenação, a qual liga os núcleos linearmente.

(iii) a combinação pode ocorrer entre itens lexicais (nomes, por exemplo) e en-

tre núcleos oracionais.

Espero que tenha ficado mais tranquilo de entender.

E na semântica, como eu defino a relação de coordenação? Bom, essa é uma

questão muito polêmica na área da gramática. Vou optar pela solução mais simples

para os nossos propósitos (que é resolver com segurança as questões da banca).

Tradicionalmente, é dito que as orações coordenadas são semanticamente indepen-

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dentes umas das outras. Por quê? Simplesmente porque elas podem ocorrer em

enunciados independentes. Esse é o caso de “Vim, vi, venci”, que pode ocorrer em

enunciados independentes (em períodos independentes), como em Vim. Vi. Venci.

Então essa propriedade de independência semântica é simples de ser resolvida.

No entanto, é preciso esclarecer que há uma relação semântica entre as ora-

ções (e as conjunções coordenativas deixam isso claro!). Essa relação semântica

está vinculada à coesão e coerência textuais. Seria incoerente sequenciar a coorde-

nação “Vim, vi, venci” como “Venci, vim, vi”. Isso porque os eventos possuem uma

sequência temporal. Primeiramente, é preciso chegar ao local (vim), em seguida,

observar a situação (vi) e agir, chegando a um resultado (venci). O resultado antes

da observação e da chegada seria, no contexto discursivo, incoerente.

Na sequência da aula, vamos diferenciar dois modos de coordenar as orações:

com e sem conjunção.

1. Orações Coordenadas Sindéticas e Assindéticas


No eixo da combinação (na “soma” linear das orações), é possível fazer uso de

uma conjunção, a qual explicita uma relação semântica entre as orações. A essas

orações coordenadas dá-se o nome de sindéticas (ou seja, que possuem síndeto,

conjunção).

Também é possível combinar as orações sem a presença de uma conjunção.

Nesse caso, as orações são coordenadas assindéticas (isso é, sem síndeto, con-

junção). Um nome dado às coordenadas assindéticas é justapostas: as orações

são dispostas em sequência linear, uma ao lado da outra. Observe a frase a seguir:

(i) Eles estavam endividados, não deram importância para esse problema.

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Não há, entre as orações, conjunção (síndeto). A relação semântica estabele-

cida entre as duas orações é de oposição. Essa relação entre as orações pode ser

explicitada por uma conjunção:

(i) Eles estavam endividados, MAS não deram importância para esse problema.

Percebeu que, no eixo das combinações, a primeira oração se combina com a

segunda pelo uso de um conectivo (conjunção mas)? Pois então temos o seguinte:

ORAÇÃO 1, MAS ORAÇÃO 2


EIXO DAS COMBINAÇÕES

A oração acima (com a conjunção mas) é sindética, já que possui um síndeto.

Daqui a pouco vamos observar quais são os valores semânticos das conjunções.

Antes disso, vou introduzir mais uma ideia ao eixo das combinações.

Se observarmos bem, as orações acima podem ser coordenadas por outras

conjunções. Em vez de mas, poderíamos usar porém, contudo, entretanto, no

entanto, todavia. Essa possibilidade de “escolher” qual conjunção utilizar é ex-

plicada pela existência de outro eixo, o das possibilidades. Graficamente, podemos

imaginar esse eixo como uma linha vertical, como no exemplo a seguir:

Eles estavam endividados, MAS não deram importância para esse problema.
PORÉM
CONTUDO
TODAVIA EIXO DA COMBINAÇÃO

ENTRETANTO
NO ENTANTO
EIXO DAS POSSIBILIDADES

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Viu que o eixo das possibilidades está na vertical? Essas possibilidades são

excludentes: se eu escolho o mas, não utilizo as outras conjunções equivalentes

(nesse caso, porém, contudo todavia, entretanto e no entanto). Para você vi-

sualizar essa ideia, imagine que estamos diante de uma máquina caça-níquel:

A sequência “7”, “7”, “7” equivale ao eixo das combinações. O eixo das possi-

bilidades equivale às alternativas “sininho”, número “7”, “cerejinha”, “uvinha” etc.

Trabalharemos com essa ideia na apresentação das conjunções coordenativas,

principalmente porque a banca CESPE trabalha com essa noção.

A banca CESPE avalia o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar

uma conjunção (das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo exa-

minador é a seguinte: “No trecho X é possível, sem prejuízo semântico, substituir

a conjunção y pela conjunção z”. Essa “substituição” está diretamente relacionada

ao eixo das possibilidades.

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2. Valores Semânticos das Conjunções (Coordenadas


Sindéticas)
Vou ser bem objetivo nessa parte da aula. Vou traduzir a ideia semântica e apre-

sentar uma frase de exemplo. Em seguida, colocarei as conjunções típicas de cada

noção semântica.

Sobre a relação semântica entre as orações, tipicamente a oração introduzida

pela conjunção relaciona-se com a oração anterior. No esquema que eu apresen-

tarei, a ORAÇÃO 2 é a introduzida pela conjunção. Essa oração 2 relaciona-se se-

manticamente à ORAÇÃO 1.

2.1. Aditivas

A noção semântica das aditivas é de soma, acréscimo entre o que se apresen-

ta nas orações.

a) O Rafael lê e escreve muito bem.

e
ORAÇÃO 1 nem (= e não) ORAÇÃO 2
nem... nem
tampouco EIXO DA COMBINAÇÃO

não só... mas (também)


não só... mas (ainda)
bem... como
não só... como (ainda)
tanto... como
tanto... quanto

EIXO DAS POSSIBILIDADES

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2.2. Adversativas

A noção semântica das conjunções adversativas é de oposição, contraste,

quebra de expectativa, compensação, restrição, adversidade.

a) O novo filme do Star Wars teve sucesso nas bilheterias, mas não agradou os

fãs da franquia.

mas
ORAÇÃO 1 porém ORAÇÃO 2
contudo
todavia EIXO DA COMBINAÇÃO

entretanto
no entanto
só que
senão (= mas sim)
EIXO DAS POSSIBILIDADES

2.3. Alternativas

Semanticamente, as conjunções alternativas veiculam a ideia de uma opcionali-

dade (escolha) ou oposição (dessemelhança) entre o que se informa na oração 1 e

o que se informa na oração 2. Outras noções semânticas são possíveis.

a) Você prefere estudar ou prefere trabalhar?

ou
ORAÇÃO 1 ou... ou ORAÇÃO 2
ora... ora
EIXO DA COMBINAÇÃO
EIXO DAS POSSIBILIDADES

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2.4. Conclusiva

Na semântica das conjunções conclusivas, encontramos a ideia de consequên-

cia, conclusão, ilação (ação de inferir).

a) Ele sempre foi muito mentiroso, por isso ninguém acredita nele.

pois
ORAÇÃO 1 portanto ORAÇÃO 2
por isso
assim EIXO DA COMBINAÇÃO

então
por conseguinte
logo
EIXO DAS POSSIBILIDADES

2.5. Explicativa

Na coordenação explicativa, as conjunções manifestam a semântica de que a

oração 2 explica/justifica o que se afirma na oração 1.

a) Não fume perto de postos de combustível, porque é perigoso.

porque
ORAÇÃO 1 que ORAÇÃO 2
porquanto

pois EIXO DA COMBINAÇÃO

EIXO DAS POSSIBILIDADES

Bom, encerramos a apresentação desse conteúdo. Há alguns detalhes impor-

tantes, os quais serão discutidos nos comentários do gabarito (questões CESPE).

Por isso, fique atento(a) ao que eu digo lá, beleza?

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RESUMO
SOBRE O FENÔMENO DA COORDENAÇÃO

• Na sintaxe, os itens do léxico são organizados linearmente. Essa combinação

linear ocorre no que chamamos de “eixo das combinações” (que é, visual-

mente, horizontal).

• A combinação de núcleos forma uma composição. Essa composição ocorre

pelo processo de coordenação, que liga os núcleos linearmente.

• A combinação pode ocorrer entre itens lexicais (nomes, por exemplo) e entre

núcleos oracionais.

• SOBRE AS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

• Manifestam a semântica das relações estabelecidas entre as orações.

• Formam o chamado “eixo das possibilidades” (que é, visualmente, vertical).

Desse eixo, uma conjunção é selecionada (dentre as outras possibilidades).

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AS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

e
nem (= e não)
nem... nem
não só... mas (também)
ADITIVA: não só... mas (ainda)
bem... como
não só... como (ainda)
tanto... como
tanto... quanto
mas
porém
contudo
todavia
ADVERSATIVA:
entretanto
no entanto
só que
senão (= mas sim)
ou
ALTERNATIVA: ou... ou
ora... ora
pois
portanto
por isso
CONCLUSIVA: assim
então
por conseguinte
logo
porque
que
EXPLICATIVA:
porquanto
pois

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GLOSSÁRIO
Aditiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos equivalentes da mesma oração ou

duas orações coordenadas.

Adversativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração ou duas orações

de função idêntica, conotando-as, porém, de um sentido opositivo.

Alternativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração, ou duas ora-

ções, de sentido dessemelhante, determinando que, a verificar-se um dos fatos

mencionados, o outro deixará de se cumprir.

Assindética (coordenação)

Em que ocorre assíndeto (ausência de conjunção coordenativa entre palavras,

termos da oração ou orações de um período); sem conectivo (diz-se de período);

justaposto, paratático.

Conclusiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que serve para ligar à anterior uma oração que deno-

ta uma conclusão, uma consequência ou uma ilação (ação de inferir, de concluir;

inferência).

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Conjunção

Vocábulo ou sintagma invariável, usado para ligar uma oração subordinada à

sua principal, ou para coordenar períodos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.

Coordenação

Processo ou construção em que unidades linguísticas (palavras, sintagmas, fra-

ses, períodos) de função equivalente são ligadas numa sequência; os termos coor-

denados podem ser justapostos e, na escrita, separados por vírgula (por exemplo:

sala ampla, confortável) ou ligados por conjunção coordenativa (por exemplo:

sala ampla e confortável).

Explicativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga duas orações, numa das quais se explica ou se

justifica a asserção contida na outra.

Parataxe

Num enunciado, é a sequência de frases justapostas, sem conjunção coordenativa.

Sindética (coordenação)

Enunciado em que ocorre síndeto; ou seja, em que há conjunção coordenativa.

Síndeto

Presença da conjunção coordenativa entre palavras, termos da oração ou em

orações coordenadas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

12| O fato de ele necessitar de ajuda do educador,

13| como ocorre em qualquer relação pedagógica,

14| não significa dever a ajuda do educador anular a

15| sua criatividade e a sua responsabilidade [...]

O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (l. 13) foi apresentado

entre vírgulas pelo fato de se tratar de uma oração intercalada.

Questão 2    (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)

1º parágrafo – A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja

no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao

emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

O primeiro parágrafo do texto é um período composto por orações coordenadas.

Questão 3    (CESPE/TC-DF/TÉCNICO/2014) No trecho “Quanto ao gênero deles,

não sei que diga que não seja inútil” a vírgula separa orações coordenadas.

Questão 4    (CESPE/CPRM/ANALISTA/2013) “As discussões dos conteúdos das ge-

ociências transformam a visão de mundo, tornando-a significativa, não fragmen-

tada, não linear, e estabelecem conexões, expressas por características criativas,

sem mecanismos repetitivos e descontextualizados, propiciando o conhecimento

em uma rede de relações com significado, transformando seus agentes, flexibili-

zando tarefas e saberes, formando cidadãos aptos a entender e atuar em um mun-

do em transformação de forma participativa.”

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O período acima é formado por um conjunto de orações que, embora sejam

semanticamente dependentes entre si, apresentam estruturas linguísticas inde-

pendentes, justapostas por coordenação.

Questão 5    (CESPE/SEDUC-AM/PROFESSOR/2011) “Não conhecia futebol nem


equitação, não sabia jogar baralho, não guardava nomes de artistas de cinema,
ignorava os escândalos da sociedade.”
O período acima é constituído de orações subordinadas justapostas, isto é, liga-
das umas às outras sem a presença de conjunção.

Questão 6    (CESPE/TRE-AL/ANALISTA/2004) “Mas leitura, quer do mundo, quer de


livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca contí-
nua de experiências com os outros.”
No período acima, a relação entre as orações dá-se por coordenação.

Questão 7    (CESPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO/2004)


1| A leitura é um dos últimos recantos da liberdade
intelectual. Quem lê cria tanto ou mais que o autor. Com a
imaginação solta, o leitor elabora mentalmente os cenários,
4| compõe o perfil das personagens, interpreta os diálogos,
identifica afinidades pessoais e vive, a seu modo, o prazer e
a infinitude das emoções potencialmente contidas no texto.
7| Não por acaso, as sociedades menos desenvolvidas e mais
dominadas são justamente as que menos leem. São aquelas
que admitem o analfabetismo com naturalidade, se é que suas
10| elites não o perpetuam deliberadamente.
O processo interativo de leitura está descrito, entre as linhas 2 e 6, por meio de

uma sequência de orações coordenadas.

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Questão 8    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Em linhas gerais, pode-se afirmar que

os direitos civis igualam os indivíduos pela possibilidade legal de terem liberdades

comuns. Os direitos políticos garantem aos indivíduos igualdade de participação na

escolha do governo. Os direitos sociais definem um mínimo de igualdade, conside-

rando-se a desigualdade econômica e de oportunidades. Responder a esse modelo

de forma integrada e aproximar as expectativas do cidadão da realidade social pa-

rece ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade.

No último período do terceiro parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias

de massa para obter legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si,

exerce a função sintática de sujeito da forma verbal “parece”.

Questão 9    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) As audiências públicas integram o

perfil dos Estados democráticos de direito, modelados pelo constitucionalismo eu-

ropeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas emana do povo,

sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.

No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas

comporta a participação direta do povo”, a locução “não apenas (...) mas” introduz

no período ideia de adição.

Questão 10    (CESPE/PC-PE/NÍVEL SUPERIOR/2016)

Por outro lado, os progressos da ciência médica têm

16| tornado imperioso que o momento do óbito seja estabelecido

com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à

separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em

19| vivos exige que sua retirada seja feita em condições de

aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse

procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o

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22| momento da morte. É importante, pois, que o médico

estabeleça o momento de ocorrência do êxito letal com a maior

precisão possível.

No texto acima, a conjunção “pois” (l. 22) introduz, no período em que ocorre, uma

ideia de conclusão.

Questão 11    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) O fenômeno da corrupção, em virtu-

de de sua complexidade e de seu potencial danoso à sociedade, exige, além de uma

atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é preciso

estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem,

de fato, em prol do interesse público.

Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (l. 4) fosse

substituído por “Por conseguinte”.

Questão 12    (CESPE/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ASSISTENTE/2016) O Brasil

é um país de cidades novas. A maior parte de seus núcleos urbanos surgiu no sé-

culo passado. Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. Contem-

porâneas dos primeiros tempos da colonização, algumas delas já ultrapassaram

inclusive a marca do quarto centenário. Poucas são as cidades brasileiras, contudo,

que ainda apresentam vestígios materiais consideráveis do passado.

No texto I, a conjunção “entretanto” introduz, no período em que ocorre, uma ideia

de oposição.

Questão 13    (CESPE/TRE-PE/TÉCNICO/2015)

Atualmente, existe uma evidente preocupação no meio

jurídico em associar o direito à sua efetividade, isto é, em

superar a visão oriunda do positivismo que via o direito como

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4| um sistema fechado ou como um fim em si mesmo, de forma a

afastar do raciocínio jurídico qualquer interferência de outras

ciências humanas, como a sociologia ou a filosofia.

7| Para aqueles que entendem que o direito é, antes de

tudo, o meio necessário para alcançar uma sociedade mais

livre, justa e solidária (art. 3º, inciso I, da CF), é impossível

10| raciocinar sobre a norma jurídica sem pensar na sua

efetividade. Deixa-se de considerar que a efetividade da norma

está fora do campo jurídico, e passa-se a considerá-la elemento

13| principal da norma. Assim, sem a efetividade, não se estará

diante de norma jurídica, mas apenas de um texto legal. Nesse

sentido, diversos doutrinadores pátrios passaram a realizar

16| nítida distinção entre o enunciado normativo e a norma

jurídica. O jurista Luiz Roberto Barroso bem esclarece a

distinção ao afirmar que “Enunciado normativo é o texto ainda

19| por interpretar. Já a norma é o produto da incidência do

enunciado normativo sobre os fatos da causa, fruto da interação

entre texto e realidade.” Portanto, o enunciado normativo

22| resume-se ao texto legal, o qual, porém, somente se torna

norma jurídica quando aplicado aos casos concretos, ou seja,

ao tornar-se efetivo.

O vocábulo “Portanto” (l. 21) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a

soberania popular uma ideia de conclusão.

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Questão 14    (CESPE/FUB/NÍVEL MÉDIO/2015)

1| “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão

nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista

no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos

4| mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura

brasileira: o linguístico”.

A redação acima poderia ter sido extraída do editorial

7| de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro

lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua

Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da

10| Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro

de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).

O elemento coesivo “mas” (l. 7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia

de concessão em uma sequência de fatos.

Questão 15    (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR/2014)

39| A academia não pode estar voltada apenas para seu

40| público interno. É muito importante que as informações sejam

41| divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo

42| fechado, até para que haja crescimento da própria comunidade

43| científica.

As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando

em um grupo fechado” (l. 40-42), ligadas entre si por uma relação de coordena-

ção, exercem a função de complemento do nome “importante” (l. 40).

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Questão 16    (CESPE/SERPRO/ANALISTA/2013)

1|Segundo teorização do filósofo McLuhan, a palavra falada

era o meio mais completo de comunicação, porque,

embora se destinasse a ser escutada, envolvia também a

4| participação de outros sentidos, como o tátil (gestos) e o visual

(expressões faciais). As culturas orais são integrais, porquanto

seus membros agem e reagem ao mesmo tempo. Os indivíduos

7| são bem informados, constituem pessoas completas,

formadoras de uma irmandade total.

Na linha 5, o vocábulo “porquanto”, que liga orações coordenadas, pode ser substi-

tuído por conquanto, sem prejuízo para a correção gramatical ou para a ocorrência

textual.

Questão 17    (CESPE/SEGER-ES/ANALISTA/2013) Então, sim, eu escolhi ser pro-

fessor. É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a

qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não fazem ideia da emoção

que causa. Escolhi ser professor e escolho diariamente colocar-me nessa posição

desvalorizada, mal paga, cansativa, mas recompensadora como poucas outras pro-

fissões são capazes de possibilitar.

O trecho “que os outros julgam louca” constitui uma oração coordenada.

Questão 18    (CESPE/STM/ANALISTA/2011)

1| O leitor interessado em compreender um pouco

melhor como vivem milhões de brasileiros à sua volta poderia

aproveitar um de seus próximos momentos livres para fazer um

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4| teste que lhe mostrará por que a vida é tão difícil para tanta

gente neste país. É simples: procure entender direito,

consultando uma enciclopédia qualquer da Internet, o que é

7| mesmo a teoria da relatividade, como se lida com o binômio de

Newton ou qual é a função dos números imperfeitos. Pensando

bem, nem é preciso fazer o teste: o leitor sabe, desde já, que

10| não vai entender nada do que ler. Por mais atenção que preste,

e por mais neurônios que queime, logo vai ficar claro que ele

não tem os conhecimentos essenciais para acompanhar a

13| exposição desses assuntos. “Falta a base”, como se diz.

Felizmente, não é preciso trabalhar com esses temas, ou sequer

saber que existem, para ganhar a vida. Tudo muda de figura,

16| porém, quando se constata que 50% dos brasileiros não

conseguem entender um texto simples de leitura, e 70% não

são capazes de resolver questões primárias de matemática.

Entre as orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses temas,

ou sequer saber que existem” (l. 14-15) estabelece-se uma relação sintático-semân-

tica de alternância.

Questão 19    (CESPE/TRT 21ª/TÉCNICO/2010)

1| Brasileiros de todas as classes sociais e regiões do país

2| sabem que pagam impostos quando consomem.

A oração “que pagam impostos quando consomem” (l. 2) mantém relação de

coordenação com a anterior.

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Questão 20    (CESPE/SEAD-PA/PROCURADOR/2005) “E apregoa que tanto a políti-

ca quanto as questões sociais devem ser monitoradas pelas leis do mercado”.

No período acima, as expressões “a política” e “as questões sociais” estão em uma

relação aditiva.

Questão 21    (CESPE/DPU/AGENTE/2016)

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No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma oração

adversativa, que apresenta ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos

quadrinhos anteriores.

Questão 22    (CESPE/IRBR/DIPLOMATA/2015)


1| No modesto apartamento em que mora na rua Conde
de Bonfim, Graciliano Ramos mostrou-me alguns originais dos
seus trabalhos. Via de regra, escreve em papel sem pautas, de
4| um só golpe, ao calor da composição. A forma definitiva vem
depois. Emenda muito. E até mesmo quando passa a limpo,
com sua letra explicativa de escrevente de cartório, corta muita
7| coisa, tudo o que depois vai achando ruim. Às vezes risca
linhas inteiras. As palavras morrem sob o traço forte de tinta de
uma igualdade assombrosa, como feito à régua.
10| Graciliano guarda os originais dos livros já
publicados. Assim pude verificar um curioso detalhe da feitura
de Vidas Secas. Os capítulos, datados, indicaram-me a
13| ausência de seguimento na elaboração da narrativa. “Baleia”,
o nono capítulo, foi o primeiro a ser escrito, em 4 de maio de
1937. Um mês e pouco depois, precisamente no dia 18 de
16| junho, escreveu o quarto capítulo, “Sinhá Vitória”. E assim
todo o livro, que não obedeceu a nenhum plano antecipado.
As informações e a correção gramatical do texto seriam preservadas, caso a con-
junção aditiva “E” (l. 5 e 16) fosse grafada em minúscula; o ponto final que a
antecede fosse substituído por vírgula; e, apenas na ocorrência da linha 5, essa
conjunção fosse seguida de vírgula.

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Questão 23    (CESPE/MS/NÍVEL MÉDIO/2013)


13| Não acredito que haja risco iminente de colapso do
14| SUS, mas as escolhas que fizermos a partir de agora podem levar

15| à construção de diferentes tipos de sistema [...]

O vocábulo “mas” (l. 14) exerce função de termo aditivo em relação à asserção da

oração que o antecede.

Questão 24    (CESPE/SEDU-ES/PROFESSOR/2010)

1| Não há como a escola negar a existência do

2| computador e da Internet e ensinar apenas à moda antiga.

Em ambas as ocorrências na linha 2, a conjunção “e” introduz oração coordenada

sindética aditiva.

(CESPE/SEAD-PA/PROCURADOR/2005)

1| Ao delegar à esfera individual os males sociais, o

sistema preserva sua natureza cruel: a “inevitabilidade” da

desigualdade social. E apregoa que tanto a política quanto

4| as questões sociais devem ser monitoradas pelas leis do

mercado. Em outras palavras, o lucro dos bancos e das

empresas privadas, nacionais e estrangeiras, é a prioridade.

7| São eles que emprestam dinheiro ao governo; movimentam a

importação e a exportação; injetam recursos no crescimento

econômico do país. Não nego que o indivíduo tenha

10| importância no processo histórico. Porém, o indivíduo conta

onde a coletividade não conta. Quanto mais centralizada uma

estrutura de poder, mais ela depende de quem a ocupa,

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13| deixando à margem o poder popular. A tarefa é tornar o jogo

verdadeiramente democrático, não mera legitimação da

impetuosidade arrivista de líderes mais preocupados com o

16| sucesso pessoal que com as causas sociais.

Questão 25    As expressões “a política” (l. 3) e “as questões sociais” (l. 4) estão em

uma relação aditiva.

Questão 26    Na linha 10, apesar de iniciado pela conjunção de valor adversativo

“Porém”, o período sintático representa uma causa para as ideias do período anterior.

Questão 27    Seriam preservadas as relações argumentativas do texto se a oração

coordenada assindética iniciada por “não” (l. 14) fosse transformada em uma adi-

tiva, substituindo-se a vírgula que a precede pela conjunção e.

Questão 28    (FCC/TRT 21ª/TÉCNICO/2017) É compreensível imaginar que, dentro

do contexto de uma arte de tantos séculos como o teatro, o clichê “nada se cria,

tudo se copia” já seja uma máxima. Alguns estudiosos da dramaturgia dizem que

tal frase é perfeitamente aplicável. O curioso, no entanto, é constatar a rapidez com

que o cinema, que tem menos de 120 anos de vida, tem incorporado essa máxima.

No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força. Pra-

ticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-a-

mericana são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV

que fizeram sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma

massa de escritores com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que

escrevem obras literárias já pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro

original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norte-americano.

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Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta sem

precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômica, que

faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores.

Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco de apostar

todas as fichas em histórias inéditas.

No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros anos

do século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de ex-

pressão artística.

O segmento em que se observa uma conclusão a que se chegou a partir das

ideias expostas na oração anterior está em:

a) ... o cinema, que tem menos de 120 anos de vida... (1º parágrafo)

b) ... uma vez que [...] os filmes mais comentados vieram de livros e outras for-

mas de expressão artística. (último parágrafo)

c) Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria... (3º parágrafo)

d) ... dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como o teatro... (1º pará-

grafo)

e) O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norte-ame-

ricano. (2º parágrafo)

Questão 29    (FCC/TRT 14ª/ANALISTA/2016)

Era uma vez...

As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas

eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas,

textos, fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcan-

ce dos dedos. Era de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar

crianças como adultos − contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado.

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Ledo engano. Não é incomum que meninos abandonem subitamente sua conexão

digital para ouvirem da viva voz de alguém uma história anunciada pela vetusta

entrada do “Era uma vez...”.

Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civiliza-

ção – a presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos,

os trejeitos faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo,

sensível e vibrante. A conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e

osso, a situação é única e os momentos decorrem em tempo real e bem marcado.

O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se va-

lorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço

de vozes e de palavras.

As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada

intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as pa-

lavras suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser,

interromper o narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simples-

mente uma interjeição. Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma

cadeia de atenções que dá ainda mais corpo à história narrada. Nesses momentos,

é como se o fogo das nossas primitivas cavernas se acendesse, para que em volta

dele todos comungássemos o encanto e a magia que está em contar e ouvir histó-

rias. Na época da informática, a voz milenar dos narradores parece se fazer atual

e eterna.

Atente para esta sequência de frases que compõem um período do texto:

I – O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta,

II – o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve,

III – a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

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Não se altera o sentido do período acima introduzindo-se as frases II e III, res-

pectivamente, com as seguintes expressões:

a) uma vez que − ainda que

b) ao passo que − por conseguinte

c) desde que − mesmo que

d) conquanto − porquanto

e) portanto − entretanto

Questão 30    FCC/TRT 23ª/ANALISTA/2016)

Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon,

o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que

eu caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo

portão principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz.

Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de

pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.

Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do

que um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a ponti-

nha preta seu vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à

natureza. É bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em

meio à vegetação, descobrir de repente a casca vermelha e viva cintilando por en-

tre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que

alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por causa

da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.

Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre

prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em

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torno com olhos mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade

de mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia

às vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que
nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que árvore ou arbusto caíam
aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão ou por entre
as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procu-
rei no dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também
é conhecido pelo nome de flor-de-coral. ‘’Árvore regular, ornamental, da família
das leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas,
dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um
feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)’’, dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto
uma dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desa-
pareciam e hoje me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a
despejá-las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando,
só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. O fato é que não me sobrou ne-
nhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma natureza impal-
pável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.
O segmento sublinhado que introduz uma explicação encontra-se em:
a) ... só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. (5º parágrafo)
b) ... é que não me lembro de jamais ter visto... (5º parágrafo)
c) Depois, íamos passear à beira do lago... (1º parágrafo)
d) O fato é que não me sobrou nenhuma... (5º parágrafo)
e) ... estendia a mão para tocar o pequeno grão... (2º parágrafo)

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Questão 31    (FCC/TRE-SE/TÉCNICO/2015)


Hoje, quando o mundo está em crise, parece mais importante que nunca aprender
um pouco de economia. As notícias econômicas agora são o assunto principal em jor-
nais e programas de TV. No entanto, será que realmente sabemos o que é economia?

A palavra vem do grego oikonomia, que significa “administração da casa”, e passou

a significar o estudo das maneiras de gerir os recursos e, mais especificamente, a

produção e a permuta de bens e serviços. A economia moderna surgiu como disci-

plina específica no século XVIII, sobretudo com a publicação em 1776 de A riqueza

das nações, livro escrito pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o

que motivou o interesse no assunto não foram os textos de economistas, mas as

enormes mudanças na própria economia com o advento da Revolução Industrial.

Os pensadores mais antigos haviam falado da gestão de bens e serviços nas socie-

dades, tratando de questões que surgiram como problemas da filosofia moral ou

política. Mas, com o surgimento das fábricas e da produção de bens em massa, veio

uma nova era de organização econômica que dava atenção ao todo. Aí começou a

chamada economia de mercado.

A análise de Smith do novo sistema definiu o padrão, com uma explicação abran-

gente do mercado competitivo. Ele afirmou que o mercado é guiado por uma “mão

invisível”, de modo que as ações racionais de indivíduos interesseiros acabam dando

à sociedade exatamente o que ela necessita. Smith era filósofo, e o tema de seu livro

incluía política, história, filosofia e antropologia. Depois dele, surgiu uma nova gera-

ção de pensadores econômicos, que preferiu se concentrar totalmente na economia.

O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor:

a) explicativo, e equivale a Pois.

b) conclusivo, e equivale a Então.

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c) final, e equivale a Para tanto.

d) adversativo, e equivale a Porém.

e) conformativo, e equivale a Conforme.

Questão 32    (FCC/TRT 18ª/TÉCNICO/2008) Assim, a procura de alimentos de ori-

gem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e tam-

bém para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações.

Está INCORRETO o que se afirma em:

a) Trata-se de um período composto por três orações coordenadas entre si.

b) Há um só sujeito comum para os verbos cresceu e criou.

c) A expressão naqueles países refere-se aos grandes países emergentes, citados

no 1º parágrafo.

d) A oração “usados na fabricação de rações tem sentido equivalente a “que se

usam na fabricação de rações”.

Os substantivos procura e fabricação exigem complementos nominais que são, res-

pectivamente, de alimentos de origem animal e de rações.

Questão 33    (FCC/TRT 2ª/TÉCNICO/2008) Não há dúvida de que leitores, ouvintes

e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios de comunicação:

querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar parte em debates

públicos. (início do texto).

Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar:

a) A oração principal do período é Não há dúvida.

b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas

preferências tem função sintática de objeto indireto.

c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de quatro

orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido alternativo.

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d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, sendo

equivalente a quando fazem uso.

e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos – está

anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período.

Questão 34    (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ASSISTENTE/2017) O trecho sublinhado em

“Wolton justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas

e grupos que tenham os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta

de comunicação de coesão entre pessoas e grupos diferentes” é uma oração:

a) coordenada sindética aditiva.

b) coordenada sindética adversativa.

c) coordenada sindética conclusiva.

d) coordenada assindética.

e) coordenada sindética explicativa.

Questão 35    (INSTITUTO AOCP/CASAN/ASSISTENTE/2016) Observe o excerto:

“Todos os bebês nasceram em Campinas, mas três deles são de mães moradoras

de Sumaré.”

Como é classificada a oração iniciada pela conjunção “mas”?

a) Oração coordenada sindética aditiva.

b) Oração coordenada sindética adversativa.

c) Oração coordenada sindética alternativa.

d) Oração coordenada sindética conclusiva.

e) Oração coordenada sindética explicativa.

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Questão 36    (INSTITUTO AOCP/EBSERH/MÉDICO/2015) Em “Não interessa se

você dá ou ganha a chave...”, temos

a) um período composto apenas por coordenação.

b) um período simples.

c) um período composto apenas por subordinação.

d) um período composto por subordinação e coordenação.

e) dois períodos.

Questão 37    (INSTITUTO AOCP/EBSERH/MÉDICO/2016) Na frase:

“[...] Tornamo-nos, portanto, seres que se sentem seguros somente se conecta-

dos a essas redes.[...]”,

o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo gramatical ou alteração

de sentido, por:

a) conquanto.

b) portanto.

c) contudo.

d) pois.

e) todavia.

Questão 38    (INSTITUTO AOCP/EBSERH/MÉDICO/2015) Em “...(Unesco) mostra

que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do

consumo, mas não sem uma mudança dramática no uso...’”, o termo em desta-

que expressa:

a) finalidade.

b) conclusão.

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c) contraste.

d) adição.

e) justificativa.

Questão 39    (QUADRIX/CRMV-RR/ASSISTENTE/2016) Juramento do Médico Vete-

rinário “Sob a proteção de Deus, PROMETO que, no exercício da Medicina Vete-

rinária, cumprirei os dispositivos legais e normativos, com especial respeito ao

Código de Ética da profissão, sempre buscando uma harmonização entre ciência e

arte, aplicando os meus conhecimentos para o desenvolvimento da sanidade e do

bem-estar dos animais, da qualidade dos seus produtos e da prevenção de zoo-

noses, tendo como compromissos a promoção do desenvolvimento sustentado, a

preservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade de vida e o progresso justo

e equilibrado da sociedade humana. E prometo tudo isso fazer, com o máximo res-

peito à ordem pública e aos bons costumes. Assim o prometo.”

A forma verbal destacada no texto pertence a uma oração:

a) coordenada assindética.

b) subordinada adverbial temporal.

c) principal.

d) subordinada substantiva objetiva direta.

e) subordinada adjetiva restritiva.

Questão 40    (QUADRIX/CRESS-PR/AGENTE/2015) Veja:

“Estou cheia desses livros com lobos e ogros que comem crianças.”

A oração em destaque classifica-se como:

a) coordenada sindética explicativa.

b) subordinada substantiva predicativa.

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c) subordinada adverbial causal.

d) subordinada adverbial concessiva.

e) subordinada adjetiva restritiva

Questão 41    (QUADRIX/CRP-MG/ASSISTENTE/2015)

Em “A maioria prefere chorar e contar mentiras.”, a oração destacada, em rela-

ção a “chorar”, classifica-se como:

a) subordinada substantiva objetiva direta.

b) subordinada adverbial causal.

c) coordenada sindética aditiva.

d) coordenada assindética.

e) coordenada sindética explicativa.

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Questão 42    (QUADRIX/SERPRO/TÉCNICO/2014)

No primeiro quadrinho, aparece uma oração coordenada:

a) explicativa.

b) conclusiva.

c) alternativa.

d) adversativa.

e) aditiva.

Questão 43    (VUNESP/CÂMARA DE ITATIBA-SP/MOTORISTA/2015) De lá para cá,

os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conhecidos. Por exem-

plo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias áreas do cére-

bro, contribuindo para o aparecimento da demência.

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No trecho acima, a conjunção “e” (l. 2) estabelece sentido de:

a) adição

b) comparação

c) causa

d) tempo

e) finalidade

Questão 44    (VUNESP/SAP-SP/AGENTE/2013) Na frase “A incorporação de imi-

grantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese pa-

rece não ser considerada pelas autoridades japonesas.” o termo mas:

a) inicia uma explicação e equivale a porque.

b) expressa uma condição e equivale a caso.

c) estabelece um contraste entre ideias e equivale a porém.

d) introduz uma conclusão e equivale a portanto.

e) indica uma conclusão e equivale a assim.

Questão 45    (VUNESP/FUNDUNESP/ANALISTA/2013) “E esse amigo como era ami-

go! Entretanto, nenhum de nós dois se lembrou mais de procurar o outro.”

No texto acima, sem que seja alterado o sentido do trecho, a expressão em des-

taque pode ser corretamente substituída por:

a) Assim.

b) Porém.

c) Pois.

d) Porquanto.

e) Logo.

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Questão 46    (VUNESP/CETESB/ADVOGADO/2013) Em “[...] fruto não só do novo

acesso da população ao automóvel mas também da necessidade de maior número

de viagens [...]”, os termos em destaque estabelecem relação: de:

a) explicação.

b) oposição.

c) alternância.

d) conclusão.

e) adição.

Questão 47    (VUNESP/PC-SP/INVESTIGADOR/2013) Já o Código Civil, em seu arti-

go 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir

contra um livro e exigir sua retirada do mercado, como estende essa possibilidade

a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.

O par correlato “não apenas... como”, em destaque na passagem do texto, esta-

belece entre as orações relação de:

a) adversidade.

b) alternância.

c) conclusão.

d) adição.

e) explicação.

Questão 48    (VUNESP/SAP-AP/ANALISTA/2011) O atual governo, no entanto, en-

tre tantos erros e acertos, teve o grande mérito histórico de dar visibilidade aos

pobres, alargando a percepção do país sobre si mesmo. Fez com que os pobres se

vissem como portadores de direitos sociais e protagonistas da política.

No contexto, a locução conjuntiva no entanto encerra sentido de:

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a) alternância.

b) causa.

c) conclusão.

d) adição.

e) oposição.

Questão 49    (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO/2007) O casamento infeliz da corrupção com

cumplicidade e a resultante crise de autoridade na vida pública (com reflexos em

toda sociedade, inclusive na família) trazem à tona a questão da moralidade. (Não

estou usando, de propósito, a palavra ética: a pobre anda humilhada demais.) Não

se confunda moralidade com moralismo, que é filho da hipocrisia. Moralidade faz

parte da decência humana fundamental. Dispensa teorias, mas é a base de qualquer

convívio e ordem social. Embora não necessariamente escrita, está contida também

nas leis tão mal cumpridas do país. Todos a conhecem em seus traços mais largos,

alguns a praticam. Moralidade é compostura. É exercer autoridade externa funda-

mentada em autoridade moral. É fiscalizar rigorosamente o cumprimento das leis

sem ser policialesco. É respeitar as regras sem ser uma alma subalterna.

Assinale a alternativa correta sobre o período “Dispensa teorias, mas é a base de

qualquer convívio e ordem social.”


a) É um período composto por coordenação, e a segunda oração é aditiva.
b) É um período composto por subordinação, e a segunda oração é concessiva.
c) É um período composto por coordenação, e a segunda oração é adversativa.
d) É um período composto por subordinação, e a segunda oração é causal.

e) É um período composto por coordenação, e a segunda oração é alternativa.

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Questão 50    (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO/2006) Paulista de São Carlos, filho de mar-

ceneiro, Ronald Golias fez de tudo para sobreviver: foi ajudante de alfaiate, funilei-

ro e aqualouco, entre outros bicos.

Em “fez de tudo para sobreviver”– a oração em destaque é:

a) subordinada adverbial final, encerrando ideia de finalidade.

b) coordenada explicativa, encerrando ideia de explicação.

c) subordinada adjetiva restritiva, encerrando ideia de restrição.

d) coordenada adversativa, encerrando ideia de oposição.

e) subordinada adverbial consecutiva, encerrando ideia de consequência.

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GABARITO
1. C 24. E 47. d.

2. E 25. C 48. e.

3. E 26. E 49. c

4. E 27. C 50. a

5. E 28. e.

6. C 29. b.

7. C 30. b.

8. E 31. d.

9. C 32. a.

10. C 33. b.

11. C 34. b.

12. C 35. b.

13. C 36. d.

14. E 37. d.

15. E 38. c.

16. E 39. c.

17. E 40. e.

18. E 41. c.

19. E 42. e.

20. C 43. a.

21. C 44. c.

22. C 45. b.

23. E 46. e.

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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

12| O fato de ele necessitar de ajuda do educador,

13| como ocorre em qualquer relação pedagógica,

14| não significa dever a ajuda do educador anular a

15| sua criatividade e a sua responsabilidade [...]

O trecho “como ocorre em qualquer relação pedagógica” (l. 13) foi apresentado

entre vírgulas pelo fato de se tratar de uma oração intercalada.

Certo.

As orações intercaladas caracterizam-se por:

1. serem sintaticamente independentes;

2. incluírem uma ressalva, uma observação ou uma opinião ao período (proprieda-

de discursiva);

3. serem separadas por vírgula, travessão ou parênteses.

O trecho em análise possui as três características acima: é independente em rela-

ção à oração principal (O fato de ele necessitar de ajuda do educador não significa

dever a ajuda...); é uma observação; e está entre vírgulas.

Questão 2    (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017)

1º parágrafo – A língua continua sendo forte elemento de discriminação social, seja

no próprio contexto escolar, seja em outros contextos sociais, como no acesso ao

emprego e aos serviços públicos em geral (serviços de saúde, por exemplo).

O primeiro parágrafo do texto é um período composto por orações coordenadas.

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Errado.
Bom, para ser oração (vimos na aula 6), é preciso haver um verbo flexionado. No
primeiro parágrafo, há apenas 1 (UM!) verbo flexionado, presente na sequência
continua sendo. As formas seja, não se engane, são conjunções. Assim, havendo
apenas um verbo flexionado, há apenas 1 oração – e, consequentemente, não é
possível haver orações coordenadas.

Questão 3    (CESPE/TC-DF/TÉCNICO/2014) No trecho “Quanto ao gênero deles,


não sei que diga que não seja inútil” a vírgula separa orações coordenadas.

Errado.
Para a vírgula separar orações coordenadas, é preciso haver uma oração antes e
outra depois dessa vírgula. No trecho, NÃO HÁ oração antes da vírgula: Quanto ao
gênero deles não apresenta qualquer verbo flexionado – não se trata, portanto, de
uma oração.

Questão 4    (CESPE/CPRM/ANALISTA/2013) “As discussões dos conteúdos das ge-


ociências transformam a visão de mundo, tornando-a significativa, não fragmen-
tada, não linear, e estabelecem conexões, expressas por características criativas,
sem mecanismos repetitivos e descontextualizados, propiciando o conhecimento
em uma rede de relações com significado, transformando seus agentes, flexibili-
zando tarefas e saberes, formando cidadãos aptos a entender e atuar em um mun-
do em transformação de forma participativa.”

O período acima é formado por um conjunto de orações que, embora sejam

semanticamente dependentes entre si, apresentam estruturas linguísticas inde-

pendentes, justapostas por coordenação.

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Errado.

A justaposição é caracterizada pela AUSÊNCIA de conectivos. Ou seja: a justapo-

sição é semelhante à estrutura das orações coordenadas ASSINDÉTICAS. No dicio-

nário, vemos a seguinte relação nessa nomenclatura:

orações justapostas <-> parataxe <-> orações coordenadas assindéticas

Se você observar bem o período, verá claramente a conjunção aditiva e:

“As discussões dos conteúdos das geociências transformam a visão de mundo e

estabelecem conexões”. Não são orações justapostas, mas coordenadas sindéticas.

Pronto, isso basta para marcar o item como Errado.

Questão 5    (CESPE/SEDUC-AM/PROFESSOR/2011) “Não conhecia futebol nem

equitação, não sabia jogar baralho, não guardava nomes de artistas de cinema,

ignorava os escândalos da sociedade.”

O período acima é constituído de orações subordinadas justapostas, isto é, liga-

das umas às outras sem a presença de conjunção.

Errado.

Não há estrutura subordinada no período analisado pelo item. Todas as orações são

sintaticamente independentes, sendo coordenadas sem a presença de conjunção

(isto é, são assindéticas/justapostas):

(ele/ela) não conhecia futebol nem (conhecia) equitação

(ele/ela) não sabia jogar baralho

(ele/ela) guardava nomes de artistas de cinema

(ele/ela) ignorava os escândalos da sociedade

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Questão 6    (CESPE/TRE-AL/ANALISTA/2004) “Mas leitura, quer do mundo, quer de

livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca contí-

nua de experiências com os outros.”

No período acima, a relação entre as orações dá-se por coordenação.

Certo.

A coordenação, sindética (conjunção e), ocorre entre as orações “a leitura se apren-

de” e “a leitura se vivencia”. Não há qualquer relação de dependência sintática en-

tre essas duas orações: por isso, estamos diante de uma coordenação.

Questão 7    (CESPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO/2004)

1| A leitura é um dos últimos recantos da liberdade

intelectual. Quem lê cria tanto ou mais que o autor. Com a

imaginação solta, o leitor elabora mentalmente os cenários,

4| compõe o perfil das personagens, interpreta os diálogos,

identifica afinidades pessoais e vive, a seu modo, o prazer e

a infinitude das emoções potencialmente contidas no texto.

7| Não por acaso, as sociedades menos desenvolvidas e mais

dominadas são justamente as que menos leem. São aquelas

que admitem o analfabetismo com naturalidade, se é que suas

10| elites não o perpetuam deliberadamente.


O processo interativo de leitura está descrito, entre as linhas 2 e 6, por meio de
uma sequência de orações coordenadas.

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Certo.
O processo interativo destacado pela banca ocorre entre o “leitor” e a atividade
“ler”. Esse processo é indicado por 4 orações, as quais estão sintaticamente inde-
pendentes. Como há uma enumeração (aditiva), a sequência de orações coordena-
das é separada por vírgulas e finalizada pela conjunção e:

elabora mentalmente os cenários,


compõe o perfil das personagens,
o leitor
interpreta os diálogos, identifica afinidades pessoais e
vive, a seu modo, o prazer e a infinitude das emoções potencialmente contidas no texto

Questão 8    (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Em linhas gerais, pode-se afirmar que

os direitos civis igualam os indivíduos pela possibilidade legal de terem liberdades

comuns. Os direitos políticos garantem aos indivíduos igualdade de participação na

escolha do governo. Os direitos sociais definem um mínimo de igualdade, conside-

rando-se a desigualdade econômica e de oportunidades. Responder a esse modelo

de forma integrada e aproximar as expectativas do cidadão da realidade social pa-

rece ser o desafio das democracias de massa para obter legitimidade.


No último período do terceiro parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias
de massa para obter legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si,
exerce a função sintática de sujeito da forma verbal “parece”.

Errado.

Vamos analisar dois pontos dessa questão. Primeiramente, ela está errada por afir-

mar que o trecho destacado exerce a função sintática de sujeito da forma verbal

parece (um verbo de ligação). Na verdade, o trecho destacado é predicativo do

sujeito (e o sujeito é “Responder a esse modelo de forma integrada e aproximar as

expectativas do cidadão da realidade social”):

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SUJEITO VERBO DE LIGAÇÃO PREDICATIVO


Responder a esse modelo de parece ser o desafio das democracias
forma integrada e aproximar de massa para obter
as expectativas do cidadão da legitimidade
realidade social

O segundo equívoco do item é afirmar que o trecho “ser o desafio das democracias

de massa para obter legitimidade” é formado por duas orações coordenadas entre

si. Não há coordenação entre as orações infinitivas, pois “para obter legitimidade”

é dependente da oração “ser o desafio das democracias de massa”. Veremos essa

dependência na próxima aula (sobre subordinadas).

Questão 9    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) As audiências públicas integram o

perfil dos Estados democráticos de direito, modelados pelo constitucionalismo eu-

ropeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas emana do povo,

sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.

No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas

comporta a participação direta do povo”, a locução “não apenas (...) mas” introduz

no período ideia de adição.

Certo.

A ideia a ser traduzida é a seguinte:

segundo o constitucionalismo europeu: não apenas A, mas (também) B. Nesse

caso, A e B são somados (ideia de adição), de forma a caracterizarem, juntos, as

premissas do constitucionalismo europeu.

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Segundo o constitucionalismo europeu do pós guerra:


A B
não só o poder político emana do povo, mas (também) comporta a participação
sendo em nome dele exercido direta do povo

Questão 10    (CESPE/PC-PE/NÍVEL SUPERIOR/2016)

Por outro lado, os progressos da ciência médica têm

16| tornado imperioso que o momento do óbito seja estabelecido

com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à

separação de partes cadavéricas destinadas a transplantes em

19| vivos exige que sua retirada seja feita em condições de

aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse

procedimento seja feito em prazos curtos, iniciados com o

22| momento da morte. É importante, pois, que o médico

estabeleça o momento de ocorrência do êxito letal com a maior

precisão possível.

No texto acima, a conjunção “pois” (l. 22) introduz, no período em que ocorre, uma

ideia de conclusão.

Certo.

Estamos diante de um pois conclusivo. Uma importante diferença entre o pois conclu-

sivo e o pois explicativo é a sua posição em relação ao verbo e a presença da vírgula.

i. Ele só pode ser muito sensível, pois chegou a chorar durante o filme.

[POIS explicativo: ocorre antes do verbo e não é seguido de vírgula (ou ponto final)]

ii. O jogador machucou a perna e não pode, pois, levantar-se.

[POIS conclusivo, ocorre após o verbo e é seguido de vírgula]

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Questão 11    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) O fenômeno da corrupção, em virtu-

de de sua complexidade e de seu potencial danoso à sociedade, exige, além de uma

atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é preciso

estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem,

de fato, em prol do interesse público.

Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (l. 4) fosse

substituído por “Por conseguinte”.

Certo.

No eixo das possibilidades, temos o seguinte:

Logo,
Por conseguinte, é preciso estimular a integridade no serviço público
Portanto,

Por isso, EIXO DA COMBINAÇÃO

Desse modo,
Consequentemente, EIXO DAS POSSIBILIDADES

Todos os itens que podem traduzir a ideia de conclusão estão presentes no eixo das

possibilidades (logo, por conseguinte, portanto, por isso, desse modo, consequen-

temente). Por isso, a substituição proposta pela banca está correta.

Questão 12    (CESPE/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ASSISTENTE/2016) O Brasil

é um país de cidades novas. A maior parte de seus núcleos urbanos surgiu no sé-

culo passado. Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. Contem-

porâneas dos primeiros tempos da colonização, algumas delas já ultrapassaram

inclusive a marca do quarto centenário. Poucas são as cidades brasileiras, contudo,

que ainda apresentam vestígios materiais consideráveis do passado.

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No texto I, a conjunção “entretanto” introduz, no período em que ocorre, uma ideia

de oposição.

Certo.

A questão avalia apenas o valor semântico da conjunção: entretanto designa adver-

são, oposição, restrição (e equivale a: todavia, contudo, mas, porém, no entanto).

Questão 13    (CESPE/TRE-PE/TÉCNICO/2015)

Atualmente, existe uma evidente preocupação no meio

jurídico em associar o direito à sua efetividade, isto é, em

superar a visão oriunda do positivismo que via o direito como

4| um sistema fechado ou como um fim em si mesmo, de forma a

afastar do raciocínio jurídico qualquer interferência de outras

ciências humanas, como a sociologia ou a filosofia.

7| Para aqueles que entendem que o direito é, antes de

tudo, o meio necessário para alcançar uma sociedade mais

livre, justa e solidária (art. 3º, inciso I, da CF), é impossível

10| raciocinar sobre a norma jurídica sem pensar na sua

efetividade. Deixa-se de considerar que a efetividade da norma

está fora do campo jurídico, e passa-se a considerá-la elemento

13| principal da norma. Assim, sem a efetividade, não se estará

diante de norma jurídica, mas apenas de um texto legal. Nesse

sentido, diversos doutrinadores pátrios passaram a realizar

16| nítida distinção entre o enunciado normativo e a norma

jurídica. O jurista Luiz Roberto Barroso bem esclarece a

distinção ao afirmar que “Enunciado normativo é o texto ainda

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19| por interpretar. Já a norma é o produto da incidência do


enunciado normativo sobre os fatos da causa, fruto da interação
entre texto e realidade.” Portanto, o enunciado normativo
22| resume-se ao texto legal, o qual, porém, somente se torna
norma jurídica quando aplicado aos casos concretos, ou seja,
ao tornar-se efetivo.
O vocábulo “Portanto” (l. 21) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a
soberania popular uma ideia de conclusão.

Certo.
Na organização coesiva do texto, a conjunção de fato introduz a conclusão do ar-
gumento (que versa sobre a noção de efetividade).

Questão 14    (CESPE/FUB/NÍVEL MÉDIO/2015)


1| “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão
nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista
no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos
4| mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura
brasileira: o linguístico”.
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial
7| de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro
lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua
Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da
10| Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro
de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).
O elemento coesivo “mas” (l. 7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia

de concessão em uma sequência de fatos.

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Errado.

Vamos analisar a semântica da construção: a oração iniciada por mas é totalmente

opositiva à primeira oração.

Na concessão, diferentemente, a oração iniciada pela conjunção (por exemplo:

embora, conquanto) contém uma afirmação contrária à outra oração. No entanto,

essa afirmação contrária não é suficiente para anular o que foi dito na outra oração.

Sintaticamente, não há orações coordenadas concessivas. As orações concessivas

são subordinadas (adverbiais).

O item está duplamente errado, então.

Questão 15    (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR/2014)

39| A academia não pode estar voltada apenas para seu

40| público interno. É muito importante que as informações sejam

41| divulgadas e não permaneçam circulando em um grupo

42| fechado, até para que haja crescimento da própria comunidade

43| científica.

As orações “que as informações sejam divulgadas e não permaneçam circulando

em um grupo fechado” (l. 40-42), ligadas entre si por uma relação de coordena-

ção, exercem a função de complemento do nome “importante” (l. 40).

Errado.

Bom, aqui temos que analisar dois fatos.

Fato 1: há orações ligadas entre si por uma relação de coordenação. Toda a es-

trutura destacada pelo item é sintaticamente subordinada (introduzida pela forma

que). Nessa estrutura subordinada, há duas orações (cujos núcleos são as formas

verbais sejam divulgadas e permaneçam).

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que as informações sejam e (as informações) não permaneçam


divulgadas circulando em um grupo fechado

Fato 2: a estrutura subordinada destacada pelo item é, na verdade, sujeito do ver-

bo É, em “É muito importante que as informações sejam divulgadas e não perma-

neçam circulando em um grupo fechado”. A ordem direta fica assim:

que as informações sejam divulgadas e não é muito importante.


permaneçam circulando em um grupo fechado
SUJEITO (uma subordinada substantiva) PREDICADO

É por isso que o item está errado: as orações não exercem função de complemento,

mas de sujeito.

Questão 16    (CESPE/SERPRO/ANALISTA/2013)

1|Segundo teorização do filósofo McLuhan, a palavra falada

era o meio mais completo de comunicação, porque,

embora se destinasse a ser escutada, envolvia também a

4| participação de outros sentidos, como o tátil (gestos) e o visual

(expressões faciais). As culturas orais são integrais, porquanto

seus membros agem e reagem ao mesmo tempo. Os indivíduos

7| são bem informados, constituem pessoas completas,

formadoras de uma irmandade total.

Na linha 5, o vocábulo “porquanto”, que liga orações coordenadas, pode ser substi-

tuído por conquanto, sem prejuízo para a correção gramatical ou para a ocorrência

textual.

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Errado.

Essa é simples: conquanto só introduz oração subordinada adverbial concessiva.

Assim, se o porquanto liga orações coordenadas, não pode ser substituído (no eixo

das possibilidades) por uma conjunção que introduz subordinada.

Só para reforçar: semanticamente, porquanto é uma conjunção explicativa, equi-

valendo a visto que, já que.

Questão 17    (CESPE/SEGER-ES/ANALISTA/2013) Então, sim, eu escolhi ser pro-

fessor. É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a

qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não fazem ideia da emoção

que causa. Escolhi ser professor e escolho diariamente colocar-me nessa posição

desvalorizada, mal paga, cansativa, mas recompensadora como poucas outras pro-

fissões são capazes de possibilitar.

O trecho “que os outros julgam louca” constitui uma oração coordenada.

Errado.

Pelo que estamos vendo, a banca CESPE gosta de verificar se você sabe a diferença

entre uma oração coordenada e uma subordinada. No trecho destacado pela ban-

ca, a oração que os outros julgam louca é um modificador de “qualquer outra

coisa”, cujo núcleo é coisa. Assim, estamos diante de uma subordinada adjetiva,

diferentemente do que afirma a banca.

Questão 18    (CESPE/STM/ANALISTA/2011)

1| O leitor interessado em compreender um pouco

melhor como vivem milhões de brasileiros à sua volta poderia

aproveitar um de seus próximos momentos livres para fazer um

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4| teste que lhe mostrará por que a vida é tão difícil para tanta

gente neste país. É simples: procure entender direito,

consultando uma enciclopédia qualquer da Internet, o que é

7| mesmo a teoria da relatividade, como se lida com o binômio de

Newton ou qual é a função dos números imperfeitos. Pensando

bem, nem é preciso fazer o teste: o leitor sabe, desde já, que

10| não vai entender nada do que ler. Por mais atenção que preste,

e por mais neurônios que queime, logo vai ficar claro que ele

não tem os conhecimentos essenciais para acompanhar a

13| exposição desses assuntos. “Falta a base”, como se diz.

Felizmente, não é preciso trabalhar com esses temas, ou sequer

saber que existem, para ganhar a vida. Tudo muda de figura,

16| porém, quando se constata que 50% dos brasileiros não

conseguem entender um texto simples de leitura, e 70% não

são capazes de resolver questões primárias de matemática.

Entre as orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses te-

mas, ou sequer saber que existem” (l. 14-15) estabelece-se uma relação sintáti-

co-semântica de alternância.

Errado.

Na coordenação, a conjunção ou liga orações. Os sentidos possíveis dessa conjun-

ção (quando conectando orações) são basicamente 4:

1) alternância: De manhã ela costura ou lê uma revista.

2) exclusão: Fale a verdade ou vá embora.

3) dúvida/incerteza: Não sei se vou a Londres ou (vou) a Lisboa.

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4) inclusão/adição: Dormir ou comer continuam sendo atividades fundamentais

para o ser humano (equivale a “tanto x quanto y”).

No trecho analisado pelo item, o valor é de adição, não de alternância.

Questão 19    (CESPE/TRT 21ª/TÉCNICO/2010)

1| Brasileiros de todas as classes sociais e regiões do país

2| sabem que pagam impostos quando consomem.

A oração “que pagam impostos quando consomem” (l. 2) mantém relação de

coordenação com a anterior.

Errado.

Mais uma vez, estamos vendo a banca CESPE verificar se você sabe a diferença en-

tre uma oração coordenada e uma subordinada. A oração destacada é complemen-

to da forma verbal sabem: é uma subordinada substantiva. Portanto, não estamos

diante de uma relação de coordenação.

Questão 20    (CESPE/SEAD-PA/PROCURADOR/2005) “E apregoa que tanto a políti-

ca quanto as questões sociais devem ser monitoradas pelas leis do mercado”.

No período acima, as expressões “a política” e “as questões sociais” estão em uma

relação aditiva.

Certo.

De fato, as expressões estão em relação aditiva: ambas (a política E as questões

sociais) devem ser monitoradas pelas leis do mercado.

O que eu gostaria de destacar é que essa relação ocorre entre termos nominais, e

não entre orações.

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BIBLIOGRAFIA

BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo, SP: Pa-

drão, 1988.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed.

Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo:

Editora Objetiva. 2009.

KURY, Adriano da Gama. Lições de análise sintática: Teoria e pratica, com mais

de 60 modelos, 250 períodos para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de janeiro:

Fundo de Cultura, 1970.

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