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SÃO PAULO
2016
SIDNEI DA SILVA FERREIRA
SÃO PAULO
2016
SIDNEI DA SILVA FERREIRA
Resultado:______________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________
Dedico esse trabalho à minha família
querida.
AGRADECIMENTOS
Blocos sobre estacas ou blocos de coroamento são elementos estruturais usados para transferir
as ações da superestrutura para um conjunto de estacas. São encontrados em infraestruturas de
pontes e edifícios. O conhecimento de seu real comportamento estrutural é de fundamental
importância, pois são elementos estruturais que garantem a segurança de toda a estrutura.
Ainda não há consenso no meio técnico quanto ao seu real comportamento estrutural; também
não se sabe a real forma geométrica das bielas de compressão no Estado Limite Último para a
aplicação do método biela-tirante, e falta normalização deste elemento estrutural; estes são
alguns aspectos que tornam este trabalho necessário. Pesquisa bibliográfica exploratória tendo
como objetivo contribuir para diretrizes de projeto, foram apresentados os critérios utilizados
nos projetos de blocos sobre estacas, demonstrando em forma de roteiro os passos para os
cálculos dos blocos. Conclui-se que o trabalho é de grande relevância, pois auxiliam no
desenvolvimento do cálculo de blocos de fundações.
Blocks crowning on stakes or blocks are structural elements used to transfer the
superstructure of actions for a set of stakes. They are found in infrastructure of bridges and
buildings. The knowledge of its real structural behavior is of fundamental importance
because they are structural elements that guarantee the safety of the whole structure. there is
no consensus on the technical means as to its real structural behavior; also do not know the
real geometry of the compression struts in the ultimate limit state for applying the rod-rod
method, and lack standardization of this structural element; these are some aspects that make
this necessary work. Bibliographical research as a contribution to design guidelines, the
criteria used were presented in packs of projects on stilts, demonstrating in script form the
steps to the calculations of the blocks. It is concluded that the work is of great importance
because they help in the development of calculus foundation blocks.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
1.1 Objetivo.......................................................................................................................... 12
2. DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 13
11.3.3.2 Armadura na Direção das Diagonais e com Cintas Paralelas aos Lados.......56
12. BLOCO SOBRE SETE ESTACAS ................................................................................ 57
14. CONCLUSÃO................................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 67
10
1. INTRODUÇÃO
Os estudos técnicos e econômicos para uma construção são os que dão embasamento
para a definição do tipo de fundação. Inicialmente examina-se o tipo do solo e seus
parâmetros, ações incidentes e os tipos de fundações disponíveis em torno da região onde será
feita a construção, para então o projetista obter a melhor alternativa tecnicamente viável da
fundação.
São adotadas as fundações em estacas quando o solo em suas camadas superficiais não
é capaz de suportar as ações originadas na superestrutura, sendo necessário, portanto, buscar
resistência em camadas profundas. Quando for necessária a utilização de fundação em
estacas, faz-se necessário a construção de outro elemento estrutural, o bloco de coroamento,
também denominado bloco sobre estacas. Da mesma forma para os casos de fundação
utilizando tubulões também há necessidade de blocos de coroamento para que seja feito a
transferência das ações.
Os blocos sobre estacas são elementos com um sistema de funcionamento complexo,
pelo fato de todas as suas dimensões possuírem a mesma ordem de grandeza e devido ao seu
comportamento mecânico. O conhecimento do real comportamento dos blocos é de extrema
importância, tendo em vista que geralmente não é possível a inspeção visual dos blocos em
serviço.
Os métodos para dimensionamento destes elementos utilizados até os dias atuais se
tratam de modo simplificado, além disso, há diferentes parâmetros adotados pelas normas e
processos. A norma brasileira NBR 6118 (2003) considera os blocos sobre estacas como
elementos estruturais especiais, que não respeitam a hipótese de seções planas, por não serem
suficientemente longos para que se dissipem as perturbações localizadas. Classifica o
comportamento estrutural de blocos em rígidos ou flexíveis. No caso de blocos rígidos o
modelo estrutural adotado para cálculo e dimensionamento deve ser tridimensional, linear ou
não, e modelos de bielatirante tridimensionais, sendo esses últimos os preferidos por definir
melhor a distribuição de forças nas bielas e tirantes. A NBR-6118 (2003) não fornece em seu
texto um roteiro e informações suficientes para que se façam verificações e o próprio
dimensionamento destes elementos.
O código americano ACI-318 (1994) adota hipóteses bem simplificadas para o
dimensionamento de blocos. Recomenda o uso da teoria da flexão e a verificação da altura
11
mínima do bloco para resistir à força cortante. Define como bloco rígido aquele em que a
transferência de forças se dá por meio do modelo de bielas e tirantes.
Os métodos usuais empregados para o projeto de blocos sobre estacas utilizados pelo
meio técnico no Brasil são os Métodos do CEB-FIP (1970) e o das Bielas. O método das
Bielas, que foi desenvolvido considerando análise de resultados experimentais de modelos
ensaiados por BLÉVOT (1967), considera no interior do bloco uma treliça composta por
barras tracionadas e barras comprimidas. As forças de tração que atuam nas barras horizontais
da treliça são resistidas pela armadura enquanto que as de compressão nas bielas são resistidas
pelo concreto. Consiste no cálculo da força de tração e na verificação da tensão de
compressão nas bielas. É recomendado para ações centradas, mas pode ser empregado no caso
de ações excêntricas, desde que se admita que todas as estacas estejam submetidas à maior
força transferida.
O Método do CEB-FIP (1970) é aplicável a blocos cuja distância entre a face do pilar
até o eixo da estaca mais afastada varia entre um terço e a metade da altura do bloco. O
método sugere um cálculo à flexão considerando uma seção de referência interna em relação à
face do pilar e distante desta 0,15 da dimensão do pilar na direção considerada. Para
verificações da capacidade resistente à força cortante, define-se uma seção de referência
externa distante da face do pilar de um comprimento igual à metade da altura do bloco, e no
caso de blocos sobre estacas vizinhas ao pilar a seção é considerada na própria face do pilar.
Uma análise criteriosa para definir o comportamento estrutural de blocos sobre estacas
é a que considera o modelo de bielas e tirantes, afinal, trata-se de regiões descontínuas onde
não são válidas as hipóteses de Bernoulli. No modelo de bielas e tirantes às verificações de
compressão nas bielas podem ser feitas com as considerações do Código Modelo do CEB-FIP
(1990), pois as regiões nodais têm geometria diferente das sugeridas por BLÉVOT (1967). O
modelo de bielas e tirantes pode ser adotado considerando o fluxo de tensões na estrutura,
utilizando o processo do caminho das cargas. Essas tensões podem ser obtidas por meio de
uma análise elástico-linear, utilizando métodos numéricos, como por exemplo, o método dos
elementos finitos.
Munhoz (2004) estudou o comportamento de blocos rígidos de concreto armado sobre
uma, duas, três, quatro e cinco estacas, submetidos à ação de força centrada. A partir de
análises numéricas, utilizando-se programa baseado no Método dos Elementos Finitos,
concluiu que o modelo de treliça utilizado em projetos é simplificado e foram feitas algumas
sugestões para a utilização de um modelo de bielas e tirantes mais refinado. A autora estudou
também a influência da variação da geometria de estacas e de pilares no projeto de blocos
12
sobre estacas.
1.1 Objetivo
1.2 Metodologia
2. DEFINIÇÃO
Conforme a NBR 6118/03, item 22.5: “Blocos são estruturas de volume usadas para
transmitir às estacas as cargas de fundação, e podem ser considerados rígidos ou flexíveis por
critério análogo ao definido para as sapatas. No caso de conjuntos de blocos e estacas rígidas,
com espaçamento de 2,5f a 3f (onde f é o diâmetro da estaca), pode-se admitir plana a
distribuição de carga nas estacas. Para blocos flexíveis ou casos extremos de estacas curtas,
apoiadas em substrato muito rígido, essa hipótese pode ser revista.”
Os blocos sobre estacas podem ser para 1, 2, 3, e teoricamente para n estacas. Blocos
sobre uma ou duas estacas são mais comuns em construções de pequeno porte, como casas
térreas, sobrados, galpões, etc., onde a carga vertical proveniente do pilar é geralmente de
baixa intensidade. Nos edifícios de diversos pavimentos, como as cargas são maiores,
geralmente o número de estacas supera duas. Há também o caso de bloco assente sobre
tubulão, quando o bloco atua como elemento de transição de carga entre o pilar e o fuste do
tubulão (Figura 1).
A Figura 2 mostra as duas bielas de compressão inclinadas atuantes nos blocos sobre duas
estacas.
4. MODELOS DE CÁLCULO
O método das bielas admite como modelo resistente, no interior do bloco, uma “treliça
espacial”, para blocos sobre várias estacas, ou plana, para blocos sobre duas estacas. As forças
atuantes nas barras comprimidas da treliça são resistidas pelo concreto e as forças atuantes nas
barras tracionadas são resistidas pelas barras de aço (armadura). A principal incógnita é
determinar as dimensões das bielas comprimidas, resolvida com as propostas de Blévot
(1967).
No caso de pilares com dimensões próximas à dimensão da estaca, o bloco atua como
e um elemento de transferência de carga, necessário por razões construtivas, para a locação
correta dos pilares, chumbadores, correção de pequenas excentricidades da estaca,
uniformização da carga sobre a estaca, etc. (Figura 3).
São colocados estribos horizontais fechados para o esforço de fendilhamento e estribos
verticais construtivos.
Figura 3 – Bloco sobre uma estaca: esquema de forças e detalhes das armaduras.
(BLEVOT, J. 1967.)
.
18
Td = 0,25Pd
Geralmente adotam-se para os estribos verticais, nas duas direções do bloco, áreas
iguais à armadura principal As (estribos horizontais).
A = φe + 2 · 10 cm
ou 15 cm ao invés de 10 cm.
Para construções de pequeno porte, com cargas baixas sobre o bloco (casas, sobrados,
galpões, etc.):
A = φe + 2 · 5 cm
- bloco 30 x 30 x 30 cm;
19
- neste caso o pilarete deve ter dimensão máxima ≤ 25 cm. Para pilaretes com
dimensões maiores, deve-se aumentar as dimensões do bloco.
Figura 4 – Dimensões mínimas (em cm) sugeridas para bloco sobre uma estaca em construção
de pequeno porte com cargas baixas.
(BLEVOT, J. 1967.)
20
A Figura 5 mostra o bloco sobre duas estacas, com a biela de concreto comprimido e o
esquema de forças atuantes.
(BLEVOT, J. 1967.).
(BLEVOT, J. 1967.)
As bielas comprimidas de concreto não apresentam risco de ruptura por punção, desde
que:
A altura h do bloco é:
23
onde: aest = lado de uma estaca de seção quadrada, com mesma área da estaca de seção
circular:
A seção ou área (Figura 7) das bielas varia ao longo da altura do bloco e, por isso, são
verificadas as seções junto ao pilar e junto à estaca.
No pilar:
24
Na estaca:
Ab = Ae sen α
Na estaca:
Para evitar o esmagamento do concreto, as tensões atuantes devem ser menores que as
tensões resistentes (máximas ou últimas). Blévot considerou:
Como Blévot verificou que, nos ensaios, a força medida na armadura principal foi 15
% superior à indicada pelo cálculo teórico, considera-se Rs acrescida de 15 %:
B ≥ ϕe + 2 . 15cm
(BLEVOT, J. ; FREMY, R., 1967.)
s ≥ 8 cm (recomendação prática)
-sobre as estacas:
NBR 6118 (22.5.4.1.1) – Blocos rígidos: “As barras devem se estender de face a face
do bloco e terminar em gancho nas duas extremidades. Para barras com ϕ ≥ 20 mm, devem
ser usados ganchos de 135º e 180º.
Deve ser garantida a ancoragem das armaduras de cada uma dessas faixas, sobre as
estacas, medida a partir da face das estacas. Pode ser considerado o efeito favorável da
compressão transversal às barras, decorrente da compressão das bielas (ver seção 9).”
A ancoragem da armadura positiva do bloco deve ter no mínimo o comprimento de
ancoragem básico (lb), iniciada a partir da face da estaca próxima à extremidade do bloco,
como indicado na Figura 9. O gancho vertical da armadura pode ser considerado como parte
do comprimento de ancoragem necessário, porém, a distância da face externa da estaca à
borda extrema do bloco deve garantir uma boa ancoragem da armadura, de tal modo que o
comprimento do bloco pode ser estimado como:
l = e + ϕe + 2 · 15 cm (valores maiores que 15 cm pode ser analisados)
27
ou l = e +2ϕe + 2cnom
A rotina de projeto para blocos sobre três estacas é praticamente o mesmo que o
considerado para duas estacas, mas neste caso, a treliça é formada por três barras
comprimidas. Os tirantes são representados pela armadura, que pode ter diferentes arranjos.
O esquema estático considerado é mostrado na Figura 11.
(MACHADO, 1979.)
29
45º ≤ ϴ ≤ 55º
E, portanto:
A relação entre as áreas da seção transversal do pilar (Ap) e da biela na base do pilar
(Abp) é definida por:
A tensão normal na biela junto ao pilar, obtida pela divisão da força na biela pela sua
área:
A relação entre as áreas da seção transversal da estaca (Ae) e da biela junto à estaca
(Abe) é definida por:
A tensão normal na biela junto à estaca é obtida pela divisão da força na biela pela sua
área:
No caso de bloco sobre três estacas pode-se ter diferentes arranjos de armadura,
conforme os ensaios de Blévot (1967).
32
(MACHADO, 1979.)
As áreas das barras de armadura para este arranjo são calculadas por meio da
expressão acima.
33
(MACHADO, 1979.)
A força de tração para o cálculo das barras de armadura disposta segundo os lados do
bloco é definida por:
34
Os blocos com este tipo de arranjo de armadura são os que apresentam menor
eficiência, segundo os ensaios de Blévot (1967). Além disso, há comprimentos de barras da
armadura com dimensões diferentes, o que pode ser antieconômico e dificultar a execução.
(MACHADO, 1979.)
A força de tração calculada para a direção y é dada pela expressão acima. Na direção x
deve ser usada a expressão:
35
Pilar de seção quadrada, com centro coincidente com o centro geométrico do bloco e
das estacas (Figura 14).
h = d + d’ ;
, Ap = área do pilar
, Ae = área da estaca.
37
Tensão limite:
Condição de segurança:
Figura 16 – Armadura principal nas direções diagonais no bloco sobre quatro estacas.
, com:
Figura 17 – Bloco sobre quatro estacas com armadura principal disposta nos lados e nas
diagonais.
Além da armadura de suspensão deve ser colocada uma armadura de pele, em forma
de barras horizontais nas faces, com área por face de:
s≤ ; s ≥ 8 cm
Considerando 45 ≤ α ≤ 55º:
dmín = ; dmáx =
43
h = d + d’ ; d’ ≥
com
Condição de segurança:
Nas expressões para os blocos sobre quatro estacas, Nd deve ser substituído por Nd,
O detalhamento é idêntico àquele mostrado para o bloco sobre quatro estacas, para o
detalhamento “Armaduras Paralelas aos Lados e em Malha”. A armadura de pele também
deve ser colocada.
Para esses pilares pode ser projetado um bloco retangular (Figura 20). São tratados
como os blocos sobre quatro estacas, devendo as fórmulas serem adaptadas em função das
distâncias diferentes entre as estacas.
45
Como opção, existe a possibilidade de fazer uma linha com três estacas e outra com
duas estacas (Figura 21). O cálculo do bloco é semelhante ao dos blocos com mais de seis
estacas.
Figura 21 – Outro arranjo no posicionamento das cinco estacas no bloco para pilar
alongado.
Conforme o corte A, passando pelo centro do pilar e por uma das estacas (Figura 26):
Considerando 45 ≤ α ≤ 55º:
dmín = ; dmáx =
h = d + d’ → d’ ≥
Se d for adotado entre dmín e dmáx, não será necessário verificar as tensões de
compressão nas bielas comprimidas de concreto.
48
Dentre os detalhamentos possíveis, o mais comum é aquele com barras paralelas aos
lados mais armadura em malha.
R’s =
As,lado =
As,malha =
49
As,susp,tot =
Asp,face =
Rs =
51
Considerando 45 ≤ α ≤ 55º:
dmín = ; dmáx =
h = d + d’ → d’ ≥
Adotando-se d dentro do intervalo entre dmín e dmáx não é necessário verificar a tensão
nas bielas.
Entre os diferentes detalhamentos possíveis, será mostrado apenas o mais comum, que
é aquele com barras paralelas aos lados mais uma malha. A força de tração Rs (Figura 27),
decomposta na direção paralela aos lados, é:
52
R’s =
Neste caso, as estacas são posicionadas junto aos vértices do hexágono (Figura 28).
Admitindo-se pilar quadrado, com o centro coincidente com o centro das estacas, para um
corte A passando por um vértice e pelo centro do pilar, as seguintes expressões para o ângulo
de inclinação das bielas de concreto podem ser escritas:
Considerando 45 ≤ α ≤ 55º:
dmín = ; dmáx =
h = d + d’ ; d’ ≥
54
11.3.3.2 Armadura na Direção das Diagonais e com Cintas Paralelas aos Lados (Figura 30)
Figura 30 – Armadura principal na direção das diagonais no bloco sobre seis estacas.
A compressão nas bielas não precisa ser verificada no caso de d ser escolhido entre
dmín e dmáx.
As armaduras, dispostas na direção das diagonais e com cintas paralelas aos lados,
podem ser calculadas como:
d1 = d ≤ 1,5c
O momento fletor na seção S1 é calculado fazendo o produto das reações das estacas
pela distância à seção S1, considerando-se as estacas existentes entre a seção S1 e a face lateral
do bloco, paralela à seção S1.
60
O cálculo da armadura principal é feito como nas vigas à flexão, para a seção
transversal na seção S1.
A armadura calculada é perpendicular à seção de referência S1, e:
(armadura paralela à dimensão A – perpendicular à seção S1A , onde o momento fletor M1A,d
foi calculado).
(armadura paralela à dimensão B – perpendicular à seção S1B , onde o momento fletor M1B,d
foi calculado).
Essas armaduras devem se estender de uma face à outra do bloco, sem redução, e
podem ser distribuídas uniformemente na dimensão do bloco. Como uma opção, podem ter
partes concentradas em faixas sobre as estacas, e o restante ser distribuída uniformemente
entre as estacas.
Na direção B (S2B):
Se existir uma estaca ou uma linha de estacas dentro da distância d/2, a seção de
referência S2 deve ser posicionada na face do pilar (Figura 34).
As forças cortantes atuantes nas seções de referência S2 devem ser menores que as
forças cortantes limites:
A força cortante de cálculo atuante deve ser menor que a força cortante limite:
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Deve ser adotada uma seção de referência S1 entre o pilar e uma das estacas, Figura
36. O momento fletor na seção de referência fornece a força de tração Rs (na direção da
mediana) e desta surge a força de tração R’s na direção de duas estacas (para cálculo da
armadura paralela ao lado).
M1 = Ri · c1
14. CONCLUSÃO
Esta pesquisa teve como intuito apresentar ao meio técnico e científico um estudo
inicial com blocos de fundação sobre estacas. O estudo foi feito pela importância que esses
elementos desempenham perante toda a estrutura. Pretende-se auxiliar no dimensionamento e
cálculo de blocos sobre uma e até sobre sete estacas, em forma de roteiro dando uma visão
geral a respeito do comportamento dessa estrutura.
Em função dos resultados obtidos pelo estudo feito conclui-se que os resultados são de
grande relevância para trabalhos futuros e sugere-se realização de análise experimental para
um estudo mais aprofundado da coerência e dos limites de aplicação desse modelo; o estudo
mais aprofundado dos resultados para relações de x/d iguais ou maiores que 0,20; a
determinação do fator fm, para áreas maiores dos pilares; e o estudo do formato da região
nodal junto à estaca.
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REFERÊNCIAS
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68
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