Literatura Greco-Romana
TROVADORISMO
ESTILO PORTUGAL BRASIL CARACTERÍSTICAS
• O classicismo se associa
• a esta pintura pelas
• características:
• - antropocentrismo,
• o homem no centro do universo;
• - perfeição das formas,
• todas as medidas são proporcionais;
• -idealismo, busca pela perfeição
estética;
Obra: “A Criação de Adão” (1511) de Michelangelo Buonarroti.
• A revolução Francesa;
• Imaginação Criadora - Libertação da arte agora afastada das rígidas regras clássicas;
• Nacionalismo - louvor e exaltação de pátria, resgatava as origens de cada nação, valorizações dos
elementos da terra natal, dos bens e das riquezas nacionais, das paisagens naturais;
❖Ufanismo - Nacionalismo ufanista: pode ser considerado como nacionalismo exagerado ou
exacerbado, é o caso de um orgulho excessivo pelo país onde uma pessoa nasceu.
❖Saudosismo - Nacionalismo saudosista é a admiração excessiva da pátria, porém sobre os aspectos do
passado, desde comportamentos, hábitos, princípios e outros ideais obsoletos e ultrapassados.
• Interação com a natureza – No Arcadismo a natureza era tida como paisagem perfeita e estática. O autor
romântico interage com a natureza, transferindo suas sensações e sentimentos para elementos naturais. A
natureza representa o estado de espírito do autor.
• Subjetivismo - atitude individual e única;
• Escapismo – Criação de um mundo idealizado, retrata a natureza perfeita como um lugar de paz e
refúgio. Cultiva a solidão;
• Idealização da Mulher - Mulher convertida em anjo, musa, deusa, criatura pura, poderosa. A
mulher, porém, tornava-se perversa, maligna, impiedosa, quando pela recusa arruinava a vida do
galante que a cortejava.
O Romantismo em Portugal
Prosa e Poesia.
Contexto
• Madalena atormentava-se constantemente com a possibilidade de o primeiro marido ainda estar vivo e retomar da
guerra. Teimo Paes, o escudeiro de dom João, alimentava nela esse temor. De fato, depois de vinte anos, dom João
volta a Portugal.
• O ponto culminante da peça é a revelação da identidade do nobre português e o desespero que toma conta dos
personagens. No desenlace trágico, Manuel Coutinho e Madalena resolvem, para expiação de sua culpa, tomar o
hábito religioso – claustro (se entregar ao convento).
• Durante a cerimônia em que Manuel Coutinho torna-se Frei Luís de Sousa, Maria de Noronha, filha do casal, tomada
pela vergonha e pelo desespero, morre aos pés de seus pais.
Características Românticas:
• Nacionalismo: as personagens falam e agem, demonstrando um patriotismo
ufanista;
• Pessimismo;
• Tendo seu pedido recusado e supondo que sua amada também o rejeitava, Eurico decide tomar-se religioso. Ordena-se
sacerdote, com o título de Presbítero de Carteia. Porém, o espírito de cavaleiro fala mais alto. Assim, disfarçado de
Cavaleiro Negro, luta ao lado de seus antigos companheiros, durante a batalha contra os mouros.
• Unindo-se ao grupo de Pelágio, irmão de Hermengarda, assume a responsabilidade de resgatar sua amada, que se
encontrava em poder dos inimigos.
• No reencontro, ambos confessam seu amor, mas Eurico revela sua condição religiosa: o Cavaleiro Negro e o Presbítero de
Carteia eram uma só pessoa. Diante dessa revelação e do amor impossível, Hermengarda adoece e enlouquece, e Eurico
parte para um combate suicida contra os mouros.
https://www.youtube.com/watch?v=Qyjvq-oZPNo
Segunda Geração – Ultrarromantismo Português :
marcado por uma postura de exagero sentimental
https://www.youtube.com/watch?v=0CFVP9DZE5E
• Amor de Perdição é uma novela romântica inspirada em Romeu e Julieta, de Shakespeare. É considerado uma obra-prima
da ficção de língua portuguesa.
• Simão Botelho e Teresa de Albuquerque estão enamorados, mas suas famílias fazem da separação de ambos uma questão
de honra.
• Simão é enviado para Lisboa e Teresa é presa em um convento por não aceitar o casamento com Baltasar Coutinho, um
fidalgo.
• Simão retorna a Viseu, local onde ocorre o romance, decidido a resgatar Teresa do convento. Escondido na casa de um
ferrador, pois sua família não aceita o romance, Simão, tem a proteção da filha do proprietário da casa, Mariana, que acaba
se apaixonando por ele.
• Mariana, mesma apaixonada por Simão , ajuda na correspondência entre Simão e Teresa. Teresa é destinada a outro
convento e na hora da mudança para o novo convento tenta se encontrar com Simão. Nesse momento, ocorre o assassinato
de Baltasar, que encontrando com Simão, decide convidá-lo para um duelo.
• Simão atira e mata Baltasar que cai aos pés de Teresa. Simão é preso na Cadeia da Relação, no Porto. Teresa vai para o
convento de Monchique, também no Porto. Domingos Botelho, pai de Simão, não ajudava o filho, mas acaba mudando de
ideia e consegue uma comutação da pena e o degredo para as Índias.
• Mariana, apaixonadamente, também decide ir para Índias. Simão vê Teresa, que morre tuberculosa. Nove dias depois de
viajar, Simão acaba morrendo, também doente. Na hora de jogar o corpo de Simão para o mar , Mariana acaba agarrando o
cadáver e morre junto com o corpo no mar.
Terceira Geração
Julio Dinis
• Julio Dinis era seu pseudônimo (medico Joaquim Guilherme Gomes Coelho)
• Seus romances têm como cenário: A vida simples do campo, finais felizes, o amor tudo
suporta.
• Considerado pela crítica como escritor de transição entre o Romantismo e o Realismo,
escreveu também poesia, teatro, mas notabilizou-se como romancista (Filiado ao
movimento romântico, mas realista pela preocupação da verdade em suas descrições, nos
caracteres e na evolução)
• Romances mais importantes: As pupilas do senhor reitor (1867), Uma família inglesa
(1868).
• Uma aldeia portuguesa do século XIX é o cenário ideal para o desenrolar de uma delicada trama: o amor e os desencontros entre as órfãs Clara
e Guida. Cenário este, povoado de tipos humanos cuja bondade só é maculada pelo moralismo quase ingênuo de comadres fofoqueiras,
desenrola-se o drama amoroso.
• Daniel, ainda menino, prepara-se para ingressar no seminário, mas o reitor descobre seu inocente namoro com a pastorinha Margarida (Guida).
O pai, José das Dornas, decide, então, enviá-lo ao Porto para estudar medicina. Dez anos depois Daniel volta para a aldeia, como médico
homeopata. Margarida, agora professora de crianças, conserva ainda seu amor pelo rapaz. Ele, no entanto, contaminado pelos costumes da
cidade, torna-se um namorador impulsivo e inconstante, e já nem se lembra da pequena pastora.
• A esse tempo, Pedro, irmão de Daniel, está noivo de Clara, irmã de Margarida. O jovem médico encanta-se da futura cunhada, iniciando uma
tentativa de conquista que poria em risco a harmonia familiar. Clara, inicialmente, incentiva os arroubos do rapaz, mas recua ao perceber a
gravidade das consequências. Ansiosa por acabar com impertinente assédio, concede-lhe uma entrevista no jardim de sua casa.
• Esse encontro é o ponto culminante da narrativa: surpreendidos por Pedro, são salvos por Margarida, que toma o lugar da irmã. Rapidamente
esses acontecimentos tornam-se um grande escândalo que compromete a reputação de Margarida. Daniel, impressionado com a abnegação da
moça, recorda-se, finalmente, do amor da infância. Apaixonado agora por Guida, procura conquistá-la. No último capítulo, depois de muita
resistência e de muito sofrimento, Margarida aceita o amor de Daniel.
ROMANTISMO NO
BRASIL - PROSA
Contexto Histórico-cultural
• Romance Histórico-indianista
• Romance urbano
• Romance regionalista
José de Alencar não só escreveu
diversos romances, como
também elaborou uma espécie
de projeto para a literatura
brasileira, se classificando em
todos os tipos de romances em
prosa.
Suas principais obras são os
romances indianistas e urbanos.
Romance Indianista
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto
em três etapas diferentes:
O livro Cinco Minutos conta a história de um homem, o Protagonista, que se atrasa para pegar um
ônibus e acaba conhecendo uma mulher, que mais pra frente descobre que seu nome é Carlota, no ônibus
seguinte, onde fazem carinhos discretos um no outro, ela usava um véu que cobria sua face, o que despertava
curiosidade no homem, que fez várias suposições de como seria seu rosto, mas ela sai do ônibus sem dar
nenhuma pista de quem era, falando ''nos ti scordar di me'', o que significa, '' não se esqueça de mim '', o que faz
o homem a querer vê-la ainda mais.
Certo dia em um baile, quando estava sozinho, escutou a mesma voz e ficou tentando procura-la,
quando viu uma velha com a voz da mulher que tinha conhecido no ônibus, ficou horrorizado por estar
apaixonado por uma velha, mas feliz por vê-la novamente, mas ao escutar a conversa da velha percebeu que ela
teria uma filha, assim supos que sua filha poderia ser a mulher no qual ele estava apaixonado, tentou segui-la
mas no final não deu certo. Depois de um mês tentando achar sua amada, ele a encontra em uma ópera ( La
traviata), onde se declara mas ela foge, deixando apenas um lenço de lembrança.
Depois de outros desencontros, ele finalmente a conhece. Por carta ela revela que já o observava e o
amava, revela também que tem uma doença incurável, e que prefeiria não prender a vida dele a alguém que não
teria muito tempo. Sua mãe achava que se ela viajasse e se divertisse, ficaria mais alegre e não morreria tão
rápido, ela o comunica por cartas e ele vai atrás dela. Cada vez mais ela estava ficando doente, sua mão estava
cada vez mais gelada e ele a beija, mas de repente acontece algum milagre e Carlota começa a ganhar forças,
daí em diante eles se casam e tem uma vida de casal normal.
José de Alencar – A viuvinha (1860)
Em “A Viuvinha” é narrada a história de Jorge e Carolina. Jorge é órfão de um rico negociante e ainda pequeno é
deixado aos cuidados do tutor Sr. Almeida, amigo da família descrito como inteligente e honrado. Quando chega na maior
idade, depois de terminar seus estudos ele passa a administrar os bens deixados por seu pai. Larga a profissão e acredita que
apenas com a fortuna do pai poderá viver uma vida tranquila, onde poderá aproveitar tudo que desejar. Ele vive por três anos
gozando da fortuna e uma boa vida, até que um dia se cansa e se sente só.
Depois de uma noite de insônia ele decide sair logo pela manhã e ouve os sinos da igreja, acredita que aquilo seria
um sinal. Na missa, se ajoelha mas como não sabe rezar fica olhando ao redor. Até que observa Carolina e fica encantado com
a sua beleza. Jorge começa então a cortejar a moça que se mostra simples e mora com sua mãe D. Maria em uma casa
modesta no morro de Santa Tereza. Depois de dois meses, um dia antes do casamento marcado ele recebe a visita de seu
Almeida que informa a Jorge que ele está falido com dividas e sem saída. Jorge já não possuía mais fortuna.
Ele decide se casar mesmo assim e faz uma cerimônia simples. Na noite de núpcias ele oferece uma bebida a
Carolina que dorme. Jorge vai até um beco onde corpos são encontrados com frequência, ali perto trabalhadores ouvem dois
tiros e correm para ver o que tinha acontecido. Encontram um corpo com rosto desfigurado, uma carteira e um bilhete que
dizia para que o corpo fosse enterrado sem dar parte a família ou amigos. Porém Sr. Almeida havia o seguido e lamentou a
tragédia.
Mas a verdade é que Jorge não se suicidou, ele havia fugido para os Estados Unidos e agora usava o nome de
Carlos. Na América, conseguiu erguer uma pequena fortuna e volta para o Brasil para sanar as dividas que deixou e honrar o
nome de seu pai. Assim que chega ele encontra Carolina, agora conhecida como “viuvinha”, não resiste e passa a se
aproximar dela.
Depois ele tenta seduzir a viuvinha que é fiel à memória de seu marido não tendo mais nenhum outro homem. Então
para que ela o ceda acaba confessando a verdade, eles se beijam e se abraçam, e no final passam a morar em uma fazenda
longe da cidade, com a mãe de Carolina.
José de Alencar – Lucíola (1862)
O livro Lucíola, de José de Alencar, é narrado através de Paulo, personagem que se torna narrador para contar à Sr.ª
G.M. o romance que viveu com uma cortesã chamada Lúcia. Em 1855, Paulo chega ao Rio de Janeiro e vê pela primeira vez
Lúcia. Sem conhecer sua verdadeira vida, apaixona-se à primeira vista, pois enxerga nela uma encantadora menina. Essa
impressão desfaz-se na Festa da Glória, onde Sá, representante dos valores e preconceitos da sociedade, a apresenta como uma
mulher bonita e não como uma senhora. A partir de então, Paulo começa a visitar Lúcia em sua casa.
Na segunda visita, Paulo deixa de lado o tratamento cortês que até então fizera a Lúcia, agarra-a e acontece o
primeiro contato físico. No dia seguinte, há uma festa na casa de Sá onde, além de Paulo e Lúcia, são convidados também
homens boêmios, como Sr. Cunha, Rochinha, Sr. Couto e outras três prostitutas, entre elas Nina. Nessa festa, a cortesã exibe-se
nua diante de todos. Paulo num primeiro momento teve uma repulsão por toda aquela cena. Porém, mostra-se piedoso e
compreensivo e os dois tem uma noite na mata. Esse é o ponto que marca o início da transformação de Lúcia.
Para Lúcia, Paulo é o caminho para chegar à salvação. Na tentativa de se afastar da sociedade e deixar
definitivamente a vida de cortesã para trás, muda-se para uma casa mais simples no interior junto com sua irmã mais nova,
Ana. Nesse momento, não existe mais o amor carnal entre Paulo e Lúcia. Há um amor espiritual – Lúcia chega até a fingir que
estava doente para não mais haver contato. É nesse momento que conta o verdadeiro motivo que a levou à vida de cortesã –
seu primeiro cliente foi Couto, pois sua família estava com febre amarela e sem recursos financeiros para o tratamento. Revela
também que seu verdadeiro nome é Maria da Glória. Lúcia era uma antiga amiga dela que morreu e que tomou emprestado seu
nome; sua família achava que estava morta.
A redenção de Lúcia culmina com a descoberta de sua gravidez e não aceitação dela. Mesmo com o melhor parteiro
afirmando que a criança em seu ventre estaria viva, Lúcia acredita que seu corpo é sujo e morto, e por isso não é capaz de gerar
um filho. Morre, grávida. Paulo, atendendo a um pedido seu, cuida de Ana até que ela se case.
José de Alencar – Senhora (1875)
A obra Senhora, de José de Alencar é dividida em quatro partes. A primeira delas, nomeada de “O preço do casamento”, começa
descrevendo uma jovem moça chamada Aurélia, rica e frequentadora de bailes da alta sociedade. Aurélia, sendo órfã e recebedora de uma
grande fortuna, estava sempre acompanhada de sua parenta D. Firmina e acreditava que todos só se interessavam por ela por causa de sua
beleza e do seu dinheiro. Em um baile de costume, Aurélia começou a se questionar sobre sua educação e seu destino. Escreveu uma carta ao
Sr. Lemos dando-lhe a missão de arrumar seu casamento com o atual noivo de Adelaide Amaral, o Fernando Seixas. Seixas era pertencente a
uma família de situação pouco favorável e pretendia arrumar um casamento com uma moça rica para oferecer melhores condições para sua
mãe e suas irmãs, e também para seus luxos. Lemos faz a proposta de casamento a Seixas, que mesmo sem conhecer a noiva, recebe um
adiantamento do alto dote e aceita o compromisso. Quando foi apresentado à Aurélia, Seixas sente uma profunda humilhação, pois em tempos
passados tinha rompido um noivado com ela para ficar noivo de Adelaide, que era mais rica. Na noite de núpcias, Aurélia chama seu então
marido de homem vendido.
Na segunda parte, chamada “Quitação”, é contada a história de Aurélia. D. Emília era sua mãe e Pedro Camargo, seu pai. Pedro era
filho bastardo de um rico fazendeiro e casou-se com Emília sem conhecimento de seu pai. Anos depois, acaba morrendo e seu pai não conhece
sua neta. D. Emília fica em má situação para criar sua filha. Nesse momento, Seixas se elege como pretendente de Aurélia e assume o
compromisso de se casar com ela. Porém, se arrepende por ter se apaixonado por uma moça pobre e órfã e assume compromisso com
Adelaide, moça rica na sociedade. Perto de falecer, o avô de Aurélia a procura e deixa para ela toda sua fortuna. Após a morte de sua mãe,
Aurélia tem como tutor Sr. Lemos, seu tio, e como acompanhante, D. Firmina.
A terceira parte tem como título “Posse” e descreve a rotina de Aurélia e Fernando enquanto casal. Eles vivem uma vida de
aparência; desfilam de mãos dadas, trocam carinhos e gentilezas diante de bailes ou de amigos. Mas quando estão sozinhos, trocam palavras
ferinas e acusações. Fernando se vê como um escravo de Aurélia, tendo ela como sua dona e a obedece em todos os seus desejos.
Na quarta e última parte, “Resgate”, temos os principais acontecimentos da trama. Os desejos não realizados de Aurélia e Fernando
são passados pelo autor com muito erotismo. Porém, por orgulho, Fernando e Aurélia não se deixam envolver. Podemos notar nessa parte a
visível transformação de Fernando que passa a recusar o luxo que tanto já desejara. Fernando passa então a trabalhar dedicadamente e faz um
negócio importante, em que arrecada um valor e devolve para Aurélia todo o dinheiro do dote. Ele então pede o divórcio. Comprovada a
mudança de Fernando, Aurélia lhe mostra o seu testamento escrito no dia do casamento, onde é deixada para Fernando toda sua fortuna e é
declarado o seu amor por ele. O casamento então se consuma e os dois se tornam um casal de amantes.
Manuel Antônio de Almeida – Memórias de um Sargento de Milícias (1852)
A narrativa, que se apresenta como uma sucessão de aventuras do jovem Leonardo, tem início antes mesmo de seu
nascimento, relatando o primeiro contato entre seus pais, Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, no navio que os traz de
Portugal para o Brasil. Ambos trocam “uma pisadela” e um “beliscão” como sinais de interesse mútuo e passam a namorar.
Maria da Hortaliça abandona o marido e retorna para a terra natal. Pataca, por sua vez, recusa-se a criar o filho, deixando-o
com o padrinho, o Barbeiro, que passa a dedicar ao menino cuidados de pai.
Pataca se envolve com uma cigana, que também o abandona. Para tentar recuperá-la, recorre à feitiçaria, prática
proibida na época. Flagrado pelo Major Vidigal, conhecido e temido representante da lei, vai para a prisão, sendo solto em
seguida. Enquanto isso, seu filho Leonardo, pouco afeito aos estudos, convence o padrinho a permitir que ele frequente a
Igreja na condição de coroinha. O Barbeiro vê ali uma oportunidade para dar um futuro ao afilhado. No entanto, Leonardo
continua aprontando das suas e acaba expulso. Conhece o amor na figura de Luisinha, uma rica herdeira, mas sua
aproximação é interrompida pela ação do interesseiro José Manuel, que conquista e casa com a moça.
O Barbeiro morre e deixa uma herança para o afilhado. Leonardo volta a viver com o pai, mas foge após um
desentendimento. Envolve-se com a mulata Vidinha e passa a sofrer as perseguições do Major Vidigal, caçador dos ociosos
do Rio de Janeiro. Para não ser preso, é forçado a se alistar.
A experiência militar não é menos problemática: continua a participar de arruaças e desobedece seguidamente o
Major. Por isso, acaba preso. Consegue a liberdade graças à ação de uma ex-namorada de Vidigal, Maria Regalada, que lhe
promete, em troca, a retomada do antigo afeto. Leonardo não só é solto, como é promovido a sargento da tropa regular.
Reencontra-se com Luisinha, então recém-viúva, e os dois reatam o namoro. Ainda com a ajuda do Major Vidigal, Leonardo
se torna sargento de milícias e obtém permissão para se casar.
Importância do livro
• Trata-se de um romance Regionalista da escola literária do Romantismo, seu autor busca mostrar a
vida do Caipira do interior de São Paulo do século XIX, vocabulário e costumes
da região, as diferenças sociais da época (escravos, capangas, pobres e ricos donos de terras).
• 1ª Geração – Nacionalista
• 3ª Geração - Condoreira
Denominação
Geração Componentes Modelos Temas
1ª Nacionalista Gonçalves de Chateaubriand e - O índio
Magalhães e Lamartine - A saudade da Pátria
Gonçalves Dias - A natureza
- A religiosidade
- O amor impossível
2ª Individualista ou Álvares de Azevedo, Byron e Musset - A dúvida
Subjetivista Casimiro de Abreu, - O tédio
Fagundes Varela e - A orgia
Junqueira Freire - A morte
- A infância
- O medo do amor
- O sofrimento
3ª Liberal ou Social ou Castro Alves Vitor Hugo - Defesa de causas
Condoreira humanitárias
- Denúncia da escravidão
- Amor erótico
Primeira geração - Nacionalista (1836-1840)
Poéticos e Saudades" .
• A VOZ DE MINHA ALMA
(...)
Que tais não encontro eu cá;
...
Prazer encontro eu lá;
(...)
Surgiu também o índio, um herói visto com espírito da
figura de um índio.
I-Juca Pirama significa "aquele que vai
morrer" ou "aquele que é digno de ser morto".
(Fragmentos de um poema)
A Sentença
(...)
XI
• Escravidão
➢Emancipacionistas: Extinção lenta e gradual
➢Abolicionistas: libertação imediata
➢Escravistas: manutenção do sistema
Condoreirismo
Poesia romântica que tratava de temas
relacionados a questão social.
Condor = liberdade
Os condoreiros
participavam de deba
tes sociais – saraus,
bailes. Poeta orador
para atingir mais pú-
blico.
Tem uma poesia social, condoreira, como
“Navio Negreiro”. O Navio Negreiro é um dos
poemas mais significativos do romantismo
brasileiro. Enquanto outros poetas como
Gonçalves Dias, tomam o índio como herói,
Castro Alves tomou o negro, nada estético,
tido como de casta inferior na sociedade, sem
nenhum valor mítico.
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Castro Alves também tem uma poesia
que fala de amor. Podemos perceber na
em seus poemas um diferencial das
outras gerações poéticas do
romantismo, pois ele trata de uma
mulher de “carne e osso”, não mais
idealizada e inatingível, cujo amor nunca
é reciproco ou possível.
“E amamos – Este amor foi um delírio...
Foi ela minha crença, foi meu lírio,
Minha estrela sem véu...
Seu nome era o meu canto de poesia,
Que com o sol – pena de ouro – eu escrevia
Nas lâminas do céu.
“Em teu seio escondi-me ... como a noite
Incauto colibri, temendo o açoite
Das iras do tufão,
A cabecinha esconde sob asas,
Faz seu leito gentil por entre as gazas
Da rosa do Japão”.
(Dalila, p. 130)
Autor um pouco diferente dos demais, devido
aos seus estudos, pois não tinha uma criação
europeia pelo fato de ter ido estudar nos
Estados Unidos Na épca não teve muito
reconhecimento, mas hoje é muito importante
em nossa literatura. Explora o índio como um
ser mutilado e explorado pelo homem branco.
Sua visão indíanista é muito mais critíca e
social do que européia.
REALISMO
ESTILO PORTUGAL BRASIL CARACTERÍSTICAS
Realismo: preocupação com a verdade exata,
Realismo 1865 1881 observação e análise, personagens tipificadas,
preferência pelas camadas altas da sociedade.
Machado de Assis: Objetividade. Descrições pormenorizadas. Linguagem
Parnasianismo Questão Coimbrã: Antero de Memórias Póstumas de Brás correta, no entanto é mais próxima da natural, maior
Quental contra Castilho Cubas/ interesse pela caracterização que pela ação – tese
(Novos x Velhos) Realismo documental.
Naturalismo Naturalismo: visão determinista do homem (animal,
presa de forças fatais e superiores – meio, herança
Gêneros: prosa (romance, Aluísio de Azevedo: genética, fisiologia, momento). Tendência para análise
conto, crônica), poesia, O Mulato dos deslizes de personalidade. Deturpações psíquicas e
crítica. físicas. Preferência pela classe operária. Patologia
Naturalismo - 80 - o cortiço
social: miséria, adultério, criminalidade,– tese
Prosa: Eça de Queirós experimental.
Definição do ideário Parnasianismo: arte pela arte, objetividade, poesia
Poesia: Antero de Quental, Parnasiano. descritiva, versos impassíveis, exatidão e economia de
Cesário Verde, Guerra Prosa: Machado de Assis, imagens e metáforas, poesia técnica e formal, retomada
Junqueiro. Aluísio Azevedo, Raul Pompéia de valores clássicos, apego à mitologia greco-romana.
Poesia: Olavo Bilac, Alberto de
Oliveira, Raimundo Correia,
Vicente de Carvalho.
Origem do Realismo
O realismo foi um movimento artístico
e cultural que se desenvolveu na segunda
metade do século XIX. A característica
principal deste movimento foi a abordagem de
temas sociais e um tratamento objetivo da
realidade do ser humano: miséria, pobreza,
exploração, corrupção entre outros.
Com uma linguagem clara, os artistas
e escritores realistas iam diretamente ao foco
da questão, reagindo, desta forma, ao
subjetivismo do romantismo.
Características do Realismo
• Objetividade;
• Análise psicológicas dos personagens;
• Materialismo;
(Eça de Queirós)
Comparação com o Romantismo
Realismo em Portugal (1865-1890)
Acumula objetos ou fotografias da realidade para que Usa somente a imaginação para tirar suas conclusões, e
haja uma impressão de vida real. que não são tiradas apenas pela observação
Faz analises tanto psicológica como física. Sua análise é feita exteriormente, através de gestos, atos
e ambientes.
Usa a crítica das classes dominantes como conteúdo para Retrata as classes inferiores, proletariado, os marginais e
suas obras. etc
Faz com que o próprio leitor tire suas conclusões, ou Sua apresentação é direta, sem dar oportunidade ao
seja, é indireto. leitor de tirar suas próprias conclusões
Bastante preocupação com o estilo. Existe bastante preocupação com a denúncia, e o estilo
fica em segundo plano
AMBOS
Principais autores:
• Aluísio Azevedo: “O mulato”, em 1881: início do Naturalismo no
Brasil; “O Cortiço”,
O finaldo século XIX caracteriza-se por uma grande transformação nos meios de produção. O
avanço da industrialização torna possível um crescimento econômico jamais experimentado;
o uso da energia elétrica e do petróleo acelera o desenvolvimento das fábricas.
Momento histórico
europeu
Por um lado, a burguesia consolida seu poder, aumenta seus lucros e fortalece suas posições
políticas. De outro lado, vítima da exploração, o proletariado: excluído do processo econômico e
submetido a condições de trabalho desumanas em troca de salários baixíssimos.
Momento histórico
europeu
Momento histórico
brasileiro
O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda, Parnaso é o nome de
um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às musas. É o monte onde nasceu Castália, a
musa inspiradora dos poetas.
Estética parnasiana
I – CARACTERÍSTICAS
* Eugênio de Castro
* Antônio Nobre
• Camilo Pessanha
Missal é o nome de um livro que contém orações utilizadas nas missas e broquéis vem
de broquel, tipo de um escudo espartano, numa clara aproximação com o
parnasianismo e seu gosto por objetos antigos. O Simbolismo no Brasil não teve
muita aceitação por parte do público leitor. A maior parte dos leitores preferia os
textos parnasianos. Os parnasianos tinham a imprensa como aliada, pois seus
poemas vendiam muito mais. É por isso que se costuma dizer que o Brasil não teve
um momento tipicamente simbolista, ele ficou meio à margem da literatura oficial
da época.
Veja os maiores representantes do Simbolismo
brasileiro:
• Alphonsus de Guimaraens: Seus textos apresentavam uma temática variada: a
fuga da realidade, a natureza, a religiosidade, o amor espiritualizado, a mulher,
muitas vezes comparada à Virgem Maria.
Monteiro Lobato
Lima Barreto
Foi representado
pela minissérie
“Desejo” na Globo
em 1990
Abaixo você encontra um vídeo da minissérie Desejo, escrita por
Glória Perez e produzida pela Rede Globo de Televisão em 1990.
Nos papeis principais, Tarcísio Meira (como Euclides da Cunha),
Vera Fischer (como Anna de Assis) e Guilherme Fontes (como
Dilermando de Assis).
http://www.youtube.com/watch?v=2X-mJ-X2cwk
Principal obra: Os Sertões “A bíblia
da nacionalidade brasileira”
Em pouco mais de 2 meses,
a primeira edição se esgota,
rendendo ao autor 2 contos
e 200 mil réis. Era o sinal
mais claro de que os leitores
desejavam uma mudança de
abordagem em relação aos
http://www.youtube.com/watch?v
=d1m_er9fPlE romances do século XIX.
“E era assim todos os dias, há
quase trinta anos. Vivendo em
casa própria e tendo outros
rendimentos além do seu
ordenado, o Major Quaresma
podia levar um trem de vida
superior ao seus recursos
burocráticos, gozando, por parte
da vizinhança, da consideração e
respeito de homem abastado.”
• Conceito de família;
• Racismo;
• Dona Benta representa a burguesia agrária;
• Tia Nastácia, que é descendente de escravos, representa o povo brasileiro e a
cultura popular;
• Pedrinho e Narizinho, esses personagens representam a futura elite dirigente
do Brasil, assim, recebem melhor educação para que o poder de governar o
país continue nas mãos da classe dominante, porém mais esclarecida.;
• Tio Barnabé, agregado. Os agregados, assim como a servidão de Tia Nastácia,
representavam formas de dominação do trabalho livre, surgidas no período pós-
abolição;
• Coronel Teodorico – representa os coronéis com poder político local e famintos por
terras, a semelhança dos coronéis da Primeira República;
• Emília - boneca de pano, astuta, insubmissa, irreverente, com grande poder de
persuasão e a mais representativa personagem do Sítio do Picapau Amarelo, visto
que Lobato a utiliza para tratar de temas polêmicos e questionar valores
estabelecidos.;
• Visconde de Sabugosa - sabugo de milho científico, representante da ciência
positivista. Visconde de Sabugosa e Dona Benta são os personagens que ensinam
Geologia e Geografia à turma do Sítio do Picapau Amarelo. Ele também representa a
prudência e a experiência, comportamentos comuns a um adulto e não a uma criança;
• A obra infantil lobatiana, por inserir personagens como a Cuca e o Saci no imaginário
dos seus leitores, pode ser entendida na perspectiva de resgate da relação do ser
humano com a natureza, que foi sendo transformada com a urbanização.
Negrinha - Monteiro Lobato
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha
escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos
cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre
escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos
padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu.
Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali
bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo.
Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas,
esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.
Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não
suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste
criança, gritava logo nervosa:
• — Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da
criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos
do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
— Cale a boca, diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase
sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos
eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem
dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe
sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma
palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase
não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando
as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da
porta.
— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo! (... )
José Pereira da Graça
Aranha nasceu no dia 21 de junho
de 1868, no Maranhão.
Cursou Direito em Recife e foi
trabalhar como juiz no Rio de
Janeiro e no interior do Espírito
Santo. Em 1902 publicou o romance
Canaã e viajou durante 20 anos
percorrendo a Europa, onde teve
contato com os rumos que a arte
moderna passou a tomar.
Graça Aranha participou da Semana de Arte
Moderna, fevereiro de 1922, São Paulo. Foi um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras em 1897,
porém, não havia publicado nenhuma obra.
Uma característica pré-modernista de sua obra
“Canaã” é o regionalismo. Trata-se do retrato da vida de
uma comunidade de imigrantes alemães que vivem no
Espírito Santo. A história reflete dois pensamentos
distintos através de dois personagens característicos:
Milkau (o qual procura encontrar a terra prometida, ou
seja, Canaã, no Brasil) e Lentz (que acredita na
superioridade germânica
https://www.youtube.com/watch?v=ZZC-8yBnEx4
Versos Íntimos
(...)
Toma um fósforo. Acende teu
cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera
do escarro,
A mão que afaga é a mesma
que apedreja.
• Vanguardas: em termos
artísticos, designa aqueles que
preveem e anunciam o futuro, os
novos tempos.
Vanguardas Europeias
São um conjunto de tendências que, numa determinada
época, se opõem às tendências vigentes, principalmente no
campo das artes. Cronologicamente, tais manifestações
artísticas surgiram em torno da 1º Guerra Mundial,
compreendendo o período que a antecedeu e o período que a
sucedeu - quando então o mundo já se preparava para a 2º
Grande Guerra.
• Cubismo(1907)
• Futurismo(1909)
• Expressionismo(1910)
• Dadaísmo(1918)*
• Surrealismo(1924)
Principais características do período:
1.Belle Époque;
• Irracionalismo;
• Negação do academicismo;
Les Demoiselles
d’Avignon (1907), de
Pablo Picasso.
Cubismo
Cubismo na literatura:
• Humor;
• Antintelectualismo;
• Valorização dos cinco sentidos;
• Superposição de planos – frases breves e rápidas –
cinematográficas;
• Ilogismo – mais analógico que lógico.
Cubismo
Na literatura podem ser apontados os seguintes elementos do
estilo cubista:
• a obra de arte não deve ser uma representação objetiva da natureza,
mas uma transformação dela, ao mesmo tempo objetiva e subjetiva.
• a procura da verdade deve centralizar-se na realidade pensada, criada,
e não na realidade aparente.
• a ordem cronológica deve ser eliminada. As sensações e recordações
vão e vêm do presente ao passado, embaralhando o tempo.
• a valorização do humor, a fim de afugentar a monotonia da vida nas
modernas sociedades industrializadas.
• a supressão da lógica; preferência pelo pensamento-associação, que
transita entre o consciente e o subconsciente.
Cubismo
Poeminha cinético
O grito (1893), de
Edvard Munch;
óleo sobre cartão.
Expressionismo
Expressionismo na literatura:
• Linguagem fragmentada, constituída por frases
nominais (basicamente aglomeração de
substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito;
• Despreocupação com a organização do texto em
estrofes, com o emprego de rimas ou de
musicalidade;
• Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo
burguês.
Poema expressionista
O MEU TEMPO
Cantos e metrópoles, levianas febris,
Terras descoradas, polos sem glória,
Miséria, heróis e mulheres da escória,
Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.
Colagem-espelho,
obra de
Kurt Schwitters,
de 1920.
DADAÍSMO
Surgido em Zurique, na Suíça, com o primeiro manifesto do romeno Tristan Tzara, lido em 1916, o
Dadaísmo foi a mais radical das correntes de vanguarda.
Para os dadaístas, a guerra evidenciava a crise de uma civilização cujos valores morais e
espirituais já não tinham mais razão de serem preservados. Por isso, afirmavam o desejo de
independência, de desconfiança para com a sociedade em geral: “Não reconhecemos nenhuma teoria.
Basta de academias cubistas e futuristas: laboratórios de ideias formais”.
Numa prova dessa liberdade total, o próprio Tristan Tzara explica como surgiu o nome do movimento:
“Encontrei o nome por casualidade, inserindo uma espátula num tomo fechado do Petit Larousse e
lendo jornal, imediatamente, ao abri-lo, a primeira linha que me chamou a atenção: Dada. Meu
propósito foi criar apenas uma palavra expressiva que através de sua magia fechasse todas as portas
à compreensão e não fosse apenas mais um –ISMO”.
•
Dadaísmo
Faziam parte das propostas dadaístas:
Mário de Sá Carneiro
O poeta de muitas faces
Álvaro de Campos (O
engenheiro naval)
I - Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho. (...)
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural
➢ Saudade – Solidão – Nostalgia
➢ Melancolia-Tédio
José de Almada Negreiros
Almada foi um dos mais ativos e
influentes artistas da geração
Orpheu. Além da literatura e da
pintura a óleo, Almada desenvolveu
ainda composições coreográficas
para “ballet”. Trabalhou em
tapeçaria, gravura, pintura mural,
José de Almada Negreiros,
caricatura, mosaico, azulejo e vitral. Auto-retrato, 1948
‘O Número’, 1958, de Almada Negreiros (1893-1970)
Tribunal de Contas de Lisboa
Ultimatum Futurista
Às gerações portuguesas do século XX
▪Florbela Espanca
▪Aquilino Ribeiro.
Florbela Espanca - (1894-1930)
Amar
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
▪ Cenários outonais
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ▪ Horas da tarde
Amar! Amar! E não amar ninguém! ▪ Estados de alma
indefinidos
Recordar? Esquecer? Indiferente!... ▪ Tom decadentista
▪ Dor
Prender ou desprender? É mal? É bem?
▪ Angústia
Quem disser que se pode amar alguém existencial
Durante a vida inteira é porque mente! [...] ▪ Profundo
sofrimento
Aquilino Ribeiro: a importância das tradições
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu. [...]
3º momento (1940-1947)
O Neorrealismo
• Repúdio à literatura de caráter psicológico e
intimista;
• Proposta de uma literatura engajada;
• Consciência dos problemas enfrentados em
Portugal
• Inspiraram-se em Eça de Queirós
• Autores: Alves Redol, Vergílio Ferreira,
Fernando Namora.
Alves Redol e os trabalhadores da terra
Destacaram-se:
- Mário de Andrade - Obra: Pauliceia desvairada (Prefácio Interessantíssimo)
- Oswald de Andrade - Obra: Manifesto antropofágico / Pau-Brasil
- Manuel Bandeira - Obra: Libertinagem
MODERNISMO
Primeira geração
1922 a 1930
A exposição de Anita Malfatti
Monteiro Lobato
A Semana de Arte Moderna de
1922 – 11 a 18 de Fevereiro
• Centenário da Independência política do Brasil.
• Mecenato paulista (termo que indica o incentivo e
patrocínio de artistas e literatos, e mais
amplamente, de atividades artísticas e culturais).
• O espanto do público.
• Inovação linguística.
• Culto ao progresso.
• Autenticidade da obra de arte.
• Publicação de “Klaxon” - Lançada em São Paulo no
mesmo ano que se realiza a Semana de Arte Moderna,
Klaxon (1922-1923) é a primeira revista modernista do
Brasil.
• Modernismo toma conta do centro político e econômico do
país.
• Não havia apoio popular.
Os sapos
(...)
Vai por cinquenta anos
O sapo-tanoeiro,
Que lhes dei a norma:
Parnasiano aguado,
Reduzi sem danos
Diz: - "Meu
A fôrmas a forma.
[cancioneiro
É bem martelado. Clame a saparia
Em críticas céticas:
Vede como primo Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Urra o sapo-boi:
Os termos cognatos. - "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" –
O meu verso é bom "Não foi!".
Frumento sem joio. (...) Manuel Bandeira
Faço rimas com
Consoantes de apoio .
• O texto inicia-se com uma referência do poetas
parnasianos.
Prosa:
Linguagem cinematográfica (Memórias
Sentimentais de João Miramar)
Canto de regresso à pátria
Oswald de Andrade
***
BRASIL
O Zé Pereira chegou de caravela
E perguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.
“A Gare”
Tarsila do Amaral
1925
Mário de Andrade
Poesia
Apego a São Paulo
Defesa dos falares regionais
Reflexão sobre nacionalismo
Obsessão pela língua “brasileira”
Liberdade formal
Prosa
”Amar, verbo intransitivo”
”Macunaíma”
Amar, verbo intransitivo
O romance apresenta no próprio título uma contradição gritante,
afinal, o verbo "amar" é transitivo direto e não intransitivo. Se isto já não
bastasse, ainda recebe uma curiosa classificação: é apresentado na capa
como Idílio.
Livros e flores
Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?
Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
Contexto histórico:
A Era Vargas
• Lampião e o cangaço no sertão
• Destaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa neo-realista e neo-naturalista).
MODERNISMO - 2 FASE
Representantes:
- Graciliano Ramos - representante maior, criador do romance psicológico nordestino -
Obras: Vidas Secas; São Bernardo.
- Jorge Amado - Obras: Mar Morto; Capitães da Areia.
- José Lins do Rego - Obras: Menino de Engenho; Fogo Morto.
- Rachel de Queiroz - Obra: O Quinze.
- José Américo de Almeida - Obra: A Bagaceira
Fase de Drummond:
- Eu maior que o mundo - poema, humor, piada.
- Eu menor que o mundo - poesia de ação.
- Eu igual ao mundo - poesia metafísica.
Poetas espiritualistas:
- Cecília Meireles - herdeira do Simbolismo.
- Jorge de Lima - Invenção de Orpheu.
- Vinícius de Moraes - Soneto da Fidelidade.
Modernismo –
2ª Fase
(1930 a 1945)
Prosa Regionalista
Cândido Portinari
Principais características:
•Consciência do subdesenvolvimento;
•Neorrealismo;
•Radicalização Ideológica;
•Predomínio da Narrativa Regional;
•Denúncia Social;
•Romance Psicológico.
Contexto Histórico:
• Brasil – um país que cresce com muitos
problemas;
• 2ª Guerra Mundial;
• O Brasil e o mundo
vivem profundas
crises nas décadas
de 30 e 40;
http://www.militaryphotos.net
• Bomba Atômica sobre as cidades de
Hiroshima e Nagasaki; crise da Bolsa de
Nova York; crise Cafeeira; Comunismo.
Em Agosto de 1945
os Estados Unidos da
América entraram
para a história
mundial por ser a
primeira e única
nação a despejar o
terror atômico sobre
enormes populações
de civis.
Características da prosa neorrealista:
Romances:
- O Quinze (1930)
- João Miguel (1932)
- Caminho de Pedras (1937)
- As Três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O Galo de Ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra Reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)
http://www.youtube.com/watch?v=yaimp8ouk0c
GRACILIANO RAMOS (1892 – 1953) -
O MESTRE DO REGIONALISMO NORDESTINO.
• Obras
“Alguma Poesia” (1930)
“Brejo das Almas” (1934)
• Obras
“Sentimento do mundo” (1940)
“José” (1942
“Rosa do Povo” (1945)
a fase não (1950-1960)
A 3ª fase pode ser dividida em 2 momentos: poesia
filosófica e poesia nominal.
Curiosidade
• Após a sua morte descobriu-se um conjunto de poemas eróticos
que ele mantinha em segredo intitulado “O amor natural”
(1992).
Obras de Carlos Drummond
• O temas:
Os poemas versam sobre vida, amor, ausência, tempo, sexo
e a própria poesia. Abordam o homem em suas questões
existências em busca da compreensão metafísica dessas
temas.
• Intertextualidade:
A cidade e as serras – Eça de Queirós Conto
Conversa de bois - Guimarães Rosa
• NÃO DEIXE O AMOR PASSAR
Obras:
• Bumba-meu poeta (1930)
• Historia do Brasil (1932)
• Tempo e eternidade (1935)
• Contemplação de ouro preto (1940)
• Siciliana, tempo espanhol, convergência são as três ultimas obras de
Murilo Mendes.
• Reflexão nº1
MODERNISMO - 3 FASE
A Redemocratização do Brasil
• A ditadura militar no Brasil
• Continua predominando a prosa.
Representantes:
- Guimarães Rosa - Neologismo - Obra: SAGARANA.
- Clarice Lispector - Introspectiva - Obra: Laços de Família,
onde a autora procura retratar o cotidiano monótono e
sufocante da família burguesa brasileira.
Obs.: Os escritores acima procuram universalizar o romance
nacional. São considerados pela crítica literária, escritores
instrumentalistas.
Poesia concreta:
- João Cabral de Melo Neto - poeta de poucas palavras. Obra
de maior relevância literária: Morte e Vida Severina. Tem
intertextualidade com o teatro Vicentino.
A prosa Pós-Moderna de 45
Na prosa e nos contos a introspecção foi uma das
características mais presentes, além do regionalismo por meio da
recriação de costumes e uso da língua portuguesa no campo;
Guimarães Rosa e Clarice Lispector foram considerados autores
instrumentalistas. Ambos são chamados de instrumentalistas, o que
significa dizer que se preocupavam muito com o trabalho, isto é, com
a melhor elaboração de seus respectivos textos. A diferença mais
evidente entre ambos é que em Guimarães Rosa existe ainda a
manutenção do enredo com suspense, ao passo que em Clarice
Lispector aparece o abandono claro do enredo referencial narrativo
e o mergulho nas profundezas da alma de personagens isolados e
problemáticos.
• - Guimarães Rosa (1908-1967)
Nasceu em 27/06/1908 e
morreu em 19/11/1967. Um dos
maiores nomes da Literatura
Brasileira do século XX.
Guimarães Rosa significa para a
Literatura do século XX, o que
Machado de Assis significou no
século XIX.
Guimarães Rosa conseguiu
renovar e reinventar a linguagem
regionalista (tema explorado por
vários autores da nossa Literatura).
Formou-se em medicina e em 1934
tornou-se diplomata chegando a ser
embaixador.
Era um estudioso das línguas
e da natureza e sua passagem por
vários países só fez aumentar seu
interesse
Características de sua obra
Além das criações de palavras (neologismos)
podemos apontar outras características.
• - Uso de aliterações e onomatopeias no intuito de criar
sonoridade. Temas envolvendo destino, vida, morte,
Deus. A língua falada no sertão está presente em sua obra
(fruto de anotações e pesquisas linguísticas).
• Guimarães Rosa utiliza termos que não são mais usados,
cria neologismos, faz empréstimos de palavras
estrangeiras e explora estruturas sintáticas para recriar e
reinventar a língua portuguesa.
• Além disso, Guimarães Rosa faz uso do ritmo, aliterações,
metáforas e imagens para criar uma prosa mais poética
ficando no limite entre a poesia e a prosa.
Grande Sertão:
Veredas SAGARANA
• Sagarana (1946 – contos e novelas
Veredas é considerada a obra-prima do
regionalistas)
escritor e um dos melhores romances da nossa
literatura. Trata-se de um monólogo do início ao fim do • Obs: se procurarmos no dicionário a palavra
O teatro no século XX
A literatura contemporânea
Da década de 1980 à atualidade.
Oratura e literatura
• Analfabetismo