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AUTACOIDES
Definição: grupo heterogêneo de substâncias formadas pelo organismo de ação
autócrina e parácrina. Fazem parte desse grupo: eicosanoides, citocinas, cininas, fator
ativador de plaquetas, NO, histamina, serotonina e angiotensina.
1) CININAS
a) Origem: cinonogênio (plasma, linfa e fluido intersticial) (pré-calicreína calicreína, por
lesão tecidual)
cininas (calidina, bradicinina, met-lys-bradicinina).
b) Biotransformação:
o Bradicinina/calidina (ligam-se a beta2 receptores)
1. Cininase I Des-arg-bradicinina/calidina (agonistas, ligam-
se a beta1-receptores)
2. Cininase II peptídeos inativos.
o Antagonistas: des-arg-[LEU]bradicinina
c) Receptores
o Beta1: inflamação, síntese do colágeno e multiplicação celular.
o Beta2 (A e B): mobilização de Ca2+, transporte de Cl-, formação de
NO, ativação de fosfolipase C e ativação de adenilciclase.
d) Efeito fisiológico
o Aparelho cardiovascular: vasodilatação arteriolar acentuada (ação
direta ou mediada pela libertação de NO/PGI2 e PGE2),
vasoconstrição de veias (PGF2a); contração ML visceral.
i. OBS: administração por IV queda rápida da P.A
o Inflamação: sintomas da inflamação (sinais cardinais)
o Nervos sensoriais: dor (estimulação de nervos aferentes
nociceptivos da pele e vísceras).
o Glândulas endócrinas e exócrinas (pâncreas, rim, intestino,
glândulas salivares e sudoríparas): ativação da pró-insulina e pró-
renina.
2) ANGIOTENSINA
a) Síntese: ↓ concentração de Na e da pressão de perfusão renal
síntese de renina pelo aparelho justaglomerular angiotensinogênio,
produzido pelo fígado angiotensina I, produzida no vaso ECA cliva em
angiotensina II, no pulmão
o OBS: ECA também cliva bradicinina.
b) Mecanismo de ação: liga-se a receptor AT-I (acoplado a Gq) ativação de
PLC PIP2 clivado a IP3 e DAG, PLC ativa canais de Ca2+ de membrana
IP3 ativa liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático aumento de
Ca2+ intracelular DAG estimula associação de Ca com calmodulina
complexo promove contração
c) Efeitos farmacológicos: vasoconstrição generalizada (↑ arteríola eferente
do rim), ↑ liberação de noradrenalina das terminações nervosas
simpáticas vasoconstrição, ↑ FC e força de contração, estimulação
da reabsorção tubular proximal de Na, secreção da aldosterona do
córtex suprarrenal, crescimento celular no coração e nas artérias
d) Ver Inibidores do ECA
ANTIHIPERTENSIVOS
Aspectos epidemiológicos
o Uma das principais causas de hospitalização no Brasil.
o Aumento das pressões sistólica e diastólica com o passar dos anos: sintomas
surgem após os 40 anos.
o Incidência maior em mulheres na faixa entre 40-49 anos. Praticamente igual aos
50-59 anos.
Classificação
SISTÓLICA DIASTÓLICA
Leve 140-159 mmHg 90-99 mmHg
Moderada 160-179 mmHg 100-109 mmHg
Grave 180+ mmHg 110+ mmHg
FISIOPATOLOGIA
Fatores determinantes: PA = DC x RP
DC = volume sistólico (pré e pós-carga), contratilidade (FC – SNA e catecolaminas
circulantes).
RP = volume e viscosidade do sangue, diâmetro do vaso (peptídeos vasoativos e
catecolaminas circulantes).
FARMACOLOGIA
Objetivo: reduzir o risco cardiovascular.
Classes de anti-hipertensivos
1. Diuréticos:
Uso clínico:
Síndromes edematosas: ICC, síndrome nefrótica, hiperaldosteronismo
primário (Síndrome de Conn) e secundário a cirrose hepática, edema periférico
idiopático e edema agudo de pulmão.
Síndromes não-edematosas: HAS, acidose tubular renal, hipercalcemia
idiopática, hipercalcemia, diabetes insípido
a) Tiazídicos: Hidroclorotiazida, Clortaridona, Indapamida
Os mais comumente prescritos, principalmente para hipertensão crônica.
Posologia: 1x dia.
Mecanismo de ação: ligam-se ao ponto do Cl- do sistema de cotransporte
tubular distal de Na/Cl inibição do transportador natriuerese.
Efeito farmacológico: diminuição do volume inicialmente, vasodilatação
tardia.
i. Início do tratamento: aumento RVP, redução V e redução PA.
ii. Semanas: relativa estabilidade de RVP, aumento ligeiro do V e
estabilidade de PAS.
iii. Meses: redução e estabilidade da RVP (valor menor que inicial),
estabilidade V (valor ligeiramente menor que inicial) e estabilidade
PAS (menor que inicial).
Conclusão: contração do volume sanguíneo secreção de renina
formação de angiotensina e secreção de aldosterona retenção de
volume e atenuação do efeito. Logo, o efeito anti-hipertensivo
máximo é obtido com doses mais bases do que as necessárias para
efeito diurético máximo.
Vantagem: poucos efeitos colaterais.
Desvantagem: frequentemente deve ser combinado.
Uso terapêutico: Hipertensão Arterial Moderada, IC leve, edema periférico
grave, diabetes insipido nefrogênico* PA normaliza-se após 2 meses com 1
dose/dia de 12,5 mg.
*Diabetes: redução do volume urinário.
b) De alça: Furosemida, Bumetamida, Ácido Etacrínico
Posologia: 2-3x dia.
Uso terapêutico: hipertensão maligna (diuréticos mais potentes), doença
renal crônica avançada, edema agudo de pulmão, ICC, cirrose hepática
complicada por ascite, síndrome nefropática, tratamento da hipercalemia após
reposição de volume plasmático.
Mecanismo de ação: inibição do transportador Na-K-2Cl na alça de Henle
aumento da oferta de Na+ ao néfron distal
Efeitos farmacológicos: maior excreção de Na, vasodilatação e diminuição
da responsividade vascular a vasoconstritores
Efeitos adversos: perda de Cl- aumento da concentração de HCO3
alcalose metabólica, gota (↓ excreção ácido úrico), hipocalemia.
Vantagem: eficácia maior na excreção de Na.
Conclusão:
Ação central alfametildopa e Clonidina
RP Prazosina, Nifedipina, Enalapril, Losartan e Hidralazina
DC Propanolol e Timolol
Fluxo renal Hidroclorotiazida.
ANTI-ANGINOSOS E CHOQUE
ANGINA
Definição: desconforto subesternal compressivo e pesado. Fisiologicamente, um
desequilíbrio entre a oferta (fluxo sanguíneo coronariano) e consumo (frequência,
contratilidade e pressão do VE) de oxigênio = sintoma de episódio de isquemia do
miocárdio.
Classificação:
i. Estável: desaparece com interrupção do esforço físico.
ii. Instável: ocorre em repouso ou com esforço mínimo.
iii. Variante: episódios repetitivos ou intermitentes em repouso e nas horas
iniciais da manhã.
Etiologia e fisiopatologia:
Estenose aterosclerótica da coronária redução da oferta de O2, por redução de fluxo
coronáriano (associada à diástole). Processo progressivo de lesão da camada íntima,
com rotura consequente.
Estenose aórtica e hipertensão arterial aumento do consumo de O2 por
contratilidade, frequência e pressão VE (hipertrofia do miocárdio).
FÁRMACOS ANTIANGINOSOS
Aumentam oferta de O2 por dilatação coronária e reduzem consumo de O2 por redução
de trabalho cardíaco.
1. Vasodilatadores ou nitrovasodilatadores:
Nitratos orgânicos: Nitrito de amila, Trinitrito de gliceril
(Nitroglicerina), Dinitrito de Isossorbida
Mecanismo de ação: NOSe ativa converte L-arginina a NO e citrulina. NO
ativa sGC que converte GTP em GMPc, ativando quinase que reduz Ca
intracelular no músculo liso vascular, promovendo vasodilatação.
Efeito farmacológico: dilatam artérias e veias (↓ pré e pós-carga), reduzindo o
trabalho cardíaco (consumo de O2).
Uso terapêutico: logo após episódio de angina pectoris por administração
sublingual, aliviando o desconforto; uso contínuo reduz episódios de angina.
Contraindicações: hipotensão, paciente em uso de viagra, cefaleia.
o Novo: Molsidomina (tempo maior de ação)
4. Anti-coagulantes e trombolíticos
Heparina: liga-se a antitrombina III, a qual inibe fatores de coagulação.
Varfarina: inibe enzima vitamina K-redutase, a qual ativaria vitamina K (ativa
fatores de coagulação).
Estreptoquinase: estimula conversão de plasminogênio em plasmina (ativa
fibrinólise)
Trombolíticos (Aspirina): inibe COX-1, que promoveria agregação
plaquetária em plaquetas; estimula maior produção de prostaciclinas, que gera
vasodilatação e inibe agregação plaquetária. Deve ser usado com cautela em
pacientes que já sofreram cirurgia (risco de hemorragia).
Observações (pesquisas):
o Pacientes que sofrem de angina e que sofreram infarto do miocárdio
apresentam maiores níveis de fatores pró-agregantes (fibrinogênio, fator
VII, tromboxano, serotonina) do que anti-coagulantes (proteína C)
o Grupo tratado com heparina apresentou maior mortalidade comparado ao
grupo estroptoquinase;
o Combinação aspirina + estreptoquinase revelou vantagem.
ANTIANÊMICOS
ANEMIA
1. Diminuição da massa de glóbulos vermelhos com redução da oferta de oxigênio
aos tecidos.
2. Diagnóstico: valores de hemoglobina e hematócrito.
3. Classificação
MORFOLÓGICA
Normocrômica Hipocrômica
Macrocítica o Déficit de B12 ou
ácido fólico = Anemia
megaloblástica
o Hepatopatias
Normocítica Perda aguda de sangue
Microcítica o Anemia ferropriva
o Talassemia
o Saturnismo
FISIOPATOLÓGICA
a) Perda aguda de sangue (trauma, ulceração da parede vascular, menstruação):
normocítica normocrômica
b) Perda crônica de sangue: microcítica hipocrômica
c) Diminuição na produção de eritrócitos
Alteração na síntese de Hb: hipocrômica (ferropriva)
Alteração na síntese de DNA: macrocítica (↓ fatores de maturação do
eritroblasto - ácido fólico e vitamina B12.
Alterações na célula-mãe.
d) Aumento da degradação dos eritrócitos: Hb alterada.
4. Tratamento
1) Anemia por perda aguda/crônica de sangue
i) Transfusão de sangue ou hemococnentrado.
ii) Estancar perda sanguínea.
iii) Uso de sulfato ferroso na anemia hipocrômica.
(a) Acima de 2g/dia não tolerado (náusea, dor epigástrica, diarreia,
dor abdominal)
(b) Tratamento prolongado (4-6 meses)
(c) Intolerância ou emergência: fazer injeção intramuscular profunda.
FÁRMACOS ANTIVIRAIS
Objetivo: inibir seletivamente eventos específicos do ciclo de vida viral, sem afetar a
célula hospedeira.
1) Inibidores de entrada (Enfuvirtida e maraviroc)
2) Inbidores de desnudamento (Amantadina e rimantadina)
3) Inibidores da síntese de ácidos nucleicos
i) Anti-herpesvirus (Aciclovir, Ganciclovir)
ii) Antirretrovirais (Zidovudina, Lamivudina, Efavirenz, Nevirapina)
4) Inibidores da maturação viral
i) Inibidores da protease (Ritonavir, Saquinavir)
5) Inibidores da liberação viral
i) Inibidores da neuramidinase (Zanamivir e Oseltamivir)
Terapia anti-HIV
i) Inibidores nucleosídicos/nucleotídicos da transcriptase reversa
a) Primeira classe de antirretrovirais aprovada para uso clínico.
b) Mecanismo de ação: inibidores competitivos da transcriptase
c) reversa do HIV, atuando como falsos substratos.
o Atividade depende de: entrada na célula infectada e fosforilação a
metabólitos 5'-trifosfatos.
o Alongamento da fita de DNA viral é interrompido = resistência
viral???
d) Destaques
o Análogos de pirimidinas: Zidovudina, Zalcitabina, Stavudina,
Lamivudina
o Análogos de purinas: Didanosina, Abacavir, Tenofovir
e) Farmacologia clínica
o Ativos contra HIV-1 e 2, administrado por via oral.
o Presentes em quase todas as terapias antirretrovirais combinadas.
o Eliminação lenta = administração 1-2x/dia.
o AZT ITNR de escolha para prevenção da transmissão vertical do
HIV mãe/filho e para a exposição ocupacional ao vírus.
f) Efeitos adversos: inibição da DNA polimerase mitocondrial (anemia,
granulocitopenia, neuropatia periférica e pancreatite), hiperpigmentação
de pele e unhas, náuseas, dor de cabeça, flatulência, elevação dos níveis
séricos de transaminases hepáticas, anorexia e insônia
HERPESVIRUS
Destaques
Herpesvirus simples: conjuntivite; ulcerações mucosas; doenças na genitália;
lábios e pele; encefalite (grave).
Citomegalovirus: retinite, esofagite, meningite, pneumonia.
Vírus varicela-zoster: catapora, herpes zoster.
Fármacos
a) Geralmente: análogos de nucleosídeos naturais:
Penciclovir, Ganciclovi, Aciclovir
Pró-fármacos: Valaciclovir, Fanciclovir, Valganciclovir
Idoxuridina, trifluridina, cidofovir
Aciclovir
o Mecanismo de ação: bloqueio do alongamento da vita de DNA por
inibição da DNA polimerase viral. Depende da entrada na célula
infectada e fosforilação ao metabólito 5'trifosfato pela timidina
quinase viral.
Resistência viral: inibição da expressão da timidina quinase
viral, redução da afinidade da timidina quinase viral pelo
aciclovir, mutações na DNA polimerase viral.
b) Farmacocinética: administração via oral, tópica ou IV.
c) Uso terapêutico: tratamento e/ou profilaxia de infecções locais ou
sistêmicas por herpesvirus em pacientes com função imunológica normal ou
suprimida.
d) Efeitos adversos: toxicidade renal e SNC (Aciclovir, principalmente por
via parenteral); mielossupressão, neurotoxicidade e alterações da função
hepática (Ganciclovir).
VIRUS INFLUENZA
QUIMIOTERAPIA ANTIMICROBIANA
Quimioterápicos: substância química definida que, introduzida no organismo,
age de modo seletivo sobre o causador da infecção, comportando-se de forma
mais inócua possível para o organismo afetado.
Antimicrobiano: substância capaz de destruir microorganismos ou de suprimir
sua multiplicação ou crescimento.
Antibióticos: quimioterápico produzido por organismos (microorganismos,
vegetais superiores ou animais) ou cuja porção fundamental da molécula tenha
sido obtida a partir de produtos de organismos vivos. É um tipo de
quimioterápico.
o Quimioterápico “não-antibiótico”, ou seja, não produzido por organismo
vivo: as sulfas (Bactrim).
o Bacteriostático: previnem o crescimento e replicação de bactérias
o Bactericida: matam as bactérias
Princípio do tratamento – TOXICIDADE SELETIVA segundo diferenças
estruturais e bioquímicas. Exemplo: penicilina atua na parede da célula bacteriana –
componente ausente nos eucariontes.
o Gram POSITIVA: parede polar, recoberda por ácido teicoico e ribonucleato de
magnésio.
o Gram NEGATIVA: membrana externa de lipoproteínas ligadas ao
peptidioglicano, canais repletos de água.
o Mais quantitativa do que qualitativa – a quantidade de fármaco é insuficiente
para promover a inibição da mesma enzima no eucarionte.
4. Formas de tratamento
a. Empírico (amplo espectro): patógeno desconhecido, manifestações
clínicas sugestivas, coloração Gram
b. Definitivo (espectro restrito e toxicidade baixa): microorganismo
identificado.
c. Profilaxia: evitar infecções em produtos de origem animal (ovo, carne,
leite).
7. Resistência bacteriana
a. Aquisição: mutação e seleção (eventos randômicos) ou por transferência
horizontal de genes (elementos genéticos móveis/plasmídios) e
conjugação/pelos sexuais ou pontes).
b. Fármaco não atinge o alvo: membrana externa das bactérias gram
negativas (administração de medicamento para gram positivas); porinas
(ausência, mutação ou perda de uma porina específica); bombas de
efluxo de fármacos (fator de virulência).
c. Inativação do fármaco: ação de enzimas (beta-lactamases)
d. Alteração do alvo: modificações do alvo ou aquisição de uma forma
resistente ao alvo suscetível (exemplo: alteração da proteína de ligação a
penicilina ou proteção ribossômica).
ANTIBIÓTICOS
1. Interferência no metabolismo do ácido nucleico
a) Inibidores do metabolismo de folato:
NÃO É UM ANTIBIÓTICO porque não provém de outro
organismo.
Ácido fólico: vitamina que participa de diversas reações
enzimáticas envolvendo a transferência de unidades de um
carbono, as quais são essenciais para a síntese de DNA, RNA e
alguns nucleotídeos. Estrutura contém sistema de anel de
pteridina, ácido para-aminobenzoico (PABA) e aminoácido
glutamato.
o Bactérias são incapazes de aproveitar o ácido fólico
exógeno – precisam sintetizá-lo.
o Síntese: ácido para-aminobenzoico (PABA) dihidropteroato sintase
>
ácido di-hidrofólico (ácido fólico) di-hidrofolato redutase ácido
tetra-hidrofólico (útil para o organismo) purinas,
timidinas, metioninas (DNA e RNA)
Sulfonamidas
Mecanismo de ação: análogos do PABA, inibindo a ação da
enzima di-hidropteroato sintetase.
Farmacocinética: via de administração oral; distribuição por
todos os tecidos e fluidos do organismo; biotransformação
hepática; excreção renal (filtração glomerular).
Efeitos colaterais: reações alérgicas (hipersensibilidade),
alterações nos componentes do sangue (diminuição), aparelho
urinário (deposição em cristais).
o Reações adversas: cristalúria, Síndrome de Stevens-
Johnson, kernicterius, distúrbios hematopoiéticos (anemia
aplástica, anemia hemolítica, agranulocitose,
metemoglobinemia)
Interações medicamentosas: anticoagulantes (Warfarim),
hipoglicemiantes (Tolbutamida), anticonvulsivantes
(Hidantoína).
↓ Efeito farmacológico: pus e produtos de degradação tecidual
(Timidina e Purina), anestésicos locais (procaína), resistência.
Mecanismos de resistência virais: alteração enzimática,
diminuição da captação, destruição (inativação do fármaco),
aumento da síntese de PABA
Usos clínicos: DII (Sulfasalazina), profilaxia da febre reumática
(Sulfisoxazol), infecções oftálmicas (Sulfacetamida),
queimaduras infectadas (Sulfadiazina de Ag)
Classificação
o Grau de absorção
a. Curta duração: absorvidos e eliminados
rapidamente.
b. Ação longa e ultralonga: absorvidas
rapidamente, eliminadas lentamente. Ex:
Sulfadoxina.
c. Mal absorvidos: absorvidas e eliminadas
lentamente. Ex: Sulfas intestinais
o Substituições
a. N1-derivados: mais ativos, mais solúveis e de uso
sistêmico (ação rápida): Sulfacetamida (TU),
Sulfapiridina (pneumonia), Sulfadiazina
(meningite).
b. N4-derivados: menos ativos, praticamente
abandonados. Se houver substituição – o composto
não tem ação. Exemplo: Prontosil.
c. N1-N4-derivados: compostos pouco solúveis,
praticamente inabsorvíveis quando administrados
por via oral, desenvolvidos para produzirem
efeitos gastrintestinais (D.I.I). Exemplo: “sulfas
intestinais”. Sulfalazina, Sulfapiridina, 5-
aminosalicilato
Trimetroprima, Pirimetamina (“anti-folínicos)
o Mecanismo de ação: inibe a di-hidrofolatoredutase,
sendo seletiva para a enzima bacteriana (100.000x).
o Amplo espectro.
o Terapia combinada: Cotrimoxazol = sulfametoxazol e
trimetoprima (previne o aparecimento de resistência).
Possuem perfis farmacocinéticos relacionados.
o Efeitos adversos: reações de hipersensibilidade,
anemia megaloblástica, trombocitopenia
Usos terapêuticos: infecções de vias urinárias, infecções respiratórias
(Nocardia), Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (associação co-
trimoxazol), infecções respiratórias, infecções gastrintestinais, infecções
na próstata e TU,
QUINOLONAS
1. Relação com íons metálicos.
2. Espectro de ação: G- > G+. Muitos atuam sob Pseudomonas aeruginosa.
3. Mecanismo de ação: inibem as DNA-girase e a topoisomerase IV (reduzem a
tensão do DNA, abrindo a fita para transcrição).
4. Absorção comprometida por: antiácidos a base de Al e Mg.
ANTIHELMÍNTICOS
HELMINTOS DE INTERESSE MÉDICO
Nematelmintos: Ascaris lumbricoides (↑), Ancylostoma duodenalis (↑), Ancylostoma
braziliensis, Necator americanus, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis,
Strongyloidis stercoralis
Filárias: Wuchereria bancrofti, Onchocerca volvulus
Platelmintos
Cestódeos (hermafroditas): Taenia solium, Taenia saginata, Hymenoleps
nana, Ecchinoccocus granulosis
Trematódeos: Schistosoma sp.
ANTINEOPLÁSICOS
Epidemiologia:
Principais tumores no Brasil.
Homens: próstata, árvore brônquica, cólon e reto.
Mulheres: mama, cólon e reto, colo do útero.]
14 milhões de casos novos/ano; 8,2 milhões de mortes em 2012.
Câncer
a) Definição: doença caracterizada pela multiplicação e disseminação
descontroladas de formas anômalas de células do próprio corpo.
b) Gênese: ativação de proto-oncogenes a oncogenes; inativação de genes de
supressão de tumor; ambientes + fatores epigenéticos.
c) Características
i. Proliferação descontrolada: ativação de oncogenes ou inativação de
genes de supressão tumoral; resistência à apoptose; angiogênese do
tumor.
ii. Desdiferenciação e perda de função.
iii. Invasividade: fatores de sobrevida específicos do tecido.
iv. Metástase.
d) Terapias clássicas.
i. Cirurgia
ii. Radioterapia
iii. Quimioterapia ou terapia com fármacos.
CLASSES DE QUIMIOTERÁPICOS
1) Agentes alquilantes
a) Mostardas nitrogenadas (Ciclofosfamida) ou derivados de platina
(Cisplatina)
o Mecanismo de ação: alquilam ou intercalam-se por ligação cruzada com
nucleotídeos do DNA de dupla hélice dupla fita torna-se incapaz de se
abrir para duplicação gênica células não podem mais se dividir.
FÁRMACO Efeito adverso Considerações
Mostardas nitrogenadas
Ciclofosfamida Náuseas e vômitos Atenuados com ↑
(acroleína) ingestão de
Ifosfamida – V.O Depressão da líquidos e
medula óssea. doadores de
- I.V Cistite hemorrágica sulfidrila
- I.M (acetilcisteína).
Mefalana (V.O) Depressão da Náusea (raro).
medula óssea
Clorambucil Depressão da 10-14 dias após
(V.O) medula óssea e início do
cistite hemorrágica tratamento.
Recuperação após
21-28 dias.
Nitrosoureias
Iomustina Náusea e vômitos Lipossolúveis –
Carmustina Depressão de atravessam BHE.
medula óssea
Derivados da platina
Cisplatina Nefrotóxica. Esquemas de
Supostamente: produção de hidratação e
radicais livres e consequente
apoptose nas células diurese.
tubulares.
2) Antimetabólitos
a) Interferem na formação de moléculas chave incluindo nucleotídeos,
bloqueando a síntese de DNA e RNA.
b) Análogos de ácido fólico:
(a) Metotrexato.
o Mecanismo de ação: liga-se a DHFR (diidrofolato
redutase) ???
o Farmacocinética: administração por v.o, i.m, i.v e intratecal.
o Efeitos adversos: depressão da medula óssea e lesão do
epitélio ao TGI, nefrotoxicidade (altas doses).
o Considerações: captado por células tumorais. Metabólito é
ativo e permanece por semanas mesmo após a interrupção da
administração.
c) Análogos de nucleosídeos: apresentam estrutura semelhante a um
nucleotídeo, competindo com esse e interferindo na síntese de DNA.
(a) 5-Fluorouracila
o Mecanismo de ação:
o Farmacocinética: administração por i.m e i.v
o Efeitos indesejáveis: lesão do epitélio do TGI e
mielotoxicidade – podem ocorrer distúrbios cerebelares.
(b) Citarabina
o Mecanismo de ação:
o Efeitos indesejáveis: depressão da medula óssea e lesão do
epitélio TGI (náuseas e vômitos).
(c) Gencitabina
o Mecanismo de ação:
o Efeitos indesejáveis: lesão do epitélio do TGI menos intensa
e menor mielotoxicidade.
(d) Análogos de purinas: Tiopurina (Mercaptopurina e
Tioguanina), Cladribina, Fludarabina.
o Efeitos indesejáveis: mielossupressores.