Você está na página 1de 30

SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Histologia da pele....................................................... 3
3. Estrutura da derme..................................................10
4. Hipoderme...................................................................18
5. Anexos cutâneos......................................................19
6. Principais funções da pele.....................................26
Referências bibliográficas .........................................29
ESTRUTURA DA PELE 3

1. INTRODUÇÃO 2. HISTOLOGIA DA PELE


A pele é um dos maiores órgãos, A pele que recobre a superfície do
chegando a alcançar cerca de 15% corpo é constituída por uma porção
do peso corporal. Essencialmente epitelial, de origem ectodérmica, a
dinâmica, ela apresenta constantes epiderme, e uma porção conjuntiva
alterações, sendo dotada de gran- de origem mesodérmica, a derme.
de capacidade renovadora e de re- A epiderme, porção mais externa da
paração e também de um certo grau pele, apresenta-se em espessura fina
de impermeabilidade. Além disso, a e espessura espessa. A pele espessa
pele desempenha múltiplas funções, é encontrada na palma das mãos, na
como a conservação da homeostasia planta dos pés e em algumas articu-
por meio da termorregulação, do con- lações. O restante do corpo é prote-
trole hemodinâmico, e da produção e gido por pele fina. Existe, ainda, uma
excreção de metabólitos, realizando camada de tecido conjuntivo que une
também função sensorial e de prote- de maneira pouco firme a derme, por-
ção do organismo contra a desidrata- ção intermediária da pele, aos órgãos
ção e do atrito. subjacentes denominada hipoderme
(porção mais profunda da pele).

Epiderme

Derme

Hipoderme

Figura 1. Porções da pele


ESTRUTURA DA PELE 4

Camada Córnea
1
2
Camada Granulosa

3
Camada Espinhosa

Camada Basal
4
DERME
(Germinativa)
Figura 2. Corte histológico das porções da pele. Fonte: AZULAY, 2017.

A epiderme é um tecido epitelial es- 1,5 mm e apresenta cinco camadas:


tratificado, com variações estruturais basal, espinhosa, granulosa, lúcida e
e funcionais significativas depen- córnea.
dendo da localização anatômica. É A camada basal é formada por célu-
constituída por um sistema ceratino- las prismáticas ou cuboides, basófilas,
cítico, composto por células epiteliais que repousam sobre a membrana ba-
denominadas queratinócitos e por sal que separa a epiderme da derme.
um sistema melânico, formado pelos A membrana basal é constituída por
melanócitos. Além disso, células de uma fina membrana de mucopolissa-
Langerhans, com função imunoló- carídeos neutros, que não são visíveis
gica, células de Merkel, integradas à microcopia óptica comum. Nessa
ao sistema nervoso, e células den- região, é possível observar a zona da
dríticas indeterminadas, com fun- membrana basal ou junção dermo-
ção mal definida, também integram a epidérmica, que forma um arranjo ar-
epiderme. quitetônico irregular no qual a derme
A espessura e a arquitetura da epi- tem projeções que se encaixam em
derme variam de acordo o local estu- reentrâncias da epiderme, forman-
dado, sendo mais espessa e comple- do assim as papilas dérmicas e as
xa na palma das mãos, na planta dos cristas epidérmicas respectivamen-
pés e em algumas articulações. Nes- te. A camada basal é essencialmen-
sas regiões, a espessura chega até te germinativa, originando as demais
ESTRUTURA DA PELE 5

camadas da epiderme por meio de vida intrauterina. Os melanócitos pos-


progressiva diferenciação celular. Por suem o citoplasma globoso, de onde
esse motivo, observa-se, sempre, partem prolongamentos que pene-
nesse estrato, intensa atividade mitó- tram às reentrâncias das células das
tica. Na camada basal normal, existe camadas basal e espinhosa e transfe-
uma única fileira de queratinócitos rem os grânulos de melanina para as
justapostos, a maioria com capacida- células dessas camadas. Ocasionais
de de multiplicação, que apresentam células de Langerhans e células de
morfologia colunar, citoplasma basó- Merkel também podem ser encontra-
filo e núcleo grande e oval. Além dos das entremeadas aos queratinócitos
queratinócitos, também são encontra- basais. As células de Merkel são co-
dos, nessa camada, os melanócitos, nectadas aos queratinócitos por des-
que são células que se originam das mossomos, mas os melanócitos e as
cristas neurais do embrião e invadem células de Langerhans não possuem
a pele entre a 12ª e 14ª semana de esses contatos especializados.

Figura 3. Camadas da pele. Fonte: STANDRING, S. Gray’s anatomia, 2010


ESTRUTURA DA PELE 6

Figura 4. Células de Langerhans e Melanócitos na camada basal imunomarcados. Fonte: STANDRING, S. Gray’s
anatomia, 2010

CONCEITO! As célula de Langerhans


CONCEITO! Desmossomo é uma mo- são um dos principais componentes do
dificação da superfície celular, cálcio- sistema imunológico da pele, sendo res-
-dependente, responsável pela adesão ponsável pelo reconhecimento, pela in-
intercelular. Está presente entre os que- ternalização, pelo processamento e pela
ratinócitos de toda a epiderme e é for- apresentação de antígenos solúveis e
mado por uma placa desmossômica na haptenos presentes na epiderme Essas
parte interna da membrana celular com- células, originadas na medula óssea,
posta por seis polipeptídeos: placoglobi- correspondem a 2 a 8% das células epi-
na, desmoplaquinas I e II, desmioquina, dérmicas e distribui-se da camada basal
proteína de banda 6 e a ceratocalmina. à granulosa, tendo preferência pela po-
sição suprabasal.
As células de Merkel, aparentemente
derivadas de uma célula-tronco epidér-
mica, localizam-se entre células basais,
às quais estão aderidas por desmosso-
mos. Funcionam como um tipo de me-
canorreceptor de adaptação lenta em lo-
cais de sensibilidade tátil. Elas parecem
ser estimuladas pela deformação dos
queratinócitos adjacentes provocada
por contatos externos.
ESTRUTURA DA PELE 7

A camada espinhosa (ou de Malpi- deixaram a camada basal rumo à su-


ghi) é formada por células cuboides perfície. Nesse estrato, essas células
ou ligeiramente achatadas, de núcleo são numerosas e dispostas em várias
central, citoplasma com curtas expan- fileiras. Ao progredirem na sua migra-
sões que contém filamentos de que- ção, os queratinócitos se achatam e
ratina denominados tonofilamentos. tornam-se cada vez mais acidófilos.
Essas expansões citoplasmáticas se Os filamentos de queratina e os des-
aproximam e se mantêm unidas com mossomos têm importante papel na
as das células adjacentes por meio manutenção da coesão entre as cé-
de desmossomos, o que confere um lulas da epiderme e na resistência ao
aspecto espinhoso. Essa arquitetura atrito. Ainda existem na camada es-
é resultado de importantes modifi- pinhosa células tronco dos querati-
cações morfológicas e histoquími- nócitos e mitoses, embora em menor
cas que os queratinócitos sofrem ao número.

Figura 5. Pele – camada espinhosa da epiderme. N = núcleos de queratinócitos da espinhosa; setas = desmossomos;
t = tonofilamentos citoplasmáticos; * = espaço intercelular. Fonte: AZULAY, 2017.
ESTRUTURA DA PELE 8

glicosilceramidas e colesterol em seu


interior. A partir de sua fusão com a
membrana plasmática, os grânulos
lamelares expulsam seu conteúdo
para o espaço intercelular da camada
granulosa, onde seu material lipídico
se deposita, contribuindo para a for-
mação de uma barreira contra a pe-
netração de substâncias e tornando a
pele impermeável à água, impedindo
a desidratação do organismo.
Figura 6. Partes intercelulares dos desmossomos (se- A camada lúcida, mais evidente na
tas). Fonte: AZULAY, 2017. pele espessa, é formada por uma del-
gada camada de células achatadas,
eosinófilas e translúcidas, cujos núcle-
A camada granulosa possui ape-
os e organelas citoplasmáticas foram
nas 3 a 5 fileiras de células poligo-
digeridos por enzimas lisossomais. O
nais achatadas, com núcleo central
citoplasma apresenta numerosos fila-
e citoplasma carregado de grânulos
mentos de queratina, compactados e
basófilos chamados de grânulos de
envolvidos por material eletro-denso.
querato-hialina, que não são envol-
vidos por membrana. Essa camada Mais superficialmente, a camada cór-
é caracterizada por grande atividade nea tem espessura muito variável,
metabólica, a qual tem o objetivo de sendo constituída por células acha-
sintetizar elementos necessários ao tadas, mortas e sem núcleo. O cito-
processo final de cornificação, que re- plasma dessas células apresenta-se
sulta no surgimento da camada cór- repleto de queratina. Ainda são en-
nea. Os elementos sintetizados são contrados, nessa camada, os tonofi-
armazenados, em grande quantidade, lamentos, que se aglutinam junto com
na sua forma pré-ativa, no interior e uma matriz formada pelos grânulos
fora de organelas. Além dos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa de
de querato-hialina sintetizados, tam- diferenciação, os queratinócitos estão
bém são encontrados grânulos la- transformados em placas sem vida e
melares, que contêm discos lamela- descamam continuamente.
res formados por bicamadas lipídicas
envoltos por membranas. Morfologi-
camente, esses grânulos são seme-
lhantes a lipossomos, contendo glico-
proteínas, ácidos graxos, fosfolipídios,
ESTRUTURA DA PELE 9

Figura 7. Camadas da epiderme : G: camada granulosa; L: camada lúcida; C: camada córnea. Fonte: STANDRING, S.
Gray’s anatomia, 2010

Figura 8. Placas de queratinócitos. Fonte: STANDRING, S. Gray’s anatomia, 2010


ESTRUTURA DA PELE 10

MAPA MENTAL – CAMADAS DA EPIDERME

CÉL. DE LANGERHANS

QUERATINÓCITOS

CEL. DE MERKEL
CAMADA
BASAL
JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA

QUERATINÓCITOS

MELANÓCITOS

CAMADA
TONOFILAMENTOS
ESPINHOSA
EPIDERME

GRÂNULOS DE QUERATO-HIALINA
CAMADA
GRANULOSA
GRÂNULOS LAMELARES

CAMADA
CÉLULAS ACHATADAS/TRANSLÚCIDAS
LÚCIDA

CÉLULAS ACHATADAS/MORTAS
CAMADA
CÓRNEA
PLACAS DE QUERATINÓCITOS

3. ESTRUTURA DA DERME indiferenciadas e células de origem


sanguínea, como leucócitos, plasmó-
A derme é uma camada de tecido
citos e dendrócitos dérmicos.
conjuntivo composta por um siste-
ma integrado de estruturas fibrosas, A derme apresenta espessura variá-
filamentosas e amorfas, na qual são vel de acordo com a região observada,
acomodados vasos, nervos e anexos alcançando um máximo de 3 mm na
epidérmicos Nela encontra-se, ainda, planta do pé. Sua superfície externa
células próprias, fibroblastos, histióci- é irregular, sendo observadas saliên-
tos, mastócitos, células mesenquimais cias denominadas papilas dérmicas,
ESTRUTURA DA PELE 11

que acompanham as reentrâncias é delgada, constituída por tecido con-


correspondentes da epiderme (cris- juntivo frouxo que forma as papilas
tas epidérmicas). As papilas, mais dérmicas. Nessa camada, há fibrilas
frequentes em zonas sujeitas a pres- especiais de colágeno, que se inse-
sões e atritos, aumentam a área da rem por um lado da membrana basal e
derme com a epiderme, reforçando a pelo outro penetram profundamente a
união entre essas duas camadas. derme. Essas fibrilas contribuem para
A derme é constituída por duas ca- prender a derme à epiderme. A derme
madas de limites pouco distintos. A perianexial é estruturalmente idêntica
camada mais superficial e chamada à derme papilar, dispondo-se, porém,
de derme papilar e a camada mais em torno dos anexos. A derme reticu-
profunda é denominada derme reti- lar, por sua vez, é mais espessa, cons-
cular. Alguns autores ainda referem à tituída por tecido conjuntivo denso. É
existência de uma terceira camada: a composta por feixes colágenos mais
derme perianexial. A derme papilar espessos dispostos paralelamente a
epiderme em sua maior parte.

Figura 9A. Camadas da epiderme e da derme. Figura 9B. Camada reticular da derme, constituída
por tecido conjuntivo denso com feixes grossos de
fibras de colágeno tipo I.
Fonte: JUNQUEIRA; 2017.
ESTRUTURA DA PELE 12

Inervação são amielínicos e colinérgicos ao iner-


varem as glândulas sudoríparas écri-
A pele é ricamente inervada, possuin-
nas, mas adrenérgicos e colinérgicos
do milhões de terminações nervosas
quando inervam o músculo eretor do
sensoriais livres que possibilitam a
pelo.
identificação de diferentes estímulos
do ambiente, além de fibras simpá- Alguns terminais nervosos espe-
ticas autonômicas responsáveis pela cíficos merecem destaque quando
inervação das glândulas sudoríparas, se fala em inervação da pele. Nes-
dos músculos lisos dos vasos sanguí- se sentido, os corpúsculos nervosos
neos e do músculo eretor do pelo. A ganham destaque, sendo estruturas
distribuição dos nervos segue a dos sensoriais organizadas.
vasos sanguíneos, com um plexo O corpúsculo de Vater-Pacini locali-
profundo e outro superficial. Todos za-se especialmente nas regiões pal-
os nervos são oriundos da medula mo-plantares e são específicos para
espinhal e são mistos, formados por a sensibilidade à pressão. São estru-
fibras sensoriais que procedem das turas grandes, de até 0,5 mm de diâ-
raízes dorsais e por fibras simpáticas metro, de formas variáveis, esféricas
provenientes dos gânglios simpáti- ou irregulares, compostos por uma
cos. Os nervos sensitivos são mielíni- porção cortical, formadas por lâminas
cos e terminam em delicadas arbori- concêntricas de tecido fibroso e por
zações na papila dérmica ou em torno um nervo mielínico, que cruza a es-
dos anexos e, por vezes, faz cone- trutura pelo polo inferior, terminando
xões diretas com a célula de Mérkel. em numerosas ramificações no polo
Os nervos autonômicos simpáticos superior.
ESTRUTURA DA PELE 13

Figura 10A. Corpúsculo de Vater-Pacini. Fonte: Henry Figura 10B. Corpúsculo de Vater-Pacini. Região central
Gray, Anatomy of the Human Body formada por uma porção interna (PI) e externa (PE),
assim como por uma cápsula (Ca) que circunda toda
a região central. A porção interna reveste uma fibra
nervosa aferente (FN), que perde sua bainha de mielina
logo após entrar no corpúsculo. É fácil reconhecer os
corpúsculos de Pacini em secções, pois lembram uma
cebola cortada. Observe um músculo eretor de pelo
(Mep) e perfis de ductos (d) de uma glândula sudorípara
próximos, mas não associados ao corpúsculo de Pacini.
Fonte: Gartner, 2014.

O corpúsculo de Meissner situa-se cônicas de maior eixo perpendicular


nas mãos e nos pés, especialmen- à superfície epidérmica, constituídos
te nas polpas dos dedos, ao nível da por uma cápsula conjuntiva e por cé-
derme papilar. São específicos para lulas nervosas.
sensibilidade tátil. São estruturas
ESTRUTURA DA PELE 14

Figura 11A. Corpúsculo de Meissner. Fonte: Henry Figura 11B. Corpúsculo de Meissner. Região central
Gray, Anatomy of the Human Body formada por uma porção interna (PI) e externa (PE),
assim como por uma cápsula (Ca) que circunda toda
a região central. A porção interna reveste uma fibra
nervosa aferente (FN), que perde sua bainha de mielina
logo após entrar no corpúsculo. É fácil reconhecer os
corpúsculos de Pacini em secções, pois lembram uma
cebola cortada. Observe um músculo eretor de pelo
(Mep) e perfis de ductos (d) de uma glândula sudorípara
próximos, mas não associados ao corpúsculo de Pacini.
Fonte: Gartner, 2014.

Os corpúsculos de Krause são ter- Os corpúsculos de Ruffini são for-


minais nervosos mucocutâneos des- mados por fibras nervosas que se ra-
tinados à percepção da sensibilidade mificam, permeando o colágeno, e se
ao frio. Ocorrem nas áreas de tran- relacionam à sensibilidade térmica.
sição entre pele e mucosas. Encon- Existem também, os Meniscos de
tram-se, principalmente, na glande, Merkel-Ranvier, que são plexos
no prepúcio, no clitóris, nos lábios vul- terminais de nervos de posição su-
vares e, em menor quantidade, no lá- bepidérmica, localizados especial-
bio, na língua, nas pálpebras e na pele mente nas polpas dos dedos. Outra
perianal.
ESTRUTURA DA PELE 15

estrutura nervosa com funções táteis chamado de subpapilar, situa-se en-


é o disco pilar, estrutura discoide rica tre a derme papilar e a reticular e dá
em células de Merkel, de localização origem aos capilares das papilas dér-
dermoepidérmica nas proximidades micas. Em determinadas áreas, tais
de folículos pilosos. como sulcos e leito ungueal, orelhas e
centro da face, são encontrados cor-
pos vasculomusculares denominados
Vascularização glômus. Essas estruturas, ligadas
A rica vascularização sanguínea da funcionalmente à regulação térmica,
pele supera o necessário ao seu su- são anastomoses diretas entre arte-
primento metabólico. Isso ocorre por ríola e vênula, que atuam para manu-
que a circulação cutânea tem uma im- tenção da homeostase.
portante função de termorregulação A rede linfática inicia-se nos capilares
e é arranjada de tal maneira que sua linfáticos com fundo cego, presentes
capacidade pode ser aumentada ou na derme papilar, que drenam para o
diminuída rapidamente até 20 vezes, plexo subpapilar. Esses confluem para
em resposta à necessária perda ou vasos coletores verticais que atraves-
conservação de calor. Os vasos san- sam a derme reticular e desembocam
guíneos da derme estão distribuídos no plexo linfático profundo, no limite
em duas redes horizontais ligadas entre a derme e a hipoderme. A rede
por vasos comunicantes. Os vasos linfática é responsável pela reabsor-
perfurantes dos músculos subjacen- ção intersticial do fluido extracelular,
tes dão origem ao plexo inferior, no de células e moléculas maiores. O flu-
limite com a hipoderme. Desse plexo xo da linfa depende de fatores extrín-
derivam vasos que ascendem até o secos, como pulsação arterial, gra-
plexo superior e outros que suprem vidade e contração da musculatura
os anexos. O plexo superior, também estriada.
ESTRUTURA DA PELE 16

Figura 12. Vascularização da pele

Figura 13. Corte vertical grosso através da pele palmar. Fonte: STANDRING, S. Gray’s anatomia, 2010
ESTRUTURA DA PELE 17

MAPA MENTAL – CAMADAS DA EPIDERME

VATER-PACINI
PLEXO SUPERFICIAL

MAISSNER
INERVAÇÃO PLEXO PROFUNDO

KRAUSE
CORPÚSCULOS NERVOSOS

RUFINI
PAPILAR
MENISCOS DE MERKEL-RANVIER

DISCO PILAR

PERIANEXIAL

DERME

RETICULAR
PLEXO SUPERIOR

VASOS DOS MÚSCULOS


PLEXO INFERIOR
SUBJACENTES
VASCULARIZAÇÃO
GLÔMUS

PAPILAS
DÉRMICAS
ESTRUTURA DA PELE 18

4. HIPODERME tecido adiposo existem dois tipos de


gordura: a branca e a marrom. A gor-
É a camada mais profunda da pele,
dura marrom é mais comum em crian-
constituída de lóbulos de adipócitos
ças e apresenta maior capacidade de
delimitados por septos de colágenos
produzir calor. Funcionalmente, a hi-
com vasos sanguíneos, linfáticos e
poderme, além de constituir um de-
nervos. Também chamada panícu-
pósito nutritivo de reserva, também
lo adiposo, a hipoderme é o estrato
tem participação ativa no isolamento
mais profundo da pele, tendo espes-
térmico e na proteção mecânica do
sura variável. Relaciona-se, em sua
organismo às pressões e aos trauma-
porção superior, com a derme pro-
tismos externos e facilita a motilida-
funda, constituindo a junção dermo-
de da pele em relação às estruturas
-hipodérmica – geralmente sede das
subjacentes.
porções secretoras das glândulas
apócrinas ou écrinas e de pelos. No

Figura 14. Os adipócitos ou células adiposas aparecem vazios, pois o processamento histológico dissolve o material
lipídico. O citoplasma dessas células é visto como uma faixa na periferia da célula, e o núcleo também está prensado
para a periferia pela única grande gotícula de gordura no citoplasma. A gordura está subdividida em lóbulos por septos
de tecido conjuntivo, os quais contêm os elementos vasculares deste tecido.7 Fonte: Gartner, 2014.
ESTRUTURA DA PELE 19

MAPA MENTAL – A HIPODERME

ADIPÓCITOS

VASOS SANGUÍNEOS

O
IÇÃ VASOS LINFÁTICOS
T ITU
NS
CO
NERVOS

HIPODERME

FU RESERVA NUTRITIVA

ÃO

ISOLAMENTO TÉRMICO

PANÍCULO PROTEÇÃO MECÂNICA


ADIPOSO

MOTILIDADE DA PELE
GORDURA BRANCA

GORDURA MARROM

5. ANEXOS CUTÂNEOS Folículo pilossebáceo


Os anexos cutâneos são estruturas O folículo pilossebáceo é formado pelo
que surgem de modificações da epi- folículo piloso, glândula sebácea e
derme ainda na via embrionária. São músculo eretor do pelo e às vezes
compostos pelo folículo pilossebá- uma glândula apócrina associada. É
ceo, por glândulas sudoríparas e por valido ressaltar que nem todos os ele-
unhas. mentos dessa unidade ocorrem juntos
em todas as regiões do corpo.
Cada pelo se origina de uma inva-
ginação da epiderme denominada
ESTRUTURA DA PELE 20

folículo piloso, que, no pelo em fase que se dispõe envolvendo o córtex


de crescimento, apresenta-se com como escamas. Finalmente, células
uma dilatação terminal chamada de epiteliais mais periféricas de todas
bulbo piloso. No centro dessa estru- originam duas bainhas epiteliais,
tura, observa-se a papila dérmica. As uma interna e outra externa, que en-
células que revestem a papila dérmi- volvem o eixo do pelo na sua porção
ca formam a raiz do pelo, de onde inicial. A bainha externa se continua
emerge o eixo do pelo. Na fase de com o epitélio da epiderme, enquanto
crescimento, as células da raiz mul- a interna desaparece na altura da re-
tiplicam-se e diferenciam-se em vá- gião onde desembocam as glândulas
rios tipos celulares. Em pelos grossos, sebáceas no folículo. Ainda existe a
as células centrais da raiz produzem chama membrana vítrea, que separa
células grandes, vacuolizadas e fra- o folículo piloso do tecido conjuntivo
camente queratinizadas, que for- que o envolve. O tecido conjuntivo
mam a medula do pelo. Ao redor da que envolve o folículo forma a bainha
medula diferenciam-se células mais conjuntiva do folículo piloso. Nes-
queratinizadas e dispostas compac- sa, estão inseridos obliquamente os
tamente, que constituem o córtex do músculos eretores dos pelos, cuja
pelo. Células mais periféricas formam contração puxa o pelo para uma posi-
a cutícula do pelo, constituídas por ção mais vertical, tornando-o eriçado.
células fortemente queratinizadas

Figura 15. Folículo pilossebáceo. Fonte: STANDRING, S. Gray’s anatomia, 2010


ESTRUTURA DA PELE 21

pigmentado, que compreende os ca-


CONCEITO! belos, a barba, a pilosidade pubiana e
• Acrotríquio é a porção intradérmica axilar.
do folículo.
Os pelos não crescem continuamente,
• Infundíbulo é a porção situada en- havendo alternância de fases de cres-
tre o óstio e o ponto de inserção da
glândula sebácea. cimento e repouso, que constituem o
ciclo do pelo. A fase de crescimento
• Istmo é a zona de abertura da glân-
dula sebácea no folículo, além de ser é demoniada anágena, característica
o ponto de inserção do músculo ere- de uma intensa atividade mitótica da
tor do pelo. matriz. Nessa fase, o pelo se apresen-
• Seguimento inferior é a porção res- ta na máxima expressão estrutural.
tante do folículo situada abaixo do
Sua duração é de 2 a 5 anos no couro
músculo eretor.
cabeludo. Logo em seguida se inicia
a fase catágena, durante a qual os
Alguns autores consideram que a folículos regridem a um terço de suas
bainha epitelial interna (ou bainha ra- dimensões anteriores. Interrompe-se
dicular interna) é formada pelas ca- a melanogênese na raiz e a prolifera-
madas de Henle e de Huxley. Essas ção celular diminui até cessar. A fase
camadas contêm grânulos densos catágena dura cerca de 3 a 4 sema-
de querato-hialina e filamentos as- nas, seguindo-se a fase telógena.
sociados ao estado pré-cornificado. Nessa última, há o desprendimento
Ao nível do bulbo superior, a cama- do pelo, que, no couro cabeludo, tem
da de Henle começa a se cornificar, cerca de 3 meses de duração. A título
do mesmo modo que a camada de de exemplo, o tricograma normal do
Huxley, no meio do folículo inferior. couro cabeludo é caracterizado por
Quando completamente diferencia- cabelos em diferentes fases, dentre
das, as células de ambas as camadas os quais 85% estão em fase anáge-
possuem um envolvitório cornificado na, 14% estão na fase telógena e 1%
espessado encerrando filamentos de na fase catágena. Em outras regiões
queratina inclusos em uma matriz. do corpo o tempo e porcentagem de
O pelo é uma estrutura filiforme, fios em determinadas fases do ciclo
constituído por células queratiniza- do pelo é variável.
das produzidas pelos folículos pilo-
sos. Existem dois tipos de pelos: o
pelo fetal ou lanugo, que é a pilosi-
dade fina e clara, idêntica aos pelos
pouco desenvolvidos no adulto de-
nominados vellus e o pelo espesso e
ESTRUTURA DA PELE 22

Figura 16. Fases de crescimento do pelo. Fonte: DSD TRICHOLOGY

As glândulas sebáceas situam-se na sebácea. Até a puberdade a ativida-


derme e seus ductos, revestidos por de dessas glândulas é muito peque-
epitélio estratificado, em geral, de- na, quando então são estimuladas
sembocam nos folículos pilosos. Po- pelos hormônios sexuais. Devido ha-
rém, em algumas regiões, como lábio, ver morte celular após o rompimento
mamilos, glande e pequenos lábios para a secreção sebácea, as glându-
da vagina, os ductos abrem-se dire- las sebáceas são consideradas um
tamente na superfície da pele. Essas tipo de glândula holócrina.
glândulas são acinosas e, na maioria Regiões como fronte e nariz são ricas
das vezes, vários ácinos desembo- em glândulas sebáceas maiores, pois
cam em um ducto curto. Os ácinos o tamanho dessas glândulas é inver-
são formados por uma camada ex- samente proporcional às dimensões
terna de células epiteliais achatadas do pelo presente no folículo corres-
que repousam sobre uma membrana pondente. Assim, as maiores glân-
basal. Essas células proliferam e dife- dulas sebáceas são encontradas em
renciam-se em células arredondadas, zonas onde o sistema piloso é me-
que acumulam no citoplasma o pro- nos desenvolvido. Eventualmente,
duto de secreção, de natureza lipídi- as glândulas sebáceas podem de-
ca. Os núcleos tornam gradualmente sembocar diretamente na superfície
condensados e desaparecem. As cé- da pele ou apresentar-se em locali-
lulas mais centrais do ácino morrem zações atípicas, como a mucosa oral,
e se rompem, formando a secreção
ESTRUTURA DA PELE 23

onde são identificadas como peque- Nas glândulas sudoríparas, existem


nos pontos amarelados denominados dois tipos celulares secretores: as cé-
grânulos de Fordyce. lulas escuras e as células claras. As
escuras são adjacentes ao lúmen e as
claras situam-se entre as escuras e
as mioepiteliais. O ápice das células
escuras tem muitos grânulos de se-
creção que contém glicoproteínas e
seu citoplasma é rico em retículo en-
doplasmático rugoso. As células cla-
ras não contêm grânulos de secreção
e são pobres em retículo endoplas-
mático rugoso, no entanto são abun-
dantes em mitocôndrias. As células
claras apresentam muitas dobras da
membrana plasmática, uma caracte-
rística das células que participam do
transporte transepitelial de fluido e
Figura 17. Histologia normal do couro cabeludo. Seta sais. Isso sugere que a função das cé-
branca = acrotríquio; seta azul = infundíbulo; seta ver- lulas claras é produzir a parte aquosa
melha = glândula sebácea; seta amarela = istmo; seta
verte = músculo eretor do pelo; setas pretas = bulbo. do suor.
Fonte: AZULAY, 2017.
O ducto da glândula abre-se na su-
perfície da pele e segue um curso em
Glândulas sudoríparas hélice ao atravessar a epiderme. É
constituído de epitélio cúbico estra-
As glândulas sudoríparas são muito
tificado com duas camadas de célu-
menos numerosas e encontradas em
las que repousam sobre a membra-
toda a pele, com exceção de certas re-
na basal. As células da camada mais
giões, como a glande. Essas glându-
externa do revestimento dos ductos,
las são tubulosas simples enoveladas
em contato com a membrana basal,
, cujos ductos se abrem na superfície
apresentam invaginações da mem-
da pele. Os ductos não se ramificam e
brana plasmática e citoplasma rico
possuem menor diâmetro que a por-
em mitocôndrias, que são caracterís-
ção secretora, que se encontra na der-
ticos de células que transportam íons
me. As células secretoras são pirami-
e água.
dais e entre elas estão localizadas as
células mioepiteliais, que ajudam a O suor secretado por essas glândulas
expulsar o produto da secreção. é uma solução extremamente diluída,
que contém pouca proteína, além de
ESTRUTURA DA PELE 24

sódio, potássio, cloreto, ureia, amô- glândulas que desembocam em um


nia e ácido úrico. Os ductos excreto- folículo piloso e que possuem o lúmen
res absorvem sódio, que é devolvido de suas partes secretoras dilatado.
ao sangue, evitando a perda exces- São chamadas de glândulas sudorí-
siva desse íon. O fluido encontrado paras apócrinas. Essas se localizam
no lúmen das glândulas sudoríparas na derme e na hipoderme, liberando
é essencialmente um ultrafiltrado do secreção ligeiramente viscosa e ino-
plasma sanguíneo, derivado de abun- dora, mas que adquire odor desagra-
dantes capilares localizados em volta dável e característico, pela ação das
das porções excretoras. Ao alcançar bactérias da pele. As glândulas apó-
a superfície da pele, o suor se evapo- crinas se distribuem em axila, área pe-
ra, fazendo baixar a temperatura cor- rimamilar e região anogenial e, ainda,
poral. Os catabólitos encontrados no modificadamente, no conduto auditi-
suor provam que essas glândulas es- vo externo, constituindo as glândulas
tão envolvidas na excreção de subs- ceruminosas, nas pálpebras, forman-
tâncias inúteis para o organismo. do as glândulas de Moll, e na mama,
Além das glândulas sudoríparas formando as glândulas mamárias.
classicamente descritas, existem

Poros

Superfície
da pele

Músculo eretor do pelo

Glândula sebácea

Glândula
sudorípara

Figura 18. Glândula sebácea e sudorípara. Fonte: OpenStax, Anatomy & Physiology. OpenStax CNX
ESTRUTURA DA PELE 25

Unhas proliferativas, parcialmente vedada


pela dobra ungueal posterior e visível,
As unhas são placas de células que-
parcialmente, em área mais clara, cha-
ratinizadas localizadas na superfície
mada lúnula. A dobra ungueal poste-
dorsal das falanges terminais dos
rior apresenta um prolongamento da
dedos. Uma unha possui quatro par-
camada córnea que recobre a porção
tes: a posterior ou raiz, localizada sob
proximal da unha, a cutícula, e, abai-
a dobra da pele; a lâmina, aderente
xo desta, o eponíquio, que adere a
ao leito ungueal na sua porção infe-
lâmina ungueal. Há rica rede vascular
rior; as dobras laterais; e a borda li-
dependente de duas artérias digitais,
vre. A raiz ou matriz ungueal é uma
para a nutrição da matriz ungueal.
área semilunar de células epiteliais

Margem livre Eponíquio

Dobra ungueal proximal Lúnula


Unha
Raiz da unha Corpo da unha
Dobra ungueal
lateral

Lúnula

Eponíquio

Dobra ungueal
proximal Epiderme Falange Hiponíquio
Derme

Figura 19. Estrutura da unha. Fonte: OpenStax, Anatomy & Physiology. OpenStax CNX

A espessura das unhas varia de 0,5


CONCEITO! Hiponíquio é a área abaixo a 0,75 mm, e o seu crescimento é de
da unha livre entre a banda onicodérmi- cerca de 0,1 mm por dia nas unhas
ca e o sulco distal. É uma crista epidér-
dos quirodáctilos, sendo mais lento
mica que demarca a junção entre a pol-
pa do dedo e as estruturas subungueais. nas unhas dos pododáctilos.
ESTRUTURA DA PELE 26

MAPA MENTAL – ANEXOS CUTÂNEOS

ANEXOS
CUTÂNEOS

GLÂNDULA FOLÍCULO
UNHAS
SUDORÍPARA PILOSSEBÁCEO

RAIZ GLÂNDULA FOLÍCULO PILOSO


APÓCRINA
LÂMINA GLÂNDULA SEBÁCEA

CÉLULAS
DOBRAS LATERAIS MÚSCULO ERETOR
MIOEPITELIAIS
DO PELO
BORDA LIVRE CÉLULAS ESCURAS

CÉLULAS CLARAS

DUCTO TUBULAR

SUOR

6. PRINCIPAIS FUNÇÕES agentes externos de qualquer na-


DA PELE tureza e, ao mesmo tempo, impede
perdas de água, eletrólitos e outras
Devido à arquitetura e propriedades
substâncias do meio interno.
físicas, químicas e biológicas de vá-
rias estruturas da pele esse órgão é • Proteção imunológica: a pele
capacitado a execução de múltiplas confere proteção imunológica a
funções. Dentre essas: antígenos microbianos e não mi-
crobianos devido às células de
• Proteção: constitui barreira de
Langerhans, que captam os antí-
proteção para estruturas internas
genos no epitélio, os processam e
do organismo à penetração de
ESTRUTURA DA PELE 27

apresentam aos linfócitos T para o sebo tem propriedades antimicro-


início da resposta imune. bianas e contém substâncias pre-
cursoras da vitamina D.
• Termorregulação: graças à sudo-
rese, constrição e dilatação da rede • Metabolização: a pele também
vascular cutânea, a pele processa sintetiza hormônios, dentre eles a
o controle hemostático da tempe- testosterona e di-hidrotestostero-
ratura orgânica. na, que têm um papel muito im-
portante na alopecia androgenéti-
• Percepção: por meio da complexa
ca, na acne e no hirsutismo.
e especializada rede nervosa cutâ-
nea, a pele é o órgão receptor sen- • Excreção: a função excretora das
sitivo do calor, do frio, da dor, e do glândulas écrinas é a eliminação
tato. do suor composto basicamente
por água, eletrólitos e bicarbona-
• Secreção: a secreção sebácea é
to. Outros componentes são ureia,
importante para manutenção eu-
glicose, metais pesados, medica-
trófica da própria pele, particular-
mentos, dentre outros, semelhante
mente, da camada córnea, evitan-
ao rim.
do a perda de água. Além disso o

MAPA MENTAL – FUNÇÕES DA PELE

PROTEÇÃO

PROTEÇÃO IMUNOLÓGICCA

TERMORREGULAÇÃO

EXCREÇÃO PERCEPÇÃO

SECREÇÃO

METABOLIZAÇÃO

EXCREÇÃO
ESTRUTURA DA PELE 28

MAPA MENTAL – ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PELE

Maior órgão do corpo


Vascularizada
Fibras de colágeno
Com terminação Derme
nervosa ESTRUTURA
Epiderme Pelos

DERME Anexos Glândulas


Superficial
Papilar Unhas
Tecido conjuntivo
frouxo

Profunda Melanócitos
Reticular Epitélio estratificado
Tecido conjuntivo pavimentoso Langerhans
denso queratinizado
Merkel

EPIDERME

Avascular
Camada superficial
Sem terminação nervosa

Células tronco Basal

Coesão Desmossomos Tonofilamentos Espinhosa

Impermeável Grânulos lamelares com lipídios Granulosa

Queratinócitos Lúcida

Termorregulação

Atrito
ESTRUTURA DA PELE 29

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
AZULAY, R.D.; AZULAY, L. Dermatologia. 7. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2017.
SAMPAIO, S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2018.
STANDRING, S. (Ed.). Gray’s anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
OVALLE, William K.; NAHIRNEY, Patrick C.; NETTER, Frank Henry. Netter bases da histo-
logia. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
ESTRUTURA DA PELE 30

Você também pode gostar