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AVM Educacional – MBA em Marketing

Comportamento do Consumidor – Professor Gerson Seabra

Aluna: Viviane Wasum

Resumo de 4 Artigos do Código de Defesa do Consumidor

Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,


apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre
escolha:

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou


publicidade;

II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;

III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente


antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.

O CDC reconhece a vulnerabilidade do consumidor na relação de consumo, e vincula


o fornecedor à oferta veiculada, impedindo que ele volte atrás e recuse o cumprimento
da oferta, oferecendo alternativas ao consumidor para exercer seu direito a essa
obrigação pré-contratual, protegendo o consumidor de ser enganado ou atraído por
ofertas ilusórias.

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação
de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste


artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão,
serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados..
A Lei assegura ao consumidor o direito de arrependimento da compra, após um prazo
de avaliação e análise do produto ou serviço comprado fora do estabelecimento
comercial. O crescimento constante das compras online, motivado pela comodidade e
preços frequentemente mais baixos que no comércio tradicional, traz ao consumidor a
possibilidade de devolução e reembolso do valor pago pelo produto comprado à
distância, sem possibilidade de uma verificação preliminar.

Art. 22.Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias


ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações


referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar
os danos causados, na forma prevista neste código.

Os serviços públicos, destinados a satisfazer o interesse coletivo, também foram


regulados pelo CDC. O consumidor dos serviços tem a possibilidade de exercer seu
direito mesmo diante da colossal máquina do Estado, embora ainda tenhamos muito o
que avançar principalmente em relação à conscientização da população na busca da
melhoria desses serviços. Como exemplo atualíssimo posso citar o caso da água
fornecida em grande parte do Rio de Janeiro com aspecto e odor evidenciando
contaminação. O Procon, motivado por denúncias recebidas, reportagens, e
reclamações de consumidores, está tomando medidas jurídicas para exigir a
normalização do serviço e esclarecer se há direito ao reembolso aos consumidores
que tiveram gastos extraordinários por conta destes fatos.

Art. 6º

São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no


fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,


asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela
Lei nº 12.741, de 2012)
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas
no fornecimento de produtos e serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações


desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,


coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou


reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da


prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

O Artigo 6º é um dos mais importantes do CDC, pois estabelece alguns dos direitos
básicos do consumidor. Destaco aquele em que deve ser informado sobre qualquer
risco à saúde ou à segurança que o produto ou serviço oferecido pode trazer, além de
assegurar o direito à orientação a respeito do consumo adequado de produtos e
serviços. A origem dos produtos, especificações, quantidade, qualidade, conteúdo e
até as embalagens devem estar de acordo com a segurança, o bem estar, a saúde do
consumidor. A Lei incidiu de forma contundente sobre cigarros e bebidas alcoólicas,
obrigando seus fabricantes a expor em suas embalagens e propagandas os riscos do
consumo desses produtos.

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