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RESUMO DA SESSÃO 1

A RELAÇÃO CONSIGO MESMO


Antes de qualquer comunicação com o outro é essencial conhecermo-nos. O autoconhecimento
permite o desenvolvimento das nossas habilidades e acima de tudo possibilita a melhoria na área da
comunicação. Ao fortalecer a relação consigo mesmo está a valorizar a sua autoestima, autoconfiança,
autonomia e responsabilidade. Automaticamente está a construir relacionamentos a nível interpessoais
mais equilibrados e saudáveis.
A introspeção, assim como a tomada de consciência, facilita o processo clarificação dos
pensamentos, objetivos e necessidades. Permite perceber mais sobre o modo como pensamos, sentimos e
agimos.
Nesta fase da tua vida, quais seriam as respostas às seguintes questões?
- O que acredito sobre mim?
- Quais os meus pontos fortes e pontos a desenvolver?
- De que forma estou a por em prática os meus pontos fortes?
- De que forma posso fortalecer os meus pontos a desenvolver?
- O que pretendo para a minha vida?
- Quais os meus medos?
- Quais são os meus sonhos?

Quanto mais conhecimento tivermos sobre nós próprios, maior será o autodomínio sobre as
diversas situações e melhor será a nossa comunicação no geral.

Complexidade humana
O ser humano por sua natureza é complexo. Para analisar a comunicação interpessoal, segundo a
“Janela de Johari” criada pelos psicólogos Luft e Ingham existem quatro áreas do nosso «eu» ou da nossa
personalidade: «eu aberto», «eu secreto», «eu cego» e «eu profundo». De forma sintetizada, conhecemos
algumas áreas da nossa personalidade e por outro lado, desconhecemos outras.

CONHECIDO DESCONHECIDO
POR NÓS POR NÓS
CONHECIDO
PELOS OUTROS EU ABERTO EU CEGO
DESCONHECIDO
PELOS OUTROS EU SECRETO EU PROFUNDO
Figura 1: «Janela de Johari» (adaptado)

• «Eu aberto»: conhecido por nós e pelos outros. Traduz-se naquilo que conhecemos em nós e que
transparecemos aos outros.
• «Eu secreto»: conhecido por nós e desconhecido pelos outros. Representa as caraterísticas que

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conhecemos em nós, porém, escondemos dos outros, de modo mais ou menos consciente.
• «Eu cego»: conhecido pelos outros e desconhecido por nós. Revela as caraterísticas que os outros
veem, no entanto, por um lado nós não vemos ou por outro não queremos ver.
• «Eu profundo»: desconhecido por nós e pelos outros. Corresponde às caraterísticas mais
profundas, com dificuldade acrescida no seu acesso, relacionado com o inconsciente.

Quando conhecemos uma pessoa pela primeira vez, a área do «eu aberto» é diminuta, ao passo que as
áreas do «eu secreto» e do «eu cego» são mais ou menos extensas.

Necessidades comuns

O psicólogo Abraham Maslow, considerado o “pai espiritual” da psicologia humanista, foi quem
impulsionou esta corrente, dando um estatuto e grau de respeitabilidade a nível académico. Foi este mesmo
autor que distinguiu as necessidades humanas em cinco níveis.
Os seus estudos foram baseados em
 
pessoas notáveis e psicologicamente saudáveis,
 
isto é, pessoas com as suas necessidades
autorrealizadas, alcançando assim o último nível da 5. Necessidade
hierarquia da pirâmide. Este comparou ainda como de autorrealização

se destacavam estas “pessoas notáveis” quando 4. Necessidade de


estima
comparadas com pessoas que apresentavam
3. Necessidade de afeto
saúde mental mediana ou normal (Schultz &
Schultz, 2015).
2. Necessidade de segurança
Maslow acreditava que a personalidade
humana quando melhorada, poderia ter um impacto
1. Necessidade biológicas
positivo nos comportamentos dos vários indivíduos,
dando menos destaque a aspetos como ódio,
Figura 2: Pirâmide das necessidades humanas Maslow
preconceito e guerra (Schultz & Schultz, 2015).
Segundo a sua visão, cada sujeito é munido de capacidades inatas para alcançar a autorrealização.
Para que o individuo alcance este plano, é necessário que todas as necessidades na pirâmide estejam
satisfeitas (Schultz & Schultz, 2015). Maslow criou uma pirâmide de necessidades e hierarquizou-as,
dizendo que há necessidades que são mais importantes que outras e que existem necessidades em maior
número do que outras.
Às duas primeiras necessidades ele designou de primárias e às três seguintes designou de
secundárias. Na sua base encontraríamos a satisfação das necessidades fisiológicas, seguindo-se as
necessidades de segurança, as de pertinência e amor, as de estima e como patamar máximo as
necessidades de autorrealização.
Não é possível, portanto, avançar na pirâmide sem que alguma das necessidades esteja insatisfeita.
A sua prioridade está relacionada em primeiro lugar às necessidades fisiológicas, posteriormente às
necessidades de segurança, de pertinência e amor, de estima e por último de autorrealização.
A autorrealização, sendo o estado mais elevado das necessidades humanas, abrange todas as
habilidades e qualidades de um indivíduo, que são utilizadas de forma ativa, levando ao desenvolvimento
pessoal e, por fim, à aplicabilidade do potencial máximo do indivíduo (Schultz & Schultz, 2015).

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As pessoas que conseguem satisfazer todos os patamares da pirâmide de Maslow e alcançam a
autorrealização têm uma visão da vida quotidiana mais positiva, conseguem olhar para uma rotina e vê-la
de uma forma renovada todos os dias, conseguem contemplar, admirar e tirar prazer de pequenas
experiencias que passam despercebidas ou funcionam como um fardo para os indivíduos que não
conseguem atingir a autorrealização (Schultz & Schultz, 2015).
A autorrealização é esclarecida pelo autor como o “desenvolvimento pleno das habilidades de um
indivíduo e realização de seu potencial” (Schultz & Schultz, 2015).

COMUNICAÇÃO
O ser humano é um ser social, tem a necessidade de viver inserido na comunidade a que pertence.
Como tal, precisa de estabelecer uma constante relação comunicativa com tudo o que o rodeia e com todos
os indivíduos com os quais se relaciona, especialmente com os seus semelhantes. A comunicação é
também o suporte da vida em sociedade, o mecanismo pelo qual se desenvolvem as relações humanas.

Qual foi a primeira forma de comunicação?


Nenhum grupo humano teria possibilidade de sobreviver se, entre os seus elementos, não existisse
qualquer troca de informação. Nesta perspetiva, poderemos considerar as pinturas rupestres como uma das
mais primitivas formas de comunicação.

O que é, então, a comunicação?


Comunicação, deriva do termo latim “communicare” que significa "partilhar, participar algo, tornar
comum" ao outros ideias, convicções e estados de alma, dando o parecer de comunidade.
Numa perspetiva global a comunicação surge da necessidade social e vital de fazer com que a raça
humana sobrevivesse. É a partir desta perspetiva que deveremos analisar todo o processo de comunicação,
bem como as suas múltiplas funções.
Comunicar é... conversa de café, uma aula, o chat do facebook, o telejornal, uma peça de teatro,
uma sms, entre outros.
Existem diferentes tipos de comunicação que serão mais à frente aprofundadas. Os gestos, as
expressões faciais, imagens, são tudo exemplos de diferentes formas de comunicar e transmitir uma
mensagem acerca de algo.

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