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24/08/2020 10 Sinais de abuso espiritual – L.

Roberto Silvado

A lgumas das minhas experiências com abuso espiritual


incluem:

- Um líder acima de mim que me diz que embora estivesse


estafada e perdendo a minha saúde, eu deveria permanecer no
ministério porque se não, eu perderia  toda a capacidade para realizar
um ministério no futuro.

- Uma igreja que repetidamente nos diz que ela basicamente tinha era “a
igreja” de Jesus e que se nós fossemos a qualquer outro lugar,
perderíamos as maiores bênçãos de Deus.

- Um líder que achava que o ministério era um veículo para um grande


ganho, mentindo e manipulando doadores para ganhar cada vez mais
dinheiro.

- Um ministério que me fez sentir vergonha e me fez jogar fora todos os


CD de “música do mal” (incluindo Lionel Ritchie e Duran Duran ...
personificação do maligno). Um líder que me colocou num canto, me
ameaçou, e gritou comigo porque eu lhe falei que algumas preocupações
que outros tinham. Isto me levou a ataques de pânico.

Talvez você tenha uma história para contar também.

Na noite passada eu acordei às 3 da madrugada com este peso que eu


não conseguia me libertar. Eu sentei e escrevi estas características de
ministérios e igrejas abusivas espiritualmente. Esta lista não é
exaustiva, mas tipifica o que acontece. Muitas vezes  você não percebe
que está numa situação de abuso até que sua saúde fique prejudicada,
sua alma ferida e seus relacionamentos de fora sofram. Ao compartilhar
isto, meu coração quer simplesmente alertar para práticas insalubres,
manipulativas e controladoras.

Ministérios abusivos espiritualmente:

- Tem um visão distorcida do que é respeito. Eles esquecem o simples


adágio de que respeito é conquistado, não vem de graça. Líderes
abusivos exigem respeito sem tê-lo conquistado por um viver honesto e
digno.

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- Exigem lealdade como prova da lealdade do seguidor a Cristo. É do jeito


dele/dela ou de jeito algum. E se o seguidor se desvia, ele é culpado por
desviar-se de Jesus.

- Usam linguagem de exclusividade. “Nós somos o único ministério que


realmente segue a Jesus”. “Todos nós temos a teologia certa”. Creem que
seu jeito de fazer as coisas, pensar teologicamente ou lidar com o
ministério e igreja é o único jeito certo. Todo  mundo está errado,
equivocado e é estupidamente tolo.

- Criam um cultura de medo e vergonha. Frequentemente, não há graça


para alguém que fracassa em cumprir as expectativas da igreja ou do
ministério. E se alguém sai das regras frequentemente “não faladas”,
líderes os envergonham por não se submeterem. Não admitem falhas,
mas frequentemente buscam por elas em outros e usam este
conhecimento para mantê-los no temor e no cativeiro. Eles
frequentemente citam as escrituras sobre não tocar no ungido do Senhor
ou fazer acusações contra os anciãos. Porém, eles confrontam o pecado
nos outro, particularmente aqueles que trazem questões bíblicas
legítimas, ou tem seu círculo de influencia assumindo a tarefa de
silenciar os críticos.

- Frequentemente tem um líder carismático na direção que começa bem,


mas cai na arrogância, protecionismo e orgulho. Um líder pode começar
sendo agradável e interessado nas questões dos outros, mas ele/ela
eventualmente se retira para um pequeno grupo de pessoas “vaquinhas
de presépio” e se isola das necessidades de outros. Nutre um culto de
personalidade, o que significa que se a figura central do ministério ou da
igreja sair, a entidade vai desmoronar, pois era totalmente dependente de
uma pessoa para manter tudo no seu devido lugar.

- Cultivam a dependência de um líder ou líderes para obter informações


espirituais. O discipulado pessoal não é encorajado. Frequentemente a
Bíblia é deixada de lado  a menos que o líder principal a esteja
ensinando.

- Demanda que seus seguidores vivam como servos, mas eles vivem de
forma privilegiada. Eles vivem acima do padrão de seus seguidores e
justificam sua extravagância como favor de Deus e aprovação de seu
ministério. Em vez de seguirem as instruções de Jesus de tomarem os
últimos lugares, eles frequentemente tomam os primeiros assentos nos
eventos e se envolvem com outros para lhes garantirem privilégios.
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- Protegem-se do criticismo colocando ao seu redor pessoas que lhes são


cegamente leais. Veem aqueles que fazem questionamentos como
inimigos. Aqueles que foram uma vez amigos/aliados rapidamente se
tornam inimigos uma vez que uma preocupação é trazida à tona. Às
vezes, estas pessoas são banidas, caladas ou envergonhadas.

- Querem uma performance externa mas rejeitam espiritualidade


autêntica. Exigem que os seguidores ajam de certo modo, vistam-se de
modo aceitável e tenham um estilo de vida aceitável.

- Usam a exclusividade como prova de lealdade. Os seguidores próximos


ao líder ou líderes se sentem mais importantes, de “primeira linha”.
Todos os demais são “crentes de segunda linha”, embora desejem muito
estar no círculo mais próximo.

Você já se teve este tipo de experiência? O que você fez? Como você se
curou depois desta experiência? E o que nós podemos, como seguidores
de Cristo responsáveis, expor este tipo de abuso? O que podemos fazer
como líderes para seguir nos passos bondosos de Jesus? Autora: Mary
DeMuth Tradução: Hedy Silvado

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