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30/04/2020

Filosofia da Ciência
27/04/2020

Ciência Moderna:
Kant

Edson Vizzoni

Filosofia da Ciência
Kant*

KIM, Douglas. O livro da


Filosofia. São Paulo: Globo,
2016

Existem dois mundos: o


“Coisas em si” são mundo da experiência sentida
incognoscíveis. por nossos corpos e o mundo
das coisas em si.

*Immanuel Kant foi um filósofo prussiano. Considerado como o principal filósofo da era moderna, Kant operou, na epistemologia, uma

síntese entre o racionalismo, onde impera a forma de raciocínio dedutivo, e empirismo inglês, que valoriza a indução. (1724-1804)

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Filosofia da Ciência*
Kant nasceu em Königsberg (Prússia), atual Kaliningrado
(Rússia), na segunda metade do século XVIII. Foi um professor
que deu das aulas a vida toda, sem nunca deixar a cidade que
nasceu e morreu. Era um homem brilhante e agradável, mas
nunca se casou.
A verdade para Kant  Para certos julgamentos, como a
matemática, depende apenas da razão. Para outros
julgamentos, como a física, depende da razão e da experiência.
No ampo do dever moral ela é imediatamente acessível a todos
Uma frase chave  o que posso saber?; o que devo fazer? o
que posso esperar? o que é o homem?
Seu lugar na história da filosofia  Crucial para todo o
desenvolvimento do pensamento moderno, o qual foi construído
seguindo ou criticando seu pensamento mas sempre levando
em consideração a problemática por ele colocada.

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

Filosofia da Ciência

Kant fez uma mutação decisiva na filosofia e


modificou o universo da reflexão e a própria
definição de verdade, precisando os limites
de validade dos pensamentos
Ele ele faz um inventário das capacidades
de nossa razão e dos resultados que ela
pode alcançar, o que ela pode conhecer e a
que verdades pode ter acesso e em quais
áreas e com quais limites

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

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Filosofia da Ciência
• No Crítica da Razão Pura Kant buscará uma paz
duradoura na filosofia, acabando com as discussões
metafísicas inúteis em que havia uma verdadeira batalha
de teorias opostas .
• Ele então faz o que chama de “revolução copernicana”,
passando o tempo e o espaço para o lado do sujeito.
• Espontaneamente olhamos o tempo e o espaço ao lado
das coisas, mas Kant diz que, ao contrário, o tempo e
espaço são formas de sensibilidade e que nada
conhecemos sem a intermediação desses dois filtros.
• Sabemos como são as coisas no espaço e no tempo,
mas não temos acesso ao que são em si mesmas,
independente dessa forma da nossa sensibilidade que
parecem lentes de óculos através das quais percebemos
a realidade se poder tirá-las fora.

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

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• Assim, só conhecemos do mundo externo a aparência
(fenômeno) de maneira Independente de nós.
• O que é a coisa em si permanece inconcebível.
Portanto não sabemos como são as coisas,
conhecemos apenas a maneira como ela, se
apresentam a nós no espaço e no tempo.
• Kant faz uma distinção entre crença e saber: o
promeiro inclui tudo que podemos saber de maneira
racional no seio do campo da experiência e quando
saímos do campo da experiencia obtemos resultados
especulativos sem certeza alguma, as crenças.

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

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• Kant tem uma resposta direta para a pergunta “o que
devo fazer?” Ele estabelece que a lei moral é intuitiva e
imediatamente reconhecida por todos os homens e
que a moralidade de uma ação nunca é caso de ciência
ou de educação.
• Para qualquer pessoa existe um critério simples,
imediato e direto com relação à moralidade: posso
transformar o princípio da minha ação em lei
universal?
• Há moralidade quando o que faço contém uma lei que
posso racionalmente propor a todos como universal,
sem exceção.
• Ninguém pode julgar uma regra que vale apenas para
si e afirmar a existência de moralidade nessa regra.

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

Filosofia da Ciência
• Na questão O que é o homem?, Kant se mostra como um
pacifista, convencido de que a razão fundamentalmente
rejeita a guerra.
• No seu livro A Paz Perpétua a ideia central é que a Terra
inteira pode constituir uma república de Estados levando
em consideração o conjunto dos Estados do mundo.
Desse ponto de vista, as instituições internacionais
como a ONU se inspiraram no projeto de Kant.
• Kant insiste na necessidade de cada um poder fazer o
uso público da própria razão, exprimir-se sem ser
ameaçado ou punido publicar suas reflexões sem ser
censurado, podendo criticar, se necessário o poder e as
instituições religiosas.
• Por isso, diz Kant não é possível nem desejável calar os
filósofos: seria querer impor silêncio a razão humana

*DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.

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Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires, Filosofando: introdução à filosofia.
São Paulo. Moderna: 2009 .
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 1996. 440 p.
DROIT, Roger - Pol. Filosofia em cinco lições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. 317 p.
KIM, Douglas. O livro da Filosofia. São Paulo: Globo, 2016
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia - Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de
Janeiro: Zahar, 2002.

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