Você está na página 1de 9

A Igreja Católica Apostólica Romana e o uso das Imagens

Introdução

            Muitas pessoas têm a maior curiosidade para saber como é de fato a
face da Imagem da Virgem de Aparecida. Faço chegar uma foto bem de perto
da Imagem original da Padroeira do Brasil, aproveitando a oportunidade para
falarmos do uso das imagens na Igreja. Este é um assunto tão polêmico, onde
pessoas que se dizem conhecedoras da Palavra, nos acusam do pecado da
idolatria. Nós cristãos católicos não adoramos imagens! A Igreja católica
Apostólica Romana condena veementemente toda idolatria porque ela é
pecado abominável aos olhos de Deus.
                   
Idolatria e Igreja Católica

            Idolatria, segundo o Dicionário Aurélio é “culto prestado a ídolos,


amor ou paixão exagerada, excessiva”. Para um bom entendedor saberá que
não é o uso de imagens no culto divino, mas prestar a uma criatura, o culto de
adoração que devemos exclusivamente a Deus. É por isso que São Paulo nos
adverte que a avareza é uma idolatria (cf. Col 3,5), uma vez que o avarento
coloca o dinheiro no lugar de Deus, como o valor supremo de sua vida.
            Ora, o que há de mais importante no universo é Deus, pois é Ele quem
o criou e sustenta no ser. Todo o cosmos depende de Deus para existir. Logo,
também em nossa hierarquia de valores, Deus deve ocupar o primeiríssimo
lugar, como valor supremo. Todos os demais valores e ideais devem submeter-
se a Ele. Quando colocamos outro bem, valor ou ideal no lugar que é exclusivo
de Deus, destoamos da ordem do cosmos e caímos na idolatria. Afinal de
contas, todo o universo canta a glória de Deus (cf. Sl 18,2). Quem, portanto,
não coloca a Deus como valor supremo de sua vida, não apenas nega a
adoração exclusivamente a Ele devida, como também prejudica a si próprio.
Por isso Deus ordenou no primeiro mandamento de sua Lei: “Eu sou o Senhor
teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros
deuses diante de mim” (cf Ex 20,2-3). Do mesmo modo Nosso Senhor Jesus
Cristo, quando repeliu o demônio que o tentava, repetiu o preceito: “Adorarás o
Senhor teu Deus, e só a Ele servirás” (cf Mt 4,10).
            Todavia, se devemos adorar somente a Deus, isso não significa que
não devemos honrar e invocar seus santos e anjos. O mesmo Deus que
ordenou que adorássemos só a Ele, também mandou honrar os pais (cf Ex
20,12/ Dt 5, 16/ Mt 15 6), as autoridades públicas (cf. Rom 13), àqueles que
pregaram a Palavra de Deus (cf Hb 13, 7-9) os nossos superiores e as pessoas
mais idosas (cf Lv 19, 32). Prestar honra a essas pessoas, simples criaturas,
em nada prejudica a adoração devida exclusivamente ao Criador.
            Se devemos honrar os governantes deste mundo, quanto mais os
anjos, de cujo ministério Deus se serve para governar não só a Igreja, como
também todas as coisas criadas(cf Ap 8, 4). Foi por isso que Abraão prostrou-
se diante dos três anjos que lhe apareceram em forma humana, para anunciar
o nascimento de seu filho Isaac (cf. Gen 18,2).

O culto aos anjos e santos na Bíblia

  

          A Sagrada Escritura orienta a Igreja para que ensine que desde o início até a morte
a vida humana é cercada pela proteção e intercessão do anjo da guarda: “Eis que eu
enviarei o meu anjo, que vá adiante de ti, e te guarde pelo caminho” (cf Ex 23,20). Pela
invisível assistência dos anjos, somos quotidianamente preservados dos maiores perigos,
tanto da alma como do corpo. Com a maior boa vontade, patrocinam a nossa salvação e
oferecem a Deus as nossas orações e nossas lágrimas. O Senhor Jesus advertiu que não
se devia dar escândalo aos pequeninos, porque “seus anjos nos céus vêem
incessantemente a face de seu Pai, que está nos céus” (cf. Mt 18,10). Se os anjos
contemplam a Deus sem cessar, por que não seriam merecedores de grande honra?
            Também o culto aos santos, longe de diminuir a glória de Deus, lhe dá
o maior incremento possível. Canta a Virgem Maria no Magníficat que “o
Poderoso fez em mim maravilhas” (cf Lc 1,49). Quando honramos retamente
um santo, proclamamos as maravilhas que a Graça de Deus (Jesus Cristo)
operou na vida dele. Como se diz no Prefácio dos Santos, “na assembléia dos
santos vós sois glorificado e, coroando seus méritos, exaltai vossos próprios
dons”. A santidade que veneramos nos homens santos é dom do único e três
vezes Santo. Honrando os santos, glorificamos a Deus que os santificou.
            Deus é um Pai amoroso, a quem muito agrada ver seus filhos
intercedendo uns pelos outros. Ademais, quis associar suas criaturas na
obtenção e distribuição de suas graças. Muitas coisas Deus não as concede,
se não houver a intervenção de um intercessor. Para que os amigos de Jó
fossem perdoados, por exemplo, foi necessária a sua intercessão: “O meu
servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua intercessão para que se não
vos impute esta estultícia, porque vós não falastes de mim o que era reto” (Jó
42,8). Também não é sinal de falta de fé em Deus, recorrermos à intercessão
dos santos em nossas orações. O centurião, por exemplo, recorreu à
intercessão dos anciãos dos judeus (cf. Lc 7,3) para que Jesus curasse seu
servo, mas nem por isso o Senhor deixou de enaltecer sua fé com os maiores
elogios: “Em verdade vos digo que não encontrei tanta fé em Israel” (cf Lc 7,9).
            A Igreja Católica confessa que só temos um único Mediador na pessoa
de Jesus Cristo Nosso Senhor (cf 1 Tm 2, 5). Só Ele nos reconciliou com o Pai
pelo oferecimento de seu preciosíssimo sangue, entrando uma só vez no Santo
dos Santos, consumou uma Redenção eterna (cf. Heb 9,11-12) e não cessa de
interceder por nós (cf. Heb 7,25). Todavia, o fato de termos um único Mediador
de Redenção, não significa que não podemos ter junto dele mediadores que
clama a Ele por nós. É isto que vemos em Apocalipse oito (v. 4), onde os anjos
recolhem as orações dos santos, ao pé do Altar do Cordeiro (Jesus Cristo) e
entrega a Deus.
            Se recorrer à intercessão dos santos prejudicasse a glória devida
unicamente a Cristo Mediador, o Apóstolo Paulo não pediria, com tanta
insistência, que seus irmãos rezassem por ele: “Rogo-vos, pois, irmãos, por
Nosso Senhor Jesus Cristo e pela caridade do Espírito Santo, que me ajudeis
com as vossas orações por mim a Deus” (cf Rm 15,30). “Se vós nos ajudardes
também, orando por nós…” (cf 2 Cor 1,11). Se as orações dos que vivem nesta
terra são úteis e eficazes para que sejamos ouvidos por Deus, quem dirá as
orações daqueles que já estão em glória, contemplando a Deus face a face (cf
Ap 19, 1-10/ 20, 4-6/ 21, 9-27).

Os restos mortais dos santos manifestam a glória de Deus

          
  Sobre os santos e os objetos sagrados encontramos no livro dos Atos dos Apóstolos,
alguns relatos afirmando que “Deus fazia milagres não vulgares por mão de Paulo, de tal
modo que até, sendo aplicados aos enfermos os lenços e aventais que tinham tocado no
seu corpo, não só saiam deles as doenças, mas também os espíritos malignos se
retiravam” (cf At 19,11-12). E também que “traziam os doentes para as ruas e punham-nos
em leitos e esteiras, a fim de que, ao passar Pedro, cobrisse ao menos a sua sombra
algum deles” (cf At 5,15). Se as vestes, os lenços e a sombra dos santos, já antes de sua
morte, removiam doenças e expulsavam demônios, quem será louco de dizer que Deus
não possa fazer os mesmos milagres por intermédio deles, depois de mortos, já que estão
vivos, segundo a Bíblia, na presença de Deus (cf Lc 16, 22)? Mesmo depois de mortos aos
olhos humanos, eles continuam vivos e os seus restos mortais continuam cheios da graça
de Deus, porque os santos foram templos vivos do Espírito Santo de Deus (cf 1 Cor 3, 16-
17). Sobre isto as Sagradas Escrituras dão testemunho, quando se narra o episódio do
cadáver lançado na sepultura do profeta Eliseu: “Logo que o cadáver tocou os ossos de
Eliseu, o homem ressuscitou e levantou-se sobre os seus pés” (cf 2Rs 13,21). 
            Nos primeiros séculos do cristianismo a Igreja Católica já venerava os
restos mortais dos mártires e conservava-os em lugar de honra, atribuindo a
eles muitos prodígios e milagres.
            Todavia, se devemos honrar e venerar os santos e anjos como fiéis
servidores do Senhor, é gravíssimo pecado colocá-los no lugar de Deus,
prestando-lhes culto de adoração. Este abuso é estranho a Doutrina Católica.

Imagens permitidas da Bíblia

            A Sagrada Escritura apresenta, muitas vezes, o mistério de Deus


através de imagens: e a primeira imagem quem a fez foi o próprio Deus, ao
criar o ser humano à sua imagem e semelhança (cf Gn 1,27; 2,7). O mesmo
Deus manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da
Arca da Aliança (cf Ex 25,18-20). Manda Salomão enfeitar o templo de
Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (cf 1Reis
6,23-25 e 7,29). O Novo Testamento também apresenta o mistério de Deus
através de imagens: a imagem de Jesus como cordeiro digno de receber a
força e o louvor (cf Ap 5,12). Quando do batismo de Jesus, o Espírito Santo é
apresentado em forma de pomba (cf Mt 3,16) e, no dia de Pentecostes, com
línguas de fogo (cf Atos 2,1-3).
Jesus ensina através das imagens

            Jesus ensinava através de imagens: “Eu sou


o bom pastor” ( cf Jo 10,14). Os cristãos à luz do Evangelho vão representar
Jesus desenhando um Bom Pastor com a ovelha nos ombros. Olhando esta
imagem, eles não adoravam um pastor, mas pensavam na ternura de Deus
que, em Jesus, busca a ovelha perdida. Representar algo por imagem ou
símbolo era comum na Igreja primitiva, sobretudo em tempos de perseguição.
Sabemos pela história que por muito tempo, as pinturas dos santos e de cenas
bíblicas nas Igrejas foram o único livro que os cristãos mais simples puderam
ler e entender a manifestação de Deus.

Imagens proibidas na Bíblia: idolatria

            A Bíblia, então, não proíbe o uso das imagens? Sim, proíbe quando sua
finalidade é servir à idolatria (cf Ex 20,2-5). Em várias passagens bíblicas se
repete esta proibição de não adorar outros deuses e nem fazer deuses
fundidos (cf Ex 34,14.17/ Sl 116, 4-8/ Dt 7,5).
            Vimos no início de nossa reflexão o que é a idolatria, tendo como base
esse conceito entenderemos que "ídolo" designa imagem feita para ser
adorada como deus, como faziam os pagãos com suas divindades. Para os
judeus, as imagens dos deuses são os próprios deuses pagãos. Os povos
vizinhos dos judeus acreditavam em muitos deuses e faziam imagens deles.
Geralmente, estes deuses, criados pelo próprio homem, serviam de apoio ao
sistema injusto e cruel que maltratava o povo, em especial os pobres. Em Israel
não se podia fazer imagem de Deus, não se podia imaginar como Deus era,
pois Ele é invisível e ninguém nunca o tinha visto. Do Deus verdadeiro não se
faz imagens, porque todas as imagens são inadequadas para Javé.

As Imagens no culto litúrgico da Igreja


                 
            Muitos cristãos católicos foram martirizados aos milhares porque se
recusaram a adorar imagens de deuses falsos. Eles estudaram a Bíblia com
atenção e jamais tiravam esses textos que proíbem imagens de seu contexto.
Comparando-os com outros textos bíblicos, ficaram convencidos de que Deus
proíbe imagens de deuses falsos, adoração de ídolos que representem falsos
valores, os quais induzem ao pecado. É o que faziam os povos vizinhos de
Israel, como vimos acima. No II Concílio de Nicéia (ano 787), defendeu-se a
veneração das imagens (pintura e escultura) de santos pelos cristãos e o uso
de símbolos nas celebrações litúrgicas porque a Igreja viu que elas são
importantes para a compreensão da mensagem do Evangelho e para a nossa
união com o mistério de Deus. O mesmo fez o Concilio Vaticano II, mantendo o
culto às imagens conforme a tradição (LG 67), contanto que seja em número
comedido e na ordem devida (SC 125).
            A primeira coisa que devemos fazer é procurar entender a diferença de
culto. Existem três diferenças importantíssimas e uma não se confunde com as
outras: 1ª) Culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar – É o culto
reservado somente a Deus; 2ª) Culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer
honrar – está reservado a São José e aos santos; 3ª Culto de hiperdulia(grego:
“hyper”, acima de; “douleuo”, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o
culto de adoração – este culto está reservado somente a Maria mãe de Jesus.
            Alguns protestantes protestam dizendo que toda a "inclinação",
"genuflexão", etc, é um ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.
Já demonstramos, com o trecho do Gênesis, que isso não procede. Todavia,
para deixar mais claro o problema, devemos recordar que o culto de "latria" (ou
de "dulia") é um ato interno da alma. A adoração é, eminentemente, um ato
interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as
circunstâncias e as disposições de alma de cada um.
            Os atos exteriores - como genuflexão, inclinação, etc -, são
classificados tendo em vista o "objeto" a que se destinam. Se é aos santos que
se presta a inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o
culto é de latria. Aliás, a inclinação pode ser até um ato de agressão, como no
caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso Senhor, "lhe cuspiram
no rosto e, prostrando-se de joelhos, o adoraram" (cf Mc 15, 19). Sendo assim,
a objeção protestante, dessa forma, cai por terra. Ou eles teriam que afirmar
que havia uma "adoração" por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo!
Eles simulavam uma adoração (ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de
atos exteriores, mas seu desejo era de zombaria.

A Igreja Católica não desobedece a Bíblia quando reza com as imagens


           É verdade, no Antigo Testamento Deus proibiu que fossem feitas as imagens : “Não
farás para ti imagem alguma do que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra,
nem do que há nas águas debaixo da terra” (cf Ex 20,4). Precisamos compreender a razão
desta proibição e este entendimento, creio que já foi nos dado nesta leitura.
            Mas, vamos esclarecer mais: o mesmo Deus que proibiu confeccionar
as imagens dos ídolos, ordenou que se fizessem “outras” imagens (cf Ex 25,
18). Tem o mesmo valor que os ídolos, as imagens que o Senhor mandou
Moisés confeccionar? Claro que não tem o mesmo valor ou sentido, pois a
finalidade delas eram para convidar o povo a rezar diante para da Arca da
Aliança e respeita-la! Observem que tanto as imagens dos anjos, como a Arca,
são objetos, frutos da produção humana. Porém com uma diferença, eram
objetos santificados por Deus para manifestar a sua glória (cf Num 21, 9).

O povo de Deus vivia no meio dos idólatras

            Os hebreus viviam no meio de povos idólatras, cujos deuses eram


concebidos como tendo formas visíveis, muitas vezes com figura de animais.
Para ressaltar a transcendência e a espiritualidade do Deus verdadeiro, este
preceito proibia que os israelitas representassem a divindade com imagens.
Com efeito, Deus em si mesmo não está ao alcance da nossa vista: é um ser
puramente espiritual, não tem corpo, não cabe nos limites do espaço, nem
pode ser representado por nenhuma figura. “Não vistes figura alguma no dia
em que o Senhor vos falou sobre o Horeb do meio do fogo” (cf Dt 4,15).

Jesus revelou a face escondida de Deus e a Igreja Católica passou a usar


as imagens sagradas

            Com a encarnação do Filho de Deus foi superada a proibição de se


fazer imagens que representasse Deus, pois ele mesmo se fez Carne, revelou
seu Rosto e habitou entre nós (cf Jo 1,14), Ele se tornou visível a nós como
homem. Invisível em sua divindade, Deus se tornou visível na humanidade de
nossa carne. Como diz o Prefácio do Natal do Senhor, reconhecendo a Jesus
como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que
não vemos.
            A diferença do cristianismo com todas as outras as religiões é que o
nosso Deus se fez homem. O centro da Fé cristã é o mistério de Jesus Cristo,
Deus e homem verdadeiro. Perfeitamente homem, sem deixar de ser Deus.
Mesmo depois da Ressurreição, o Cristo manteve a sua natureza humana na
sua integridade e perfeição, como fez questão de sublinhar aos Apóstolos:
“Olhai para as minhas mãos e pés, porque sou eu mesmo; apalpai, e vede,
porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que eu tenho”
(cf Lc 24,39). Até hoje, no Céu, dentro do peito de Jesus bate incessantemente
um coração de carne, em suas veias corre sangue verdadeiramente humano.
            Entendamos todos que Jesus Cristo é “a imagem visível de Deus
invisível” (cf. Col 1,15). Assim sendo, toda vez que honramos uma imagem
sagrada, damos testemunho da nossa Fé no mistério da Encarnação do Filho
de Deus. Portanto, quem renega as imagens, de certo modo atenta contra a fé
nesse mistério. Rejeitar as imagens sagradas é voltar à Antiga Lei, quando
Deus ainda não tinha se feito homem. Quem defende isso, para ser coerente,
deve também praticar a circuncisão e guardar o sábado, como é prescrito na
Lei de Moisés. Para essas pessoas, o Cristo não veio ainda.
            Portanto, beijar uma imagem ou acender diante dela uma vela não são
práticas idolátricas, mas atos de piedade. Somente pessoas ignorantes, que
não compreendem os dogmas da Fé em seu verdadeiro sentido, podem ter a
audácia de chamar de idolatria essas práticas.
            Quem honra uma imagem, honra a pessoa que nela está representada.
Aquilo que a Bíblia nos ensina com palavras, as imagens nos anunciam com
figuras visíveis. A imagem representa, ou seja, torna presente a pessoa
simbolizada. Todavia, não podemos confundir essa presença, que é
meramente uma presença simbólica, com a presença real de Nosso Senhor
Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Na imagem Jesus está
presente como em um símbolo, na Eucaristia como realidade substancial. Por
isso, diante do Santíssimo Sacramento fazemos genuflexão e o adoramos,
porque ali Ele está presente com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

O verdadeiro sentido das imagens que a Igreja Católica venera


            O sentido das imagens católicas está na linha da serpente de bronze
que Deus mandou Moisés esculpir (cf Num 21, 8-9), segundo a explicação
dada em Sabedoria 16,7: ”e quem se voltava para ele (o sinal da serpente), era
salvo, não em virtude do que via, mas graças a Ti, ó Salvador de todos”.  

José Wilson Fabrício da Silva, crl


(Cônego Regular lateranense)

BIBLIOGRAFIA:

BÍBLIA de Jerusalém, São Paulo, Paulus, 2012.

BÍBLIA DE ESTUDO, Palavras Chave Hebraico e Grego, 3Ed., Rio de Janeiro,


CPAD, 2012.

INTRODUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO, 4ª ed., Paulinas, São


Paulo, 2011.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, São Paulo, Loyola, 1993.                                                   


JOÃO PAULO II, Duodecim Saeculum. Carta Apostólica sobre a Veneração
das Imagens, 1987. Petrópolis: Vozes, 1988.

PONTIFICAL ROMANO. Ritual da dedicação de igreja e de altar, 1977. São


Paulo: Paulinas, 1984.

SCOMPARIM  A. F., A iconografia na Igreja Católica. São Paulo: Paulus,


2008.  
Postado há 5th October 2013 por José Wilson Fabricio

Você também pode gostar