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Foi criada na década de 1940, como imposto, com previsão nos artigos 578 a 610 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), cobrada dos trabalhadores que pertencem a uma
determinada categoria econômica ou profissional, mesmo que não sindicalizados.
Teve sua nomenclatura mudada para contribuição sindical, em 1967 com o Decreto-lei
229, inclusive ela foi endossada na constituição federal de 1988 e agora fora extinta pela
reforma trabalhista, em vigor a partir de novembro de 2017. Tendo em vista estes dados
preliminares passaremos a examinar o assunto em detalhes nas próximas páginas.
Além do mais estas não se confundem com a contribuição associativa, também chamada
de estatutária, devida todo mês pelos associados que desejem desfrutar de outros benefícios tais
como clubes e festas; nem muito menos com a contribuição assistencial, que se presta a cobrir
custos e benefícios de negociações coletivas.
Continuando, em 2008, o então presidente Lula sanciona a lei nº 11.648 que ratifica os
artigos 578 a 610 da CLT e dispõe que eles “vigorarão até que a lei venha a disciplinar a
contribuição negocial, vinculada ao exercício efetivo da negociação coletiva e à aprovação em
assembleia geral da categoria. ”
Vale esclarecer como é organizado o sistema sindical brasileiro, temos na base o próprio
sindicato, numa segunda instância representativa a encontra-se a federação que é formada por
no mínimo 5 sindicatos e como terceira instância a confederação que por sua vez é formada por
no mínimo 3 federações, contudo esta formação é o que muitos autores chamam de “estrutura
sindical de estado”, melhor abordada a frente.
Já as centrais sindicais são objeto de muita discussão uns dizem ser órgãos de cúpula
das três entidades anteriores, outros dizem ser uma quarta instância de representação. Por ora,
basta saber que, embora estas não representem juridicamente os trabalhadores, elas possuem
grande influência política no país e também recebem boa parcela das contribuições sindicais.
Portanto, temos um cenário em que havia uma comissão para estabelecer o imposto
sindical, sindicatos que dependiam do aval do Ministério do Trabalho para serem criados, um
não reconhecimento de negociações e/ou acordos coletivos de sindicatos com empregadores,
além de uma hierarquização dos sindicatos a qual afasta os mobimentos de trabalhadores do
poder político, ou seja, o estado se afasta da base e negocia somente com sindicalistas de
carreira.
Somados a estes pontos o imposto sindical coroava um sistema que não atendia aos
interesses dos trabalhadores, pelo contrário servia para sufocar os movimentos.Tendo em vista
que obtinham um dinheiro pelo qual não precisavam se quer representar e defender interesses de
sua base.
Apesar de ter demorado a surtir efeito a luta que começou a 4 décadas atrás ainda não
está acabada, em verdade, o que observamos é que este pequeno avanço na legislação apoiado
por diversas diplomas internacionais - tais como o acordo 87 da OIT e a Declaração
Sociolaboral do Mercosul - venho junto a uma enorme flexibilização dos direitos do
trabalhador.
………………………………………………………………..” (NR)
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Em entrevista com o então Presidente da CUT-DF, Rodrigo Brito, fica claro que
a retirada da obrigatoriedade da contribuição sindical nem de longe agradou a todos,
mas que, seria uma medida que diferenciaria os sindicatos com real trabalho de base. Há
alguns, a medida desestruturou o movimentou sindical, o que de modo geral, é uma
verdade. Nenhuma organização sindical estava preparada para perder tamanha quantia,
porém, com a fidelização de suas bases, bases reais, os grandes sindicatos
representativos conseguiram se manter, com a contribuição sindical voluntaria e se
aproximando um pouco mais, do que é colocado pela Organização Internacional do
Trabalho.
Até a vigência da Lei 13.467, 70% da renda dos sindicatos trabalhistas vem do
imposto sindical. Os sindicatos patronais, que apoiaram o fim do imposto sindical, por
sua vez, têm sua maior renda oriunda do Sistema S, que são entidades de direito
privado, sendo assim chamadas de paraestatais (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sebrae, Senar,
Sescoop, Sest, Senat). Essas entidades oferecem serviços educacionais e culturais, de
saúde. Em 2016, a renda do Sistema S foi de R$ 16 bilhões, o equivalente a quatro
vezes o valor do imposto sindical. Em 2017 o total foi de 2,7 bilhões foi seis vezes mais
O recurso é arrecadado pela Receita Federal mediante folha de pagamento das empresas
e repassado integralmente ao Sistema S. Essa receita é parafiscal, cuja despesa deva ter
atender a conotação social ou de interesse público. Questiona-se muito o Sistema S por
falta de transparência e pouca gratuidade dos serviços oferecidos.
Caberia aos sindicatos igualmente lutar para que a Lei nº 11.648/2008 — que
dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais — seja regulamentada.
Essa lei altera a CLT, conforme seu art. 7º: