UM INÍCIO
á três tipos de pessoas que se interrogam sobre o que as cerca. São eles
H os cientistas, os religiosos e os filósofos. Essas pessoas avaliam o mundo
e possuem respostas diversas sobre o mesmo assunto.
O cientista, ao se interrogar sobre a vida, poderá nos dizer que “ainda
não se sabe exatamente o momento em que uma vida é concebida, mas que
certamente é antes do nascimento e que após o nascimento, se não houver
nenhuma fatalidade, a criança se desenvolve, cresce, se reproduz e morre”.
Estas são fases da vida dos seres humanos e dos animais.
O religioso, ao se perguntar sobre a vida, poderá nos dizer que “a vida,
antes de tudo é um dom de Deus e deve ser preservado. Nascemos do ato de
amor de nossos pais. Mas, já nascemos com o pecado original, por isso, para
nos livrarmos de tal mal devemos ser batizados e educados segundo as leis
divinas e devemos, também, fazer da mesma maneira com nossos filhos e
netos e depois morremos e teremos a vida eterna. Essas são etapas da vida”.
O filósofo, ao se interrogar sobre a vida, pode chegar à conclusão de
que “foi jogado no mundo, está desamparado num mundo inóspito e que
Parece então que quem estuda não vai ter tempo, coragem e auto-
estima para fazer muita filosofia a não ser que se tornem profissio-
nais – pior ainda, já não tem tempo, coragem e auto-estima para
fazerem muita filosofia a não ser se já se tornaram aprendizes de
profissionais (BENSUSAN, 2002, p. 2).
Referências
BADIOU, A. Para uma nova teoria do sujeito. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
BESUSAN, H. Meus aspectos favoritos do ensino de filosofia (São políticos? São educacionais? Ou
são apenas filosóficos?). Goiânia, Mimeografado.
GHIRALDELLI JUNIOR, P. Caminhos da filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
PALÁCIOS, G. A. De como fazer filosofia sem ser grego, estar morto ou ser gênio. Goiânia: Ed. da
UFG, 1997.
PALÁCIOS, G. A. Alheio olhar. Goiânia: Ed. da UFG, 2004.
PORCHAT, O. A filosofia e a visão de mundo?. In: Manuscrito III, I. Campinas: Ed. da Unicamp,
1975.