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CURSO DE PSICOLOGIA
Guanambi – BA
2020
NOME (S) E SOBRENOME (S) DO (S) AUTOR (ES) DO PRÉ-PROJETO
Guanambi – BA
2020
Numeração página a partir daqui
O autismo, conhecido como transtorno espectro autista (TEA), autismo da infância, Tema
Contextualização do tema
autismo infantil precoce (AIP) e transtorno global do desenvolvimento (TGD), mais conhecido Questões norteadoras
2 PROBLEMA
suas características, como identificá-lo e, na maioria das vezes, quando se deparam com Profissionais – quais os ganhos para os profissionais da Psicologia
e/ou áreas afins com essa investigação?
situações em que é preciso se relacionar com crianças autistas ficam sem saber o que fazer.
Acadêmico – científicos – quais trabalhos já se têm publicados sobre
O desejo de falar sobre o autismo partiu da necessidade das pesquisadoras de conhecer o tema? O que eles descobriram? O que o trabalho de vocês tem de
inovador, considerando o que já tem sobre o tema?
mais sobre a temática e suas particularidades, a fim de ajudar outras pessoas e esclarecer
dúvidas tanto no campo educacional, quanto no campo da Psicologia.
Do ponto de vista profissional, sabe-se que a criança autista deve estar inserida no
contexto integral da escola e a instituição, por sua vez, precisa respeitar suas particularidades;
isso, pois, o autismo dá à pessoa características únicas e individuais. Todavia, nem todos sabem
disso e chegam a pensar que todos os autistas são iguais. Desse modo, o conhecimento sobre o
autismo não chega a todas as pessoas da mesma forma. Como exemplo podemos citar alguns
pais que, quando obtêm o diagnóstico de um filho, não fazem ideia do que fazer. O psicólogo
tem o potencial para auxiliar uma família nessa fase de descoberta e, portanto, o tema pode
colaborar para nossa experiência prática como futuras profissionais.
No âmbito social, o presente trabalho visa ganhos à comunidade escolar, à família e à
sociedade em geral, que poderão nortear os professores acerca das suas práticas pedagógicas,
com o intuito de que os alunos com TGD sejam, de fato, incluídos. Para a família e a sociedade,
pode-se destacar o acesso ao conhecimento sobre o autismo e suas especificidades, com a
intenção de fortalecer as relações com a escola e colaborar com o trabalho do professor.
Para fundamentar a justificativa acadêmico-científica desta pesquisa, foram realizadas
buscas por monografias publicadas entre os anos 2000 e 2018, período no qual o autismo tomou
maior proporção e passou a ser mais discutido na sociedade, tendo mais produções na área.
Numeração página a partir daqui
Desenvolvimento Humano, foi publicado no ano de 2016 e teve como objetivo analisar a
interação social da criança com autismo no contexto de uma instituição sem fins lucrativos. Os
resultados obtidos apontaram para a necessidade de capacitação pedagógica dos professores,
fundamentada em um currículo que oriente sua prática para oferecer ao aluno a possibilidade
de desenvolvimento de interações sociais, uma vez que a qualidade dessas interações pode
impulsionar o desenvolvimento humano dos mesmos.
Esses trabalhos trazem recortes aproximados ao tema desta pesquisa, em especial por
tratarem acerca das práticas pedagógicas e do processo de escolarização em instituição de rede
privada de crianças com autismo. No entanto, esta investigação traz um recorte diferenciado,
uma vez que busca especificar as estratégias pedagógicas utilizadas para a inclusão e
escolarização do autista no município de Guanambi.
6 METODOLOGIA
6.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA Comentado [AB7]: Precisa dizer que se trata de uma pesquisa
de abordagem qualitativa e fundamentar o porquê, como é feito nos
2 primeiros parágrafos do item 6.1
De acordo com Bauer (2002), a pesquisa qualitativa lida com interpretações das Depois precisa dizer qual o caráter da pesquisa conforme a
profundidade dos objetivos: exploratória, explicativa ou descritiva.
realidades sociais, sendo considerada uma pesquisa solft. Essa abordagem foi escolhida por Precisa também fundamentar, conforme está feito nos 3º e 4º
parágrafos do item 6.1
atender ao nosso objeto de pesquisa que inclui as relações de aluno/professor.
Em seguida, precisam deixar claro qual o tipo de pesquisa que será
A pesquisa qualitativa detalha a complexidade do problema, sendo necessário entender realizado – no caso de vocês, pode ser estudo de caso, pesquisa
bibliográfica, documental, etc. Precisa fundamentar o porquê da
os processos dinâmicos vividos nos grupos, contribuindo com o processo de mudança, escolha. O exemplo de como fazer isso está no 5º parágrafo do item
6.1
proporcionando entendimento das especificidades dos indivíduos. (DALFOVO; LANA;
SILVEIRA, 2008)
A pesquisa qualitativa tem caráter exploratório por permitir um maior contato entre o
pesquisador e o objeto de pesquisa. Minayo (2001) relata que, para obter êxito no trabalho de
campo, é necessário fazer uma programação bem definida da fase exploratória, pois essa fase é
um dos momentos mais importantes, visto que antecede e sucede a construção do projeto.
Lakatos e Marconi (2003) afirmam que a pesquisa de campo objetiva a obtenção de
informações e conhecimentos sobre determinado problema. Para Minayo (2001), a boa
realização do trabalho de campo deve ser determinada pelo investigador, pois o espaço da
pesquisa não precisa apenas do meio, mas sim de uma fundamentação teórica que sustente
aquilo que está sendo mostrado.
O método que se pretende utilizar é o estudo de caso, com a finalidade de compreender
um fenômeno social complexo. Conforme Yin (2005), o estudo de caso deve ser utilizado
Numeração página a partir daqui
A entrevista tem como objetivo adquirir dados relativos às concepções dos professores
acerca da inclusão dos alunos autistas. A observação ajudará na perceber se, de fato, as
estratégias pedagógicas são utilizadas pelos professores, propiciando comparações e contrastes
com as respostas obtidas na entrevista. O diário de campo tem como função nos nortear, a fim
de que tudo que foi entrevistado e observado não seja esquecido. A partir das anotações
cotidianas do percurso da pesquisa, pode-se ter uma percepção entre o objeto real e o objeto
estudado.
Na entrevista é possível tratar de temas que poderiam não ser investigados de forma
fidedigna, como através de questionários. A entrevista é uma das mais importantes técnicas de
obtenção de dados (ALVES-MAZZOTTI, GEWANDSZNAJDER, 1998). Optamos pela
entrevista semiestruturada, pois o entrevistador, mesmo fazendo perguntas específicas, deixa
que o entrevistado responda em seus próprios termos, garantindo-lhe a oportunidade de
concordar ou discordar ou, ainda, modificar a sua resposta.
A entrevista será realizada com dois tipos sujeitos distintos. Inicialmente, será realizada
uma entrevista semiestruturada com a coordenadora de educação especial do município, com o
objetivo de obter dados específicos, comparar opiniões entre professores e coordenadora.
A observação deve ser realizada em condições que favoreçam ao pesquisador responder
os propósitos que foram preestabelecidos. “A observação de fatos, comportamentos e cenários
é extremamente valorizada pelas pesquisas qualitativas” (ALVES-MAZZOTTI,
GEWANDSZNAJDER, 1998, p. 164).
Na observação o pesquisador entende o que procura e o que é importante em relação a
determinada situação; desse modo, deve ser objetivo, sabendo reconhecer os possíveis erros.
Em vista disso, é importante e faz-se necessário o uso da observação a partir de um roteiro
prévio de pontos que possam ser observados.
Nesta investigação, as anotações de campo serão feitas em um Diário, durante e após
cada ida a campo; seja para entrevista, conversas informais, observação, tudo deve ser anotado,
com a finalidade de não se esquecer dos detalhes ao longo do percurso de pesquisa. Esse
dispositivo de pesquisa traz também benefícios para a contextualização e o cruzamento dos
dados obtidos através dos demais instrumentos.
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FERRARI, Pierre. Autismo Infantil: o que é e como tratar. Tradução Marcelo Dias Almada.
Coleção Caminhos da Psicologia. São Paulo: Paulinas, 2007.
KANNER, Leo. Autistic Disturbances of Affective Contact. (Trad. Adriana Bomfim). Acta
Paedo- Psychiatrica, 1968, 35, 98-136, publication originale in Nervous Child, 1943, 2, 3,
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KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev. Bras. Psiquiatr. São
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.