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Resumo
Este artigo apresenta uma breve pesquisa bibliográfica dos conceitos de identidade,
cultura e reputação e suas inferências com a comunicação organizacional. Considera-se
que a construção e a manutenção dos relacionamentos com os públicos são relevantes
para legitimação das organizações no ambiente social. Além disso, decisões
organizacionais são capazes de afetar o cotidiano da sociedade, da mesma forma com
que organizações sofrem pressões externas, que podem vir a modificar seu
comportamento e suas políticas. É nesse cenário conflituoso de interesses que Van Riel
propõe a ideia de alinhamento organizacional, por meio de estratégias de comunicação
que visem a construção e manutenção de uma reputação organizacional forte.
1 Introdução
1
Trabalho submetido ao GP 3 - Comunicação, identidade e discursos do XI Congresso da Abrapcorp –
Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas, a ser
realizado de 15 a 19 de maio de 2017, na Universidade Federal de Minas Gerais/ Belo Horizonte.
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Mestre em Comunicação pela PUC Minas. Pesquisadora e professora da graduação e pós-graduação da
PUC Minas.
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Mestranda em Comunicação pela PUC Minas.
ISBN: 978-85-397-1078-2 1
Anais do XI Congresso Brasileiro Científico de Comunicação
Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp 2017)
15 e 19 de maio de 2017
ISBN: 978-85-397-1078-2 2
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15 e 19 de maio de 2017
ISBN: 978-85-397-1078-2 3
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Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp 2017)
15 e 19 de maio de 2017
Por ser uma teia estruturada e estruturante de significações, a cultura pode ser
considerada um mapa que orienta o comportamento e ações dos indivíduos, em
determinado contexto histórico e social. Esse entendimento da cultura como contexto
histórico-simbólico torna-se fundamental para se compreender como é formada e
interpretada a identidade e a imagem organizacional.
Considerando que a identidade organizacional se constitui com base no conjunto
de atributos centrais, distintivos e duradouros de uma organização, percebidos e
constituídos por seus empregados, é possível destacar que eles se constituem por meio
de elementos simbólicos e teias de significação que permeiam as organizações, por meio
da cultura organizacional.
ISBN: 978-85-397-1078-2 4
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Portanto, cultura e identidade são interdependentes, visto que a cultura serve como
base para a construção e legitimação da identidade organizacional, que por sua vez, é
uma das maneiras de se construir sentido sobre aquilo que se constitui como cultura
organizacional (Almeida, Paula e Bastos, 2012). A apreensão dos aspectos culturais das
organizações e sua interpretação simbólica são de extrema importância para a formação
de sua identidade e imagem, perante seus públicos.
A comunicação é essencial para a cultura e identidade organizacional porque “é na
e pela comunicação que a cultura experimenta tal dinâmica, pois a construção e a própria
existência de uma dada cultura pressupõe e exige comunicação” (Baldissera, 2011). Para
compreender essa perspectiva, deve-se considerar os sujeitos em interação, bem como
investigar os processos de disputas, (re)construção de sentidos e trocas que se
constroem por meio da comunicação.
Nessas trocas simbólicas pode ocorrer o que Fausto Neto (1992) chama de elos
associativos recebidos através do discurso, ou seja, a partir do que é dito pela emissão, o
sujeito supõe o que é falado, através de seus saberes anteriores, adquiridos pela cultura.
Assim, “o indivíduo tem a possibilidade de entrar na rede imaginária pelo investimento dos
seus mecanismos de projeção e de identificação, com aquilo que dá como objeto
ofertado” (NETO, 1992, p. 65).
No contexto organizacional tais elos associativos podem fazer parte da gestão dos
relacionamentos da organização com seus públicos, uma vez que, a coerência entre
traços culturais e identitários contribui para uma expressão favorável da organização, sua
imagem organizacional. Essa é formada pela interpretação dos atributos de sua
identidade organizacional, na qual possibilita que os sujeitos percebam a organização, de
modo individual ou coletivo. Nesse sentido, as autoras Almeida, Paula e Bastos (2012)
apontam a relevância da imagem para a legitimidade da organização junto a seus
públicos.
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O Reputation Institute é uma organização privada de pesquisa e consultoria fundada em 1997 por Charles
Fombrun, professor emérito da Stern School of Business (NYU) e Cees B.M. Van Riel, professor da
Rotterdam School of Management (Erasmus University).
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Esse requisito (alinhamento) pode levar a uma postura esquizofrênica por parte
dos gestores de comunicação, que precisam equilibrar os interesses e as
demandas da coalizão dominante interna - que corresponde aos poucos
indivíduos que efetivamente lideram a empresa, definem seu direcionamento e
ditam os valores e a cultura - com os desejos e as expectativas de grupos
externos (VAN RIEL, 2013, p. 2).
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Contudo, a licença para operar também pode estar relacionada às afetações dos
públicos sob as ações e estratégias organizacionais, visto que a desaprovação do público
interno e externo pode afetar diferentes processos organizacionais, influenciando assim
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dessas informações, Van Riel (2013) destaca a escolha do modelo de road map para a
construção do alinhamento.
O autor cita dois modelos de roads maps, com variações específicas para atender
as especificidades de cada público. Em geral, a escolha varia entre o foco da estratégia
de alinhamento, que pode ser na negociação ou na confrontação. Contudo, ambos
necessitam de processos de comunicação adequados e estratégicos. Van Riel (2013)
aponta que o foco na estratégia de negociação é importante para
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5 Considerações finais
Referências
ALMEIDA, Ana Luísa de Castro. Uma reflexão sobre a tangibilidade da reputação. In:
Marco Túlio Zanini (Org.). Gestão Integrada de Ativos Intangíveis. 1ed. Rio de Janeiro:
Qualitimark, 2008.
ISBN: 978-85-397-1078-2 14
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Sul.
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