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Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves

O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves foi inaugurado em 7 de setembro de


1986, patrocinado pela Fundação Bradesco e doado ao governo brasileiro durante a gestão de
José Sarney. Como não se trata de um mausoléu, o termo correto para designar o monumento
deveria ser "cenotáfio", significando um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma
pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local
desconhecido.
Está localizado na praça dos Três Poderes, em Brasília. Apresenta arquitetura modernista,
simbolizando uma pomba, criada por Oscar Niemeyer. Possui três pavimentos, somando área
total construída de 2 105 m². Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França,
François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985.
Seu intuito é homenagear todos aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira. Sua
concepção se deu durante a comoção nacional causada pela morte de Tancredo Neves, o
primeiro presidente brasileiro eleito democraticamente – ainda que indiretamente – após vinte
anos de regime militar, em 1984.
Os nomes dos homenageados constam no "Livro de Aço", também chamado "Livro dos
Heróis da Pátria", o qual lhes confere o status de "herói nacional". O tomo se encontra no
terceiro pavimento, entre o Painel da inconfidência, escultura em homenagem aos mártires do
levante mineiro oitocentista e o vitral de Marianne Peretti. Toda vez que um novo nome é
gravado em suas laudas de metal juntamente com sua respectiva biografia, uma cerimônia in
memoriam ao homenageado é realizada.
O edifício
O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na praça dos Três Poderes, em
Brasília, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1985.
Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15
de outubro de 1985 e o Panteão foi inaugurado em 7 de setembro de 1986.1
O Panteão possui três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Em seu
interior, no salão Vermelho, encontra-se o mural da Liberdade, do artista plástico Athos Bulcão.
No terceiro pavimento, localiza-se o vitral de autoria de Marianne Peretti (também autora
dos vitrais da catedral de Nossa Senhora Aparecida).
No lado externo, no alto de uma torre erguida em diagonal, arde a chama eterna. Uma
chama pequena, que representa a liberdade do povo e a independência do País.
O Panteão foi tombado em 2007, pelo IPHAN, junto com outras 34 obras de Oscar
Niemeyer, que completara cem anos.2
Homenageados
Os nomes que ora constam no "Livro de Aço" são:
Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o primeiro nome no Livro em 21 de abril
de 1992 por ocasião do bicentenário de sua execução.
Zumbi dos Palmares, inserido em 21 de março de 1997.
Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, incluído em 15 de novembro de 1997 por ocasião do
108.º aniversário da proclamação da República.
Sua Majestade Imperial & Real(S.M.I.&R) Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil,
proclamador da independência e fundador do Império brasileiro, incluído em 5 de setembro de
1999 por ocasião do 177.º aniversário da proclamação da independência do Brasil em relação ao
reino unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Marechal Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias, incluído em 28 de janeiro de 2003.
Coronel José Plácido de Castro, incluído em 17 de novembro de 2004 por ocasião do
centenário da celebração do Tratado de Petrópolis.
Almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, incluído em 13 de dezembro
de 2004 por ocasião do 197.º aniversário de seu nascimento, instituído como Dia do Marinheiro.
Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas, incluído em 11 de junho
de 2005 por ocasião do 140.º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.
Marechal-do-ar Alberto Santos Dumont, incluído em 26 de julho de 2006 por ocasião do
centenário do voo do 14 Bis.
José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, incluído em 21 de abril de
2007.
Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, conhecidos pela sigla MMDC, herois paulistas da
Revolução Constitucionalista de 1932, incluídos em 20 de junho de 2011.
Diferentemente doutros panteões, o Panteão da Pátria não contém túmulo de nenhum dos
homenageados. A estrutura abriga também duas esculturas que homenageiam os mártires da
inconfidência Mineira. A primeira, intitulada Mural da Liberdade, foi realizada por Athos Bulcão e
localiza-se no segundo pavimento no salão Vermelho. Constitui-se de três muros modulares,
cada qual medindo 13,54 m de comprimento por 2,76 metros de altura, formando o triângulo
símbolo do movimento mineiro. A segunda, intitulada Painel da Inconfidência Mineira, foi
realizada por João Câmara Filho e localiza-se no terceiro pavimento. Constitui-se de sete
painéis, cada qual ilustrando uma fase da inconfidência, tendo como foco o suplício de
Tiradentes.
Em espera
Alguns nomes propostos para o Livro de Aço ainda não foram efetivamente inseridos, por
motivos não suficientemente claros, apesar de seus projetos de lei terem entrado em vigor. São
eles:
Francisco Alves Mendes Filho, o "Chico Mendes", incluído em 22 de setembro de 2004 pela
lei 10.952.3 Deve-se salientar que a aprovação dessa lei é anterior à que estipula os critérios de
inserção de nomes no Livro de Aço, 11.597/2007, dentre os quais a obrigatoriedade do
homenageado ter morrido há pelo menos cinquenta anos.
Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca, incluído em 11 de outubro de 2007
pela lei 11.528.4
Marechal Manuel Luís Osório, marquês do Erval, incluído em 27 de maio de 2008 pela lei
11.680.5
Ildefonso Pereira Correia, barão do Serro Azul, incluído em 16 de dezembro de 2008 pela lei
11.863[2], de 2008.
Brigadeiro Antônio de Sampaio pela lei 11.932, de 24 de abril de 2009
Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense, incluído em 21 de setembro de
2009,6
Ana Néri, tida como a primeira enfermeira brasileira e heroína na guerra do Paraguai,
incluída em 2 de dezembro de 2009, pela lei 12.105.7
Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça, jornalista criador do Correio Braziliense, pela
Lei nº 12.283, de 5 de julho de 2010 (projeto de lei 4401/2001).
Padre José de Anchieta, pela Lei nº 12.284, de 5 de julho de 2010 (projeto de lei 810/2003)
Getúlio Vargas, teve seu nome incluído, pela lei 12.326, de 15 de setembro de 2010.
Anita Garibaldi, incluída pela lei 12.615, de 30 de abril de 2012.
Padre Roberto Landell de Moura, o 'pai brasileiro do rádio', incluído em 30 de abril de 2012.
Francisco Barreto de Meneses, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique
Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso, heróis da Batalha dos Guararapes, que
expulsou os neerlandeses de Pernambuco no séc. XVII, incluídos pela Lei nº 12.701, de 6 de
agosto de 2012.
Candidatos
Algumas personalidades da história do Brasil tiveram seus nomes propostos para o Livro de
Aço, mas ainda hoje não constam. Todo nome deve ser proposto na forma de projeto de lei.
Entre os indicados, destacam-se:
Maria Quitéria de Jesus, patronesse do Quadro Complementar de Oficiais, pelo projeto de
lei 1474/2007.
Júlio César Ribeiro de Sousa, inventor pioneiro da dirigibilidade aérea, pelo projeto de lei
7466/2006.
Eduardo Francisco Nogueira, o Eduardo Angelim, terceiro presidente cabano, pelo projeto
de lei 7311/2006.
Marechal-do-ar Eduardo Gomes, tenentista que ajudou na criação do Correio Aéreo
Nacional, pelo projeto de lei 6918/2006.
General Joaquim Xavier Curado, conde de São João das Duas Barras, pelo projeto de lei
6917/2006.
João Cândido Felisberto, o Almirante Negro, pelo projeto de lei 5874/2005.
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, abolicionista, pelo projeto de lei 5873/2005.
Soldado Mário Kozel Filho, pelo projeto de lei 5508/2005.
As vinte e duas vítimas do acidente durante o lançamento do VLS-1, pelo projeto de lei
1848/2003.
Sérgio Vieira de Melo, diplomata morto durante missão em Bagdad, pelo projeto de lei
1782/2003.
Doutor Vital Brasil Mineiro da Campanha, médico imunologista, fundador do Instituto
Butantã, pelo projeto de lei 1604/2003.
Doutor Osvaldo Gonçalves Cruz, cientista e médico que participou da fundação da
Academia Brasileira de Ciências, pelo projeto de lei 1494/2003.
Marechal João Batista Mascarenhas de Morais, um dos comandantes a Força
Expedicionária Brasileira durante a ocupação do Monte Castelo, pelo projeto de lei 1295/2003.
Heitor Villa-Lobos, maestro, pelo projeto de lei 1165/2003.
Brigadeiro José Vieira Couto de Magalhães, intelectual e sertanista, pelo projeto de lei
954/2003.
Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, pelo projeto de lei 562/2003.
Antônio Carlos Gomes, operista, pelos Projetos de Lei 1407/03 e 1549/2011.
José Maria da Silva Paranhos Júnior, barão do Rio Branco, pelo projeto de lei 7403/2002.
João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira, Luís Gonzaga das Virgens e
Lucas Dantas Torres, líderes da Conjuração Baiana, por projeto de lei de 1997.
José Gomes Pinheiro Machado, um dos líderes da propaganda republicana, defensor da
República na Revolução Federalista e senador, pelo projeto de lei do Senado 33/2009.8

HERÓIS NACIONAIS

Registrados honrosamente no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, exposto no salão


principal do Panteão da Pátria Tancredo Neves, em Brasília, os nossos heróis nacionais são:
Na sequência:

Almirante Barroso – Foi o comandante que conduziu a Armada Brasileira à vitória na


Batalha do Riachuelo, durante a Guerra da Tríplice Aliança.
Almirante Tamandaré – Joaquim Marques Lisboa, Patrono da Marinha Brasileira, nasceu
no dia 13/12/1807 – data em que se comemora o Dia Nacional do Marinheiro. Participou de
várias batalhas importantes para garantir a liberdade e a soberania do Brasil: Guerra da
Independência, Guerra da Cisplatina, Guerra dos Farrapos, Revolução Praieira (em
Pernambuco) e Guerra da Tríplice Aliança. Ele recebeu vários títulos, entre eles: Visconde,
Conde e Marquês de Tamandaré. Algumas homenagens:

– Cédula de Cr$ 1,00 (Um Cruzeiro) com sua efígie no anverso e uma vista do Monumento da
Praia de Botafogo no reverso.
– Selo de Cr$ 0,10 (dez centavos) com sua efígie. 10/12/1957 – Sesquicentenário do
Nascimento do Gen. Tamandaré. Yvert: 637. RHM: C-398...
– Selo Almirante Tamandaré – Herói Nacional. (abaixo, no centro da tela).

Plácido de Castro – José Plácido de Castro (1873-1908) foi um político e militar


brasileiro, líder da Revolução Acreana e que governou o estado do Acre.

Marechal Luís Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias – Patrono do Exército Brasileiro

Nascido em 25/08/1803, no Rio de Janeiro, Luís Alves de Lima e Silva, teve uma vida
toda dedicada ao serviço da Pátria, assumindo diversas funções em sua carreira: por três vezes
presidente do Conselho de Ministros, presidente de duas províncias e senador do Império.
Restabeleceu a ordem, preservou as instituições, recompôs a coesão nacional e salvou a
unidade da Pátria. Daí ter passado à História como “O Pacificador”.

Personificou o Pacificador e Unificador da Pátria, encarnou o herói do Império e projetou


sua luminosa presença à República por nascer. Homem culto, também foi associado ao Instituto
Geográfico Brasileiro; presidente de honra do Institut D’Afrique; sócio honorário do Instituto
Politécnico Brasileiro e sócio efetivo da Sociedade dos Veteranos da Independência da Bahia.
Duque de Caxias morreu em 07/05/1880 e seus restos mortais, assim como os de sua esposa e
de seu filho, repousam no Panteon à Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias,
na cidade do Rio de Janeiro.
No ano do centenário de seu nascimento, exatamente no dia 25/08/1923, a data de seu
aniversário natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro. O
Decreto do Governo Federal de 13/03/1962 também imortalizou o nome do invicto Duque de
Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro. Portanto em homenagem a esse grande herói
brasileiro, comemora-se, em 25 de agosto, o Dia do Soldado, reverenciando-se a figura do
Patrono do Exército Brasileiro.

Selos Postais alusivos a Duque de Caxias:


25/08/1953 – Série Sesquicentenário Natalício do Duque de Caxias, cujos selos mostram: vitrô
(Cr$ 0,60), mausoléu (Cr$ 1,20), Caxias (Cr$ 1,70), Brasão (Cr$ 3,80) e Caxias (Cr$ 5,80),
respectivamente. RHM: C-307/C-311. RHM: C-307a: “1958” ao invés de 1953.
25/08/1969 – Série Exército Brasileiro – Fator de Segurança e Desenvolvimento Nacional. Yvert:
900/901. RHM: C-644/C-645.
25/08/1971 – Selo Semana do Exército – Duque de Caxias. Valor facial: 20 cts.Yvert: 960. RHM:
C-703.

07/05/1980 – Selo Homenagem a Duque de Caxias. Valor facial: Cr$ 4,00. RHM: C-1141.

Em 12/09/1939, com valor facial de 400 réis, foi emitido o selo “Dia do Soldado”, cuja
imagem, em azul vivo, mostra Duque de Caxias. RHM: C-138. Do lado direito da tela, selo
Duque de Caxias – Herói Nacional. No centro da tela, selo emitido em 25/08/2003 alusivo aos
“200 Anos do Nascimento de Duque de Caxias”. Edital: 13. Locais de Lançamento: Rio de
Janeiro (RJ), Três Corações (MG) e Brasília (DF). O selo apresenta a imagem de Duque de
Caxias tendo, à frente, a espada entrelaçada com louros e, ao fundo, a imagem da Guerra dos
Farrapos (Rio Grande do Sul, 1835), representando mais uma vitória alcançada.

II GUERRA MUNDIAL

Com o início da Segunda Guerra Mundial em 01/09/1939, o Presidente Getúlio Dornelles


Vargas (1937-1945) manteve posicionamento neutro até 1941, quando criou o Ministério da
Aeronáutica, estabelecendo a Força Aérea Brasileira – FAB. O Ministro de Guerra era Eurico
Gaspar Dutra.

Também conhecida como Aeronáutica, a FAB é uma das três forças armadas do Brasil
que obteve seu batismo de fogo durante a Segunda Guerra Mundial participando da guerra anti-
submarino no Atlântico Sul e, na Europa, como integrante da Força Expedicionária Brasileira –
FEB. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as
forças militares brasileiras que participaram do conflito. Foram enviadas para a Itália duas
unidades aéreas da FAB, o 1º Grupo de Aviação de Caça, o “Senta a Pua!”, e a Primeira
Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO).

O Brasil cooperou com o sistema de defesa do continente, desde os primeiros dias da


guerra. Participou das conferências realizadas em Lima, em Havana e, finalmente, no Rio de
Janeiro. Cedeu bases navais em Salvador e Recife para navios americanos. Permitiu a
instalação de bases aéreas, sobretudo em Natal e Recife, e assentiu com a possibilidade de
utilização, para o mesmo fim, da ilha de Fernando de Noronha, meio caminho entre Natal (Brasil)
e Dacar (Senegal), que eram os dois pontos avançados do Atlântico Sul.

Em janeiro de 1942, o arquipélago de Fernando de Noronha foi declarado Zona Militar,


enviando-se para a Vila dos Remédios, capital desse território, um contingente do Exército
brasileiro, que permaneceu na ilha por três anos e oito meses... No mesmo ano, os aliados
decidem ocupar Marrocos para evitar um avanço nazista até Dacar... Nota: Dacar é o ponto mais
avançado da África no Oceano Atlântico. Natal, no Rio Grande do Norte é o ponto mais
avançado da América do Sul no mesmo oceano. Entre eles, fica o arquipélago de Fernando de
Noronha. Dá para imaginar o valor estratégico desses três acidentes geográficos...

Só em 02/07/1944 que teve início o transporte do primeiro escalão da FEB, sob o


comando do General João Batista Mascarenhas de Morais, com destino à Nápoles... A FEB foi
integrada ao 4º corpo do Exército Norte-americano... Em 1945, foi emitida a Série Vitória dos
Aliados...

Nota: A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi marcada pelo envio da
FEB ao teatro de operações italiano, em favor dos Aliados. Entretanto, muitas vezes o país
esteve mais próximo ao Eixo, a própria constituição de 1937 apresentava características
fascistas. Entre os fatores que fizeram com que a entrado do país na guerra tenha sido ao lados
dos Aliados, figuram: a aproximação cultural traçada com os EUA, o financiamento da
construção da CSN através de capital estadounidense e o afundamento de navios mercantes
brasileiro por submarinos alemães (U-Boats).

18/07/1945 – Série de 5 selos “Homenagem à FEB – Força Expedicionária Brasileira”,


sendo que quatro deles mostram o símbolo de uma cobra fumando cachimbo: Emblema (Cr$
0,20 centavos), Símbolo (Cr$ 0,40 centavos), Bandeira Americana (Cr$ 1,00 cruzeiro), Brandeira
Brasileira (Cr$ 2,00 cruzeiros) e Vitória (Cr$ 5,00 cruzeiros)... A FEB adotou como lema “A cobra
está fumando” em alusão ao que se dizia à época que era “mais fácil uma cobra fumar do que o
Brasil entrar na guerra”... RHM: C-206/C-210. (falta a imagem)

O selo do lado direito da tela, emitido em 18/06/1949 com valor facial de Cr$ 0,60
centavos, presta Homenagem à Força Aérea Brasileira na Itália – esquadrão aéreo brasileiro
que participou da II Guerra Mundial. “Senta a Pua!” é o símbolo e grito de guerra do 1º Grupo de
Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, tendo suas origens na Segunda Guerra Mundial.
RHM: C-246. Do lado esquerdo, folhinha filatélica do Ministério da Aeronáutica emitida junto ao
selo que foi obliterado por carimbo Rio de Janeiro.
Abaixo (do lado esquerdo da tela), selo emitido em 14/09/1970 alusivo ao “Jubileu de
Prata da Vitória” (25th Anniv of World War II Victory), com valor facial de 20 centavos, mostra
emblemas e símbolos das Forças Armadas... SG: 1304. RHM: C-684.

Do lado direito, série de 2 valores “150 Anos da Pacificação da Revolução Farroupilha e


50 Anos da Tomada de Monte Castelo”, emitida em 21/02/1995, cujos selos têm valor facial de
R$ 0,12 centavos cada e mostram Duque de Caxias e soldado com Bandeira Nacional... RHM:
C-1934/C-1935.

25/08/2004 – Série de 4 valores “Brasil na Segunda Guerra Mundial”. Os três primeiros


selos apresentam, no canto superior direito, medalhas condecorativas, e, no canto inferior
esquerdo, os distintivos da FAB, da Marinha e da FEB, nos selos correspondentes. No 1º selo é
representada a atuação da FAB pelo avião modelo Thunderbolt P-47D, do 1º Grupo de Aviação
de Caça. O 2º selo focaliza a Marinha no patrulhamento da costa, com o contratorpedeiro
Marcílio Dias – M1 (quinto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao
imperial marinheiro de mesmo nome, herói na Batalha Naval de Riachuelo, na Guerra da Tríplice
Aliança contra o Paraguai). O 3º selo presta homenagem à FEB enfatizando a batalha histórica
de 21/02/1945, com a retomada do Monte Castelo pelas Forças Aliadas. No 4º selo, que ressalta
a ação dos Correios, vê-se em primeiro plano, um soldado da FEB com uma carta nas mãos e,
ao fundo, uma peça de artilharia das Forças Aliadas. Em seu canto inferior esquerdo, vê-se o
Brasão da República do Brasil, com a inscrição Correio, conforme impressos oficiais da época.

07/03/2008 – Selo “200 Anos do Corpo de Fuzileiros Navais”, com valor facial de 1 Porte
Carta Comercial. O selo enfoca a simulação de um desembarque em praia, mostrando os meios
utilizados pelos fuzileiros navais, em terra, na água e no ar. Em primeiro plano, temos três
elementos do pelotão, efetuando a operação do desembarque e reconhecimento. Em segundo
plano o navio, exclusivo de utilização dos fuzileiros navais, o NDCC Mattoso Maia (navio de
desembarque de carros de combate) em apoio tático e logístico. Acima, uma imagem do
helicóptero Super Puma do esquadrão HU-2 da Marinha do Brasil, em ação, utilizado pelos
fuzileiros navais em salto ou rapel. A arma simboliza a atuação dos fuzileiros navais como
defensores da Pátria. Nos cantos superiores foram aplicados os brasões oficiais da Marinha do
Brasil e do Corpo de Fuzileiros Navais. Sua presença nos três ambientes originou o lema
“ADSUMUS”, que significa “aqui estamos”.

Tiradentes

Abaixo (do lado esquerdo da tela), bloco emitido em 21/04/1992 alusivo ao Bicentenário
da Execução de Tiradentes – Joaquim José da Silva Xavier (1792-1992), com valor facial de Cr$
3.500,00 cruzeiros, mostra Escultura... e aspecto da cidade de Ouro Preto... RHM: B-91.

No centro da tela, selo emitido em 12/11/1948 alusivo ao Bicentenário de Nascimento do


Alferes Joaquim José da Silva Xavier, “O Tiradentes” (1748-1948), com valor facial de Cr$ 0,40
centavos, mostra a efígie de Tiradentes... RHM: C-240 + FA-13. Do lado direito, selo Tiradentes
– Herói Nacional.
Zumbi dos Palmares

Zumbi (União dos Palmares, 1655 – Viçosa, 20/11/1695) foi escravo e último dos líderes
do Quilombo dos Palmares – quilombo localizado em Alagoas, do qual escravos negros fugidos
fizeram um estado, no século XVII. O Quilombo dos Palmares é um dos principais símbolos da
resistência negra na época da escravidão, também conhecido por Angola Janga, que significa
Angola Pequena. Localizava-se na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas, local de grandes
plantações de cana-de-açúcar. Quilombo significa um lugar escondido ou fortificado em que se
refugiavam escravos fugidos.

Apesar das tentativas de aculturá-lo, Zumbi fugiu e, com 15 anos, retornou ao seu local
de origem. Tornou-se conhecido pela sua destreza e astúcia na luta – um notável estrategista
militar. Organizou o Quilombo dos Palmares e liderou a luta contra os brancos. Após a rendição
do quilombo, escapou e continuou a resistência até que, descoberto seu esconderijo, foi
assassinado. Nota: A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do termo “nzumbe”, do idioma africano
quimbundo, e significa fantasma que vaga pela noite, espectro, alma de pessoa falecida,
segundo lenda afro-brasileira.

Durante cem anos (1595-1695), Palmares constituiu um foco de resistência aos ataques
da Coroa, conseguindo também ter uma vida social extremamente organizada, chegando a
contar, em 1640, segundo os holandeses, quase dez mil quilombolas. Era de interesse dos
grandes proprietários de terra aniquilar Palmares, para tentar recuperar escravos e para evitar
que, tendo Palmares como referência, os escravos tivessem maior motivação para a fuga.

No dia 01/06/1990, ocorreu a inauguração do Memorial Zumbi dos Palmares, em Volta


Redonda (RJ). Desde 1995, a data de sua morte foi adotada como o Dia Nacional da
Consciência Negra ou Dia de Zumbi dos Palmares, pois neste mesmo dia, mas trezentos anos
depois, ocorreu em Brasília a Marcha Zumbi dos Palmares: contra o racismo, pela cidadania e
vida. A cada ano, o dia 20 de novembro se consolida como uma data de grande significado no
calendário histórico nacional.

A memória de Zumbi dos Palmares reafirma-se no Panteão dos Heróis que escreveram,
com a própria vida, a história do povo brasileiro, na luta por ideais grandiosos, tais como
igualdade e justiça social. Para Zumbi, o mais importante não era viver livre, mas libertar todos
os negros ainda escravos. Em função da sua expressão histórica e da resistência que
representa, o dia 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, foi adotado pelo
Movimento Negro Brasileiro como o Dia Nacional da Consciência Negra, data que é celebrada
em todo o país.

O poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeriu que se comemorasse nesta data porque era
mais significativa para a comunidade negra brasileira do que o dia 13/05. “Treze de maio traição,
liberdade sem asas e fome sem pão”, assim definia Silveira o Dia da Abolição da escravatura em
um de seus poemas, referindo-se à lei que libertou os escravos, mas sem lhes dar condições de
trabalhar e viver com dignidade. Zumbi é considerado símbolo da resistência contra a
escravidão, por isso, as entidades e organizações não governamentais dos movimentos negros
no Brasil definiram esse dia para manter viva a memória dessa figura histórica e sua importância
na luta pela libertação dos escravos. Enfim, no dia 09/01/2003 o Congresso Brasileiro aprovou a
Lei Federal (nº 10.639) criando este dia.

Abaixo (lado esquerdo da tela), selo emitido em 30/08/2001 para marcar a Conferência
Mundial Contra o Racismo, com valor facial de R$ 1,30 centavos de reais. Do lado direito, selo
Zumbi dos Palmares – Herói Nacional. Em 21/03/1997, Zumbi dos Palmares foi incluído na
galeria dos Heróis Nacionais...

No centro, emitido em 20/11/2001 em comemoração ao Dia Nacional da Consciência


Negra, com valor facial de R$ 0,40 centavos, o selo reúne imagens de importante significado: o
martelo (representando a justiça), o livro (o direito à educação) e as engrenagens (o trabalho).
Outro detalhe é o muro, ao fundo, pixado com a palavra consciência – uma forma de protesto. À
esquerda, um menino negro com um olhar distante a observar todas as imagens. As cores da
bandeira nacional ocupam todo o selo e uma pomba, justamente na cor azul, representa o céu.

– Bloco emitido em 20/11/1995 alusivo aos 300 Anos da Morte de Zumbi dos Palmares,
com valor facial de R$ 1,05 centavos, mostra Negros e Zumbi. RHM: B-102.

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