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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DCAM
Nº 70079288635 (Nº CNJ: 0294075-13.2018.8.21.7000)
2018/CÍVEL
ACÓRDÃO
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DCAM
Nº 70079288635 (Nº CNJ: 0294075-13.2018.8.21.7000)
2018/CÍVEL
RELATÓRIO
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DCAM
Nº 70079288635 (Nº CNJ: 0294075-13.2018.8.21.7000)
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circunstâncias essas que restam cabalmente demonstradas nos autos. Outrossim, destacam
que também foi comprovado nos autos que a adulteração do chassi ocorreu antes da
transação entre eles havida, independente de não ser possível afirmar quando efetivamente
tal fato aconteceu. Assim, requerem a reforma da sentença, para que a ação seja julgada
procedente, sendo o réu condenado ao pagamento do valor que dispenderam para a compra
do bem, atualizado desde a data da venda, em 1996.
Contrarrazoando (fls. 155/165), o réu requer a manutenção da decisão,
alegando, resumidamente, que os autores não são os evictos, uma vez que alienaram
onerosamente o bem aos adquirentes Altair e Edson, de modo que a pretensão diz com o
direito de regresso e, em assim sendo, deve ser demonstrado o ato ilícito praticado por ele, o
que não ocorreu. Encerra pugnando pela manutenção da sentença.
É o relatório.
VOTOS
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Pois bem, ainda que o feito conte com inúmeras diligências, algumas
absolutamente inócuas e vazias, por conta da inacreditável desorganização dos órgãos
policiais, a gerar perplexidade, certo é que o caminhão em questão contava com o mesmo
número de chassis quando foi adquirido pelos autores e quando foi periciado pelo DETRAN
de Guaporé, já em posse de terceiro que então o havia comprado. Isso se verifica pelo DUT
do veículo de fl. 09, quando houve a transferência do bem do réu para os autores e do DUT
de fl. 62, na alienação aos terceiros Altair e Edson. Em ambos consta o mesmo número de
chassi (9BM384024KB838540), que depois se constatou ser adulterado, consoante laudo de
fls. 102/105.
Mais que tal aspecto não é preciso saber para definir a responsabilidade pela
circulação e negociação do caminhão, mostrando-se desnecessário que se demonstre em que
momento, e quem, operada a alteração do chassi. Fato é que o caminhão foi vendido pelo réu
aos autores já com o chassi adulterado, desimportando se esse possuía conhecimento ou não
sobre tal circunstância, porquanto, ainda que não tenham sido os autores a perder a
posse/propriedade do caminhão por ação de autoridade policial, o fundamento que serviu
para que estes indenizassem os terceiros adquirentes (Altair e Edson) é exatamente o mesmo:
o prejuízo deles pela aquisição de um veículo que já lhes fora transferido pelo requerido com
as irregularidades constatadas em outubro de 2000 (fls. 102/105)e que, em suma, determinou
a perda absoluta de domínio do bem e da correspondente fruição de uso.
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