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Casos Explor Recursos Minerais Resolucao

Tópicos em Contabilidade II (Universidade Lusófona de Humanidades e Technologias)

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Baixado por Lara Mendes (laramendesbacalhau@gmail.com)
lOMoARcPSD|4584365

Inna Paiva, Pedro Ribeiro Tópicos em Contabilidade II

Licenciatura em Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria – Escola das Ciências Económicas e das


Organizações

Exploração e avaliação de recursos minerais - Caso 4


A GOBR, SA, dedica-se à atividade de exploração e produção petrolífera, explorando
atualmente jazidas na Arábia Saudita e em Angola. No início do período de 2014, de
acordo com a estratégia desenvolvida da atividade em Portugal Continental, incorreu nas
seguintes dispêndios relacionados com a exploração do novo ”campo”, situado a 60
milhas marítimas ao largo do Arquipélago das Berlengas:
1. Mês janeiro: ação de formação externa para os engenheiros envolvidos no projeto,
no montante de 10.000 euros e pagamento de honorários ao engenheiro
responsável pela elaboração do projeto de exploração, no montante de 12.000
euros;
2. Mês fevereiro: pagamento dos direitos de exploração ao Estado Português, pelo
período de 5 anos, no montante de 800.000 euros;
3. Mês de abril: estudo geológico realizado pela Ingbdes, Lda., no montante de
300.000 euros;
4. Mês de maio: aquisição de um barco no montante de 200.000 euros para apoiar as
atividades de exploração e avaliação dos recursos petrolíferos, bem como de uma
plataforma no montante de 150.000 euros;
5. Mês de julho: foi demonstrada a exequibilidade técnica e viabilidade comercial
da extração do petróleo, a qual começou de imediato. Neste mês os gastos com
pessoal afeto ao “campo” ascenderam a 260.000 euros. Ainda neste mês, a
entidade despendeu 80.000 euros com a publicidade da descoberta.

Pretende-se:
O reconhecimento e mensuração dos ativos de exploração e avaliação de recursos
minerais (sem consideração de qualquer imposto). Considere que todos os pagamentos e
recebimentos são efetuados da conta depósitos à ordem.
Resolução:
1 – Os dispêndios incorridos antes de a entidade ter obtido os direitos legais de explorar uma área
específica não são considerados dispêndios de exploração e avaliação de recursos minerais
(NCRF 16, p. 4, a)). Também as despesas de formação do pessoal em circunstância alguma devem
ser consideradas como ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis (NCRF 6, p.29, b) e NCRF 7,
p.20, c)). Assim, os dispêndios suportados no mês de janeiro devem ser reconhecidos como
gastos, como segue:

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


janeiro 6221 – Trabalhos especializados 10.000
12-Depósitos à ordem 10.000

6224-Honorários 12.000
12-Depósitos à ordem 12.000

2 – Os dispêndios incorridos após a entidade ter obtido os direitos legais de explorar uma área
específica são considerados dispêndios de exploração e avaliação de recursos minerais (NCRF

Baixado por Lara Mendes (laramendesbacalhau@gmail.com)


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16, p.4, a) e p.9, a)). Os direitos de exploração e avaliação são tratados como ativos intangíveis
(NCRF 16, p.16), como segue:

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


fevereiro 446 – Outros ativos intangíveis – direitos de 800.000
exploração
12-Depósitos à ordem 800.000

3 – O estudo geológico também pode ser considerado como um ativo intangível de exploração
(NCRF 16, p.9, b)), como segue:

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


abril 446 – Outros ativos intangíveis – estudo 300.000
geológico
12-Depósitos à ordem 300.000

4 – A aquisição de um barco e da plataforma são considerados como ativos fixos tangíveis de


exploração (NCRF 16, p.16), como segue:

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


maio 4344 – Equipamento de transporte 200.000
12-Depósitos à ordem 200.000
433 – Equipamento básico 150.000
12-Depósitos à ordem 150.000

5 – Após de ser demonstrada a exequibilidade técnica e viabilidade comercial da extração do


petróleo, a entidade não deve continuar a aplicar o disposto na NCRF 16 aos dispêndios
subsequentes (NCRF 16, p.4, b)). Logo, os gastos com o pessoal deste mês não podem ser
capitalizados como ativo, Os custos com a publicidade da descoberta também não podem ser
capitalizados (NCRF 6, p.29, a)). Assim,

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


julho 63 – Gastos com pessoal 260.000
12-Depósitos à ordem 260.000
6222 – Publicidade e propaganda 80.000
12-Depósitos à ordem 80.000

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Agricultura - Caso 5
A empresa Agrícola, SA, sediada em Castro Verde, adquiriu em 2 de janeiro de
2014 um rebanho composto por 2.000 ovelhas, ao preço de 70 euros/unidade, e 100
carneiros ao preço de 200 euros/unidade, tendo em vista a produção de leite, lã e borregos.
À data da aquisição, as ovelhas tinham 18 meses de idade e os carneiros 24 meses de
idade.
Existe um mercado semanal em Beja, onde, naquela data, as ovelhas de 18 meses
eram comercializadas ao preço de 80 euros e os carneiros ao preço de 190 euros.
O custo de transporte do Castro Verde para Beja é de 2 euros por animal e taxa de
negociação a pagar por cada animal é de 3 euros.

Os fatos relevantes ocorridos durante 2014:


Nascimentos: 1200 borregos;
Produção de leite: 450.000 litros;
Produção de lã: 3.000 kg.

Valores de mercado de 2014:


Animal/Produto agrícola Valor/unidade, euros Data
Ovelhas de 18 meses 85,00 31/12/2014
Ovelhas de 30 meses 75,00 31/12/2014
Carneiros de 24 meses 200,00 31/12/2014
Carneiros de 36 meses 175,00 31/12/2014
Borregos de 6 meses 40,00 Média do ano 2014
Leite de ovelha 0,70 Média do ano 2014
Lã suja 0,50 Média do ano 2014

Pretende-se:
A contabilização das operações (sem consideração de qualquer imposto). Considere que
todos os pagamentos e recebimentos são efetuados da conta depósitos à ordem.

Resolução:

1 – A Agrícola, SA dedica-se à atividade agrícola, que consiste na gestão por uma entidade da
transformação biológica de ativos biológicos em produto agrícola ou em ativos biológicos
adicionais para venda (NCRF 17, p.6). Assim, as ovelhas e os carneiros são considerados ativos
biológicos de produção, os borregos são ativos biológicos consumíveis e o leite e a lã são
considerados produtos de colheita no momento da colheita.
2 – Os ativos biológicos e os produtos agrícolas devem ser mensurados, no reconhecimento inicial
e em cada data de balanço, pelo seu justo valor menos os custos estimados no ponto de venda
(NCRF 17, p.p.13 e 14).
3 – Contabilização da compra do rebanho em 2 de janeiro de 2014 e reconhecimento dos animais
como ativos biológicos:
Compra de rebanho: 2.000 x 70 + 100 x 200 = 160.000 euros

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janeiro 313 – Compras de ativos biológicos 160.000


12-Depósitos à ordem 160.000

613 – Ativos biológicos (CMV) 160.000


313 – Compras de ativos biológicos 160.000

3721 – Ativos biológicos – Animais de 160.000


produção
734 – Variação nos inventários de produção 160.000

4 – Pelo reconhecimento dos animais ao justo valor menos os custos estimados no ponto de venda
(NCRF 17, p.13). Na determinação do justo valor dos animais no campo deve deduzir-se o custo
de transporte (NCRF 17, p.10). Temos então a seguinte contabilização em 2 de janeiro de 2014,
pelo justo valor
Justo valor do rebanho= Preço de mercado-Custos estimados na venda-Custo do transporte
Justo valor do rebanho= 2.000 x (80-3-2) + 100 x (190-3-2) = 168.500 euros

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


janeiro 3721 – Ativos biológicos – Animais de 8.500
produção
774-Ganhos por aumento de justo valor 8.500

5 – Pelo reconhecimento do ganho relativo ao nascimento dos borregos durante o período,


mensurado ao justo valor menos os custos estimados no ponto de venda e os custos de transporte
(NCRF 17, p.p.13 e 28):
Justo valor dos borregos= 1.200 x (40-3-2)=42.000 euros

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


Ano 2014 3711 – Ativos biológicos – Animais 42.000
consumíveis
774-Ganhos por aumento de justo valor 42.000

6 – Pelo reconhecimento e mensuração do leite produzido no período (NCRF 17, p.13):


Mensuração do leite=450.000 x 0,70 = 315.000 euros

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


Ano 2014 34 – Produtos acabados e intermédios 315.000
731-Variação nos inventários da produção 315.000

7 – Pelo reconhecimento e mensuração da lã tosquiada no período (NCRF 17, p.14):


Mensuração da lã=3.000 x 0,50 = 1.500 euros

Data Contas Valor a débito Valor a crédito


Ano 2014 34 – Produtos acabados e intermédios 1.500
731-Variação nos inventários da produção 1.500

8 – No final do período devem ser novamente reconhecidos os ganhos ou perdas no justo valor
dos ativos biológicos, de acordo com a idade dos animais nesta data:
Diminuição do justo valor nas ovelhas = ((80-3-2) – (75-3-2)) x 2.000 = 10.000 euros
Diminuição do justo valor dos carneiros = ((190-3-2) – (175-3-2)) x 100 = 1.500 euros

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31/12 664 – Perdas por reduções de justo valor 11.500
2014
3721-Ativos biológicos - Animais de 11.500
produção

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