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Curso de Produção Animal Sustentável – IZ/APTA-SAA - Disciplina Ecologia de Pastagens 2009

FORRAGEIRAS PARA GADO LEITEIRO

Autores: Carlos Eduardo Oltramari1; Dr. Valdinei Tadeu Paulino2

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Mestrando do Curso de Produção Animal Sustentável do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova
Odessa/SP, e-mail: ceo@zootecnista.com.br
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Pesquisador e Professor da disciplina Ecologia de Pastagens, Curso de Produção Animal
Sustentável, Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova Odessa/SP, e-mail: paulino@iz.sp.gov.br

Resumo: O manejo adequado das forrageiras, sejam elas de Ciclo C3 ou C4,


podem suportar produções consideráveis de leite ao longo do tempo, seja por
animal ou por área. Nesse sentido, utilizar as novas técnicas de manejo, as quais
consideram as alturas de entrada e saída dos animais de cada cultivar forrageiro
(não negligenciam variações climáticas e de solo existente nas diferentes regiões
do país), são indispensáveis para que se tenha uma produção de pasto e,
conseqüentemente, animal, sustentável. Este trabalho está dividido entre os
principais gêneros de gramíneas de Ciclo C4 e às forrageiras de Ciclo C3
(gramíneas e leguminosas), sendo que seu objetivo apresentar as características
ecofisiológicas e produtivas das forrageiras mais utilizadas para a produção de
leite no Brasil, bem como discutir resultados disponíveis referentes às práticas de
manejo que visem altas produções de forragem e desempenho animal de forma
sustentável.

Palavras-chave: Interceptação luminosa, vaca leiteiras, C3 e C4, manejo de


pastagem.
Forage for Dairy cattle
Abstract: An adequate forage management, in the plants of group C3 or group
C4, they can support considerable productions of milk along the time, both per
animal or than per area. In that sense, to use the new management techniques,
which consider sward surface on pre-grazing heights and post-grazing to different
forages (they don't neglect climatic variations and of existent soil in the different
areas of the country), are indispensable for a pasture production to be had and,
consequently, animal, maintainable. is divided among the main goods of grasses -
group C4 and and legumes - group C3. The purpuse of this work was to present
the characteristics ecophysiological and productivity of forages more used for the
milk production in Brazil, as well as to discuss data related to management
practices that seek high animal performance and productivity of tropical pastures
with sustainability.

Key words: Dairy cows, forage management, group C3 and C4, light interception

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1 Introdução

As pastagens tropicais, quando bem manejadas, são capazes de sustentar


níveis satisfatórios de produção de leite, sobretudo nas épocas mais favoráveis do
ano, suprindo as necessidades de energia, proteína, minerais e vitaminas
essenciais à produção animal (GOMIDE et al., 2001). Muitos autores, conduzindo
trabalhos de produção de leite exclusivamente à pasto, demonstram produções
que variam em torno de 12 de leite/vaca/dia.
Em regime de alimentação em pastagens, a produção de leite por área e
por vaca relaciona-se, respectivamente, com a capacidade de suporte e o valor
nutritivo do pasto. A capacidade de suporte da pastagem está condicionada aos
fatores de clima, solo, manejo e adaptação da espécie forrageira ao pastejo. O
valor nutritivo da forragem, por sua vez, é avaliado pela sua digestibilidade e pelos
seus teores de proteína bruta e de parede celular, características estreitamente
relacionadas com o consumo de matéria seca.
Os bovinos possuem a habilidade de selecionar a dieta a partir da forragem
disponível, sendo que a prioridade é para as folhas mais novas, as quais possuem
maior valor nutritivo, seguida das folhas dos estratos inferiores e do colmo. O
pastejo seletivo permite ao ruminante compensar o baixo valor nutritivo da
forragem disponível, por possibilitar o pastejo das partes mais nutritivas da planta
(STOBBS, 1978).
Para que haja uma produção satisfatória de forragem de qualidade, manejo
adequado deve ser empregado visando atender tais exigências. Nesse sentido,
corrigir o solo e fazer adubações de manutenção freqüentes são imprescindíveis.
A utilização de adubação em pastagens, particularmente a nitrogenada, é prática
fundamental quando se pretende aumentar a produção de matéria seca, pois o
nitrogênio (N) presente no solo, proveniente da mineralização da matéria orgânica
derivada do complexo solo-planta-animal, não é suficiente para as gramíneas de
alta produção expressarem o seu potencial.

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Outro fator importante para elevadas produtividades diz respeito a forma


de utilização dos pastos. Atualmente ainda prevalecem recomendações simplistas
e generalistas de uso e manejo do pastejo, as quais são feitas com base em
número fixo e pré-determinado de dias de intervalo entre desfolhações ou em
alturas de pasto definidas de forma arbitrária e empírica. Tais atitudes ignoram as
variações do clima, solo e micro-região que interferem na produção dos pastos em
diferentes regiões do país e que influenciam a produção de uma mesma região ao
longo do ano e de ano para ano. Nesse sentido, a pressão de pastejo é um
instrumento valioso no manejo da pastagem, uma vez que, diferentemente da taxa
de lotação, considera a disponibilidade momentânea de matéria seca ao longo das
estações do ano, ou seja, é o número de animais por unidade de forragem
disponível.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as características
ecofisiológicas e produtivas das forrageiras mais utilizadas para a produção de
leite no Brasil. Além disso, buscou-se discutir resultados disponíveis acerca de
práticas de manejo que visem altas produções de forragem e desempenho animal
de forma sustentável.

2 Principais forrageiras

Esta revisão bibliográfica está dividida em duas partes. A primeira diz


respeito aos principais gêneros de gramíneas estivais (ciclo C4), onde pode-se
citar Brachiaria, Pannisetum, Panicum e Cynodon e a segunda parte às plantas
forrageiras de Ciclo C3 (estivais e hibernais), onde destacam-se Lolium, Trifolium
e Arachis.

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Forrageiras de Ciclo C4

Gênero Brachiaria

As pastagens cultivadas no Brasil são a base da produção animal. Cobrem


extensas áreas, hoje estimadas em cerca de 180 milhões de hectares e mais de
85% ocupadas com capins do gênero Brachiaria. Esse gênero é de origem
africana e apresenta cerca de 100 espécies encontradas em regiões tropicais e
subtropicais, sendo caracterizadas pela sua grande flexibilidade de uso e manejo,
sendo tolerantes a uma série de limitações e/ou condições restritivas de utilização
para um grande número de espécies forrageiras. Na Figura 1 pode-se visualizar
uma B. Brizantha cv. Marandu.

Figura 1. Brachiaria brizantha cv. Marandu (Foto: Paulino, V. T; 2009)

Nos últimos anos o elevado potencial de produção das pastagens tropicais


tem sido ressaltado e justificado pela disponibilidade de espécies forrageiras
extremamente produtivas e adaptadas ao pastejo como é o caso do gênero
Brachiaria. As espécies pertencentes a este gênero predominam nas áreas de
pastagens cultivadas do Brasil e, sem dúvida, representam boa parte dos esforços

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e recursos investidos em programas de pesquisa, melhoramento e introdução de


novas espécies e cultivares. No entanto, em termos práticos, os benefícios desse
potencial de produção dificilmente têm sido realizados, uma vez que os
indicadores produtivos e zootécnicos apontam para aumentos de produtividade
muito modestos em relação ao que poderia ser obtido (NASCIMENTO Jr et al.,
2004).
O mesmo fator positivo que possibilita às plantas desses gêneros a alta
produção de forragem é o mesmo que faz com que práticas e recomendações
generalistas de manejo do pastejo (períodos de descanso, taxas de lotação e
ofertas de forragem fixas) sejam ineficazes e inconsistentes, causando prejuízos
de ordem quantitativa e qualitativa para a produção animal.
O controle da estrutura e condição do dossel forrageiro também é estrito,
porém com a diferença de que dois níveis de controle são requeridos, ou seja, o
controle da condição do pasto em que os animais deveriam entrar nos piquetes
para iniciar o pastejo (pré-pastejo) e aquela em que deveriam ser retirados,
finalizando o pastejo (pós-pastejo).
Inúmeros trabalhos (KORTE et al., 1986; SBRISSIA, 2004; SARMENTO,
2003; MOLAN, 2004) revelaram que a partir de 95% de interceptação de luz pelo
dossel há redução na taxa média de acúmulo e comprometimento da estrutura do
dossel e valor nutritivo da forragem produzida por meio de aumento na proporção
de hastes e de material senescente. Tal informação indica que prorrogar o período
de descanso ou o intervalo entre pastejos além desse ponto não é desejável. Por
outro lado, estender demais a saída dos animais é prejudicial, sendo
recomendado deixar uma área foliar mínima para que a planta possa realizar
fotossíntese eficientemente após o pastejo.
Andrade (2003) demonstrou que a amplitude ótima de condições de pasto
para produção de B. brazantha cv. Marandu varia de 20 a 40 cm no pós-pastejo.
Pastos mantidos a 10 cm apresentaram um aumento da população de plantas
invasoras e diminuição de suas reservas orgânicas (carbono e nitrogênio) ao
longo do experimento, indicando ser esta uma condição instável para estas
plantas. Dentro dessa amplitude (20 a 40 cm), a produção de forragem

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praticamente não variou e, nas condições do experimento (solo de alta fertilidade


e cerca de 300 kg N/ha), ficou em torno de 26 t MS/ha. No entanto, a distribuição
da produção variou significativamente, sendo que 76, 84 e praticamente 100%
foram mensurados durante as épocas de primavera e verão para os pastos
mantidos a 20, 30 e 40 cm, respectivamente (ANDRADE, 2003; MOLAN, 2004).
Essa estabilidade da produção para uma amplitude relativamente grande
de condições de pasto (variação de 2 vezes a altura do dossel) foi resultado de um
processo dinâmico de compensação entre número e tamanho de perfilhos que
resultou em pastos mais baixos contendo maior densidade populacional de
perfilhos pequenos e pastos mais altos contendo menor densidade populacional
de perfilhos grandes. Nessa situação houve um balanço relativamente estável
entre os processos de crescimento e senescência que resultou em pastos mais
altos apresentando maiores taxas de crescimento compensadas por maiores taxas
de senescência e vice-versa para pastos mais baixos. Contudo, pastos mantidos
mais baixos apresentaram recuperação mais rápida da produção de forragem
após o inverno que pastos mantidos mais altos, sendo que durante o verão pastos
mantidos mais altos produziram significativamente mais que pastos mais baixos
(SBRISSIA, 2004).
De acordo com Gonçalves (2002), pastos mantidos mais baixos são
desfolhados de forma mais freqüente que pastos mantidos mais altos,
conseqüência direta e praticamente exclusiva de maiores taxas de lotação. Essa
maior freqüência de desfolhação dos perfilhos favorece um maior número de
desfolhações durante o período de vida das folhas, o que resulta em eficiências de
utilização da forragem mais elevadas em pastos mais baixos (82,3; 76,2; 69,4 e
68,7% para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente).
Gomide et al. (2001), trabalhando com dois grupos de animais pastejando
Brachiaria decumbens em duas diferentes pressões de pastejo (PP), não
encontraram valores significativos para digestibilidade in vitro da matéria seca
(55,9 e 56,9%), teor de proteína bruta (13 e 10%) e produção de leite (11,3 e 10,8
kg/vaca/dia) para PP de 4 e 8%, respectivamente. Os valores médios de produção
de leite por vaca observados neste estudo aproximam-se dos obtidos por Silva et

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al. (1994) e Stradiotti Jr. (1995), os quais trabalharam com capim-elefante anão
em iguais condições topográficas e também não verificaram o efeito das ofertas de
forragem entre 3 e 12% PV sobre a produção de leite.

Gênero Pennisetum

O capim-elefante (Pennisetum purpureum) tem se destacado entre as


forrageiras mais utilizadas nos sistemas de produção de leite, em decorrência do
seu elevado potencial produtivo e da sua qualidade. No entanto, para que haja
aumento da produção de leite por animal e por área, é necessário o conhecimento
do equilíbrio entre quantidade e qualidade da forragem que permita esse
desempenho. Deve-se considerar que a prática da fertilização da pastagem
influencia positivamente na melhoria da quantidade e da qualidade da forragem
produzida, sendo a resposta dependente da espécie vegetal, entre outras coisas.
Sabe-se que o capim-elefante é capaz de mostrar elevado rendimento de
forragem, quando convenientemente manejado e adubado (CORSI & NUSSIO,
1992).
Embora o seu emprego sob pastejo apresente excelentes perspectivas,
alguns problemas decorrentes desta forma de utilização têm sido apontados.
Gomide (1990) ressalta o acentuado caráter sazonal da sua produção, e Veiga
(1990) registra a dificuldade de manejo pelo seu hábito de crescimento ereto e
ascendente, chegando, muita vezes, a atingir alturas fora do alcance dos animais.
Espécies que exibem hábito de crescimento ereto, como o capim-elefante,
devem ser manejadas sob pastejo rotativo, para maior eficiência (BLASER et al.,
1973). Assim, deve-se interromper o pastejo em determinado momento, para que
haja recomposição da área foliar, da qual depende a formação de reservas
orgânicas. É sabido que a área foliar remanescente, após corte ou pastejo, influi
sensivelmente na velocidade e intensidade da rebrota, razão pela qual se deve
evitar o superpastejo, promovendo um período de descanso necessário para boa
recuperação das plantas.
Lucci et al. (1972), testando uma pastagem de capim-elefante, sob uma
taxa de lotação de 3,6 vacas/ha, demonstraram que essa pastagem tem

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condições de fornecer nutrientes necessários para manutenção e produção de


leite de 11,6 kg/vaca/dia de leite. Numa pastagem de capim-elefante, adubada
com 200 kg/ha/ano de N, manejada em sistema de pastejo rotativo, com três dias
de ocupação e 30 dias de descanso, com uma taxa de lotação de 4,5 vacas/ha,
foram obtidas produções médias de leite de 11,9 kg de leite/vaca/dia sem
suplementação concentrada, e 13,4 kg de leite/vaca/dia com suplementação de 2
kg/vaca/dia de concentrado (DERESZ, 2001). Entretanto, o mesmo autor revelou
não ser vantajosa a suplementação da pastagem de capim-elefante, por causa do
pequeno aumento na produção de leite observado.
Para Corsi (1986), pastagens de alta produção, como as de capim-elefante,
quando suplementadas no período seco, podem apresentar um potencial de
produção de 10.500 kg de leite/ha/ano. O mesmo autor informa que, dependendo
da eficiência reprodutiva, do período de lactação e da composição do rebanho,
essa produção poderá chegar a 26.000 kg/ha/ano. Resultados superiores a esses
são relatados por Cruz Filho et al. (1996), em pastagem de capim-elefante
irrigado, na Região Norte de Minas Gerais, onde foram obtidas produções de leite
acima de 30.000 kg/ha/ano.
Coser et al. (1999) verificaram produção média de 10,8kg/vaca/dia
(7800kg/ha/ano) em pastagens de capim elefante manejadas de forma
intermitente (30 dias de intervalo com 1, 3 e 5 dias de ocupação cada piquete).
Segundo esses autores, o período de ocupação de pastagens de capim- elefante
usadas por vacas em lactação pode variar de um a cinco dias, sem prejuízo para
as produções de leite por animal e por hectare.
Por fim, quando bem manejadas, pastagens de capim-elefante podem
suportar cargas animais muito elevadas. No entanto, a produção de MS deste
gênero apresenta-se muito estacional, concentrando grande parte de sua
produção na primavera/verão, sendo que no período seco, o crescimento e o valor
nutritivo são reduzidos e a capacidade de suporte cai consideravelmente,
necessitando a adoção de medidas para a suplementação do rebanho nessa
época.

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Gênero Panicum

As plantas do gênero Panicum são caracterizadas pelo seu grande


potencial de produção de forragem sendo, porém, menos flexíveis que plantas
como as do gênero Brachiaria por apresentarem limitações e/ou dificuldades para
serem manejadas sob lotação contínua, prevalecendo, de uma forma geral, o seu
uso na forma de pastejo rotacionado. Dentre os diversos cultivares, Panicum
maximum cv Mombaça e cv Tanzânia adquiriram grande destaque nas áreas de
pastagens cultivadas do país. Na Figura 2 pode-se visualizar um Panicum
maximum cv Mombaça.

Figura 2. Panicum maximum cv. Mombaça

Bueno (2003) e Carnevalli (2003) avaliaram o capim-Mombaça sob


pastejo rotacionado caracterizado por duas alturas de resíduo (30 e 50 cm) e duas
condições de pré-pastejo (95 e 100% de interceptação de luz pelo dossel). Os
resultados demonstraram a consistência do critério de interrupção do processo de
rebrotação aos 95% de interceptação de luz e o efeito benéfico de sua associação
com um valor de altura de resíduo mais baixo, condizente com a necessidade da
planta em manter uma área foliar remanescente mínima e de qualidade para
iniciar seu processo de rebrotação e recuperação para um próximo pastejo.

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Carnevalli (2003) afirma que, de uma forma geral, a maior produção de


forragem foi registrada para o tratamento de 30 cm de resíduo e 95% de
interceptação de luz, com redução acentuada em produção quando o período de
descanso era mais longo (100% interceptação de luz) ou o resíduo mais elevado
(50 cm). A redução em produção de forragem foi conseqüência de processo
acelerado de senescência foliar, resultante de maior competição por luz sob
aquelas condições, o que também favoreceu maior acúmulo de hastes, resultando
em redução na proporção de folhas e aumento na proporção de hastes e material
morto na massa de forragem em pré-pastejo. Essa variação em composição
morfológica da forragem produzida foi a responsável pela redução nas
concentrações de proteína bruta e nos valores de digestibilidade da forragem.
Além de resultar em menor produção de forragem com menor valor
nutritivo, pastejos menos freqüentes, caracterizados pela condição de 100% de
interceptação luminosa, resultam em elevação da meta de resíduo de 30 cm,
conseqüência do acúmulo excessivo de hastes. Avaliações detalhadas do
processo de acúmulo de forragem durante a rebrotação revelaram que até 95% de
interceptação de luz o acúmulo de folhas era o processo predominante, mas além
desse ponto os processos de acúmulo de hastes e senescência eram bastante
aumentados (BUENO, 2003).
Avaliação do processo de pastejo revelou que pastos manejados de forma
mais leniente (resíduo de 50 cm) e menos freqüente (100% de interceptação de
luz) foram os que apresentaram as maiores perdas de forragem (material cortado
e caído sobre o solo ou pendurado na touceira sem ser colhido), ou seja, além da
maior quantidade de forragem perdida por senescência e morte de tecidos durante
a rebrotação, maiores foram as perdas físicas durante o processo de colheita pela
ação do animal (CARNEVALLI, 2003).
As condições de pré-pastejo de 90, 95 e 100% de interceptação de luz
apresentaram, também, uma correlação muito alta e consistente com a altura do
dossel (horizonte de folhas) independentemente da época do ano e do estádio
fisiológico das plantas (vegetativo ou reprodutivo – 60 cm para 90%, 70 cm para
95% e 85 cm para 100%), mais uma vez indicando e ratificando o fato de que a

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altura poderia ser utilizada como critério de campo confiável para o controle e
monitoramento do processo de rebrotação e pastejo. Mello & Pedreira (2004),
trabalhando com capim-Tanzânia sob irrigação, também registraram 95% de
interceptação de luz pelo dossel forrageiro com uma altura ao redor de 70 cm. Na
Figura 3 pode-se visualizar um Panicum maximum cv. Tanzânia.

Figura 3. Panicum maximum cv. Tanzânia (Foto: Paulino, V. T; 2009).

Experimentação com outros cultivares de Panicum como Tobiatã, Massai e


Atlas, além do Mombaça e do Tanzânia, sob regime de cortes, tem mostrado que
a partir de 95% de interceptação de luz pelo dossel a quantidade de hastes e
material morto acumulada é drasticamente aumentada, revelando a consistência e
sugerindo a aplicabilidade desse conceito como um critério de controle e
monitoramento do pastejo. Apesar do maior rendimento de massa seca de
forragem sob regime de desfolha de longo período de descanso, a qualidade e as
características estruturais do dossel são freqüentemente comprometidas.
Santos et al. (1999) verificaram redução na relação folha/colmo de Panicum
maximum cv. Mombaça de 1,32 para 0,99, quando a freqüência de desfolhação
reduziu-se de 28 para 48 dias. Gomide & Gomide (2001) também observaram
redução de 2,8 para 1,7 na relação folha/colmo do dossel do mesmo cultivar

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submetida, respectivamente, a períodos de descanso de 2,5 e 4,5 novas folhas


expandidas por perfilho.
Em trabalho realizado por Cândido et al (2005), os quais avaliaram o valor
nutritivo do capim Mombaça em diferentes períodos de descanso, demonstrou-se
que o teor de proteína bruta variou (P<0,01) em função da duração dos períodos
de descanso e dos dias de pastejo, sendo que o ponto de mínimo correspondeu à
idade de 44 dias. Para este ponto de mínimo, as respostas críticas relativas ao 1º,
3º e 5° dias de pastejo foram de 9,3; 8,5 e 6,3% PB, respectivamente.

Gênero Cynodon

Este gênero é composto por várias espécies, chamadas de gramas


bermuda, onde destacam-se o Tifton 85 e o Coast-cross.
O Tifton 85 teve sua origem na Coastal Plain Experiment Station (USDA-
University of Geórgia), no sul do Estado da Geórgia (BURTON et al., 1993). Este
cultivar foi selecionado por sua elevada produção de matéria seca e boa
digestibilidade em comparação a maioria das gramas bermudas híbridas
(PEDREIRA, 1996). A Figura 4 demonstra uma pastagem de Tifton 85.

Figura 4. Pastagem composta por Tifton 85 (Foto: Oltramari, 2008).

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Vilela et al. (2006), trabalhando com pastagem de coast-cross, reportaram


produções diárias de leite de 15,54 e 19,15 kg/vaca e de 77,8 e 94,0 kg/ha,
quando foram fornecidos, para cada vaca, 3 e 6 kg de concentrado,
respectivamente.
Alvim e Botrel (2001) avaliaram os efeitos de níveis de N (100, 250 e 400
kg/ha/ano) aplicados em pastagem de Coast-cross (Cynodon dactylon (L.) Pers.)
sobre a produção de leite de vacas da raça Holandesa. Os dados revelaram
semelhanças estatísticas entre os tratamentos quanto a produção individual de
leite e os teores de proteína bruta da gramínea. Porém houve diferenças
significativas em relação a produção por ha/ano, correspondendo a 26.539 kg. A
eficiência do N aplicado na pastagem de Coast-cross diminuiu com o aumento das
doses de N, correspondendo à produção de leite de 265,4, 123,5 e 80,5 kg de leite
produzidos por kg de N aplicado, respectivamente, nas dosagens de 100, 250 e
400 kg/ha/ano de N.

Forrageiras de Ciclo C3 e suas consorciações com C4

A utilização de leguminosas em consórcio com forrageiras, cortadas e


oferecidas diretamente no cocho ou na forma de banco de proteína, vem sendo
utilizada como alternativa de baixo custo na substituição parcial de rações
comerciais na suplementação animal.
Trabalhos realizados por Costa et al. (1997) demonstraram a viabilidade
técnica da utilização de bancos de proteína na suplementação alimentar de vacas
leiteiras Holando-Zebu. Os animais que tiveram acesso ao banco de proteína de
Pueraria phaseoloides e Desmodium ovalifolium (duas horas de pastejo, três
vezes por semana), apresentaram produções médias diárias semelhantes entre si
(8,15 x 7,97 e, 7,25 x 7,43 kg/vaca/dia), para os períodos chuvoso e seco,
respectivamente, porém superiores àquelas obtidas por vacas mantidas
exclusivamente em pastagens de B. brizantha cv. Marandu (7,03 x 6,50
kg/vaca/dia), para os mesmos períodos. Martinez e Lopez (1991), encontraram
médias de produção de 17,0 kg de leite em vacas pastejando coast-cross, com

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acessos a silagem de milho, trevo branco (Trifolium sp) e ração com 16% de
proteína bruta, fornecida à razão de 2,5 kg de leite/kg de concentrado a partir de 5
kg de produção.
Garcia et al. (1994), reportaram incrementos de 20% na produção de leite
de vacas mestiças, mantidas em pastagens Cynodon nlemfuensis, com acesso
durante 2 horas em banco de proteína de Leucaena leucocephala. Gonzalez et al.
(1996), verificando o efeito da consorciação de capim-estrela africana com Arachis
pintoi (Figura 4) obtiveram produções superiores a 1,4 kg de leite/vaca/dia e 3,10
kg/ha/dia, em relação à pastagem exclusiva.

Figura 5. Pastagem de Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi)


(Foto: Paulino, V. T; 2009).

Ribeiro Filho et al. (2007), avaliando o efeito da quantidade (2 e 4 kg) de


suplemento energético (grão de milho) sobre o consumo de forragem e a
produção de leite em vacas leiteiras pastejando azevém (Lolium multiflorum) em
alta oferta de MS (35 kg/vaca/dia), verificou que a digestibilidade da MO da
forragem ingerida foi 76,1% e a produção de leite nos dois tratamentos variou em
torno de 22,5 kg/vaca/dia, não havendo diferenças significativas entre estes
parâmetros. Estes resultados demonstram que esta espécie forrageira apresenta,

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além de boa produção de MS, ótima composição bromatológica, sendo seu uso
recomendado quando há possibilidade de plantio.
Motazedian & Sharrow (1990) constataram relação inversa entre
rendimento de massa seca digestível e freqüência de desfolhação em dossel
misto de Lolium perenne e Trifolium subterraneum. Em três anos, o rendimento
médio de massa seca digestível aumentou de 3.000 e 4.250 kg/ha, sob freqüência
de desfolha de sete dias, para valores acima de 5.500 kg/ha, quando desfolhado a
cada 49 dias. Entretanto, a digestibilidade da matéria seca decresceu.
Parsons & Penning (1988) verificaram redução na digestibilidade in vitro da
matéria orgânica de Lolium perenne em extrusa de ovinos, ao longo de de 19 dias
pastejo. Isso se explica pela redução na proporção de folhas e maior proporção de
hastes e de material morto nas camadas inferiores do dossel, em decorrência da
progressiva desfolhação no decorrer do período de pastejo, resultando em
comprometimento no consumo (McGILLOWAY et al., 1999). Assim, Blaser et al.
(1959) relataram queda de 15,4 para 13,6 kg na produção diária de leite por vaca,
ao longo de nove dias de pastejo.
Viegas et al. (1997) encontraram produções de 17,86 e 20,33 kg de
leite/vaca/dia em pastagens de azevém (Lolium multiflorum) adubadas com 100 e
200 kg de N/ha, respectivamente.

3 Considerações finais

Há grande possibilidade de sucesso na produção de leite desde que se


usem forrageiras de alta produtividade com manejo adequado. Nesse sentido,
deve-se propiciar às plantas forrageiras um ambiente adequado para seu
desenvolvimento para que os esforços e ações empregados resultem em
produção animal eficiente e sustentável.

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