Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Índice
Introdução....................................................................................................................................2
Condições e recursos....................................................................................................................6
Interacções ecológicas..................................................................................................................8
Biodiversidade...........................................................................................................................11
Conclusão...................................................................................................................................15
Referencias Bibliográficas.........................................................................................................16
3
Introdução
A presente pesquisa da Cadeira de Didáctica de Biologia II, retrata o capítulo da Ecologia,
desde a sua definição, enquanto disciplina científica, suas relações e desafios de afirmação da
sua cientificidade, condições e recursos no ecossistema, relações ecológicas, a biodiversidade
e os ciclos de nutrientes.
Quanto a natureza, estamos diante de uma pesquisa de aporte teórico, dependendo unicamente
das fontes bibliográficas para a sua fundamentação; fazendo uma descrição e explicação
minuciosa dos conteúdos ora referidos no parágrafo anterior. Metodologicamente, fazemos
fusão dos métodos indutivo e dedutivo, na apresentação dos conteúdos.
Toda fonte que suporta a presente pesquisa, está certamente referenciada bibliograficamente e
através de citações ao logo do corpo. Desta forma, com esta gama de conteúdos arrolados,
pretende-se reflectir sobre um campo deveras pertinente na actualidade, numa altura em que
se vive os efeitos das mudanças climáticas.
4
Este ramo da Biologia, nasce por volta do século XIX, numa altura em que desencadearam as
primeiras discussões influenciadas pelo Darwinismo1 em 1859, em torno da relação entre os
organismos e o meio onde se encontravam (“Ecologia” [s.d]). Há que realçar na obra-prima de
Charles Darwin, The origin of Species, inspirou os estudos a nível da Biologia e Evolução
naquela época.
O termo Ecologia como disciplina independente, foi pela primeira vez utilizado por Ernst
Haeckel em 1869. Aliada a esta conquista de Haeckel, muitos outros investigadores destacam-
se Forbes (1887); Forel (1892 e 1904) e Thienemann (1926) considerados os pioneiros dos
estudos de Ecologia Aquática; e Tansley (1935) que propôs o ecossistema como unidade
básica de estudo da Ecologia (Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP], [s. d]).
A Ecologia enquanto uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal,
taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia,
sociologia, antropologia, física, química, matemática e electrónica, a complexidade de
delimitação do seu campo de intervenção é tão complexa quanto a possibilidade do
6
distanciamento dos estudos das relações dos organismos entre si e destes como o meio
ambiente em relação a dinâmica do comportamento populacional (Cassini, 2005).
Esta particularidade da Ecologia, oferece-lhe uma visão mais ampla do seu objecto de estudo,
permitindo uma interpretação exaustiva da Biosfera (a camada vital da atmosfera, onde se
desenvolvem os ecossistemas).
Além das áreas referidas como sendo inequivocamente parceiras da Ecologia, existem outras
de vital interesse, entre elas: Engenharia Ambiental (impacto da enginharia ao ambiente);
Bioenergética (mecanismos biologicos geradores ou transformadores de energia e seu fluxo);
Biogeoquimica (estuda os ciclos dos nutrientes na Natureza); Demografia (populações em
suas variaçoes); e Biogeografia (distribuição e dispersão dos organismos) (EEEP, [s. d]).
Fonte: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP], [s. d]. Ecologia Geral.
Condições e recursos
a) Condições
As condições e recursos são relativas as particularidades de cada animal, sendo que uns se
adaptam favoravelmente a certas condições e outros nem para tanto. Assim, vários são os
recursos e condições que determinam a vida num ecossistema:
Temperatura
7
Humidade
Nesta equação o vento è um elemento a se ter em conta, a julgar pelo facto de as zonas
sujeitas ao barlavento (zonas expostas), tem consequentemente alta pluviosidade (“Ecologia”
[s.d]).
Correntes e pressões
A velocidade com a qual o rio se faz transportar ao longo do leito é variável, sendo que a
presença de nutriente também, e consequentemente a concentração dos peixes, será
proporcional a correnteza e concentração de nutrientes (“Ecologia” [s.d]).
Apesar do mar alto não constituir uma potencial fonte de nutriente, devido a corrente das
águas, por vezes esta situação é revertida com o movimento de baixo para cima sujeitas as
águas do mar, o que propicia uma mistura de nutrientes. A pressão por seu turno, tende a
diminuir em função do aumento da altitude, e a diminuir em função do grau da depressão ou
profundidade.
8
b) Recursos
Luz
A incidência da radiação solar ´não é igual em todo o planeta, sendo que nos polos os raios
tem menor incidência e nos trópicos a incidência aumenta, e ao longo das estações, é notaria a
baixa de intensidade da luz no outono e inverno e o seu aumento na primavera e verão.
A luz durante o dia é um regulador de muitos processos fisiológicos nos animais durante o
inverno, a floração das plantas na primavera e a fotossíntese (condição fundamental para a
sobrevivência das plantas).
Água
Recurso sem o qual não há vida, tanto para animais assim como para plantas, e em função das
condições climatológicas, o solo depende das chuvas para assegurar a humidade, sendo as
plantas podem se adaptar a ambientes extremos, alongando suas raízes e diminuindo suas
folhas (“Ecologia” [s.d]).
A água da chuva é igualmente importante para certos ambientes, onde alguns animais
dependem dela para adquirir humidade necessária para a sua reprodução, são os casos de
alguns sapos que se reproduzem em épocas chuvosas
Gases atmosféricos
Apesar da Natureza deter de gases como nitogenio (78%), oxigénio (21%), gas carbónico
(0,03%) e outros gases (0,07%), é com base no oxigénio que os animais respiram e o gás
carbónico que permite a fotossíntese das plantas, sendo que esta concentração não se assiste
na água dos mares, onde o gás predominante é o carbonato (com alta facilidade de
dissolução), que pode alterar as condições ecológica a nível do mar pela portagem do pH
(“Ecologia” [s.d]).
Nutrientes
É nos alimentos que se podem encontrar os nutrientes que oferecem condições necessária para
não só a sobrevivência dos animais, mas também para o seu desenvolvimento.
9
Interacções ecológicas
Ciente de que na Natureza, nada se perde ou se ganha, tudo não passa de uma questão de
transformação, este equilíbrio de eventos e fenómenos dentro do Ecossistema é conduzido por
princípios fundamentais. Alguns desses princípios são descritos através da fonte (“Ecologia”
[s.d]):
Desde as espécies como os felinos ou répteis como uma postura mais solitária, aos
paquidermes ou as matilhas, que normalmente assumem um perfil de vida colectivo, todos
eles no final das contas, dependem das interacções com outros grupos para a sua
sobrevivência.
Partindo do princípio de que normalmente, os animais só se alimentam por elementos que não
sejam da sua espécie, logo todos estão sujeitos a estabelecer cadeias para manter o equilíbrio
para que conquistem a existência (“Ecologia” [s.d]).
Assim na visão de UCB (2008), as relações bióticas dentro do ecossistema, podem ser intra-
específica ou homotípicas (entre indivíduos da mesma especei) e entre-específica ou
heterotipicas (entre indivíduos de espécies diferentes), podendo por seu turno estas serem
positivas (sem prejuízo das partes inteiradas) e negativas (com prejuízo de uma parte em
interacção):
Sociedade
Colónias
trabalho pelas divergências morfológicas dos indivíduos). Assim, a saída da colónia por um
individuo implica sua morte.
Canibalismo
Relação onde um individuo de uma espécie se alimenta do outro da mesma espécie, podendo
ser um aspecto comportamental, ou mesmo causado pela falta de alimentos. Exemplo: a
abelha viúva-negra, após do acasalamento, devora o seu próprio macho.
Mutualismo
Uma associação entre indivíduos de duas espécies diferentes, da qual resulta o benefício de
ambos. Exemplo: algas e fungos aliam-se e formam líquen.
Protocooperaçao
Duas espécies cooperam, sem que para isso haja dependência entre ambos, ou seja, a
dependência é ocasional. Exemplo: as anémonas-do-mar e o crustáceo paguro, alojam-se nas
conchas abandonadas de gastrópodes, sendo qua a primeira protege a outra, e a segunda
facilita alimentação da primeira.
Inquilinismo/Epibiose
Comensalismo
Relação entre duas espécies diferentes, onde um dos indivíduos se alimenta dos restos
alimentares sem prejuízo do detentor inicial. As hienas se alimentam dos restos alimentares
dos leões.
Amensalismo
Esclavagismo
11
Proveito que um individuo de uma espécie pode tirar do trabalho exercido por um outro
individuo de outra espécie. Exemplo: as formigas alimentam-se da redução de açúcar que os
pulgões executam através da sua excreção.
Predatismo/Herbivoríssimo
Quando um individuo ataca, captura e mata para se alimentar de um outro individuo da outra
espécie. Exemplo: animais e plantas que se alimentam de plantas ou plantas respectivamente.
Parasitismo
Sesta forma a compreensão desse processo não só é imprevisível do ponto de vista dos seus
limites (começo e termino), porem a sua compreensão permite apurar a rotação dos nutrientes
e do fluxo de energia no ecossistema. Assim a sucessão pode ser primária (quando ocorre em
ambientes nunca antes ocupados) e secundaria (quando ocorre numa zona onde fora ocupada
anteriormente) (“Ecologia” [s.d]).
Biodiversidade
Este termo encontra alternância com a visão geral dada pelo termo Diversidade Biológica,
mas ganham em certa medida similaridade semântica quando ambos se referem a variedade
da vida na Terra (variações dentro da espécie ou população, da flora, fauna, dos
microorganismos, ou até mesmo das funções desempenhadas pelas partes estruturantes de um
ecossistema) (EEEP, [s. d]; Cassini, 2005).
Assim a graduação da biodiversidade varia em direcção ao polo, sendo que quanto mais nos
aproximamos dos polos a biodiversidade diminui em relação ao movimento inverso, neste
12
caso dos polos para o equador (onde podemos encontrar florestas densas tropicais, savanas,
recifes de coral entre outros). Esta diversidade deve ser vista não apenas na perspectiva
quantitativa, como também na qualitativa (sendo que esta ultima, aquela que propicia
equilíbrio no ecossistema).
Nas palavras de Cassini (2005), “a biodiversidade além de manter o seu valor intrínseco,
detém também de valor ecológico, genético, social, económico, científico, cultural, recreativo,
educacional e estético” (p. 31).
Esta imensidão de valores que se atribui a biodiversidade reflecte a ideia de que quanto mais
diversificada complexa é a sua composição, esta tornam-se mais resilientes as mudanças
bruscas dentro do meio ambiente. Se Cassini (2005), aponta para uma estatística de 100
bilhões de espécies no planeta, onde anualmente correm extermínios de espécies que tendem a
aproximar os 30% daquele universo, sendo que o centro do problema contiunua sendo a acção
do homem sobre o meio ambiente.
Assim de acordo com EEEP [s. d], podemos encontrar os seguintes ciclos dentro do
ecossistema:
Ciclo da Água
13
Ciclo do Carbono
Concentrado nas rochas sedimentares, é responsável por 1/3 do peso corporal com a formação
de proteínas, carboidratos e lípidos, contudo as emissões de gases vindos de motores deposita
o CO2 perigoso na estabilidade da camada do ozono e na estabilidade da temperatura
planetária. É com a vegetação que o gás carboxílico pode ser reduzido porque este participada
fotossíntese das plantas.
Ciclo do Oxigénio
Ciclo do Nitrogénio
Ciclo do Enxofre
O enxofre se aloja na crosta terrestre e na atmosfera em menor quantidade, sendo que diante
da erosão dissolve na água, e é absorvido pelas plantas. O seu processo de regresso a
atmosfera ocorre através da acção dos decompositores.
A semelhança de qualquer ciência nova, a Ecologia Humana busca afirmação do seu objecto
de estudo, métodos de análise/investigação. Se bem que, o seu objecto de estudo é a relação
homem-meio
Este ângulo da Ecologia, encara o homem na dimensão biologia, seu domínio em relação ao
meio e aos recursos a sua volta, em consequência da necessidade pela sobrevivência (este
facto abre espaço da Ecologia urbana). E mais, mais do que encarar o Homem a nível
biológico, mas também na dimensão intelectual, a medida em que esta condição pode perigar
o equilíbrio ecológico (Carvalho, 2007).
Por esta abordagem cingir-se em torno das dimensões da vida do Homem, este ramo da
Ecologia, não se pode reduzir ao prolongamento ou capítulo da Ecologia Geral ou de outra
ciência; a síntese de estudos de áreas marginais, mas sim uma área científica humana, que
busca conciliar a estudos naturais e estudos sociais, onde o comportamento humano é
questionado o seu lado cívico e ecológico em relação ao meio ambiente.
Nesta sendo, nos anos 70 os pontos de vista dos cientistas maturais e sociais convergiram em
torno do consenso em relação ao papel da Ecologia Humana no diálogo Homem-Homem e
Homem-Natureza, onde uma não se desfaz da outra para se complementarem (Carvalho,
2007).
15
Conclusão
A Ecologia enquanto ciência que estuda a Natureza como um mega ecossistema onde recursos
abióticos (temperatura, humidade, energia, água, gases) e bióticos (plantas e animais),
interagem mutuamente, nasce com Haeckel em 1869. E como qualquer ciência, revela o seu
lado interdisciplinar relacionando-se com a Genética, Microbiologia, Botânica, Etologia,
Zoologia e Geociências para abordar com maior precisão o seu objecto de estudo.
Essa transversalidade disciplinar da Ecologia a faz chegar longe a partir da década de 70 com
a versão da Ecologia Humana (Urbana ou Moderna), onde se procura a influência das acções
do Homem sobre a Natureza, buscando situar o lugar do homem nesse ecossistema.
Se bem que o ecossistema é uma unidade de interacções ecológicas, a sua soma resulta na
diversidade biológica ou biodiversidade, uma importante fonte não apenas turística, científica
ou educacional, como também social e económica.
Referencias Bibliográficas
1. Carvalho, F. (2007). Da ecologia geral a ecologia humana. Fórum Sociológico,
série II. Recuperado http://journals.openedition.org/sociologico/1680.
2. Escola Estadual de Educação Profissional, [EEEP], [s. d]. Apostila de ecologia
geral. Secretaria Estadual de Ciara, Brasil. Recuperado
3. Ecologia Básica 4 [s. d]. Recuperado em http:// portal.virtual.ufpb.br ›
Biblioteca›Livro_3›
4. Universidade Castelo Branco, [UCB], (2008). Introdução à Ecologia. Rio de
Janeiro, Brasil. Recuperado em http:// ucbweb.castelobranco.br › 5_periodo.