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Competição Partidária e Estratégias Eleitorais nas Eleições de 2010

Este texto pretende analisar de que forma a priorização de uma estratégia aliancista nas
eleições de 2010 produziu efeitos que devem interferir nas eleições municipais de 2102,
quando os três maiores partidos devem buscar sua consolidação nacional

As eleições municipais de 2010 mantiveram algumas das características do sistema partidário


brasileiro; alta fragmentação partidária, com 27 partidos concorrendo nas eleições
proporcionais; competição polarizada nas eleições presidenciais entre PT e PSDB;disputas
estaduais que apesar de se pautar por interesses de grupos e lideranças políticas repetiram o
padrão de competição das eleições presidências: e a realização de inúmeras coligações nas
eleições proporcionais, de forma a possibilitar aos partidos minoritários conquistas de
bancadas que garantissem cargos na máquina política.

Devido a organização federativa do país, este quadro de relativa estabilidade do sistema


partidário brasileiro, não garante sólida base partidária em todas as disputas eleitorais. A
priorização de uma estratégia aliancista, em 2010, que garantiu a eleição para presidente e
sustentação no Congresso, para o governo eleito, produziu efeitos que devem interferir nas
estratégias eleitorais partidárias de 2012, uma vez que as eleições municipais se colocam cada
vez mais como condição para a estruturação nacional dos partidos.

A organização federativa do Brasil representa um forte estímulo á presença de partidos de


porte médio, pois o tamanho do eleitorado brasileiro torna quase impossível garantir sólidas
bases partidárias de apoio nos mais de 5 mil municípios onde ocorre a disputa partidária, o que
impede que as estratégias aliancistas das eleições presidenciais se reproduzam nas eleições
municipais, garantindo espaços competitivos para outros partidos. Este será o grande desafio
dos grandes partidos PT, PSDB e PMDB

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