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SP1: ESÔFAGO
▪ Ausência de serosa: disseminação local dos tumores
ADRIANA – ROSA
esofágicos
EDIMAR – VERDE ▪ CA de esôfago é GRAVE
EDUARDO – ROXO ▪ Carcinoma espinocelular/células escamosas: + no terço
FLÁVIO- LARANJA
médio do esôfago, sendo os principais fatores de risco o
FRANCISCO- VERMELHO
TABAGISMO e ETILISMO. síndrome de Plummer-Vinson ou
OTTO- AZUL Patterson Brown Kelly (anemia ferropriva - mucosa cresce
e faz membranas, disfagia em membranas esofágicas),
▪ Adenocarcinoma: presença de DRGE, sendo que 10% de
1. ATRESIA E FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA DRGE tem Barrett, destes 0,5% evolui para
▪ Associada a qualquer anomalia congênita (VATER, VACTERL- adenocarcinoma. Por isso, acomete + o esôfago distal.
vertebral, anorectal, cardiac, tracheoesophagel renal, Obesidade
radial limb, CHARGE) ➔ DRGE sem barret: faz endoscopia todo ano para ver se não
▪ Polidrâmnio: + comum no tipo C evolui para CA, e tratar nas fases iniciais
➔ Classificação anatômica de GROSS ▪ QUADRO CLÍNICO: na fase inicial é assintomático. Se
A. Atresia sem fístula traqueoesofágica: 2° + COMUM apresentar sintomas → é tardio. Paciente pode relatar:
B. Atresia com fístula traqueoesofágica proximal odinofagia, disfagia, inapetência, vômitos, perda de peso,
C. Atresia com fístula traqueoesofágica distal: + COMUM hematêmese.
D. Atresia com fístula traqueoesofágica proximal e distal ▪ DIAGNÓSTICO: endoscopia digestiva alta com biópsia
E. Fístula traqueoesofágica sem atresia: + raro (apresenta áreas de necrose, ulceração, sangramento).
F. Estenose congênita de esôfago ▪ Sinal da escada e sinal da maçã mordida - adenocarcinoma
▪ Uso de ultrassonografia, TC e Pet-Scan → para estadiamento
o A partir de T1b você tem que fazer esofagectomia.
o T1 a→ tratamento através de endoscopia
▪ TRATAMENTO: depende do estadiamento (classificação TNM)
que se baseia na profundidade. No esôfago, é fácil a
ocorrência de metástases, devido à anatomia, perto de
grandes vasos (ex..aorta) e linfonodos.
▪ Pode fazer radioterapia, quimioterapia, mucosectomia,
colocação de sonda nasogástrica, stent esofágico (tto
paliativo), esofactomia total.
3. ESOFAGITE EOSINOFÍLICA
▪ É difícil achar a causa!!!! Às vezes trata e resolve sem saber
exatamente o que causou.
▪ Exacerbação da resposta imune por Th2
▪ QUADRO CLÍNICO: disfagia, odinofagia, dor retroesternal,
▪ QUADRO CLÍNICO: salivação aerada, tosse, dispneia, pode ser acompanhada de dermatite tópica, rinite alérgica,
cianose, sofrimento respiratório. Está associado com a asma.
Classificação de Gross. ▪ DIAGNÓSTICO: endoscopia digestiva alta com biópsia +
➔ Salivação intensa: A, C e F. características clínicas
➔ Pneumonia: B, D e E. ➔ Na biópsia: 15-20 EOSINÓFILOS por campo no maior
➔ Sonda só não passa na A e C aumento, com pelo menos 5 amostras
➔ Se existe fistula traqueoesofágica: abdome está ➔ Testes cutâneos
distendido (há passagem de ar para o estômago), na ➔ Endoscopia: presença de anéis mucosos (padrão de
ausência está escavado. Não tem salivação excessiva, mas TRAQUEIA), pápulas esbranquiçadas, e erosões lineares.
tem engasgo. ▪ TRATAMENTO: corticóides, pode usar Fluticasona + IBP
▪ DIAGNÓSTICO: invertograma, ecografia fetal (presença de (Omeprazol 40 mg)
polidrâmnio), RX toracoabdominal (frente e perfil), e exames
complementares ecografia abdominal e ecocardiografia 4. ESOFAGITE TRAUMÁTICA (SODA CAÚSTICA)
(identificar anomalias congênitas) ▪ A esofagite traumática pode ser por ingestão de álcali (soda
▪ TRATAMENTO: manter vias aéreas permeáveis, observação, caustica) ou ácidos.
dá pra fazer dilatação longitudinal (só se as 2 pontas estiverem ▪ Por ÁLCALI é + GRAVE, dissolve os tecidos por necrose
próximas – espaço de uma vértebra), cirurgia (não é de liquefativa com morte celular imediata, seguida de processo
emergência, criança tem que ter 2,5 kg). de saponificação da gordura e proteínas celulares; ocorre
➔ TTO é individualizado trombose de pequenos vasos, isquemia local e perfuração.
➔ Gastrostomia (para liberar alimento) ▪ Ácido: a necrose (necrose coagulativa, evita que perfure) é
➔ Alimentação: enteral estômago e parenteral na veia superficial e produz uma escara protetora formada pelo epitélio
*Nao faz nutricao parenteral para nao estimular o estomago e coagulada, que impede a penetração mais profunda do ácido
ficar atrofiado. Se voce fica muito tempo fazendo nutricao na parede do esôfago- sendo menos graves no esôfago
parenteral, voce nao estimula estomago e pode ser que haja ▪ Entretanto estômago é + lesado pelos ácidos que pelos
irritaçao quando a criança começar a comer álcalis
➔ Importante garantir alimentação para chegar ao peso. ▪ Tem 3 fases: 1 (necrose aguda), 2 (ulceração e granulação) e
▪ COMPLICAÇÕES: é muito provável que tenha alterações 3 (cicatrização).
gastrointestinais e respiratórias, mesmo após a cirurgia ▪ Aumento de 1000 vezes para o RISCO DE CÂNCER
▪ Cirurgias de esôfago são bem mórbidas e sempre que EPIDERMOIDE (CEC)
possível devem ser evitadas ▪ Onde tem álcali? PILHAS (risco maior em crianças). O que
fazer se a criança engolir?
2. CARCINOMA ESPINOCELULAR e ADENOCARCINOMA
Criança chega e mãe relata que engoliu uma pilha → faz um Raio-X 6. ESOFAGITE POR HERPES
→ aparece, a maioria é metálico → se tiver no ESÔFAGO ou ▪ Pode ser primária ou por reativação de vírus latentes em
estômago → encaminha → é EMERGÊNCIA ENDOSCÓPICA, lesões orais ou genitais
precisa retirar, sobretudo, se estiver no ESÔFAGO → criança ▪ Pode ser causada por varicela zoster
MORRE, pois se houver perfuração → faz MEDIASTINITE. ▪ QUADRO CLÍNICO: odinofagia, disfagia, dor retroesternal,
▪ QUADRO CLÍNICO: dor oral e subesternal, hipersalivação, náuseas, vômitos, hematêmese
odinofagia e disfagia, hematêmese e vômito, dor nas costas e ➔ Prestar atenção nas VESÍCULAS presentes no nariz e na boca
abdominal (quando tem perfuração). ▪ DIAGNÓSTICO: endoscopia digestiva alta com biópsia das
➔ Sinais de alarme: Rouquidão, estridor e afonia→ indicam MARGENS das úlceras
queimadura das VAS, edema da epiglote, cordas vocais ➔ Lesão com pequenas vesículas → ulceradas com anel amarelo
ou de toda laringe, Disfagia tardia→ indica (como vulcão)
desenvolvimento de estenose do esôfago, Presença de ➔ BIOPSIA: na histologia → células GIGANTES e
plenitude epigástrica, perda de peso e vômitos→ sugere MULTINUCLEADAS, corpos de inclusão intranuclear tipo
obstrução antropilorica Conwdry, em VIDRO ESMERILHADO (fosco)
• Grau l: lesão limitada à mucosa, com hiperemia, edema e necrose ➔ FAZ SEMPRE BIOPSIA NA BORDA (HERPES) E CENTRO
superficial; a cicatrização ocorre sem formação de estenose ou (CITOMEGALOVÍRUS)
cicatriz ▪ TRATAMENTO: Aciclovir (400 mg 8/8h – por uma semana - via
• Grau ll: lesão profunda da mucosa, com formação de exsudato, oral) + IBP (Omeprazol 40 mg) + Analgésico. O ganciclovir é
necrose profunda e exposição da musculatura do esôfago endovenoso, uso + em hospitais.
• Grau lll: lesões de todas as camadas da parede do esôfago e
estomago, que pode levar a mediastinite, peritonite e lesão de 7. ESOFAGITE POR CITOMEGALOVÍRUS
órgãos vizinhos, como fígado, vesícula biliar, pâncreas e baço. As ▪ Transmissão por contato sexual ou com outros fluidos
perfurações ocorrem nas primeiras 24h corporais.
▪ DIAGNÓSTICO: exame físico (inspeção – da cavidade oral), ▪ QUADRO CLÍNICO: início gradual, com náuseas, vômitos,
sinais vitais, ausculta pulmonar ( MV, estertores, sibilância). febre, dor epigástrica. Disfagia, odinofagia e dor retroesternal
1) Rx de tórax sem contraste são menos comuns.
2) Laringoscopia ▪ DIAGNÓSTICO: endoscopia digestiva alta com biópsia,
3) Se as condições do pacientes estiverem boas, faz sobretudo, no CENTRO→ presença de úlcera gigante, maior
endoscopia (entre 12-24h após a ingestão) para identificar o que 2 cm. Na histologia, células com inclusões intranucleares,
grau de queimadura, pode ser usado um endoscópio com halo ao redor do núcleo – aparência de OLHO.
INFANTIL, sendo utilizado a classificação de ZAGAR. ▪ TRATAMENTO: Ganciclovir (5 mg/Kg IV a cada 12 h durante 2
▪ Cuidar depois de 72 horas, pois começa a descamar – semanas) + IBP (Omeprazol 40 mg) + Analgesia
risco de fazer iatrogenia.
▪ Exame radiográfico: útil posteriormente para avaliar a presença 8. ACALASIA E MEGAESÔFAGO ESOFÁGICO
de estenose ▪ “Ausência de relaxamento”, déficit de relaxamento do EEI,
➔ Não realizar: administração de água com leite, associado a aperistalse do corpo do esôfago. Sendo a principal
produzir calor, lavagem gástrica e vômito provocado. região danificada é o plexo mioentérico (Auerbach)
▪ TRATAMENTO: depende do grau. ▪ Esfincter pode estar com pressão maior ou igual, nem sempre
▪ Grau I: tratamento sintomático - Jejum, Hidratação, Analgésico está maior
(tramadol 50mg EV), Antiemetico (bromoprida 10mg EV), Alta ▪ Primeira parede hipertrofia depois fibrose
hospitalar no 2º ou 3º dia ▪ É mais comum a causa idiopática (primária), depois a
▪ Grau II: tratamento sintomático - IBP (omeprazol 40 mg 1x/dia), doença de Chagas (secundária)
Corticoide (prednisolona 10 mg 12/12h) . Começa ATB *Nos EUA (idiopática) e no de Chagas (Brasil) – Segundo OTTO.
▪ Grau III: cirurgia de urgência (esofagectomia/ ressecção dos ▪ Acalasia e megaesôfago são fatores de risco para CEC
órgãos acometidos), Drenagem das cavidades, ▪ QUADRO CLÍNICO: disfagia para sólidos e líquidos (faz uma
Antibioticoterapia de amplo espectro (ciprofloxacino 500mg coluna), regurgitação alimentar e de saliva, pirose, PERDA DE
12/12h) PESO LENTA, tosse crônica (especialmente noturna),
▪ Suporte psicológico halitose (megaesôfago)
▪ Fase crônica da lesão: 1 mês depois da lesão inicial ➔ Se paciente apresentar Megacólon + Megaesôfago: perguntar
onde morou? Onde estava antes? Se viajou para aéreas
5. ESOFAGITE POR CANDIDA endêmicas suspeitar de CHAGAS
▪ Candida albicans é a + comum das esofagites infecciosas ▪ DIAGNÓSTICO: manometria (pra confirma o diagnostico –
▪ Comprometimento do esôfago superior padrão ouro), radiografia contrastada de esôfago e endoscopia
▪ Fatores predisponentes: uso de corticóide, doenças que ➔ Não tem bulha gástrica
causam imunossupressão – AIDS, neoplasias, diabetes ➔ Endoscopia: vê estenose e comida. Pode ser útil para excluir
mellitus. tumores (tem que fazer para diagnóstico diferencial – excluir
* Faz teste para HIV, caso o paciente ainda não tenha CEC – endoscopia profilática).
diagnóstico de HIV ➔ Rx contrastado com bário (para ver o tamanho e classificar):
▪ QUADRO CLÍNICO: + comum ODINOFAGIA, disfagia e lesões vê dilatação e hipertonia, imagem de estreitamento em “bico de
orais (pode estar associada a candidiase oral). Pode ter dor pássaro” na topografia do EEI. Utiliza a Classificação de
retroesternal, devido ao refluxo fisiológico (tem umas 50 por Rezende:
dia) – que agride a mucosa que já está inflamada. I - Forma anectásica: esôfago de calibre normal (até 4 cm), apenas
▪ DIAGNÓSTICO: endoscopia com biópsia (das bordas e centro) com pequena retenção de contraste, um minuto após a deglutição
vê placas esbranquiçadas, pouco elevadas. II - Esôfago discinético: com pequeno aumento de calibre (entre 4-7
▪ TRATAMENTO: paciente normal – usa nistatina (tto tópico), cm) e franca retenção do contraste (megaesôfago leve).
pode ser usado os orais como Fluconazol (pedir para o III - Esôfago francamente dilatado (megaesôfago clássico, entre 7-
paciente fazer gargarejo antes de engolir) – se 10 cm), atividade motora reduzida e grande retenção de contraste.
imunocomprometido IV - Dolicomegaesôfago (dólico = alongado): maior que 10 cm ou
➔ Associa com IBP (Omeprazol 40 mg) para reduzir a acidez do tortuoso.
refluxo gastroesofágico * 4, 7, 10 - macete para guardar os números das dilatações
➔ Casos graves endovenoso *Para conferir essa medição: é importante saber a escala, tem
programas no computador que vêem direto.
➔ Manometria: não relaxamento do EEI em resposta a *O tto deve ser individualizado. Em pacientes jovens, prefere-se a
deglutição, aperistalse cardiomiotomia, em pacientes + idosos é melhor a dilatação da
▪ TRATAMENTO: segue a Classificação de Mascarenhas cárdia.
➢ Grau I:tto é clínico, alimentação adequada, uso de *Não é aconselhável repetir muitas vezes a dilatação da cárdia, pois
nitratos (isossorbidas), bloqueadores dos canais de cálcio faz fibrose, é difícil depois para operar.
(nifedipino) e toxina botulínica. *Gastrostomia: passa uma sonda no estômago, é usado para tratar
➢ Grau II: dilatação da cárdia (pode ser com balão desnutrição. Se quiser depois fazer uma esofagectomia, não dá
pneumático para romper as fibras musculares, demora 2 a para reconstruir com o estômago (pode ter um buraco da sonda,
3 anos) e toxina botulínica está sensível), é melhor, nesse caso, fazer com outro órgão, como
➢ Grau III:miotomia de Heller jejuno, duodeno.
➢ Grau IV:esfagectomia subtotal *Investigação cólon e coração.
SP2: ESTÔMAGO
1. ATRESIA DUODENAL 5. GASTRITE POR H. PYLORI
▪ RN prematura, trissomia do 21, pode haver polidrâmnio ▪ Virulência: CAG-A e VAC-A → determinada por flagelos,
▪ QUADRO CLÍNÍCO: vômitos bilosos (verde escuro) – depois uréase, adesinas, toxinas
da papila de Vater– maioria, icterícia prolongada. ▪ Predomina no ANTRO GÁSTRICO → depois evolui para corpo
*Paciente pode evacuar, pois as fezes não dependem apenas da e fundo
comida, também é composta por bactérias, restos celulares e ▪ Após aquisição da bactéria, o paciente desenvolve uma
descamação intestinal. pangastrite aguda superficial, que pode ser totalmente
▪ DIANÓSTICO: sinal da dupla bolha (distensão do estômago e assintomática ou se apresentar com dispepsia (dor epigástrica,
o duodeno) – Rx de abdome – patognomônico de náuseas e vômitos)
OBSTRUÇÃO DUODENAL Nos primeiros meses (agudo) da produção de HCl→ crônico →
*Sinal da dupla bolha – também pode ser no pâncreas anular – vê depois hipercloridria (inibição da somatostatina)→hipocloridria
pâncreas envolta do duodeno (por atrofia)
▪ TRATAMENTO: cirúrgico (duodenoduodenostomia- isola a ▪ Tal quadro evolui com resolução espontânea dentro de alguns
atresia) – cirurgia difícil pela localização dias ou semanas, porém, na maioria das vezes, a bactéria não
*Passa sonda orogástrica – alimentação desaparece
* Todas as atresias intestinais → paciente tem muita rotação ▪ A partir daí, três evoluções são possíveis: (1) gastrite crônica
intestinal (volvo) → quando faz o volvo tem operar (emergência) leve; (2) gastrite antral crônica; (3) pangastrite crônica grave
(atrófica).
2. ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO ▪ A gastrite crônica leve representa o fenótipo mais comum,
▪ RN a termo, não é tão raro cursando de forma assintomática e sem repercussões clínicas
▪ QUADRO CLÍNÍCO: presença de oliva pilórica, vômito não no futuro.
biliosos em jato com conteúdo alimenta após a alimentação ▪ A gastrite antral crônica (15% dos casos), por outro lado, se
(de cor branca, com grumos de leite), ALCALOSE associa à HIPERcloridria e à úlcera péptica (principalmente
METABÓLICA (é um dos poucos casos) e será compensada duodenal). O mecanismo é o seguinte: o H. pylori danifica de
com uma acidose respiratória (com respiração superficial), forma seletiva as células D do antro, secretoras de
e hipocloridria (pelo vômito e perda na urina) desidratação, somatostatina, o que suprime o feedback negativo deste
desnutrição hormônio sobre as células G, secretoras de gastrina... Assim,
Hipocalemia (hipocalemia acontece no rim – redistribuição do ocorre hipergastrinemia, que estimula a secreção ácida do
potássio e entra para tentar reacidificar o sangue → bomba para corpo e fundo gástrico (os quais se encontram livres de doença
trocar o bicarbonato (potássio, bicarbonato e hidrogênio) → perde nesta forma de gastrite).
potássio para aumentar a absorção de hidrogênio – compensar a ▪ Na pangastrite grave (forma menos frequente) há destruição e
alcalose) → hipocalemia não é pelo vômito é pela bomba atrofia das glândulas oxínticas do corpo e fundo gástrico,
descompensada gerando HIPOcloridria. Tal fenótipo se associa às úlceras
▪ EXAME FÍSICO: palpação da oliva pilórica (hipertrofia do gástricas, à metaplasia intestinal (lesão precursora do
piloro) – palpação de uma massa cilíndrica e móvel localizada adenocarcinoma) e à hiperestimulação do tecido linfoide
entre a margem costal e o umbigo associado à mucosa, aumentando o risco de linfoma B de
▪ DIANÓSTICO: RX contrastado e simples (sinal da bulha baixo grau (linfoma MALT do estômago)
única) e ecografia (sinal do alvo – vê hipertrofia e as camadas ▪ Pangastrite: HIPOCLORIDRIA, atrofia da mucosa, metaplasia
musculares) intestinal, secreção gástrica reduzida e ↑ risco de
▪ TRATAMENTO: cirúrgico (piloromiotomiaextramucosa) – não é ADENOCARCINOMA.
procedimento de urgência ▪ Gastrite antral: tecido MALT – folículo linfóide (patognomônico)
*Passa sonda orogástrica - alimentação → fator de risco para LINFOMA MALT
▪ QUADRO CLÍNÍCO: só é assintomático na PANGASTRITE,
3. OUTRAS DOENÇAS CONGÊNITAS DO ESTÔMAGO E pode ter dor, pirose, náuseas, flatulências, sialorreia, halitose,
DUODENO cefaleia
▪ Atresia antral e pilórica, duplicação gástrica e duodenal, volvo ▪ Suspeitas de neoplasia maligna: sangramento
gástrico, perfuração gástrica espontânea do RN e microgastria. gastrointestinal, anemia, saciedade precoce, perda de peso
inexplicável (> 10% do corporal), disfagia progressiva,
4. GASTRITE odinofagia, vômito persistente → investigação com endoscopia
▪ Presença de infiltrado leucocitário inflamatório na mucosa ▪ DIANÓSTICO: EDA com biópsia + testa da urease(faz na hora
do estômago. que faz endoscopia)+ cultura. E testes respiratórios (não é
▪ Fase aguda: presença de NEUTRÓFILOS pedido sempre).
▪ Fase crônica: presença de LINFÓCITOS *Padrão ouro é a histologia
▪ Outras causas de gastrite: gastrite glanulomatosa (ex. ▪ TRATAMENTO: 7 ou 14 dias de antibioticoterapia (amoxicilina
sarcoidose, doença de Crohn), gastrite flegmolosa (+ pacientes + claritromicina) + Inibidor de bomba de prótons (Omeprazol)
desnutridos → mortalidade 20% e tto é cirúrgico), Doença de ▪ Após tratamento, realizar teste respiratório para verificar
Demenetrier (perda de proteínas) eficácia .
*Estômago em melancia →angiodisplasias→ sangramento crônico ▪ Indicação de tratamento para H. pylori:
o Doença ulcerosa, história de cirurgia ou câncer VOCÊ *Na Peritonite tem ABDOME EM TÁBUA (extravasamento do
TEM QUE TRATAR! ácido gástrico) e hipertimpanismo
o Quando tem hemorragia *Diagnóstico: faz rotina de abdome agudo – RX de tórax (PA) e
o Paciente com dor que acorda a noite abdome (AP).- ortostase e decúbito – pode apresentar íleo paralítico
o Perda de peso e PNEUMOPERITÔNIO (presença de gás no peritônio devido a
o Sinais de doenças neoplasias perfurações das vísceras – AR É PRETO). Vê entre o diafragma e
o Anemia fígado (está do lado direito).
o Refratariedade ao tratamento Quando perfurada – sempre é cirúrgico, lembrar de tratar a H.
o Presença de MALT pylori
Na hemorragia digestiva faz endoscopia (cauterização) e
6. GASTRITE AUTOIMUNE biópsia
▪ Fator de risco para ADENOCARCINOMA. Atrofia → tem ▪ Classificação de Johnson
substituição da mucosa → faz metaplasia intestinal o ESTOMAGO – CARDIA → HIPOCLORIDRIA 1
→adenocarcinoma o ESTOMAGO – ANTRO → HIPOCLORIDRIA 4
▪ Doença autossômica dominante, + corpo e fundo. o DUODENO → HIPERCLORIDRIA (CLOKING) 2
▪ Geralmente associada a outras doenças autoimunes: tireoidite o PILORO → HIPERCLORIDRIA 3
de Hashimoto e diabetes mellitus ➔ Tipo 1 e 4 (idoso), tipo 2 e 3 (paciente jovem)
▪ QUADRO CLÍNÍCO:é assintomática, mas pode ter sintomas da
anemia perniciosa (distúrbios hematológicos e neurológicos) 8.1. ÚLCERA DUODENAL
→ deficiência da vitamina B12. ▪ 20-40 anos – pacientes jovens
▪ DIANÓSTICO: EDA ▪ QUADRO CLÍNÍCO: MELHORA COM A ALIMENTAÇÃO, dor
*Pede hemograma – para anemia epigástrica, náusea, MELENA, sialorreia
▪ TRATAMENTO: só da anemia perniciosa ▪ DIANÓSTICO: EDA + biópsia
*Acido fólico + vitamina B12 + faz acompanhamento para rastrear ▪ TRATAMENTO: pode ser cirúrgico.
câncer gástrico.
8.2. ÚLCERA GÁSTRICA
7. GASTROPATIA POR MEDICAMENTOS (AINE) ▪ 40 anos – pacientes idosos
▪ Perguntar a dose de AINE ▪ QUADRO CLÍNÍCO: emagrecimento, PIORA COM A
▪ QUADRO CLÍNÍCO: dispepsia, erosões gastrointestinais, ALIMENTAÇÃO, náuseas, vômitos, DESPERTAR NOTURNO
anemia ferropriva (trata com sulfato ferroso e tenta achar a COM DOR, MELENA, doença passa a irradiar para o dorso
CAUSA), sangramento oculto nas fezes ▪ Paciente com úlcera gástrica também consegue apontar
▪ DIANÓSTICO: endoscopia (+ no antro) e sangue oculto nas onde há a úlcera
fezes (difícil de realizar, é pouco específico) ▪ Complicação: hemorragia
▪ TRATAMENTO: uso de medicamentos (qual?), IBP ▪ DIANÓSTICO: EDA + biópsia + teste para pesquisa de H.
pylori (teste da urease)
8. DOENÇA ÚLCEROSA PÉPTICA o Endoscopia – classificação de Forest (graus de
ANAMNESE DA DOR sangramento – determinam manejo)
▪ TRATAMENTO: IBP (40 mg) + terapia da erradicação do H.
pylori – Claritromicina + Amoxicilina por 14 dias.
▪ *Depende do tipo: faz cirurgia
▪ TTO de úlcera gástrica com hemorragia importante? FAZ IBP
em bolos, 80mL. 8mL por hora depois – para o
sangramento. Não parou de sangrar? Cirurgia –
gastrectomia e vagotomia.
9. ADENOCARCINOMA DE ESTÔMAGO
▪ 2° causa de óbito, só perde para o pulmão
▪ +Comum em asiáticos, o padrão difuso (é + genético e familiar,
tem relação com o tipo sanguíneo A).
▪ Fatores de risco: + inalação e ingestão de substâncias
carcinogênicas (comida industrializada), tabagismo,
gastrite atrófica por H. pylori, anemia perniciosa (gastrite
atrófica autoimune)
▪ Câncer gástrico precoce: adenocarcinoma restrito à mucosa
ou submucosa (independente do comprometimento linfonodal).
Tem BOM prognóstico.
▪ Câncer gástrico avançado: já passou a submucosa, atinge a
camada muscular.
▪ QUADRO CLÍNÍCO: pode ser assintomático, DOR
EPIGÁSTRICA, perda de peso, plenitude gástrica, perda de
apetite, náuseas e vômitos, fadiga, massa abdominal, ascite
maligna (+ em pacientes com linite plástica), hematêmese,
anemia
➔ Manifestações decorrentes de metástases: nódulo de
Virchow (supraclavicular – é patognomônico de CA gástrico),
tumor de prateleira de Brumer (fundo do saco de Douglas),
*São fatores de risco para câncer gástrico nódulo da Irmã Mary Joseph (periumbilical), Irish
*Complicações das úlceras: HEMORRAGIA, PERFURAÇÃO (axilar),Kruskenberg (ovário)
(não inclui sangramento → por isso NÃO CHOCA) E ➔ No exame físico: distensão abdominal e hepatomegalia em
OBSTRUÇÃO (pode ser por espasmo, edema e fibrose). casos de metástases e linfadenopatia
*Sangue → irrita a mucosa → paciente vomita ▪ DIANÓSTICO: EDA + Biópsia e TC (para estadiamento)
*Perfuração na parede anterior (causa peritonite) e perfuração na *Padrão ouro biópsia
parede posterior (causa dor nas costas e pancreatite).
➔ Classificação de Lauren: intestinal e difuso→ MICROSCOPIA • BORRMANN III:carcinoma ulcerado e infiltrante com
INTESTINAL:tumor bem diferenciado, com formação de estruturas margens rasas e pouco definidas: geralmente há infiltração
glandulares; manifestando-se como lesões expansivas, polipoides da submucosa, muscular própria e serosa. Esta é a
e ulceradas na endoscopia, mais comumente encontrado no apresentação mais comum do câncer gástrico. Sobrevida
estomago distal- sua disseminação é quase sempre hematogênica média em 5 anos de 20%
DIFUSO: tumor indiferenciado sem formações glandulares, • BORRMANN IV:carcinoma infiltrativo difuso: lesão difícil de
apresentando as famosas células em anel de sinete (acumulo de ser definida- ela se estende por todas as camadas do
estomago e em todas as direções. A extensão é bem mais
muco no citoplasma deslocando o núcleo para a periferia). É um
significativa do que a apreciada apenas pela inspeção e
tumor “infiltrativo” manifestando-se na endoscopia com ulceras
palpação. Quando há infiltração de todo o estomago, esse tipo
infiltradas ou linite plástica (infiltração difusa do órgão).
é chamado de Linitis plástica (linite plástica)
o Acomete mais o estomago proximal (cárdia) e tem ▪ TRATAMENTO: depende do estádio
prognostico pior que o subtipo intestinal (maior
▪ Estádio I – CA precoce: musectomia endoscópica
probabilidade de metástase precoces, inclusive por
▪ Estádio II, III e IVA: gastrectomia radical, tem RETIRAR OS
disseminação intraperitoneal). Sua disseminação se faz
LINFONODOS.
mais comumente por contiguidade (transmural) e pela via
linfogenica (metástase nodais) ▪ Estádio IVB: paliativo + quimioterapia
o Esses tumores infiltrativos frequentemente evocam uma *Se o paciente não conseguir se alimentar faz gastrostomia, se não
reação desmoplásica que endurece a parede gástrica for possível faz jejunostomia
o Quando existem grandes áreas de infiltração, um
achatamento difuso das rugas e uma parede espessada e 10. LINFOMA MALT
rígida, isso pode gerar uma aparência de cantil de couro ▪ Baixo grau de linfócitos B da zona marginal e linfoma não
chamada de linite plástica. Hodgkin
➔ Classificação de Borrmann: vê na endoscopia e suspeita ▪ Fatores de risco: H. pylori + gastrite antral crônica
quando tem bordas elevadas e convergindo → (presença de tecido MALT)
MACROSCOPIA ▪ Associado a translocação 11,18
• BORRMANN i: carcinoma polipoide ou “fungoide”: esta ▪ QUADRO CLÍNÍCO: dispepsia, dor epigástrica, hematêmese,
lesão é bem demarcada com áreas de tecido normal em toda a melena, perda de peso
sua volta. Sobrevida media em 5 anos de 40% ▪ DIANÓSTICO: EDA + biópsia
• BORRMANN II: Carcinoma ulcerado com margens bem ▪ TRATAMENTO: gastrectomia total seguida de radio e
demarcadase nenhuma infiltração: esta lesao é impossível quimioterapia
de ser diferenciada, somente pelo seu aspecto endoscópico, *Tratar H. PYLORI→antibioticoterapia (claritromicina + amoxicilina)
da úlcera gástrica benigna. Sobrevida media em 5 anos de + IBP (omeprazol)
35%
SP3: INTESTINO - DIARREIA
1. DOENÇA DE CROHN *Complicação: megacolón tóxico – internar (sonda corticóide,
▪ Acomete qualquer parte do tubo digestivo → boca até o ânus imunossupressor, ATB) – se não melhorar tto cirúrgico
→ LESÕES SALTEADAS ➔ Classificação de truelove e witts: avalia a gravidade da doença
▪ Alterações patológicas inflamatórias transmurais o Leve: menos de 3 evacuações por dia
▪ Fator de risco: tabagismo o Moderada : + de 4 evacuações por dia
▪ QUADRO CLÍNICO: doença PERIANAL (fístulas, fissuras e o Grave: + de 6 evacuações por dia
abcessos), diarreia crônica persistente, dor abdominal, febre, ➔ Classificação quanto à extensão das lesões:
anorexia, perda de peso, cólicas ++ Proctite→proctossigmoidite→ colite esquerda → colite extensa
*Complicação: deficiência de B12, anemia, perfuração, fístulas e →pancolite com ileíte de refluxo
fissuras perianais (para a pele), megacólon tóxico ▪ DIAGNÓSTICO: Colonoscopia com biópsia
*EXAME FÍSICO: o Colonoscopia: hiperemia, edema, inflamação inteira da
o Oral → boca → presença de úlceras mucosa, mucosa friável, erosões, ulcerações, exsudação
o Anal → fissuras perianais de muco, pus ou sangue
▪ DIAGNÓSTICO: Endoscopia com biópsia o Histopatológico: pseudopólipos, MICROABCESSO DE
o EDA → comprometimento salteado, com úlceras aftosas CRIPTA→criptite
→ PEDRAS EM CALÇAMENTO *Marcador sorológico: p-ANCA
o Histopatológico → granuloma não caseoso *Rx contrastada → perda das haustrações→ aspecto em “cano
*Pode realizar o enema opaco → imagem contrastado de chumbo”
*Marcadores sorológicos: anticorpos ASCA ▪ TRATAMENTO: existe possibilidade de CURA →
▪ TRATAMENTO: derivados do ácido 5-aminosalicílico (5-ASA), proctocolectomia total ou colectomia total com ileostomia
corticóides (Budesonida), imunomoduladores (doença crônica).
▪ NÃO tem cura → trata as fístulas perianais → paciente 3. DOENÇA CELÍACA
sempre assado → uso de hipogloss e pasta de água ▪ Doença autoimune de caráter permanente
▪ SÓ opera se tiver complicações ▪ Somente 10% recebe o diagnóstico, pois o paciente pode ser
assintomático
*Cuidado na cirurgia → como as lesão são salteadas → se fizer a
▪ Intolerância ao glúten do trigo, centeio, cevada e aveia →
ressecção na região onde tem Crohn→ NÃO cicatriza.
presença de gliadina (tóxica)
*Impacto na qualidade de vida → paciente está sempre com
▪ Pessoa induz dieta restritiva (por conta própria) → tem genes
diarreia, tem os cuidados perianais → não sai de casa, precisa
(HLA-DQ2 e HLA-DQ8) → propensão a desenvolver a
sempre de um banheiro próximo
doença celíaca ou condição de desnutrição
2. RETOCOLITE ULCERATIVA Diarreia crônica → perda de vilosidades → má absorção → ANEMIA
e DESNUTRIÇÃO
▪ Limitada ao cólon e reto → se estende à mucosa e submucosa
▪ QUADRO CLÍNICO: diarreia pode ter esteatorreia, mas pode
→ ASCEDENTE e UNIFORME
acontecer constipação, emagrecimento, fraqueza, cansaço,
▪ Fator protetor: tabagismo
anorexia, dor abdominal localizada, náuseas e vômitos.
▪ RCU dá +++ câncer
*Manifestações atípicas → osteopenia/osteoporose (carência de
▪ QUADRO CLÍNICO: diarreia + SANGUINOLENTA, cólicas
nutrientes) e dermatite herpética
(menos intensas), dor abdominal inferior, febre, crescente
*Perguntar sobre a dieta e quantidade de glúten que é ingerida
urgência para defecar
*Exame físico: desnutrição ps: Só trata com antimicrobianos se ela se tornar crônica ou
▪ DIAGNÓSTICO: hemograma (devido a anemia), sorologia prolongada (>14 dias) e se for muito intensa (desidratação
(IgAanti- transglutaminase tecidual), e EDA com biópsia grave e perda de peso). Só faz investigações (exames como
o Macroscopia: atrofia e aplainamento das dobras mucosas e parasitológico, coprocultura) se cronificar, se for severa,
vilosidades imunocomprometidos, >70 anos.
o Critérios de Marsh: alterações histológicas na biópsia de ps2: Se no PS, da pra pedir hemograma e eletrólitos no
intestino delgado – quantidade de linfócito, hiperplasia das paciente com mal estado geral
criptas e atrofia das vilosidades ▪ TEMPO: aguda (< 2 semanas), persistente (entre 2-4semanas)
0: arquitetura vilosa normal sem aumento de linfócitos intraepiteliais e crônica (>4 semanas)
I: arquitetura vilosa normal com aumento de linfócitos intraepiteliais ▪ ANATOMIA
II: aumento de linfócitos intraepiteliais e hiperplasia de criptas com o Alta → intestino delgado → episódios diarréicos são +
vilosidade normal volumosos, pequeno número de evacuações, dor
IIIa: aumento de linfócitos intraepiteliais e hiperplasia de criptas com periumbilical, esteatorreia, ausência de pus e muco,
atrofia vilosa parcial emagrecimento, anemia, deficiência vitamínica e desnutrição
IIIb: aumento de linfócitos intraepiteliais e hiperplasia de criptas com o Baixa → cólon → evacuações em pouca quantidade, muito
atrofia vilosa subtotal frequentes, tenesmo (desconforto ao evacuar), urgência fecal,
IIIc: aumento de linfócitos intraepiteliais e hiperplasia de criptas com irritação do reto, dor abdominal do tipo cólica, com muco, pus
atrofia vilosa total. ou sangue
*Diagnóstico definitivo → é a reversão do quadro após o início ▪ ETIOLOGIA: infecciosas (viral, bacteriana, protozoários,
de uma dieta sem glúten verminoses) ou não infecciosas
▪ TRATAMENTO: suspensão do glúten na dieta, medicamentos ➔ Verminose → tem diarreia e constipação → devido a
para a correção de carências nutricionais (ferro, cálcio, reinfecção → pede hemograma → tem EOSINOFILIA → que
vitaminas). se confunde com estados alérgicos
*Paciente não melhora em 6 meses → pode ser uma doença ▪ FISIOPATOLOGIA
refratária o Diarreia secretória → alguma toxina ou droga está estimulando
a secreção ou inibindo a absorção hidroeletrolítica pelo epitélio
4. INTOLERÂNCIA A LACTOSE intestinal → não melhora com o jejum → ex. laxativos,
▪ Intolerância congênita a lactose → ausência ou intensa infecciosa.
deficiência da atividade lactásica→ aparece após 1° ou 2° o Diarreia osmótica → presença de uma substância
ingestão de leite → distensa abdominal, vômitos, diarreia osmoticamente ativa e não-absorvível pelo epitélio intestinal →
líquida, explosiva de odor ácido → cessa com a suspensão do cessa com o estado de jejum, pH baixo (< 5,3), tem mucosa
leite irritada – assadura → ex. deficiência de lactase.
▪ Intolerância de início tardio → + adultos →da atividade *Usa manitol ou piposulfato
lactasica com a idade → pode fazer a reintrodução de forma o Síndrome diasbsortiva→ origem em uma doença do intestino
lenta, porque ainda tem a enzima delgado → falhas na absorção de nutrientes +
▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, distensão intestinal, ESTEATORREIA (paciente relata que as fezes bóiam, com
borborigmos, FLATULÊNCIAS (liberação de gases), diarreia bolhas de gordura boiando) + aliviada pelo jejum → ex. doença
*Maioria consegue tolera certa quantidade de lactose (12-18 g) de Crohn, celíaca
▪ DIAGNÓSTICO: hemograma, teste do hidrogênio no ar o Diarreia invasiva, inflamatória→ lesão direta da mucosa
expirado com lactose, teste de tolerância a lactose intestinal → fezes com muco, purulentas e sanguinolentas
▪ TRATAMENTO: ou eliminação da lactose familiar
(DISENTERIA) que continuam durante o jejum → pode ser
*Uso da enzima lactase extraída de determinados fungos: Lact-aid,
infecciosa ou não infecciosa (ex. doença inflamatória intestinal)
Lactrase e Lactace
o Diarreia funcional →hipermotilidade intestinal → síndrome do
5. COLITE PSEUDOMEMBRANOSA
intestino irritável, diarreia diabética
▪ É causado pelas toxinas (A- enterotoxina e B-citotoxina) do
*Os mecanismos da diarreia podem atuar de maneira conjunta,
Clostridium difficile (bacilo gram +, formador de esporos,
simultânea
anaeróbico obrigatório), um comensal normal do intestino e
▪ Sinais de alerta: sinais de desidratação, alteração do estado
ocorre, geralmente, após um curso de tratamento
mental, febre, sangue visível nas fezes, vômitos persistentes,
amtimicrobiano (antibióticos) de amplo espectro
diarreia abundante com evacuações frequentes.
▪ Quase TODOS os antibióticos podem desenvolver a colite →
▪ Tratamento: depende do grau de desidratação → plano (A, B e
as mais usadas → + propensas:
C)
o Clindamicina, ampicilina, amoxaciclina, cefalosporinas,
o Terapia de reidratação oral → sache OU pede para o
quinolonas, sulfonamidas
paciente dilui isotônico (gatorade) com 1L de água
▪ QUADRO CLÍNICO: febre, dor abdominal, cólicas,
o Probióticos
desidratação, DIARREIA AQUOSA com muco (10 a 20
*Floratin→ para restabelecer a flora intestinal
evacuações por dia)
*Suspeitar quando aparece sintomas característicos dentro de um o Usa ATB após 10 dias de diarreia e não melhora →
período de 6 semanas após a exposição a um agente quinolona (usa se for viajar → diarreia do viajante),
antibioticoterápico metronidazol e bactrin (sulfa+ trimetro)
▪ DIAGNÓSTICO: hemograma, pesquisa de toxinas nas fezes, o Recomendações com alimentação → refeições frequentes
colonoscopia com biópsia e levianas distribuídas ao longo do dia. Os lactentes devem
o Elevações da mucosa → PSEUDOMEMBRANAS, ser colocados no peito ou deve ser oferecida a mamadeira
arredondadas, amareladas com frequência
▪ TRATAMENTO: suspensão do antibiótico atual, substituição *Em crianças trata a constipação com água de aveia, e diarreia com
por metronidazol (combater o C. difficile), probioticoterapia, canja.
terapia de reidratação oral. ➔ Na intoxicação alimentar → só precisa ingerir a toxina (+
*Em casos + graves, e com recidivas → dá pra fazer o transplante comum a S. aureus) → tem 1 a 2 episódios de diarreia →
fecal. depois passa → isso não significa que o alimento está
contaminado
6. DIARREIAS: é o no número de evacuações (+ de 3
vezes ao dia) e da massa fecal (>200 g/dia) com fezes 6.1. DIARREIA VIRAL ROTAVÍRUS
aquosas ou de pouca consistência
▪ Causa + comum de DIARREIA GRAVE na infância → + *ATB só para casos graves→ ampicilina, amoxicilina
vulneráveis → 6 a 24 meses
▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, vômito e diarreia 6.5. DIARREIA BACTERIANA CÓLERA
aquosa→ DESIDRATAÇÃO ▪ Transmissão por água contaminada, alimentos e fruto do mar
▪ TRATAMENTO: é autolimitada → terapia de reposição oral, ▪ QUADRO CLÍNICO: casos graves → diarreia aquosa e
realimentação precoce vômitos, fezes volumosas se assemelham água de arroz,
➔ Prevenção → VACINA com odor de peixe → DESIDRATAÇÃO
▪ Alcalose respiratória para compensar acidose metabólica
6.2. DIARREIA BACTERIANA E. COLI ▪ TRATAMENTO: terapia de reposição oral
▪ Colonizam o trato GI saudável → maioria NÃO é patogênica *ATB só para casos graves→doxiciclina ou azitromicina, tetracicilina
▪ Diarreia por bactéria + comum no Brasil → tem várias cepas →
+ importância clínica → E coli O157:H7 – E. coli Entero- 6.6. DIARREIA PROTOZÓARIO GIARDIASE
hemorragica → apresenta diarreia sanguinolenta, pode ter ▪ Contaminação por meio da ingestão de cistos da Giardia
febre→ síndrome hemolítica-urêmica (SHU) lamblia durante a natação em água contaminada
▪ É uma das causas da diarreia do viajante → E. ▪ QUADRO CLÍNICO: diarreia aguda ou crônica, má absorção,
colienterotoxigênica: diarreia aquosa e profunda, SEM perda de peso e FEZES EXPLOSIVAS, esteatorreia
FEBRE, encontra também O157H7 ▪ DIAGNÓSTICO: detecção imunofluorescente de cistos nas
▪ E. coli enterovasiva/enteropatogênica: aumento na produção amostras de fezes
de muco – FEBRE ELEVADA, diarreia sem sangue ▪ TRATAMENTO: terapia de reidratação oral, pode ser usado
▪ QUADRO CLÍNICO: febre, diarreia pode ou não ser metronidazol
sanguinolenta, tenesmo, dor abdominal.
▪ TRATAMENTO: terapia de reidratação oral, realimentação 6.7. DIARREIA PROTOZOÁRIO AMEBIASE
precoce
▪ Transmissão fecal-oral
▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, diarreia sanguinolenta ou
6.3. DIARREIA BACTERIANA SHIGELLA perda de peso, pode levar a disenteria
▪ São + proeminentes no intestino grosso (cólon esquerdo), mas ➔ Complicações: colite necrosante aguda, megacólon e produz
o íleo também está envolvido ABSCESSOS no fígado
▪ Transmissão por água e alimentos contaminados ▪ TRATAMENTO: terapia de reidratação oral, pode ser usado
▪ QUADRO CLÍNICO: diarreia, febre, dor abdominal, tenesmo, metronidazol
cólica abdominal, SANGUE e MUCO (principal causa de
disenteria) estão presentes no 2° dia da doença. 6.8. DIARREIA PROTOZORIO CRIPTOSPORIDIUM
▪ DIAGNÓSTICO: cultura das fezes
▪ Causa diarreia do viajante e a diarreia persistente
▪ TRATAMENTO: terapia de reidratação oral, ATB
▪ Aumento com o aumento na prevalência do vírus da
(sulfametoxazol+trimetoprima) → casos graves
HIV/AIDS, transplantes e necessidade de
imunossupressão, doença autoimune e com o
6.4. DIARREIA BACTERIANA SALMONELA envelhecimento da população.
▪ Galinha → tem ooforite→ infecção no ovário → ovos estão ▪ Oocistos são resistentes ao cloro → podem persistir na água
contaminados tratada
▪ QUADRO CLÍNICO: fezes moles e diarreia profusa, febre ▪ QUADRO CLÍNICO: diarreia aquosa não sanguinolenta, tem
➔ Complicações extraintestinais→ disseminação hematogênica→ alterações das células epiteliais, atrofia das vilosidades e perda
meningite e osteomielite (crianças com anemia falciforme) de enzimas digestivas
▪ DIAGNÓSTICO: cultura das fezes ▪ DIAGNÓSTICO: oocistos na fezes
▪ TRATAMENTO: maioria é autolimitada → terapia de reposição ▪ TRATAMENTO: terapia de reidratação oral.
oral
SP4: FÍGADO
1. ICTERÍCIA ▪ PSEUDOICTERÍCIA → ingestão excessiva de alimentos ricos
▪ ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA →excesso de oferta de heme- em betacarotenos
proteínas, hemólises, reabsorção de grandes hematomas, o NÃO causa pigmentação na esclera → coloração é +
anemia falciforme intensa nas palmas de mãos e solas de pés
o da bilirrubina indireta (não conjugada) → NÃO
apresenta colúria e acolia fecal ABORDAGEM DO PACIENTE COM ICTERÍCIA
o da bilirrubina é pouco expressivo (até 5mg/dL) com ou ▪ ANAMNESE
sem icterícia clínica Ocupação
▪ ICTERÍCIA INTRA-HEPÁTICA → pode ser por alterações no Sintomas associados
processo de conjugação no interior dos hepatócitos até a Perda de peso
excreção da bilirrubina já conjugada História pregressa de doenças hepáticas
o da bilirrubina direta e/ou indireta História de cirurgias abdominais
o Causas: hepatite autoimune, infecções, álcool e drogas Uso de substâncias tóxicas: álcool e medicamentos
▪ ICTERÍCIA PÓS-HEPÁTICA → ocorrem após a bilirrubina já Atividade sexual
ter sido conjugada no fígado. Alimentos contaminados
o da bilirrubina direta (conjugada) → cursa com Exposição a sangue e a derivados → perguntar se já
COLÚRIA e ACOLIA fecal realizou transfusão sanguínea (década de 90 para trás) →
o Processos obstrutivos da árvore biliar →colelitíase (cálculos comum ter hepatite C → em média demora 30 anos para
na vesícula), estenoses pós-cirúrgicas, colecistite,
fazer cirrose → estamos no final de um pico
coledocolitíase, colangite, tumores da junção biliopancreática
Viagens → leptospirose, febre amarela, malária
➔ Principal causa de hiperbilirrubinemia direta é a obstrução
▪ EXAME FÍSICO
de vias biliares, a 2ª causa são as hepatites
➔ Principal causa de hiperbilirrubinemia indireta é a Avaliar coloração das mucosas no recesso conjuntival
hemólise inferior, no palato e na região sublingual
Cor pode variar do amarelo-esverdeado ao amarelo- ▪ Atividade da UGTA1 reduzida < que 10% do normal
alaranjado ▪ QUADRO CLÍNICO: pele extraordinariamente amarela, tem
Hepatimetria quadro tardio RARO de kernicterus com jejum
▪ EXAMES COMPLEMENTARES: Hemograma + hepatograma ▪ DIAGNÓSTICO: dosagem de bilirrubina sérica total → 6-25
Avaliação da bilirrubina (geralmente <20, não conjugada)
Enzimas hepáticas → integridade dos hepatócitos → ALT ▪ TRATAMENTO: fenobarbital
E AST → valor máximo é 40
*Na inflamação aguda do fígado → muito → quanto a 3.4. SÍNDROME DE DUBIN-JOHSON→ HIPERBILIRRUBINE-
destruição dos hepatócitos → se encontra na corrente MIA CONJUGADA (DIRETA)
sanguinea→ exemplo → nas hepatites podem fazer até 4000 U/L ▪ Prejuízo da excreção biliar de glicoronídeos de bilirrubina em
função de mutação na proteína associada à resistência a
*Inflamação na vesícula → volta pro fígado → aumenta em 3x →
múltiplos medicamentos 2 (MRP2) canalicular
120 U/L
▪ QUADRO CLÍNICO: maioria dos pacientes é assintomática →
Função dos hepatócitos → albumina, tempo de
mas pode ter uma icterícia crônica ou recorrente de
protrombina
intensidade flutuante, com hepatoesplenomegalia
Função excretora biliar→fosfatase alcalina e gama-GT
*Fígado exibe um pigmentação escura devida a grânulos
Testes sorológicos para hepatites virais
pigmentados grosseiros no citoplasma dos hepatócitos
Exames de imagem → US, TC ou CPRM
▪ DIAGNÓSTICO: dosagem de bilirrubina sérica total →
Biópsia hepática
tipicamente 2-5, cerca de 60% de reação direta
▪ TRATAMENTO: evitar estrógenos, não há necessidade de
2. ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
terapias adicionais
▪ Quadro benigno, autolimitado
▪ Maquinário hepático para a conjugação e excreção da
3.5. SÍNDROME DE ROTOR→ HIPERBILIRRUBINEMIA
bilirrubina não amadureceu completamente →
CONJUGADA (DIRETA)
hiperbilirrubinemia não conjugada leve e transitória
▪ Secreção ou armazenamento hepático prejudicado de
▪ QUADRO CLÍNICO: início com 48 h e pico no 3° dia,
bilirrubina conjugada → defeito molecular desconhecido
desaparecendo ao final da primeira semana
▪ QUADRO CLÍNICO: icterícia, mas tem uma vida normal. Faz
*Icterícia
análise de coproporfirina na urina e desaparecimento de BSP
▪ DIAGNÓSTICO: dosagem de bilirrubinas → zona de Kramer
▪ DIAGNÓSTICO: dosagem de bilirrubina sérica total → 3-7,
o Atinge um pico de 5-6 mg/dL
cerca de 60% de reação direta
o Pode atingir 12 mg/dL→ ligado a fatores de risco →
▪ TRATAMENTO: não há necessidade de tratamento específico
PREMATURO, filhos de mãe diabética, raça oriental,
eliminação tardia do mecônio, história familiar de irmão
4. HEPATITES→ doença neuroinflamatória do fígado
que teve icterícia fisiológica
História natural das hepatites AGUDAS
▪ TRATAMENTO: a maioria não trata, mas depende de cada
Incubação → contato com o agente infeccioso
caso → se + grave → indica-se fototerapia →
Prodrômico→ sintomas inespecíficos → febre, astenia, dores
exsanguineotransfusão
musculares, cefaleia, náuseas, vômitos → duram de 4 a 7
dias
3. SÍNDROMES CONGÊNITAS→ importante tranquilizar o
Estado → formas clássicas →colúria, icterícia, hipo ou
paciente → é diagnóstico de exclusão
acolia fecal, com ou sem prurido, mas pode ser anictérica,
3.1. SÍNDROME DE GILBERT→ HIPERBILIRRUBINEMIA
com infecção subclínica
NÃO CONJUGADA (INDIRETA)
▪ Relativamente COMUM→ até 12% da população Convalescença → recuperação clínica do paciente, que
▪ Atividade de UDPGT/UGT1A1bilirrubina está para 10-33% tende a ser normalizar em um período máximo de 6
do normal meses
▪ QUADRO CLÍNICO: hiperbilrrubinemia leve, flutuantes → NA HEPATITE HÁ ↑ DA BILIRRUBINA DIRETA (faz padrão
colestático): hepatite é uma lesão celular que a afeta a
agudo → é desencadeado como o ESTRESSE, exercício
captação, conjugação e excreção; mas afeta mais a fase de
extenuante ou jejum excreção, por isso ↑ mais a BD do que a BI (mas ambas estão ↑;
▪ DIAGNÓSTICO: dosagem de bilirrubina sérica total → menor mas a BD bem mais)
que 4 na ausência de jejum ou hemólise, a maioria não
conjugada
▪ TRATAMENTO: se necessário usa fenobarbital
OBSTRUÇÃO BILIAR (parcial ou total) → da pressão intraductal e intracanalicular no parênquima hepático → dilatação a montante da via biliar
→ lentificação da bile → estase e decantação → cálculos de vias biliares (primários- + disformes e secundários da vesícula - + redondos)
*Bilirrubinas direta e total, a fosfatase alcalina, ácidos biliares e a gamaglutamiltransferase estão aumentados no plasma, e o
urobilinogênio urinário e fecal estão diminuídos ou ausentes. Os sais biliares, impossibilitados de serem secretados na bile, são
excretados na urina, por transporte ativo e por difusão passiva de conjugados sulfatados
*Esquistossomose não faz ascite, mas na fase tardia a doença faz cirrose, daí tem ascite (pela cirrose)
CONSTIPAÇÃO → faz estase, isquemia ( da circulação) e distensão abdominal (dor)→hiperproliferação de bactérias → inflamação →
edema da parede → hipovolemia e sepse
2. OBSTRUÇÃO o Vômitos amarelo-esverdeados ou com restos alimentares
▪ Obstrução alta: intestino delgado precoces: obstrução ileal alta
o Principais causas: 1º) Bridas / 2º) Neoplasias (pp. o Obstrução mecânica completa: constipação e parada na
Carcinomatose peritoneal metastática) / 3º) Hérnias eliminação de gases
estranguladas(internas ou na parede abdominal) o Obstrução parcial: diarreia paradoxal (devido a estase do bolo
o Em casos agudos: pode haver hiperperistalse distal a alimentar e hiperproliferação de bactérias)
obstrução → diarreia de Harrington ▪ Exame físico:
▪ Obstrução baixa: intestino grosso o AUSCULTA por 2 minutos para ver se não tem RHA
o Pode ter válvula íleo-cecal competente ou incompetente. o Toque retal: presença de fezes, características das fezes,
o Principais causas: 1º) Neoplasias (pp. Tumor colorretal) / presença de sangue, tumor, fecaloma
2º) Volvo / 3º) Doença Diverticular (complicação rara da o Dá para testar esfíncter perineal
doença) / Outras: Fecaloma (por megacolon). o SINAL DE GERSUNY: sinal de fecaloma, sente descolar.
▪ Obstrução mecânica → + no lado esquerdo, no cólon sigmoide ▪ Exames complementares
→ alça fechada o Laboratoriais: hemograma, creatinina (ver função renal),
▪ Obstrução em alça fechada:+ comum com alça ileocecal eletrólitos (sódio e potássio), glicemia
competente o Rotina radiológica de abdome agudo: PA de tórax, AP de
o Alça aberta (+comum na alta)→CHOQUE HIPOVOLÊMICO abdome (decúbito e em ortostase) e perfil de reto
o Alça fechada (+ comum na baixa) → CHOQUE SÉPTICO ▪ Vê empilhamento de moedas, distensão de alças
▪ Causas de obstrução intestinal: síndrome da A. mesentérica do intestino delgado → faz nível hidroaéreo
superior (tem isquemia → lesa 1° o nervo), íleo biliar (causado (ortostase e deitado) → presença de íleo paralítico
por um cálculo biliar grande que faz uma fístula; caminha até o (fase avançada)
íleo terminal na válvula íleo-cecal e impacta na válvula), ▪ A obstrução completa é sugerida quando não há
bezoares (qualquer conteúdo não digerido), bolo de áscaris eliminação de gases ou fezes pelo reto
lumbricoides (+ em criança, faz ingesta de óleo mineral e ▪ Ar no reto – obstrução parcial
tratamento para verminose) ▪ Pneumoperitônio→ perfuração
▪ Principal causa é brida o Imagem: US, TC
▪ Aumento da tensão na parede -> parede fica delgada -> o Endoscópicos: RETOSSIGMOIDOSCOPIA (é para TTO e DX)
diminui retorno venoso -> comprime artérias -> isquemia -> e Colonoscopia
necrose -> perfuração -> peritonite -> sepse. ▪ Tratamento de fecaloma: faz solução de Murphy → coloca na
sonda retal → deixa pingando → isso hidrata o fecaloma→
ABORDAGEM DO PACIENTE COM OBSTRUÇÃO retira por toque retal (manual)
Identificação de abdome agudo obstruído: RHA aumentado,
distensão abdominal, percussão timpânica, massa abdominal 3. CAUSAS PEDIÁTRICAS
palpável, QP: não vai ao banheiro e não elimina flatus, pode ter 3.1. ÂNUS IMPERFURADO– atresia anal
vômitos fecaloides ou biliosos ▪ Falta de perfuração da membrana anal no final da oitava
▪ Anamnese: dor abdominal em cólica, maior distensão semana ou por falta de suprimento sanguíneo na vida
abdominal, vômitos, para ou diminuição da eliminação de flato intrauterina
e fezes ▪ Associado a TRISSOMIA DO 21(síndrome de Down)
o Vômitos fecaloides (com marrom- alaranjada, com odor fétido): ▪ Pode ser lesão baixa (reto desceu por meio do complexo
+ obstrução baixa associada a incompetência da válvula esfincteriano) ou alta (reto não desceu), com ou sem fístulas
ileocecal ▪ QUADRO CLÍNICO:distensão abdominal, cólicas, vômitos,
mal-estar e febre
o RECEM-NASCIDO: AUSÊNCIA de eliminação de ▪ DIAGNÓSTICO: radiografias abdominais (imagem de grão de
MECÔNIO nas primeiras 24 horas de vida café no cólon sigmóide), TC
o MECÔNIO NA URINA: lesão alta ▪ TRATAMENTO:endoscópico sigmoidoscópico, colostomia
▪ TRATAMENTO:faz colostomia → depois reconstrução ▪ Distorção → se a alça está estável e sem sinais de necrose
▪ Sigmoidectomia + anastomose primária
3.2. INTUSSUSCEPÇÃO – alça fechada ▪ Cirurgia de Hartman: ressecção + colostomia proximal e
▪ Ocorre quando uma parte do trato alimentar se introduz não faz anastomose primária (deixa a colostomia até
(invagina) em um segmento adjacente estabilização do paciente para depois anostomosar)
▪ 2° causa + comum de caso cirúrgico na pediatria, só fica o Colostomia é mais segura que a anastomose primária
atrás do apendicite → corre o risco de complicar se fizer só a anastomose
▪ + meninos
▪ Fatores de risco → hiperplasia linfoide nodular de Peyer, 4.2. MEGACÓLON CHAGÁSICO
divertículo de Meckel ▪ + No sigmóide, dilatado e alongado, →dolocossigmoide (dobra
▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, vômitos, fezes contendo sobre ele mesmo)
sangue vermelho e muco (devido a isquemia e infarto) → ▪ Processo degenerativo do Plexo de Auerbach→ intestino
FEZES DE GELEIA DE GROSELHA/MORANGO grosso distal responde com hipertrofia (dilatação) das camadas
▪ DIAGNÓSTICO:toque retal (presença de muco sanguinolento musculares o que leva a estase e dilatação cólica
no dedo) ▪ QUADRO CLÍNICO: constipação, cólicas, megaesôfago e
o US: sinal da rosquinha ou do alvo miocardiopatia chagásica
o Rx abdominal simples ▪ DIAGNÓSTICO:toque retal, sinal de Gersuny (fecaloma),
o Enema contrastada: sinal da mola espiralada – mas tem radiografia simples, enema baritado, TC e ELISA (para o T.
risco de perfuração cruzi)
▪ TRATAMENTO:redução cirúrgica manual ou ressecção da ▪ TRATAMENTO:cirúrgico - retossigmoidectomia
intussuscepção e anastomose
*O próprio enema opaco é terapêutico 5. NEOPLASIAS
5.1. ADENOCARCINOMA DE COLORRETAL
3.3. MEGACOLÓN CONGÊNITO: inervação anormal do intestino ▪ + No retossigmoide, colon ascedente e ceco, menos no
▪ Ausência de células ganglionares na parede intestinal transverso e descendente
(ausência do plexo de Meissner e Auerbach), + no ▪ Idosos, tabagistas, obesos, alta ingestão de carboidratos
retosigmoide refinados, gordura, defumados e nitrosamidas.
▪ SÍNDROME DE DOWN e outros defeitos congênitos ▪ História familiar de cacolorretal, pólipo adenomatose, poliposes
▪ QUADRO CLÍNICO: retardo na liberação de mecônio, hereditárias, PAF (chance de 100% de desenvolver Ca),
distensão abdominal, história de constipação crônica (naqueles síndrome de Lynch
que liberam o mecônio), FEZES EXPLOSIVA (pressão) ▪ AINE e aspirina- possível efeito protetor
▪ DIAGNÓSTICO:toque retal, biópsia retal (vê aganglionose),
Tecido normal →APC → KRAS → DCC → P53 → Outras
radiografia e enemabaritado, manometria anorretal
▪ TOQUE RETAL: vai ter saída explosiva de fezes líquidas; alterações → carcinoma
quando fazemos toque por causa da pressão; alívio ▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, sangue (oculto ou
imediato da distensão. O alívio pode ser obtido por sonda exteriorizado), alteração do hábito intestinal (constipação ou
▪ Biópsia retal – confirma o diagnóstico – ausência de diarreia), emagrecimento, massa palpável, fadiga e fraqueza
células ganglionares (anemia)
▪ TRATAMENTO: tto inicial – descompressão e cirurgia de o CA de cólon esquerdo (descendente e sigmóide):
Mondragon alteração do hábito intestinal – diarreia/constipação,
o Ressecção do segmento agangliônico e abaixamento ou redução do calibre das fezes, hematoquezia - + comum
construção de um neorreto. o CA de cólon direito (ascendente e ceco): sangue oculto
nas fezes (melena) e anemia ferropriva, perda ponderal e
4. CAUSAS EM ADULTOS febre indeterminada
4.1. VOLVO INTESTINAL – obstrução em alça fechada o CA retal: hematoquezia, fezes em fitas, constipação,
▪ Torção completa da alça intestinal → comprometimento luminal tenesmo e eliminação de muco
e vascular o Metástases: útero, FÍGADO (sistema porta) e pulmão,
▪ + Em idosos, gravidez e jovens que não desenvolveram o bexiga e delgado
mesentério normalmente (pode ser no ceco), em crianças pode ▪ RASTREAMENTO: a partir dos 50 anos → colonoscopia a
ser por uma rotação horário do ducto onfalomesentérico, cada 10 anos
acomete o duodeno (sinal de saca rolha) o Com história familiar: começa aos 40 anos e deve ser
▪ É + no colón SIGMOIDE (não está preso ao mesentério → repetido a cada 5 anos
pode sofrer torção) e intestino delgado o CA colorretal é menos agressivo → mesmo com
▪ QUADRO CLÍNICO:distensão abdominal, náuseas, vômitos metástase hepática a ressecção é indicada pois tem
com dor abdominal chance de cura!!
▪ DIAGNÓSTICO: colonoscopia com biópsia, pode ser usado o
CEA (marcador).
o US, TC e RNM: para estadiamento→ classificação de
Dukes
▪ TRATAMENTO:ressecção cirúrgica
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
As doenças que se manifestam com intensa dor abdominal aguda devem ser afastadas, entre elas:
(1) Doença péptica / Úlcera perfurada. (3) Isquemia mesentérica. (6) Gravidez ectópica.
Na colelitíase e na doença péptica a dor costuma ter menor duração. A dor da colecistite aguda pode ser muito semelhante à dor da
pancreatite. A isquemia mesentérica aguda pode ser facilmente confundida com pancreatite aguda – um histórico de fibrilação atrial,
pós-IAM, a ausência de vômitos incoercíveis, a presença de diarreia ou sangue no toque retal e uma acidose metabólica proeminente,
são dados que sugerem o diagnóstico de isquemia mesentérica. Na úlcera perfurada, o exame abdominal em geral mostra irritação
peritoneal proeminente (às vezes, “abdome em tábua”), achados não esperados na pancreatite aguda, que é uma causa de inflamação
predominantemente retroperitoneal. Há casos em que os critérios clínicos e laboratoriais não são capazes de diferenciar com certeza a
pancreatite aguda de seus diagnós- ticos diferenciais; nestes, está indicada a laparotomia exploradora
CASO OTTO:
Paciente chegou com dor no hipocondrio direto, levemente ictérico (só esclera), dor à palpação no hipocondrio direto, leucocitose, TGO
e TGP↑↑↑↑↑↑ (300 e 700 respectivamente) - hepatite (lesão direta nos hepatócitos)