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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
▪ Ocorre em 10-20% da população geral, aproximadamente 50% de todos os pacientes psiquiátricos
▪ Manifesta nas seguintes áreas: cognição, afetividade, funcionamento interpessoal ou controle de impulsos
▪ Indivíduos são egossintônicos (não percebem que tem)
▪ Transtorno esquizóide, paranoide, antissocial são mais comuns em homens
▪ Transtorno borderline, narcisista, grupo C → mais em mulheres
▪ Etiologia: traumas, genética, tumores, outros transtornos, ambientais (envolve família) e biológicos (neurotransmissores, hormônios
e outros)
o Trauma ou agente gerador na infância ou adolescência (que o paciente não consegue lidar)→ sintomas secundários (geralmente
classificados no eixo I - transtornos de humor, transtornos de ansiedade) → transtorno de personalidade
o Raramente há o transtorno de personalidade puro
o Alterações nos neurotransmissores = sintomas de outros transtornos (trata com medicamentos)
▪ É um fator predisponente para outros transtornos psiquiátricos: depressão, esquizofrenia, por uso de substâncias, disturbio de
atenção.
▪ Diagnóstico só depois dos 16 anos. É dividido em:
o Cluster A (estranho/excêntrico): paranoide, esquizóide, esquizotípica
o Cluster B (dramáticos, emotivos ou erráticos): antissocial, histriônica, Borderline (limítrofe), Narcisista
o Cluster C (ansioso/atemorizados): esquiva, dependente, obsessiva- compulsiva (Anancástica)
▪ P/ ajudar indivíduos com TDP, o psiquiatra deve compreender as defesas subjacentes do pcte, os processos mentais inconscientes que o ego
usa para resolver conflitos entre os 4 princípios-guia da vida interior: (1) Instinto (desejo ou necessidade); (2) realidade; (3) pessoas
importantes; (4) consciência.
▪ Psicoterapia é 1ª linha de tratamento para esses transtornos
▪ Farmacoterapia pode dar suporte em alguns casos
ANTISSOCIAL
NARCISISTA ▪ AUSÊNCIA DE REMORSO (PSICOPATA – antissocial grave),
▪ Não tem mais no CID-10, mas está presente na DSM-V tendência à falsidade (manipuladores), impulsividade e
▪ São orgulhosos e pretensiosos, grandiosidade, acredita ser agressividade, descaso pela segurança de si ou de outros,
“especial” e superior, demanda admiração excessiva, irresponsabilidade (ilegalidade), insensibilidade a
explorador em relações interpessoais, comportamentos ou sentimentos alheios, baixa tolerância a frustração
atitudes arrogantes e insolentes, invejosos, sem empatia pelos o + Homens, população carcerária (agressividade, afinidade
outros. por crimes), associações com abuso de álcool e
▪ Usam os outros para gerarem um benefício a si próprio substâncias psicoativas
▪ Preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, ▪ Não têm consideração ou compaixão pelas outras pessoas;
inteligência ou beleza mentem, enganam, trapaceiam, prejudicam os outros, mesmo
a quem nunca lhes fez nada
▪ Dificuldade em ter uma interação afetiva recíproca, respeitosa e
duradoura. Falta sensibilidade ao sofrimento dos outros ANACÁSTICA (OBSESSIVO-COMUPULSIVO)
o Incapacidade de manter um relacionamento, mas não de ▪ Grande chance de desenvolver TAG, rotina pode precipitar
conseguir um relacionamento muita ANSIEDADE
▪ Crueldade e sadismo ▪ Preocupado com detalhes, regras, listas, PERFECCIONISTA,
▪ Tendência a constranger o médico, é desrespeitoso excessivamente dedicado ao trabalho e a produtividade, exibe
▪ Não aprendem com a experiência = não experimentam a culpa RIGIDEZ e TEIMOSIA, reluta em delegar tarefas, incapaz de
(apenas a responsabilidade); são agressivos e violentos com o descartar objetos - acumuladores, SISTEMÁTICOS
baixo limiar ▪ DIFERENCIAL COM O TOC → Anancástica: egossintônica
o Não aprende com erro ou com as punições (comportamentos aceitáveis para as necessidades e objetivo do
▪ Associado ao abuso de álcool e outras substâncias e ego), enquanto no TOC a personalidade é egodistônica
padrão familiar (pensamento em conflito psicológico – necessidades do ego em
▪ Não ficam depressivos, mas sim frustrados tendem a culpar conflito com a autoimagem).
o outro por conta da frustração
▪ Ocorre desde os 15 anos de idade ANSIOSA, ESQUIVA OU EVITAÇÃO
▪ Evita atividades profissionais que envolvam contato
CLUSTER C interpessoal, reservado em relacionamentos íntimos,
DEPENDENTE introspectivos, preocupa-se com críticas ou REJEIÇÕES em
▪ Necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a um situações sociais, vê socialmente incapaz, sem atrativos
comportamento de submissão e apego (se percebem como pessoais ou inferior aos outros, reluta em assumir risco
incapazes) pessoais, TIMIDEZ
o Tem dificuldade em tomar decisões cotidianas, precisa que ▪ O entorno tem que se adaptar ao indivíduo
outros assumam responsabilidade, dificuldade em iniciar ▪ Sente a necessidade de interagir, mas tem medo de interagir por
projetos ou fazer coisa por conta própria, sente-se medo de críticas só interagem se estiver em um ambiente
desamparado e desconfortável quando sozinho, busca com seguro dependência do reforço positivo
urgência outro relacionamento, dificuldades em manifestar ▪ Mais vulneráveis à depressão e ansiedade
desacordo. ▪ Tto farmacológico é importante
▪ Propensos a ter depressão → projetam tudo que são na o Na fobia social, é + pontual (casos específicos) – tende a
pessoa, se a pessoa morre ficam perdidos na vida; buscar e superar!
▪ Autonomia do paciente → é mais difícil do paciente tomar a o Personalidade esquiva X Fobia social -> na fobia social o
decisão; vai olhar para o acompanhante → não vai manifestar indivíduo não analisa o quão aceito ele pode ser em
seus consentimentos, permissões. Exige do médico uma determinada tarefa ou grupo, antes da interação social, já
abordagem diferenciada na personalidade esquiva isso é uma prática comum
▪ Muito dependentes de outras pessoas (com frequência de uma ▪ Ddx com transtorno esquizoide: paciente com transtorno de
pessoa principal); como consequência, acabam por se personalidade evitativa desejam interação social, enquanto
submeter de forma intensa a elas (SUBMISSÃO) os com personalidade esquizoide desejam ficar sozinhos.
o Cuidar com mulheres – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
TRANSTORNOS NA INFÂNCIA (Lista da Maria Cristina) 10. Transtornos da excreção/eliminação: atentar se aparecer em
1. Retardo mental: -> incapacidade com limitações no crianças + velhas/10 anos, pois pode sugerir maus tratos
desempenho intelectual e comportamento adaptativo antes 11. Transtorno de conduta
dos 18 anos; leve, moderado, grave, profundo ou com 12. Transtorno desafiador de oposição
gravidade inespecífica 13. Transtornos relacionados a substâncias e aditivos
2. Transtorno autista (Asperger está dentro)
3. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade ESPECTRO AUTISTA
4. Transtorno de aprendizagem: dificuldade persistente nas ▪ + Meninos (quando em meninas é + severo), multifatorial
habilidades de aprendizagem, que começa no início da (genético, hereditário, ambiental, epigenética, intercorrências
infância e é incompatível com a capacidade intelectual total na gestação e no parto, idade materna e paterna avançadas,
de uma criança síndrome de X frágil), prevalência de 1%
5. Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos ▪ Geralmente antes dos 3 anos
6. Bipolar e transtornos relacionados ▪ Deficiência na capacidade de perceber os sentimentos ou o
7. Depressão estado emocional das pessoas a seu redor→não conseguem
8. Transtorno de ansiedade de ansiedade generalizada, ansiedade atribuir motivações ou intenções a outras pessoas→(“TEORIA
de separação, TOC, fobia simples, fobia social, síndrome do DA MENTE”)→dificuldades para desenvolver empatia.
pânico ▪ Transtornos associados: TDAH, distúrbios do sono
9. Transtornos alimentares
▪ QUADRO CLÍNICO: criança muito calma ou muito irritável. o Moldagem - recompensas (negocia a premiação; se você se
Deficiência na comunicação social e comportamentos comportar → ganha algo)
restritos e repetitivos o Desvanecimento - assumir o controle e deixar solto um pouco
0 a 6 meses: menor foco em pessoas e objetos, bebê muito calmo ou o Extinção - remoção do reforço
irritável, não tem sorriso social, não presta atenção na linguagem,
irritabilidade para mamar, não reconhece familiares, comportamento TDAH
estereotipados ▪ + Meninos, + prevalente em idade escolar, 2/3 associados a
• BEBÊ: calmo ou sonolento ou chora sem consolo; comorbidades (depressão, ansiedade, abuso de substâncias). É
sem sorriso social; não olha o distúrbio + diagnosticado na infância.
6 a 12 meses: menor interação social, repetição de gestos, o Adultos (2,5%): não cumprem prazos, são esquecidos. 15%
preferência por algum brinquedo, irritabilidade, choro não conseguem mudar as características, 40% mantém
12 a 18 meses: não tem a expressão facial, atraso ou recusa na sintomas residuais mesmo com tratamento
linguagem, recusa a coisas novas (alimento), não brinca de faz de • O diagnóstico permanece na vida adulta em apenas 15%
conta (importante para a criança por as fantasia – “faz de conta”- é • Devido à maturação cerebral – pode ser que não
usada como resolutividade de suas próprias questões – precise tomar remédios
“escape”). ▪ Etiologia: GENÉTICA, ambiental. Tem disfunção de nora e
• Perde capacidade lúdica de brincar – de usar o objeto dopamina e córtex pré-frontal com menor volume
como uma brincadeira fantasiosa – se interessam pela o Genética: receptor de dopamina DRD4 e DRD5 e
forma do objeto transportador de dopamina DAT1
• Apreciam girar, martelar e ver o fluir de um fluxo de o DOPAMINA (disfunção das vias inibitórias do
água. planejamento) Pré-frontal estriada → concentração;
• Comportamentos compulsivos espontâneos subcortical → hiperatividade
18 a 24 meses: dificuldade de interação social, não olha nos olhos, ▪ Comum junto com TDAH: dislexia, ANSIEDADE,
repete sons, não responde a chamado ou atrasa a resposta DEPRESSÃO, Transtorno de conduta
• 2-3 anos crianças sem autismo são + irritáveis, ▪ Uso de substância (cocaína, tabaco, anfetamina) melhoram
fazem “birra” para testar os limites dos pais (sim ou a concentração por dopamina
não) ▪ QUADRO CLÍNICO: baseado na tríade (DESATENÇÃO,
• Autistas; agressão, comportamentos autolesivos, e IMPULSIVIDADE, HIPERATIVIDADE)
ataques graves de birra o Sintomas desde pré-escolar, menor desempenho na escola,
• DISTÚRBIOS MOTORES: tem início antes dos 36 agitação, não mantém atenção em tarefas longas,
meses (1 ano e ½) de vida irritabilidade, agressividade
Pré escolar: não brinca de fantasia, + irritabilidade, ecolalia, não o Hiperatividade, déficit de atenção (memória curta),
conversa com adultos, não brinca em grupo, dificuldade na distração, perseverança, incapacidade para concluir tarefas,
alimentação, linguagem desatenção, má concentração, impulsividade (agir antes de
Escolar: dificuldade em aprender, não se relaciona, não tem atenção pensar, mudanças súbitas de atividade, falta de
na escola, linguagem, não consegue se colocar no lugar do outro. organização, dar pulos na sala de aula), déficits de
o DÉFICIT SOCIAL: inabilidade em se relacionar com o outro, memória e de raciocínio, incapacidade de aprendizagens
perda de habilidades sociais específicas e deficiências na fala e na audição
o ATRASO NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM o Deficiência motora perceptiva, instabilidade emocional e
• Atraso na fala, mutismo ou ecolalia (balbucio) transtorno da coordenação do desenvolvimento.
o No adulto afeta comportamento sexual: doenças sexualmente
• Vocalizam ruídos, com frases estereotipadas
transmissíveis, filhos mais precoce
o INTELIGÊNCIA: varia de superdotação a déficits profundos;
apenas 1/3 a ¼ dos têm inteligência média ou acima da o Sintomas ocorrem em TODOS os ambientes. Não pode estar
restrito a um ambiente (escola), tem que estar presente
média
em pelo menos 2 (ex. casa e escola)
• Facilidade em um campo específico; a maioria tem
ADULTOXCRIANÇA:
déficit cognitivo grave- 60% tem retardo mental
➔ Criança: desatenção, hiperatividade – motora (conversa,
associado – metade leve e metade de moderado a
bagunça), comportamento agressivo e impulsivo às vezes. Pode
grave
apresentar deficiências ou de imaturidade discriminatória visual,
o Habilidade precoces: hiperlexia, memorização e
motora, perceptiva ou auditiva, sem sinais manifestos de
declamação, habilidade musicais
distúrbios visuais ou auditivos.
• Não percebem ironia, sagacidade dificuldade de
➔ Adulto: hiperatividade (estática – mais parado, inquietação –
entender as pegadinhas, metáfora, trocadilho, piada,
mexe dedo, pés), hiperatividade cognitiva (“queixa-se de não
hipérbole leitura/interpretação LITERAL
conseguir parar de pensar”)
• Explosões de riso ou choro (sem nenhuma razão
o Subtipos:
aparente)
• Hiperativo-impulsivo -> agitação, difícil controle, dificuldade em
• Falta percepção da intencionalidade, seguir rotina e instruções
INFLEXIBILIDADE (gostam de rotina) • Desatento -> erro por descuido, esquecimento, dificuldade em
• Comportamento repetitivo -> estereotipias, manter atenção, distração por objetos e estímulos externos
maneirismos e caretas • Misto -> mais comum
▪ DIAGNÓSTICO: aos 18 meses já pode fazer o diagnóstico - ▪ DIAGNÓSTICO: critérios do DSM – clínico - sintomas
que é CLÍNICO. Exames para excluir problemas na audição e persistentes e prejudiciais de impulsividade e
fala hiperatividade ou desatenção em pelo menos 2 ambientes
o Questionário M-CHAT – instrumento de RASTREIO – diferentes.
aplicado em crianças com 18 a 24 meses de idade o Questionário SNAP-IV – RASTREIO
o Quanto + grave - + estereotipias, se + leve, é + sutil • Crianças: quem preenchem são os pais e professores
▪ TRATAMENTO: intervenção psicossocial, educação em família,
• Adulto: ele mesmo preenche ou responde
inclusão na escola.
• Diagnóstico diferencial: dislexia, bipolar, transtorno opositor
o Farmacologia baseada nos sintomas (agressividade,
- desafiador, discalculia, ansiedade, problema de visão e
insônia)
audição
▪ TEACCH (acadêmicos) PECs (escolares)
o Descartar causas orgânicas. Ex: problemas de visão ou
▪ TREINAMENTO DOS PAIS
audição
o Reforço positivo (fez algo legal → recompensa)
▪ TRATAMENTO: psicoterapia, farmacológico (metildenidato – ▪ Ex: adulto (trabalha o dia todo) – ação longa (ex 12 horas);
Ritalina, Ritalina LA, Concerta e Lisdexanfetamina), criança vai para escola não precisa muito tempo (ex: 4
Bupropiona horas)
▪ O estimulante não faz o indivíduo ficar + hiperativo se o BUPROPIONA → 2ª linha – inibição da recaptação dopamina
DOPA controla sintomatologia melhora a capacidade e noradrenalina - (menos potente) – 10 a 15% - mais ameno
de concetração/foco / menos efeitos colaterais
o Metilfenidato → Ritalina (4 horas), Ritalina LA (8 horas), ▪ Não dar para quem quer apenas se concentrar mais – pois
Concerta (12 horas) o nível de dopamina já é normal; diferente do TDAH que a
o Venvanse → duração de 12 horas dopamina é baixa; se o nível é normal, ao tomar tudo
o COMO ESCOLHER? TEMPO E POTÊNCIA aumenta – ansiedade, hiperatividade, déficit de atenção
Necessidade de tratamento multidisciplinar – nutricionista e psicoterapia (faz acompanhamento com a psicologista a 3 meses)
O quadro apresentado pela paciente NÃO contraindica a realização da cirurgia plástica mas, em virtude da distorção da imagem corporal, há a
possibilidade da paciente se sentir frustrada com resultados (paciente ciente desta possibilidade). Retorno em 1 mês.
▪ Suspeita diagnóstica ATUAL: TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE + ANOREXIA. Apresenta histórico de compulsão
alimentar periódico (antes da bariátrica)
o Diagnóstico diferencial: TAB, depressão e compulsão alimentar (antes da bariátrica)
• Perfil que predispõe a transtorno alimentares: bulimia (impulsiva) e anorexia (rigidez). É comum a transição dos transtornos: + comum
ANORÉXICO evoluir para BULIMIA.
• DIABULIMIA: pacientes com diabetes que não faz uso de insulina devido ao transtorno alimentar associado.
o Borderline NÃO exclui outro diagnóstico: 75% tem concomitante, pode ter TAB ou depressão junto.