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O que é a Ordem?

A Ordem dos Advogados foi criada pelo Decreto n.º 11 715, de 12 de Junho de 1926. É
uma associação pública, representativa dos profissionais que exercem Advocacia, regida
pelo direito público. No exercício dos seus poderes, desempenha as suas funções de
forma independente dos órgãos do Estado, sendo livre e autónoma na sua actividade.
O Bastonário é o presidente da Ordem dos Advogados, por inerência é também o
presidente do congresso, da assembleia geral e do conselho geral. A Ordem dos
Advogados tem âmbito nacional e está internamente estruturada em sete regiões: Lisboa;
Porto; Coimbra; Évora; Faro; Açores e Madeira.
A função social da Ordem dos Advogados é abrangente, destacando-se o seu papel na
defesa do Estado de Direito e dos direitos liberdades e garantias dos cidadãos, bem como
na colaboração com a administração da Justiça; e na garantia do acesso ao direito, nos
termos da Constituição.
São também atribuições da Ordem dos Advogados zelar pela função social, dignidade e
prestígio da profissão de Advogado, nomeadamente através da promoção dos valores e
princípios deontológicos junto dos seus membros; bem como representar a profissão de
Advogado e defender os interesses, direitos, prerrogativas e imunidades dos seus
membros, denunciando perante as instâncias nacionais e internacionais os actos que
atentem contra aqueles; e reforçar a solidariedade entre os Advogados.
Promover o acesso ao conhecimento e aplicação do Direito; e contribuir para o
desenvolvimento da cultura jurídica e aperfeiçoamento do Direito, são outras das suas
competências. A Ordem dos Advogados é ouvida sobre os projectos de diplomas
legislativos que interessam ao exercício da Advocacia e ao patrocínio judiciário.
A Ordem dos Advogados exerce em exclusivo o poder disciplinar sobre os Advogados e
Advogados estagiários, através dos Conselhos de Deontologia e Conselho Superior.

Organigrama da ordem dos advogados


A Estrutura da Ordem dos Advogados e o Novo Mapa Judiciário A Ordem dos Advogados (OA)
é, orgânicamente, composta por 13 órgãos nacionais e regionais dos quais destaco, para o que
a este escrito importa, o Bastonário, o Conselho Superior (CS) e o C. Geral (CG), como órgãos
da estrutura nacional e os Conselhos Distritais (CD’s), Conselhos de Deontologia (CdD’s) e
Delegações, como órgãos regionais. Dir-se-á, sem preocupações de especial rigor, que o
Bastonário, também presidente da OA, do Congresso, da Assembleia Geral e do CG, é o órgão
executivo por excelência e de representação; o CS é o supremo órgão jurisdicional e o CG o
órgão legislativo e deliberativo geral. Os Conselhos Distritais são órgãos deliberativos e
executivos para assuntos de carácter regional, da sua área territorial de influência; os CdD’s
tratam das questões deontológicas em 1ª instância e às Delegações compete, no essencial,
fazer a ligação entre os outros órgãos da OA, sobretudo os CD’s e os advogados da sua área e
vice-versa e a ligação de proximidade da OA com os cidadãos. A estrutura regional da OA
segue no essencial a estrutura Judiciária antiga, com a área territorial dos CD’s a corresponder,
com alguns acertos, como na Madeira e Açores, ao Distrito Judicial e seu Tribunal da Relação,
abrangendo vários distritos civis e as Delegações a corresponderem às Comarcas e seu
Tribunal de Comarca, em regra um em cada Município. Poderá dizer-se que mantendo-se com
o Novo Mapa Judiciário os mesmos Tribunais da Relação, com um ou outro ajuste na
competência territorial, em claro desfavor de Coimbra, muito pouca influência terá a nova
reforma na área e competências dos CD’s. Mas já a brutal concentração das 221 antigas
comarcas em 23 novas comarcas, com extinção de alguns Tribunais e conversão em secções de
proximidade de tantos outros, com elevada redução de competências, poderia levar à
consideração da necessidade, ou conveniência. de redução, ou concentração, também, das
Delegações da OA. Ora, a principal crítica geral à reorganização judicial levada a efeito centra-
se no afastamento da Justiça e da aplicação e aplicadores da Justiça dos cidadãos, com a
inevitável consequência, por evolutivo contraponto, do indesejável afastamento dos próprios
cidadãos do recurso a essa mesma Justiça. Na linha da frente dessa crítica e do combate a esta
reforma introduzida, reforma precipitada, imponderada, mal preparada, mal aplicada,
afastada dos cidadãos destinatários, esteve a OA e a sua Bastonária Dra Elina Fraga e com eles
os advogados portugueses. É natural, assim, que não queiram os advogados, aí compreendidos
os titulares dos seus órgãos, que o extenso desaparecimento de Comarcas e de Tribunais
implique diminuição de Delegações, sua área de implantação e competências, que as afastem
da desejável proximidade com os advogados que as compõem e com os cidadãos que servem.
Se dúvidas havia quanto a esta posição dos advogados portugueses elas ficaram desfeitas na IX
Convenção das Delegações da OA que decorreu de 21 a 23 p.p. em Vilamoura. As declarações
da Bastonária, logo no discurso inaugural e as conclusões dos trabalhos aprovadas pelas
Delegações e demais participantes com direito de voto foram inequívocas: - a organização de
base da OA, as suas Delegações, devem manter-se, por regra sedeadas nos Municípios, como
representação de proximidade que são junto dos Advogados e Cidadãos. Por convicção, mas
também por coerência com a sua luta, a OA aponta o caminho a seguir e até o destino deste
Novo Mapa Judiciário: - o retorno à proximidade com os cidadãos, sem que isto signifique,
necessariamente, a reposição inalterada da estrutura anterior.

Ordem dos Advogados tem a missão de promover


a assistência judiciária
Luanda – O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), Inglês Pinto,
afirmou nesta sexta-feira, em Luanda, que compete à referida instituição, promover
a assistência jurídica aos cidadãos, bem como o acesso ao direito e o patrocínio
forense, devendo o Estado estabelecer os meios financeiros para o efeito.

Inglês Pinto dissertava o tema “O instituto da defesa pública na Constituição da


República de Angola: conceitos, potencialidades, implicações e desafios” durante a
quarta semana social nacional, organizada pela Conferência Episcopal de Angola
e São Tomé (CEAST), em parceria com o Centro Cultural Mosaiko.

Segundo disse, o artigo 195º da Constituição da República de Angola regula a


organização das formas de assistência jurídica, acesso ao direito e patrocínio
forense, como elemento essencial à administração da justiça.

“A Carta Magna da República, em matérias de direitos fundamentais do cidadão, é


aquilo que de mais moderno existe, correspondendo com as nossas expectativas
legítimas”, sublinhou o bastonário.

No entanto, referiu que a assistência Judiciária é o mecanismo em que a


intervenção do Estado, através dos Ministérios da Justiça, das Finanças, do ponto
de vista de orçamento, e a Ordem dos Advogados de Angola (OAA), que a apoia
técnica e administrativamente, garante aos cidadãos sem recursos financeiros o
acesso à Justiça.

Por outro lado, Inglês Pinto defendeu a necessidade de divulgação e realização de


estudos permanentes e contínuos da Constituição da República para um melhor
conhecimento e correcta interpretação, aplicação e cumprimento por parte de
todos os cidadãos e instituições da sociedade angolana.

A semana social, que vai até ao dia 15 do corrente mês, é um espaço aberto de
reflexão e de debates sobre um tema socialmente relevante, contando com a
participação de eminentes figuras religiosas, da sociedade civil, juristas e políticos.

O evento visa permitir aos cristãos e outras entidades da sociedade a tomada de


maior consciência sobre as responsabilidades sociais, bem como procurar
caminhos concretos que possam ser sinais “eloquentes” do Evangelho de Cristo
no mundo de hoje.

A primeira edição da semana social nacional realizou-se em 1999, com o tema a


Educação para a Cultura da Paz. A segunda aconteceu em 2003, com o tema o
Cidadão e a Política. A terceira edição deu-se em 2007, com o tema Justiça Social.

Bibliografia
www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/11/25/interna
www.oaang.org
https://portal.oa.pt/cidadaos/o-que-e-a-ordem

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